<html><head> <style> @import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); </style> </head><body><div class="ql-snow"><div class="pd-html-content"><div class="ql-editor"><h2 class="ql-align-justify">RESUMO - Relações de Força- Carlos Ginzburg</h2><h2 class="ql-align-justify">Método clínico (ou indiciário)</h2><p class="ql-align-justify"><strong>1.</strong> \u201cA ideia que historiadores possam provar algo parece a muitos antiquada e ridícula.\u201d E, quase todos os intelectuais, concordam com a ideia de que retórica e prova se excluem reciprocamente.</p><p class="ql-align-justify">*O autor, no livro, pretende mostrar que, no passado, a prova era considerada parte integrante da retórica e que essa evidência, hoje esquecida, implica uma concepção do modo de proceder dos historiadores, inclusive os contemporâneos, muito mais realista e complexa do que a que está hoje em voga.</p><p class="ql-align-justify"><strong>2. </strong>O autor afirma a existência de uma distância entre a reflexão metodológica e a prática historiográfica efetiva nos últimos decênios. Há uma parte dos historiadores que, após fazerem uma homenagem convencional à tendência linguística ou retórica em voga, se mostram bem pouco inclinados a refletir sobre as implicações teóricas sobre sua profissão. </p><p class="ql-align-justify">*A solução que Ginzburg apresenta é transferir para o âmago da pesquisa as tensões entre narração e documentação. E ainda, segundo ele, a discussão sobre história, retórica e prova levanta uma questão que interessa a todos: A convivência e o choque de culturas. \u201cAceitar a existência de costumes e valores diversos dos nossos parece a muitos ato obrigatório; aceita-los sempre e de qualquer maneira parece a alguns (entre os quais me incluo) intolerável.\u201d \u201cTemos o direito de impor as nossas leis, os nossos costumes e os nossos valores a indivíduos provenientes de outras culturas?\u201d.</p><p class="ql-align-justify">*Hoje, a convivência entre culturas, é baseado cada vez mais na afirmação de que os princípios morais e cognitivos das várias culturas não podem ser objeto de comparação. E essa proposta remonta ao que o autor chama de relativismo céptico que possuiria uma raiz intelectual comum: Uma ideia de retórica não apenas estranha, mas também contraposta à prova e que se referiria à Nietzsche. </p><p class="ql-align-justify"><strong>3. </strong> Nietzsche em relação à Tucídides: Admiração; Menciona o discurso feito pelo intelectual sobre um episódio da Guerra do Peloponeso, onde habitantes da Ilha de Milo e os atenienses travaram um diálogo que invocavam as razões de justiça e as razões do poder. Segundo os atenienses, os fortes exerceriam o poder e os fracos se submeteriam. A retórica era algo utilizado por eles. Já os mélios \u201crechaçam o discurso da retórica, feito para tentar conseguir o consenso popular. A ele, opõem o diálogo a portas fechadas, no qual será possível discutir sem belas frases, sem dissimulação ou preocupações de consenso, coisas que, normalmente, devem permanecer ocultas à maioria.\u201d. </p><p class="ql-align-justify"><strong>4. </strong>Obra de Platão (Górgias) também remonta à Nietzsche; Há a ideia presente nessa obra da substituição dos discursos longos pelos concisos, baseados por um lado na alternância de perguntas e repostas e, por outro, na contestação. Sócrates denuncia a retórica como uma arte \u201cenganadora\u201d. </p><p class="ql-align-justify">Ex: Cálicles intervém em uma discussão sustentada por Sócrates e Pólo, defendendo uma posição que a todo custo conquiste o povo de Atenas, mas que se mostra pouco democrática. </p><p class="ql-align-justify"><strong>12. </strong>\u201cA retórica se move no âmbito do provável, não no da verdade cientifica, e numa perspectiva delimitada, longe do etnocentrismo inocente.\u201d </p><p class="ql-align-justify"> </p><h1><br></h1></div><div name="pdEndOfFile"></div></div></div></body></html>
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