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DIREITO CONSTITUCIONAL CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE As normas devem ter harmonia com a constituição. Histórico: Com o advento do Constitucionalismo é que surgiu a possibilidade de controle de normas, este controle deu-se o nome de Controle de Constitucionalidade e visava que as normas advindas dos legisladores teriam que estar em harmonia com a Constituição. Historicamente, há 2 tipos de controle. ⇨ Austríaco: em que há o controle pelo órgão supremo. ⇨ Americano: em que qualquer juiz pode fazer o controle de constitucionalidade (caso paradigma Mabury x Madson) Historicamente, até o final do século IX, só existia o controle concentrado, isto é, Austríaco, diante disso passou-se pelo poder judiciário Americano, a possibilidade de qualquer juiz de piso, declarar a inconstitucionalidade de uma norma. ⇨ controle concentrado: só um órgão pode exercer; exercido sobre a CF pelo STF e exercido sobre a Constituição Estadual pelo TJ. ⇨ controle difuso: em tese, qualquer órgão do poder judiciário pode exercer este controle, isto é, no exercício do seu poder judicante, poderá o juiz, afastar a aplicabilidade de uma lei no caso concreto sempre que entender necessário. ⇨ No Brasil, o controle de constitucionalidade é misto. QUANTO À FINALIDADE: ⇨ Concreto; Incidental; Por via de exceção; Defesa. ⇨ Surge a partir de um caso concreto, da violação de um determinado direito. A finalidade principal deste controle é assegurar que os direitos subjetivos sejam fruídos. ⇨ A supremacia da Constituição fica em 2º plano. ⇨ É importante destacar ainda sobre o controle de constitucionalidade que o poder constituinte original e, as normas que derivam destes não tem controle de constitucionalidade, ou seja em normas originais não há controle de constitucionalidade. No entanto, há uma tese capitaneada pelo jurista Otto Bachof que diz que existem normas originais inconstitucionais, entretanto não é aceita no Brasil. CLASSIFICAÇÃO Abstrato/principal: trata- se de controle também chamado por via direta ou via de ação, a finalidade deste é a proteção da ordem constitucional objetiva, não se assegura direitos, mas sim a supremacia da constituição. Tem por viés proteger a ordem constitucional objetiva. ⇨ O que diferencia o controle abstrato do controle concreto são os autores dos pedidos, no concreto a pessoa pode estar resguardando um direito seu subjetivo, já no abstrato o autor não quer um direito para si mas sim para uma coletividade em busca de um direito objetivo. No controle abstrato os autores são definidos nas constituições, já no controle concreto sua legitimidade se dá com pressupostos processuais. ⇨ No controle abstrato há pertinência temática para ingressar com ações nesta modalidade. O art 103 da Constituição Federal fala quem pode ingressar. Cumpre destacar que os pertinentes temáticos do art 103 da CF, são divididos em dois grupos: 1- Aqueles que não precisam provar interesses sobre a causa. 2- Em que a legitimação necessita de demonstração de interesse. Os que tem caráter federalizado não precisam demonstrar interesse. QUANTO AO MOMENTO: ⇨ Controle prévio: deve ser feito para evitar uma lesão à constituição, podemos citar como exemplo no âmbito legislativo as comissões de constituição de justiça, no âmbito executivo temos o chamado veto jurídico (art 176 parágrafo 1 da CF). Há possibilidade de controle preventivo pelo judiciário quando há possibilidade de impetração de mandado de segurança por um parlamentar quando não for observado o devido processo legislativo. ⇨ Controle repressivo: é aquele que vai ocorrer depois que ocorre a lesão. Da para tentar reverter o prejuízo em razão do abespinhamento do direito coletivo ou individual. ⇨ Controle repressivo feito pelo legislativo: o art 49 da inciso 5 CF possibilita a existência de um decreto regulamentar, que traz a possibilidade de uma lei delegada ser sugerida pelo presidente da república ou o congresso poderá caçar esta lei se o presidente se exorbita da função delegada. ⇨ Controle repressivo pelo judiciário: o controle pelo poder judiciário, de forma repressiva é um controle preferencial em que há uma análise dos pressupostos técnicos e jurídicos para a declaração de desconstitucionalização e constitucionalidade na matéria. É tão primordial esse controle que até órgãos que não são tecnicamente do judiciário, mas exercem a função judicante podem vir a exercer o controle de constitucionalidade dentro das suas atribuições de apreciação de um ato. É o caso insculpido na súmula 347 do STF. ⇨ Controle repressivo executivo: esta possibilidade pode existir quando o chefe do executivo negar cumprimento à lei que entende inconstitucional. Para que o chefe do executivo não pratique crime de irresponsabilidade, ele tem que motivar e dar publicidade ao seu ato, no entanto esta é uma decisão provisória, uma vez que ele só pode descumprir até que o STF dê uma decisão final em controle concentrado. QUANTO A NATUREZA DO ÓRGÃO: ⇨ Jurisdicional: é aquele feito por órgão do poder judiciário. ⇨ Político: é aquele feito por órgão que não tem natureza jurisdicional. ⇨ O controle feito no Brasil é pelo sistema misto, isto é, tanto político como jurisdicional. Formas de declaração de inconstitucionalidade Poderá ser parcial ou total. No controle abstrato os efeitos são ex tunc (retroage). Já o concreto são ex nunc (não retroage) e inter partes (entre as partes).
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