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Controle de Constitucionalidade

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#Controle de Constitucionalidade: Decorre do princípio da supremacia da Constituição.
1- Sistema austríaco (Kelsen-anulabilidade) x Sistema americano (Marshal – nulidade) 
	 Sistema austríaco
	Sistema americano (majoritária no brasil)
	- A decisão tem eficácia constitutiva.
	- Há mera declaração da inconstitucionalidade pelo judiciário.
	-Em regra o vício é auferido no plano da eficácia (anulabilidade).
	- Em regra, o vício está no plano da validade.
	- Em regra a decisão produz efeitos ex nunc (prospectivos - futuro).
	- Em regra, a produção de efeitos ex tunc (retroativos).
	-A lei é provisoriamente válida produzindo efeitos até a decisão que a anula.
	- A lei nasce inconstitucional não produzindo efeitos desde o início (sem eficácia)
	-Preserva os efeitos produzidos pela norma até o reconhecimento da inconstitucionalidade, sendo esta decisão erga omnes.
	-Por estar desprovida de força vinculativa, a lei inconstitucional não produziu nenhum efeito antes de ser declarada inconstitucional.
-Apesar destas características marcantes, na atualidade ambos os sistemas vêm passando por flexibilização, no seguinte sentido.
Modelo austríaco Possibilidade de decisões com efeitos retroativos.
Modelo americano Possibilidade de modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade.
-Em Portugal embora se adote o sistema americano, a previsão expressa na CF permitindo a modulação dos efeitos da decisão, bem como a desconstituição da coisa julgada em matérias específicas e desde que haja expressa determinação da corte constitucional.
-A Alemanha também adota o sistema americana, porém traz mecanismos como “situação ainda constitucional” e a “declaração de inconstitucionalidade sem pronuncia de nulidade- Ex: caso de omissão”.
-No Brasil, o princípio da nulidade vem sendo flexibilizado em atenção do princípio da segurança jurídica, boa-fé, proteção da confiança legítima etc, que são princípios de igual hierarquia, tendo a lei 9.868 estabelecido a seguinte regra em seu art. 27 (MODULAÇÃO 2/3 dos membros do STF):
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado (igual ADPF).
- Esse artigo também vem sendo utilizado no controle difuso de constitucionalidade pelo STF, a fim de proteger os princípios constitucionais apontados acima.
2- Constitucionalidade superveniente e Inconstitucionalidade Superveniente: Não se admitidas no sistema brasileiro.
a) Constitucionalidade superveniente: Trata-se de ato normativo editado com algum vício formal ou material e que se compatibiliza com nova CF. Ex: Norma editada com base na CF 67 que, embora viciada não fora declarada inconstitucional, mas que em tese com a CF 88 estaria de acordo.
-Nesse caso, não é possível tal fenômeno na ordem constitucional brasileira, pois o vício congênito não se convalida (aplicação da teoria da nulidade – RE 346.084).
b) Inconstitucionalidade superveniente: Seria o que ocorrer com as normas editadas sem vício algum, mas que posteriormente se tornariam inconstitucionais.
-O Brasil não observa diante da caracterização dos institutos da recepção (editada na vigência da CF anterior) ou revogação (editada na vigência da nova CF)
-Na hipótese da recepção, não se pode falar em inconstitucionalidade, pois as normas foram editadas na vigência da CF anterior, faltando assim contemporaneidade (normas anteriores a CF 88 são questionadas por ADPF).
INCONSTITUCIONALIDADE Deve ser feita com normas contemporâneas emitidas durante a vigência do CF atual.
Exceção a inconstitucionalidade superveniente Mutação Constitucional.
 Mudança no substrato fático da norma (ex: constitucionalidade de lei federal que adimitia o uso do amianto, e que posteriormente diante de modificações fática relativo a estudos apontado a impossibilidade do uso controlado da substância o STF declarou inconstitucionais tais normas).
3- Histórico do Controle de Inconstitucionalidade
	1824
	-Sem controle de constitucionalidade devido ao Poder Moderador que era o responsável para solucionar conflito entre os poderes, assim como o dogma da soberania do parlamento (só o legislativo poderia saber o sentido da norma).
-O dogma da soberania do parlamento advém da influência europeia do direito inglês e francês,
	1891
	-Surge o controle difuso (influência americana do caso Marshall).
	1934
	-Surge a Ação de Inconstitucionalidade Interventiva.
-Surge a cláusula de reserva de plenário (declaração de inconstitucionalidade = maioria absoluta dos membros do tribunal).
-Senado tem poder para suspende, total ou parcialmente lei ou ato declarado inconstitucional.
	1937
	-Retrocesso.
-Mantêm-se o difuso.
-Possibilidade de afastar a decisão do STF por 2/3 de ambas as casas do CN, desde que confirmassem a lei como valida.
	1946
	-Cria-se a ADI a partir da EC 16/1965, para controle de constitucional de lei ou ato estadual ou federal, sendo o PGR o único legitimado.
-Controle difuso.
-Possibilidade de controle concentrado em âmbito ESTADUAL.
	1967
	-Controle concentrado.
-Controle só no STF, retirando o controle concentrado nos estados.
-PGR continua ser o último legitimado.
	1969
	-Reestabelece o controle concentrado estadual para fins de intervenção em município (lei municipal contestada em face da CE).
	1988
	-Controle difuso.
-Aplicação dos legitimados no controle concentrado.
-Cria-se a ADO e ADPF (controle concentrado).
-HD e MI para tutelar a omissão legislativa (controle incidental- difuso).
-EC 3 cria a ADC.
-EC 45 Iguala os legitimados da ADI e ADC.
-Retorno da cláusula de plenário (1934).
4- Espécie de inconstitucionalidade e o Estados de coisas inconstitucional
Inconstitucionalidade formal Nomodinâmica
Inconstitucionalidade material Nomoestática.
a) Vício formal ou nomodinâmica: Ocorre o vício nos pressupostos, procedimento de formação ou na forma final do ato normativo, podendo ser orgânico; formal propriamente dito e; por violação de pressupostos objetivos do ato.
	Orgânico
	-Decorre da inobservância da competência legislativa. Exemplo; Lei municipal que discipline o uso de segurança, tal norma viola a competência da União para dispor sobre trânsito e transporte.
	Inconstitucionalidade propriamente dita (vicio subjetivo e vício objetivo)
	-Decorre da violação do devido processo legislativo, podendo ser subjetivo ou objetivo a depender do momento em que ocorreu a violação .
Vício subjetivo: Se opera na fase de iniciativa Ex: Lei de iniciativa dos Tribunais para criação ou extinção de varas.
Vício objetivo: Ocorrer nas fases posteriores a iniciativa, como exemplo violação no quórum.
	Inconst. Por violação a pressuposto objetivo do ato
	-Ocorre quando o ato normativo não observa um pressuposto seu exigido pela CF. Ex: Edição de MP sem relevância e urgência, ou criação de município por lei estadual sem observar o Art. 18 §3º da CF (LC federal).
-Nesse caso, o pressuposto é elemento externo do processo legislativo.
b) Vício material ou nomodinâmica (conteúdo, substância ou doutrinário): Trata-se do conteúdo da norma, o qual viola uma norma ou princípio constitucional. Ex: Lei remuneratória que viola o teto do funcionalismo.
c) Vício de decoro parlamentar: É defendido por Lenza e tem parâmetro na compra de votos para fins de aprovação de determina norma ou EC, sendo o vício de decoro parlamentar um vício de inconstitucionalidade no entender do professor, por ofensa ao Art. 55, §1º CF.
-Essa tese foi enfrentada pelo STF na ADI 4.887, onde embora o STF reconhecesse vício na formação da vontade no procedimento legislativo, a ADI fora julgada, pois o número de envolvidos no esquema de comprar não comprometiam o resultado da aprovação.
ADI 4887 (2020):EMENTA: ADI. ALEGADA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS NS. 41/2003 E 47/2005. REFORMA DA PREVIDÊNCIA. VÍCIO POR QUEBRA DE DECORO PARLAMENTAR. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA MORALIDADE. NÚMERO DE VOTOS TIDOS COMO ILEGÍTIMOS: INSUFICIÊNCIA PARA COMPROMETER A APROVAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL. RESPEITO AO QUÓRUM CONSTITUCIONAL EXIGIDO. ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL DOS INCS. I E II DO § 7º DO ART. 40 DA CF PELA EC N. 103/2019. PERDA DO OBJETO NESSA PARTE. AÇÃO JULGADA EM PARTE PREJUDICADA E, NA OUTRA PARTE, IMPROCEDENTE. 1. Presente a pertinência temática e os requisitos legais e jurisprudenciais, é parte legítima ativa para o ajuizamento da ADI a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil – Adepol/Brasil. Precedentes. 2. Na EC n. 103/2019 se alterou substancialmente a norma do inc. I e II do § 7º do art. 40 da CF acarretando a perda superveniente do objeto: pedido prejudicado nessa parte. 3. As ECs são passíveis de controle abstrato de constitucionalidade. Precedentes. 4. O vício que corrompe a vontade do parlamentar ofende o devido processo constituinte reformador ou legislativo contrariando o princípio democrático e a moralidade administrativa. 5. Quebra do decoro parlamentar pela conduta ilegítima de malversação do uso da prerrogativa do voto pelo parlamentar configura crise de representação. 6. No caso, o número alegado de votos comprados não se comprova suficiente para comprometer o resultado das votações ocorridas na aprovação das emendas constitucionais n. 41//2003 e n. 47/2005. Respeitado o rígido quórum exigido pela Constituição da República. Precedentes. Ação direta de inconstitucionalidade julgada em parte prejudicada, e na outra parte, improcedente.
5- Estado de coisa inconstitucional: Trata-se de expressão usado no julgamento da cautelar na ADPF 347, sobre o sistema penitenciária nacional.
Ementa
CUSTODIADO – INTEGRIDADE FÍSICA E MORAL – SISTEMA PENITENCIÁRIO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL – ADEQUAÇÃO. Cabível é a arguição de descumprimento de preceito fundamental considerada a situação degradante das penitenciárias no Brasil. SISTEMA PENITENCIÁRIO NACIONAL – SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA – CONDIÇÕES DESUMANAS DE CUSTÓDIA – VIOLAÇÃO MASSIVA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS – FALHAS ESTRUTURAIS – ESTADO DE COISAS INCONSTITUCIONAL – CONFIGURAÇÃO. Presente quadro de violação massiva e persistente de direitos fundamentais, decorrente de falhas estruturais e falência de políticas públicas e cuja modificação depende de medidas abrangentes de natureza normativa, administrativa e orçamentária, deve o sistema penitenciário nacional ser caraterizado como “estado de coisas inconstitucional”. FUNDO PENITENCIÁRIO NACIONAL – VERBAS – CONTINGENCIAMENTO. Ante a situação precária das penitenciárias, o interesse público direciona à liberação das verbas do Fundo Penitenciário Nacional. AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA – OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. Estão obrigados juízes e tribunais, observados os artigos 9.3 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos e 7.5 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, a realizarem, em até noventa dias, audiências de custódia, viabilizando o comparecimento do preso perante a autoridade judiciária no prazo máximo de 24 horas, contado do momento da prisão
7- Momentos de controle da constitucionalidade
a) Controle prévio: Projeto de lei ou PEC.
Legislativo: Primeiro será feito pela CCJ e posteriormente no plenário das casas quando da votação.
-Se a comissão verificar inconstitucionalidade total do texto o projeto será arquivado, mas se for parcial a comissão poderá corrigir o erro.
Executivo: Ocorre por meio do veto jurídico do Presidente da República, o qual poderá ser derrubado pelo CN em 30 dias por maioria absoluta dos votos.
Judiciário:Visa garantir o devido processo legislativo ao parlamentar, vedando a sua participação em processo legislativo contrário as disposições da CF.
-Ocorre pela via incidental (controle difuso- MS) e só parlamentar poderá faze-lo, já que é o detentor do direito líquido e certo (STF).
-Assim, para o STF a perda de mandato parlamentar implica na extinção do MS interposto perante a corte (perda de legitimidade).
- O controle será limitada apenas a questões relativa ao processo legislativo, ficando de fora do controle questões de discricionariedade, questões interna corporis e relativas a política (enquanto projeto de lei, na PEC é mais amplo se violar cláusula pétrea).
	Controle prévio x normas constitucionais interpostas: Trata-se de extensão do controle preventivo feito pelo judiciário, a tais normas que nada mais são do que referencia feita a norma constitucional a outras disposições normativas, de modo que se houver violação das normas constitucionais interpostas, haveria violação da própria norma constitucional.
-Isso implica num abrandamento no conceito de matéria interna corporis, em razão das normas constitucionais interpostas.
b) Controle posterior: Existe vários modelos adotado pelos Estados, tendo o Brasil escolhido, em regra, o modelo jurisdicional, já que o guardião da CF é o STF.
Modelo político: Ocorre nos países em que o controle e feito por órgão distinto dos 3 poderes, que será o garantidor da supremacia da Constituição.
Modelo jurisdicional: Decorre do controle feito pelo Judiciário quer seja na via concentrada (STF / TJ), quer seja na via difusa (juízes).(BRASIL)
-Ambos os controles difuso e concentrado são realizados com autonomia, não podendo um condicionar a sua admissibilidade à inviolabilidade do outro.
Modelo hibrido: A mistura entre os modelos, sendo algumas normas levadas a controle ao Judiciário, e outras levadas a controle por órgão distinto dos 3 poderes.
	Controle posterior x legislativo
	1- Ocorre quando o Executivo extrapola o poder regulamentar (decreto), cabendo o CN sustar o ato por meio de Decreto Legislativo. (controle de legalidade e não inconstitucionalidade).
2- Ocorre quando o Executivo extrapola os limites da Lei delegada, cabendo ao CN sustar o ato por meio de Decreto Legislativo.
3- Ocorre quando do controle dos requisitos da MP (urgência e relevância- art. 62 CF).
ATENÇÃO: Com base no Art. 52, X CF, o SF poderá por resolução, suspender no todo ou em parte, lei declarada inconstitucional pelo STF
	Controle posterior x Executivo
	-Antes da CF 1988 admitia-se que o Executivo pudesse deixar de aplicar a lei que entendesse ser inconstitucional, pois não era legitimado para ADI.
-Posteriormente a CF 1988, mudou-se a posição no sentido de que o Executivo federal e estadual, por serem legitimados a propor ADI, não poderiam deixar de cumprir a lei que entende-se ser inconstitucional (exclui municpio).
-Entretanto, a doutrina baseada na ideia de supremacia da constituição e súmula vinculante, retoma-se a posição anterior de que o Executivo pode deixar de aplicar lei que entender ser inconstitucional (STF e STJ).
	Controle posterior x órgãos administrativos de controle (TCU, CNJ, CNMP)
	-Não exerce controle de constitucionalidade, pois não possuem jurisdição, ocorrendo apenas o afastamento da norma por entender ser inconstitucional.
-Esse “controle” é na via incidental, podendo o órgão suspender todos os atos praticados com base na norma.
-O agir de tais ato se funda no dever de garantir a validade dos atos administrativo.
8- Sistemas e vias de Controle Judicial
a) Critério subjetivo ou orgânico: No difuso qualquer juiz ou tribunal é livre para verificar o controle, sendo este realizado no caso concreto, atingindo apenas as partes do processo.
-Já no concentrado, o controle se concentra a um ou mais órgãos. Ex: STF e TJ (controle de lei estadual x CE).
b) Critério formal: Esse critério se distingue com base na posição com que a questão da constitucionalidade é tratada no caso.
Via incidental ou de exceção (caso concreto) A questão constitucional é prejudicial e premissa logica do pedido principal.
Via principal ou direto ou abstrato A questão da constitucional é o objeto exclusivo de discussão da caus.
	Controle concetrado CONTROLE ABSTRATO, PRINCIPAL OU DIRETO (influência domodelo austríaco.
Controle difuso CONTROLE INCIDENTAL (influência do sistema americano)
9- Controle Difuso: Também é chamado de controle aberto ou de exceção ou defesa.
-Neste o autor pede algo considerando a inconstitucionalidade de determinada norma, sendo esta a causa de pedir processual, ficando a decisão afeta apenas aquele processo.
a) Controle difuso nos Tribunais e a Cláusula de reserva de plenário (full bench):  Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo.    
Arguida a questão incidental Órgão fracionário decide pelo acolhimento ou não do incidente Acolhido o incidente desmembra-se o julgamento indo a questão constitucional para o pleno ou órgão especial Declaração ou não da inconstitucionalidade da norma pelo pleno ou órgão especial Órgão fracionário vinculada a decisão do pleno irá julgar a questão principal.
-Aliado a regra constitucional, o Art. 950 do CPC, estabelece as seguintes regras procedimentais:
Art. 950. Remetida cópia do acórdão a todos os juízes, o presidente do tribunal designará a sessão de julgamento.
§ 1º As pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade se assim o requererem, observados os prazos e as condições previstos no RI do tribunal.
§ 2º A parte legitimada à propositura de ADI e ADC poderá manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação, no prazo previsto pelo RI, sendo-lhe assegurado o direito de apresentar memoriais ou de requerer a juntada de documentos.
§ 3º Considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, o relator poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades (amicus curiae).
1º Acolhe ou não a questão incidental levantada (órgão fracionário).
2º julga a questão constitucional (pleno ou órgão especial).
3º julga o mérito (órgão fracionado).
PEGADINHA: Eventual RE interposto deverá ocorrer quando da 3º decisão, pois e esta decisão que analisa o pedido principal da causa (S 513/STF).
Cláusula de Barreira x SV 10: Pela súmula existe violação a cláusula de barreira mesmo quando a decisão do órgão fracionário de tribunal, apenas afasta a incidência no todo ou em parte da lei questionada incidentalmente.
Mitigação da Cláusula de reserva de plenário
Nos casos que ensejam ADPF (normas anteriores a CF atual). 
 Quando o tribunal usar da interpretação conforme a Constituição, pois não haverá declaração de inconstitucionalidade.
 Na hipótese de medida cautelar, pois a decisão não é definitiva.
 Quando tiver decisão do pleno, órgão especial ou do STF sobre o tema (Art.949 PU CPC).
 Não acolhimento do incidente de inconstitucionalidade pelo Tribunal.
Cláusula de reserva x Turmas do STF: Essa cláusula não se aplica as turmas do STF, em razão de não se tratar de tribunal no sentido do Art. 97 da CF, bem como pelo fato de ser possível a afetação da atribuição de declaração de inconstitucionalidade as Turmas da Corte.
-Nesse mesmo sentido, trabalhando-se com a ideia de efetividade do processo e racionalização, vem ocorrendo cada vez mais, a ampliação da competência das Turmas, tornando-se mais ágeis as decisões do Plenário, o qual só se reúne quarta em quinta.
-Apesar desse posicionamento do STF, o Ministro Barroso entende que a cláusula de reserva só seria dispensável quando o STF mantivesse acordão que reconheceu a inconstitucionalidade da norma que fundamentou o RE (haveria mera confirmação), sendo diverso o entendimento em sentido contrário.
Cláusulas de reserva x Turmas Recursais dos Juizados: Não se aplica porque essas turmas não são consideradas tribunais, não se amoldando, por conseguinte, a regra do Art. 97 CF.
-É possível a interposição de RE contra a decisão da Turma Recursal, sendo indispensável para tanto a juntado do acórdão que declarou a inconstitucionalidade da norma.
Cláusula de Reserva x Órgãos administrativos autônomos (CNJ, CNMP): Aplica-se por analogia a regra do Art. 97 da CF, pois aqui, embora não haja jurisdição há afastamento de lei que deu fundamento a ato administrativo questionado, de modo a ser necessário conferir maior segurança jurídica à conclusão sobre o vício.
 -Esse entendimento proferido pelo órgão vincula as entidades sujeitas a este, de sorte que são obrigadas a seguir essa orientação.
	Dispensa da cláusula de reserva Turma do STF (ressalva Min. Barroso).
 Turma de Juizado Especial.
b) Efeitos da decisão no controle difuso:
Regra Efeitos inter partes.
 Efeito retroativo em relação a declaração da inconstitucionalidade.
Exceção Modulação de efeitos em relação a nulidade da norma inconstitucional (analogia do art. 27 da Lei 9.868 (2/3 dos membros do STF).
 Quantos os efeitos em relação as partes, temos a regra do Art. 52, X (SF suspendendo ato normativo no todo ou em parte, declarado inconstitucional pelo STF) e a abstrativização do controle difuso (também chamada de transcendência dos motivos determinantes da sentença em controle difuso ou ainda objetivação do controle difuso).
c) Procedimento do Art. 52 da CF (suspensão de ato normativo inconstitucional pelo SF): Pode ser lei federal, distrital, estadual ou municipal, desde que declarada inconstitucional pelo STF, na via incidental (difusa).
Declaração de inconstitucionalidade pelo STF Comunicação ao Senado pelo Presidente do STF, com o texto da lei + acordão do STF + parecer do PGR + versão do registro taquigráfico do julgamento Leitura em plenário Encaminhamento a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania Formulação do projeto de resolução suspendendo a execução da lei no todo ou em parte pela comissão encaminhamento ao plenário para votação publicação da resolução (EFEITOS ERGA OMNES + EX NUNC A PARTIR DAQUI).
ATENÇÃO: Para Michel Temer, em se tratando de controle de constitucionalidade de lei estadual ou municipal em face da CE, deve-se diante do princípio federativo, o Presidente do TJ deverá adotar o mesmo procedimento acima, de modo a comunicar a Assembleia Legislativa.
PEGADINHA: SUSPENSÃO DO ATO Deve ocorrer na extensão da inconstitucionalidade reconhecida pelo STF, ou seja, não pode o SF aumentar ou reduzir amplitude da inconstitucionalidade, se decidir suspender o ato.
RESOLUSÃO DO SENADO Efeitos ex nunc + erga omnes + impossibilidade de revogação da resolução uma vez editada.
-Na Administração Federal, o Dec. 2.346, permite a extensão exclusiva de efeitos EX TUNC, no caso de Resolução do SF suspendendo ato normativo (Art. 1º, §2º).
d) Mutação constitucional do Art. 52, x da CF (2017): A ideia aqui se relaciona com a abstrativização do controle difuso de constitucionalidade, já que o papel do Senado passaria a ser o de mera publicidade.
-A decisão do STF em sede de controle difuso seria já apta a produzir efeitos externos as partes, se assemelhando ao que ocorre no controle concentrado de constitucionalidade.
-Essa tese prestigia a economia processual, efetividade do processo, celeridade processual e implementa o princípio da força normativa da Constituição.
-No julgamento das ADIs 3.406 e 3.470, o STF adotou esse entendimento de mutação do Art. 52 da CF, de sorte que o SF teria apenas o papel de dar publicidade à decisão que reconhece a inconstitucionalidade de uma lei em controle difuso (TENDÊ.NCIA DO STF)
-Nesse sentido, caso não houver essa publicação, tal fato não retirará os efeitos erga omnes e vinculante, posto que este advêm da decisão do STF e não da publicação feita pelo SF.
-Outro argumento que serve para dar sustento a tese da mutação é a regra do Art. 926 do CPC:
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
e) Reclamação constitucional (Art. 988 CPC)
Cabimento:
I - preservar a competência do tribunal;
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III – garantira observância de súmula vinculante e de decisão do STF em controle concentrado de constitucionalidade (esta de acordo com previsão na CF).             
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) ou de incidente de assunção de competência (IAC)  
V- Garantir a observância de acórdão de RE com repercussão geral reconhecida ou de acórdão proferido em julgamento de RE ou REsp repetitivos, quando esgotadas as instâncias ordinárias.
-De acordo com o STF, o inciso V, deve ser interpretado teleologicamente e não literalmente, de modo que não pode estar a decisão reclamada sujeita a algum tipo de recurso, inclusive para tribunal superior (reclamação = esgotamento da via recursal).
-Para Lenza, a estipulação de efeitos vinculantes ao IRDR e IAC, é de constitucionalidade duvidosa mesmo que vincule apenas o Judiciário, pois a CF não aborda o tema expressamente (STF aparentemente não conhece desse entendimento).
Natureza jurídica Direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra a ilegalidade ou abuso do poder.
f) Controle difuso em sede de ACP: É possível ocorrer desde que a matéria não seja o tema principal, pois se o for não será possível o uso da ACP, mas sim da ADI ou ADC.
-A ideia aqui que a ACP não pode querer viabilizar controle de constitucionalidade abstrato de norma legal em tese.
-A ACP não pode ser ajuizada como sucedâneo de ADI, pois, em caso de produção de efeitos erga omnes, estaria provocando verdadeiro controle concentrado de constitucionalidade, usurpando competência do STF.
-EX ACP: ACP que visa proteger o patrimônio público por meio de anulação de licitação fundada em norma municipal incompatível com os ditames do Art. 37 CF (a questão constitucional é secundário, sendo a principal a proteção do patrimônio).
10 – Controle Concentrado: Envolve o julgamento da ADI, ADC, ADO, ADPF e ADI- interventiva.
	AÇÃO
	COMPETÊNCIA
	REGRAMENTO
	ADI
	Art. 102, I, a
	Lei 9.868
	ADC
	Art. 102, I, a
	Lei 9.868
	ADPF
	Art. 102, §1º
	Lei 9.882
	ADO
	Art. 103, §2º
	Lei 12.063
	ADI- Interventiva
	Art. 36, III c/c Art. 34, VII
	Lei 12.562
a) ADI: Trata-se de controle de lei ou ato normativo, realizado em abstrato, marcado pela generalidade, impessoalidade e abstração, sendo a questão principal a declaração ou não da inconstitucionalidade.
Projeto de lei ou PEC Não se sujeita a controle, pois não é lei nem ato normativo.
Lei no período de vacatio legis Pode ter controle porque o processo legislativo fora concluído (Gilmar Mendes).
a.1) Conceito de lei e ato normativo: São o objeto do controle concentrado a lei e o ato normativo.
	LEI
	Ato normativo
	-Toda e qualquer espécie normativa
	- Deve ser ato dotado de autonomia jurídica, abstração, generalidade e impessoalidade.
-Resoluções administrativas, RI de tribunais, deliberações administrativas dos órgãos judiciários, Portarias.
-Considerando tais conceitos, não é possível controle de constitucionalidade sobre súmulas, pois esse instrumento não é datado de normatividade (ADI 594), nem abstração (inclusive SV).
MP Pode ser objeto de controle, mas se convertida em lei ou passado o prazo de eficácia a ADI será julgada prejudicada, por perda do objeto da ação.
 No caso de conversão da MP em lei, será necessário o aditamento do pedido à nova lei de conversão.
 Possibilidade do controle de constitucionalidade sobre os requisitos da relevância e urgência, desde que com grano salis (excepcionalmente).
MP que abre crédito extraordinário: Quanto aos requisitos da imprevisibilidade e urgência (Art. 62 c/c Art. 167, §3º), o STF mudou de entendimento, passando a admitir o controle de constitucionalidade sobre tais requisitos (atos de efeito concreto) no julgamento da ADI 4.049 MC.
EMENTA: CONSTITUCIONAL. MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 402, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2007, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.656, DE 16 DE ABRIL DE 2008. ABERTURA DE CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS DA IMPREVISIBILIDADE E DA URGÊNCIA (§ 3º DO ART. 167 DA CF), CONCOMITANTEMENTE. 1. A lei não precisa de densidade normativa para se expor ao controle abstrato de constitucionalidade, devido a que se trata de ato de aplicação primária da Constituição. Para esse tipo de controle, exige-se densidade normativa apenas para o ato de natureza infralegal. Precedente: ADI 4.048-MC. 2. Medida provisória que abre crédito extraordinário não se exaure no ato de sua primeira aplicação. Ela somente se exaure ao final do exercício financeiro para o qual foi aberto o crédito extraordinário nela referido. Hipótese em que a abertura do crédito se deu nos últimos quatro meses do exercício, projetando-se, nos limites de seus saldos, para o orçamento do exercício financeiro subseqüente (§ 2º do art. 167 da CF). 3. A conversão em lei da medida provisória que abre crédito extraordinário não prejudica a análise deste Supremo Tribunal Federal quanto aos vícios apontados na ação direta de inconstitucionalidade. 4. A abertura de crédito extraordinário para pagamento de despesas de simples custeio e investimentos triviais, que evidentemente não se caracterizam pela imprevisibilidade e urgência, viola o § 3º do art. 167 da Constituição Federal. Violação que alcança o inciso V do mesmo artigo, na medida em que o ato normativo adversado vem a categorizar como de natureza extraordinária crédito que, em verdade, não passa de especial, ou suplementar. 5. Medida cautelar deferida.
Regulamentos ou decretos regulamentares Não podem em regra ser objeto de controle de constitucionalidade, pois são atos legais secundários, ou seja, subordinados a lei, o que implica em controle de legalidade e não de constitucionalidade.
-Não se admite assim no controle ofensa indireta, reflexa ou oblíqua.
-A única exceção dessa regra são os DECRETOS AUTONOMOS, pois estes não se prestam a regular lei, sendo, portanto, ato normativo primário que inova do posto de visto normativo.
ADI 2.950-AgR: 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. AÇÃO DIRETA QUE QUESTIONA A CONSTITUCIONALIDADE DE DECRETO ESTADUAL. FUNÇÃO NORMATIVA, REGULAMENTO E REGIMENTO. ATO NORMATIVO QUE DESAFIA O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. ARTIGO 102, INCISO I, ALÍNEA "a", DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. REFORMA DO ATO QUE NEGOU SEGUIMENTO À ADI. 1. Estão sujeitos ao controle de constitucionalidade concentrado os atos normativos, expressões da função normativa, cujas espécies compreendem a função regulamentar (do Executivo), a função regimental (do Judiciário) e a função legislativa (do Legislativo). Os decretos que veiculam ato normativo também devem sujeitar-se ao controle de constitucionalidade exercido pelo Supremo Tribunal Federal. 2. O Poder Legislativo não detém o monopólio da função normativa, mas apenas de uma parcela dela, a função legislativa. 3. Agravo regimental provido.
Tratados internacionais Os referentes a DH aprovados por 3/5 em 2 votações em cada casa, conforme o Art. 5º, §3º CF, por equivaler a EC.
 Os referentes a DH aprovados sem o rito especial do Art. 5, §3º.
 Tratados e convenções de outra natureza.
Norma constitucional originária Não se sujeitam, pois são ilimitadas devendo haver harmonização entre essas regras através da interpretação.
Leis orçamentárias Inicialmente não era possível, pois era vista como lei de efeitos concretos, ou seja, leis com objeto determinado e destinatário certo.
-Contudo, em sede de cautela na ADI 4.048, a corte passou a admitir o controle de constitucionalidade sobre lei orçamentária (acompanhar o julgamento).
-O STF deve exercer sua função precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver um tema ou uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato, independente do caráter geral ou específico, concreto ou abstrato de seu objeto. Possibilidade de submissão das normasorçamentárias ao controle abstrato de constitucionalidade.
Atos estatais de efeitos concretos e atos estatais de efeitos concretos sob a forma de lei 
Atos concretos não editados por lei Não, pois não tem normatividade.
Atos concretos editados por lei SÃO PASSÍVEIS DE CONTROLE DE CONSTITUC.
Ato normativo já revogado ou de eficácia exaurida Não é possível ADI ou ADC.
 Pode ADPF (ADPF 77- MC).
Ementa: CONSTITUCIONAL E ECONÔMICO. ADPF. CABIMENTO. ART. 38 DA LEI 8.880/94. INSTITUIÇÃO DO “PLANO REAL”. REGRAS DE TRANSIÇÃO DE PADRÃO MONETÁRIO. PRESENÇA DOS REQUISITOS DE RELEVÂNCIA JURÍDICA E INDISPENSABILIDADE DA ANTECIPAÇÃO DA ATUAÇÃO JUDICIAL. MEDIDA CAUTELAR REFERENDADA. 1. Dado o seu perfil subsidiário, a ADPF se apresenta como medida processual mais adequada para afirmar a constitucionalidade do art. 38 da Lei 8.884/94, dispositivo de natureza transitória e de eficácia já exaurida que instrumentalizou a instituição do Plano Real (...).
Resolução do CNJ e CNMP A CF permite a edição de resoluções, quando estes estiverem exercendo suas atribuições constitucionais, de sorte que se forem de natureza abstrata, geral, impessoal caberá controle de constitucionalidade, sob tais resoluções.
-Nesse caso, a resolução adquire status de norma legal primária, de modo a não caber MS contra essas resoluções, pois sendo leis em tese (abstratas), não há lesão a direitos individual, não podendo o MS ser sucedâneo de ADI.
Ato administrativo normativo genérico ADI 3202
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. DECISÃO ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO NORTE: AGRAVO REGIMENTAL NO PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 102.138/2003. EXTENSÃO DE CONCESSÃO DE GRATIFICAÇÃO DE 100% AOS AGRAVANTES AOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. LEI POTIGUAR N. 4.683/1997 E LEI COMPLEMENTAR POTIGUAR N. 122/1994. 1. A extensão da decisão tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte aos servidores em condições idênticas aos agravantes torna-a ato indeterminado. Ato administrativo normativo genérico. Cabimento da ação direta de inconstitucionalidade. 2. A extensão da gratificação contrariou o inc. X do art. 37 da Constituição da República, pela inobservância de lei formal, promovendo equiparação remuneratória entre servidores, contrariariando o art. 37, XIII, da Constituição da República. Precedentes. 3. Princípio da isonomia: jurisprudência do Supremo Tribunal de impossibilidade de invocação desse princípio para obtenção de ganho remuneratório sem respaldo legal: Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal. 4. Ação julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade da parte final do acórdão proferido no Agravo Regimental no Processo Administrativo nº 102.138/2003.
a.2) Recepção e a ADPF: Atualmente o STF entende ser possível a modulação dos efeitos em sede de ADPF, por interpretação analógica do Art. 27 da lei da ADI.
a.3) Competência da ADI GENÉRICA: 
STF Lei federal contestada em face da CF.
 Lei estadual confrontada em face da CF.
TJ Lei estadual em face da CE.
 Lei municipal em face da CE.
ADI 5.646
Ementa: ADI. ARTIGO 106, I, C, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SERGIPE. ATRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL PARA JULGAR ADI DE LEI OU ATO NORMATIVO MUNICIPAL, TENDO COMO PARÂMETRO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARTIGO 125, § 2º, DA CRFB/1988. PLURALIDADE DOS INTÉRPRETES DA CONSTITUIÇÃO. ATRIBUIÇÃO QUE NÃO É EXCLUSIVA DO PODER JUDICIÁRIO OU DO STF. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO. POSSIBILIDADE DE OS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA EXERCEREM O CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE DE NORMAS MUNICIPAIS EM FACE DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, QUANDO SE TRATE DE NORMAS DE REPRODUÇÃO OBRIGATÓRIA. 1. É constitucional o exercício pelos TJ do controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais em face da CF, quando se tratar de normas de reprodução obrigatória pelos Estados-membros. 2. As normas constitucionais de reprodução obrigatória, por possuírem validade nacional, integram a ordem jurídica dos Estados-membros ainda quando omissas em suas Constituições estaduais, inexistindo qualquer discricionariedade em sua incorporação pelo ordenamento local (...). 5. Ação direta de inconstitucionalidade conhecida para julgar improcedente o pedido, atribuindo ao art. 106, I, c, da Constituição do Estado de Sergipe interpretação conforme à Constituição, a fim de aclarar que a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal perante o Tribunal de Justiça estadual somente poderá ter por parâmetro normas da Constituição Federal quando as mesmas forem de reprodução obrigatória na ordem constitucional local ou objeto de transposição ou remissão na Constituição estadual. Como tese de julgamento, firma-se o seguinte entendimento: É constitucional o exercício pelos Tribunais de Justiça do controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais em face da Constituição da República, quando se tratar de normas de reprodução obrigatória pelos Estados-membros.
(ADI 5646, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 07/02/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-094 DIVULG 07-05-2019 PUBLIC 08-05-2019)
Lei Municipal x CF Não há previsão de ADI nesse caso, por ausência de previsão expressa, o que pode ocorrer é o uso do controle difuso (RE), ou da ADPF(STF).
Lei do DF x CF: Não há previsão expressa, porem como o DF reuni as competências dos Estados e Municípios, deve-se analisar a natureza da norma.
-Se não for ato estadual só poderá chegar a questão via controle difuso.
 STF Lei distrital de natureza estadual x CF.
 TJDF Lei municipal com parâmetro na CF, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelo DF. 
 Lei municipal x lei orgânica.
PEGADINHA: Lei municipal x Lei Orgânica Municipal não é controle de constitucionalidade, mas sim de legalidade cujas regras deverão ser previstas na lei orgânica de cada Município.
 Para a doutrina só seria possível controle pela via difusa.
a.4) Legitimidade da ADI (Art. 103 CF): É rol taxativo.
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;         
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;          
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
ATENÇÃO: No âmbito estadual cabe a CE estabelecer o rol de legitimados para o controle concentrado, ficando vedada a atribuição de legitimidade a 1 único órgão (Art. 125,§2º CF).
 
-Assim, os legitimados interessados ou especiais, devem demonstrar o interesse na propositura da ação relacionado à sua finalidade institucional.
Extensão da associação de associação as entidades de classe para fins de ADI: No inicio o.
STF não admitia tal equivalência, porém esse entendimento fora superado na ADI 3.153
EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade: legitimação ativa: "entidade de classe de âmbito nacional" : compreensão da "associação de associações" de classe: revisão da jurisprudência do Supremo Tribunal. 1. O conceito de entidade de classe é dado pelo objetivo institucional classista, pouco importando que a eles diretamente se filiem os membros da respectiva categoria social ou agremiações que os congreguem, com a mesma finalidade, em âmbito territorial mais restrito. 2. É entidade de classe de âmbito nacional - como tal legitimada à propositura da ação direta de inconstitucionalidade (CF, art 103, IX) - aquela na qual se congregam associações regionais correspondentes a cada unidade da Federação, a fim de perseguirem, em todo o País, o mesmo objetivo institucional de defesa dos interesses de uma determinada classe. 3. Nesse sentido, altera o Supremo Tribunal sua jurisprudência, de modo a admitir a legitimaçãodas "associações de associações de classe", de âmbito nacional, para a ação direta de inconstitucionalidade.
-Contudo, ficam excluídas as associais que representam fração da categoria profissional.Ex> Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (ADPF 254)
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. AÇÃO PROPOSTA PELA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS ESTADUAIS – ANAMAGES. ENTIDADE QUE REPRESENTA APENAS PARTE OU FRAÇÃO DA CATEGORIA PROFISSIONAL DOS MAGISTRADOS. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. AÇÃO QUE NÃO MERECE SER CONHECIDA. PRECEDENTES. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. As associações que congregam mera fração ou parcela de categoria profissional em cujo interesse vêm a juízo não possuem legitimidade ativa para provocar a fiscalização abstrata de constitucionalidade. Precedentes: ADI 4.372, redator para o acórdão Min. Luiz Fux, Pleno, DJe de 26/09/2014; ADPF 154-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe de 28/11/2014; ADI 3.617-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Pleno, DJe de 1/7/2011. 2. In casu, à luz do estatuto social da agravante, resta claro que a entidade tem por finalidade representar os magistrados estaduais, defendendo seus interesses e prerrogativas. Nota-se, assim, que a entidade congrega apenas fração da categoria profissional dos magistrados, uma vez que não compreende, dentro de seu quadro, os Juízes Federais, por exemplo. 3. É firme o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido da ilegitimidade ativa da ANAMAGES para a propositura de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental ou qualquer outra ação do controle concentrado de constitucionalidade. 4. Agravo regimental a que se nega provimento
Associação de Associação de âmbito nacional É legitimada.
Associação que representa fração ou mera porção da categoria Não Legitimada.
Perda de representação do partido político no CN após o ajuizamento da ADI Não importa em perda da legitimidade, pois a legitimidade deve ser auferida no momento da propositura da ação.
ADI e a necessidade de advogado Para o STF só os partidos políticos, confederações sindicais, ou entidades de classe nacional é que precisão contratar advogado para ajuizar ADI, devendo haver na procuração poderes específicos para atacar a norma impugnada, indicando-a.
Confederações , partidos e entidades de classe Contrata Advogado.
Demais legitimados Não pois a capacidade postulatória decorre da CF.
a.5) Procedimento e características marcantes: Está no CF (Art. 103, §1º a §3º) + Lei 9.868 e RISTF.
§ 1º O PGR deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do STF.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em 30 dias.
§ 3º Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o AGU, que defenderá o ato ou texto impugnado.
Propositura da ação Solicitação de informação à autoridade que emanou a lei ou ato normativo impugnado (30 dias) citação do AGU (15 dias) PGR (15 dias) Lançamento do relatório aos demais ministros Presidente pauta Julgamento (quórum – 8 M precisando de 6 favoráveis- maioria absoluta) Comunicação à autoridade ou órgão responsável pela expedição do ato. publicação no DEJ e DOU da parte dispositiva do acordão no prazo de 10 dias após o TJ.
-O relator se entender, poderá designar peritos para elaborar parecer sobre o tema + realizar audiências + admitir amicus curiae + solicitar aos demais tribunais informações sobre como está sendo aplicado o ato normativo impugnado (qualquer tribunal e tipo de justiça).
-Estes atos do relator serão feitos no prazo de 30 dias.
-A ação será apresentada em 2 vias, devendo conter na peça os argumentos e a indicação do ato normativo impugnado, acompanhada de procuração, quando for legitimado especial + cópia da lei impugnada.
-O relator poderá pedir informações suplementares, para lhe dar maio segurança sobre a avaliação dos fundamentos da controvérsia.
Inépcia da inicial: Falta de fundamentação ou manifestamente improcedente (relator), podendo a decisão ser ataca por agravo em 5 dias e apreciado pelo Pleno do STF.
-Com o CPC de 2015, passa a caber agravo interno em 15 dias úteis (Art. 1070 c/c Art. 1.003, §5º e Art.1021, §2º (revogado a regra anterior).
-Contudo, se a decisão for do Pleno não caberá agravo interno, pois não decorre de ato do relator. 
Manifestamente improcedente: Lei que tenha sido já declarada constitucional pelo Plenário, ainda que em RE, salvo se ocorrer significativas modificações de ordem jurídica, social e econômica ou, quando houver a superveniência de argumentos nitidamente mais relevantes do que aqueles antes prevalentes.
Decisão que admite os amicus curiae: É irrecorrível e deve haver relevância da matéria.
Características da ADI
 Inaplicabilidade do prazo do antigo 188 do CPC, por ser processo objetivo(analise em abstrato da norma ).
 Inexistência de prazo prescricional e decadencial.
 Intervenção apenas do amicus curiae como 3º no processo.
 Proibição de desistir da ação (ART. 5º da lei 9.868).
 Irrecorribilidade da decisão que declarar a inconstitucionalidade da lei (exceto ED, RE no controle concentrado estadual e AI no indeferimento liminar)
 Impossibilidade da rescisória (Art. 26 da lei).
 Não vinculação aos argumentos da ação, ou seja, a causa petendi, podendo inclusive reconhecer a inconstitucionalidade por arrastamento de outras normas, não apontadas na inicial (não vem sendo aplicada a regra do Art. 10 do CPC nesses casos de ampliação)
a.6) Amicus curiae: Em regra no controle concentrado não se admite a figura da intervenção de 3º, pois este não detém legitimidade para intervir no referido controle, ante a natureza objetiva do processo.
-Contudo, admite-se a figura dos amicus curiae (hoje espécie de intervenção de 3º).
-O relator poder admitir essa intervenção mediante o preenchimento dos requisitos da conveniência e oportunidade, pautados na relevância da matéria e representatividade dos postulantes, sendo que a admissão pode ser afastada pelo Pleno do STF.
Requisitos Relevância da matéria + representatividade dos postulantes.
Prazo O STF admite somente até a data em que o relator liberar o processo para pauta.
Direitos do Amicus Curiae Direito a sustentação oral.
 Não tem direito a formular pedido ou de aditar o pedido já delimitado na inicial.
	 Admissão do Amicus Curiae nas ações de controle concentrado
	ADC
	-Pela lei é vedado, mas o STF admite ante o caráter dúplice ou ambivalente entre a ADI e ADC (a procedência duma implica na improcedência da outra).
	ADPF
	-Previsão do Art. 6, §2º da lei 9.882, fala em interessados no processo, não havendo dispositivo específico sobre a figura do amicus curiae.
-Porém, o STF aplica por analogia a regra do art. 7, §2º da lei da ADI, admitindo em situação excepcional, nos mesmo moldes da ADI. Ex: ADPF 183
	ADO
	-Pode pelo art. 12- E da lei 9.868, que manda aplicar no que couber a ADO as regras do art. 2 a 12.
-Há previsão também para juntada de documentos úteis, no prazo das informações e memoriais.
	AI
	-Aplica-se o mesmo entendimento firmado na ADPF.
-Também caberá Amicus Curiae, no julgamento do recurso RE em relação a repercussão geral + no procedimento da Súmula Vinculante.
STF e a admissão de PF como amicus curiae: O STF vem negando, tendo em vista a ausência de representatividade, de modo que a lei admite somente manifestação de órgãos ou entidades.
-Contudo, esse entendimento é sedimentado antes do CPC de 2015, de modo que pode haver mudança, pois este é expresso em admitir a PF como amicus curiae.
Natureza Jurídica do Amicus Curiae: Para Lenza é uma modalidade sui generis de intervenção de terceiros, com características próprias inerentes ao processo objetivo de controle de constitucionalidade.Amicus Curiae x Recurso: Não pode recorrer por ser 3º estranho ao processo, no processo de controle concentrado, tendo inclusive o STF entendido pela irrecorribilidade da decisão do relator em relação a admissão deste (antigamente se permiti Agravo Interno na admissão).
-A ideia aqui é que o entendimento em sentido contrário inviabilizaria o andamento do processo, principalmente em processos que existe um número grande de requerimento de 3º, bem como pelo fato de o CPC ser expresso no sentido de dar discricionariedade ao juiz para admitir ou não o amicus curiae.
a.7) Realização de Audiências Públicas no Controle concentrado: É autorizada pelo relator para esclarecer a matéria ou circunstância fática carente de informações nos autos.
-O Art. 13, XVII, do RISTF, compete ao Presidente do STF convocar audiência pública para ouvir o depoimento de pessoas com experiência e autoridade em determinada matéria, sempre que entender necessário o esclarecimento de questões ou circunstâncias de fato, com repercussão geral e de interesse público relevante, debatidas no âmbito do Tribunal, o que nos permite afirmar que a previsão não se resume aos processos de ADI, ADC e ADPF.
-Ex: RE 973.837 – armazenamento de perfis genéticos de condenados por crimes violentos ou hediondos.
a.8) Efeitos da decisão ADI: Erga omnes.
 Ex tunc (exceto modulação de efeitos por 2/3 do STF)
 Efeito vinculantes ao Judiciário e ao Executivo (Art. 102, §2º CF).
PEGADINHA: Se o legislativo editar ato normativo com o mesmo conteúdo declarado inconstitucional pelo STF em ADI, não caberá reclamação, fundada na decisão da corte, mas sim nova ADI (novo objeto).
Princípio da parcelaridade no controle concentrado: Trata-se da possibilidade de o STF julgar parcialmente procedente o pedido de inconstitucionalidade, expurgando do texto legal apenas uma palavra ou expressão (diferente do veto presidencial que tem que ser inteiro).
-Assim não é preciso a declaração de inconstitucionalidade de todo artigo, mas apenas de uma parcela, sendo uma interpretação com redução de texto.
Declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto: Ocorrer quando o STF determina que determinada forma de aplicação da norma ou interpretação desta viola a CF.
-Nesses casos, a corte realizar uma interpretação conforme a CF, de modo a afastar a inconstitucionalidade alegada.
-Contudo, essa forma de interpretação só é possível quando a norma tiver duplo sentido, pois se for inequívoco o sentido da norma não caberá a interpretação conforme a CF, pois o STF não pode ser legislador positivo.
Efeito repristinatório da declaração de inconstitucionalidade: Trata-se de efeito lógico decorrente da ADI, de modo que o texto legal revogado pela norma declarada inconstitucional retoma a sua eficácia, desde que declarada a inconstitucionalidade integral da norma revogadora.
-Isso ocorre, porque a lei inconstitucional é nula, de modo que não produz qualquer efeito na ordem jurídica, de modo que não poderá revoga norma anterior.
	Efeito repristinatório ≠ repristinação
-Também não caberá efeito repristinatório se ocorrer a modulação dos efeitos da ADI, pois nesse caso, a corte acaba por reconhecer efeitos a norma inconstitucional (LENZA).
ATENÇÃO: Se na ADI o legitimado quiser discutir a constitucionalidade também da norma revogada a fim de evitar o efeito repristinatório, o mesmo deverá fazer pedido expresso sob pena de a Corte não poder analisar essa questão de ofício.
 Só poderá ser objeto da cadeia normativa, as normas editadas pós CF 88.
Coisa Julgada inconstitucional x S. 343/STF: Trata-se da possibilidade de uso da ação rescisória para deconstituir sentença baseada em lei declarada, posteriormente inconstitucional pelo STF.
-Para a corte, na ação rescisória será necessária a juntada de nova procuração com poderes específicos, mesmo que conste esse poder no mandato originário, já que a rescisória é autônoma e com caráter especial.
-Será necessário observar o prazo de 2 anos e a controvérsia da rescisória deve ser de cunho constitucional, sob pena de ser aplicada a S. 343/STF.
SÚMULA 343 -Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida nos tribunais (mudança de jurisprudência não afasta a súmula -STF 2014).
-Se ultrapasso o prazo de 2 anos da sentença, não caberá mais rescisória, inclusive se ocorrer o controle concentrado com efeitos ex tunc.
-Ultrapassado o prazo de 2 anos apenas poderá ser desconstituída a CJ, por meio da desconsideração à luz do princípio da proporcionalidade e limitadas a sentenças que tiverem ferido outros valores constitucionais de igual hierarquia ou da segurança jurídica e estabilidade das decisões e dicar reconhecido nessa ponderação de interesses, que devam ser afastados.
STF Ação rescisória Controle concentrado ou edição de SV.
a.9) Pedido de liminar na ADI (Art. 10 a 12)
Petição audiência dos órgãos ou autoridades que emanaram a lei ou ato pronunciamento deste em 5 dias Relator (se entender necessário) ouvira o AGU e PGR em 3 dias julgamento faculdade de sustentação oral dos requerentes e da autoridade ou órgão (RI) pleno por maioria absoluta aprova a liminar publicação da parte dispositiva da decisão em 10 dias em sessão especial do D.O.OU e D.E,J solicitação de informações a autoridade que emanou o ato.
Exceção:  Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
Requisitos da liminar Periculum in mora + fumus boni iuris.
-O indeferimento da cautelar não se implica na constitucionalidade da norma impugnada, de sorte que não cabe reclamação contra decisão de liminar indeferida.
-Assim, poderá magistrado no controle difuso afastar a norma questionada, sem que isso implique no uso da reclamação.
Efeitos da cautelar 
 Erga omnes.
 Ex nunc (regra), ex tunc (exceção)
Aplica-se na vigência da liminar a norma revogada pela lei questionada(se exisitir), exceto se o Tribunal decidir o contrário. 
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do AGU e PGR, sucessivamente, no prazo de 05 dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.
a.10) Revogação ou perda de vigência de lei após o ajuizamento da ADI:
Regra: Implica na extinção do ADI sem resolução do mérito, por perda de objeto da ação, pois entendimento contrário transformaria a ADI em instrumento de proteção de situações jurídicas pessoais e concretos (só na via difusa).
-Aplica-se essa mesma ideia se ocorrer alteração do paradigma de controle apontado na ADI.
Exceção: Quando ocorre a revogação da norma quando já marcado o julgamento, pois isso implicaria em fraude processual (ADI 3.232).
 Quando a revogação da lei ocorrer após o julgamento do mérito pelo STF, reconhecendo-se a inconstitucionalidade da norma, restando julgamento de embargos de declaração (ADI 951 ED).
DICA: Verificar se não vai acontecer modificação do posicionamento do STF, ampliando o prosseguimento da ADI após a revogação da lei ou ato normativo.
a.11) Elementos essências do controle de constitucionalidade: 
Elemento conceitual A ideia é identificar o que deve ser entendido como parâmetro de constitucionalidade
Elemento temporal Refere-se a temporalidade da norma que deve ser editada na vigência da CF atual. 
-Esses elementos estão descritos no informativo inf. 258/STF.
Bloco de constitucionalidade São as normas e princípios expressos que servem de parâmetro para o controle de constitucionalidade (visão restritiva).
-Numa visão ampliativa, o bloco de constitucionalidade engloba além das normas constitucionais,todas aquelas que versem sobre matéria constitucional, o que alcança a lei infraconstitucional (Ex: Tratado de direitos humanos, não aprovados pelo rito do Art. 5º, §3º CF e os que forem aprovados pelo referido procedimento).
a.12) Teoria da transcendência dos motivos determinantes: Trata-se da extensão dos efeitos vinculantes não só ao dispositivo da sentença, mas também aos fundamentos determinantes da decisão (ratio decidendi).
-Esses fundamentos são aqueles que determinaram o resultado da ação, sendo diversos dos meros comentários que não influem na decisão (obiter dictum).
-Como exemplo, temos o julgamento da ADI 3.345, que declarou constitucional a Resolução do TSE, que reduziu o número de vereadores de todo o pais.
Vinculação RATIO DECIDENDI Argumentos determinantes da decisão.
-Contudo, apesar disso, o STF vem afastando essa teoria como forma de evitar o ajuizamento massivo de reclamações, porém essa postura deve ser revista a luz do CPC 2015, que adotou a conceção de tese jurídica vinculante, inclusive no controle concentrado de constitucionalidade.
a.13) Teoria da inconstitucionalidade por arrastamento/atração ou inconstitucionalidade consequente ou derivada ou inconstitucionalidade por reverberação normativa.
-Essa teoria se relaciona com os limites objetivos da coisa julgada e a produção de efeitos erga omnes.
-Nessa ideia, se uma lei principal for declarada inconstitucional pela via concentrada, o ajuizamento de ADI da lei secundária (dependente da principal) implicará no mesmo resultado por arrastamento, posto que existe uma relação de instrumentalidade (ligação) entre ambas.
-Assim, haverá a vinculação ao dispositivo da sentença e a ratio decidendi exposta na primeira ADI.
-Essa técnica pode ser usada em processos distintos (caso acima) e no próprio processo, quando na decisão já se estipula quais normas ficam declaradas como inconstitucionais, MESMO SEM PEDIDO EXPRESSO NA INICIAL (mais frequente esta última no STF).
PEGADINHA: É possível o uso dessa teoria do arrastamento para decreto que se fundava em lei declarada inconstitucional, o qual ocorrerá no julgamento da própria ADI.
-Esse arrastamento é uma exceção aos limites fixados na inicial, que cede lugar a conexão ou interdependência dos dispositivos legais e do caráter político do controle de constitucionalidade.
a.14) Efeito vinculante da ADI x Poder Legislativo (REVERSÃO LEGISLATIVA DA JURISPRUDÊNCIA DA CORTE): Para evitar a fossilização da CF e da evolução social da sociedade, o efeito vinculante da ADI, não vincula o Legislativo, que poderá inclusive editar normas contrárias ao entendimento do STF.
 -Essa questão foi analisada na ADI 5.105, tendo a corte estabelecido patamares para lei infraconstitucional e EC, contrárias ao entendimento do STF.
EC A EC contrária a entendimento jurisprudencial do STF só poderá ser declarada inconstitucional se estiver contra os limites do Art. 60 CF.
Lei Essa nasceria com presunção iuris tantum de inconstitucionalidade, cabendo ao legislador o ônus de demonstrar a necessidade de superação do entendimento, via novos argumentos, ou ainda demonstrar a superação das premissas fáticas e axiológica que levaram ao posicionamento da corte.
 Há um controle mais rigoroso, principalmente se o precedente for amparado em cláusula pétrea.
a.15) Proibição do atalhamento constitucional e do desvio de poder constituinte: Trata-se de expediente pelo qual se busca atingi um fim ilícito, utilizando-se de um meio aparentemente legal.
-Esse atalhamento da Constituição significa qualquer artifício que busque abrandar, suavizar, abreviar, dificultar ou impedir a ampla produção de efeitos dos preceitos constitucionais, sendo essa prática vedada.
a.16)Inconstitucionalidade chapada, enlouquecida desvairada: É a inconstitucionalidade evidente, gritante não havendo qualquer do vício forma e/ou material, sendo utilizada a expressão pelo ex Ministro Sepúlveda Pertence.
a.17) Início da eficácia da decisão que reconhece a inconstitucionalidade ou constitucionalidade: Em regra é a partir da publicação da ata de julgamento no DJE, sendo desnecessário aguardar o TJ, exceto casos excepcionais examinados pelo Presidente do STF (mesmo momento para reclamação).
-Assim, difere-se nas ações de controle de constitucionalidade a publicação da ata de julgamento com a publicação do acordão.
Ementa- Rcl 3.632-AgR
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. PROCESSAMENTO DA RECLAMAÇÃO CONDICIONADO À JUNTADA DA ÍNTEGRA DO ACÓRDÃO DITO VIOLADO. PUBLICAÇÃO DA ATA DE JULGAMENTO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE NO DIÁRIO DE JUSTIÇA. REFORMA DO ATO QUE NEGOU SEGUIMENTO À RECLAMAÇÃO. 1. O cabimento da reclamação não está condicionado a publicação do acórdão supostamente inobservado. 2. A decisão de inconstitucionalidade produz efeito vinculante e eficácia erga omnes desde a publicação da ata de julgamento e não da publicação do acórdão. 3. A ata de julgamento publicada impõe autoridade aos pronunciamentos oriundos desta Corte. 4. Agravo regimental provido.
a.18) Inconstitucionalidade circunstancial: Trata-se da situação em que determinada lei formalmente constitucional, poderia ser declarada inconstitucional em razão de determinada circunstância.
b) Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)
b.1) Conceito: Trata-se de ação que busca a confirmação da constitucionalidade da norma, transformando a presunção relativa da norma em absoluta.
-Essa decisão da ADC, não impede que o STF, em momento posterior, reveja o seu posicionamento e entenda no futuro pela inconstitucionalidade da norma, através de uma nova interpretação do ato normativo.
b.2) Objeto: Só ato e lei FEDERAL.
ATENÇÃO: Na PEC paralela do Judiciário, a pretensão de estender o objeto da ADC, para os mesmo da ADI, considerando o caráter ambivalente das ações.
b.3) Competência: STF.
b.4) Legitimidade da ADC: Os mesmos da ADI, após a EC 45.
b.5) Procedimento da ADC: É parecido com o do ADI, com algumas particularidades.
Propositura da ação Relator petição apta PGR para parecer Relator lançará relatório com cópia para todos os ministros Julgamento (quórum de votação 8 ministros e maioria absoluta para aprovação)
-Embora na ADC visasse a declaração de constitucionalidade, Lenza entender que na ADC o AGU também deve ser citado para não se violar a regra do Art. 103, §3º CF, posto que a improcedência da ação implicará na inconstitucionalidade da norma
-Outro ponto distinto é que é requisito para admissão da ADC a demonstração da controvérsia judicial que coloque em risco a presunção da constitucionalidade da norma (requisito).
- Deve se juntado também cópia do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência da ADC.
-Aplica-se a ADC as mesmas regras da ADI quanto aos poderes do Relator, prazo para interposição de Agravo Interno (15 dias úteis) e impossibilidade de desistência da ação.
b.6) Efeitos da decisão Efeitos erga omnes.
 Ex tunc.
 Vinculante (Judiciário e Administração Pública).
b.7) Medida Cautelar na ADC: Pode ser concedida pela maioria absoluta dos ministros, determinando a suspensão de todos os processos relativos à aplicação da norma questionada, pelo prazo de 180 dias, a contar da publicação no D.O.U.
-Ultrapassado esse prazo sem manifestação da corte, os processos voltaram a correr.
Efeitos da liminar Erga omnes e vinculante, tendo em vista o poder geral de cautela, cabendo reclamação para garantir o cumprimento da decisão da corte.
c- Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 
c.1) Localização (ADPF):Art. 102, §1º CF + LEI 9.882, incluída pela EC 3.
c.2) Objeto da ADPF: Existe duas modalidades de ADPF, uma de índole autônoma (preventiva e repressiva) e incidental.
Autônoma ou direta (Art. 1º) Serve para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do poder público.
-Nesta o ato do poder público não se limita a atos normativos nem da esfera que for bastando o nexo de causalidade entre a lesão e o ato.Ex. decretos regulamentares.
Incidental (PU, Art. 1º): Só ato normativo
 Quando existir relevante controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição
 Deve ser provada a divergência judicial na aplicação do ato normativo violador.
c.3) Conceito de Preceito Fundamental: É conceito da doutrina, tendo o STF dito apenas o que não é preceito fundamental:
-Para Cassio Juvenal Faria são normas qualificadas que veiculam princípios e servem de valores de interpretação das demais normas constitucionais. Ex: Art. 1ª 4 CF, Art. 170 (princípios da economia), Art. 34, VII CF (princípios sensíveis).
c.4) Competência na ADPF: STF (originária).
c.5) Legitimidade na ADPF: Os mesmos da ADI, permanecendo a mesma regra da pertinência temática exigida na ADI (Confederações, Associações, Governadores).
-Embora, só estes possam fazer uso da ADPF, a lei garanti que qualquer pessoa lesada ou ameaçada pelo ato do poder público, represente ao PGR a propositura de ADPF (Art. 2, §1º lei 9.882).
c.6) Procedimento da ADPF – Particularidade do princípio da subsidiariedade:
Petição Relatora analisa a regularidade formal da inicial e liminar se houver Solicitação de informação a autoridade que emitiu o ato impugnado (10 dias) Relator fará relatório encaminhando cópia a todos os ministros pedindo data para julgamento Julgamento (no mínimo 2/3 M. reunidos e decisão pela maioria absoluta Julgada comunica-se as autoridades ou órgãos responsáveis pela edição do ato questionado, fixando as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental Publicação da parte dispositiva no D.J.E. e D.O.U em seção especial no prazo de 10 dias do TJ.
-Assim como nas demais ações admite-se por analogia a admissão do Amicus Curiae.
-Em se tratando de ADPF não ajuizado pelo MP, este terá vista após o decurso do prazo de informações por 5 dias.
- O relator se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
-Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo.
-Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo interno no prazo de 15 dias úteis (IGUAL ADI, ADC).
-Sendo julgada a ADPF o presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente (eficácia a partir da lavratura da ata de julgamento).
-Assim como nas demais ações, não cabe rescisória e nem recurso contra a decisão do STF (exceto embargos de declaração).
-Cabe reclamação ao STF em relação a ADPF (Art.13).
Requisitos da Inicial (Art. 3º):
I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado;
II - a indicação do ato questionado;
III - a prova da violação do preceito fundamental;
IV - o pedido, com suas especificações;
V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado.
Procuração: Se necessário, será apresentada em 2 vias, junto com cópias do ato impugnado e dos documentos comprobatórios a impugnação.
Indeferimento (Art. 4): Não for caso de ADPF + faltar um dos requisitos + for inapta.
Princípio da subsidiariedade: Refere-se ao caráter residual da ADPF, de sorte que esta só cabe se não houver outro instrumento de cunho objetivo (ADI, ADC, ADO), capaz de sanar a lesividade.
-O STF entendeu que a existência de recursos ordinários ou extraordinários, não impedem a utilização da ADPF, em virtude de seu caráter objetivo(ADPF 33).
c.7) Efeitos da Decisão na ADPF: Efeito Erga omnes.
 Vinculante.
 Efeito ex tunc (regra).
Modulação dos efeitos da ADPF (Art.11) Segurança jurídica ou excepcional interesse social (2/3 dos ministros. 
c.8) Pedido de Liminar na ADPF (Art.5º): É possível pela maioria absoluta dos Ministros.
Relator Urgência ou perigo grave ou durante o recesso (ad referendum do Pleno).
-O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o AGU e PGR, no prazo comum de 5 dias.
-A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da ADPF, salvo se decorrentes da coisa julgada.  
c.9) Fungibilidade entre a ADPF e ADI: O STF reconhece essa fungibilidade, desde que não haja erro grosseiro, bem como havendo dúvida objetiva (caráter autônomo da norma).
-Isso ocorre devido o caráter subsidiário da ADPF, de modo que se o objeto da ADPF for no fundo declaração de inconstitucionalidade, a ADPF ajuizada vai ser conhecida como ADI (ADPF 72 QO/PA – inf. 390/STF)
-Em sendo a ADPF conhecida como ADI, aplica-se o caráter ambivalente desta ação (improcedência= inconstitucionalidade).
-Assim, admite-se a fungibilidade em caso de dúvida razoável sobre o caráter autônomos de atos infra legais (decretos, resoluções, portarias).
d) Ação Direita de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO): Visa combater a síndrome da ineficácia das normas constitucionais de índole limitada.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias
-A ADO (controle concentrado) guarda relação com o MI (controle difuso), pois ambos têm a mesma finalidade, distinguindo-se apenas no tipo de controle.
PEGADINHA: Não cabe fungibilidade entre MI e ADO, ante a diversidade de pedidos.
d.1) Espécies de Omissão:
 
Parcial propriamente dita: Há regulamentação da norma, porém ela é insuficiente. Ex: Art. 7, IV CF (salário mínimo), é deficitária, pois o valor estabelecido é inferior ao razoável para cumprir toda a garantia da referida norma constitucional.
Parcial relativa: Há ato normativo outorgando um benefício a uma categoria, porém exclui outra. Ex: Aumento do Legislativo, não implica no do Judiciário, ou aumento de uma carreira do Executivo, na implica na de todas.
SÚMULA VINCULANTE 37: Não cabe ao Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia.
d.2) Objeto da ADO: Omissão normativa primária + secundários (atos gerais, abstratos e obrigatórios), podendo ser de qualquer um dos poderes (maior que na ADI)
-Se ocorrer a supressão da Omissão após o ajuizamento da ADO, haverá a extinção desta por perda do objeto.
-Num primeiro momento o STF estendeu o entendimento acima para os casos em que se iniciava o processo legislativo, porém essa posição foi revista na ADO 3.682, de sorte que se houver demora no processo legislativo (manifestamente negligente ou desidiosa) será possível o uso da ADO.
d.3) Competência na ADO: STF originária.
d.4) Legitimados na ADO: Mesmos da ADI.
d.5) Natureza jurídica dos Legitimados da ADO: Age como advogados da Constituição, pois aqui há proteção da ordem constitucional, contra condutas incompatíveis com a CF (não individual).
d.6) Procedimento: Parecido com o da ADI (Art. 12-E lei 9868).
- Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais.          
-O relator poderá solicitar a manifestação do AGU, a ser juntada em 15 dias (na ADI É 5).   
-O PGR, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 dias, após o decurso do prazo para informações (5 na ADI e ADPF).
Procuração: 2 vias quando necessárias + documentosprovando a omissão.
Requisitos da inicial (Art. 12-B)
I - a omissão inconstitucional quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa;         
II - o pedido, com suas especificações.  
Indeferimento da inicial: Não fundamentada ou manifestamente improcedente, cabendo AI em 15 dias (a lei não fala o prazo, mas aplica a regra da ADI que na lei e 5 mas com o CPC É 15).
Prazo da omissão: A lei não estabelece qual o prazo para se caracterizar a omissão, mas o STF entende que deve haver prazo razoável para editar a norma.
d.7) Medida cautelar na ADO: Não tem previsão de deferimento pelo relator e será analisada só após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão, que se manifestaram em 5 dias. (peculiaridades)
Cabimento Excepcional urgência e relevância da matéria.
Objeto da liminar Suspensão da aplicação da lei (omissão parcial) e dos processos adm. e judiciais.
 Outra providência a ser tomada pelo tribunal
- O relator, julgando indispensável, ouvirá o PGR em 3 (três) dias (=ADI)
-No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.        
Publicação da medida cautelar: Igual ADI, ADC, ADPF, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional.  
d.8) Efeitos da decisão na ADO: Varia conforme o for órgão administrativo ou poder competente.
Órgão administrativo Supre a omissão em 30 dias, sob pena de responsabilidade, ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, em razão de circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido.
Poder competente Da apenas ciência a decisão, não fixando prazo para suprir a omissão.
-Quanto ao poder competente, o STF nos julgamentos das ADOs 24 e 25 adotaram posição mais ativa, no sentido de solver a mora legislativa, tendo sido adotada na ADO 25 a posição concretista intermediária do MI.
Ementa ADO 25
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. 2. Federalismo fiscal e partilha de recursos. 3. Desoneração das exportações e a Emenda Constitucional 42/2003. Medidas compensatórias. 4. Omissão inconstitucional. Violação do art. 91 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Edição de lei complementar. 5.Ação julgada procedente para declarar a mora do Congresso Nacional quanto à edição da Lei Complementar prevista no art. 91 do ADCT, fixando o prazo de 12 meses para que seja sanada a omissão. Após esse prazo, caberá ao Tribunal de Contas da União, enquanto não for editada a lei complementar: a) fixar o valor do montante total a ser transferido anualmente aos Estados-membros e ao Distrito Federal, considerando os critérios dispostos no art. 91 do ADCT; b) calcular o valor das quotas a que cada um deles fará jus, considerando os entendimentos entre os Estados-membros e o Distrito Federal realizados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.
ATENÇÃO: Considerando questões de ordem técnica a União formulou pedido de Questão de Ordem na referida ADO, buscando a dilação do prazo fixado na ementa da ADO, tendo a corte se manifestado em 2020 da seguintes forma:
Ementa
Questões de ordem na ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 2. Lei Complementar prevista no art. 91 do ADCT. 3. Pedidos sucessivos de prorrogações dos prazos realizados pela União (primeiro requerimento, em 2.2019) e pela maioria dos Estados (segundo requerimento, em 2.2020). 4. Fatos supervenientes que justificam o abrandamento do prazo fixado no julgamento de mérito. Circunstâncias técnico-operacionais. Deferimento dos pleitos em parte. Precedentes. 5. Referendo das decisões. 6. Acordo realizado entre a União e todos os Entes Estaduais e Distrital. Homologação. 7. Encaminhamento ao Congresso Nacional para as deliberações cabíveis.
d.9) Fungibilidade entre ADO e ADI: É admitido pelo STF na ADI 875.
Ementa
EMENTA: Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI n.° 875/DF, ADI n.° 1.987/DF, ADI n.° 2.727/DF e ADI n.° 3.243/DF). Fungibilidade entre as ações diretas de inconstitucionalidade por ação e por omissão. Fundo de Participação dos Estados - FPE (art. 161, inciso II, da Constituição). Lei Complementar n° 62/1989. Omissão inconstitucional de caráter parcial. Descumprimento do mandamento constitucional constante do art. 161, II, da Constituição, segundo o qual lei complementar deve estabelecer os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados, com a finalidade de promover o equilíbrio socioeconômico entre os entes federativos. Ações julgadas procedentes para declarar a inconstitucionalidade, sem a pronúncia da nulidade, do art. 2º, incisos I e II, §§ 1º, 2º e 3º, e do Anexo Único, da Lei Complementar n.º 62/1989, assegurada a sua aplicação até 31 de dezembro de 2012.
e- Ação de Representação Interventiva: É um dos pressupostos para a decretação da intervenção federal ou estadual pelos chefes do executivo.
-Diferentemente das outras ações de controle, esta não é marcada por um processo objetivo, sem partes e sem um caso concreto subjacente, sendo sim um litigio constitucional, de uma relação processual contraditória contrapondo União e Estado, que pode resultar em intervenção federal.
Judiciário Verifica apenas se os pressupostos da intervenção estão presentes.
Etapas do procedimento: É dividido em 3 fases.
	Etapa 1
	Etapa 2
	Etapa 3
	Fase jurisdicional: STF ou TJ analisa apenas se estão presentes os requisitos da intervenção (não decreta nulidade)
	Intervenção branda: O executivo limita-se a suspender a execução do ato impugnado, se isso bastar para voltar a normalidade.
-Dispensa a apreciação da medida pelo Legislativo.
	Intervenção efetiva: Não sendo efetiva a medida anterior, o Executivo decreta a intervenção especificando a ampliturde, prazo e condições de execução e que, se couber, nomeará interventor.
-Há apreciação do Legislativo sobre o decreto de intervenção, em 24 horas, e se tiver recesso, será feita convocação extraordinária em 24h.
e.1) Representação interventiva federal (Art. 36, III CF): 
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I - no caso do art. 34, IV (separação dos poderes ) de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do STF, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do STF, do STJ ou TSE;
III - de provimento, pelo STF, de representação do PGR, na hipótese do art. 34, VII (princípios sensíveis), e no caso de recusa à execução de lei federal. 
1- Objeto da IF 
 Lei ou ato normativo que viole princípios sensíveis.
 Omissão ou incapacidade da autoridade local em proteger e cumprir os princípios sensíveis.
 Ato governamental estadual que desrespeite os princípios sensíveis.
 Ato administrativo que afronte os princípios sensíveis.
 Ato concreto que viole os princípios sensíveis.
2- Princípios sensíveis Forma republicana, sistema representativo e regime democrático.
 Direitos da Pessoa Humana.
	 	 Autonomia municipal.
 Prestação de contas a Administração Pública.
 Aplicação do mínimo da receita em saúde e educação.
3- Competência STF (originária).
4- Legitimidade da IF PGR que tem autonomia e discricionariedade sobre o convencimento.
5- Procedimento da IF
Petição apresentada em 2 vias Relator analisa se não é caso de indeferimento liminar Relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado que prestarão em 10 dias Oitiva sucessiva do AGU e PGR em 10 dias cada Prestadas informações ou realizada diligências adicionais o relator elabora relatório com cópia para todos os ministros pedindo data para julgamento Julgamento (pelo menos 8 ministros

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