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3ºaula Potencial elétrico e energia elétrica Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • resolver problemas práticos associados ao cálculo da energia potencial e do potencial elétrico; • compreender as propriedades de superfícies equipotenciais relativas à variação de potencial; • identificar as superfícies equipotenciais em dispositivos que envolva a distribuição de cargas; • determinar o potencial e a energia potencial elétrica produzida por sistemas de cargas pontuais. Caros(as) alunos(as), Iniciamos esta terceira aula. Na seção 1, será abordado a respeito da energia potencial elétrica e do potencial elétrico, aplicando a relação da variação da energia potencial com a realização de trabalho e o teorema do trabalho e energia cinética, dada uma partícula lançada em um campo elétrico. Na seção 2, será apresentado o conceito de superfícies equipotenciais, a partir de um campo elétrico associado a uma distribuição de cargas. Prosseguindo, na seção 3, será deduzido o potencial elétrico produzido por cargas pontuais a uma determinada distância. A aula será concluída com a seção 4, na qual será discutida a energia potencial elétrica associada ao trabalho depreendido ao compor um sistema de cargas pontuais. Bons estudos! 22Física Teórica e Experimental iii seções de estudo 1 – Energia Potencial Elétrica e Potencial Elétrico 2 – Superfícies Equipotenciais 3 – Potencial Produzido por Cargas Pontuais 4 – Energia Potencial Elétrica de um Sistema de Cargas Pontuais 1 - Energia potencial Elétrica e potencial Elétrico Utilizar somente conceitos de força para a resolução de problemas práticos pode tornar os cálculos substancialmente mais complexos. Portanto, é muito mais prático aplicar o princípio de conservação da energia mecânica em sistemas fechados que envolvem a interação entre forças. Por isso, o interesse na relação entre uma energia potencial e uma força. Uma força eletrostática sobre um sistema de partículas causa a variação da energia potencial elétrica de um estado inicial para um estado final e, como sabemos, uma variação da energia potencial implica na realização de trabalho, que independe da trajetória, tratando a força eletrostática como uma força conservativa. Dessa forma: Podemos aplicar a expressão acima a uma situação na qual a distância entre duas partículas seja infinita e que seja realizado um trabalho, por meio de forças eletrostáticas, visando a aproximação. Então, tem-se a variação de uma energia potencial inicial (zero) para uma energia potencial final . O trabalho depreendido no movimento é dado por , o que implica em (HALLIDAY et al., 2008). 1.1 – potencial elétrico Uma partícula carregada pode ser lançada em um campo elétrico, ao deduzirmos a energia potencial desenvolvida pela partícula, temos que considerar, sobretudo, a magnitude da carga elétrica. Uma forma de associar a energia potencial da partícula ao campo elétrico é por meio da energia potencial por unidade de carga (responsável pelo campo elétrico), com valor único para cada ponto do espaço. Assim, podemos inferior que a relação não depende da magnitude da carga elétrica da partícula, trata-se de uma relação intrínseca ao campo elétrico (BISCÚOLA et al., 1992; MARTINS, 1994). A esta relação, a energia potencial por unidade de carga em um determinado ponto do espaço, tem-se o potencial elétrico ou, simplesmente, potencial, uma grandeza escalar denotada por , ou seja: Enquanto a diferença de potencial entre os pontos e são: Onde a variação de energia potencial é dada por , sendo que a realização de trabalho sobre o sistema, com o deslocamento da partícula de um ponto arbitrário para outro, implica que , dessa maneira: Observe que a variação do potencial elétrico pode ser positiva, negativa ou nula, dependendo de e . Se há o deslocamento de uma posição inicial para uma posição final , pode-se associar com (energia potencial no infinito), assim o potencial elétrico final em um ponto qualquer do espaço depende do trabalho depreendido, isto é: No SI, a unidade para o potencial elétrico é joule por coulomb ( ). Como é utilizada frequentemente, é mais conveniente utilizarmos a equivalência volt ( ), assim: Para o campo elétrico, portanto, podemos inferir as relações: No caso de dimensões atômicas ou subatômicas é apropriado empregar a unidade elétron-volt ( ), mensurada como a energia necessária para realizar o trabalho de descolocar uma carga elementar (elétron ou próton) através de um volt. Em joule, temos: Adiante, será aplicado o teorema do trabalho e energia cinética a uma carga sob ação de um campo elétrico. 1.2 – Variação da energia cinética e potencial elétrico No caso de uma partícula carregada ser lançada em um campo elétrico, por meio de uma força, há o trabalho realizado por esta força e o trabalho devido à ação do campo elétrico sobre a partícula, que podemos denotar por . Conforme o teorema do trabalho e energia cinética, a 23 variação é igual à soma dos trabalhos sobre as partículas, ou seja: Supondo que a energia cinética não varie com o deslocamento, tem-se , resultando no trabalho realizado sobre aa partícula igual ao trabalho realizado pelo campo elétrico. Logo: A relação acima pode ser emprega na expressão para a variação da energia potencial elétrica, , obtendo: O trabalho pode ser definido como o produto entre a magnitude da carga elétrica é a variação do potencial elétrico , com isso: Onde o sinal de depende do sinal e dos valores absolutos para e . 2 - Superfícies Equipotenciais Uma superfície equipotencial pode ser definida como um conjunto de pontos que possuem o mesmo potencial elétrico, a superfície pode ser real ou imaginária. O trabalho não depende da trajetória percorrida, para quaisquer dois pontos e que conectado em uma superfície equipotencial, tem-se , sendo que a trajetória pode não estar totalmente contida nesta superfície, basta considerar somente os pontos inicial e final. Por associação, a energia potencial e o potencial também não dependem da trajetória percorrida (HALLIDAY et al., 2008). Figura 1 – Superfícies equipotenciais com potenciais , , e e a representação de diferentes trajetórias , , e entres essas superfícies. Fonte: Halliday et al. (2008). A uma determinada distribuição de cargas pode ser associada um campo elétrico e uma família de superfícies equipotenciais, como mostrado acima. Se as trajetórias começam e terminam em uma mesma superfície equipotencial, o trabalho realizado pelo campo elétrico sobre uma partícula carregada é zero. Para as trajetórias I e II, este trabalho é nulo. Mas para as trajetórias III e IV, não iniciando e terminando nas mesmas superfícies equipotenciais, as magnitudes dos trabalhos exercidos pelo campo elétrico não são nulas, contudo, são iguais, visto que as trajetórias iniciam e terminam nas superfícies equipotenciais, portanto, possuem os mesmos potenciais iniciais e finais. Em um campo elétrico uniforme, as superfícies equipotenciais são planos perpendiculares às linhas de campo elétrico e, do mesmo modo, ao vetor campo elétrico, tangente as linhas. Caso o vetor campo elétrico não fosse perpendicular, a componente paralela à superfície realizaria trabalho sobre a partícula no deslocamento sobre a superfície, contudo, por princípio, entendemos que o trabalho deve ser nulo em uma superfície equipotencial (WOLSKI, 2005; YOUNG; FREEDMAN, 2015). Por isso, é razoável que possamos entender o vetor como perpendicular à superfície equipotencial em qualquer ponto do espaço. 3 - potencial produzido por Cargas pontuais Considere uma partícula positivamente carregada, produzindo um campo elétrico, posicionando uma carga de prova em um ponto a uma distância da carga , podemos inferir o produto escalar entre o vetor campo elétrico e o vetor descolamento, supondo uma trajetória simples em que oponto esteja sobre uma reta conectada a partícula fixa . Nesse caso, o produto escalar é dado por: Onde se refere a um deslocamento infinitesimal da carga , sendo que utilizaremos esta notação em substituição a , visto que nos limitaremos a não apresentar diretamente o cálculo integral e diferencial. Suas aplicações ficam a cargo do leitor, caso julgue necessário em determinados momentos de nossa disciplina, embora o estudo aqui desenvolvido seja suficiente a compreensão dos fundamentos do eletromagnetismo. Em qualquer ponto da trajetória de deslocamento da carga de prova, o vetor possui a mesma direção que , logo e , e o potencial ao longo de todo o caminho de deslocamento da carga , é obtido a partir do campo elétrico: O que resulta, a partir da integração para o produto escalar apresentado anteriormente, em : Onde é o potencial elétrico produzido por uma carga 24Física Teórica e Experimental iii a uma da partícula fixa, cuja expressão também pode ser aplicada ao cálculo do potencial externamente ou sobre a superfície de uma distribuição de cargas com simetria esférica. O potencial elétrico é positivo se a partícula possui carga positiva e negativo se a partícula possui carga negativa. Repare também que quanto menor o valor de , maior o valor de , isto é, , implica em (HALLIDAY et al., 2008). 4 - Energia potencial Elétrica de um Sistema de Cargas pontuais A energia potencial elétrica em um sistema de cargas de pontuais pode ser entendida como o trabalho necessário para aproximar estes corpos e formar um determinado sistema, com uma variação de distância infinita entre a posição inicial e a posição final do sistema (observe a figura abaixo). Como nessas condições é necessária uma força externa para o deslocamento dessas cargas pontuais, a tendência é que retornem as posições iniciais, desse modo o trabalho realizado, ou a energia potencial armazenada, é convertida em energia cinética. Figura 2 – Gráficos da variação da energia potencial de duas cargas puntiformes em relação a distância entre elas. Fonte: Young e Freedman (2014). Para ilustrar este conceito, suponha duas cargas distantes o suficiente para que não exista nenhuma interação entre elas. Denotando as cargas por e , ao trazermos a carga de sua localização inicial para a sua posição final, não é realizado nenhum trabalho, pois não há nenhuma força eletrostática agindo sobre a mesma. Entretanto, ao movimentar a carga , de uma posição aleatória para as proximidades de , tem-se a realização de trabalho devido à existência de uma força eletrostática entre as mesmas. O potencial criado pela carga na posição de , considerando uma distância entre as cargas, é a seguinte: Como explanamos, a energia potencial do sistema é igual o trabalho realizado sobre o mesmo, sendo que o trabalho para a movimentação da carga é dado pela expressão , onde é dado pela equação acima, o que implica em: Não há sinal negativo na expressão acima, pois não estamos calculando o trabalho realizado pelo campo elétrico, mas contra o mesmo, o trabalho realizado pela força externa deslocando a segunda carga, por conseguinte, agindo contra o campo elétrico. Dado que a energia potencial e o trabalho realizado sobre as partículas são iguais, se as cargas possuem o mesmo sinal, o trabalho de aproximação é positivo (as cargas se repelem), assim como a energia potencial; enquanto que se as cargas possuem sinais contrários, o trabalho depreendido necessita ser no sentido de afastamento, dado que aproximação ocorreria de forma espontânea, nesse caso o trabalho e a energia potencial do sistema são negativos (YOUNG; FREEDMAN, 2015). Exemplo 1 Qual é o valor do potencial elétrico no ponto P, situado no centro do quadrado de cargas pontuais que aparece na figura adiante? A distância é e as cargas são , , e (HALLIDAY et al., 2008, p. 86). Figura 3 – Ponto localizado no centro de um quadrado de lado , com cargas pontuais , , e posicionadas nos vértices. Fonte: Halliday et al. (2008). Solução: O potencial no ponto corresponde, simplesmente, a soma dos potenciais de cada carga no ponto , sendo que todas as cargas possuem a mesma distância diagonal de que podemos identificar por : O potencial elétrico em é: 25 Substituindo , , , e : Portanto, o potencial elétrico no ponto é . Exemplo 2 Na figura (a), elétrons (de carga ) são mantidos fixos, com espaçamento uniforme, sobre uma circunferência de raio . Em relação a no infinito, quais são o potencial elétrico e o campo elétrico no centro da circunferência (HALLIDAY et al., 2008, p. 87)? Figura 4 – (a) Elétrons espaçados uniformemente em uma circunferência de raio . (b) Cargas dispostas de modo desuniforme ao longo do arco de uma circunferência de raio . Fonte: Halliday et al. (2008). Solução: O potencial elétrico no ponto não depende da disposição dos elétrons. Assim, a forma de circunferência é irrelevante para determinarmos o potencial elétrico, se tratando de uma grandeza escalar, logo, conhecendo a respectiva expressão: Para elétrons, e : O campo elétrico resultante no ponto é nulo, pois o cada campo elétrico gerado em por um dos elétrons é cancelado pelo campo elétrico devido o elétron diametralmente oposto. Então, . (b) Se os elétrons são deslocados ao longo da circunferência até ficarem distribuídos com espaçamento desigual ao longo de um arco de [figura (b)], qual é o potencial no ponto ? O campo elétrico no ponto sofre alguma mudança (HALLIDAY, et al., 2008, p. 87)? Solução: No caso de uma distribuição desigual dos elétrons ao longo de um arco de , mas mantendo uma distância de igual a , não poderemos verificar uma mudança na magnitude do potencial elétrico, dado que este é varia somente em relação a carga e a distância desta em relação ao ponto do espaço avaliado, como nenhuma dessas grandezas variou, o potencial elétrico se mantém o mesmo. Mas, o campo elétrico varia, dependente da forma em que são dispostas as cargas, no caso da disposição em arco, não há cancelamento dos campos elétricos diametralmente opostos, assim o campo elétrico em possui um valor não nulo e orientado para algum ponto do arco, dentro dos . Exemplo 3 A figura adiante mostra três cargas pontuais mantidas fixas no lugar por forças não-especificadas. Qual é a energia potencial elétrica desse sistema de cargas? Suponha que e que , e , onde (HALLIDAY, et al., 2008, p. 93). Figura 5 – Três cargas pontuais fixas, e positivas, e negativa, são situadas na forma de um triângulo equilátero de lado . Fonte: Halliday et al. (2008). Solução: A energia potencial elétrica é definida como o trabalho necessário para fornecer o arranjo de um conjunto de cargas. Assim sendo, considerando que não foi mobilizada, foi realizado um trabalho por um agente externo para o deslocamento da carga de um determinado posição no infinito à posição especificada na figura acima, a uma distância de , isso implica na expressão: Para trazer a carga também de uma posição no infinito para a posição a uma distância tanto de como de , 26Física Teórica e Experimental iii também foi realizado trabalho, envolvendo a aproximação de ambas as cargas, onde o trabalho total corresponde a soma destas magnitudes. Logo, denotando como o trabalho realizado para aproximar a partícula da carga e como o trabalho para a aproximação da carga em relação a carga , temos: Sabendo que a energia potencial é igual ao trabalho realizado, a energia potencial elétrica total corresponde a soma das energias potenciais associadas aos três pares de cargas, veja: Ou seja: Para e que , e , onde : O sinal negativo denota um trabalho externo realizado para obter a disposição espacial correspondente das cargas. Exemplo 4 Duas cargas puntiformes de estão no eixo , uma na origem e a outra em . Determine o potencial (TIPLER et al., 2014, p. 78): Figura6 – Duas cargas puntiformes iguais sobre o eixo , com o ponto em e o ponto em . Fonte: Tipler et al. (2014). (a) no ponto no eixo em . Solução: O potencial elétrico total no ponto , equidistante de e , é dado pela soma a seguir: Dado que a distância de a e de a são iguais, então , assim como as cargas e , . Substituindo e : Então, foi obtido o potencial de no ponto . (b) no ponto no eixo em . O ponto de referência (onde ) está no infinito. Solução: No ponto as distâncias em relação as cargas e são diferentes, conforme expressão: Substituindo e , obtemos: Ou seja, no ponto o potencial elétrico é inferior ao ponto , com magnitude de . Exemplo 5 Dois condutores esféricos descarregados de raios e , separados por uma distância muito maior que , estão conectados por um longo fio condutor muito fino. Uma carga total é colocada em uma das esferas e é permitido que o sistema atinja o equilíbrio eletrostático (TIPLER et al., 2014, p. 93). Figura 7 – Dois condutores esféricos descarregados, e , conectados por um longo fio condutor. Fonte: Tipler et al. (2014). (a) Qual é a carga em cada esfera? 27 Solução: O potencial elétrico em ponto do espaço gerado a partir de condutores esféricos é dado por: Como o fio condutor colocado entre as esferas permite que seja atingido o equilíbrio eletrostático, pode-se inferir que os potenciais elétricos na superfície das esferas são iguais. Portanto: Onde equivale a e , pois o equilíbrio eletrostático é atingido na superfície das esferas, a distâncias e do centro de cada esfera. Evidenciando : Onde a carga é uniformemente distribuída na superfície esférica e é a distância entre o ponto analisado e o centro do condutor esférico. Pelo princípio da conservação de energia, aplicado as cargas e , sendo a carga total: Substituindo , surge: A partir da expressão acima, obtém-se : Substituindo , e : Utilizando novamente a expressão para a conservação de cargas: Assim sendo, a carga na esfera 1 é de e na esfera 2 é de . b) Qual é o módulo do campo elétrico na superfície de cada esfera? Solução: As cargas e podem ser utilizadas para o cálculo do campo elétrico na superfície de cada esfera, obtido pela expressão: Em que é o vetor unitário que parte do centro de cada esfera. Substituindo e é determinado o campo elétrico na superfície da esfera 1: E com e : Com isso, os módulos dos campos elétricos para as esferas 1 e 2 são e , respectivamente. (c) Qual é o potencial elétrico em cada esfera? Solução: Os potenciais elétricos das esferas são iguais, portanto, adotando a esfera 1: Onde e , isto é: Logo, o potencial elétrico em cada esfera é de . retomando a aula Chegamos, assim, ao final de nossa aula. Vamos, então, recordar algumas discussões realizadas ao longo das seções? 1 – Energia Potencial Elétrica e Potencial Elétrico Nesta seção, vimos uma forma de associar a energia potencial da partícula ao campo elétrico é por meio da energia potencial por unidade de carga, com valor único para cada ponto do espaço, assim tem-se o potencial elétrico. A variação de energia potencial é igual a realização de trabalho sobre o sistema, com o deslocamento da partícula de um ponto arbitrário para outro, ou seja, . No caso de uma partícula carregada ser lançada em um campo elétrico, por meio de uma força, há o trabalho realizado por esta força e o trabalho , devido à ação do campo elétrico sobre a partícula, que foram relacionados com a utilização do teorema do trabalho e energia cinética. 28Física Teórica e Experimental iii 2 – Superfície Equipotenciais Uma superfície equipotencial foi definida como um conjunto de pontos que possuem o mesmo potencial elétrico, a superfície pode ser real ou imaginária. Como salientado nesta seção, o trabalho não depende da trajetória percorrida, assim como a energia potencial e o potencial. A uma determinada distribuição de cargas pode ser associada a um campo elétrico e a uma família de superfícies equipotenciais. Em um campo elétrico uniforme, as superfícies equipotenciais são planos perpendiculares às linhas de campo elétrico e, do mesmo modo, ao vetor campo elétrico, tangente as linhas. 3 – Potencial Produzido por Cargas Pontuais O potencial elétrico produzido por uma carga elétrica a uma determinada distância da partícula fixa, conduz a expressão deduzida nesta seção que também pode ser aplicada ao cálculo do potencial externamente ou sobre a superfície de uma distribuição de cargas com simetria esférica. O potencial elétrico é positivo se a partícula possui carga positiva e negativo se a partícula possui carga negativa. Como percebemos em nossos estudos, quanto menor o valor de , maior o valor de , isto é, , implica em . 4 – Energia Potencial Elétrica de um Sistema de Cargas Pontuais A energia potencial elétrica em um sistema de cargas de pontuais pode ser entendida como o trabalho necessário para aproximar estes corpos e formar um determinado sistema, com uma variação de distância infinita entre a posição inicial e a posição final do sistema. A tendência é que retornem as posições iniciais, desse modo a energia potencial armazenada, é convertida em energia cinética. Se as cargas possuem o mesmo sinal, o trabalho de aproximação é positivo, assim como a energia potencial, enquanto se as cargas possuem sinais contrários, o trabalho depreendido necessita ser no sentido de afastamento, nesse caso o trabalho e a energia potencial do sistema são negativos. Vale a pena O potencial elétrico. Disponível em: https:// cu r sos. i f . u f f . b r/ ! f i s i c a2 -0117/ l ib/exe/ fe t ch . php?media=notasdeaula:fabio_potencial_eletrico.pdf. Acesso em: 05 maio 2020. Energia potencial elétrica – Eletrostática. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=7T2EouqZUHM. Acesso em: 05 maio 2020. Potencial elétrico no campo de várias cargas. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=31hDdlSfv3Q. Acesso em: 05 maio 2020. Vale a pena acessar HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: mecânica. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene; MORS, Paulo Machado. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. YOUNG, Hugh; FREEDMAN, Roger A. Física III: eletromagnetismo. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, v. 3, 2014. 402 p. Vale a pena ler Minhas anotações
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