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Fichamento psicodiagnóstico Ancona Lopes

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Bibliografia: ANCONA. Lopes, Silva. A porta de entrada: da entrevista de triagem à consulta psicológica. Tese de doutorado. São Paulo: PUC-SP, 1996, pag.9-21 (cap.II)
Fichamento n°1
A triagem é a fase de entendimento da demanda de atendimento, aonde vai ser definido quais serão os procedimentos tomados e como poderão ser feitos, a partir dessa fase inicial. Normalmente, os casos encaminhados à clínicas escolas, são casos de pessoas que não possuem condições de se manter em um acompanhamento e tratamento particulares, e muitas vezes, podem chegar ao atendimento de forma desesperançosa por conta das dificuldades encontradas no caminho desse encaminhamento, e também por conta da demora para conseguir atendimento. 
É comum que as pessoas cheguem ao atendimento esperando respostas e resultados de forma rápida, e é muito importante que na entrevista de triagem, sejam expostos os procedimentos e o tempo demandado em cada caso, afim de poupar futuras decepções por conta dessa “demora” em conseguir os resultados esperados. É de extrema importância também, engajar o paciente em seu próprio tratamento, para que eles também se sintam responsáveis pelo seu cuidado, e não se tornem dependentes dos atendimentos, que não são a longo prazo em clinicas escolas. 
Durante a triagem, não deve ser feito nenhum tipo de intervenção, já que esse papel é do psicólogo e terapeuta, e não do entrevistador, que deve compreender as demandas, e combina-las com o profissional que melhor o atenderá nelas. Assim, pode se evitar alguns tipos de desencontros, que podem prejudicar o processo terapêutico.
É de conhecimento comum e popular, que ações terapêuticas eficazes demandam muito tempo e grande números de sessões, porém, está em processo a mudança dessa forma de agir terapêutico, que parte do princípio de que bons resultados também podem ser possíveis a partir de um tratamento mais rápido, e não menos eficaz. 
Quando o cliente procura atendimento psicológico, se evidencia um sofrimento, uma crise. E esse momento deve ser reconhecido pelo terapeuta, já que nesse momento, o cliente procura tratamento em busca de mudanças e transformações de vida. É no momento da triagem, quando levantadas essas questões, tais sofrimentos e crises, em que deve se dar início ao processo de ressignificação, levando o cliente a analisar seus sentimentos, sofrimentos e angustias, para que traga na sessão, preliminares para a intervenção.
Assim, se deve pensar no papel do psicólogo como um cumpridor de amplos papeis, que se adapta e se modifica a partir das necessidades dos seus clientes, não se limitando à determinismos, já que se trata de uma profissão que atende diversos tipos de demanda, não se limitando à pratica clínica. Sendo o contato paciente-terapeuta de extrema importância para o êxito do processo terapêutico.
Para o terapeuta, se trata de uma relação de equilíbrio entre sensibilidade e teorias, já que o terapeuta não pode se prender unicamente aos seus conhecimentos, tendo que recorrer à pressupostos teóricos referentes a sua demanda atual, porém, não pode se prender às práticas teóricas, já que pode perder a sua sensibilidade ao lidar com o paciente, tendo que equilibrar as duas pontas, para que seja realizado um bom atendimento. 
O trabalho do psicólogo em uma clínica escola, se desenvolve em duas partes: com as crianças, que são o motivo principal da procura ao atendimento psicológico, muitas vezes induzido pelas escolas, ou por parte dos pais. Nessa parte, é preciso tomar muito cuidado em entender o que ela precisa desse atendimento e acompanhamento, e descobrir qual a melhor maneira de fazê-lo. 
Com o cliente: comumente, se trata dos pais da criança atendida, que deve estar presente na sessão e no acompanhamento como um todo, facilitando e dando continuidade do processo terapêutico no dia a dia da criança. Deve se entender qual o problema para qual se procura ajuda, e se tal ajuda, não se encontra encoberta pelos reais pedidos de atendimento da criança. 
Por isso, para que seja realizado um trabalho de qualidade em um tratamento infantil, deve ser levado em conta todos os aspectos da demanda, do atendimento, dos pais, da escola, da criança. Para que seja realizada uma intervenção eficiente, que traga reais modificações e resultados para o cotidiano dessa criança e da família como um todo. Considerando o processo terapêutico desde a entrevista inicial onde é realizada a triagem, até o encaminhamento final, assim como todos os passos e procedimentos tomados no caminho, construído juntos, terapeuta, criança e pais.

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