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AFO - PGE-PE - 100 DICAS FINAIS

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2019 
PDF GRATUITO 
11/4/2019 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E 
ORÇAMENTÁRIA – AFO 
100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE 
PROCURADORIA – PGE-PE 
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 
100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE 
PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE 
 
@profleandroravyelle Página 1 
 
Fala, povo! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar nesse mundo que é 
a nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária. Sou servidor 
público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, lotado na Diretoria de 
Programação e Orçamento - DPO, logo, estou diariamente em contato com a 
disciplina de AFO. Leciono nossa matéria desde 2016 e farei o máximo para trazer 
todo o meu conhecimento sobre o conteúdo para facilitar o seu aprendizado. Sou 
concurseiro, assim como vocês, e prometo trazer todas as dicas e macetes que 
aprendi ao longo dos meus anos de luta para facilitar o nosso estudo. Já fui aprovado 
em alguns concursos, dentre eles: 
 
SEDUC-CE (PROFESSOR DO ESTADO) - 2013 
BANCO DO BRASIL (ESCRITURÁRIO) - 3º LUGAR - 2015 (ASSUMI E TRABALHEI 
POR 1 ANO E 9 MESES. 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA - 2015 - 22º LUGAR (TÉCNICO 
JUDICIÁRIO) - ATUAL CARGO 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1ª REGIÃO – 2017 - ANALISTA JUDICIÁRIO 
(ÁREA ADMINISTRATIVA) - 34º LUGAR 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO - 2017 - ANALISTA JUDICIÁRIO 
(ÁREA ADMINISTRATIVA) - 6º LUGAR 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5º REGIÃO - 2017 - TÉCNICO JUDICIÁRIO 
(ÁREA ADMINISTRATIVA) - 92º LUGAR 
 
Então, povo, vamos ao que nos interessa: o que tem neste PDF? 
Um compilado com 100 dicas finais para o concurso da PGE-PE (Assistente – Nível 
Médio, incluindo dicas teóricas, doutrinárias e das mais diversas legislações 
cobradas no seu edital, além de alguns mapas mentais para fixar alguns pontos 
importantes, que não devem ficar de fora da sua revisão. 
 
Que tal um PDF teórico completo para aprofundar os seus estudos de Orçamento 
Público/AFO? Possuo o seguinte material: uma apostila teórica completa e 
esquematizada, incluindo mapas mentais do começo ao fim do conteúdo. Os mapas 
mentais resumem os principais tópicos da disciplina, organizados na ordem 
sequencial e gradativa do conteúdo. Há também centenas de questões separadas por 
capítulo! 
Além disso, meu PDF aborda toda a teoria cobrada no edital da SEFAZ-BA 
2019, da banca FCC, usando as doutrinas mais cobradas (Paludo, Sérgio Mendes, 
James Giacomoni, etc), além de trabalharmos com todos os manuais que embasam a 
nossa disciplina (MCASP 8ª edição, MTO 2020, Manual da Receita Nacional e Manual 
da Despesa Nacional); sem deixar de fora toda a legislação cobrada nos diversos 
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assuntos (LRF, Lei nº 4.320/64, Lei nº 10.180/2001, Portarias do MPDG, etc.). Ou 
seja, nesse material abordo simplesmente tudo: doutrina, jurisprudências, 
legislações, manuais e questões! 
PS: sigam minhas redes sociais, pois nelas posto diariamente dicas, mapas 
mentais, resumos, questões comentadas, materiais gratuitos, provas comentadas na 
íntegra após as realizações dos concursos, e muito mais! 
Instagram: @profleandroravyelle 
Facebook: facebook.com/profleandroravyelle 
 
Possuo também um drive gratuito de materiais, com provas, legislações, 
materiais em pdf, todos gratuitos. Acesse: 
https://drive.google.com/open?id=1-0g76LaNEbbWvb5i3WGhKzALqrAliV5y 
 
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Agora vamos ao que interessa! Primeiramente, trago abaixo o edital 
verticalizado do conteúdo da sua prova: 
 
A partir das próximas páginas, começaremos a jornada de 100 dicas que 
aposto que te ajudarão muito na prova do próximo domingo (14/04/2019). Bora? 
 
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DICA 1 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. 
 
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JURÍDICA 
O Orçamento Público tem caráter e força de lei, e a elaboração 
e a aprovação do orçamento público seguem o processo 
legislativO de discussão, emenda, votação e sanção 
presidencial como qualquer outra lei. 
 
ECONÔMICA 
O Orçamento Público é basicamente o instrumento por meio 
do qual o governo extrai recursos da sociedade e os injeta 
em áreas selecionadas. 
 
 
POLÍTICA 
É corolário da dimensão econômica. Se o Orçamento Público 
tem um inequívoco caráter redistributivo, o processo de 
elaboração, aprovação e gestão do orçamento embute, 
necessariamente, perspectivas e interesses conflitantes que 
se resolvem em última instância no âmbito da ação política 
dos agentes públicos e dos inúmeros segmentos sociais. 
 
 
FINANCEIRA 
Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de 
recursos obtidos com a arrecadação de receitas e os 
dispêndios com as saídas de recursos proporcionado pelas 
despesas, evidenciando a execução orçamentária. 
 
 
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DICA 2 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. 
 
 
NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO 
A Lei Orçamentária Anual é uma lei formal ou material? NÃO HÁ CONSENSO 
entre os doutrinadores com relação à natureza jurídica do orçamento. Segundo 
Paludo (2018), o ORÇAMENTO É UMA LEI NO QUE SE REFERE AO ASPECTO 
FORMAL, visto que passa por todo o processo legislativo (discussão, votação, 
aprovação, publicação), MAS NÃO O É EM SENTIDO MATERIAL. 
Registre-se que, atualmente, o STF admite o controle de constitucionalidade 
de lei, independentemente de ser apenas lei em sentido formal - ADI 4048 e ADI 
4049. (VER TAMBÉM A ADI 5449-MC DE 10.03.2016). Conforme Teori Zavascki, 
“leis orçamentárias que materializem atos de aplicação primária da Constituição 
Federal podem ser submetidas a controle de constitucionalidade em processos 
objetivos.” Segundo a decisão da ministra Rosa Weber nos dois mandados de 
segurança, o Executivosomente está autorizado a promover ajustes nas propostas 
enviadas pelos demais poderes quando as despesas estiverem em desacordo com os 
limites estipulados pela lei de diretrizes orçamentárias. Inexistindo 
incompatibilidade, não há amparo no ordenamento jurídico para a sua alteração, 
ainda que sob o pretexto de promover o equilíbrio orçamentário ou obtenção de 
superávit primário. Ainda segundo a ministra, concluída a fase de apreciação 
legislativa e submetido o projeto de lei orçamentária anual à Presidência da 
República há possibilidade de veto total ou parcial. Em suma, o Executivo somente 
está autorizado a promover ajustes nas propostas enviadas pelos demais poderes 
quando as despesas estiverem em desacordo com os limites estipulados pela lei de 
diretrizes orçamentárias. 
 
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DICA 3 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. 
 
 
O conceito tradicional/clássico de orçamento destaca a lei orçamentária 
como a lei que abrange a previsão da receita e a fixação de despesa para determinado 
período. Nesse conceito, não há preocupação com o planejamento, com a 
intervenção na economia ou com as necessidades da população - o orçamento é 
apenas um ato que aprova previamente as receitas e despesas públicas. Numa visão 
moderna, o orçamento é um programa de governo proposto pelo Executivo à 
aprovação do Legislativo. É um plano político de ação governamental para o 
exercício seguinte. É um espaço de debate e decisão em que os atores envolvidos 
revelam seu poder, suas preferências, definem as realizações pretendidas e 
reservam os recursos para a execução. 
 
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DICA 4 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. 
 
FUNÇÕES DO ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
 
 
ALOCATIVA 
Está ligada à alocação de recursos por parte do Governo, 
que oferece bens e serviços públicos puros (ex.: rodovias, 
segurança, justiça), os quais não seriam oferecidos pelo 
mercado, ou o seriam em condições ineficientes. Oferece 
também bens meritórios ou semipúblicos (ex.: educação e 
saúde). E ainda cria condições para que bens privados 
sejam oferecidos no mercado pelos produtores. Além disso, 
esta função diz respeito a promover ajustamentos na 
alocação de recursos e se justifica quando o funcionamento 
do mecanismo de mercado (sistema de ação privada) não 
garante a necessária eficiência na utilização desses 
recursos. 
 
 
DISTRIBUTIVA 
Objetiva promover ajustamentos na distribuição de renda 
devido às falhas de mercado (desigualdades sociais, 
monopólios empresariais, etc.). É uma função que busca 
tornar a sociedade menos desigual em termos de renda e 
riqueza, por meio da tributação e de transferências 
financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação de 
recursos em camadas mais pobres da população etc. 
 
 
 
ESTABILIZADORA 
trata da aplicação das diversas políticas econômico-
financeiras a fim de ajustar o nível geral de preços, 
melhorar o nível de emprego, estabilizar a moeda e 
promover o crescimento econômico, mediante 
instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou 
outras medidas de intervenção econômica (controles por 
leis, limitação etc.). É uma função associada à manutenção 
da estabilidade econômica, justificada como meio de 
atenuar o impacto social e econômico na presença de 
inflação ou depressão. 
 
 
 
 
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DICA 5 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. 
 
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 Era um documento de previsão de receitas e autorização de despesas com ênfase no 
gasto, o objeto de gasto. Sua finalidade era ser um instrumento de controle político 
do Legislativo sobre o Executivo, sem preocupação com o planejamento. O critério 
utilizado para a classificação dos gastos era a Unidade Administrativa 
(classificação institucional) e o elemento de despesa (objeto do gasto). 
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Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano é 
necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras 
prioridades e projetos. Inicia-se todo ano, partindo do "zero" - daí o nome Orçamento 
Base-Zero. Memorizem que no orçamento Base Zero toda despesa é considerada 
uma despesa nova, independentemente de tratar-se de despesa continuada oriunda 
de período passado ou de uma despesa inédita/nova. Sua filosofia é romper com o 
passado, sua elaboração é trabalhosa, demorada e mais cara, além de 
desprezar a experiência acumulada pela organização (DESVANTAGEM) e é 
incompatível com qualquer planejamento de médio ou longo prazos. 
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O Orçamento de Desempenho representou uma evolução do Orçamento Tradicional; 
buscava saber o que o Governo fazia (ações orçamentárias) e não apenas o que 
comprava (elemento de despesa). Havia também forte preocupação com os custos 
dos programas. A ênfase era no desempenho organizacional, e avaliavam-se os 
resultados (em termos de eficácia, não de efetividade). Procurava- se medir o 
desempenho por meio do resultado obtido, tornando o orçamento um instrumento 
de gerenciamento para a Administração Pública. Era um processo orçamentário que 
se caracterizava por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto 
e um programa de trabalho, contendo as ações a serem desenvolvidas. Ainda não 
havia, no entanto, a estreita vinculação com o planejamento, e o critério de 
classificação foi alterado para incorporar o programa de trabalho e a 
classificação por funções. 
 
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Esse orçamento foi determinado pela Lei nº 4.320/1964, reforçado pelo Decreto-lei 
nº 200/1967, e teve a primeira classificação funcional-programática em 1974, mas 
foi apenas com a edição do Decreto nº 2.829/1998 e com o primeiro PPA 2000-2003 
que se tornou realidade. O Orçamento Programa é o atual e mais moderno 
Orçamento Público. Está intimamente ligado ao planejamento, e representa o maior 
nível de classificação das ações governamentais. É a única técnica que integra 
planejamento e orçamento e, como o planejamento começa pela definição de 
objetivos, não há Orçamento Programa sem definição clara de objetivos. Essa 
integração é feita através dos "programas", que são os ''elos de união" entre 
planejamento e orçamento. Levem para a prova que, atualmente diz-se que o 
Orçamento Programa é o elo entre planejamento, orçamento e gestão, portanto, noOrçamento Programa a ênfase é no que se realiza e não no que se gasta. 
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Orçamento Participativo é uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns 
recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da 
população, ou por meio de grupos organizados da sociedade civil, como a associação 
de moradores. Até o momento, sua aplicação restringe-se ao âmbito municipal, e, 
excepcionalmente, estadual. O principal benefício do Orçamento Participativo é a 
democratização da relação do Estado -sociedade com fortalecimento da democracia. 
orçamento participativo é uma técnica orçamentária caracterizada pela participação 
da sociedade, mas não caia na pegadinha de achar que isso se dá em substituição ao 
poder público, como agente elaborador da proposta orçamentária que é 
posteriormente enviada ao Poder Legislativo, pois isso está equivocado. Há, na 
verdade, uma participação popular no processo de elaboração dos orçamentos e não 
uma substituição à atribuição devida pelo poder público. 
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O Orçamento Incremental é o orçamento feito por meio de ajustes marginais nos seus 
itens de receita e despesa. O Orçamento Incremental é aquele que, a partir dos gastos 
atuais, propõe um aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o 
aumento ou diminuição dos gastos, sem análise de alternativas possíveis. É possível 
identificar algumas características desse tipo de orçamento: as ações não são 
revisadas anualmente, logo não se compara com alternativas possíveis; é baseado no 
orçamento do último ano, contendo praticamente os mesmos itens de despesa, com 
aumentos e diminuições de valores; o incremento de valores ocorre mediante 
negociação política; é uma técnica rudimentar que foca itens de despesas em vez de 
objetivos de programas. 
 
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Como o orçamento de desempenho ainda era falho, faltando-lhe a vinculação com o 
planejamento governamental, partiu-se para uma técnica mais elaborada, que foi o 
orçamento-programa, introduzido nos Estados Unidos da América, no final da 
década de 50, sob a denominação de PPBS (PLANNING PROGRAMNING 
BUDGETING SYSTEM). Este orçamento foi introduzido no Brasil através da Lei 
4320/64 e do Decreto-Lei 200/67. A concepção fundamental do PPBS consiste na 
introdução da análise custo/benefício e da análise entre as prioridades conflitantes. 
 
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O orçamento por resultados é um método para elaboração, execução e avaliação 
de programas governamentais com o objetivo de contribuir para que o estado 
implemente políticas públicas que atendam, a cada dia, mais e melhor, aos 
interesses e às expectativas dos cidadãos, criando valor público. O orçamento por 
resultados melhora a aceitação dos governos, reforça a confiança nas instituições 
públicas estabelecidas e contribui para o desenvolvimento socioeconômico, bem 
como para a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão pública. O ponto de 
partida do orçamento por resultados é desenhar e planejar os programas do 
plano plurianual e dos orçamentos anuais a partir de uma metodologia baseada 
em resultados. Coloca em destaque os resultados, de interesse da sociedade, que 
um órgão ou entidade busca atingir por meio de sua atuação, torna explícito o 
vínculo entre os recursos orçamentários a serem alocados nos programas e esses 
resultados e utiliza indicadores para acompanhamento dos programas, com 
vistas a aprimorá-los e a subsidiar o processo orçamentário. 
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DICA 6 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. 
 
São características do Orçamento Programa: 
 
o orçamento é o elo entre o planejamento e o orçamento 
a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas 
as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas 
de alternativas possíveis 
na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas, 
inclusive os que extrapolam o exercício 
a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de 
planejamento 
o principal critério de classificação é o funcional- programático 
utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e de 
resultados 
o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações 
governamentais 
 
 
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DICA 7 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 
A LDO pode também ser instrumento de autorização de despesas, se constar 
no seu texto a possibilidade de liberação de duodécimos dos créditos 
orçamentários, E se o orçamento anual não for aprovado até 31 de dezembro. 
Ou seja, a LDO pode ser instrumento de autorização de despesas somente se 
preenchidas as duas condições anteriores. 
 
 
 
DICA 8 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 
Na LDO são definidas prioridades na forma de programas e ações, os quais 
terão precedência na alocação dos recursos no projeto e na Lei Orçamentária Anual 
e na sua execução, não se constituindo, todavia, em limite à programação da despesa, 
isto é, ou seja, a programação na elaboração da LOA permanece “livre”, desde que 
respeitadas as prioridades. 
 
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DICA 9 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 
Ainda, são atribuições da LDO, consoante a LRF: 
conter autorização para que os municípios contribuam para o custeio de despesas 
de competência de outros entes da federação 
estabelecer exigências para a realização de transferência voluntária 
estabelecer condições para a destinação de recursos para direta ou indiretamente, 
cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas 
dispor sobre o impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo banco central 
do brasil, o qual serãodemonstrados trimestralmente 
dispor sobre programação financeira e o cronograma de execução mensal de 
desembolso estabelecido pelo poder executivo até trinta dias após a publicação 
dos orçamentos 
estabelecer para os poderes e o ministério público critérios de limitação de 
empenho e movimentação financeira se verificado, ao final de um bimestre, que a 
realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de 
resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais 
ressalvar as despesas que não serão submetidas à limitação de empenho 
dispor sobre a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza 
tributária da qual decorra renúncia de receita 
dispor sobre despesa considerada irrelevante, para efeitos de geração de despesa 
dispor sobre a inclusão de novos projetos na loa ou nas leis de créditos adicionais, 
após adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de 
conservação do patrimônio público 
excepcionalizar a contratação de hora extra, quando for alcançado o limite 
prudencial das despesas com pessoal, o qual é de 95% do limite previsto na LRF 
 
 
DICA 10 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
 
É POSSÍVEL PROMOVER ALTERAÇÕES NA LDO E NO PPA, MESMO QUE 
DURANTE A EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ANUAL? 
 
 De fato, compete à LDO estabelecer para os poderes e o ministério público 
critérios de limitação de empenho e movimentação financeira se verificado, ao 
final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo 
de metas fiscais. No próprio texto da LRF não há previsão sobre a possibilidade de 
alteração das metas, com o intuito de se facilitar a tarefa de economia de despesa. 
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Vale dizer, inclusive, que isso seria uma ''gaiatice" ao conjunto de suas regras, já que 
os orçamentos devem buscar o alcance das metas prefixadas. Entretanto, em um 
caso concreto, no ano de 2014, o governo federal aprovou uma mudança, alterando 
a fórmula de cálculo das metas ficais para aquele exercício. Contudo, existem regras 
específicas que regulamentam as alterações das metas fiscais e de seus 
procedimentos de cálculo, pois essas alterações representam riscos ao equilíbrio 
econômico-financeiro do orçamento público. 
 Em dezembro de 2014, diversas manchetes foram divulgadas com o mesmo 
assunto: com as contas no vermelho, o governo enviou ao Congresso um projeto de 
lei para não descumprir uma meta estabelecida por ele mesmo no final de 2013. O 
embate foi o seguinte: A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) daquele ano 
estabelecia o valor mínimo de R$ 116,1 bilhões de superávit primário. Isto é, a regra, 
naquele ano, era que fosse permitido "descontar" desse valor até R$ 67 bilhões 
referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ou seja, até R$ 67 
bilhões que o governo gastar no ano com o programa seriam tirados da conta – 
reduzindo a economia a R$ 49,1 bilhões. Com o projeto de lei proposto, o projeto de 
lei enviado ao Congresso não muda oficialmente a meta de superávit, mas alterou 
esse "desconto" determinado na LDO. Pela proposta, foi possível abater dos R$ 116,1 
bilhões o total de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de 
desonerações de tributos aplicadas em diversos setores. Veja como isso já foi 
cobrado pela banca CESPE: 
 
CESPE 2015 STJ - AJAA 
Tendo como referência os conceitos e as normas aplicáveis ao orçamento 
público, julgue os itens a seguir. 
Ao reconhecer-se, ao final de um bimestre, a frustração na realização da receita, 
pode ser necessário rever as metas fiscais estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias (LDO), uma vez que, dependendo das dimensões do problema, o 
descumprimento de tais metas poderia comprometer também o cumprimento dos 
objetivos do plano plurianual (PPA). Isso evidencia que, mesmo durante a execução 
do orçamento anual, é possível e por vezes necessário promover alterações na LDO 
e no PPA. GABARITO: CERTO 
 
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DICA 11 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.2 PLANO PLURIANUAL. 
 
Com o intuito de alcançar os objetivos constitucionais estabelecidos no art. 
3º da CF /1988, o critério utilizado para o estabelecimento de diretrizes, objetivos e 
metas é a regionalização (não é por estado nem por municípios) e o critério 
populacional. Essa regionalização não se refere apenas ao PPA, mas a todos os 
demais planos que, conforme o art. 165, § 4.º, devem ser elaborados em consonância 
com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. As regiões às quais o 
PPA se refere são as macrorregiões brasileiras: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-
Oeste e Sul. A essas macrorregiões é necessário acrescentar uma outra 
possibilidade: a nacional - visto que existem diretrizes, objetivos e metas de caráter 
nacional, pois todos os brasileiros serão beneficiados, independentemente da 
Região ou do Estado em que residam. Atente para isso, pois a CESPE e FCC amam 
cobrar este tópico em provas. prazo. 
 
O papel do Plano Plurianual nesse contexto é o de implementar o necessário 
elo entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de 
longo prazo encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais (médio prazo), as 
condições para sua materialização. 
 
Com relação aos programas de duração continuada, na esfera federal, 
associam-se a estes as ações de natureza finalística, isto é, aquelas que envolvem a 
prestação de serviços à comunidade. Alguns doutrinadores assim definem os 
programas de duração continuada: 
 
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade passíveis de 
quantificação, excluídas as ações de manutenção administrativa; 
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade, excluídos os 
pagamentos de benefícios previdenciários e os encargos financeiros; 
ações que resultam na prestação de serviços à comunidade de forma contínua e 
permanente; 
 
 
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DICA 12 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.2 PLANO PLURIANUAL. 
 
O PPA 2016-2019 mantém as dimensões estratégica, tática e operacional, 
assim descritas: 
 
DIMENSÃO 
ESTRATÉGICA 
É a orientação estratégica do plano, composta pela Visão de 
Futuro, Eixos e Diretrizes Estratégicas; precede e orienta a 
elaboração dos Programas Temáticos 
 
 
DIMENSÃO 
TÁTICA 
Definecaminhos exequíveis para as transformações da 
realidade anunciadas nas Diretrizes Estratégicas, 
considerando as variáveis inerentes à política pública e 
reforçando a apropriação, pelo PPA, das principais agendas 
de governo e dos planos setoriais para os próximos quatro 
anos. É expressa nos Programas e reflete as entregas de bens 
e serviços pelo Estado à sociedade 
DIMENSÃO 
OPERACIONAL 
Relaciona-se com a otimização na aplicação dos recursos 
disponíveis e a qualidade dos produtos entregues, sendo 
especialmente tratada no Orçamento 
 
 O novo modelo de gestão (adotado a partir de 2012) pauta-se pela 
flexibilidade, criatividade e informação, pela ampliação da comunicação e da 
coordenação entre os Órgãos Centrais de Governo e os órgãos executores, pelo 
respeito à diversidade política e suas relações de complementaridade, pelo diálogo, 
pelo fortalecimento do pacto federativo e pela transparência. 
 
 O PPA pode ser revisado periodicamente. A revisão do PPA não é 
obrigatória, para que ela ocorra é necessário que haja interesse e autorização do 
poder executivo, e aprovação da lei de revisão pelo congresso nacional. A revisão do 
PPA inclui: inclusão, alteração e exclusão de programas e de ações plurianuais. 
 
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DICA 13 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.2 PLANO PLURIANUAL. 
 
 Outro ponto importante que quero que você leve para a prova da banca 
CESPE é o seguinte: NÃO DEPENDE DE LEI AS ALTERAÇÕES NO PPA E PODEM 
SER FEITAS DIRETAMENTE PELO PODER EXECUTIVO AS ALTERAÇÕES: 
 
valor global do programa 
adequar vinculação entre ação x objetivo 
alterar/revisar metas e alterar atributos (indicador, órgão responsável por 
objetivo e meta, iniciativas, valor global 
alterar o ANEXO II - programas de gestão, manutenção e serviços ao estado, em 
decorrência de criação, extinção, transformação, transferência, incorporação ou 
desmembramento de órgãos. 
 
DICA 14 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.2 PLANO PLURIANUAL. 
 
 Conforme a Lei nº 13.249/2016 (Lei que instituiu o PPA 2016-2019), são 
prioridades da administração pública federal para o período 2016- 2019: 
 
As metas inscritas no plano nacional de educação (Lei nº 13.005, de 25 de junho 
de 2014); 
O programa de aceleração do crescimento - PAC, identificado nas leis 
orçamentárias anuais por meio de atributo específico; 
O plano brasil sem miséria - PBSM, identificado nas leis orçamentárias anuais por 
meio de atributo específico. 
 
 Para o período 2016-2019, o PPA tem e terá como diretrizes: 
 
o desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão social 
a melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos 
a garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais, regionais, 
étnico-raciais, geracionais e de gênero 
o estímulo e a valorização da educação, ciência, tecnologia e inovação e 
competitividade 
a participação social como direito do cidadão 
a valorização e o respeito à diversidade cultural 
o aperfeiçoamento da gestão pública com foco no cidadão, na eficiência do gasto 
público, na transparência, e no enfrentamento à corrupção 
a garantia do equilíbrio das contas públicas 
 
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DICA 15 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.2 PLANO PLURIANUAL. 
 
 O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e orienta a atuação 
governamental por meio de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e 
Serviços ao Estado, assim definidos: 
 
 
PROGRAMA TEMÁTICO 
organizado por recortes selecionados de políticas 
públicas, expressa e orienta a ação governamental 
para a entrega de bens e serviços à sociedade 
PROGRAMA DE 
GESTÃO, MANUTENÇÃO 
E SERVIÇOS AO ESTADO 
expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à 
gestão e à manutenção da atuação governamental 
 
 
NÃO INTEGRAM O PPA 2016-2019 OS PROGRAMAS DESTINADOS 
EXCLUSIVAMENTE A OPERAÇÕES ESPECIAIS. 
 
 Os Programas constantes do PPA 2016-2019 estarão expressos nas leis 
orçamentárias anuais e nas leis de crédito adicional e as ações orçamentárias serão 
discriminadas exclusivamente nas leis orçamentárias. Nos Programas Temáticos, 
cada ação orçamentária estará vinculada a um único Objetivo, exceto as ações 
padronizadas. As vinculações entre ações orçamentárias e Objetivos do PPA 
constarão das leis orçamentárias anuais. O investimento plurianual, para o período 
de 2016 a 2019, está incluído no Valor Global dos Programas. A GESTÃO DO PPA 
2016-2019 observará os princípios da PUBLICIDADE, EFICIÊNCIA, 
IMPESSOALIDADE, ECONOMICIDADE E EFETIVIDADE e compreenderá a 
implementação, o monitoramento, a avaliação e a revisão do Plano. Caberá ao 
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão definir os prazos, as 
diretrizes e as orientações técnicas complementares para a gestão do PPA. O Poder 
Executivo manterá sistema informatizado de apoio à gestão do Plano e adotará, em 
conjunto com representantes da sociedade civil, mecanismos de participação social 
nas etapas do ciclo de gestão do PPA 2016-2019 (ORÇAMENTO PARTICIPATIVO). 
 
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DICA 16 
TÓPICO DO EDITAL: 
2.4 ORÇAMENTO ANUAL. 
 
Segundo o art. 165 da CF/1988: 
 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de 
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
 
 Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: 
 
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá 
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, 
sob pena de crime de responsabilidade. 
 
 Observe esses "nenhum's" que sempre caem em prova: 
 
NENHUMA despesa pública poderá ser realizada se não for autorizada pela LOA ou 
mediante créditos adicionais 
NENHUM programa ou projeto pode ser iniciado se não estiver incluído na LOA 
NENHUM investimento que ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciado se 
não estiver contido no PPA ou em lei que autorize sua inclusão 
 
 Assim, toda despesa pública deve necessariamente constar no orçamento 
anual (ou em Créditos Adicionais) para receber a competente autorização legislativa 
que permita a sua execução. As de médio e grande valor devem constar 
especificamente, enquanto as de pequeno valor encontram-se autorizadas "de 
forma genérica" dentro do programa de trabalho correspondente. 
 
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DICA 17 
TÓPICOS DO EDITAL: 
2.4 ORÇAMENTO ANUAL. 
 
O Orçamento das Empresas Estatais independentes não faz parte do 
Orçamento Fiscal e nem do Orçamento da Seguridade Social. O ORÇAMENTO 
OPERACIONAL (CUSTEIO) das Empresas Estatais independentes faz parte do 
Programa de Dispêndios Globais – PDG-, cuja aprovação ocorre diretamente por 
decreto do Poder Executivo. As estatais dependentes estão inclusas no 
Orçamento Fiscal. As sociedades de economia mista, em regra, são estatais 
independentes: integram o orçamento de investimentos; se forem 
dependentes, integrarão o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
Sendo assim, num exemplo prático, se uma empresa pública custear com 
recursos próprios suas despesas com pessoal, encargos sociais e manutenção em 
geral, ela poderá excluir esses recursos do orçamento fiscal. Vejam que, neste 
exemplo, é abordado um caso de uma empresa pública custear com recursos 
próprios suas despesas com pessoal, encargos sociais e manutenção em geral, o que 
a torna INDEPENDENTE, conceitualmente, logo, ela poderá excluir esses recursos 
do orçamento fiscal ou da seguridade social, conforme o caso em que se enquadre. 
 
 
 
 
 
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DICA 18 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. 
 
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO 
Este princípio está consagrado no art 4º-, inciso I, alínea a, da LRF que determina 
que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. Ele estabelece que a 
despesa fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja, deve ser igual à 
receita prevista. A finalidade desse princípio é deter o crescimento desordenado dos 
gastos governamentais e impedir o déficit orçamentário. Praticamente em todos os 
anos esse princípio é apenas formalmente atendido nas LOA's, visto que o 
"equilíbrio" é mantido com as operações de crédito nele contidas e autorizadas - que 
são na verdade empréstimos que escondem o déficit existente. O princípio do 
equilíbrio é aferido no momento da aprovação do orçamento, e não durante 
sua execução. Durante a execução o equilíbrio será perseguido, mas não será exato 
porque a execução comporta variações envolvendo receitas e despesas. Esse 
princípio orçamentário com assento constitucional e comumente indicado pela 
doutrina é, em uma de suas acepções correntes, conhecido como “regra de ouro”, 
uma vez que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou 
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria 
absoluta. 
PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO E DA PROGRAMAÇÃO 
Esses princípios são modernos e recentes. O princípio do planejamento, de acordo 
com a Constituição Federal de 1988, art. 165, § 1", refere-se à obrigatoriedade de 
elaboração do Plano Plurianual (PPA), e a obrigatoriedade de todos os planos e 
programas nacionais, regionais e setoriais serem elaborados em consonância com 
ele (art. 165, § 4º), reforçado pela LRF, art. 1º, § 1º, que exige a ação planejada: "a 
responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que 
se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas 
públicas". Haja vista a importância do planejamento plurianual para a 
Administração Pública, ele obrigatoriamente deverá ser aprovado mediante lei, não 
sendo admitida sua formalização mediante Medida Provisória (CF /1988, art. 62, § 
1º, d). O princípio da programação surgiu a partir da instituição do orçamento-
programa, e apregoa que o orçamento deve evidenciar os programas de trabalho, 
servindo como instrumento de administração do Governo, facilitando a fiscalização, 
gerenciamento e planejamento. Todas as despesas são inseridas no Orçamento sob 
a forma de programa. Programa é o instrumento que o Governo utiliza para 
organizar suas ações de maneira lógica e racional, a fim de otimizar a aplicação dos 
recursos públicos e maximizar os resultados para a sociedade. Como o "programa" 
é o elo entre planejamento e orçamento, esses princípios são apresentados juntos.
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DICA 19 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. 
 
Cuidado com o PRINCÍPIO DA ANUALIDADE, pois a CESPE adora mudar de 
posicionamento! Vejamos. 
De fato, o princípio da anualidade ou periodicidade, estipulado, de forma 
literal, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320/1964, delimita o exercício financeiro 
orçamentário: período ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas 
registradas na loa irão se referir. Segundo o art. 34 da Lei nº 4.320/1964, o 
exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de 
dezembro de cada ano (aqui temos uma especificidade nossa – BRASIL). Contudo, a 
doutrina majoritária defende que o fato do exercício financeiro coincidir ou não 
com o ano civil não afeta o princípio da anualidade. A banca adora esse tipo de 
questão (cobrou no TCE-PE em 2017 e cobrou novamente neste ano (2018) no STJ, 
além de cobrar no MPU 2018). Agora, observem o que percebi nas últimas questões 
da banca: 
CESPE 2017 TCE-PE (AUDITOR) 
A respeito de orçamento público, julgue o item a seguir. 
Dado o princípio da anualidade orçamentária, os orçamentos públicos das diversas 
esferas de governo devem ter vigência de um exercício financeiro e coincidir com o 
ano civil. 
A banca deu gabarito preliminar como CERTO e, posteriormente, no gabarito 
definitivo, como ERRADO. O motivo foi simples: O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO 
ORÇAMENTO ANUAL VARIA ENTRE OS PAÍSES. 
Quer mais? Temos mais precedentes! Veja a questão abaixo: 
CESPE 2013 IBAMA 
A respeito do orçamento público e da atuação do governo nas finanças públicas, 
julgue os itens subsequentes. 
Considere que um parlamentar tenha apresentado projeto de lei para revogar uma 
norma vigente, segundo a qual o exercício financeiro deve coincidir com o ano civil. 
Nessa situação, é correto afirmar que, ainda que esse projeto de lei seja aprovado, o 
princípio orçamentário da anualidade continuaria em vigor no Brasil. (CERTA) 
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Vejam que a Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria 
o princípio, pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com 
o exercício financeiro e o período de 12 meses. 
Como a CESPE não se aquieta, a última vez que cobrou, voltou atrás com seu 
entendimento e, na última prova do MPU (Técnico), realizada em 2018, cobrou a 
seguinte questão: 
CESPE – MPU (TÉCNICO) 2018 
O exercício financeiro do governo federal poderá ter início no dia 1º de abril de 
determinado ano, desde que termine no dia 31 de março do ano seguinte, em 
respeito ao princípio da anualidade. 
GABARITO DEFINITIVO: ERRADO 
Essa questão foi objeto de recurso, pois o art. 34 da Lei n 4320/64, de fato, 
afirma que o exercício financeiro coincide com o ano civil. Mais uma vez, 
conforme a doutrina, O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO ORÇAMENTO ANUAL 
VARIA ENTRE OS PAÍSES. Ou seja: a doutrina majoritária defende que o fato do 
exercício financeiro coincidir ou não com o ano civil não afeta o princípio da 
anualidade. Como exemplo, na Itália e na Suécia o exercício financeiro começa em 
1/7 e termina em 30/6. Na Inglaterra, no Japão e na Alemanha o exercício financeiro 
vai de 1/4 a 31/3. Nos Estados Unidos começa em 1/10, prolongando-se até 30/9. 
Seguindo o entendimento da própria banca (que ora entende que DEVE 
coincidir com o ano civil – art. 34 da Lei nº 4320/64 e ora não), em uma de suas 
últimas cobranças em provas, deu a entender que deu o braço a torcer. Assim, leve 
para a sua prova da PGE-PE o último entendimento (prova do MPU). 
 
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DICA 20 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO 
 
CICLO ORÇAMENTÁRIO AMPLIADO 
O ciclo orçamentário ampliado ou ciclo de planejamento e orçamento federal 
corresponde a um período mais amplo que quatro anos. Ele inicia com a elaboração, 
discussão, votação e aprovação do PPA; continua com a elaboração, discussão, 
votação e aprovação da LDO; e, por fim, a elaboração, discussão, votação e 
aprovação, execução, controle e avaliação da LOA. Segundo Sanches, o ciclo 
orçamentário ampliado desdobrar-se em oito fases, quais sejam: 
 
1 formulação do planejamento plurianual, pelo executivo 
2 apreciação e adequação do plano, pelo legislativo 
3 proposição de metas e prioridades para a administração e da política de 
alocação de recursos pelo executivo 
4 apreciação e adequação da LDO, pelo legislativo 
5 elaboração da proposta de orçamento, pelo executivo 
6 apreciação, adequação e autorização legislativa 
7 execução dos orçamentos aprovados 
8 avaliação da execução e julgamento das contas 
 
 
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DICA 21 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO 
 
 Funções da Comissão Mista Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – 
CMO 
 
 
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DICA 21 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO 
 
Com relação aos prazos, nos estados e municípios os prazos do ciclo 
orçamentário devem estar, respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis 
Orgânicas. Observe que, ao colocarmos uma data (por exemplo, 31/08) é 
considerando a legislação atual e, assim, está correto. Entretanto, repare que não 
está escrito que, por exemplo, a LOA deve ser enviada até 31 de agosto e sim quatro 
meses antes do exercício financeiro. O envio da proposta orçamentária anual ao 
Poder Legislativo independe da aprovação e publicação do PPA e da LDO. Assim, 
podemos tirar algumas conclusões: 
se a legislação alterasse o exercício financeiro (por exemplo, se mudasse para 
início em 01/08 e término em 31/07 do ano subsequente), as datas do ciclo 
também seriam alteradas; 
se o mandato presidencial fosse alterado (por exemplo, para cinco anos), o tempo 
de duração do PPA também seria alterado (porque a duração é até o final do 
primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente. se o mandato 
aumentasse em um ano, a vigência também seria acrescida em um ano); 
em determinado período do ano, poderá haver duas LDO's vigendo 
simultaneamente. por exemplo, supondo que os prazos fossem cumpridos, se 
estivéssemos em setembro de 2018, estaria em vigor a LDO-2018 (elaborada e 
sancionada em 2017, para reger a loa-2018) e a LDO- 2019 (elaborada e 
sancionada em 2018, para reger a LOA-2019). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DICA 22 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO 
EMENDAS 
Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da 
despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, 
ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Assim, não 
será admitido aumento da despesa prevista no projeto de lei do Plano Plurianual. 
Seguindo os preceitos da CF, As EMENDAS ao projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias NÃO poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. As 
emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem 
somente podem ser aprovadas caso: 
sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
indiquem os recursos 
necessários, admitidos 
apenas os provenientes de 
anulação 
de despesa 
 
 
Excluídas as 
que incidam 
sobre 
dotações para pessoal e seus 
encargos 
serviço da dívida 
transferências tributárias 
constitucionais para Estados, 
Municípios e Distrito Federal 
 
sejam relacionadas 
com a correção de erros ou omissões 
com os dispositivos do texto do projeto de lei (são 
chamadas de emendas de redação, pois visam 
melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso) 
 
Além disso, a LRF traz outra possibilidade: o Poder Legislativo poderia tentar, 
sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados pelo 
Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1º do art. 12 da LRF determina: 
§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se 
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. 
A Lei nº 4.320/64 traz mais dispositivos em relação às emendas. Segundo o 
art. 33 da Lei 4.320/1964, NÃO se admitirão emendas ao projeto de lei de orçamento 
que visem: 
Alterar adotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse 
ponto a inexatidão da proposta 
Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos 
órgãos competentes 
Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja 
anteriormente criado 
Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução 
do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. 
 
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DICA 23 
TÓPICOS DO EDITAL: 
1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO 
EXECUÇÃO – EMENDAS INDIVIDUAIS 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, 
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do 
Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite 
de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no 
projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será 
destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
 
 Assim, enquanto metade da dotação para emendas individuais poderá ter 
livre alocação (respeitando todas as demais regras), a outra metade deve ser 
composta por emendas destinadas exclusivamente a ações e serviços públicos de 
saúde. Prosseguindo: 
 
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto 
no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º 
do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se 
refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois 
décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, 
conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei 
complementar prevista no § 9º do art. 165. 
 
 Aqui está o pulo do gato! Note que enquanto o § 9º dispõe que as emendas 
serão aprovadas até 1,2% da RCL prevista no PLOA encaminhado pelo Poder 
Executivo ao Poder Legislativo, no § 11 está disposto que é obrigatória a execução 
orçamentária e financeira das programações em até 1,2% da RCL, só que é da RCL 
realizada no exercício anterior. 
 
 
As emendas 
serão 
Aprovadas 1,2% da RCL prevista no PLOA 
encaminhado pelo Poder Executivo ao 
Poder Legislativo 
Executadas 
(obrigatória a 
execução) 
em até 1,2% da RCL, só que é da RCL 
realizada no exercício anterior 
 
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DICA 24 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
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DICA 25 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
Vários são os conceitos existentes acerca das receitas públicas. A Deliberação nº 
539/2008 da CVM, que aprova o pronunciamento conceitual básico aplicável às 
entidades em geral, define que “receitas são aumentos nos benefícios econômicos, 
durante o período contábil, sob a forma de entrada de recursos ou aumento de 
ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio 
líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade”. 
Esse conceito, contudo, não corresponde à receita orçamentária pública, 
mas à receita sob o enfoque das normas aplicáveis às empresas privadas. O 
Manual de Receita Nacional STN/SOF define como receita “todos os ingressos 
disponíveis para cobertura das despesas orçamentárias e operações que, mesmo 
não havendo ingresso de recursos, financiam despesas orçamentárias”. Para o 
Manual de Procedimentos da Receita Pública da STN, “receitas públicas são todos os 
ingressos de caráter não devolutivo auferidos pelo poder público, em qualquer 
esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas”. 
Entendemos que receita pública é qualquer recurso obtido pelo Estado, em 
determinado período financeiro, disponível para custear despesas públicas. Segundo o 
Glossário do Senado Federal, “receita é toda arrecadação de rendas autorizada 
pela constituição federal, leis e títulos creditórios à fazenda pública”. Sendo 
assim, atente para os seguintes cuidados: 
 
RECEITAS são ingressos financeiros no patrimônio público, mas nem todos os 
ingressos nos cofres públicos são receita pública orçamentária. Alguns recursos são 
“meras entradas” sujeitas a posterior devolução. 
RECEITA PÚBLICA STRICTO SENSU são apenas as receitas orçamentárias, que são 
as receitas de caráter não devolutivo, que estarão disponíveis para custear despesas 
públicas. 
 
Segundo os Manuais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, o 
reconhecimento da receita, sob o enfoque patrimonial, consiste na aplicação dos 
princípios fundamentais de contabilidade para reconhecimento da variação 
ativa ocorrida no patrimônio, em contrapartida ao registro do direito no momento 
da ocorrência do fato gerador, antes da efetivação do correspondente ingresso de 
disponibilidades. 
 
 
 
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DICA 26 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação patrimonial líquida, a receita 
pode ser “efetiva” ou “não-efetiva”: 
 
RECEITA 
ORÇAMENTÁRIA 
EFETIVA 
aquela em que os ingressos de disponibilidade de recursos não 
foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e 
não constituem obrigações correspondentes 
RECEITA 
ORÇAMENTÁRIA 
NÃO EFETIVA 
é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos 
foram precedidos de registro do reconhecimento do direito ou 
constituem obrigações correspondentes, como é o caso das 
operações de crédito 
 
DICA 27 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
RECEITAS DE OPERAÇÕES INTRAORÇAMENTÁRIAS: 
Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais 
entidades da Administração Pública integrantes do orçamentofiscal e do orçamento 
da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas 
entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de 
receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das 
despesas classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente 
de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do 
Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam 
anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais. 
Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de 
operações intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria 
Interministerial STN/SOF nº 338/2006, incluiu as “Receitas Correntes 
Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, representadas, 
respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas. Essas 
classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas 
categorias econômicas de receita, mas apenas especificações das Categorias 
Econômicas “Receita Corrente” e “Receita de Capital”. Assim, as receitas 
intraorçamentárias são receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e 
demais entidades da Administração Pública integrantes do Orçamento Fiscal e da 
Seguridade Social de uma mesma esfera de governo, portanto, não englobam o 
orçamento de investimento das estatais. 
 
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DICA 28 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
ORIGEMS DA RECEITA 
1º 2º 3º 4º ao 7º 8º 
CATEGORIA 
ECONÔMICA 
ORIGEM ESPÉCIE DESDOBRAMENTO FACULTATIVO 
PARA IDENTIFICAÇÃO DE 
PECULIARIDADES DA RECEITA 
TIPO 
 
A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas Correntes” e 
“Receitas de Capital”, com vistas a identificar a procedência das receitas no momento 
em que ingressam nos cofres públicos. Os códigos da Origem para as receitas correntes 
e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320/1964, com alterações introduzidas pela 
Portaria Interministerial 163/2001 e atualizações posteriores, são: 
 
CATEGORIA ECONÔMICA (1º DÍGITO) ORIGEM (2º DÍGITO) 
1. RECEITAS CORRENTES 
7. RECEITAS CORRENTES 
INTRAORÇAMENTÁRIAS 
1. IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES 
DE MELHORIA 
Antes era "Tributárias" e ainda 
permanece conforme a Lei nº 4.320/64 
2. CONTRIBUIÇÕES 
3.PATRIMONIAIS 
4. AGROPECUÁRIA 
5. INDUSTRIAL 
6. SERVIÇOS 
7. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 
9. OUTRAS RECEITAS CORRENTES 
2. RECEITAS DE CAPITAL 
8. RECEITAS DE CAPITAL 
INTRAORÇAMENTÁRIAS 
1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
2. ALIENAÇÃO DE BENS 
3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 
4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 
9. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 
 
 
 
 
 
 
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DICA 29 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
Não caia na decoreba de achar que toda alienação de bens é receita de capital, 
pois temos no enunciado uma das poucas exceções na legislação em vigor. O próprio 
MTO 2019 assim o classificam: 
 
1.9.0.0.00.0.0 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 
1.9.3.0.02.0.0 Alienação de bens apreendidos 
 
1.9.3.0.02.1.0 Alienação de bens e mercadorias apreendidos 
 
1.9.3.0.02.2.0 Alienação de bens e mercadorias associados ao 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins 
 
 
DICA 30 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
TIPO 
1º 2º 3º 4º ao 7º 8º 
CATEGORIA 
ECONÔMICA 
ORIGEM ESPÉCIE DESDOBRAMENTO FACULTATIVO 
PARA IDENTIFICAÇÃO DE 
PECULIARIDADES DA RECEITA 
TIPO 
O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita, tem a finalidade 
de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza, sendo: 
• Os tipos 5, 6, 7, 8 e 9 foram acrescentados pelo MCASP 8ª edição (publicado em 
19/12/2018) 
 
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DICA 31 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
CLASSIFICAÇÃO POR FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS 
 
Denomina-se “Fonte/Destinação de Recursos” a cada agrupamento de 
receitas que possui as mesmas normas de aplicação. A fonte, nesse contexto, é 
instrumento de Gestão da Receita e da Despesa ao mesmo tempo, pois tem como 
objetivo assegurar que determinadas receitas sejam direcionadas para financiar 
atividades (despesas) do governo em conformidade com Leis que regem o tema. 
É uma classificação tanto da receita como da despesa. 
Dessa forma, a Fonte/Destinação de Recursos contribui para o atendimento do 
parágrafo único do art. 8º, parágrafo único, e do art. 50, inciso I, da LRF: 
Art. 8º [...] 
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão 
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em 
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. [...] 
Em linhas gerais, pode-se dizer que há destinações vinculadas e não vinculadas: 
DESTINAÇÃO 
VINCULADA 
processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, 
em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela 
norma 
DESTINAÇÃO 
NÃO VINCULADA 
(OU ORDINÁRIA) 
é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de 
recursos, para atender a quaisquer finalidades, desde que 
dentro do âmbito das competências de atuação do órgão ou 
entidade 
 
A vinculação de receitas deve ser pautada em mandamentos legais que 
regulamentam a aplicação de recursos e os direcionam para despesas, entes, órgãos, 
entidades ou fundos. O código da fonte possui 3 dígitos: o primeiro refere-se ao grupo 
contido na tabela abaixo e os dois últimos dígitos, à fonte propriamente dita. A 
classificação por fonte de recursos é dividida, inicialmente, em cinco grupos: 
 
1. RECURSOS DO TESOURO EXERCÍCIO CORRENTE 
2. RECURSOS DE OUTRAS 
FONTES 
EXERCÍCIO CORRENTE 
3. RECURSOS DO TESOURO EXERCÍCIOS ANTERIORES 
6. RECURSOS DE OUTRAS FONTES EXERCÍCIOS ANTERIORES 
9. RECURSOS CONDICIONADOS RECURSOS QUE DEPENDEM DE AUTORIZAÇÃO 
LEGAL 
 
 
 
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DICA 32 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
 Sob o enfoque orçamentário, o registro da receita atende ao disposto no art. 
35 da Lei nº 4.320/1964, que determina o reconhecimento da receita sob a ótica de 
caixa: “Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas”. Para a Lei nº 
4.320/1964, o fato gerador da receita orçamentáriaocorre no momento da 
arrecadação, quando o contribuinte comparece ao banco e efetua o pagamento da 
obrigação. A adoção do regime de caixa para as receitas orçamentárias tem como 
objetivo evitar que a execução das despesas ultrapasse a arrecadação efetiva. Portanto, 
apenas se o assunto abordar exclusivamente receita orçamentária é que pode ser 
considerado “regime de caixa” para as receitas. Qualquer outra afirmação deverá ser 
considerada regime de competência. 
 Concluímos assim que, de acordo com as normas em vigor, a contabilidade 
aplicada ao Setor Público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, 
obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. O Manual de Contabilidade 
Aplicada ao Setor Público afirma que o art. 35 da Lei nº 4.320/1964 refere-se ao regime 
orçamentário, e não ao regime contábil, pois a contabilidade é tratada em título 
específico, em que se determina que as variações patrimoniais devem ser evidenciadas, 
sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária. Dessa forma, sob 
a ótica contábil, aplica-se aos entes públicos o princípio da competência em sua 
integralidade, ou seja, tanto na receita quanto na despesa. Não obstante esse 
posicionamento, o regime da receita, embasado na Lei nº 4.320/1964, continua a exigir 
o regime de caixa para as receitas orçamentárias, vinculado ao momento da 
arrecadação. 
 
 
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DICA 33 
TÓPICO DO EDITAL: 
4.2 ESTÁGIOS DA RECEITA. 
 
Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de receitas 
orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação de receitas não previstas e também das que 
não foram lançadas, como é o caso de uma doação em espécie recebida pelos entes 
públicos. 
ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
PLANEJAMENTO PREVISÃO 
 
EXECUÇÃO 
LANÇAMENTO 
ARRECADAÇÃO 
RECOLHIMENTO 
 
A previsão da receita antecede a fixação da despesa; previsão é a estimativa 
de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual (LOA), que resulta da 
metodologia de projeção de receitas orçamentárias. A metodologia utilizada pelo 
Governo Federal está baseada na série histórica de arrecadação dos últimos anos ou 
meses anteriores, ajustada por parâmetros de variação de preços, de quantidade dos 
bens produzidos ou de alguma mudança de aplicação de alíquota em sua base de 
cálculo. Resumindo: consideram-se a série histórica; as mudanças ocorridas 
na legislação (alteração de alíquotas); a previsão de crescimento da 
economia (quantidade a ser produzida); e a taxa de inflação (que afetará os preços). 
 
DICA 34 
TÓPICO DO EDITAL: 
4.2 ESTÁGIOS DA RECEITA. 
 
TIPOS DE 
LANÇAMENTO 
CARACTERÍSTICA EXEMPLO 
DIRETO OU DE OFÍCIO efetuado pela administração sem a 
participação do contribuinte 
IPTU, IPVA 
DECLARAÇÃO OU 
MISTO 
contribuinte (sujeito passivo) presta 
informações indispensáveis ao 
lançamento 
IRPF, ITBI, II, 
IE E ITCMD 
HOMOLOGAÇÃO OU 
AUTO-LANÇAMENTO 
realizado pelo sujeito passivo que 
antecipa impostos, sem prévio exame da 
autoridade administrativa competente 
ICMS, IPI, IR, 
PIS E 
CONFINS. 
 
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DICA 35 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4.4 DÍVIDA ATIVA. 
 
 A definição de curto ou longo prazo dependerá da expectativa de recebimento. 
Se a expectativa de recebimento for até o término do exercício seguinte, constituirá 
curto prazo; caso contrário, integrará os direitos de longo prazo. Quanto à expectativa 
de realização, há troca do crédito a receber no ativo circulante (registrado no órgão ou 
entidade de origem do crédito) pelo crédito de dívida ativa no ativo não circulante 
(registrado no órgão ou entidade competente para inscrição do crédito em dívida 
ativa), tendo em vista que o inadimplemento torna incerto o prazo para realização do 
crédito.” 
 Conforme o MTO 2020, créditos em dívida ativa deverão ser registrados 
no ativo não circulante, e caso o órgão tenha condições de estimar com razoável 
certeza o seu montante com expectativa de recebimento em até 12 (doze) meses, 
o registro poderá ser alterado de ativo não circulante para ativo circulante. 
 Assim, quanto à expectativa de realização, o MCASP deixa claro no ITEM 5.2 - 
CONTABILIZAÇÃO DA DÍVIDA ATIVA - que "quanto à expectativa de realização, há 
troca do crédito a receber no ativo circulante (registrado no órgão ou entidade de 
origem do crédito) pelo crédito de dívida ativa no ativo não circulante (registrado no 
órgão ou entidade competente para inscrição do crédito em dívida ativa), tendo em 
vista que o inadimplemento torna incerto o prazo para realização do crédito". Quanto 
ao recebimento do crédito quando verificado acordos de parcelamento ou 
renegociação da dívida ativa, por exemplo, no prazo de até 12 meses das 
demonstrações contábeis, isso significa que esses créditos inicialmente classificados 
na dívida de longo prazo PODERÃO ser reclassificados para o ativo circulante ou de 
curto prazo. Os demais permanecerão no ativo não circulante ou de longo prazo. 
 A dívida ativa é uma exceção ao regime de caixa para a receita orçamentária. 
O reconhecimento como receita se dá no momento da inscrição em dívida ativa - e não 
no momento da arrecadação, como as demais receitas orçamentárias. 
 
 
DICA 36 
TÓPICOS DO EDITAL: 
4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
 Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes (repartição 
tributária), a transferência poderá ser registrada como dedução de receita ou como 
despesa orçamentária, de acordo com a legislação em vigor. Se houver parcelas a 
serem restituídas, em regra, esses fatos não devem ser tratados como despesa 
orçamentária, mas como dedução de receita orçamentária, pois correspondem a 
recursos arrecadados que não pertencem à entidade pública e não são aplicáveis em 
programas e ações governamentais sob a responsabilidade do ente arrecadador, não 
necessitando, portanto, de autorização orçamentária para a sua execução. 
 
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DICA 37 
TÓPICOS DO EDITAL: 
5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. 
 
Despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa, 
na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada. Dispêndio 
extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, 
compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, 
pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de 
receita e recursos transitórios. Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser 
classificada quanto ao impacto na situação patrimonial líquida em: 
• Redação alterada pelo MCASP 8ª edição (publicado em 19/12/2018) 
 
DESPESA 
ORÇAMENTÁRIA 
EFETIVA 
aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação 
líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil

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