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2019 PDF GRATUITO 11/4/2019 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 1 Fala, povo! Sou o professor Leandro Ravyelle e vamos embarcar nesse mundo que é a nossa disciplina de Administração Financeira e Orçamentária. Sou servidor público no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, lotado na Diretoria de Programação e Orçamento - DPO, logo, estou diariamente em contato com a disciplina de AFO. Leciono nossa matéria desde 2016 e farei o máximo para trazer todo o meu conhecimento sobre o conteúdo para facilitar o seu aprendizado. Sou concurseiro, assim como vocês, e prometo trazer todas as dicas e macetes que aprendi ao longo dos meus anos de luta para facilitar o nosso estudo. Já fui aprovado em alguns concursos, dentre eles: SEDUC-CE (PROFESSOR DO ESTADO) - 2013 BANCO DO BRASIL (ESCRITURÁRIO) - 3º LUGAR - 2015 (ASSUMI E TRABALHEI POR 1 ANO E 9 MESES. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA - 2015 - 22º LUGAR (TÉCNICO JUDICIÁRIO) - ATUAL CARGO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1ª REGIÃO – 2017 - ANALISTA JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) - 34º LUGAR TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO - 2017 - ANALISTA JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) - 6º LUGAR TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5º REGIÃO - 2017 - TÉCNICO JUDICIÁRIO (ÁREA ADMINISTRATIVA) - 92º LUGAR Então, povo, vamos ao que nos interessa: o que tem neste PDF? Um compilado com 100 dicas finais para o concurso da PGE-PE (Assistente – Nível Médio, incluindo dicas teóricas, doutrinárias e das mais diversas legislações cobradas no seu edital, além de alguns mapas mentais para fixar alguns pontos importantes, que não devem ficar de fora da sua revisão. Que tal um PDF teórico completo para aprofundar os seus estudos de Orçamento Público/AFO? Possuo o seguinte material: uma apostila teórica completa e esquematizada, incluindo mapas mentais do começo ao fim do conteúdo. Os mapas mentais resumem os principais tópicos da disciplina, organizados na ordem sequencial e gradativa do conteúdo. Há também centenas de questões separadas por capítulo! Além disso, meu PDF aborda toda a teoria cobrada no edital da SEFAZ-BA 2019, da banca FCC, usando as doutrinas mais cobradas (Paludo, Sérgio Mendes, James Giacomoni, etc), além de trabalharmos com todos os manuais que embasam a nossa disciplina (MCASP 8ª edição, MTO 2020, Manual da Receita Nacional e Manual da Despesa Nacional); sem deixar de fora toda a legislação cobrada nos diversos ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 2 assuntos (LRF, Lei nº 4.320/64, Lei nº 10.180/2001, Portarias do MPDG, etc.). Ou seja, nesse material abordo simplesmente tudo: doutrina, jurisprudências, legislações, manuais e questões! PS: sigam minhas redes sociais, pois nelas posto diariamente dicas, mapas mentais, resumos, questões comentadas, materiais gratuitos, provas comentadas na íntegra após as realizações dos concursos, e muito mais! Instagram: @profleandroravyelle Facebook: facebook.com/profleandroravyelle Possuo também um drive gratuito de materiais, com provas, legislações, materiais em pdf, todos gratuitos. Acesse: https://drive.google.com/open?id=1-0g76LaNEbbWvb5i3WGhKzALqrAliV5y ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 3 Agora vamos ao que interessa! Primeiramente, trago abaixo o edital verticalizado do conteúdo da sua prova: A partir das próximas páginas, começaremos a jornada de 100 dicas que aposto que te ajudarão muito na prova do próximo domingo (14/04/2019). Bora? ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 4 DICA 1 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. D IM E N S Õ E S D O O R Ç A M E N T O JURÍDICA O Orçamento Público tem caráter e força de lei, e a elaboração e a aprovação do orçamento público seguem o processo legislativO de discussão, emenda, votação e sanção presidencial como qualquer outra lei. ECONÔMICA O Orçamento Público é basicamente o instrumento por meio do qual o governo extrai recursos da sociedade e os injeta em áreas selecionadas. POLÍTICA É corolário da dimensão econômica. Se o Orçamento Público tem um inequívoco caráter redistributivo, o processo de elaboração, aprovação e gestão do orçamento embute, necessariamente, perspectivas e interesses conflitantes que se resolvem em última instância no âmbito da ação política dos agentes públicos e dos inúmeros segmentos sociais. FINANCEIRA Representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação de receitas e os dispêndios com as saídas de recursos proporcionado pelas despesas, evidenciando a execução orçamentária. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 5 DICA 2 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. NATUREZA JURÍDICA DO ORÇAMENTO A Lei Orçamentária Anual é uma lei formal ou material? NÃO HÁ CONSENSO entre os doutrinadores com relação à natureza jurídica do orçamento. Segundo Paludo (2018), o ORÇAMENTO É UMA LEI NO QUE SE REFERE AO ASPECTO FORMAL, visto que passa por todo o processo legislativo (discussão, votação, aprovação, publicação), MAS NÃO O É EM SENTIDO MATERIAL. Registre-se que, atualmente, o STF admite o controle de constitucionalidade de lei, independentemente de ser apenas lei em sentido formal - ADI 4048 e ADI 4049. (VER TAMBÉM A ADI 5449-MC DE 10.03.2016). Conforme Teori Zavascki, “leis orçamentárias que materializem atos de aplicação primária da Constituição Federal podem ser submetidas a controle de constitucionalidade em processos objetivos.” Segundo a decisão da ministra Rosa Weber nos dois mandados de segurança, o Executivosomente está autorizado a promover ajustes nas propostas enviadas pelos demais poderes quando as despesas estiverem em desacordo com os limites estipulados pela lei de diretrizes orçamentárias. Inexistindo incompatibilidade, não há amparo no ordenamento jurídico para a sua alteração, ainda que sob o pretexto de promover o equilíbrio orçamentário ou obtenção de superávit primário. Ainda segundo a ministra, concluída a fase de apreciação legislativa e submetido o projeto de lei orçamentária anual à Presidência da República há possibilidade de veto total ou parcial. Em suma, o Executivo somente está autorizado a promover ajustes nas propostas enviadas pelos demais poderes quando as despesas estiverem em desacordo com os limites estipulados pela lei de diretrizes orçamentárias. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 6 DICA 3 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. O conceito tradicional/clássico de orçamento destaca a lei orçamentária como a lei que abrange a previsão da receita e a fixação de despesa para determinado período. Nesse conceito, não há preocupação com o planejamento, com a intervenção na economia ou com as necessidades da população - o orçamento é apenas um ato que aprova previamente as receitas e despesas públicas. Numa visão moderna, o orçamento é um programa de governo proposto pelo Executivo à aprovação do Legislativo. É um plano político de ação governamental para o exercício seguinte. É um espaço de debate e decisão em que os atores envolvidos revelam seu poder, suas preferências, definem as realizações pretendidas e reservam os recursos para a execução. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 7 DICA 4 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. FUNÇÕES DO ORÇAMENTO PÚBLICO ALOCATIVA Está ligada à alocação de recursos por parte do Governo, que oferece bens e serviços públicos puros (ex.: rodovias, segurança, justiça), os quais não seriam oferecidos pelo mercado, ou o seriam em condições ineficientes. Oferece também bens meritórios ou semipúblicos (ex.: educação e saúde). E ainda cria condições para que bens privados sejam oferecidos no mercado pelos produtores. Além disso, esta função diz respeito a promover ajustamentos na alocação de recursos e se justifica quando o funcionamento do mecanismo de mercado (sistema de ação privada) não garante a necessária eficiência na utilização desses recursos. DISTRIBUTIVA Objetiva promover ajustamentos na distribuição de renda devido às falhas de mercado (desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.). É uma função que busca tornar a sociedade menos desigual em termos de renda e riqueza, por meio da tributação e de transferências financeiras, subsídios, incentivos fiscais, alocação de recursos em camadas mais pobres da população etc. ESTABILIZADORA trata da aplicação das diversas políticas econômico- financeiras a fim de ajustar o nível geral de preços, melhorar o nível de emprego, estabilizar a moeda e promover o crescimento econômico, mediante instrumentos de política monetária, cambial e fiscal, ou outras medidas de intervenção econômica (controles por leis, limitação etc.). É uma função associada à manutenção da estabilidade econômica, justificada como meio de atenuar o impacto social e econômico na presença de inflação ou depressão. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 8 DICA 5 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. T É C N IC A S O R Ç A M E N T Á R IA S / T IP O S D E O R Ç A M E N T O T R A D IC IO N A L O U C L Á S S IC O Era um documento de previsão de receitas e autorização de despesas com ênfase no gasto, o objeto de gasto. Sua finalidade era ser um instrumento de controle político do Legislativo sobre o Executivo, sem preocupação com o planejamento. O critério utilizado para a classificação dos gastos era a Unidade Administrativa (classificação institucional) e o elemento de despesa (objeto do gasto). O R Ç A M E N T O B A S E - Z E R O O U P O R E S T R A T É G IA Cada despesa é tratada como uma nova iniciativa de despesa, e a cada ano é necessário provar as necessidades de orçamento, competindo com outras prioridades e projetos. Inicia-se todo ano, partindo do "zero" - daí o nome Orçamento Base-Zero. Memorizem que no orçamento Base Zero toda despesa é considerada uma despesa nova, independentemente de tratar-se de despesa continuada oriunda de período passado ou de uma despesa inédita/nova. Sua filosofia é romper com o passado, sua elaboração é trabalhosa, demorada e mais cara, além de desprezar a experiência acumulada pela organização (DESVANTAGEM) e é incompatível com qualquer planejamento de médio ou longo prazos. O R Ç A M E N T O D E D E S E M P E N H O / F U N C IO N A L O Orçamento de Desempenho representou uma evolução do Orçamento Tradicional; buscava saber o que o Governo fazia (ações orçamentárias) e não apenas o que comprava (elemento de despesa). Havia também forte preocupação com os custos dos programas. A ênfase era no desempenho organizacional, e avaliavam-se os resultados (em termos de eficácia, não de efetividade). Procurava- se medir o desempenho por meio do resultado obtido, tornando o orçamento um instrumento de gerenciamento para a Administração Pública. Era um processo orçamentário que se caracterizava por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto do gasto e um programa de trabalho, contendo as ações a serem desenvolvidas. Ainda não havia, no entanto, a estreita vinculação com o planejamento, e o critério de classificação foi alterado para incorporar o programa de trabalho e a classificação por funções. O R Ç A M E N T O P R O G R A M A Esse orçamento foi determinado pela Lei nº 4.320/1964, reforçado pelo Decreto-lei nº 200/1967, e teve a primeira classificação funcional-programática em 1974, mas foi apenas com a edição do Decreto nº 2.829/1998 e com o primeiro PPA 2000-2003 que se tornou realidade. O Orçamento Programa é o atual e mais moderno Orçamento Público. Está intimamente ligado ao planejamento, e representa o maior nível de classificação das ações governamentais. É a única técnica que integra planejamento e orçamento e, como o planejamento começa pela definição de objetivos, não há Orçamento Programa sem definição clara de objetivos. Essa integração é feita através dos "programas", que são os ''elos de união" entre planejamento e orçamento. Levem para a prova que, atualmente diz-se que o Orçamento Programa é o elo entre planejamento, orçamento e gestão, portanto, noOrçamento Programa a ênfase é no que se realiza e não no que se gasta. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 9 O R Ç A M E N T O P A R T IC IP A T IV O Orçamento Participativo é uma técnica orçamentária em que a alocação de alguns recursos contidos no Orçamento Público é decidida com a participação direta da população, ou por meio de grupos organizados da sociedade civil, como a associação de moradores. Até o momento, sua aplicação restringe-se ao âmbito municipal, e, excepcionalmente, estadual. O principal benefício do Orçamento Participativo é a democratização da relação do Estado -sociedade com fortalecimento da democracia. orçamento participativo é uma técnica orçamentária caracterizada pela participação da sociedade, mas não caia na pegadinha de achar que isso se dá em substituição ao poder público, como agente elaborador da proposta orçamentária que é posteriormente enviada ao Poder Legislativo, pois isso está equivocado. Há, na verdade, uma participação popular no processo de elaboração dos orçamentos e não uma substituição à atribuição devida pelo poder público. O R Ç A M E N T O IN C R E M E N T A L O Orçamento Incremental é o orçamento feito por meio de ajustes marginais nos seus itens de receita e despesa. O Orçamento Incremental é aquele que, a partir dos gastos atuais, propõe um aumento percentual para o ano seguinte, considerando apenas o aumento ou diminuição dos gastos, sem análise de alternativas possíveis. É possível identificar algumas características desse tipo de orçamento: as ações não são revisadas anualmente, logo não se compara com alternativas possíveis; é baseado no orçamento do último ano, contendo praticamente os mesmos itens de despesa, com aumentos e diminuições de valores; o incremento de valores ocorre mediante negociação política; é uma técnica rudimentar que foca itens de despesas em vez de objetivos de programas. P P B S Como o orçamento de desempenho ainda era falho, faltando-lhe a vinculação com o planejamento governamental, partiu-se para uma técnica mais elaborada, que foi o orçamento-programa, introduzido nos Estados Unidos da América, no final da década de 50, sob a denominação de PPBS (PLANNING PROGRAMNING BUDGETING SYSTEM). Este orçamento foi introduzido no Brasil através da Lei 4320/64 e do Decreto-Lei 200/67. A concepção fundamental do PPBS consiste na introdução da análise custo/benefício e da análise entre as prioridades conflitantes. O R Ç A M E N T O P O R R E S U L T A D O S ( O p R ) O orçamento por resultados é um método para elaboração, execução e avaliação de programas governamentais com o objetivo de contribuir para que o estado implemente políticas públicas que atendam, a cada dia, mais e melhor, aos interesses e às expectativas dos cidadãos, criando valor público. O orçamento por resultados melhora a aceitação dos governos, reforça a confiança nas instituições públicas estabelecidas e contribui para o desenvolvimento socioeconômico, bem como para a eficiência, a eficácia e a efetividade da gestão pública. O ponto de partida do orçamento por resultados é desenhar e planejar os programas do plano plurianual e dos orçamentos anuais a partir de uma metodologia baseada em resultados. Coloca em destaque os resultados, de interesse da sociedade, que um órgão ou entidade busca atingir por meio de sua atuação, torna explícito o vínculo entre os recursos orçamentários a serem alocados nos programas e esses resultados e utiliza indicadores para acompanhamento dos programas, com vistas a aprimorá-los e a subsidiar o processo orçamentário. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 10 DICA 6 TÓPICOS DO EDITAL: 1. ORÇAMENTO PÚBLICO. 1.1 CONCEITO 1.2 TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS. São características do Orçamento Programa: o orçamento é o elo entre o planejamento e o orçamento a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas de alternativas possíveis na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exercício a estrutura do orçamento está voltada para os aspectos administrativos e de planejamento o principal critério de classificação é o funcional- programático utilização sistemática de indicadores e padrões de medição do trabalho e de resultados o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 11 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 12 DICA 7 TÓPICO DO EDITAL: 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS A LDO pode também ser instrumento de autorização de despesas, se constar no seu texto a possibilidade de liberação de duodécimos dos créditos orçamentários, E se o orçamento anual não for aprovado até 31 de dezembro. Ou seja, a LDO pode ser instrumento de autorização de despesas somente se preenchidas as duas condições anteriores. DICA 8 TÓPICO DO EDITAL: 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Na LDO são definidas prioridades na forma de programas e ações, os quais terão precedência na alocação dos recursos no projeto e na Lei Orçamentária Anual e na sua execução, não se constituindo, todavia, em limite à programação da despesa, isto é, ou seja, a programação na elaboração da LOA permanece “livre”, desde que respeitadas as prioridades. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 13 DICA 9 TÓPICO DO EDITAL: 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Ainda, são atribuições da LDO, consoante a LRF: conter autorização para que os municípios contribuam para o custeio de despesas de competência de outros entes da federação estabelecer exigências para a realização de transferência voluntária estabelecer condições para a destinação de recursos para direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas dispor sobre o impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo banco central do brasil, o qual serãodemonstrados trimestralmente dispor sobre programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso estabelecido pelo poder executivo até trinta dias após a publicação dos orçamentos estabelecer para os poderes e o ministério público critérios de limitação de empenho e movimentação financeira se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais ressalvar as despesas que não serão submetidas à limitação de empenho dispor sobre a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita dispor sobre despesa considerada irrelevante, para efeitos de geração de despesa dispor sobre a inclusão de novos projetos na loa ou nas leis de créditos adicionais, após adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público excepcionalizar a contratação de hora extra, quando for alcançado o limite prudencial das despesas com pessoal, o qual é de 95% do limite previsto na LRF DICA 10 TÓPICO DO EDITAL: 2.3 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS É POSSÍVEL PROMOVER ALTERAÇÕES NA LDO E NO PPA, MESMO QUE DURANTE A EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO ANUAL? De fato, compete à LDO estabelecer para os poderes e o ministério público critérios de limitação de empenho e movimentação financeira se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no anexo de metas fiscais. No próprio texto da LRF não há previsão sobre a possibilidade de alteração das metas, com o intuito de se facilitar a tarefa de economia de despesa. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 14 Vale dizer, inclusive, que isso seria uma ''gaiatice" ao conjunto de suas regras, já que os orçamentos devem buscar o alcance das metas prefixadas. Entretanto, em um caso concreto, no ano de 2014, o governo federal aprovou uma mudança, alterando a fórmula de cálculo das metas ficais para aquele exercício. Contudo, existem regras específicas que regulamentam as alterações das metas fiscais e de seus procedimentos de cálculo, pois essas alterações representam riscos ao equilíbrio econômico-financeiro do orçamento público. Em dezembro de 2014, diversas manchetes foram divulgadas com o mesmo assunto: com as contas no vermelho, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei para não descumprir uma meta estabelecida por ele mesmo no final de 2013. O embate foi o seguinte: A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) daquele ano estabelecia o valor mínimo de R$ 116,1 bilhões de superávit primário. Isto é, a regra, naquele ano, era que fosse permitido "descontar" desse valor até R$ 67 bilhões referentes ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ou seja, até R$ 67 bilhões que o governo gastar no ano com o programa seriam tirados da conta – reduzindo a economia a R$ 49,1 bilhões. Com o projeto de lei proposto, o projeto de lei enviado ao Congresso não muda oficialmente a meta de superávit, mas alterou esse "desconto" determinado na LDO. Pela proposta, foi possível abater dos R$ 116,1 bilhões o total de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de desonerações de tributos aplicadas em diversos setores. Veja como isso já foi cobrado pela banca CESPE: CESPE 2015 STJ - AJAA Tendo como referência os conceitos e as normas aplicáveis ao orçamento público, julgue os itens a seguir. Ao reconhecer-se, ao final de um bimestre, a frustração na realização da receita, pode ser necessário rever as metas fiscais estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias (LDO), uma vez que, dependendo das dimensões do problema, o descumprimento de tais metas poderia comprometer também o cumprimento dos objetivos do plano plurianual (PPA). Isso evidencia que, mesmo durante a execução do orçamento anual, é possível e por vezes necessário promover alterações na LDO e no PPA. GABARITO: CERTO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 15 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 16 DICA 11 TÓPICO DO EDITAL: 2.2 PLANO PLURIANUAL. Com o intuito de alcançar os objetivos constitucionais estabelecidos no art. 3º da CF /1988, o critério utilizado para o estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas é a regionalização (não é por estado nem por municípios) e o critério populacional. Essa regionalização não se refere apenas ao PPA, mas a todos os demais planos que, conforme o art. 165, § 4.º, devem ser elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. As regiões às quais o PPA se refere são as macrorregiões brasileiras: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro- Oeste e Sul. A essas macrorregiões é necessário acrescentar uma outra possibilidade: a nacional - visto que existem diretrizes, objetivos e metas de caráter nacional, pois todos os brasileiros serão beneficiados, independentemente da Região ou do Estado em que residam. Atente para isso, pois a CESPE e FCC amam cobrar este tópico em provas. prazo. O papel do Plano Plurianual nesse contexto é o de implementar o necessário elo entre o planejamento de longo prazo e os orçamentos anuais. O planejamento de longo prazo encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais (médio prazo), as condições para sua materialização. Com relação aos programas de duração continuada, na esfera federal, associam-se a estes as ações de natureza finalística, isto é, aquelas que envolvem a prestação de serviços à comunidade. Alguns doutrinadores assim definem os programas de duração continuada: ações que resultam na prestação de serviços à comunidade passíveis de quantificação, excluídas as ações de manutenção administrativa; ações que resultam na prestação de serviços à comunidade, excluídos os pagamentos de benefícios previdenciários e os encargos financeiros; ações que resultam na prestação de serviços à comunidade de forma contínua e permanente; ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 17 DICA 12 TÓPICO DO EDITAL: 2.2 PLANO PLURIANUAL. O PPA 2016-2019 mantém as dimensões estratégica, tática e operacional, assim descritas: DIMENSÃO ESTRATÉGICA É a orientação estratégica do plano, composta pela Visão de Futuro, Eixos e Diretrizes Estratégicas; precede e orienta a elaboração dos Programas Temáticos DIMENSÃO TÁTICA Definecaminhos exequíveis para as transformações da realidade anunciadas nas Diretrizes Estratégicas, considerando as variáveis inerentes à política pública e reforçando a apropriação, pelo PPA, das principais agendas de governo e dos planos setoriais para os próximos quatro anos. É expressa nos Programas e reflete as entregas de bens e serviços pelo Estado à sociedade DIMENSÃO OPERACIONAL Relaciona-se com a otimização na aplicação dos recursos disponíveis e a qualidade dos produtos entregues, sendo especialmente tratada no Orçamento O novo modelo de gestão (adotado a partir de 2012) pauta-se pela flexibilidade, criatividade e informação, pela ampliação da comunicação e da coordenação entre os Órgãos Centrais de Governo e os órgãos executores, pelo respeito à diversidade política e suas relações de complementaridade, pelo diálogo, pelo fortalecimento do pacto federativo e pela transparência. O PPA pode ser revisado periodicamente. A revisão do PPA não é obrigatória, para que ela ocorra é necessário que haja interesse e autorização do poder executivo, e aprovação da lei de revisão pelo congresso nacional. A revisão do PPA inclui: inclusão, alteração e exclusão de programas e de ações plurianuais. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 18 DICA 13 TÓPICO DO EDITAL: 2.2 PLANO PLURIANUAL. Outro ponto importante que quero que você leve para a prova da banca CESPE é o seguinte: NÃO DEPENDE DE LEI AS ALTERAÇÕES NO PPA E PODEM SER FEITAS DIRETAMENTE PELO PODER EXECUTIVO AS ALTERAÇÕES: valor global do programa adequar vinculação entre ação x objetivo alterar/revisar metas e alterar atributos (indicador, órgão responsável por objetivo e meta, iniciativas, valor global alterar o ANEXO II - programas de gestão, manutenção e serviços ao estado, em decorrência de criação, extinção, transformação, transferência, incorporação ou desmembramento de órgãos. DICA 14 TÓPICO DO EDITAL: 2.2 PLANO PLURIANUAL. Conforme a Lei nº 13.249/2016 (Lei que instituiu o PPA 2016-2019), são prioridades da administração pública federal para o período 2016- 2019: As metas inscritas no plano nacional de educação (Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014); O programa de aceleração do crescimento - PAC, identificado nas leis orçamentárias anuais por meio de atributo específico; O plano brasil sem miséria - PBSM, identificado nas leis orçamentárias anuais por meio de atributo específico. Para o período 2016-2019, o PPA tem e terá como diretrizes: o desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão social a melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos a garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades sociais, regionais, étnico-raciais, geracionais e de gênero o estímulo e a valorização da educação, ciência, tecnologia e inovação e competitividade a participação social como direito do cidadão a valorização e o respeito à diversidade cultural o aperfeiçoamento da gestão pública com foco no cidadão, na eficiência do gasto público, na transparência, e no enfrentamento à corrupção a garantia do equilíbrio das contas públicas ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 19 DICA 15 TÓPICO DO EDITAL: 2.2 PLANO PLURIANUAL. O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e orienta a atuação governamental por meio de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, assim definidos: PROGRAMA TEMÁTICO organizado por recortes selecionados de políticas públicas, expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens e serviços à sociedade PROGRAMA DE GESTÃO, MANUTENÇÃO E SERVIÇOS AO ESTADO expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental NÃO INTEGRAM O PPA 2016-2019 OS PROGRAMAS DESTINADOS EXCLUSIVAMENTE A OPERAÇÕES ESPECIAIS. Os Programas constantes do PPA 2016-2019 estarão expressos nas leis orçamentárias anuais e nas leis de crédito adicional e as ações orçamentárias serão discriminadas exclusivamente nas leis orçamentárias. Nos Programas Temáticos, cada ação orçamentária estará vinculada a um único Objetivo, exceto as ações padronizadas. As vinculações entre ações orçamentárias e Objetivos do PPA constarão das leis orçamentárias anuais. O investimento plurianual, para o período de 2016 a 2019, está incluído no Valor Global dos Programas. A GESTÃO DO PPA 2016-2019 observará os princípios da PUBLICIDADE, EFICIÊNCIA, IMPESSOALIDADE, ECONOMICIDADE E EFETIVIDADE e compreenderá a implementação, o monitoramento, a avaliação e a revisão do Plano. Caberá ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão definir os prazos, as diretrizes e as orientações técnicas complementares para a gestão do PPA. O Poder Executivo manterá sistema informatizado de apoio à gestão do Plano e adotará, em conjunto com representantes da sociedade civil, mecanismos de participação social nas etapas do ciclo de gestão do PPA 2016-2019 (ORÇAMENTO PARTICIPATIVO). ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 20 DICA 16 TÓPICO DO EDITAL: 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. Segundo o art. 165 da CF/1988: § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Observe esses "nenhum's" que sempre caem em prova: NENHUMA despesa pública poderá ser realizada se não for autorizada pela LOA ou mediante créditos adicionais NENHUM programa ou projeto pode ser iniciado se não estiver incluído na LOA NENHUM investimento que ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciado se não estiver contido no PPA ou em lei que autorize sua inclusão Assim, toda despesa pública deve necessariamente constar no orçamento anual (ou em Créditos Adicionais) para receber a competente autorização legislativa que permita a sua execução. As de médio e grande valor devem constar especificamente, enquanto as de pequeno valor encontram-se autorizadas "de forma genérica" dentro do programa de trabalho correspondente. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página21 DICA 17 TÓPICOS DO EDITAL: 2.4 ORÇAMENTO ANUAL. O Orçamento das Empresas Estatais independentes não faz parte do Orçamento Fiscal e nem do Orçamento da Seguridade Social. O ORÇAMENTO OPERACIONAL (CUSTEIO) das Empresas Estatais independentes faz parte do Programa de Dispêndios Globais – PDG-, cuja aprovação ocorre diretamente por decreto do Poder Executivo. As estatais dependentes estão inclusas no Orçamento Fiscal. As sociedades de economia mista, em regra, são estatais independentes: integram o orçamento de investimentos; se forem dependentes, integrarão o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. Sendo assim, num exemplo prático, se uma empresa pública custear com recursos próprios suas despesas com pessoal, encargos sociais e manutenção em geral, ela poderá excluir esses recursos do orçamento fiscal. Vejam que, neste exemplo, é abordado um caso de uma empresa pública custear com recursos próprios suas despesas com pessoal, encargos sociais e manutenção em geral, o que a torna INDEPENDENTE, conceitualmente, logo, ela poderá excluir esses recursos do orçamento fiscal ou da seguridade social, conforme o caso em que se enquadre. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 22 DICA 18 TÓPICOS DO EDITAL: 1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO Este princípio está consagrado no art 4º-, inciso I, alínea a, da LRF que determina que a LDO disporá sobre o equilíbrio entre receita e despesa. Ele estabelece que a despesa fixada não pode ser superior à receita prevista, ou seja, deve ser igual à receita prevista. A finalidade desse princípio é deter o crescimento desordenado dos gastos governamentais e impedir o déficit orçamentário. Praticamente em todos os anos esse princípio é apenas formalmente atendido nas LOA's, visto que o "equilíbrio" é mantido com as operações de crédito nele contidas e autorizadas - que são na verdade empréstimos que escondem o déficit existente. O princípio do equilíbrio é aferido no momento da aprovação do orçamento, e não durante sua execução. Durante a execução o equilíbrio será perseguido, mas não será exato porque a execução comporta variações envolvendo receitas e despesas. Esse princípio orçamentário com assento constitucional e comumente indicado pela doutrina é, em uma de suas acepções correntes, conhecido como “regra de ouro”, uma vez que veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO E DA PROGRAMAÇÃO Esses princípios são modernos e recentes. O princípio do planejamento, de acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 165, § 1", refere-se à obrigatoriedade de elaboração do Plano Plurianual (PPA), e a obrigatoriedade de todos os planos e programas nacionais, regionais e setoriais serem elaborados em consonância com ele (art. 165, § 4º), reforçado pela LRF, art. 1º, § 1º, que exige a ação planejada: "a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas". Haja vista a importância do planejamento plurianual para a Administração Pública, ele obrigatoriamente deverá ser aprovado mediante lei, não sendo admitida sua formalização mediante Medida Provisória (CF /1988, art. 62, § 1º, d). O princípio da programação surgiu a partir da instituição do orçamento- programa, e apregoa que o orçamento deve evidenciar os programas de trabalho, servindo como instrumento de administração do Governo, facilitando a fiscalização, gerenciamento e planejamento. Todas as despesas são inseridas no Orçamento sob a forma de programa. Programa é o instrumento que o Governo utiliza para organizar suas ações de maneira lógica e racional, a fim de otimizar a aplicação dos recursos públicos e maximizar os resultados para a sociedade. Como o "programa" é o elo entre planejamento e orçamento, esses princípios são apresentados juntos. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 23 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 24 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 25 DICA 19 TÓPICOS DO EDITAL: 1.3. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS. Cuidado com o PRINCÍPIO DA ANUALIDADE, pois a CESPE adora mudar de posicionamento! Vejamos. De fato, o princípio da anualidade ou periodicidade, estipulado, de forma literal, pelo caput do art. 2º da Lei no 4.320/1964, delimita o exercício financeiro orçamentário: período ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na loa irão se referir. Segundo o art. 34 da Lei nº 4.320/1964, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano (aqui temos uma especificidade nossa – BRASIL). Contudo, a doutrina majoritária defende que o fato do exercício financeiro coincidir ou não com o ano civil não afeta o princípio da anualidade. A banca adora esse tipo de questão (cobrou no TCE-PE em 2017 e cobrou novamente neste ano (2018) no STJ, além de cobrar no MPU 2018). Agora, observem o que percebi nas últimas questões da banca: CESPE 2017 TCE-PE (AUDITOR) A respeito de orçamento público, julgue o item a seguir. Dado o princípio da anualidade orçamentária, os orçamentos públicos das diversas esferas de governo devem ter vigência de um exercício financeiro e coincidir com o ano civil. A banca deu gabarito preliminar como CERTO e, posteriormente, no gabarito definitivo, como ERRADO. O motivo foi simples: O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO ORÇAMENTO ANUAL VARIA ENTRE OS PAÍSES. Quer mais? Temos mais precedentes! Veja a questão abaixo: CESPE 2013 IBAMA A respeito do orçamento público e da atuação do governo nas finanças públicas, julgue os itens subsequentes. Considere que um parlamentar tenha apresentado projeto de lei para revogar uma norma vigente, segundo a qual o exercício financeiro deve coincidir com o ano civil. Nessa situação, é correto afirmar que, ainda que esse projeto de lei seja aprovado, o princípio orçamentário da anualidade continuaria em vigor no Brasil. (CERTA) ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 26 Vejam que a Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porém não desconfiguraria o princípio, pois o conceito de anualidade não está relacionado ao ano civil, mas com o exercício financeiro e o período de 12 meses. Como a CESPE não se aquieta, a última vez que cobrou, voltou atrás com seu entendimento e, na última prova do MPU (Técnico), realizada em 2018, cobrou a seguinte questão: CESPE – MPU (TÉCNICO) 2018 O exercício financeiro do governo federal poderá ter início no dia 1º de abril de determinado ano, desde que termine no dia 31 de março do ano seguinte, em respeito ao princípio da anualidade. GABARITO DEFINITIVO: ERRADO Essa questão foi objeto de recurso, pois o art. 34 da Lei n 4320/64, de fato, afirma que o exercício financeiro coincide com o ano civil. Mais uma vez, conforme a doutrina, O PERÍODO DE VIGÊNCIA DO ORÇAMENTO ANUAL VARIA ENTRE OS PAÍSES. Ou seja: a doutrina majoritária defende que o fato do exercício financeiro coincidir ou não com o ano civil não afeta o princípio da anualidade. Como exemplo, na Itália e na Suécia o exercício financeiro começa em 1/7 e termina em 30/6. Na Inglaterra, no Japão e na Alemanha o exercício financeiro vai de 1/4 a 31/3. Nos Estados Unidos começa em 1/10, prolongando-se até 30/9. Seguindo o entendimento da própria banca (que ora entende que DEVE coincidir com o ano civil – art. 34 da Lei nº 4320/64 e ora não), em uma de suas últimas cobranças em provas, deu a entender que deu o braço a torcer. Assim, leve para a sua prova da PGE-PE o último entendimento (prova do MPU). ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 27 DICA 20 TÓPICOS DO EDITAL: 1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO CICLO ORÇAMENTÁRIO AMPLIADO O ciclo orçamentário ampliado ou ciclo de planejamento e orçamento federal corresponde a um período mais amplo que quatro anos. Ele inicia com a elaboração, discussão, votação e aprovação do PPA; continua com a elaboração, discussão, votação e aprovação da LDO; e, por fim, a elaboração, discussão, votação e aprovação, execução, controle e avaliação da LOA. Segundo Sanches, o ciclo orçamentário ampliado desdobrar-se em oito fases, quais sejam: 1 formulação do planejamento plurianual, pelo executivo 2 apreciação e adequação do plano, pelo legislativo 3 proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo executivo 4 apreciação e adequação da LDO, pelo legislativo 5 elaboração da proposta de orçamento, pelo executivo 6 apreciação, adequação e autorização legislativa 7 execução dos orçamentos aprovados 8 avaliação da execução e julgamento das contas ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 28 DICA 21 TÓPICOS DO EDITAL: 1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO Funções da Comissão Mista Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 29 DICA 21 TÓPICOS DO EDITAL: 1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO Com relação aos prazos, nos estados e municípios os prazos do ciclo orçamentário devem estar, respectivamente, nas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. Observe que, ao colocarmos uma data (por exemplo, 31/08) é considerando a legislação atual e, assim, está correto. Entretanto, repare que não está escrito que, por exemplo, a LOA deve ser enviada até 31 de agosto e sim quatro meses antes do exercício financeiro. O envio da proposta orçamentária anual ao Poder Legislativo independe da aprovação e publicação do PPA e da LDO. Assim, podemos tirar algumas conclusões: se a legislação alterasse o exercício financeiro (por exemplo, se mudasse para início em 01/08 e término em 31/07 do ano subsequente), as datas do ciclo também seriam alteradas; se o mandato presidencial fosse alterado (por exemplo, para cinco anos), o tempo de duração do PPA também seria alterado (porque a duração é até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente. se o mandato aumentasse em um ano, a vigência também seria acrescida em um ano); em determinado período do ano, poderá haver duas LDO's vigendo simultaneamente. por exemplo, supondo que os prazos fossem cumpridos, se estivéssemos em setembro de 2018, estaria em vigor a LDO-2018 (elaborada e sancionada em 2017, para reger a loa-2018) e a LDO- 2019 (elaborada e sancionada em 2018, para reger a LOA-2019). ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 30 DICA 22 TÓPICOS DO EDITAL: 1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO EMENDAS Segundo o art. 63 da CF/1988, a regra é que não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvadas as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem e as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Assim, não será admitido aumento da despesa prevista no projeto de lei do Plano Plurianual. Seguindo os preceitos da CF, As EMENDAS ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias NÃO poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa Excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos serviço da dívida transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação, pois visam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso) Além disso, a LRF traz outra possibilidade: o Poder Legislativo poderia tentar, sem embasamento técnico, reestimar os valores de receitas apresentados pelo Poder Executivo. Para prevenir isso, o § 1º do art. 12 da LRF determina: § 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. A Lei nº 4.320/64 traz mais dispositivos em relação às emendas. Segundo o art. 33 da Lei 4.320/1964, NÃO se admitirão emendas ao projeto de lei de orçamento que visem: Alterar adotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a inexatidão da proposta Conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos competentes Conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente criado Conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder Legislativo para concessão de auxílios e subvenções. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 31 DICA 23 TÓPICOS DO EDITAL: 1.4. CICLO ORÇAMENTÁRIO EXECUÇÃO – EMENDAS INDIVIDUAIS Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. Assim, enquanto metade da dotação para emendas individuais poderá ter livre alocação (respeitando todas as demais regras), a outra metade deve ser composta por emendas destinadas exclusivamente a ações e serviços públicos de saúde. Prosseguindo: § 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. § 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. Aqui está o pulo do gato! Note que enquanto o § 9º dispõe que as emendas serão aprovadas até 1,2% da RCL prevista no PLOA encaminhado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, no § 11 está disposto que é obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações em até 1,2% da RCL, só que é da RCL realizada no exercício anterior. As emendas serão Aprovadas 1,2% da RCL prevista no PLOA encaminhado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo Executadas (obrigatória a execução) em até 1,2% da RCL, só que é da RCL realizada no exercício anterior ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 32 DICA 24 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 33 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 34 DICA 25 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. Vários são os conceitos existentes acerca das receitas públicas. A Deliberação nº 539/2008 da CVM, que aprova o pronunciamento conceitual básico aplicável às entidades em geral, define que “receitas são aumentos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultem em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade”. Esse conceito, contudo, não corresponde à receita orçamentária pública, mas à receita sob o enfoque das normas aplicáveis às empresas privadas. O Manual de Receita Nacional STN/SOF define como receita “todos os ingressos disponíveis para cobertura das despesas orçamentárias e operações que, mesmo não havendo ingresso de recursos, financiam despesas orçamentárias”. Para o Manual de Procedimentos da Receita Pública da STN, “receitas públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidos pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas”. Entendemos que receita pública é qualquer recurso obtido pelo Estado, em determinado período financeiro, disponível para custear despesas públicas. Segundo o Glossário do Senado Federal, “receita é toda arrecadação de rendas autorizada pela constituição federal, leis e títulos creditórios à fazenda pública”. Sendo assim, atente para os seguintes cuidados: RECEITAS são ingressos financeiros no patrimônio público, mas nem todos os ingressos nos cofres públicos são receita pública orçamentária. Alguns recursos são “meras entradas” sujeitas a posterior devolução. RECEITA PÚBLICA STRICTO SENSU são apenas as receitas orçamentárias, que são as receitas de caráter não devolutivo, que estarão disponíveis para custear despesas públicas. Segundo os Manuais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, o reconhecimento da receita, sob o enfoque patrimonial, consiste na aplicação dos princípios fundamentais de contabilidade para reconhecimento da variação ativa ocorrida no patrimônio, em contrapartida ao registro do direito no momento da ocorrência do fato gerador, antes da efetivação do correspondente ingresso de disponibilidades. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 35 DICA 26 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. Para fins contábeis, quanto ao impacto na situação patrimonial líquida, a receita pode ser “efetiva” ou “não-efetiva”: RECEITA ORÇAMENTÁRIA EFETIVA aquela em que os ingressos de disponibilidade de recursos não foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes RECEITA ORÇAMENTÁRIA NÃO EFETIVA é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidos de registro do reconhecimento do direito ou constituem obrigações correspondentes, como é o caso das operações de crédito DICA 27 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. RECEITAS DE OPERAÇÕES INTRAORÇAMENTÁRIAS: Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do orçamentofiscal e do orçamento da seguridade social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social” que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na consolidação das contas governamentais. Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de operações intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338/2006, incluiu as “Receitas Correntes Intraorçamentárias” e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, representadas, respectivamente, pelos códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas. Essas classificações, segundo disposto pela Portaria que as criou, não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas especificações das Categorias Econômicas “Receita Corrente” e “Receita de Capital”. Assim, as receitas intraorçamentárias são receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social de uma mesma esfera de governo, portanto, não englobam o orçamento de investimento das estatais. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 36 DICA 28 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. ORIGEMS DA RECEITA 1º 2º 3º 4º ao 7º 8º CATEGORIA ECONÔMICA ORIGEM ESPÉCIE DESDOBRAMENTO FACULTATIVO PARA IDENTIFICAÇÃO DE PECULIARIDADES DA RECEITA TIPO A Origem é o detalhamento das Categorias Econômicas “Receitas Correntes” e “Receitas de Capital”, com vistas a identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam nos cofres públicos. Os códigos da Origem para as receitas correntes e de capital, de acordo com a Lei nº 4.320/1964, com alterações introduzidas pela Portaria Interministerial 163/2001 e atualizações posteriores, são: CATEGORIA ECONÔMICA (1º DÍGITO) ORIGEM (2º DÍGITO) 1. RECEITAS CORRENTES 7. RECEITAS CORRENTES INTRAORÇAMENTÁRIAS 1. IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA Antes era "Tributárias" e ainda permanece conforme a Lei nº 4.320/64 2. CONTRIBUIÇÕES 3.PATRIMONIAIS 4. AGROPECUÁRIA 5. INDUSTRIAL 6. SERVIÇOS 7. TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 9. OUTRAS RECEITAS CORRENTES 2. RECEITAS DE CAPITAL 8. RECEITAS DE CAPITAL INTRAORÇAMENTÁRIAS 1. OPERAÇÕES DE CRÉDITO 2. ALIENAÇÃO DE BENS 3. AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 4. TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 9. OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 37 DICA 29 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. Não caia na decoreba de achar que toda alienação de bens é receita de capital, pois temos no enunciado uma das poucas exceções na legislação em vigor. O próprio MTO 2019 assim o classificam: 1.9.0.0.00.0.0 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 1.9.3.0.02.0.0 Alienação de bens apreendidos 1.9.3.0.02.1.0 Alienação de bens e mercadorias apreendidos 1.9.3.0.02.2.0 Alienação de bens e mercadorias associados ao tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins DICA 30 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. TIPO 1º 2º 3º 4º ao 7º 8º CATEGORIA ECONÔMICA ORIGEM ESPÉCIE DESDOBRAMENTO FACULTATIVO PARA IDENTIFICAÇÃO DE PECULIARIDADES DA RECEITA TIPO O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita, tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza, sendo: • Os tipos 5, 6, 7, 8 e 9 foram acrescentados pelo MCASP 8ª edição (publicado em 19/12/2018) ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 38 DICA 31 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. CLASSIFICAÇÃO POR FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS Denomina-se “Fonte/Destinação de Recursos” a cada agrupamento de receitas que possui as mesmas normas de aplicação. A fonte, nesse contexto, é instrumento de Gestão da Receita e da Despesa ao mesmo tempo, pois tem como objetivo assegurar que determinadas receitas sejam direcionadas para financiar atividades (despesas) do governo em conformidade com Leis que regem o tema. É uma classificação tanto da receita como da despesa. Dessa forma, a Fonte/Destinação de Recursos contribui para o atendimento do parágrafo único do art. 8º, parágrafo único, e do art. 50, inciso I, da LRF: Art. 8º [...] Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. [...] Em linhas gerais, pode-se dizer que há destinações vinculadas e não vinculadas: DESTINAÇÃO VINCULADA processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma DESTINAÇÃO NÃO VINCULADA (OU ORDINÁRIA) é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, desde que dentro do âmbito das competências de atuação do órgão ou entidade A vinculação de receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos e os direcionam para despesas, entes, órgãos, entidades ou fundos. O código da fonte possui 3 dígitos: o primeiro refere-se ao grupo contido na tabela abaixo e os dois últimos dígitos, à fonte propriamente dita. A classificação por fonte de recursos é dividida, inicialmente, em cinco grupos: 1. RECURSOS DO TESOURO EXERCÍCIO CORRENTE 2. RECURSOS DE OUTRAS FONTES EXERCÍCIO CORRENTE 3. RECURSOS DO TESOURO EXERCÍCIOS ANTERIORES 6. RECURSOS DE OUTRAS FONTES EXERCÍCIOS ANTERIORES 9. RECURSOS CONDICIONADOS RECURSOS QUE DEPENDEM DE AUTORIZAÇÃO LEGAL ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 39 DICA 32 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. Sob o enfoque orçamentário, o registro da receita atende ao disposto no art. 35 da Lei nº 4.320/1964, que determina o reconhecimento da receita sob a ótica de caixa: “Pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas”. Para a Lei nº 4.320/1964, o fato gerador da receita orçamentáriaocorre no momento da arrecadação, quando o contribuinte comparece ao banco e efetua o pagamento da obrigação. A adoção do regime de caixa para as receitas orçamentárias tem como objetivo evitar que a execução das despesas ultrapasse a arrecadação efetiva. Portanto, apenas se o assunto abordar exclusivamente receita orçamentária é que pode ser considerado “regime de caixa” para as receitas. Qualquer outra afirmação deverá ser considerada regime de competência. Concluímos assim que, de acordo com as normas em vigor, a contabilidade aplicada ao Setor Público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público afirma que o art. 35 da Lei nº 4.320/1964 refere-se ao regime orçamentário, e não ao regime contábil, pois a contabilidade é tratada em título específico, em que se determina que as variações patrimoniais devem ser evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária. Dessa forma, sob a ótica contábil, aplica-se aos entes públicos o princípio da competência em sua integralidade, ou seja, tanto na receita quanto na despesa. Não obstante esse posicionamento, o regime da receita, embasado na Lei nº 4.320/1964, continua a exigir o regime de caixa para as receitas orçamentárias, vinculado ao momento da arrecadação. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 40 DICA 33 TÓPICO DO EDITAL: 4.2 ESTÁGIOS DA RECEITA. Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de receitas orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação de receitas não previstas e também das que não foram lançadas, como é o caso de uma doação em espécie recebida pelos entes públicos. ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA PLANEJAMENTO PREVISÃO EXECUÇÃO LANÇAMENTO ARRECADAÇÃO RECOLHIMENTO A previsão da receita antecede a fixação da despesa; previsão é a estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei Orçamentária Anual (LOA), que resulta da metodologia de projeção de receitas orçamentárias. A metodologia utilizada pelo Governo Federal está baseada na série histórica de arrecadação dos últimos anos ou meses anteriores, ajustada por parâmetros de variação de preços, de quantidade dos bens produzidos ou de alguma mudança de aplicação de alíquota em sua base de cálculo. Resumindo: consideram-se a série histórica; as mudanças ocorridas na legislação (alteração de alíquotas); a previsão de crescimento da economia (quantidade a ser produzida); e a taxa de inflação (que afetará os preços). DICA 34 TÓPICO DO EDITAL: 4.2 ESTÁGIOS DA RECEITA. TIPOS DE LANÇAMENTO CARACTERÍSTICA EXEMPLO DIRETO OU DE OFÍCIO efetuado pela administração sem a participação do contribuinte IPTU, IPVA DECLARAÇÃO OU MISTO contribuinte (sujeito passivo) presta informações indispensáveis ao lançamento IRPF, ITBI, II, IE E ITCMD HOMOLOGAÇÃO OU AUTO-LANÇAMENTO realizado pelo sujeito passivo que antecipa impostos, sem prévio exame da autoridade administrativa competente ICMS, IPI, IR, PIS E CONFINS. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 41 DICA 35 TÓPICOS DO EDITAL: 4.4 DÍVIDA ATIVA. A definição de curto ou longo prazo dependerá da expectativa de recebimento. Se a expectativa de recebimento for até o término do exercício seguinte, constituirá curto prazo; caso contrário, integrará os direitos de longo prazo. Quanto à expectativa de realização, há troca do crédito a receber no ativo circulante (registrado no órgão ou entidade de origem do crédito) pelo crédito de dívida ativa no ativo não circulante (registrado no órgão ou entidade competente para inscrição do crédito em dívida ativa), tendo em vista que o inadimplemento torna incerto o prazo para realização do crédito.” Conforme o MTO 2020, créditos em dívida ativa deverão ser registrados no ativo não circulante, e caso o órgão tenha condições de estimar com razoável certeza o seu montante com expectativa de recebimento em até 12 (doze) meses, o registro poderá ser alterado de ativo não circulante para ativo circulante. Assim, quanto à expectativa de realização, o MCASP deixa claro no ITEM 5.2 - CONTABILIZAÇÃO DA DÍVIDA ATIVA - que "quanto à expectativa de realização, há troca do crédito a receber no ativo circulante (registrado no órgão ou entidade de origem do crédito) pelo crédito de dívida ativa no ativo não circulante (registrado no órgão ou entidade competente para inscrição do crédito em dívida ativa), tendo em vista que o inadimplemento torna incerto o prazo para realização do crédito". Quanto ao recebimento do crédito quando verificado acordos de parcelamento ou renegociação da dívida ativa, por exemplo, no prazo de até 12 meses das demonstrações contábeis, isso significa que esses créditos inicialmente classificados na dívida de longo prazo PODERÃO ser reclassificados para o ativo circulante ou de curto prazo. Os demais permanecerão no ativo não circulante ou de longo prazo. A dívida ativa é uma exceção ao regime de caixa para a receita orçamentária. O reconhecimento como receita se dá no momento da inscrição em dívida ativa - e não no momento da arrecadação, como as demais receitas orçamentárias. DICA 36 TÓPICOS DO EDITAL: 4 RECEITA PÚBLICA. 4.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. Se a receita arrecadada possuir parcelas destinadas a outros entes (repartição tributária), a transferência poderá ser registrada como dedução de receita ou como despesa orçamentária, de acordo com a legislação em vigor. Se houver parcelas a serem restituídas, em regra, esses fatos não devem ser tratados como despesa orçamentária, mas como dedução de receita orçamentária, pois correspondem a recursos arrecadados que não pertencem à entidade pública e não são aplicáveis em programas e ações governamentais sob a responsabilidade do ente arrecadador, não necessitando, portanto, de autorização orçamentária para a sua execução. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO 100 DICAS FINAIS: ASSISTENTE DE PROCURADORIA – PGE-PE PROFESSOR LEANDRO RAVYELLE @profleandroravyelle Página 42 DICA 37 TÓPICOS DO EDITAL: 5 DESPESA PÚBLICA. 5.1 CONCEITO E CLASSIFICAÇÕES. Despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada. Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anual, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de receita e recursos transitórios. Para fins contábeis, a despesa orçamentária pode ser classificada quanto ao impacto na situação patrimonial líquida em: • Redação alterada pelo MCASP 8ª edição (publicado em 19/12/2018) DESPESA ORÇAMENTÁRIA EFETIVA aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil
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