Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nosso estudo será então no sentido de buscar o entendimento do processo de elaboração e planejamento do ciclo orçamentário, assim como da legislação pertinente. Desejo a todos uma excelente aula! 2.1 Plano Plurianual - PPA Caros alunos, segundo o Artigo 165 da Constituição Federal, o PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para os programas de duração continuada. As diretrizes, os objetivos e as metas devem estar baseados nas políticas e estratégias do governo para o período de quatro anos (ANDRADE, 2002). 2.1.1 Características Gerais Instituído por lei, o PPA abrange sempre um período de quatro anos, iniciando sua execução no segundo ano do mandato do chefe do Poder Executivo e encerrando no primeiro ano do mandato do próximo dirigente eleito. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá se iniciar sem a prévia inclusão no PPA, ou sem uma lei que autorize a sua inclusão, sob pena de crime de responsabilidade (PISCITELLI, 2014). 2.1.2 Conteúdo O PPP busca criar ações que resultem em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade. Verifica as despesas de natureza administrativa e outras. E as ações de gestão de governo relacionadas à formulação, coordenação, supervisão, avaliação e divulgação de políticas públicas. Assista ao vídeo “Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO”, que traz importantes contribuições para o entendimento da LDO. Disponível em: . Como sabemos, o Plano Plurianual é um instrumento de planejamento de amplo alcance, cuja finalidade é estabelecer os programas e as metas governamentais de longo prazo. Atualmente sua vigência é de quatro anos e uma das suas seis características é a regionalização, pois serve de instrumento para diminuir as desigualdades entre as diferentes regiões. Encontram-se, na literatura orçamentária e financeira, indicações de alguns problemas relacionados com o funcionamento do modelo orçamentário acima descrito. Decorrem, em sua maioria, da inexistência da lei complementar mencionada no § 9º do art. 165 da CF. 2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO https://youtu.be/rkXGEB1ZcIM Agora vamos começar a estudar a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Segundo o Artigo 165 § 2º, da Constituição Federal, a LDO compreende as metas e prioridades da administração pública que orientam a elaboração da lei orçamentária anual, em consonância com o Plano Plurianual. 2.2.1 Características Gerais É uma lei ordinária com duração de um ano. É o elo entre o planejamento de médio e longo prazo, do PPA, com o de curto prazo, do orçamento anual. Deverá ser apreciado por uma comissão mista permanente (Poder Legislativo), criada para esse fim (KOHAMA, 2014). 2.2.2 Conteúdo A LDO estabelece a política de aplicação das agências financeiras de fomento. Autoriza o aumento do gasto ou contratação de pessoal da administração direta e indireta. Estabelece de forma antecipada as diretrizes, as prioridades de gastos e as normas e parâmetros que devem orientar a elaboração do projeto de lei orçamentária para o exercício seguinte (MATIAS-PEREIRA, 2008). 2.2.3 Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias A Lei de Responsabilidade Fiscal introduziu dois anexos à LDO: Anexo de metas fiscais (art. 4º, § 1º, lRF); Anexo de riscos fiscais, contendo a avaliação dos passivos contingentes e outros riscos fiscais (art. 4º, § 2º, LRF). A LRF também introduziu novos conceitos à LDO, entre eles: (a) Equilíbrio entre as receitas e despesas; (b) Critérios e formas de limitação de empenho; (c) Controle de custos e avaliação de resultados; (d) Transferência a entidades públicas e privadas; (e) Montante/destinação da Reserva de Contingência; (f) Renúncia de receitas. A Lei de Diretrizes Orçamentárias é um instrumento intermediário entre o PPA e a LOA, que antecipa as diretrizes, as prioridades de gastos, as normas e os parâmetros que devem orientar a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária para o exercício seguinte (CARVALHO FILHO, 2005). Link... No Portal da Contabilidade você vai ficar sabendo mais sobre o orçamento público. Acesse: . Uma das principais funções da LDO é estabelecer parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos contemplados no PPA. É papel da LDO ajustar as ações de governo, previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa do Tesouro Nacional e selecionar, dentre os programas incluídos no PPA, aqueles que terão prioridade na execução do orçamento subsequente. Apesar da existência de vários problemas relacionados com este importante instrumento de planejamento, não há dúvidas de que ele continua sendo útil em antecipar o debate dos grandes problemas orçamentários (como, por exemplo, salário mínimo, compensações a estados e municípios, alterações tributárias, política de pessoal) no fórum adequado, no plenário do Poder Legislativo. 2.3 Lei Orçamentária Anual (LOA) Segundo a Constituição, compatibilizados com o PPA e orientados pela LDO, os orçamentos anuais estabelecem a previsão de receita e fixação da despesa para o período de um ano, denominado exercício financeiro (GIACOMONI, 2000). O Orçamento Fiscal e o Orçamento da Seguridade Social são referentes aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, seus fundos, órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público. 2.3.1 Características Gerais http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/orcamentopublico.htm Fonte: < http://blogdomariofortes.blogspot.com.br/2011_04_17_archive.html >. A Lei Orçamentária Anual é o instrumento que viabiliza as ações governamentais. São as ações traduzidas por programa de trabalho (atividades, projetos e operações especiais). É considerado planejamento operacional e é o documento básico da administração pública para o exercício da atividade financeira (NASCIMENTO, 2006). O art. 165 da Constituição Federal/88, em seu § 6º, dispõe que a LOA deverá vir acompanhada de demonstrativo regionalizado do efeito sobre as receitas e as despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Caso o orçamento não seja aprovado, o governo irá realizar apenas despesas correntes utilizando os duodécimos, ou seja, vai executar apenas 1/12 avos de receitas correntes para pagar as despesas correntes, ficando vedado o pagamento de despesas de capital. A LOA contém dois anexos (art. 2º, Lei nº 4.320/64): (1) Quadro demonstrativo da receita e (2) Quadro demonstrativo da despesa. Assista ao vídeo “Aula 03 - AFO - Lei Orçamentária Anual – LOA”, que apresenta detalhadamente a LOA Disponível em: . Questão para reflexão... Pense nisso: as pessoas não deveriam ser mais participativas durante a elaboração da LOA? Por que não são? As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: a) dotações para pessoal e seus encargos; b) serviço da dívida; c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou III - sejam relacionadas: a) com a correção de erros ou omissões; ou b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 2.3.2 Lei Orçamentária Anual e a Lei de Responsabilidade Fiscal A Lei de Responsabilidade Fiscal introduziu novos conteúdos à LOA, entre eles: (1) o projeto de LOA deve ser compatível com o PPA e LDO; (2) demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e as metas constantes doanexo de metas fiscais da LDO; (3) demonstrativo de medidas de compensação, renúncia de receitas e aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; (4) reserva de contingência para atender apenas aos passivos contingentes e eventos fiscais imprevistos. A LOA é o plano de trabalho para o exercício a que se refere, expresso por um conjunto de ações a realizar, com o fim de atender às demandas da sociedade e indicar os recursos necessários à sua execução (CARVALHO, 2008). A lei orçamentária da União estima receitas e fixa as despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses recursos. Saiba mais... Fique por dentro das novidades e leia o artigo “A contribuição da Lei de Responsabilidade Fiscal na gestão pública”. Disponível em: . https://youtu.be/vnEz2bamHZs http://www.tce.ce.gov.br/component/jdownloads/finish/328-revista-controle-volume-xi-n-1-jan-jun-2013/2161-artigo-9-a-contribuicao-da-lei-de-responsabilidade-fiscal-na-gestao-publica?Itemid=592 Fonte: < http://blogdomariofortes.blogspot.com.br/2011_04_17_archive.html >. a) Orçamentos Fiscal e da Seguridade O Orçamento Fiscal abrange os três poderes, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo poder público. Compreende também as empresas públicas, sociedades de economia mista e demais controladas que recebam quaisquer recursos do Tesouro Nacional, exceto as que percebam unicamente sob a forma de participação acionária, pagamento de serviços prestados, ou fornecimento de bens, pagamento de empréstimo e financiamento concedidos e transferências para aplicação em programa de financiamento. Este último refere-se aos 3% do IR e do IPI destinados aos FNO, FCO, FNE, e 40% das contribuições do PIS/PASEP, destinados ao BNDES. b) O Orçamento da Seguridade Social Particularmente, constitui o detalhamento dos montantes de receitas vinculados aos gastos da seguridade social - especialmente as contribuições sociais nominadas no art. 195 da Constituição. Compreende também outras contribuições que lhe sejam asseguradas ou transferidas pelo orçamento fiscal, bem como do detalhamento das programações relativas à saúde, à previdência e à assistência social que serão financiadas por tais receitas. Esse orçamento abrange todas as entidades e órgãos vinculados à seguridade social, da administração direta e indireta, bem como fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder público (BIASOTO, 2007). c) Orçamento de Investimento das Estatais As empresas estatais, operando nas condições e segundo as exigências do mercado, não teriam obrigatoriedade de ter suas despesas e receitas operacionais integrarem o orçamento público. As despesas de custeio das empresas estatais vinculadas ao Executivo (empresas públicas e as sociedades de economia mista, subsidiárias, controladas) terão seus orçamentos organizados e acompanhados com a participação do MPO, mas não são apreciadas pelo Legislativo. A inclusão de seus investimentos é justificada na medida em que tais aplicações constam com o apoio do orçamento fiscal e até mesmo da seguridade, que fornecem os recursos, ou com o apoio do Tesouro, que concede aval para as operações de financiamento, ou com "lucros e excedentes" de aplicações de recursos públicos. Por uma questão de racionalidade, transparência e evitar a dupla contagem, não se incluem neste orçamento as programações de estatais cujos trabalhos integrem os orçamentos fiscal e da seguridade social (SILVA, 2009). 2.4 Ciclo Orçamentário Caros alunos, como sabemos, a responsabilidade básica do Estado consiste em buscar o nível máximo de satisfação das necessidades da população. Do conjunto de necessidades da população, parte é satisfeita pela produção de bens e serviços realizada pelo governo e parte atendida e realizada pelos particulares. O Estado produz essencialmente bens e serviços para satisfação direta das necessidades da comunidade, não atendidas pela atividade privada, orientando suas ações no sentido de buscar determinadas consequências que modifiquem, positivamente, as condições de vida da população, através de um processo acelerado, e permanecer com o menor custo econômico e social possível. Segundo Kohama (2014, p. 49), o orçamento, embora seja anual, não pode ser concebido ou executado isoladamente do período imediatamente anterior e do posterior, pois sofre influências condicionantes daquele que o precede, assim como constitui uma base informativa para os futuros exercícios. Daí a necessidade de compreensão do Ciclo Orçamentário, que é a sequência das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário. As etapas do processo orçamentário são: (a) Elaboração; (b) Estudo e aprovação; (c) Execução; e (d) Avaliação. O que é o Ciclo Orçamentário? Fonte: < http://opcampina.blogspot.com.br/2011/04/veja-importancia-do-ciclo-orcamentario.html >. É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora, executa, controla e avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro. O Ciclo Orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final. O Ciclo Orçamentário não se confunde com o exercício financeiro. É importante ressaltar que o Ciclo Orçamentário NÃO se confunde com o exercício financeiro, pois o primeiro pode durar mais de um exercício, dado que, segundo a Lei 4.320/64, o exercício financeiro é o ano civil (1° de janeiro a 31 de dezembro). Quando uma obra, por exemplo, é iniciada, ela pode durar mais de um exercício, pois pode iniciar em março de 2006 e concluir-se em 2010. 2.4.1 Elaboração A elaboração do orçamento, de conformidade com o disposto na lei de diretrizes orçamentárias, compreende a fixação de objetivos concretos para o período considerado, bem como o cálculo dos recursos humanos, materiais e financeiros, necessários à sua materialização e concretização. As propostas parciais de orçamento guardarão estrita conformidade com a política econômico-financeira, o programa anual de trabalho do governo e, quando fixado, o limite global máximo para o orçamento de cada unidade administrativa. Questão para reflexão... O que você entende por ciclo orçamentário? Quando ele ocorre no seu município? 2.4.2 Estudo e Aprovação Esta fase é de competência do Poder Legislativo, e o seu significado está configurado na necessidade de que o povo, através de seus representantes, intervenha na decisão de suas próprias aspirações, bem como na maneira de alcançá- las. O Poder Executivo deverá enviar o projeto de lei orçamentária ao Poder Legislativo dentro dos prazos estabelecidos; entretanto, até o encerramento da sessão legislativa, o Poder Legislativo deverá devolvê-lo para sanção. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado, o Poder Legislativo considerará como proposta a lei de orçamento vigente. Devidamente discutido, o projeto de lei orçamentário, aprovado, merecerá de sua parte a edição de um autógrafo e logo após enviado para sanção pelo chefe do Poder Executivo. Assista ao vídeo “Aula 09 - AFO - Ciclo Orçamentário”, que apresenta muitas informações importantes sobre o ciclo orçamentário. Disponível em: . 2.4.3 Execução A execução do orçamento constitui a concretização anual dos objetivos e metas determinados para o setor público, no processo de planejamento integrado, e implica a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros. A etapa de execução deve, necessariamente, fundamentar-se na programação, não só para ajustar-se às orientações estabelecidas no orçamento aprovado, como também para alcançar a máxima racionalidade possível na solução de problemas que decorrem da impossibilidade de se fazer uma previsão exata sobre detalhes ligados à execução dasmodificações produzidas nas condições vigentes à época da elaboração do orçamento. 2.4.4 Avaliação A avaliação refere-se à organização, aos critérios e trabalhos destinados a julgar o nível dos objetivos fixados no orçamento e as modificações nele ocorridas durante a execução; à eficiência com que se realizam as ações empregadas para tais fins e o grau de racionalidade na utilização dos recursos correspondentes. 2.5 Receita Pública Para a administração pública, a receita pode ser definida como o montante dos ingressos financeiros aos cofres públicos em decorrência da instituição e cobrança de tributos, taxas, contribuições (receita derivada) e também das decorrentes da exploração do seu patrimônio (receita originária). O orçamento público deve evidenciar a origem dos recursos – se são provenientes da atividade normal do ente público ou se ele está se endividando ou vendendo bens para conseguir recursos – e também a forma de aplicação desses recursos, apontando o montante aplicado na manutenção dos serviços públicos e o destinado à formação do patrimônio público. Dessa forma, as receitas e despesas são classificadas em duas categorias econômicas: corrente e capital. Receitas correntes são aquelas que normalmente alteram de forma positiva o patrimônio público. Decorrem do poder de tributar de cada ente da Federação, dos serviços prestados mediante cobrança de determinada taxa, da exploração do seu patrimônio e, ainda, das transferências recebidas de outras esferas de governo para custear despesas correntes. https://youtu.be/mfwG2q8gIxs Saiba mais... Leia os comentários feitos no artigo “Receitas públicas orçamentárias e extraorçamentárias”. Disponível em: . Receitas de capital são aquelas provenientes de fatos permutativos, ou seja, são receitas não efetivas que não afetam o resultado financeiro do ente público. São classificados nesta categoria os ingressos provenientes da alienação de bens móveis e imóveis, os empréstimos recebidos e as amortizações de empréstimos concedidos. Estes fatos são classificados como receitas, em cumprimento à Lei Orçamentária Anual. São classificadas, também, como receitas de capital as transferências recebidas de outro ente público para aplicação em despesas de capital. 2.6 Despesa Pública Fonte: http://boazrios.blogspot.com.br/2012/07/financiamento-do-setor-publico.html A despesa pública corresponde à aplicação de certa quantia, em dinheiro, ou ao reconhecimento de uma dívida por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização legislativa (orçamento) visando a uma finalidade de interesse público. Despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para custear os serviços públicos (despesas correntes) prestados à sociedade ou para a realização de investimentos (despesas de capital), deve ser autorizada pelo Poder Legislativo, através do ato administrativo chamado orçamento público. Exceção são as chamadas despesas extraorçamentárias. As despesas correntes referem-se aos gastos realizados na manutenção dos serviços públicos, como pagamento de salários, reforma de imóveis, manutenção de estradas, pagamento de juros das dívidas assumidas pelo município e, ainda, as transferências concedidas destinadas a atender às despesas correntes de outras entidades de direito público ou privado às quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços. Os gastos correntes afetam de forma negativa o patrimônio público. São consideradas despesas de capital aquelas oriundas de fatos permutativos, ou seja, são despesas não efetivas. São classificados nesta categoria os dispêndios provenientes da aquisição de bens móveis e imóveis, os empréstimos concedidos e as amortizações de empréstimos contraídos. Estes fatos são classificados como despesas em cumprimento à Lei Orçamentária Anual. Link... No portal da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo você pode tirar várias de suas dúvidas sobre orçamento. Acesse: . 2.7 Despesa Orçamentária Despesa Orçamentária é aquela que depende de autorização legislativa para ser realizada e que não pode ser efetivada sem a existência de crédito orçamentário que a corresponda suficientemente. Classificam-se em categorias econômicas, também chamadas de natureza da despesa e têm como objetivo responder à sociedade o que será adquirido e qual o efeito econômico do gasto público. 2.8 Despesa Extraorçamentária Constituem despesa extraorçamentária os pagamentos que não dependem de autorização legislativa, ou seja, não integram o orçamento público. Se resumem à devolução de valores arrecadados sob título de receitas extraorçamentárias. http://marcelloleal.jusbrasil.com.br/artigos/121943060/receitas-publicas-orcamentarias-e-extraorcamentarias http://www.fmb.unesp.br/Home/Instituicao/Administrativo/Financas/apostila-financas---orcamentario-e-financeiro---maio-de-2013.pdf 2.9 Classificação Da Despesa Orçamentária O modelo brasileiro de classificação da despesa observa diversos critérios de classificação da despesa, dentre eles destacamos: 1) Classificação por Esferas Orçamentárias (Orçamento Fiscal, Orçamento da Seguridade Social, Orçamento de Investimento); 2) Classificação Institucional - ou Departamental. (Classifica as despesas conforme as instituições autorizadas a realizá- las, relacionando os órgãos da administração pública direta ou indireta). 3) Classificação Funcional (A classificação funcional busca responder basicamente à indagação “em que” área de ação governamental a despesa será realizada, composta de um rol de funções e subfunções prefixadas). 4) Estrutura Programática (Responde à indagação “para que” os recursos são alocados? Qual a finalidade dos recursos. Isso significa dizer que ela identifica programação a ser executada e ações que serão empreendidas para solucionar problemas ou atender às demandas da sociedade). 5) Classificação por Categorias Econômicas (O critério por categorias econômicas visa dar informações sobre os efeitos que o gasto público tem na atividade econômica de um país). 6) Classificação quanto à Natureza da Despesa (Observa os seguintes elementos: categoria econômica da despesa, grupo de despesa, modalidade de aplicação, elemento de despesa). 7) Classificação por Elementos de Despesa. Assista ao vídeo... Lei de Responsabilidade Fiscal Disponível em: . 2.10 ESTÁGIOS DA DESPESA 2.10.1 EMPENHO Empenho é ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. O valor do empenho não poderá exceder o limite de crédito concedido na dotação orçamentária própria. Isto quer dizer que poderão ser efetuados tantos empenhos quantos forem necessários, desde que o somatório não ultrapasse o montante da dotação. Características do Empenho: a) deve emanar de autoridade competente; b) o chefe do Executivo e por delegação de competência, outro funcionário, será o ordenador de despesas; c) cria para o Estado a obrigação de pagamento; d) esta obrigação de pagamento pode ser pendente ou não de implemento de condição. TIPOS DE EMPENHO 1) ordinário (emitido para certo e determinado credor e relativo a uma única parcela de valor indivisível); 2) por estimativa (não sendo conhecido o valor da despesa, emite-se um empenho estimativa, isto não significa que o credor e o objeto de despesa sejam também desconhecidos, a estimativa refere-se apenas ao valor); 3) global (engloba pagamentos parcelados relativos a contratos). 2.10.2 LIQUIDAÇÃO Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Tem por finalidade apurar a origem e o objeto que se deve pagar, a importância exata a ser paga e a quem deve se pagar a importância para extinguir a obrigação. A liquidação da despesa tem por base o contrato com o fornecedor, a nota de empenho (diferente do empenho)e os comprovantes de entrega do material ou prestação efetiva do serviço. http://youtu.be/s9207x-3gpg?list=PLEDD45BD6E0D61B6F 2.10.3 PAGAMENTO O pagamento da despesa só poderá ser efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. A liquidação da despesa permite à administração pública reconhecer a dívida como líquida e certa, só então nasce a obrigação de pagar. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga, só podendo ser exarado pelos serviços de contabilidade da administração pública. Caro aluno, quanta coisa estudamos! Falamos sobre assuntos extremamente importantes, como orçamento público e seu processo de planejamento. Vimos como funcionam o PPA, a LDO e a LOA e o Ciclo Orçamentário. Nosso estudo foi no sentido de buscar o entendimento do processo de elaboração e planejamento do ciclo orçamentário, assim como da legislação pertinente. Estudamos o conteúdo do PPA, da LDO e da LOA, vimos suas características e premissas básicas, assim como o processo de elaboração de cada uma dessas leis. Entendemos como a Lei de Responsabilidade Fiscal se interliga com cada uma dessas leis e sua importância frente ao combate à corrupção. Analisamos o ciclo orçamentário e a sequência das etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário. Estudamos também a receita e a despesa públicas e as classificações orçamentárias, e ainda os estágios da despesa. Espero que tenham aproveitado este nosso momento para aprofundar seu conhecimento. Um abraço a todos! Para finalizar esta unidade, peço a vocês que assistam ao filme “Grande demais para quebrar”. O filme apresenta a crise econômica americana de 2008, do ponto de vista do secretário do Tesouro americano. Também leiam o artigo “Democracia no Orçamento Público: Orçamento Participativo”, de autoria de Luiz Menezes Azevedo Filho. Disponível em: . Conto com sua participação... http://www.arcos.org.br/autor/filho http://www.arcos.org.br/artigos/democracia-no-orcamento-publico-orcamento-participativo/
Compartilhar