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Mandado de Segurança

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Mandado de Segurança 
Art. 5º, LXIX, CF. conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. 
Art. 1º, Lei nº 12.016/09. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre 
que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer 
violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que 
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. 
 
O Mandado de Segurança é uma ação constitucional que visa tutelar 
direito líquido e certo, com a finalidade de combater certos comportamentos 
ilegais e abusivos da administração pública – ilegalidade esta que pode ocorrer 
em várias situações, como por exemplo, quando a autoridade coautora não age 
em conformidade com a lei, por outro lado, o abuso de poder ocorre quando o 
agente atua fora dos limites de sua competência. Contudo, somente será 
aplicado quando não for cabível aplicação de outro remédio constitucional. 
Direito líquido e certo: é aquele de constatação evidente e imediata, que 
não há necessidade de qualquer comprovação futura, sendo assim, podemos 
dizer que em termos processuais, não há chamada de dilação probatória, ou 
seja, não há prazo para produção pericial de provas ao longo do processo. 
Súmula 625 STF: Controvérsia sobre matéria de direito não impede 
concessão de mandado de segurança. 
Natureza Jurídica: ação constitucional que possui natureza residual. Isso 
porque só poderemos fazer uso deste remédio constitucional quando os outros 
(Habeas Corpus ou Habeas Data) não sanarem tal dano, tendo em vista o 
princípio da subsidiariedade. No Mandado de Segurança não há condenação 
ao pagamento dos honorários advocatícios (ônus de sucumbência). Há apenas 
custas processuais. 
Habeas Corpus está relacionado à liberdade de locomoção do indivíduo. Já 
o Habeas Data, é relacionado à obtenção de informações próprias do 
impetrante ou, ainda, sobre a retificação desses dados. 
Legitimidade: 
a) Terão legitimidade para impetrar Mandado de Segurança: todas as pessoas 
físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil, 
Ministério Público, alguns órgãos públicos (de grau superior), em defesa de 
suas prerrogativas e atribuições, as universalidades (que não chegam a ser 
PJ) reconhecidas por lei como detentoras de capacidade processual para 
defender seus direitos – espólio. 
b) No polo passivo da demanda, focaremos na jurisprudência e tendência atual, 
defendida por Marinoni, afirmando assim que a autoridade coautora não é 
parte no processo de mandado de segurança, sendo ela uma fonte de prova, 
e, por sua vez, quem de fato ocupa o polo passivo está a pessoa jurídica a 
que se encontra vinculada a autoridade coautora. 
 
 
 
 
Tipos: 
a) Preventivo: como o próprio nome sugere, o mandado de segurança 
preventivo é para prevenir o ato que viola direito fundamental antes mesmo 
que ele aconteça, mas há iminência de sua ocorrência; 
b) Repressivo: diferente do primeiro, aqui o ato que viola o direito fundamental 
já haverá ocorrido e terá um prazo para sua impetração. 
É estabelecido pela Lei nº 12.016/09 o prazo de 120 dias contados a partir 
da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser 
impugnado. Se perder o prazo, não caberá mais o mandado de segurança 
pois haverá a necessidade de produção probatória, contudo, o interessado 
poderá utilizar-se de uma ação de procedimento comum pois será 
discutido toda a matéria, demandando assim mais tempo. 
Não caberá mandado de segurança: 
(1) contra decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
(2) contra ato administrativo do qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
O efeito suspensivo do recurso já garante a proteção do direito a ser pleiteado. 
EXCEÇÃO: Súmula 429 STF: a existência de recurso administrativo com 
efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra 
omissão da autoridade. 
(3) contra decisão judicial transitada em julgado; 
(4) contra lei em tese, exceto se produtora de efeitos concretos.

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