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Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autor EDUARDO NASCIMENTO DE ARRUDA Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS JÉSSICA LAISA DIAS DA SILVA Olá. Sou a Jéssica Possuo graduação em Sistema da Informação e Mestrado em Sistema e Computação na UFRN. Tenho experiência na área de Informática na educação, com ênfase em Mineração de Dados Educacionais como também atual no estímulo dos jovens e crianças no estudo de ensino a programação. Realizo trabalhos e pesquisas voltados ao universo dos jogos digitais inseridos no contexto educacional, como incentivo deles no ensino dos jovens e aos professores. Atualmente realizo pesquisas no contexto de disseminação do pensamento compu- tacional. para crianças e jovens. As áreas de interesse de estudo são: Educação, Engenharia de Software, Mineração de dados, Pensamento Computacional, Jogos Digitais Educativos, Gerenciamento de projeto. Os Autores MARCELO DALSOCHIO DIPP Olá. Meu nome Marcelo Dalsochio Dipp. Sou formado em Técnico de Redes de Dados e Técnico em Informática pelo CTT Maxwell, Gestão de Tecnologia da Informação na UNISUL, onde atualmente estou cursando a segunda graduação de Licenciatura em Matemática, assim como possui certificação em ITIL, com uma experiência técnico-profissional na área de Tecnologia de mais de 25 anos. Passei por empresas como a Tim Celular, Spread, Sonda do Brasil, SENAC, Instituto Federal do Sul do Brasil, Alcides Maya entre outros. Escrevo livros didáticos na área de informática, já tenho registrado o livro “Guia Básico de Informática para Iniciantes” e atualmente estou escrevendo um segundo livro sobre Introdução às Redes de Comunicações de dados, o qual ainda está em processo de desenvolvimento. Ministro aulas há 7 anos. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimen- to de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser prioriza- das para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofun- damento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma ativi- dade de autoapren- dizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro- jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: SUMÁRIO Equipamentos para gravações 10 O celular utilizado como equipamento de criação de vídeos 10 Câmeras semi-profissionais 13 Câmeras profissionais 16 Construindo um produto multimídia 18 Como pensar em um filme 18 Storyboard 18 Planejando as gravações 19 Equipamentos necessários 20 Claquete 20 Iluminação 21 Quantidade de Luz 21 Direcionamento 22 Tipos de Refletores 22 Mapa de Luz 23 Câmeras e Microfones 24 Outras coisas também importantes 24 Hora de gravar 25 Inserindo imagens estáticas no vídeo 25 Porque utilizar imagens estáticas em vídeos 26 De que forma utilizar imagens estáticas 26 Utilizando imagens estáticas com efeito de ChromaKey 30 Finalizando e entregando o produto final do vídeo 33 Criação de Capítulos 33 Criação de Menus para o DVD 34 Importância do tema dos menus e finalização 39 Sistemas e Multimídia 7Psicofarmacologia Clínica 7 UNIDADE 04 Vídeos Profissionais Sistemas e Multimídia8 Nesta unidade, vamos ver como deixar seu vídeo com um ar muito mais profissional, pois veremos no primeiro capítulo sobre os equipamentos que podem ser utilizados para cinegrafia e como configurar o seu melhor ambiente. Já no segundo capítulo, entenderemos um pouco melhor em como construir seu produto, da ideia às gravações, incluindo como preparar um estúdio de ChromaKey inclusive. No terceiro capítulo, veremos como e por qual motivo utilizarmos imagens estáticas nos vídeos e que efeito isso pode provocar. Chegando ao capítulo final (o quarto), teremos a finalização de um produto, de um filme, com criação de capítulos, menus e todo o acabamento que podemos aplicar. Com tudo isso em mente, vamos junto nesta caminhada e encerrar com chave de ouro ao chegar no final. Conte conosco. INTRODUÇÃO Sistemas e Multimídia 9 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4 - Vídeos Profissionais. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1. Aprender a identificar os equipamentos para suas gravações; 2. Entender como pensar em um produto, do início ao fim do projeto; 3. Aplicar o uso de imagens estáticas em um vídeo; 4. Compreender como finalizar um vídeo para entregá-lo a seu cliente. A nova fase deste divertidíssimo jogo dos áudios já está iniciando, está pronto? Mãos à obra e vamos ao conhecimento! Sempre peçam ajuda do seu professor quando estiverem com dúvidas. Contem Comigo. OBJETIVOS Sistemas e Multimídia10 Equipamentos para gravações INTRODUÇÃO: O objetivo geral deste capítulo é apresentar a você os equipa- mentos utilizados para gravações de vídeo, assim como seus pontos fortes e fracos, custo benefícios e complexidades associadas a cada um. Com essas informações, você poderá discernir o que é melhor para você. O celular utilizado como equipamento de criação de vídeos Até o início dos anos 2000, para que pudesse gravar um filme ou até mesmo registrar alguma cena com uma foto, era necessário que você tivesse em mãos ou uma câmera fotográfica (mesmo que digital) ou então uma filmadora, ao estilo das que estão nas fotos abaixo. Figura 1 - Mulher tirando uma foto Fonte: pixabay Figura 2- Menina filmando Fonte: pixabay Sistemas e Multimídia 11 Como podem notar, não era algo prático e simples de se carregar “para cima e para baixo” um monte de equipamentos, sem contar é claro nas fitas ou filmes para armazenamentos das fotos e/ou filmes. Com a modernização e tecnologia, hoje temos em nossos celulares tanto câmeras fotográficas como equipamentos de fotografia com qualidades beirando o profissionalismo. Vejam esta foto abaixo: Figura 3: Foto de uma boneca Barbie com perspectiva Fonte: Os autores (2020) Esta foto foi tirada por uma criança de 11 anos, apenas com o seu próprio celular, utilizou de uma boneca e soube ver uma perspectiva. Mas nem só para fotos os celulares estão sendo utilizados. Muitos “Youtubers” estão optando por utilizarem celulares ao invés de câmeras de vídeo profissionais, principalmente por questão de custo, porém sem perder em qualidade, criando desta forma um filme amador, com um “toque” semi ou até mesmo profissional. Houve a época em que os celulares tinham recursos inferiores às câmeras digitais ou filmadoras (equipamentos exclusivamente para estes recursos). Hoje em dia os celulares possuem uma qualidade de câmeras muito alta (chegando inclusive a qualidades Ultra High Definition – UltraHD ou 4K), sem contar na qualidade das lentas utilizadas por eles para suas câmeras. Sistemase Multimídia12 Segundo o site CELULARDIRETO (2019), existem algumas dicas que podem e devem ser levadas em conta na hora de utilizar o celular como um equipamento de filmagem: Manter a Lente Limpa é de extrema importância, pois como os celulares tem uma qualidade muito alta (como já mencionado acima), todas as sujeiras que se depositam na lente podem aparecer em sua gravação, deixando com um tom de baixa definição ou até mesmo de que você não sabe cuidar de seu equipamento. Gravando na horizontal é o mais indicado, pois as televisões, monitores, players de reprodução de vídeo e até mesmo o próprio YouTube seguem o princípio de exibir filmes em WideScreen, ou seja, uma tela que tem como característica uma proporção de 16 módulos de largura por 9 módulos de altura (em resumo, uma tela mais larga do que alta). Cuidar o enquadramento do cenário que será gravado, pois quando não realizamos um enquadramento adequado, pode ficar estranho aos olhos dos assistentes de vocês. Os celulares utilizam de recursos como exibir na tela grades para mostrar como está o quadro. Figura 4: Visualizando um enquadramento antes da filmagem. Fonte: os autores. Sistemas e Multimídia 13 Fonte: Os autores (2020). Ao fazer estes gestos com as mãos, é como se olhasse por uma lente de câmera e pode entender o que o seu assistente (quem irá assistir) verá, pois a visão da câmera tem um ângulo menor do que a visão humana. As Imagens à mão livre podem dar um ar e aspecto de que a produção é independente, porém tem se que cuidar com tremores nas imagens, pois muitas pessoas ao assistirem filmes caseiros sentem- se enjoadas (ao ponto de quase vomitarem), e não estamos falando de filmes com tema de terror ou algo assim, apenas filmes onde o cinegrafista caminha com a câmera deixará as imagens tremidas. Para solucionar isso, é necessário pensar em como realizar suas gravações. Use as duas mãos, apoie os cotovelos e movimente-se o mínimo necessário. Porém, se ainda assim continua com tremores, pense em investir em tripés ou então em estabilizadores. Além de todas essas dicas não deixe de cuidar da resolução (qualidade) que seu telefone irá gravar. Quanto maior a resolução, melhor a qualidade e maior o tamanho do arquivo de vídeo (se o produto é para ter qualidade, tamanho do arquivo não deverá importar). Mas os telefones (que se equiparam às câmeras de entrada) não são os únicos equipamentos que teremos como opções para manuseio. Vejam as câmeras semiprofissionais abaixo. Câmeras semi-profissionais A diferença entre uma câmera de entrada e uma câmera semipro- fissional é a robustez dela. Enquanto uma de entrada tem o corpo todo de plástico, a semiprofissional tem o corpo de liga de magnésio, ou seja, tornando-a mais resistente à choques (quedas), poeira e às condições climáticas de extremo (ou muito frio ou muito quente). Claro que além de tudo isso existe a questão de preço também. As câmeras de entrada são mais baratas que as semiprofissionais. De acordo com Alves (2018), a qualidade profissional sendo colocada com câmeras amadoras ou semiprofissionais é atribuída há quem está controlando a câmera. Sistemas e Multimídia14 As câmeras semiprofissionais são do tipo DSLR (Digital Single- lens Reflex, ou seja, lentes simples de reflexão digital). Este tipo de câmera possui mais opções de menus, conseguem tirar mais fotografias por segundo (são muito mais rápidas), tem capaci- dade para aceitar cartões de memória maiores, ao contrário dos celulares ou câmeras de entrada, respondem bem à pouca iluminação e tem mais pontos automáticos de focagem. Estas câmeras contam ainda com a possibilidade de troca das lentes (podendo colocar lentes que criam inúmeros efeitos, como Foco Fixo, Zoom, Grande Angular, Olho de Peixe e Lentes Macro), para que se utilize para a melhor finalidade possível e o melhor efeito esperado possível. As lentes macros têm a característica de aproximar muito a câmera de um objeto (algo próximo à 1cm), o que com outras lentes perderia o foco e não seria possível filmar ou fotografar, com esta lente as imagens ficam perfeitamente nítidas. Figura 5- lente macro Fonte: pixabay Com relação às lentes olho de peixe, estas têm como característica o grande ângulo de visibilidade da lente, podendo chegar até 180º (cento e oitenta graus). Elas podem ser utilizadas tanto para dar efeitos artísticos como também para mostrar mais detalhes de ambientes fechados. Figura 6 - Lente Fisheye (olho de peixe) Sistemas e Multimídia 15 Fonte: pixabay As lentes grandes angulares são parecidas com a olho de peixe, porém são mais recomendadas para ambientes pequenos ou imagens que requeiram mais cena e não um efeito tão artístico como a vista anteriormente. Elas podem ser encontradas no mercado nos tamanhos que variam de 28 à 50mm. Figura 7 - Lente Grande Angular Fonte: pixabay Não podemos deixar de comentar também das lentes de zoom. Lentes estas que são indicadas quando o fotógrafo ou cinegrafista não consegue chegar próximo ao motivo de seu registro. Neste caso, com esta lente, mesmo estando às distâncias grandes, conseguirá registrar sua intenção. Normalmente estas lentes são mais pesadas e requerem o uso de, ou tripé ou monopé para seu apoio. Figura 8 - Lentes Zoom Sistemas e Multimídia16 Fonte: pixabay Para finalizarmos vamos comentar do último tipo de lente, as de Foco Fixo ou Prime. Estas lentes não possuem a função de zoom ou de distorção da imagem, pegando justamente a imagem que o profissional está vendo no visor da câmera. Dentre todas as lentes, estas são as que possuem menor custo e são bastante indicadas para retratos ou ambientes fechados. Figura 9 - Lentes Prime ou Foco Fixo Fonte: pixabay Com base em tudo que foi visto, estas câmeras apesar de levarem o título de semiprofissionais, podem fazer qualquer pessoa virar um profissional da área, tanto de fotografia como de cinegrafia, se souber utilizar o equipamento correto com o conhecimento correto. Claro que existem câmeras muito superiores e é o que veremos logo mais nas câmeras profissionais. Câmeras profissionais Sistemas e Multimídia 17 Houve uma época em que as câmeras ou eram profissionais ou handcams (câmeras de mão), estas últimas que eram câmeras pequenas, não tinham tantos recursos, mas filmavam em fitas de mini VHS e eram muito leves. Já as câmeras profissionais eram câmeras de colocar no ombro (para que tivesse uma melhor estabilização), possuíam muitos recursos já integrados no equipamento (como fade, que é um recurso de escurecimento – hoje realizamos este efeito através de softwares de edição, zoom óptico que era, e é muito melhor que o zoom digital, dentre inúmeros outros recursos), além de já gravar em uma fita VHS normal, que não precisaria de adaptador para colocar em um vídeo cassete. Hoje em dia as câmeras profissionais não necessitam ser gigantes equipamentos apenas (como os encontrados em emissoras de televisão), podem ser do tipo HandCam, porém o que as diferencia de câmeras semiprofissionais e de entrada, são justamente os recursos oferecidos por elas. As profissionais podem alterar o tipo de lente, possuem recursos de zoom óptico, pode ser acoplado um microfone externo, as resoluções de qualidade de vídeo estão sempre configuradas para os extremos (no mínimo FullHD, passando pelo 4K e até chegando em algumas com 8K [para entender melhor a diferença das resoluções de vídeo, veja a imagem abaixo deste parágrafo]). São também câmeras muito mais resistentes a choques e a variações extremas de temperaturas. Figura 10 - Diferença da visualização das resoluções 8k 4k HD Fonte: pixabay As câmeras profissionais não aceitam apenas cartões de memória ou memória interna para armazenamento, aceitam também discos rígidos para que possam gravar seus vídeos, pois com uma resolução muito alta Sistemas e Multimídia18 configurada, o tamanhodos arquivos também se torna muito grande. INTRODUÇÃO: Neste capítulo, veremos como iniciar um projeto de filme, passando da ideia, roteiro, planejamento das gravações, os equipamentos a serem utilizados até o momento da “AÇÃO”. Vem comigo neste capítulo gerencial do seu filme. E então? Gostou do que lhe mostramos até agora? Conseguiu assimilar as diferenças entre os equipamentos apresentados? Agora só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema deste capítulo, vamos resumir tudo que vimos. Você deve ter aprendido que os equipamentos de vídeo variam muito de uma para outro. Para escolhermos qual o melhor, é necessário entendermos o que queremos mostrar para quem assiste nosso trabalho e conhecer o local onde serão realizadas as gravações. Descobrimos também que um equipamento de entrada terá sim uma qualidade excepcional, mas que os equipamentos profissionais possuem algumas dezenas de recursos a mais. Deve levar em conta também o tipo de lente que será utilizado, pois esta poderá aplicar um efeito melhor ou pior em sua gravação. Espero que esteja gostando do que está aprendendo. Mas ainda temos muito mais a ver. Vamos continuar essa caminhada para a próxima unidade? Conte conosco! Construindo um produto multimídia Como pensar em um filme Muitas pessoas tem uma ideia errada de como fazer um filme. Acham que é só pegar uma câmera, colocar em um tripé, dizer para algumas pessoas o que elas devem fazer e gritar “Ação!”. Para que possa ter um filme de qualidade, conteúdo sólido e ainda prender quem assiste ao seu trabalho, é necessário ter o conhecimento e realizar algumas etapas antes de sair dando “REC”. É necessário que tenhamos a noção de cada cena (tempo de Sistemas e Multimídia 19 duração, momento, local), quem serão os atores envolvidos, que equipa- mentos utilizar e em que situações. Às vezes, para um efeito melhor no seu filme, é necessário fazer a gravação em um equipamento com qualidade mais baixa, para dar a ideia de que uma pessoa é que está fazendo uma filmagem talvez. Então para que tudo ocorra como estamos pensando temos que entender a importância de alguns itens. Vamos adiante! Storyboard Certamente você já possui o roteiro do filme, seja escrito por você mesmo ou então por outra pessoa. Só que o roteiro, em algumas vezes não é tão claro de como o escritor pensou na cena (pois é somente um texto escrito, sem imagens). Para melhorar isso, muito diretores utilizam de um artifício que acaba se tornando um diferencial na hora da gravação: criar um StoryBoard. StoryBoard (ou quadrinhos) nada mais é do que pegar o seu roteiro e criar uma história em quadrinhos, criando ilustrações para cada uma das cenas utilizadas em seu filme. Entendam que não é criar um “gibi” do seu filme, e sim apenas referências desenhadas de cada cena. Facilitará para você definir qual cena melhor a ser gravada em determinado momento (cena em chuva, debaixo de um sol escaldante, aquática, em ChromaKey de alguém voando, etc.) e também para quando for apresentar seu filme aos atores e ou financiadores, conseguirem entender e “pré-visualizar” sua gravação antes mesmo de executar as ações. Veja abaixo um exemplo de StoryBoard: Figura 11 - StoryBoard. Sistemas e Multimídia20 Fonte: os autores Como podem notar na imagem acima, não é a mesma coisa que uma revistinha em quadrinhos (HQ – História em Quadrinhos), que mostra quadro a quadro tudo o que ocorre. Os StoryBoards, tem apenas a intenção de apresentar quantas cenas terão o filme, qual a “fotografia” de cada cena, quanto tempo durará, se terão músicas ou não. Planejando as gravações Com o seu Storyboard em mãos ficará fácil definir, que cena será gravada primeiro, independentemente da ordem do roteiro, pois na edição de vídeo é que arrumará a ordem das cenas de acordo com o roteiro. Poderemos então gravar aquelas cenas que são de dias claros e abertos, mas se por acaso estiver chovendo, como fazer? Trocaremos para as cenas que são internas, dentro de locais fechados. Faremos às cenas que necessitam de efeitos ChromaKey. Ou outra situação ainda: caso tenhamos que colocar efeitos especiais na filmagem, será que já está pronto o cenário? Quanto mais ainda demorará? Com todas essas questões, utilizaremos de bom senso para definir o que gravaremos primeiro. Lembram da “claquete” (mais adiante teremos uma imagem de claquete) que já apareceram em vários filmes? Servirá para que o diretor de edição entenda que cena está foi gravada e que ordem a colocar. Sistemas e Multimídia 21 Outro item importante ao planejar as gravações, é ajustar todas as cenas que tem um cenário em comum para serem gravadas de uma única vez neste cenário. Com isso haverão menos custos, pois não será necessário retornar a este local inúmeras vezes para múltiplas gravações. Excelente, agora já definimos nosso StoryBoard e estamos definindo o plano de gravação de acordo com a facilidade da cena, mas não acabamos, vejam agora os equipamentos necessários para iniciarmos as gravações. Equipamentos necessários É natural que pense que para gravar um filme temos que ter uma filmadora, mas será que é só isso mesmo? Olha os equipamentos que separei para você, para que tenha o mínimo de qualidade em suas gravações. Claquete Pois é, este apetrecho que faz um barulhinho quando é batido, tem uma função importantíssima que é informar à câmera que cena que está sendo gravada, qual a tomada (take), quantas vezes essa cena foi gravada, em que data, quem é o diretor responsável por aquela cena, qual a câmera que está rodando, nome do filme e todas as informações que o Diretor de edição achar que sejam pertinentes. Algumas claquetes mais modernas trazem ainda, na parte que “bate”, uma tabela de cores, que tem justamente uma finalidade de ajustar as cores do cenário com as que tem nela. Desta forma, a edição poderá equilibrar as cores para o mais correto e fiel possível. Figura 12 - Claquete Sistemas e Multimídia22 Fonte: pixabay Outra função da claquete é ser utilizada no final do vídeo, para informar que a gravação acabou, porém neste momento ela será utilizada de “cabeça para baixo”, ou seja, invertida. Iluminação Como você bem deve saber, a iluminação é tudo para uma excelente foto ou filme, só que entender como e qual utilizar é que focaremos no estudo deste item do capítulo. Quantidade de Luz Imagine a seguinte situação: você está dormindo, em seu maravilhoso sono recuperador, quando alguém vem e acende a luz de seu quarto, ou então abre a janela (que bloqueava toda e qualquer luz da rua) fazendo com que entre uma iluminação solar que parece que derreterá seus olhos. Já passou por algo assim? Pois para gravar um filme, este conceito é muito importante, pois quanto mais luz colocarmos em nossos focos, mais claros ficarão e mais trabalho ao editor de imagens daremos. O contrário também será um problema. Analisem esta outra situa- ção onde queremos gravar alguém dormindo à noite. Se não colocarmos nenhuma luz o que realmente conseguiremos gravar é um preto sólido em todo o filme, mas se colocarmos muita luz parecerá que é dia, neste caso é necessário um mínimo de luz para que possamos mostrar a situação chave da cena, mas sem perder a identidade de “noite”. Com os dois casos expostos acima, podemos entrar nas definições de luz direta (ou dura) e luz difusa (ou suave). A luz direta é quando a iluminação atinge diretamente o foco da cena e a luz difusa é quando algo está entre a iluminação direta e o assunto a ser filmado. Luz direta é como acender uma lâmpada de uma lanterna e iluminar o que se quer ver. Luz difusa é quando colocamos um papel vegetal em frente à esta mesma lanterna e não teremos mais uma iluminação direta. É como Sistemas e Multimídia 23 são montados os refletores de difusão basicamente. Direcionamento Para entender o direcionamento de luz, vamos ver uma outra situaçãoproblema. Quando falta energia elétrica em sua casa e você tem em mãos uma lanterna para iluminar seu cômodo. Você projeta a lanterna somente para o que você está querendo ver ou aponta a lanterna para o teto? Faça este teste em sua casa, desligue todas as luzes e realize este teste. Você notará que ao apontar a luz para o teto, esta será “espalhada” por todo o cômodo, deixando-o com uma claridade bem singela, mas o suficiente para enxergar todo o cenário, já se resolver apontar a lanterna para um lado ou outro, não conseguirá ver o que está no lado oposto ao da lanterna. Compreendendo esse conceito, podemos nominar esses tipos de iluminação: Quando apontamos uma iluminação diretamente para um objeto, temos uma iluminação direta, já quando o realizamos iluminando outros lugares para dispersar a luz, temos uma iluminação refletida ou ainda iluminação transmitida, quando tiver um difusor ou filtro na frente das nossas fontes de iluminação. Tipos de Refletores Com base no que vimos falta ainda expor alguns tipos de ilumi- nação artificiais que farão muita diferença: � Fresnel: onde a fonte de iluminação no refletor pode variar a distância da lente, como na imagem abaixo. Figura 13 - Refletor Fresnel. Sistemas e Multimídia24 Fonte: os autores. � Aberto: semelhante ao Fresnel, porém sem lente, logo não tem como mudar o foco da iluminação, somente com a aproximação do refletor. � Brut: refletor com múltiplos pontos de luz, montando um quadrado ou retângulos (2x2, 2x3, 3x3, 6x4, 6x6 etc.) fazendo com que haja iluminação direta. Normalmente utilizados em estádios de futebol. � Spot: ele é do tipo aberto (sem lente) e utiliza de lâmpada halôgena. Normalmente utilizado em casamentos e cerimônias fechadas. Pode ser utilizada com difusor na frente. � Soft: Estilo o Spot, porém já com características difusoras de luz. � DayLight: Como o nome já diz, é um refletor que tem uma potência de luz muito forte, similar ao da luz solar (luz de 5.500ºK de coloração). Porém, é um refletor que consome muita energia, além de esquentar muito. Utilizado para simular luz solar em locais fechados. E chegando ao final da parte de iluminação, temos o que chamamos de mapas de luz, veja adiante. Mapa de Luz Os mapas de luz servem de orientação para que um técnico de iluminação possa saber qual e onde colocar os refletores de luz, identificar os pontos de iluminação natural e os pontos onde as luzes serão refletidas. Normalmente, é montado um mapa de luz sobre uma planta baixa do cenário. Este mapa também servirá para informar às câmeras onde estão estes pontos (se forem refletores para não os exibir ou se forem “lâmpadas” do cenário mesmo corrigir a intensidade de luz que entrará pelas lentes da câmera). Câmeras e Microfones Já vimos antes as características de cada tipo de câmera, e agora é que você usará seu conhecimento para identificar que tipo de câmera utilizará em suas produções, quais Microfones (sempre vale lembrar que é ideal gravar os áudios separadamente dos vídeos, pois desta forma Sistemas e Multimídia 25 teremos qualidade tanto de um como do outro). Caso opte por uma câmera de entrada, cuide com os focos auto- máticos dela, tente deixar sempre no foco manual e não abuse dos zooms. Existe um ditado popular que diz: “Menos é mais!”, ou seja, quando mais simples for, melhor será. Deixe os efeitos por conta das edições. Saiba escolher os microfones, direcionais, bidirecionais ou omnis. Vale informar que os direcionais, como o nome já diz, são voltados para captar o som de um foco em específico (como aqueles microfones que ficam pendurados cheios de pelúcia em volta para tirar o som de ventos ao redor e gravar somente do assunto que está sendo filmado). Já os bidirecionais têm como características captar som tanto da frente como de trás (ou seja, de lados opostos). E os microfones omnis captam o som de tudo que está ao seu redor. Outras coisas também importantes Uma gravação não é feita somente com câmeras, refletores, e microfones, faltam algumas coisas mais que não podemos deixar de mencioná-las: � Figurino: lembrem-se de ter todo o figurino que utilizarão para o filme em mãos, para que consigam realizar todas as cenas sem atraso; � Atores: Como vocês já conhecem todo o roteiro e StoryBoard, fica fácil identificar quantos atores estarão envolvidos, faça contato com eles e contrate-os; � Cameras-men: Os equipamentos de gravação não trabalham sozinhos, logo, você terá que ter alguém que tenha exatamente a função de ser a câmera para realizar as gravações; � Quiosques: para locais abertos (seja para se proteger do frio INTRODUÇÃO: Neste capítulo teremos como objetivo entender o porquê e de que forma vamos inserir imagens estáticas em um filme. Em muitos momentos o registro não é feito somente com imagens em movimento, mas de fotos também. Vamos às edições estáticas de um filme junto? Sistemas e Multimídia26 ou do calor). Os quiosques, estruturas de metal com lonas, tem como finalidade além da proteção temporal, ser uma espécie de quartel general das gravações daquele set de filmagem. Lembre-se de ter também muita bebida e comida, as filmagens podem ser exaustivas. Hora de gravar Tudo pronto, material escolhido, atores já com seus figurinos, set montado, agora é a hora de todos na volta fazerem silêncio e do diretor dizer a palavrinha mágica: “AÇÃO!”, certo? Errado. Este é um momento crucial, onde tudo precisa ser novamente revisto, reanalisado, testado e garantido que nada dará errado (pelo menos quanto aos equipamentos). Conferir se tem baterias suficientes, lâmpadas reservas e cartões (ou HD’s) reservas. Somente após tudo isso, sente-se em sua cadeira e grite a sua palavra mágica, espere a claquete e veja seu produto bruto para mandá-lo para a edição. E curtiu? Achou fácil construir um produto cinematográfico? Compreendeu a importância do StoryBoard? Agora só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema deste capítulo, vamos resumir tudo que vimos. Você deve ter aprendido que uma produção deste tipo vai muito além do que pegar em um equipamento de filmagem, e apertar o “REC”. Com o roteiro em mãos, deverá criar um StoryBoard, realizar o plano de gravações, para ocupar um cenário somente uma única vez (se possível), pois assim terá menos gastos, escolher os equipamentos necessários e corretos. Só assim conseguirá ter um produto com a melhor qualidade possível. Espero que esteja gostando do que está aprendendo. Mas ainda temos um pouco mais, mais a ver. Recém chegamos na metade desta unidade. Vamos continuar essa caminhada para a próxima unidade? Conte conosco! Inserindo imagens estáticas no vídeo Porque utilizar imagens estáticas em vídeos Sistemas e Multimídia 27 Muitas vezes pensamos que filmes são somente registros de movimento, porém em determinadas cenas destas produções, você vê uma imagem estática parada em um celular, ou mesmo a colocação de um cenário que um ator esteja passeando. É justamente nestes tipos de cena que colocaremos as imagens estáticas. Vamos lembrar que não são efeitos especiais, ou seja, não foi gerada uma fotografia para se colocar em um porta-retrato do filme ou coisa parecida. Seria realmente colocar uma imagem estática (foto) de alguém ou algum lugar e o filme sobre ela. De que forma utilizar imagens estáticas Para aprendermos a inserir imagens estáticas nos nossos filmes, vamos utilizar o programa OpenShot (é um editor de vídeo, e mais antes do próximo parágrafo colocarei o link para download dele) que além de gratuito, é fácil de manuseio e os conceitos para outros editores são os mesmos. Para donwnload do OpenShot acesse o link: https://bit.ly/2y0wHsn Para primeira informação, vamos abrir o OpenShot e espero que tenham chegado na tela que está abaixo: Figura 14 - Tela de entrada do OpenShot. Fonte: os autores Neste ponto imagino que vocêjá tenha realizado o download do filme da sua câmera ou celular para o seu computador, dessa forma Sistemas e Multimídia28 vamos importá-lo para dentro de nosso projeto. Clique no sinal “+” que tem na parte superior (como na imagem abaixo) para importar o seu vídeo para dentro do projeto. Repita esse processo para importar uma imagem (foto) também. Figura 15 - Opção de Inserir arquivos no OpenShot. Fonte: os autores. Após inserir os dois arquivos deve ter ficado como na imagem abaixo: Figura 16 - Projeto com os arquivos. Fonte: os autores. Você deve ter notado que o seu vídeo é identificado como se tivesse os “furinhos” de uma película de filme antigo e a foto simplesmente aparece a imagem dela. Neste momento, você arrastará a sua gravação para a “Faixa 4” da TimeLine, colocando bem no início da linha do tempo. Isso porque queremos justamente deixar uma faixa acima e outra abaixo livres para nossos testes. Sua timeline deve ter ficado desta forma: Figura 17 - Timeline do OpenShot. Sistemas e Multimídia 29 Fonte: os autores. Neste momento, vamos arrastar a imagem para a “Faixa 5”, também para o início. Caso sua imagem tenha ficado menor ou maior que o seu vídeo, vá com o mouse na lateral direita da imagem e ao trocar de forma (como na imagem apresentada abaixo), clique e segura o botão do seu maoude para aumentar ou diminuir a imagem e deixar do tamanho correto do seu vídeo. Figura 18 - Antes de depois do ajuste de imagem. Fonte: os autores. Neste momento, ao clicarem “Play” para testarem seu vídeo, notaram que a imagem ficou ocupando toda a frente do seu vídeo, ou seja, ficou em primeiro plano. Isso acontece porque quando colocamos qualquer coisa em camadas mais acima esses elementos passam a ter maior prioridade de visualização do que os que estão em camadas mais abaixo. Mas o que queremos fazer agora é apenas dimensionar a imagem para que fique no canto superior direito do seu vídeo. Clique com o botão direito do seu mouse na imagem e clique em “Transformar” (lembre-se de deixar a linha de rodar o vídeo no início Sistemas e Multimídia30 do vídeo). Ao realizar esta ação verifique que na visualização da sua imagem no vídeo, apareceu nos cantos, laterais e centro opções para você modificar ela. Se realizou as devidas modificações como orientei, deve ter ficado como na imagem abaixo: Figura 19 - Imagem reduzida e colocada no canto superior direito. Fonte: os autores. Agora ao dar “play” verá que a imagem ficou estática e em primeiro plano, mas sem atrapalhar o seu vídeo. Achou alguma dificuldade até este momento? Acredito que não, então poderemos seguir adiante. Vou ensinar a colocar uns novos efeitos para vocês que pode dar aquele toque especial a mais em sua produção. Coloquem agora o ponteiro de tempo no meio do seu vídeo, como na figura 20 e reajustem a imagem de vocês para que ocupe somente a metade direita da tela, ficando como minha figura 21. Figura 20 - Localização do ponteiro de leitura de tempo. Fonte: os autores Figura 21 - Imagem ocupando meia tela. Sistemas e Multimídia 31 Fonte: os autores Agora deem um “play” novamente e vejam o efeito que a imagem fez. Gostaram? Viram a infinidade de efeitos que vocês podem aplicar com fotos? Vamos agora redimensionar a imagem agora para a tela cheia, de modo que ocupe toda a sua tela de “pré-visualização” (com o ponteiro de tempo no início do vídeo – como na figura 22). Após mova a imagem para a “Faixa 3”, sempre deixando no início da faixa para coincidir com o início do vídeo. Figura 22 - figura alterada para a faixa 3. Fonte: os autores Quando mandarem rodar o vídeo neste momento, verão que sua imagem não aparece mais. Por conta disso, vamos aprender a utilizar o efeito de ChromaKey, como veremos no próximo item deste capítulo. Utilizando imagens estáticas com efeito de ChromaKey Vimos anteriormente que após a última mudança, mesmo ocu- pando a tela inteira, a sua imagem não está mais aparecendo. Sistemas e Multimídia32 Isto ocorre justamente porque a prioridade de plano está em quem utiliza a faixa mais alta. Mas então como faremos a imagem aparecer em nossa tela? Antes de responder à esta questão, quero que olhem as imagens que eu utilizei, o que é que as imagens da menina têm em comum? O fundo verde. E não é à toa que ele está lá. Utilizamos o fundo verde para utilizar o efeito de ChromaKey, ou seja, um efeito para remover uma determinada cor do seu vídeo e substituí-lo pelo conteúdo que está nas camadas mais baixas. Sugiro que faça uma gravação com um fundo ou com a cor verde ou a cor azul, pois são as cores que as pessoas não têm em suas peles. Qualquer outra cor existe pigmentações delas em nossas peles. Claro que se desejar colocar outras cores criará outros efeitos, vale experimentar e rir um pouco. Tanto o conceito como a execução são muito simples. Sigam exatamente meus passos e você terá um produto bem interessante. Quem sabe não vai “viajar” por várias partes do mundo sem sair da sua casa? Vamos então aos trabalhos! Após ter reinserido o vídeo com um fundo padrão (no meu caso coloquei o fundo verde), e temos a nossa imagem em uma camada abaixo do nosso vídeo, você seguirá exatamente os passos abaixo descritos. Selecione o seu vídeo e no quadro onde tem os arquivos do seu projeto, tem também uma aba chamada “EFEITOS”. Clique nela. Procure o efeito “Chroma Key (Tela Verde)” (não, não precisa ser necessariamente tela verde como lhes falei já, vou ensinar a trocar a cor do efeito no decorrer dos ensinamentos), clique nele e arraste para o seu vídeo. Neste momento, o seu vídeo deve ter ficado com um detalhe como na imagem abaixo: Figura 23 - Detalhe de efeito Chroma Key no Vídeo. Sistemas e Multimídia 33 Fonte: os autores Neste momento, clique com o botão direito do mouse na letra “C” INTRODUÇÃO: Como todo o produtor de filmes, o objetivo final é justamente um produto que pessoas assistam e se emocionem, neste capítulo, desta unidade de aprendizagem não será diferente. Vamos aprender como finalizar um produto para entregá-lo a um cliente ou até mesmo para uma publicação on-line e gerar sentimento por parte de seus telespectadores. e clique em “Propriedades”. Ao realizar este comando abrirá uma janela como vista na figura 24. Figura 24 - Propriedades do Chroma Key. Fonte: os autores Dê dois cliques na cor do campo “Cor Chave”, para que possa selecionar uma nova cor. Após selecionar a cor, ajuste o campo “Cotão” para apagar o máximo da sua cor selecionada. Quando maior o valor deste campo, maior será o que apagará da cor, mas cuidado, aumentando demais pode interferir do seu produto, por isso é bom fazer testes. Não existe um valor ideal, você terá que ajustar conforme cada caso. Espero que tenha gostado dos estudos até aqui. Leia o “Resumindo” do capítulo para ver se não perdeu nenhuma informação. Sistemas e Multimídia34 E curtiu? Achou fácil inserir imagens? Compreendeu a importância de colocarmos imagens (fotos) nos seus vídeos? Agora só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema deste capítulo, vamos resumir tudo que vimos. Você deve ter aprendido que uma edição envolvendo imagens estáticas não é algo tão complicado, e de certa forma é até divertido. Utilizar as camadas para definir o que será visualizado e de que forma, ou utilizar efeitos como o Chroma Key são recursos que todo o editor tem que sempre ter como carta na manga. Espero que esteja gostando do que está aprendendo. Mas ainda temos um pouco mais a ver. Falta apenas mais um capítulo. Não vamos desistir agora, não é mesmo? Vamos continuar essa caminhada para a próxima unidade? Conte conosco! Finalizando e entregando o produto final do vídeo Criação de Capítulos REFLITA: Você já assistiu ou conhece alguém que tenha assistido toda a trilogia do filme “Senhor dos Anéis”? Qual é a reação das pessoas ao término do primeiro filme?E do segundo? A reação de todos é sempre a mesma: “Como assim acabou???”. Justamente por isso cuide quando for dividir seu filme, para que não fique com a história dividida “sem pé nem cabeça”! Até este momento, vínhamos trabalhando com o OpenShot, um programa de edição de filmes que é gratuito e bem leve, sendo uma excelente escolha para quem está entrando neste universo de editoração. Sistemas e Multimídia 35 Porém, neste software não é possível criar capítulos, menus e tão pouco exportar o filme para uma mídia física de DVD. O único produto que este aplicativo gera é um arquivo de vídeo editado por você. Por este motivo não vamos utilizar softwares e sim entender o conceito de o porquê temos que criar menus, e vou realizar algumas sugestões de programas para que você possa utilizar. Talvez você não seja da época de ir em uma locadora de vídeos e retirar um filme em VHS para assistir em seu vídeo cassete em casa, porém lhe digo (apesar da nostalgia) que chegava a ser algo muito trabalhoso de se assistir, pois os filmes não possuíam capítulos e nem tão pouco sessões. Mas o que é que vem a ser essas coisas? Quando colocamos um DVD ou Blu-Ray em nossos aparelhos em casa (sejam aparelhos reprodutores de dvd ou consoles de games) para rodar um filme, temos como a primeira tela já algumas opções, algo como capítulos, linguagens, informações, etc. Tudo isso torna-se a tarefa de assistir a uma produção cinema- tográfica muito mais fácil, pois podemos escolher o capítulo mais próximo de onde paramos para retornarmos a assistir (caso tenhamos parado em algum momento) ou trocar o idioma da legenda e assim por diante. Para criarmos isso em nossos filmes, você poderá fazer de duas formas: ou utilizar um programa mais robusto, como por exemplo Pinnacle Studio ou Adobe Premier. Nestes softwares, além da edição de vídeo já contam com a possibilidade de gravação de mídias como DVD, assim como a criação de menus de DVD e seleção de capítulos diretamente na própria timeline. Mas caso você não tenha condições de adquirir uma licença de uma destas aplicações acima ( valores que variam de planos mensais à milhares de reais em casos de comprar a licença vitalícia), tem a opção de continuar utilizando o seu editor OpenShot, porém usará também outro aplicativo, que é o DVDStyler. Como o OpenShot não cria os capítulos e nem grava diretamente em uma mídia de DVD, você terá que definir os capítulos dividindo o seu filme em arquivos menores (algo do tipo: se o filme tem 2 horas de duração e você quer criar 4 capítulos para seu filme, terá que fazer arquivos de 30 minutos). Sistemas e Multimídia36 Após gerar estes arquivos menores, você irá abrir o DVD Styler para criar o menu, como veremos no próximo item deste capítulo. Criação de Menus para o DVD Vamos utilizar o DVD Styler para criar o seu DVD com um menu de capítulos personalizáveis. Abra o software e logo você verá a seguinte tela: Figura 25 - Tela inicial do DVD Stlyer Fonte: os autores Vamos entender alguns itens desta tela de abertura. Em primeiro lugar, temos duas opções principais: Ou “Criar um novo Projeto” ou “Abrir um arquivo de projeto existente”. Como entendo que você está conhecendo deste programa agora, vamos deixar marcada a opção para criarmos um novo projeto. No primeiro campo logo abaixo tem “Etiqueta”, que nada mais é do que o nome que o DVD terá, ou melhor, o nome do seu projeto. Logo abaixo tem como você escolher o tipo de mídia que utilizará (CD, vários tipos de mídias de DVD ou ilimitado – que é o que nos ateremos, o tipo DVD-5). Bitrate de vídeo e de áudio é a velocidade com que será realizada Sistemas e Multimídia 37 a gravação destes itens na mídia. Em um DVD, o vídeo é gravado de modo separado do áudio, por isso desta distinção. A regra para manter uma excelente qualidade é: “Quanto maior melhor será!”. No campo de baixo temos que prestar um pouco de atenção, pois este campo é “Comando padrão pós-título:”, isso quer dizer que quando o seu capítulo chegar ao final, o que é que deve ser executado. Analisando as informações contidas neste campo temos: � “Chamar último menu” → ao acabar o capítulo será enviado para o último menu utilizado (em caso de mais de um menu); � “Chamar menu raiz” → ao acabar o capítulo será enviado para o menu raiz (mesmo menu que é aberto ao inserir o DVD em seu aparelho); � “Iniciar o próximo título” → iniciará automaticamente o próximo capítulo. Abaixo teremos as opções de formato de vídeo, que deverá ficar selecionado em PAL (é um sistema com maior qualidade que o NTSC), o aspecto, que informa o formato da tela a qual será exibida (atualmente utilizamos telas e televisores de 16:9 [falamos sobre isso no primeiro capítulo desta unidade]) e no formato de áudio deixe marcada a opção AC3 de 48kHz (que é o sucessor do formato MP3). Agora que estamos com todas as opções marcadas, cliquem em OK e vamos realmente dar início ao nosso projeto de produção de uma mídia de filme para algum cliente, ou quem sabe para exibição em um cinema próximo! Ao clicar em OK chegamos a mais uma tela, conforme é mostrada abaixo: Figura 26 - Tela de seleção de modelo de menu. Sistemas e Multimídia38 Fonte: os autores Aqui vamos selecionar o formato de menu que mais se assemelha com o que desejamos para nosso projeto. Neste momento vamos apenas ver como criar nosso menu e gravar a mídia, mais adiante (no próximo tópico) veremos como personalizar. Ao Escolher clique em OK. Na tela exibida na sequência, nos traz informações importantes, como o tempo total de vídeo que pode conter no DVD (136 minutos de vídeo, ou seja, 2 horas e 16 minutos) na parte bem inferior da tela, como pode ser visto na figura 26. Figura 27 - tela de produção do menu. Sistemas e Multimídia 39 Fonte: os autores Nesta imagem acima ainda, você deverá clicar na opção de procurar arquivos (no lado esquerdo da tela), para procurar os seus arquivos de vídeo em partes como você já os dividiu no OpenShot. Neste ponto, deverá apenas arrastar os arquivos para a parte de baixo do programa, sempre lembrando de deixar na ordem correta de execução, caso contrário o seu vídeo final ficará um tanto estranho e fora de ordem para quem o assistir. Depois de colocar os vídeos sua tela deve ter ficado com uma aparência parecida com a que estou colocando abaixo: Figura 28 - Tela com arquivos de vídeos no programa. Sistemas e Multimídia40 Fonte: os autores Agora só falta colocarmos o nome do nosso filme na tela de início do menu e estamos quase prontos para gravar na mídia. Para personalizarmos o título do menu, vamos justamente clicar onde diz “Menu 1” e vamos dar dois cliques sobre o “TITULO DO DISCO”. Agora abrirá uma nova tela onde você poderá personalizar o título com o texto que desejar, alterar a fonte e cor do texto, ajustar tamanhos, indicar se o texto terá alguma inclinação ou não e também a localização do texto no sistema de plano cartesiano (X e Y). Até o final dos anos 1990 era “moderno” colocar textos com inclinações e rotações, porém de uns tempos para os nossos dias atuais (2020) quanto mais reto e limpo for o texto melhor. Podemos personali- zarmos com fontes, mas não com inclinações. Estão gostando até este ponto? É muito satisfatório criar algo e chegar ao final, porém ainda não acabamos, temos mais alguns detalhes que temos que personalizar, para que nosso cliente fique muito satisfeito. Sistemas e Multimídia 41 Importância do tema dos menus e finalização Viram que a criação de menus não é algo complicado, e nem de outro mundo. Temos sim que ficar atentos à separação do nosso vídeo que viemos editando desde o início para criar os devidos capítulos. Mas nosso tema neste momento é o assunto do vídeo. Imaginem terem todo um trabalho para criar um filme baseado em um drama que acontece em um determinado local (um navio talvez), passar pelas filmagens,edições, refilmagens, reedições, para então cair na finalização do produto que será enviado ao cliente ou ainda aos cinemas, mas o menu de abertura aparecer com máscaras de baile de máscaras. Ficaria no mínimo estranho de se visualizar, pois não passará a ideia real do filme, além de amadorismo na produção final. Pensando nisso vou lhe ensinar a personalizar o seu menu. Pense em alguma cena do seu filme que o defina mesmo. Tire uma fotografia desta cena para utilizarmos como fundo deste menu do DVD. Agora que separou a foto, onde você personalizou o título de seu DVD, dê dois cliques no fundo da tela e lhe abrirá as seguintes opções: Figura 29 - Opções para personalização do Menu. Fonte: os autores Sistemas e Multimídia42 Agora onde está escrito “FUNDO” você clicará no botão “...” para procurar sua fotografia do filme e após clicará em “ABRIR”. Quando voltar para tela de seleção de fundo, você ainda pode colocar a música tema de seu filme como fundo deste menu, da mesma maneira que fez com a foto, mas com o som do filme no campo “ÁUDIO”. Clique em OK e neste momento seu menu já deve estar muito mais atrativo e impactante do que um fundo padrão sem som e porque não dizer: “sem sal!”. Para finalizar e gravar seu disco, clique na opção de gravar, que é um disco vermelho, como mostro na figura 29 abaixo: Figura 30 - ícone para gravar DVD. Fonte: os autores Marque a opção “GRAVAR” e com um DVD virgem inserido em seu drive de DVD, clique no botão “INICIAR”. Parabéns, pois você acabou uma produção digna de um Oscar! Gostou desta jornada? Leia agora o resumo do nosso capítulo para finalizar seus estudos. Gostou? Menus fazem ou não a diferença? Compreendeu a impor- tância de entregarmos um produto bem acabado ao seu cliente? Agora só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema deste capítulo, vamos resumir tudo que vimos. Você deve ter aprendido que existem softwares que fazem tudo no quesito de edição, do início ao fim, mas eles possuem um custo, ao passo que de modo gratuito você terá um pouco mais de trabalho, mas não por menos deixará de ter um trabalho de alta qualidade, criando capítulos e menus, deixando personalizados e gerando um impacto em seus telespectadores. Espero que tenha gostando do que aprendeu. Tivemos uma jornada e tanto, mas não pare agora, não pense que seus estudos acabaram. O mundo de sistemas multimídias nunca para de aparecer assuntos e produtos novos, fique atento e busque uma atualização constante. Não vamos desistir agora, não é mesmo? Obrigado por fazer parte deste percurso todo comigo! Quem sabe nos encontramos em uma próxima oportunidade. Até a próxima! Sistemas e Multimídia 43 BIBLIOGRAFIA 365FILMES. Para que serve a Claquete. Fonte: É nóis na fita: https://bit.ly/35g95fc. Acesso em: 12 de mar 2020. ALVES, V. (2018). Guia definitivo - Tipos de máquinas fotográficas - Aprenda a escolher a câmera certa para você. e-book: Fotografia Dicas. CELULARDIRETO. Aprenda a gravar vídeos como um profissional com seu celular. Disponível em: https://bit.ly/2SkGzns. Acesso em: 12 de mar 2020. CIMA, M. Lista de verificação de Pré-produção. Disponível em: https://bit.ly/2SjfIIs. Acesso em: 12 de mar 2020. ELSYS. Qual a diferença entre PAL e NTSC. Disponível em: https:// bit.ly/2VKzAGI. Acesso em: 12 de mar 2020. SALLES, F. Iluminação para Cinema e Vídeo. Disponível em: https://bit.ly/2y0qz3l. Acesso em: 12 de mar 2020. SILVA, C. O. (2007). Vídeo Digital: Livro Didático. Palhoça: UNISULVIRTUAL. SONY. Introdução às características das câmara de Vídeo explicadas. Disponível em: https://bit.ly/3f7VdZl. Acesso em: 12 de mar 2020. VASQUES, V. Conheça os tipos de lentes para câmeras DSLR. Disponível em: https://glo.bo/2ShKcuA. Acesso em: 12 de mar 2020. Equipamentos para gravações O celular utilizado como equipamento de criação de vídeos Câmeras semi-profissionais Câmeras profissionais Construindo um produto multimídia Como pensar em um filme Storyboard Planejando as gravações Equipamentos necessários Claquete Iluminação Quantidade de Luz Direcionamento Tipos de Refletores Mapa de Luz Câmeras e Microfones Outras coisas também importantes Hora de gravar Inserindo imagens estáticas no vídeo Porque utilizar imagens estáticas em vídeos De que forma utilizar imagens estáticas Utilizando imagens estáticas com efeito de ChromaKey Finalizando e entregando o produto final do vídeo Criação de Capítulos Criação de Menus para o DVD Importância do tema dos menus e finalização
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