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Sistemas e Multimídia - Unidade 04

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Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
EDUARDO NASCIMENTO DE ARRUDA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
JÉSSICA LAISA DIAS DA SILVA
Olá. Sou a Jéssica Possuo graduação em Sistema da Informação 
e Mestrado em Sistema e Computação na UFRN. Tenho experiência na 
área de Informática na educação, com ênfase em Mineração de Dados 
Educacionais como também atual no estímulo dos jovens e crianças no 
estudo de ensino a programação. Realizo trabalhos e pesquisas voltados 
ao universo dos jogos digitais inseridos no contexto educacional, como 
incentivo deles no ensino dos jovens e aos professores. Atualmente 
realizo pesquisas no contexto de disseminação do pensamento compu-
tacional. para crianças e jovens. As áreas de interesse de estudo são: 
Educação, Engenharia de Software, Mineração de dados, Pensamento 
Computacional, Jogos Digitais Educativos, Gerenciamento de projeto.
Os Autores
MARCELO DALSOCHIO DIPP
Olá. Meu nome Marcelo Dalsochio Dipp. Sou formado em Técnico 
de Redes de Dados e Técnico em Informática pelo CTT Maxwell, Gestão de 
Tecnologia da Informação na UNISUL, onde atualmente estou cursando a 
segunda graduação de Licenciatura em Matemática, assim como possui 
certificação em ITIL, com uma experiência técnico-profissional na área 
de Tecnologia de mais de 25 anos. Passei por empresas como a Tim 
Celular, Spread, Sonda do Brasil, SENAC, Instituto Federal do Sul do Brasil, 
Alcides Maya entre outros. Escrevo livros didáticos na área de informática, 
já tenho registrado o livro “Guia Básico de Informática para Iniciantes” 
e atualmente estou escrevendo um segundo livro sobre Introdução às 
Redes de Comunicações de dados, o qual ainda está em processo de 
desenvolvimento. Ministro aulas há 7 anos. Sou apaixonado pelo que faço 
e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando 
em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a 
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder 
ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro-
jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de 
aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Equipamentos para gravações 10
O celular utilizado como equipamento de criação de vídeos 10
Câmeras semi-profissionais 13
Câmeras profissionais 16
Construindo um produto multimídia 18
Como pensar em um filme 18
Storyboard 18
Planejando as gravações 19
Equipamentos necessários 20
Claquete 20
Iluminação 21
Quantidade de Luz 21
Direcionamento 22
Tipos de Refletores 22
Mapa de Luz 23
Câmeras e Microfones 24
Outras coisas também importantes 24
Hora de gravar 25
Inserindo imagens estáticas no vídeo 25
Porque utilizar imagens estáticas em vídeos 26
De que forma utilizar imagens estáticas 26
Utilizando imagens estáticas com efeito de ChromaKey 30
Finalizando e entregando o produto final do vídeo 33
Criação de Capítulos 33
Criação de Menus para o DVD 34
Importância do tema dos menus e finalização 39
Sistemas e Multimídia 7Psicofarmacologia Clínica 7
UNIDADE
04
Vídeos Profissionais
Sistemas e Multimídia8
Nesta unidade, vamos ver como deixar seu vídeo com um ar muito 
mais profissional, pois veremos no primeiro capítulo sobre os equipamentos 
que podem ser utilizados para cinegrafia e como configurar o seu melhor 
ambiente. Já no segundo capítulo, entenderemos um pouco melhor em 
como construir seu produto, da ideia às gravações, incluindo como preparar 
um estúdio de ChromaKey inclusive. No terceiro capítulo, veremos como e por 
qual motivo utilizarmos imagens estáticas nos vídeos e que efeito isso pode 
provocar. Chegando ao capítulo final (o quarto), teremos a finalização de um 
produto, de um filme, com criação de capítulos, menus e todo o acabamento 
que podemos aplicar. Com tudo isso em mente, vamos junto nesta caminhada 
e encerrar com chave de ouro ao chegar no final. Conte conosco. 
INTRODUÇÃO
Sistemas e Multimídia 9
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4 - Vídeos Profissionais. Nosso 
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Aprender a identificar os equipamentos para suas gravações;
2. Entender como pensar em um produto, do início ao fim do projeto;
3. Aplicar o uso de imagens estáticas em um vídeo;
4. Compreender como finalizar um vídeo para entregá-lo a seu cliente.
A nova fase deste divertidíssimo jogo dos áudios já está iniciando, 
está pronto? Mãos à obra e vamos ao conhecimento! Sempre peçam ajuda 
do seu professor quando estiverem com dúvidas. Contem Comigo.
OBJETIVOS
Sistemas e Multimídia10
Equipamentos para gravações
INTRODUÇÃO:
O objetivo geral deste capítulo é apresentar a você os equipa-
mentos utilizados para gravações de vídeo, assim como seus 
pontos fortes e fracos, custo benefícios e complexidades 
associadas a cada um. Com essas informações, você poderá 
discernir o que é melhor para você.
O celular utilizado como equipamento de 
criação de vídeos
Até o início dos anos 2000, para que pudesse gravar um filme ou 
até mesmo registrar alguma cena com uma foto, era necessário que 
você tivesse em mãos ou uma câmera fotográfica (mesmo que digital) 
ou então uma filmadora, ao estilo das que estão nas fotos abaixo.
Figura 1 - Mulher tirando uma foto
Fonte: pixabay
Figura 2- Menina filmando
Fonte: pixabay
Sistemas e Multimídia 11
Como podem notar, não era algo prático e simples de se carregar 
“para cima e para baixo” um monte de equipamentos, sem contar é claro 
nas fitas ou filmes para armazenamentos das fotos e/ou filmes.
Com a modernização e tecnologia, hoje temos em nossos 
celulares tanto câmeras fotográficas como equipamentos de fotografia 
com qualidades beirando o profissionalismo.
Vejam esta foto abaixo:
Figura 3: Foto de uma boneca Barbie com perspectiva
Fonte: Os autores (2020)
Esta foto foi tirada por uma criança de 11 anos, apenas com o seu 
próprio celular, utilizou de uma boneca e soube ver uma perspectiva.
Mas nem só para fotos os celulares estão sendo utilizados. Muitos 
“Youtubers” estão optando por utilizarem celulares ao invés de câmeras 
de vídeo profissionais, principalmente por questão de custo, porém sem 
perder em qualidade, criando desta forma um filme amador, com um 
“toque” semi ou até mesmo profissional.
Houve a época em que os celulares tinham recursos inferiores 
às câmeras digitais ou filmadoras (equipamentos exclusivamente para 
estes recursos). Hoje em dia os celulares possuem uma qualidade de 
câmeras muito alta (chegando inclusive a qualidades Ultra High Definition 
– UltraHD ou 4K), sem contar na qualidade das lentas utilizadas por eles 
para suas câmeras.
Sistemase Multimídia12
Segundo o site CELULARDIRETO (2019), existem algumas dicas 
que podem e devem ser levadas em conta na hora de utilizar o celular 
como um equipamento de filmagem:
Manter a Lente Limpa é de extrema importância, pois como os 
celulares tem uma qualidade muito alta (como já mencionado acima), 
todas as sujeiras que se depositam na lente podem aparecer em sua 
gravação, deixando com um tom de baixa definição ou até mesmo de 
que você não sabe cuidar de seu equipamento.
Gravando na horizontal é o mais indicado, pois as televisões, 
monitores, players de reprodução de vídeo e até mesmo o próprio 
YouTube seguem o princípio de exibir filmes em WideScreen, ou seja, 
uma tela que tem como característica uma proporção de 16 módulos de 
largura por 9 módulos de altura (em resumo, uma tela mais larga do que 
alta).
Cuidar o enquadramento do cenário que será gravado, pois 
quando não realizamos um enquadramento adequado, pode ficar 
estranho aos olhos dos assistentes de vocês. Os celulares utilizam de 
recursos como exibir na tela grades para mostrar como está o quadro. 
Figura 4: Visualizando um enquadramento antes da filmagem. Fonte: os autores. 
Sistemas e Multimídia 13
Fonte: Os autores (2020).
Ao fazer estes gestos com as mãos, é como se olhasse por uma 
lente de câmera e pode entender o que o seu assistente (quem irá 
assistir) verá, pois a visão da câmera tem um ângulo menor do que a 
visão humana.
As Imagens à mão livre podem dar um ar e aspecto de que a 
produção é independente, porém tem se que cuidar com tremores nas 
imagens, pois muitas pessoas ao assistirem filmes caseiros sentem-
se enjoadas (ao ponto de quase vomitarem), e não estamos falando 
de filmes com tema de terror ou algo assim, apenas filmes onde o 
cinegrafista caminha com a câmera deixará as imagens tremidas.
Para solucionar isso, é necessário pensar em como realizar suas 
gravações. Use as duas mãos, apoie os cotovelos e movimente-se o 
mínimo necessário. Porém, se ainda assim continua com tremores, pense 
em investir em tripés ou então em estabilizadores.
Além de todas essas dicas não deixe de cuidar da resolução 
(qualidade) que seu telefone irá gravar. Quanto maior a resolução, melhor 
a qualidade e maior o tamanho do arquivo de vídeo (se o produto é para 
ter qualidade, tamanho do arquivo não deverá importar).
Mas os telefones (que se equiparam às câmeras de entrada) não 
são os únicos equipamentos que teremos como opções para manuseio. 
Vejam as câmeras semiprofissionais abaixo.
Câmeras semi-profissionais
A diferença entre uma câmera de entrada e uma câmera semipro-
fissional é a robustez dela. Enquanto uma de entrada tem o corpo todo 
de plástico, a semiprofissional tem o corpo de liga de magnésio, ou seja, 
tornando-a mais resistente à choques (quedas), poeira e às condições 
climáticas de extremo (ou muito frio ou muito quente).
Claro que além de tudo isso existe a questão de preço também. 
As câmeras de entrada são mais baratas que as semiprofissionais.
De acordo com Alves (2018), a qualidade profissional sendo 
colocada com câmeras amadoras ou semiprofissionais é atribuída há 
quem está controlando a câmera.
Sistemas e Multimídia14
As câmeras semiprofissionais são do tipo DSLR (Digital Single-
lens Reflex, ou seja, lentes simples de reflexão digital).
Este tipo de câmera possui mais opções de menus, conseguem 
tirar mais fotografias por segundo (são muito mais rápidas), tem capaci-
dade para aceitar cartões de memória maiores, ao contrário dos celulares 
ou câmeras de entrada, respondem bem à pouca iluminação e tem mais 
pontos automáticos de focagem.
Estas câmeras contam ainda com a possibilidade de troca das lentes 
(podendo colocar lentes que criam inúmeros efeitos, como Foco Fixo, 
Zoom, Grande Angular, Olho de Peixe e Lentes Macro), para que se utilize 
para a melhor finalidade possível e o melhor efeito esperado possível.
As lentes macros têm a característica de aproximar muito a câmera 
de um objeto (algo próximo à 1cm), o que com outras lentes perderia o 
foco e não seria possível filmar ou fotografar, com esta lente as imagens 
ficam perfeitamente nítidas.
Figura 5- lente macro
Fonte: pixabay
Com relação às lentes olho de peixe, estas têm como característica 
o grande ângulo de visibilidade da lente, podendo chegar até 180º (cento 
e oitenta graus). Elas podem ser utilizadas tanto para dar efeitos artísticos 
como também para mostrar mais detalhes de ambientes fechados.
Figura 6 - Lente Fisheye (olho de peixe)
Sistemas e Multimídia 15
Fonte: pixabay
As lentes grandes angulares são parecidas com a olho de peixe, 
porém são mais recomendadas para ambientes pequenos ou imagens 
que requeiram mais cena e não um efeito tão artístico como a vista 
anteriormente. Elas podem ser encontradas no mercado nos tamanhos 
que variam de 28 à 50mm.
Figura 7 - Lente Grande Angular
Fonte: pixabay
Não podemos deixar de comentar também das lentes de zoom. 
Lentes estas que são indicadas quando o fotógrafo ou cinegrafista não 
consegue chegar próximo ao motivo de seu registro. Neste caso, com 
esta lente, mesmo estando às distâncias grandes, conseguirá registrar 
sua intenção. Normalmente estas lentes são mais pesadas e requerem 
o uso de, ou tripé ou monopé para seu apoio.
Figura 8 - Lentes Zoom
Sistemas e Multimídia16
Fonte: pixabay
Para finalizarmos vamos comentar do último tipo de lente, as de 
Foco Fixo ou Prime. Estas lentes não possuem a função de zoom ou de 
distorção da imagem, pegando justamente a imagem que o profissional 
está vendo no visor da câmera. Dentre todas as lentes, estas são as 
que possuem menor custo e são bastante indicadas para retratos ou 
ambientes fechados.
Figura 9 - Lentes Prime ou Foco Fixo
Fonte: pixabay
Com base em tudo que foi visto, estas câmeras apesar de levarem 
o título de semiprofissionais, podem fazer qualquer pessoa virar um 
profissional da área, tanto de fotografia como de cinegrafia, se souber 
utilizar o equipamento correto com o conhecimento correto.
Claro que existem câmeras muito superiores e é o que veremos 
logo mais nas câmeras profissionais.
Câmeras profissionais
Sistemas e Multimídia 17
Houve uma época em que as câmeras ou eram profissionais ou 
handcams (câmeras de mão), estas últimas que eram câmeras pequenas, 
não tinham tantos recursos, mas filmavam em fitas de mini VHS e eram 
muito leves. Já as câmeras profissionais eram câmeras de colocar no 
ombro (para que tivesse uma melhor estabilização), possuíam muitos 
recursos já integrados no equipamento (como fade, que é um recurso 
de escurecimento – hoje realizamos este efeito através de softwares de 
edição, zoom óptico que era, e é muito melhor que o zoom digital, dentre 
inúmeros outros recursos), além de já gravar em uma fita VHS normal, 
que não precisaria de adaptador para colocar em um vídeo cassete. 
Hoje em dia as câmeras profissionais não necessitam ser gigantes 
equipamentos apenas (como os encontrados em emissoras de televisão), 
podem ser do tipo HandCam, porém o que as diferencia de câmeras 
semiprofissionais e de entrada, são justamente os recursos oferecidos 
por elas.
As profissionais podem alterar o tipo de lente, possuem recursos 
de zoom óptico, pode ser acoplado um microfone externo, as resoluções 
de qualidade de vídeo estão sempre configuradas para os extremos (no 
mínimo FullHD, passando pelo 4K e até chegando em algumas com 
8K [para entender melhor a diferença das resoluções de vídeo, veja 
a imagem abaixo deste parágrafo]). São também câmeras muito mais 
resistentes a choques e a variações extremas de temperaturas. 
Figura 10 - Diferença da visualização das resoluções
8k
4k
HD
Fonte: pixabay
As câmeras profissionais não aceitam apenas cartões de memória 
ou memória interna para armazenamento, aceitam também discos rígidos 
para que possam gravar seus vídeos, pois com uma resolução muito alta 
Sistemas e Multimídia18
configurada, o tamanhodos arquivos também se torna muito grande.
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, veremos como iniciar um projeto de filme, 
passando da ideia, roteiro, planejamento das gravações, 
os equipamentos a serem utilizados até o momento da 
“AÇÃO”. Vem comigo neste capítulo gerencial do seu filme.
E então? Gostou do que lhe mostramos até agora? Conseguiu 
assimilar as diferenças entre os equipamentos apresentados? Agora 
só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema deste 
capítulo, vamos resumir tudo que vimos. Você deve ter aprendido que os 
equipamentos de vídeo variam muito de uma para outro. Para escolhermos 
qual o melhor, é necessário entendermos o que queremos mostrar para 
quem assiste nosso trabalho e conhecer o local onde serão realizadas as 
gravações. Descobrimos também que um equipamento de entrada terá 
sim uma qualidade excepcional, mas que os equipamentos profissionais 
possuem algumas dezenas de recursos a mais. Deve levar em conta 
também o tipo de lente que será utilizado, pois esta poderá aplicar um 
efeito melhor ou pior em sua gravação. Espero que esteja gostando do 
que está aprendendo. Mas ainda temos muito mais a ver. Vamos continuar 
essa caminhada para a próxima unidade? Conte conosco!
Construindo um produto multimídia
Como pensar em um filme
Muitas pessoas tem uma ideia errada de como fazer um filme. 
Acham que é só pegar uma câmera, colocar em um tripé, dizer para 
algumas pessoas o que elas devem fazer e gritar “Ação!”.
Para que possa ter um filme de qualidade, conteúdo sólido e ainda 
prender quem assiste ao seu trabalho, é necessário ter o conhecimento 
e realizar algumas etapas antes de sair dando “REC”.
É necessário que tenhamos a noção de cada cena (tempo de 
Sistemas e Multimídia 19
duração, momento, local), quem serão os atores envolvidos, que equipa-
mentos utilizar e em que situações. 
Às vezes, para um efeito melhor no seu filme, é necessário fazer 
a gravação em um equipamento com qualidade mais baixa, para dar a 
ideia de que uma pessoa é que está fazendo uma filmagem talvez.
Então para que tudo ocorra como estamos pensando temos que 
entender a importância de alguns itens.
Vamos adiante!
Storyboard
Certamente você já possui o roteiro do filme, seja escrito por você 
mesmo ou então por outra pessoa. Só que o roteiro, em algumas vezes 
não é tão claro de como o escritor pensou na cena (pois é somente um 
texto escrito, sem imagens).
Para melhorar isso, muito diretores utilizam de um artifício que 
acaba se tornando um diferencial na hora da gravação: criar um StoryBoard.
StoryBoard (ou quadrinhos) nada mais é do que pegar o seu 
roteiro e criar uma história em quadrinhos, criando ilustrações para cada 
uma das cenas utilizadas em seu filme. Entendam que não é criar um 
“gibi” do seu filme, e sim apenas referências desenhadas de cada cena.
Facilitará para você definir qual cena melhor a ser gravada em 
determinado momento (cena em chuva, debaixo de um sol escaldante, 
aquática, em ChromaKey de alguém voando, etc.) e também para quando for 
apresentar seu filme aos atores e ou financiadores, conseguirem entender 
e “pré-visualizar” sua gravação antes mesmo de executar as ações.
Veja abaixo um exemplo de StoryBoard:
Figura 11 - StoryBoard. 
Sistemas e Multimídia20
Fonte: os autores
Como podem notar na imagem acima, não é a mesma coisa 
que uma revistinha em quadrinhos (HQ – História em Quadrinhos), que 
mostra quadro a quadro tudo o que ocorre. Os StoryBoards, tem apenas 
a intenção de apresentar quantas cenas terão o filme, qual a “fotografia” 
de cada cena, quanto tempo durará, se terão músicas ou não.
Planejando as gravações
Com o seu Storyboard em mãos ficará fácil definir, que cena será 
gravada primeiro, independentemente da ordem do roteiro, pois na 
edição de vídeo é que arrumará a ordem das cenas de acordo com o 
roteiro. Poderemos então gravar aquelas cenas que são de dias claros e 
abertos, mas se por acaso estiver chovendo, como fazer?
Trocaremos para as cenas que são internas, dentro de locais 
fechados. Faremos às cenas que necessitam de efeitos ChromaKey.
Ou outra situação ainda: caso tenhamos que colocar efeitos 
especiais na filmagem, será que já está pronto o cenário? Quanto mais 
ainda demorará? Com todas essas questões, utilizaremos de bom senso 
para definir o que gravaremos primeiro.
Lembram da “claquete” (mais adiante teremos uma imagem de 
claquete) que já apareceram em vários filmes? Servirá para que o diretor 
de edição entenda que cena está foi gravada e que ordem a colocar.
Sistemas e Multimídia 21
Outro item importante ao planejar as gravações, é ajustar todas 
as cenas que tem um cenário em comum para serem gravadas de uma 
única vez neste cenário. Com isso haverão menos custos, pois não será 
necessário retornar a este local inúmeras vezes para múltiplas gravações.
Excelente, agora já definimos nosso StoryBoard e estamos 
definindo o plano de gravação de acordo com a facilidade da cena, 
mas não acabamos, vejam agora os equipamentos necessários para 
iniciarmos as gravações.
Equipamentos necessários
É natural que pense que para gravar um filme temos que ter uma 
filmadora, mas será que é só isso mesmo?
Olha os equipamentos que separei para você, para que tenha o 
mínimo de qualidade em suas gravações.
Claquete
Pois é, este apetrecho que faz um barulhinho quando é batido, 
tem uma função importantíssima que é informar à câmera que cena que 
está sendo gravada, qual a tomada (take), quantas vezes essa cena foi 
gravada, em que data, quem é o diretor responsável por aquela cena, 
qual a câmera que está rodando, nome do filme e todas as informações 
que o Diretor de edição achar que sejam pertinentes.
Algumas claquetes mais modernas trazem ainda, na parte que 
“bate”, uma tabela de cores, que tem justamente uma finalidade de 
ajustar as cores do cenário com as que tem nela. Desta forma, a edição 
poderá equilibrar as cores para o mais correto e fiel possível.
Figura 12 - Claquete
Sistemas e Multimídia22
Fonte: pixabay
Outra função da claquete é ser utilizada no final do vídeo, para 
informar que a gravação acabou, porém neste momento ela será utilizada 
de “cabeça para baixo”, ou seja, invertida.
Iluminação
Como você bem deve saber, a iluminação é tudo para uma 
excelente foto ou filme, só que entender como e qual utilizar é que 
focaremos no estudo deste item do capítulo.
Quantidade de Luz
Imagine a seguinte situação: você está dormindo, em seu 
maravilhoso sono recuperador, quando alguém vem e acende a luz de 
seu quarto, ou então abre a janela (que bloqueava toda e qualquer luz 
da rua) fazendo com que entre uma iluminação solar que parece que 
derreterá seus olhos. Já passou por algo assim?
Pois para gravar um filme, este conceito é muito importante, pois 
quanto mais luz colocarmos em nossos focos, mais claros ficarão e mais 
trabalho ao editor de imagens daremos.
O contrário também será um problema. Analisem esta outra situa-
ção onde queremos gravar alguém dormindo à noite. Se não colocarmos 
nenhuma luz o que realmente conseguiremos gravar é um preto sólido 
em todo o filme, mas se colocarmos muita luz parecerá que é dia, neste 
caso é necessário um mínimo de luz para que possamos mostrar a 
situação chave da cena, mas sem perder a identidade de “noite”.
Com os dois casos expostos acima, podemos entrar nas definições 
de luz direta (ou dura) e luz difusa (ou suave).
A luz direta é quando a iluminação atinge diretamente o foco da 
cena e a luz difusa é quando algo está entre a iluminação direta e o 
assunto a ser filmado.
Luz direta é como acender uma lâmpada de uma lanterna e 
iluminar o que se quer ver.
Luz difusa é quando colocamos um papel vegetal em frente à 
esta mesma lanterna e não teremos mais uma iluminação direta. É como 
Sistemas e Multimídia 23
são montados os refletores de difusão basicamente.
Direcionamento
Para entender o direcionamento de luz, vamos ver uma outra 
situaçãoproblema.
Quando falta energia elétrica em sua casa e você tem em mãos 
uma lanterna para iluminar seu cômodo. Você projeta a lanterna somente 
para o que você está querendo ver ou aponta a lanterna para o teto?
Faça este teste em sua casa, desligue todas as luzes e realize 
este teste. 
Você notará que ao apontar a luz para o teto, esta será “espalhada” 
por todo o cômodo, deixando-o com uma claridade bem singela, mas o 
suficiente para enxergar todo o cenário, já se resolver apontar a lanterna 
para um lado ou outro, não conseguirá ver o que está no lado oposto ao 
da lanterna.
Compreendendo esse conceito, podemos nominar esses tipos 
de iluminação: Quando apontamos uma iluminação diretamente para 
um objeto, temos uma iluminação direta, já quando o realizamos 
iluminando outros lugares para dispersar a luz, temos uma iluminação 
refletida ou ainda iluminação transmitida, quando tiver um difusor ou 
filtro na frente das nossas fontes de iluminação.
Tipos de Refletores
Com base no que vimos falta ainda expor alguns tipos de ilumi-
nação artificiais que farão muita diferença:
 � Fresnel: onde a fonte de iluminação no refletor pode variar a 
distância da lente, como na imagem abaixo.
Figura 13 - Refletor Fresnel. 
Sistemas e Multimídia24
Fonte: os autores. 
 � Aberto: semelhante ao Fresnel, porém sem lente, logo não 
tem como mudar o foco da iluminação, somente com a aproximação do 
refletor.
 � Brut: refletor com múltiplos pontos de luz, montando um 
quadrado ou retângulos (2x2, 2x3, 3x3, 6x4, 6x6 etc.) fazendo com que 
haja iluminação direta. Normalmente utilizados em estádios de futebol.
 � Spot: ele é do tipo aberto (sem lente) e utiliza de lâmpada 
halôgena. Normalmente utilizado em casamentos e cerimônias fechadas. 
Pode ser utilizada com difusor na frente.
 � Soft: Estilo o Spot, porém já com características difusoras de 
luz.
 � DayLight: Como o nome já diz, é um refletor que tem uma 
potência de luz muito forte, similar ao da luz solar (luz de 5.500ºK de 
coloração). Porém, é um refletor que consome muita energia, além de 
esquentar muito. Utilizado para simular luz solar em locais fechados.
E chegando ao final da parte de iluminação, temos o que chamamos 
de mapas de luz, veja adiante.
Mapa de Luz
Os mapas de luz servem de orientação para que um técnico de 
iluminação possa saber qual e onde colocar os refletores de luz, identificar 
os pontos de iluminação natural e os pontos onde as luzes serão refletidas.
Normalmente, é montado um mapa de luz sobre uma planta 
baixa do cenário. Este mapa também servirá para informar às câmeras 
onde estão estes pontos (se forem refletores para não os exibir ou se 
forem “lâmpadas” do cenário mesmo corrigir a intensidade de luz que 
entrará pelas lentes da câmera).
Câmeras e Microfones
Já vimos antes as características de cada tipo de câmera, e agora 
é que você usará seu conhecimento para identificar que tipo de câmera 
utilizará em suas produções, quais Microfones (sempre vale lembrar que 
é ideal gravar os áudios separadamente dos vídeos, pois desta forma 
Sistemas e Multimídia 25
teremos qualidade tanto de um como do outro).
Caso opte por uma câmera de entrada, cuide com os focos auto-
máticos dela, tente deixar sempre no foco manual e não abuse dos zooms. 
Existe um ditado popular que diz: “Menos é mais!”, ou seja, quando mais 
simples for, melhor será. Deixe os efeitos por conta das edições.
Saiba escolher os microfones, direcionais, bidirecionais ou omnis. 
Vale informar que os direcionais, como o nome já diz, são voltados para 
captar o som de um foco em específico (como aqueles microfones que 
ficam pendurados cheios de pelúcia em volta para tirar o som de ventos 
ao redor e gravar somente do assunto que está sendo filmado). Já os 
bidirecionais têm como características captar som tanto da frente como 
de trás (ou seja, de lados opostos). E os microfones omnis captam o som 
de tudo que está ao seu redor.
Outras coisas também importantes
Uma gravação não é feita somente com câmeras, refletores, e 
microfones, faltam algumas coisas mais que não podemos deixar de 
mencioná-las:
 � Figurino: lembrem-se de ter todo o figurino que utilizarão para 
o filme em mãos, para que consigam realizar todas as cenas sem atraso;
 � Atores: Como vocês já conhecem todo o roteiro e StoryBoard, 
fica fácil identificar quantos atores estarão envolvidos, faça contato com 
eles e contrate-os;
 � Cameras-men: Os equipamentos de gravação não trabalham 
sozinhos, logo, você terá que ter alguém que tenha exatamente a função 
de ser a câmera para realizar as gravações;
 � Quiosques: para locais abertos (seja para se proteger do frio 
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo teremos como objetivo entender o porquê e 
de que forma vamos inserir imagens estáticas em um filme. 
Em muitos momentos o registro não é feito somente com 
imagens em movimento, mas de fotos também. Vamos às 
edições estáticas de um filme junto?
Sistemas e Multimídia26
ou do calor). Os quiosques, estruturas de metal com lonas, tem como 
finalidade além da proteção temporal, ser uma espécie de quartel general 
das gravações daquele set de filmagem.
Lembre-se de ter também muita bebida e comida, as filmagens 
podem ser exaustivas.
Hora de gravar
Tudo pronto, material escolhido, atores já com seus figurinos, set 
montado, agora é a hora de todos na volta fazerem silêncio e do diretor 
dizer a palavrinha mágica: “AÇÃO!”, certo?
Errado. Este é um momento crucial, onde tudo precisa ser 
novamente revisto, reanalisado, testado e garantido que nada dará 
errado (pelo menos quanto aos equipamentos). Conferir se tem baterias 
suficientes, lâmpadas reservas e cartões (ou HD’s) reservas. Somente 
após tudo isso, sente-se em sua cadeira e grite a sua palavra mágica, 
espere a claquete e veja seu produto bruto para mandá-lo para a edição.
E curtiu? Achou fácil construir um produto cinematográfico? 
Compreendeu a importância do StoryBoard? Agora só para termos 
certeza de que você realmente entendeu o tema deste capítulo, 
vamos resumir tudo que vimos. Você deve ter aprendido que uma 
produção deste tipo vai muito além do que pegar em um equipamento 
de filmagem, e apertar o “REC”. Com o roteiro em mãos, deverá criar 
um StoryBoard, realizar o plano de gravações, para ocupar um cenário 
somente uma única vez (se possível), pois assim terá menos gastos, 
escolher os equipamentos necessários e corretos. Só assim conseguirá 
ter um produto com a melhor qualidade possível. Espero que esteja 
gostando do que está aprendendo. Mas ainda temos um pouco mais, 
mais a ver. Recém chegamos na metade desta unidade. Vamos continuar 
essa caminhada para a próxima unidade? Conte conosco!
Inserindo imagens estáticas no vídeo
Porque utilizar imagens estáticas em 
vídeos
Sistemas e Multimídia 27
Muitas vezes pensamos que filmes são somente registros de 
movimento, porém em determinadas cenas destas produções, você vê 
uma imagem estática parada em um celular, ou mesmo a colocação de 
um cenário que um ator esteja passeando.
É justamente nestes tipos de cena que colocaremos as imagens 
estáticas. Vamos lembrar que não são efeitos especiais, ou seja, não foi 
gerada uma fotografia para se colocar em um porta-retrato do filme ou 
coisa parecida. Seria realmente colocar uma imagem estática (foto) de 
alguém ou algum lugar e o filme sobre ela.
De que forma utilizar imagens estáticas
Para aprendermos a inserir imagens estáticas nos nossos filmes, 
vamos utilizar o programa OpenShot (é um editor de vídeo, e mais antes do 
próximo parágrafo colocarei o link para download dele) que além de gratuito, 
é fácil de manuseio e os conceitos para outros editores são os mesmos. 
Para donwnload do OpenShot acesse o link: https://bit.ly/2y0wHsn
Para primeira informação, vamos abrir o OpenShot e espero que 
tenham chegado na tela que está abaixo:
Figura 14 - Tela de entrada do OpenShot.
Fonte: os autores
Neste ponto imagino que vocêjá tenha realizado o download do 
filme da sua câmera ou celular para o seu computador, dessa forma 
Sistemas e Multimídia28
vamos importá-lo para dentro de nosso projeto.
Clique no sinal “+” que tem na parte superior (como na imagem 
abaixo) para importar o seu vídeo para dentro do projeto. Repita esse 
processo para importar uma imagem (foto) também.
Figura 15 - Opção de Inserir arquivos no OpenShot.
Fonte: os autores. 
Após inserir os dois arquivos deve ter ficado como na imagem 
abaixo:
Figura 16 - Projeto com os arquivos.
Fonte: os autores. 
Você deve ter notado que o seu vídeo é identificado como se 
tivesse os “furinhos” de uma película de filme antigo e a foto simplesmente 
aparece a imagem dela.
Neste momento, você arrastará a sua gravação para a “Faixa 4” 
da TimeLine, colocando bem no início da linha do tempo. Isso porque 
queremos justamente deixar uma faixa acima e outra abaixo livres para 
nossos testes.
Sua timeline deve ter ficado desta forma:
Figura 17 - Timeline do OpenShot.
Sistemas e Multimídia 29
Fonte: os autores. 
Neste momento, vamos arrastar a imagem para a “Faixa 5”, 
também para o início. Caso sua imagem tenha ficado menor ou maior 
que o seu vídeo, vá com o mouse na lateral direita da imagem e ao 
trocar de forma (como na imagem apresentada abaixo), clique e segura 
o botão do seu maoude para aumentar ou diminuir a imagem e deixar do 
tamanho correto do seu vídeo.
Figura 18 - Antes de depois do ajuste de imagem.
Fonte: os autores. 
Neste momento, ao clicarem “Play” para testarem seu vídeo, 
notaram que a imagem ficou ocupando toda a frente do seu vídeo, ou 
seja, ficou em primeiro plano.
Isso acontece porque quando colocamos qualquer coisa em 
camadas mais acima esses elementos passam a ter maior prioridade de 
visualização do que os que estão em camadas mais abaixo.
Mas o que queremos fazer agora é apenas dimensionar a imagem 
para que fique no canto superior direito do seu vídeo.
Clique com o botão direito do seu mouse na imagem e clique 
em “Transformar” (lembre-se de deixar a linha de rodar o vídeo no início 
Sistemas e Multimídia30
do vídeo). Ao realizar esta ação verifique que na visualização da sua 
imagem no vídeo, apareceu nos cantos, laterais e centro opções para 
você modificar ela. Se realizou as devidas modificações como orientei, 
deve ter ficado como na imagem abaixo:
Figura 19 - Imagem reduzida e colocada no canto superior direito.
Fonte: os autores. 
Agora ao dar “play” verá que a imagem ficou estática e em primeiro 
plano, mas sem atrapalhar o seu vídeo.
Achou alguma dificuldade até este momento? Acredito que não, 
então poderemos seguir adiante.
Vou ensinar a colocar uns novos efeitos para vocês que pode dar 
aquele toque especial a mais em sua produção.
Coloquem agora o ponteiro de tempo no meio do seu vídeo, como 
na figura 20 e reajustem a imagem de vocês para que ocupe somente a 
metade direita da tela, ficando como minha figura 21.
Figura 20 - Localização do ponteiro de leitura de tempo.
Fonte: os autores
Figura 21 - Imagem ocupando meia tela.
Sistemas e Multimídia 31
Fonte: os autores
Agora deem um “play” novamente e vejam o efeito que a imagem 
fez. Gostaram? Viram a infinidade de efeitos que vocês podem aplicar 
com fotos?
Vamos agora redimensionar a imagem agora para a tela cheia, de 
modo que ocupe toda a sua tela de “pré-visualização” (com o ponteiro 
de tempo no início do vídeo – como na figura 22). Após mova a imagem 
para a “Faixa 3”, sempre deixando no início da faixa para coincidir com o 
início do vídeo.
Figura 22 - figura alterada para a faixa 3.
Fonte: os autores
Quando mandarem rodar o vídeo neste momento, verão que sua 
imagem não aparece mais. Por conta disso, vamos aprender a utilizar o 
efeito de ChromaKey, como veremos no próximo item deste capítulo.
Utilizando imagens estáticas com efeito de 
ChromaKey
Vimos anteriormente que após a última mudança, mesmo ocu-
pando a tela inteira, a sua imagem não está mais aparecendo.
Sistemas e Multimídia32
Isto ocorre justamente porque a prioridade de plano está em quem 
utiliza a faixa mais alta. Mas então como faremos a imagem aparecer em 
nossa tela? Antes de responder à esta questão, quero que olhem as imagens 
que eu utilizei, o que é que as imagens da menina têm em comum? O fundo 
verde. E não é à toa que ele está lá. Utilizamos o fundo verde para utilizar o 
efeito de ChromaKey, ou seja, um efeito para remover uma determinada cor 
do seu vídeo e substituí-lo pelo conteúdo que está nas camadas mais baixas. 
Sugiro que faça uma gravação com um fundo ou com a cor verde 
ou a cor azul, pois são as cores que as pessoas não têm em suas peles. 
Qualquer outra cor existe pigmentações delas em nossas peles. 
Claro que se desejar colocar outras cores criará outros efeitos, 
vale experimentar e rir um pouco.
Tanto o conceito como a execução são muito simples. Sigam 
exatamente meus passos e você terá um produto bem interessante. 
Quem sabe não vai “viajar” por várias partes do mundo sem sair da sua 
casa? 
Vamos então aos trabalhos!
Após ter reinserido o vídeo com um fundo padrão (no meu caso 
coloquei o fundo verde), e temos a nossa imagem em uma camada abaixo 
do nosso vídeo, você seguirá exatamente os passos abaixo descritos.
Selecione o seu vídeo e no quadro onde tem os arquivos do seu 
projeto, tem também uma aba chamada “EFEITOS”. Clique nela.
Procure o efeito “Chroma Key (Tela Verde)” (não, não precisa ser 
necessariamente tela verde como lhes falei já, vou ensinar a trocar a cor 
do efeito no decorrer dos ensinamentos), clique nele e arraste para o 
seu vídeo. Neste momento, o seu vídeo deve ter ficado com um detalhe 
como na imagem abaixo:
Figura 23 - Detalhe de efeito Chroma Key no Vídeo.
Sistemas e Multimídia 33
Fonte: os autores
Neste momento, clique com o botão direito do mouse na letra “C” 
INTRODUÇÃO:
Como todo o produtor de filmes, o objetivo final é justamente 
um produto que pessoas assistam e se emocionem, neste 
capítulo, desta unidade de aprendizagem não será diferente. 
Vamos aprender como finalizar um produto para entregá-lo 
a um cliente ou até mesmo para uma publicação on-line e 
gerar sentimento por parte de seus telespectadores.
e clique em “Propriedades”. Ao realizar este comando abrirá uma janela 
como vista na figura 24.
Figura 24 - Propriedades do Chroma Key.
Fonte: os autores
Dê dois cliques na cor do campo “Cor Chave”, para que possa 
selecionar uma nova cor. Após selecionar a cor, ajuste o campo “Cotão” 
para apagar o máximo da sua cor selecionada. Quando maior o valor 
deste campo, maior será o que apagará da cor, mas cuidado, aumentando 
demais pode interferir do seu produto, por isso é bom fazer testes. 
Não existe um valor ideal, você terá que ajustar conforme cada 
caso. Espero que tenha gostado dos estudos até aqui. Leia o “Resumindo” 
do capítulo para ver se não perdeu nenhuma informação.
Sistemas e Multimídia34
E curtiu? Achou fácil inserir imagens? Compreendeu a importância 
de colocarmos imagens (fotos) nos seus vídeos? Agora só para termos 
certeza de que você realmente entendeu o tema deste capítulo, vamos 
resumir tudo que vimos. Você deve ter aprendido que uma edição 
envolvendo imagens estáticas não é algo tão complicado, e de certa forma 
é até divertido. Utilizar as camadas para definir o que será visualizado e 
de que forma, ou utilizar efeitos como o Chroma Key são recursos que 
todo o editor tem que sempre ter como carta na manga. Espero que esteja 
gostando do que está aprendendo. Mas ainda temos um pouco mais a ver. 
Falta apenas mais um capítulo. Não vamos desistir agora, não é mesmo? 
Vamos continuar essa caminhada para a próxima unidade? Conte conosco!
Finalizando e entregando o produto final 
do vídeo
Criação de Capítulos
REFLITA:
Você já assistiu ou conhece alguém que tenha assistido 
toda a trilogia do filme “Senhor dos Anéis”? Qual é a reação 
das pessoas ao término do primeiro filme?E do segundo? 
A reação de todos é sempre a mesma: “Como assim 
acabou???”. Justamente por isso cuide quando for dividir 
seu filme, para que não fique com a história dividida “sem 
pé nem cabeça”!
Até este momento, vínhamos trabalhando com o OpenShot, um 
programa de edição de filmes que é gratuito e bem leve, sendo uma 
excelente escolha para quem está entrando neste universo de editoração.
Sistemas e Multimídia 35
Porém, neste software não é possível criar capítulos, menus e tão 
pouco exportar o filme para uma mídia física de DVD. O único produto 
que este aplicativo gera é um arquivo de vídeo editado por você.
Por este motivo não vamos utilizar softwares e sim entender o 
conceito de o porquê temos que criar menus, e vou realizar algumas 
sugestões de programas para que você possa utilizar.
Talvez você não seja da época de ir em uma locadora de vídeos 
e retirar um filme em VHS para assistir em seu vídeo cassete em casa, 
porém lhe digo (apesar da nostalgia) que chegava a ser algo muito 
trabalhoso de se assistir, pois os filmes não possuíam capítulos e nem 
tão pouco sessões. Mas o que é que vem a ser essas coisas?
Quando colocamos um DVD ou Blu-Ray em nossos aparelhos em 
casa (sejam aparelhos reprodutores de dvd ou consoles de games) para 
rodar um filme, temos como a primeira tela já algumas opções, algo 
como capítulos, linguagens, informações, etc.
Tudo isso torna-se a tarefa de assistir a uma produção cinema-
tográfica muito mais fácil, pois podemos escolher o capítulo mais próximo 
de onde paramos para retornarmos a assistir (caso tenhamos parado em 
algum momento) ou trocar o idioma da legenda e assim por diante.
Para criarmos isso em nossos filmes, você poderá fazer de duas 
formas: ou utilizar um programa mais robusto, como por exemplo 
Pinnacle Studio ou Adobe Premier. Nestes softwares, além da edição 
de vídeo já contam com a possibilidade de gravação de mídias como 
DVD, assim como a criação de menus de DVD e seleção de capítulos 
diretamente na própria timeline.
Mas caso você não tenha condições de adquirir uma licença de 
uma destas aplicações acima ( valores que variam de planos mensais à 
milhares de reais em casos de comprar a licença vitalícia), tem a opção 
de continuar utilizando o seu editor OpenShot, porém usará também 
outro aplicativo, que é o DVDStyler.
Como o OpenShot não cria os capítulos e nem grava diretamente 
em uma mídia de DVD, você terá que definir os capítulos dividindo o 
seu filme em arquivos menores (algo do tipo: se o filme tem 2 horas 
de duração e você quer criar 4 capítulos para seu filme, terá que fazer 
arquivos de 30 minutos).
Sistemas e Multimídia36
Após gerar estes arquivos menores, você irá abrir o DVD Styler 
para criar o menu, como veremos no próximo item deste capítulo.
Criação de Menus para o DVD
Vamos utilizar o DVD Styler para criar o seu DVD com um menu 
de capítulos personalizáveis.
Abra o software e logo você verá a seguinte tela:
Figura 25 - Tela inicial do DVD Stlyer
Fonte: os autores
Vamos entender alguns itens desta tela de abertura.
Em primeiro lugar, temos duas opções principais: Ou “Criar um 
novo Projeto” ou “Abrir um arquivo de projeto existente”. Como entendo 
que você está conhecendo deste programa agora, vamos deixar marcada 
a opção para criarmos um novo projeto.
No primeiro campo logo abaixo tem “Etiqueta”, que nada mais é 
do que o nome que o DVD terá, ou melhor, o nome do seu projeto.
Logo abaixo tem como você escolher o tipo de mídia que utilizará 
(CD, vários tipos de mídias de DVD ou ilimitado – que é o que nos 
ateremos, o tipo DVD-5).
Bitrate de vídeo e de áudio é a velocidade com que será realizada 
Sistemas e Multimídia 37
a gravação destes itens na mídia. Em um DVD, o vídeo é gravado de 
modo separado do áudio, por isso desta distinção. A regra para manter 
uma excelente qualidade é: “Quanto maior melhor será!”.
No campo de baixo temos que prestar um pouco de atenção, 
pois este campo é “Comando padrão pós-título:”, isso quer dizer que 
quando o seu capítulo chegar ao final, o que é que deve ser executado. 
Analisando as informações contidas neste campo temos:
 � “Chamar último menu” → ao acabar o capítulo será enviado 
para o último menu utilizado (em caso de mais de um menu);
 � “Chamar menu raiz” → ao acabar o capítulo será enviado 
para o menu raiz (mesmo menu que é aberto ao inserir o DVD em seu 
aparelho);
 � “Iniciar o próximo título” → iniciará automaticamente o próximo 
capítulo.
Abaixo teremos as opções de formato de vídeo, que deverá ficar 
selecionado em PAL (é um sistema com maior qualidade que o NTSC), 
o aspecto, que informa o formato da tela a qual será exibida (atualmente 
utilizamos telas e televisores de 16:9 [falamos sobre isso no primeiro 
capítulo desta unidade]) e no formato de áudio deixe marcada a opção 
AC3 de 48kHz (que é o sucessor do formato MP3). 
Agora que estamos com todas as opções marcadas, cliquem em 
OK e vamos realmente dar início ao nosso projeto de produção de uma 
mídia de filme para algum cliente, ou quem sabe para exibição em um 
cinema próximo! Ao clicar em OK chegamos a mais uma tela, conforme 
é mostrada abaixo:
Figura 26 - Tela de seleção de modelo de menu.
Sistemas e Multimídia38
Fonte: os autores
Aqui vamos selecionar o formato de menu que mais se assemelha 
com o que desejamos para nosso projeto. Neste momento vamos 
apenas ver como criar nosso menu e gravar a mídia, mais adiante (no 
próximo tópico) veremos como personalizar.
Ao Escolher clique em OK.
Na tela exibida na sequência, nos traz informações importantes, 
como o tempo total de vídeo que pode conter no DVD (136 minutos de 
vídeo, ou seja, 2 horas e 16 minutos) na parte bem inferior da tela, como 
pode ser visto na figura 26.
Figura 27 - tela de produção do menu. 
Sistemas e Multimídia 39
Fonte: os autores
Nesta imagem acima ainda, você deverá clicar na opção de 
procurar arquivos (no lado esquerdo da tela), para procurar os seus 
arquivos de vídeo em partes como você já os dividiu no OpenShot.
Neste ponto, deverá apenas arrastar os arquivos para a parte de 
baixo do programa, sempre lembrando de deixar na ordem correta de 
execução, caso contrário o seu vídeo final ficará um tanto estranho e fora 
de ordem para quem o assistir.
Depois de colocar os vídeos sua tela deve ter ficado com uma 
aparência parecida com a que estou colocando abaixo:
Figura 28 - Tela com arquivos de vídeos no programa.
Sistemas e Multimídia40
Fonte: os autores
Agora só falta colocarmos o nome do nosso filme na tela de início 
do menu e estamos quase prontos para gravar na mídia.
Para personalizarmos o título do menu, vamos justamente clicar 
onde diz “Menu 1” e vamos dar dois cliques sobre o “TITULO DO DISCO”. 
Agora abrirá uma nova tela onde você poderá personalizar o título com o 
texto que desejar, alterar a fonte e cor do texto, ajustar tamanhos, indicar 
se o texto terá alguma inclinação ou não e também a localização do 
texto no sistema de plano cartesiano (X e Y).
Até o final dos anos 1990 era “moderno” colocar textos com 
inclinações e rotações, porém de uns tempos para os nossos dias atuais 
(2020) quanto mais reto e limpo for o texto melhor. Podemos personali-
zarmos com fontes, mas não com inclinações.
Estão gostando até este ponto? É muito satisfatório criar algo e 
chegar ao final, porém ainda não acabamos, temos mais alguns detalhes 
que temos que personalizar, para que nosso cliente fique muito satisfeito.
Sistemas e Multimídia 41
Importância do tema dos menus e 
finalização
Viram que a criação de menus não é algo complicado, e nem de 
outro mundo. Temos sim que ficar atentos à separação do nosso vídeo 
que viemos editando desde o início para criar os devidos capítulos.
Mas nosso tema neste momento é o assunto do vídeo.
Imaginem terem todo um trabalho para criar um filme baseado 
em um drama que acontece em um determinado local (um navio talvez), 
passar pelas filmagens,edições, refilmagens, reedições, para então cair 
na finalização do produto que será enviado ao cliente ou ainda aos 
cinemas, mas o menu de abertura aparecer com máscaras de baile de 
máscaras. Ficaria no mínimo estranho de se visualizar, pois não passará 
a ideia real do filme, além de amadorismo na produção final.
Pensando nisso vou lhe ensinar a personalizar o seu menu.
Pense em alguma cena do seu filme que o defina mesmo. Tire uma 
fotografia desta cena para utilizarmos como fundo deste menu do DVD.
Agora que separou a foto, onde você personalizou o título de seu 
DVD, dê dois cliques no fundo da tela e lhe abrirá as seguintes opções:
Figura 29 - Opções para personalização do Menu.
Fonte: os autores
Sistemas e Multimídia42
Agora onde está escrito “FUNDO” você clicará no botão “...” para 
procurar sua fotografia do filme e após clicará em “ABRIR”.
Quando voltar para tela de seleção de fundo, você ainda pode 
colocar a música tema de seu filme como fundo deste menu, da mesma 
maneira que fez com a foto, mas com o som do filme no campo “ÁUDIO”.
Clique em OK e neste momento seu menu já deve estar muito 
mais atrativo e impactante do que um fundo padrão sem som e porque 
não dizer: “sem sal!”. Para finalizar e gravar seu disco, clique na opção 
de gravar, que é um disco vermelho, como mostro na figura 29 abaixo:
Figura 30 - ícone para gravar DVD. 
Fonte: os autores
Marque a opção “GRAVAR” e com um DVD virgem inserido em 
seu drive de DVD, clique no botão “INICIAR”.
Parabéns, pois você acabou uma produção digna de um Oscar!
Gostou desta jornada? Leia agora o resumo do nosso capítulo 
para finalizar seus estudos.
Gostou? Menus fazem ou não a diferença? Compreendeu a impor-
tância de entregarmos um produto bem acabado ao seu cliente? Agora só 
para termos certeza de que você realmente entendeu o tema deste capítulo, 
vamos resumir tudo que vimos. Você deve ter aprendido que existem 
softwares que fazem tudo no quesito de edição, do início ao fim, mas eles 
possuem um custo, ao passo que de modo gratuito você terá um pouco 
mais de trabalho, mas não por menos deixará de ter um trabalho de alta 
qualidade, criando capítulos e menus, deixando personalizados e gerando 
um impacto em seus telespectadores. Espero que tenha gostando do que 
aprendeu. Tivemos uma jornada e tanto, mas não pare agora, não pense 
que seus estudos acabaram. O mundo de sistemas multimídias nunca 
para de aparecer assuntos e produtos novos, fique atento e busque uma 
atualização constante. Não vamos desistir agora, não é mesmo? Obrigado 
por fazer parte deste percurso todo comigo! Quem sabe nos encontramos 
em uma próxima oportunidade. Até a próxima!
Sistemas e Multimídia 43
BIBLIOGRAFIA
365FILMES. Para que serve a Claquete. Fonte: É nóis na fita: 
https://bit.ly/35g95fc. Acesso em: 12 de mar 2020. 
ALVES, V. (2018). Guia definitivo - Tipos de máquinas fotográficas - 
Aprenda a escolher a câmera certa para você. e-book: Fotografia Dicas.
CELULARDIRETO. Aprenda a gravar vídeos como um profissional 
com seu celular. Disponível em: https://bit.ly/2SkGzns. Acesso em: 12 de 
mar 2020.
CIMA, M. Lista de verificação de Pré-produção. Disponível em: 
https://bit.ly/2SjfIIs. Acesso em: 12 de mar 2020.
ELSYS. Qual a diferença entre PAL e NTSC. Disponível em: https://
bit.ly/2VKzAGI. Acesso em: 12 de mar 2020.
SALLES, F. Iluminação para Cinema e Vídeo. Disponível em: 
https://bit.ly/2y0qz3l. Acesso em: 12 de mar 2020.
SILVA, C. O. (2007). Vídeo Digital: Livro Didático. Palhoça: UNISULVIRTUAL.
SONY. Introdução às características das câmara de Vídeo explicadas. 
Disponível em: https://bit.ly/3f7VdZl. Acesso em: 12 de mar 2020.
VASQUES, V. Conheça os tipos de lentes para câmeras DSLR. 
Disponível em: https://glo.bo/2ShKcuA. Acesso em: 12 de mar 2020.
	Equipamentos para gravações
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