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LINGUAGEM DOS MEIOSLINGUAGEM DOS MEIOS
AUDIOVISUAISAUDIOVISUAIS
TÉCNICAS DE EDIÇÃO ETÉCNICAS DE EDIÇÃO E
MONTAGEMMONTAGEM
Autor: Me. Duil io Maximiano Lanzoni
Revisor : Car los Br ioschi
IN IC IAR
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
1 of 33 05/10/2021 12:44
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_3/ebook/index.html#section_1
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_3/ebook/index.html#section_1
introduçãoIntrodução
Em se tratando de produção de audiovisual, salientamos a importância
fundamental da edição, por se tratar de uma das partes mais importantes na
apresentação �nal de qualquer vídeo ou �lme, pois essa ferramenta transmitirá
a milhões de espectadores as mensagens e objetivos propostos para competir
num mercado tão competitivo. Portanto, muito é exigido da fase de edição, na
concepção e na produção de cinema e vídeo, seja, antes pelas exigências
estéticas, ou nos dias de hoje, por conta da in�uência da internet e redes sociais,
sempre exigindo o melhor produto possível.
A montagem é responsável pelo resultado �nal desejado. Exige grande
conhecimento, habilidade e experiência por parte do editor, que deverá
reconhecer quais imagens deverão ser selecionadas em sequência, descartando
ou melhorando “partes ruins”, ao usar uma cena e juntar com outra para se
chegar a um produto �nal satisfatório, ou seja, tornar as imagens num �lme ou
vídeo. As mensagens que se quer transmitir, sejam de compaixão, ódio,
conhecimento, ou sentimentalismo, entre outros, dependerão da estrutura da
edição realizada, levando em consideração os enquadramentos, sons, estruturas
do vídeo etc.
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
2 of 33 05/10/2021 12:44
Contar uma história através do cinema e do vídeo não depende apenas do
roteiro, da narrativa, da árdua tarefa de gravar imagens, dirigir atores, observar
os enquadramentos etc., ela depende também, e muito, de juntar todo o
material gravado e fazer a Edição ou Montagem, que basicamente é a tarefa de
reordenar as cenas gravadas; de remover cenas ruins; incluir sons, e tantos
outros detalhes,  para    que depois de �nalizado esse processo, o público
espectador assimile a mensagem do conteúdo, sentindo as   sensações e
emoções arquitetadas pelo autor.
Um corte ou colagem de imagem no momento errado, ou efeitos sonoros, com
uso de uma música inadequada, pode tornar inútil todo o trabalho anterior. O
pro�ssional de edição mais habilitado e experiente de ontem usava a moviola e
muita criatividade para fazer os cortes e transições, o pro�ssional de hoje
também usa a criatividade, mas também tem que ser habilitado e experiente em
usar os “softwares” de programas avançados de edição que facilitam e oferecem
maiores possibilidades na hora da montagem resultando em um excelente
Edição deEdição de
AudiovisualAudiovisual
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
3 of 33 05/10/2021 12:44
produto �nal.
Há uma discussão a respeito da terminologia se o certo é Montagem ou Edição.
Teoricamente poderíamos dizer que é a mesma coisa, ou melhor, trata-se do
mesmo ato, porém há quem veja diferenças: Montagem vem do francês
Montagem, enquanto que Edição vem do inglês Edition. No entanto, há
pro�ssionais que tratam o assunto com rigor, especi�cando que Edição é o
processo e Montagem é o exercício intelectual e criativo. Os cineastas de
formação europeia preferem falar em montagem, argumentando que existe
beleza por trás de uma montagem, e não apenas um exercício técnico em
manipular equipamentos de cortes no sequenciamento das cenas.
Unir fotos e cenas captadas em diferente locais requer um roteiro prévio e uma
narrativa do contexto, para que a edição faça um trabalho capaz de criar na
Figura 3.1 - Rolo de �lme
Fonte: sashkin7 / 123RF.
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
4 of 33 05/10/2021 12:44
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_3/ebook/index.html#
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_3/ebook/index.html#
mente do espectador uma história coerente
Os primeiros �lmes de cinema, como vimos na Unidade anterior, duravam
poucos minutos e eram de fato a projeção de uma sequência de fotogra�as, sem
contar uma história. Mostravam apenas atividades, como por exemplo, um
cavalo andando de ponto a outro, ou uma rua com as pessoas e veículos em
movimento. Não havia Edição, ou seja, cortes de cena, nem inserção de outra
cena para dar continuidade para contar um fato ou uma história. Logicamente
não havia um roteiro nem uma narrativa.  As imagens eram contínuas sem
tomadas de planos ou ângulos diferentes. Serviam apenas para divertir o
público, que via as imagens em movimento como uma novidade. Contam-se
lendas de que algumas pessoas saíram correndo da sala de projeção quando
viram pela primeira vez as cenas de uma locomotiva em movimento, achando
que seriam atingidos por ela.
Um fabricante inglês de equipamentos ópticos, chamado Robert W. Paul, que
em 1898 passou a fabricar equipamentos para cinema, foi o primeiro a
apresentar um �lme com mais de uma sequência de cenas. Ele �lmou um casal
almoçando em frente a uma exposição de arte, e pessoas entrando na
exposição. Depois �lmou o que as pessoas estavam fazendo dentro da
exposição. Em seguida emendou as duas cenas, mostrando assim um fato
ocorrido (começo, meio e �m). Dessa forma nascia a edição.
R. W. Paul fabricou uma câmera capaz de captar a inversão de marcha,
possibilitando assim imagens superpostas, ou seja, expor um negativo múltiplas
vezes. O francês George Méliès foi o primeiro cineasta a utilizar essa técnica, em
1898.
A partir de 1900 a tecnologia do multi-shot (multidisparo) já estava sendo usada
correntemente e a edição já estava praticamente consolidada entre os cineastas.
Os �lmes já contavam com duração de até cinco minutos, e o público já ia às
salas de projeção com a expectativa de assistir a uma história com começo, meio
e �m.
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
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Miélès fez um �lme, em 1902, chamado “Le Voyage dans la Lune” (Viagem à Lua),
considerado um marco na história do cinema. O �lme tem enredo e narrativa, e
representa um avanço na arte da edição. Ele monta imagens de um canhão que
lança uma gigantesca bala levando astrônomos em direção à Lua e na sequência
seguinte a bala aterrissa no olho da Lua. Em seguida apresenta cenas de
selenitas capturando os terrestres, que por �m conseguem escapar e voltar à
Terra.   Ele usou técnica de sobreposição, fusão e exposição de múltiplas
imagens, e fez a edição desse material, numa mesa, cortando e colando as
imagens na sequência desejada.
Em 1903, Edwin S. Porter, um cineasta norte-americano, produziu o �lme “The
Great Train Robbery” (O grande roubo de trem), com 12 minutos de duração. Ele
gravou vinte tomadas de cena, em dez locais internos e externos diferentes,
depois usou o método de edição transversal, mostrando ações que ocorriam
em diferentes lugares, mas simultaneamente. Por exemplo: uma cena foi
gravada em um cenário dentro de uma estação de telégrafo (montada no
estúdio), e depois outra cena é gravada com os personagens ao ar livre, perto de
uma caixa d´água. Depois que as �tas das duas cenas foram montadas
(editadas), o público teve a impressão de que os personagens saíram do
telégrafo e foram imediatamente para a caixa d´água. Hoje isso parece muito
simples, mas na época representavauma verdadeira revolução.
Nos anos seguintes a evolução do processo de edição foi tão rápida quanto o
sucesso do cinema junto ao público.
Durante o período do cinema e vídeo analógico, em que as imagens eram
gravadas em uma película, o trabalho de editar era manual. Os cortes eram
feitos diretamente na �ta, e depois colados na sequência que se desejava. Em
1917, o engenheiro holandês Iwan Serrurier inventou a Moviola (para muitos é
sinônimo de mesa de montagem), que era uma máquina, onde se colocava a
película de �lme gravado, e o editor/montador girava uma manivela fazendo a
película passar por um visor. Ele via as cenas em movimento, e então ele
selecionava, cortava e colava os pedaços de �lmes, na sequência desejada pelo
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
6 of 33 05/10/2021 12:44
diretor.
Figura 3.2 - Moviola vertical
Fonte: Sebastian Wallroth / Wikimedia Commons.
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
7 of 33 05/10/2021 12:44
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_3/ebook/index.html#
https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos/DEM_LIMAUD_20/unidade_3/ebook/index.html#
O trabalho de edição é bastante exaustivo e demorado. O renomado editor
Walter Murch coloca as di�culdades que enfrentou quando fez edição de
“Apocalipse Now”:
Considerando apenas o tempo que levou para �nalizar o �lme (eu
editei a imagem durante um ano e passei mais um ano preparando e
mixando o som), essa  foi a pós-produção mais longa de um �lme no
qual trabalhei e talvez isso ajude a esclarecer um pouco a ideia do
que signi�cam ou podem signi�car condições (MURCH, 2004, p. 13).
Na última década do século XX entrou em uso o processo digital para edição de
�lmes. Em 1996 todos os �lmes que ganharam o prêmio Oscar foram editados
pelo novo processo.
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
8 of 33 05/10/2021 12:44
praticarVamos Praticar
É na ilha de edição que o �lme nasce de fato. Ele pega o material bruto, isto quer dizer
que são cenas �lmadas fora de ordem de tempo e espaço, sem as emoções
pretendidas pelo autor e pelo diretor, como por exemplo, os choques, os momentos
de tensão ou de ternura, e os sons adequados, e coloca tudo isso numa ordem capaz
dar “vida” à história, portanto está claro que o �lme é construído na mesa de edição.
Assinale a alternativa correta.
a) O montador nunca deve estar submetido à supervisão do roteirista e
dodiretor, para poder obter as emoções pretendidas pelo autor.
b) As cenas brutas são inseridas pelo diretor na sequência sem os momentosde
tensão e sem sons adequados.
c) O Editor deve estar sempre de acordo com o produtor sem interferência do
diretor.
d) O editor pega o material bruto e dá vida à história, de acordo com as
pretensões do produtor.
e) O editor pega o material bruto e dá vida à história, de acordo com
aspretensões do autor e do diretor.
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
9 of 33 05/10/2021 12:44
Após concluída a fase de �lmagens entramos na fase da pós-produção, que é a
fase dos cortes e montagens das cenas que foram gravadas nos estúdios e nas
externas (fora do estúdio). Esse trabalho é de responsabilidade dos editores de
�lmes e seus assistentes. Antes essa função era atribuída a vários pro�ssionais
especializados em cada fase da produção, como por exemplo: editores de
imagens, (fotos e imagens); editores de efeitos visuais; editores de som e música
etc.   Existem também os editores que fazem edição ao vivo. São os que
trabalham editando programas ao vivo e edições de telejornalismo.
Hoje, todo o trabalho de edição é feito pelo processo digital, usando os
softwares especí�cos para essa função. Para um trabalho bem elaborado, no
entanto, o equipamento tem de ser manejado por um editor com bastante
talento e criatividade, para que se tenha uma montagem coerente não só de
sequências de imagens, história, música, ritmo, diálogos e impacto visual, mas
também a performance dos atores.
Prática de Edição ePrática de Edição e
MontagemMontagem
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
10 of 33 05/10/2021 12:44
O Editor
É lógico que a tecnologia empregada para a edição conta muito, mas é a com
competência do editor, com olhar estético bem apurado, sincronizando-o com o
roteiro e com a narrativa pretendida que se obtêm os efeitos visuais e
dramáticos desejados. O trabalho do montador de selecionar, ordenar e ajustar
os planos gravados pela equipe de produção deve sempre contar com a
supervisão do diretor e, dependendo do caso, também do produtor. Há,
inclusive, alguns diretores perfeccionistas como é o caso do japonês Akira
Kurosawa, e do iraniano Bahram Beyzai, que editam seus próprios �lmes.
Uma referência na arte de edição é o cineasta soviético Sergei Eisenstein que foi
um dos primeiros a explorar o sentido emocional nos cortes e montagens
segundo comenta Saraiva e Cannito (2004), em seu livro manual do roteiro.
O editor deve ter muito cuidado e muita atenção, porque na hora de editar ele
pode encontrar erros e falhas na gravação, e há casos em que a cena tem de ser
gravada novamente. É na ilha de edição que o �lme nasce de fato. O editor pega
o material bruto, isto quer dizer que são cenas �lmadas fora de ordem de tempo
e espaço, sem as emoções pretendidas pelo autor e pelo diretor, como por
exemplo, os choques, os momentos de tensão ou de ternura, e os sons
adequados, e coloca tudo isso numa ordem capaz dar “vida” à história, portanto
está claro que o �lme é construído na mesa de edição.
A edição de vídeo é um processo tanto artístico quanto técnico que requer
alguns requisitos básicos que devem ser aperfeiçoados para quem quer se
tornar um bom editor, por isso é importante observar os seguintes itens:
a) saber utilizar-se dos meios técnicos disponíveis para edição, dominando
todos os recursos disponíveis no equipamento ou no programa de computador
(caso da edição digital), procurando tirar o máximo proveito dele;
b) desenvolver habilidades para saber selecionar e organizar as imagens e os
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
11 of 33 05/10/2021 12:44
sons gravados, para inseri-los no lugar exato e no tempo certo – às vezes
milímetros de espaço e milionésimos de segundos contam muito para se obter
um resultado perfeito;
c) selecionar e adequar as imagens e sons originalmente captados com olhar
estético para que o resultado da edição não �que apenas bem �nalizado, mas
também artisticamente bem acabado.
A passagem do sistema de edição analógico para o sistema digital exigiu um
esforço imenso dos pro�ssionais da área na época, porém hoje praticamente
todas as edições são feitas digitalmente, e os pro�ssionais da área dependem do
seu conhecimento e da sua habilidade em manipular programas de
computadores, como veremos mais adiante.
reflitaRe�ita
Na produção de um audiovisual de um
anúncio publicitário, usamos os
mesmos procedimentos usados nas
produções para cinema e vídeo. O
cliente passa um brie�ng para a Agência
de Publicidade, contendo todas as
informações sobre o produto a ser
divulgado, tais como: composição,
embalagem, formas de uso etc. A partir
do brie�ng os pro�ssionais da agência
irão usar a criatividade para elaborar
conceitos, títulos, textos, fazendo
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
12 of 33 05/10/2021 12:44
Corte e Transição
O trabalho “braçal” do editor/montador está na mesa de corte (também
chamada de switcher ou mixer) onde estão os equipamentos para fazer os
cortes e as transições.É aqui que as gravações vão se transformar de fato em
um �lme completo e acabado.
opções estéticas e visuais etc. O
departamento de produção irá então
para a execução do audiovisual. Para
�lmar o anúncio publicitário, segue-se a
lógica e os métodos usados para
cinema e vídeo: as cenas são gravadas
conforme narrativa e roteiro. De posse
das cenas gravadas passa-se para a fase
da edição que vai fazer a seleção das
melhores cenas, para montagem da
versão de�nitiva do �lme. Para essa
versão de�nitiva onde o editor deverá
procurar informações sobre as imagens
adequadas e os cortes a serem feitos?
  Não devemos esquecer que o
espectador desse audiovisual é o
consumidor, que deverá ser estimulado
a adquirir o produto.
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
13 of 33 05/10/2021 12:44
Corte não é apenas o trabalho de eliminar cenas que, durante o processo de
gravação não �caram boas ou não adequadas à narrativa. O corte é
fundamental para cada movimento. Dentro da cena ele serve para suprimir
movimentos inconvenientes, como por exemplo o piscar de olho inadequado do
ator/atriz durante um close-up. Através dele podemos inserir alguns elementos
importantes para manipular a atenção do espectador, como por exemplo atrair
o olhar dele para região da cena que queremos que olhe, ou cortar cenas pouco
interessantes para inserir cenas de motivação visual e sonora. Outro exemplo
são as cenas de lutas ou de muitas agitações, aí o corte é feito para provocar
mais impacto, aumentando a velocidade nos movimentos, eliminando falhas nos
choques ou nas quedas. O corte é seguido de outro elemento fundamental –  a
transição.
Transição é aquilo que é inserido entre duas cenas, servindo de passagem entre
uma e outra. Serve também para prolongar uma cena interessante, como por
exemplo, colocando o elemento sonoro mais alto (uma música, ou a voz do
personagem em o�) para atrair a atenção do espectador enquanto a cena vai
desaparecendo aos poucos, dando lugar à nova cena.
Na história do cinema, os efeitos de transição existem desde o seu
início, e com os mesmos objetivos de ampliar a dramaticidade e o
choque, mas em menor número de opções. Só recentemente, com a
entrada do sistema digital para �lmes transferidos para vídeo de alta
resolução, as opções foram diversi�cadas (GOSCIOLA, 2003, p. 124).
Hoje, de fato, com a edição digital os cortes e transições são feitos com os
 softwares de edição, mas é importante saber a terminologia dos procedimentos
feitos na “mesa de corte”.
Tipos de Cortes
1. Standard Cut ou Hard Cut - chamado também de Corte Seco, é um
corte direto, de uma cena para a próxima, sem os efeitos de transição:
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
14 of 33 05/10/2021 12:44
juntam-se o último quadro de uma cena ao quadro da próxima. É
próprio para quando se quer uma sequência de imagens dentro do
enredo.
2. Jump Cut - literalmente seria um “salto cortado”. Realmente é uma
espécie de salto brusco e repentino no tempo e no espaço
(dependendo do caso), isto é, em fração de segundos passa-se de um
assunto para outro para tornar o �lme/vídeo mais dinâmico,
transmitindo sensação de rapidez, quando é o caso. Por exemplo, cenas
da mulher em casa, corta, num piscar de olhos, para o marido no
escritório. É o corte mais comum numa montagem.
3. Cutting on action - é o corte usado para a passagem de um plano para
outro, porém centrado na ação, isto é, numa sequência de ações. O
personagem ou o movimento do personagem começa a ação, num
plano, e termina em outro. Muito usado em lutas, por exemplo, numa
cena de soco: o personagem inicia o movimento do soco num plano, e
imediatamente, em outro plano aparece o soco atingindo o rosto do
adversário, em close-up. Essa montagem nos dá a impressão de
continuidade.
4. Cutaway - esse corte é usado quando se quer dar contexto à cena para
aumentar a dramaticidade. A ação principal é interrompida e é inserido
um objeto entre ela e a próxima. Por exemplo, um personagem está
conversando com outro pelo telefone, e as cenas �cam se alternando
entre um e outro, porém, em dado momento focaliza-se o teclado do
telefone. É usado também para inserir um objeto importante na trama,
como por exemplo, focalizar uma arma providencial que surgiu para o
personagem apanhar e se defender do agressor. Muitos usam essa
técnica para sobrepor cenas que foram gravadas erradas ou mal
gravadas.
5. Match Cut - é aquele corte usado para combinar cenas diferentes, mas
com imagens semelhantes em um curto espaço de tempo, mantendo
relação entre um e outro sem desorientar o espectador. O exemplo
mais lembrado é do �lme “2001 uma Odisseia no espaço”: no início do
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
15 of 33 05/10/2021 12:44
�lme um primata atira um osso para o alto, e a câmera acompanha o
osso em direção ao céu e imediatamente há o corte para uma nave,
com o formato do osso, navegando pelo espaço sideral.
6. Cross Cut - é usado para quando se tem duas ações paralelas, porém
em lugares diferentes, então se faz o corte de uma para outra. Às vezes
uma é de muita ação, a outra é de tranquilidade. Geralmente usada
para provocar tensão e suspense.
7. Invisible Cut - é usado para dar continuidade de forma tal que o
espectador nem percebe o corte. Está sendo muito usado no momento,
principalmente nos �lmes de super-heróis, em que as batalhas parecem
continuar por longos períodos, passando de um combate a outro sem
interrupção dando a impressão de que é um movimento continuado ao
longo do tempo e do espaço.
8. Smash Cut - é também um corte brusco, inesperado para o espectador
para marcar momentos emocionais marcantes. É feito quando há
diálogos ou momentos importantes da história.
Esses são os cortes mais usados em cinema e vídeo, porém, devemos estar
atentos para outros tipos de cortes, menos usados, e cortes que são próprios ou
criados por produtoras. Outra questão é a linha tênue que separa o que é corte
e o que é transição, pois seu entendimento pode variar de pro�ssional para
pro�ssional.
saibamaisSaiba mais
Recomendo aos estudantes essa série de erros
de edição que acabaram chegando até o
público, e que servem bem para ilustrar o Item
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
16 of 33 05/10/2021 12:44
Tipos de Transição
1. Iris - é quando o editor/montador escolhe uma forma, como por
exemplo, um quadrado, um losango, uma cruz, crescendo ou
encolhendo, para fazer a transição entre uma cena e outra.
2. Fade in e fade out - são feitas passagens entre os cortes, mas de forma
3.2 – Prática de Edição e Montagem.
Chamamos a atenção, sobretudo, para o erro
de Edição cometido no �lme “Transformers: A
Era da Extinção”, de 2014, dirigido  por Michael
Bay, onde o aluno vai ter a oportunidade de
ver uma cena em que aparece uma vã em cuja
parte traseira tem 12 monitores, usados
justamente para edição, porque  dependendo
das cenas, a edição é feita no local da
�lmagem. Vê-se que alguns monitores estão
exibindo o “chroma key” verde claro, outros já
com imagens. O chroma key consiste em
colocar o verde ou azul anulando o fundo,
podendo sobrepor outra imagem sobre ele,
através de computação grá�ca. Esse foi um
erro gravíssimo de corte e montagem, pois a
vã não deveria aparecer, mas é muito
interessante porque se vê uma ilha de edição
de externa completa. Assim, veja os “10 erros
bizarros de edição que foram para as versões
�nais de �lme”.
ACESSAR
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
17 of 33 05/10/2021 12:44
https://www.tecmundo.com.br/filmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-finais-filmes.htm
https://www.tecmundo.com.br/filmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-finais-filmes.htmlenta e em preto e branco.
3. Wipe - é como se fosse uma virada feita entre uma cena e outra,
fazendo com que a primeira cena se transforme na seguinte. Os
pro�ssionais da área costumam dizer que é preciso muita criatividade
para fazer o wipe.
4. Cross dissolve (Dissolução) = é quando uma imagem faz uma transição
lenta e gradual de forma que parece que ela está se dissolvendo para
formar a imagem seguinte. Pode também fazer isto com o
desbotamento de cores, dissolvendo uma sobre a outra para dar maior
contraste.                  
Edição Linear
Usando uma metáfora poderíamos dizer que editar pelo método linear
(analógico) seria o mesmo que usar uma máquina de datilogra�a para escrever,
e editar pelo método não linear (digital) seria usar o computador.
Na edição linear o editor pega todos os “takes” (tomadas de cenas gravadas
separadamente) e os coloca em ordem. Em seguida, de acordo com o roteiro
determinado pelo diretor, ele deverá escolher qual o tipo de transição irá usar
entre uma cena e outra.
Na edição linear usa-se uma “ilha de edição” contendo um ou vários
videocassetes, para projetar os tapes das cenas (takes) gravadas originalmente.
Um dos videocassetes chamado de Edit Controller controla os outros
videocassetes, e vai hospedar a �ta que servirá como edição �nal, chamada de
master. Os cortes nos takes são feitos em sequência numérica: cena 1, depois
cena 2, cena 3 e assim por diante. Depois vem a colocação da trilha e dos efeitos
sonoros; títulos; legendas e créditos.
Existem alguns tipos de videogravadores que vêm com dois modos de edição:
a) Assemble, onde todas os takes selecionados são copiados em outra �ta, já
Ead.br https://fmu.blackboard.com/bbcswebdav/institution/laureate/conteudos...
18 of 33 05/10/2021 12:44
colocando em ordem de sequência de cenas, e tempo de duração, e o áudio e o
vídeo são sincronizados.
b) Insert = nesse caso a pista de sincronização tem que ser feita com
antecedência.
Edição não Linear
É a forma de editar usando equipamentos digitais para digitalizar imagens das
tomadas de cenas gravadas (takes) que são transferidas para o hard disk de um
computador onde se transformam em arquivos digitais de vídeo, e assim podem
ser acessadas e processadas quase que instantaneamente, independente da
ordem em que as cenas foram gravadas.
Figura 3.4 - Editor de imagem em uma ilha não linear
Fonte: Diana Bargan / 123RF.
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Os primeiros equipamentos de edição digital eram computadores projetados
para essa �nalidade. Hoje não necessitamos mais de máquinas feitas
exclusivamente para esse serviço, basta apenas um computador padrão com
softwares destinados a essa �nalidade. Esse tipo de edição �rmou sua base nos
últimos dez anos.
Atualmente existem no mercado dezenas de softwares para serem usados em
edição de cinema e vídeo. Alguns são mais simples de serem operados, próprios,
portanto, para os amadores e principiantes na arte de editar, outros são de nível
médio e temos ainda alguns programas avançados, dirigidos para os
pro�ssionais que necessitam editar produtos de audiovisuais de alto nível de
qualidade.
Podemos selecionar alguns programas, levando em consideração o grau de
conhecimento na área audiovisual, bem como, de acordo com os custos
investidos e o destino do �lme ou vídeo.
Se o audiovisual que vamos produzir não exige muita preocupação quanto à
qualidade �nal, podemos lançar mão de dois programas que atendem
diferentes sistemas operacionais de que dispomos, tais como o Windows, Linux,
Macintosh e outros.
• MOVAVI = é um editor bem simples, mas oferece alguns recursos para
ajustar a cor, criar efeitos visuais, e outras ações. Ele tem uma versão
que já vem em português.
• OPENSHOT = é o mais indicado para quem se utiliza do sistema
operacional Linux. Oferece muita facilidade para os iniciantes, pois as
tarefas de cortar, inserir som e fotos, fazer efeitos visuais é bastante
facilitada, em função da simplicidade oferecida pelo seu menu de
tarefas.
• iMOVI= este é um editor que funciona muito no computador e outros
dispositivos móveis da Apple (iPhone, iPad) e também da Macintosh.
Embora ele não requeira muitos conhecimentos técnicos, ele tem
algumas limitações para editar vídeos que exigem complexidade  na
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importação e exportação de dados.
• VIDEOPAD = se o vídeo a ser produzido não exige edição muito
profunda, como fazer cortes, inserções de pequenos efeitos e fazer
junções esse programa é o ideal, devido à facilidade em operá-lo. Ele
serve tanto para o Macintosh como para o PC (Windows).
• OUTROS = como há muita concorrência entre os fabricantes desses
softwares. Poderíamos ainda citar como exemplo o FILMORA que já
vinha instalado nos PCs, mas que foi descontinuado, mas ainda pode
ser encontrado com facilidade, pois o sistema operacional Windows foi
um dos mais comercializados no Brasil.
Para quem está num nível intermediário, isto é, já tem um pouco de experiência
na área de edição existem alguns programas que se adequam mais a esse per�l.
• CAMTASIA = é o mais popular entre os produtores de vídeo,
principalmente aqueles que produzem vídeos para plataformas de
compartilhamento e para quem produz programas com conteúdo
educativo, tipo tutoriais e videoaulas, pois ele possui muitos recursos
de captura de tela e de seus próprios arquivos, facilitando muito o
trabalho de edição.
• PINNACLE STUDIO = esse programa oferece alguns modelos que
podem ajudar a editar de forma precisa e com segurança, mesmo para
quem não tem muita familiaridade com programas de edição
• POWER DIRECTOR = esse é um APP para edição de vídeo direto do
celular, e fácil para compartilhar o trabalho nas mídias sociais. Embora
só permita dois formatos (16X9 e 9X16) e seja só para Android, em
contrapartida oferece muita facilidade para operações como transições,
painéis para mixagem de som, efeitos, e inclusive tem controle de slow
e fast. Facilita também o trabalho de �nalizar o trabalho, porque ele
pode ser feito no próprio celular.
• LIGHTWORKS e WONDERSHARE = também oferecem mais facilidade
para quem já tem um pouco de conhecimento de edição.
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Para programas mais pro�ssionais, também encontramos muita concorrência
entre os fabricantes de softwares, que oferecem programas, embora para a
mesma função, mas não totalmente iguais, isto é, com algumas especi�cidades
próprias de cada um.
• ADOBE PREMIERE = é o programa que os editores pro�ssionais mais
gostam, devido a uma série de qualidades que o difere dos demais
principalmente pela sua robustez e também por ser o mais completo
proporcionando mais agilidade, e tem a vantagem de oferecer muita
diversidade de recursos para edição de vídeos produzidos dentro dos
padrões de uma produção pro�ssional. Funciona mesmo em
computadores com con�gurações simples. Além disso ele oferece
ferramentas integradas com os demais programas do pacote Adobe,
como os softwares Photoshop, After Efects e Audition , através do
Creative Cloud.
• SONY VEGAS = é um programa, embora bem pro�ssional, mas que é
também bastante versátil, por oferecer recursos que possibilitam editar
tarefas desde as mais simples até tarefas “dignas de Hollywood”,
segundo pro�ssionais da área.  O inconveniente é que o Sony Vegas Pro
está disponívelapenas para o sistema operacional Windows, mas por
outro lado ele conta com um sistema de exportação de imagem de alta
capacidade, além de um app (Vegas Pro Connect) que auxilia no
compartilhamento via Tablet.
• DA VINCI RESOLVE 12.5 = o lado bom desse programa é que ele além
de ser ótimo, é oferecido gratuitamente, desde que seja instalado num
computador com boa performance. Ele parece ser um pouco difícil de
ser usado, por ter uma interface pouco intuitiva, e seus comandos são
mais complexos, mas em contrapartida é o software que mais evolui no
momento. Outro diferencial, em relação aos concorrentes é que ele
possui uma página de color com muitas ferramentas de colorização
pro�ssional, o que pode facilitar na hora de preencher imperfeições
que vieram com as gravações.
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Esse programa tem também uma modalidade paga que oferece algumas
vantagens adicionais, como efeitos e �ltro de redução de ruído.
• Existem ainda outros que podem servir para edições pro�ssionais, mas
que, como os citados acima, exigem experiência e familiaridade na área
de Edição. Podemos citar: FINAL CULT, HITFILM EXPRESS, AVID,
CLICKBERRY, SHOWBOS, EDIUS, e outros. Note que alguns programas
são próprios para sistemas operacionais especí�cos, como o caso do
Final Cult que é próprio para Mac.  
É muito importante manter-se sempre atualizado em relação aos programas de
edição e às novas ferramentas digitais que surgem constantemente no mercado.
praticarVamos Praticar
Temos duas ações ocorrendo de forma paralela: uma situa um personagem dentro de
uma sala tranquila, enquanto que a outra ação focaliza outra personagem, dentro de
um carro numa avenida bastante agitada e barulhenta. O roteiro  estabelece um
encontro entre  os dois personagens. É uma sequência em que  a câmera vai de ação
para outra.  Neste caso, assinale a alternativa que apresenta corretamente o tipo de
corte que devemos fazer.
a) Cutaway
b) Fade In e Fad Out
c) Cross Cut
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d) Invisible Cut
e) Corte Seco
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No �lme “Colateral” de 2004, dirigido por Michael Mann, o personagem Vincent –
interpretado pelo ator Tom Cruise, acaba de chegar de viagem e aguarda um
táxi na frente do aeroporto. Um táxi para e desce dele uma moça que dá ao
motorista um cartão de visita. Vincent entra naquele mesmo táxi, que é dirigido
pelo personagem Max, interpretado pelo ator James Fox. Vincent oferece 600
dólares para Max levá-lo a 5 lugares. É noite e o táxi circula por minutos até que
Vincent pede para Max parar numa rua deserta. Ele desce, e em seguida entra
num prédio. Max começa a comer um sanduíche e a olhar fotos de carros de
luxo. Buumm!!! - Um corpo cai sobre o para-brisa do carro, quebrando o vidro e
provocando um choque aterrador no incrédulo Max.
Essa ação é a “virada” prevista no roteiro, isto é, aquele momento em que o �lme
toma outra direção, levando o público a de�nir o gênero de �lme que está
assistindo (suspense). A partir daí o �lme continua nesse ritmo de suspense e
violência, pois Vincent é um matador pro�ssional. Vamos analisar dois aspectos
destas cenas: a narrativa e a edição.
Experimento deExperimento de
Narrativa e EdiçãoNarrativa e Edição
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Diante do roteiro e da narrativa, a primeira preocupação do diretor foi a escolha
do elenco: Tom Cruise é um astro muito conhecido do público e sempre visto
trabalhando como “bom mocinho” – aqui o primeiro choque surpreendente: o
�lme já estava com mais de 19 minutos mostrando cenas de movimentos
normais e rotineiros, e de repente um corpo cai pela janela do prédio sobre o
carro de Max. Quem havia saído do carro?  Em fração de segundos o público é
surpreendido pela dúvida - o “bom mocinho”?  E será que agora é um matador
violento?  Nos momentos seguintes o público tem certeza, pois Vincent aparece
saindo do prédio e obriga Max a ajudá-lo a colocar o corpo no porta-malas do
carro. Vejam como a narrativa e a edição se integram:
A narrativa conduz o público-espectador = chegada ao aeroporto, solicitação do
táxi; diálogo com o motorista; viagem pelas ruas; e a escolha dos atores
famosos, mas com históricos românticos. Tudo dentro da rotina, num clima
ameno.  A narrativa está criando expectativas na cabeça do espectador:  para
onde irão esses dois moços, e o que farão? O táxi estacionou numa rua escura:
 Vincent desce e some de cena. O outro come sanduíche e observa fotos de
carros, sugerindo ao público que ele estava sonhando em montar sua própria
frota de carro, já que no começo do �lme ele saiu da garagem de uma empresa
de táxi, sugerindo que ele é apenas empregado. Entrada de Vincent no prédio e
aí toda uma trama se desenrola. A partir daí o público vai esperar muita história
pela frente e a narrativa vai conduzi-los sempre num clima de expectativa à
espera de suspense: a�nal Vincent não ofereceu a Max 600 dólares para Max
conduzi-lo a cinco lugares? A lógica do espectador é simples: depois dessa vítima
faltam ainda mais 4.
Os cortes foram precisos.  O táxi estaciona e Vincent desce na frente do prédio -
um Cross Cut = a imagem dele vai indo em direção à porta enquanto a imagem
de Max vai se centralizando no carro. O público aguarda com inquietação a cena
seguinte. Um Jump Cut (salto cortado) = Max comia o sanduíche quando o corpo
se choca violentamente contra o para-brisa, quebrando o vidro e o limpador de
para-brisa do carro. Os takes das cenas a seguir foram trabalhosos: o carro está
na rua - um take; mas o para-brisa tem de ser quebrado e o limpador amassado
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- outro take, a imagem da cabeça de Max, por trás com o vidro já quebrado -
mais outro take. É feita então uma sequência de cortes em Jump Cut que num
abrir e fechar de olhos o espectador vê um vulto rapidíssimo do corpo caindo, o
vidro quebrado (em milionésimo de segundos) e o susto de Max. Uma surpresa
chocante toma conta do espectador. A seguir uma série de cortes secos e
 cutting on action (corte em ação) são utilizados para a inserção dos planos que
foram usados na saída de Vincent do prédio; na pressão que ele exerce sobre
Max para ajudá-lo a colocar o cadáver no porta-malas. O vidro e limpador de
para-brisa quebrados vão ser inseridos num outro corte (do tipo cutaway) numa
cena posterior, onde o táxi é parado pela polícia que exige explicações sobre o
problema do vidro. No carro ainda teremos mais duas transições inseridas entre
cortes de ação. Uma trilha sonora, tipo “suspense soundtrack” (som de suspense)
completa essa passagem do �lme.
praticarVamos Praticar
A ilha de edição usada para fazer edição linear continha vários videocassetes que
projetavam as diversas cenas gravadas, e eram controlados por um Edit Controller. Na
edição não linear não necessitamos mais da ilha de edição com vários videocassetes. O
que usamos hoje são outros equipamentos para fazer a edição linear.
Assinale a alternativa correta.
a) O que usamos necessita de computadores padrão com softwares especí�cos.
b) Usamos softwares especí�cos de nova geração e computadores especiais.
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c) Usamos somente computadores do Sistema PC e softwares comuns.
d) Usamos computadores Mac e Apple, com softwares projetados para essa
�nalidade.
e) Não necessitamos de softwares, somente computadores especí�cos.
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indicações
Material
Complementar
FILMEApocalipse Now - Final Cut
Ano: 2019
Comentário: O �lme Apocalipse Now  dirigido por Francis
Ford Coppola.  Este �lme ganhou o festival de Cannes em
1979. Ganhou o prêmio Oscar de Mixagem de Som  e foi
indicado como Melhor Montagem. Ele é considerado um
dos melhores �lmes da História do cinema,  tornando-se
uma referência no item “Edição”, pois já foi editado três
vezes. A primeira edição foi feita pelo competente Editor
Walter Murch, em 1979, por ocasião do seu lançamento.
Em 2001 o diretor Coppola fez uma versão para Blu-Ray,
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restaurando o negativo original, acrescentando cenas que
haviam sido cortadas na edição original. Em 2019 nova
edição, agora chama de “Final Cut” – corte �nal. Coppola
explica que sempre lamentou alguns “cortes” que teve
que fazer na versão original. No trailer indicado abaixo
aparece o próprio Coppola explicando as razões dos
cortes
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer a
seguir.
TRA ILER
LIVRO
NUM PISCAR DE OLHOS
Editora: Zahar
Autor: MURCH, Walter
ISBN: 13.978.8571107823
Comentário: É um livro excelente para  os pro�ssionais
que trabalham com edição e montagem de cinema e
vídeo porque explica a utilização dos equipamentos e
principais ferramentas que são utilizadas para se fazer
edição de �lmes com pro�ssionalismo. O capítulo sobre
 a técnica usada nos cortes é muito interessante porque
dá  dicas de como devem ser as relações do editor com o
diretor para se obter o máximo de informações que
ajudarão muito para se conseguir fazer uma operação de
continuidade ou descontinuidade, que se encaixe com
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perfeição na narrativa pretendida pelo autor. En�m é um
verdadeiro manual na arte de editar,  principalmente
porque o autor é um inovador nesta arte.
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conclusão
Conclusão
A tecnologia, a velocidade e a estética da edição e montagem sofreram grandes
transformações ao longo de mais de um século de existência. Hoje estamos
atravessando uma fase de um impacto profundo na técnica de edição, pois
estamos vivenciando a revolução do “Digital”, como processo, tanto no
manuseio da imagem como do som.
Os trabalhos praticados numa mesa de edição e o editor não foram superados
ou substituídos no processo de edição digital, principalmente porque o fator
humano é primordial no acabamento de um processo que começa com a
criação do roteiro, que se estende com o trabalho de gravação de cenas e
termina na edição, contando com a habilidade e criatividade do editor. Os
principais programas (Softwares)   de edição digital facilitam e agilizam o
processo de edição, mas exigem treinamentos especiais, combinados com a
formação conceitual,  somados ainda com a criatividade dos operadores de
edição.
A terminologia dos diversos tipos de cortes é muito importante para o trabalho
rotineiro de gravações, mas o mais importante é saber os efeitos  que esses
cortes provocam no imaginário do espectador. Os conceitos e regras básicas no
processo de edição são iguais, tanto para a edição analógica como para a digital,
mas para alguns pro�ssionais da área, o editor, numa plataforma digital,  tem
mais liberdade de criação, porque em cada etapa do processo ele é capaz de
pré-visualizar e corrigir as falhas e inserir acertos com mais rapidez, sem
precisar manusear a �ta ou o disco gravado.
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referências
Referências
Bibliográ�cas
GOSCIOLA, V. Roteiro Para as Novas Mídias. São Paulo: Senac, 2003.
MURCH, W. Num Piscar de Olhos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
SARAIVA, L.; CANNITO, N. Manual do roteiro - O Manuel, primo pobre dos
manuais de cinema e tv. São Paulo: Conrad Livros, 2004.
TECMUNDO. 10 erros bizarros de edição que foram para as versões �nais de
�lmes. 6 nov. 2015. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/�lmes
/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-�nais-�lmes.htm. Acesso em: 20 maio
2020.
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https://www.tecmundo.com.br/filmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-finais-filmes.htm
https://www.tecmundo.com.br/filmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-finais-filmes.htm
https://www.tecmundo.com.br/filmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-finais-filmes.htm
https://www.tecmundo.com.br/filmes/88942-10-erros-bizarros-edicao-versoes-finais-filmes.htm

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