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Direito Ambiental e Minerário
Disciplina: Direito Ambiental
Professor: Alexandre Magrineli dos Reis
Introdução a temática ambiental
Seu efeito no mundo
440 quilos de lixo gerado por ano
132 litros de água por dia (média Brasil)
1344.03 KWH Consumidos de energia elétrica por ano
(dados estimados)
3
Crescimento Populacional
Fonte:http://www.un.org/apps/news/story.asp?NewsID=51526#.VtR-0H0rK1s
4
1886
biólogo e evolucionista alemão Ernst Heinrich Haeckel (1834-1919)
Utilizou a usou a palavra ECOLOGIA para denominar o estudo dos organismos e de suas interações com o meio ambiente. 
Etimologia: grego oîkos, on 'casa' + grego lógos, ou 'linguagem' 
1893: terminologia aplicada com sentido próximo ao atual
Definição atual: ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si ou com o meio orgânico ou inorgânico no qual vivem (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa)
Surgimento do termo ecologia
5
O aumento da população mundial em ritmo nunca visto, a partir do início do século XX, e os efeitos decorrentes sobre o planeta fizeram surgir discussões filosóficas, denúncias e a revisão de conceitos e trabalhos científicos anteriores.
Essas iniciativas buscavam servir como alerta para a situação em que o Homem estava intervindo e destruindo o meio natural. 
Origens da discussão ambiental
6
1952: The London Smog Disaster
Uma frente estacionária provocou uma inversão térmica no vale do rio Tâmisa que, somada à queda da velocidade do ar próxima de zero levou a uma ausência de dispersão dos poluentes. 
Londres amanheceu dia 5 de dezembro envolta em fumaça.
A mistura da neblina (fog) e da fumaça (smoke) expelida de suas indústrias resulta em “smog” que, combinando com a pouca dispersão, provocou o episódio conhecido como Desastre de “Smog” de Londres. 
As estimativas, dependendo da fonte informam números entre 2.000 e 4.000 mortes ocorridas na cidade durante 15 dias desse dezembro de 1952
1956: Desatre de Minamata
Nos anos 50, moradores da cidade de Minamata, no Japão, começaram a ter convulsões e nascer com deformações no corpo.
Tratava-se de envenenamento de centenas de pessoas por mercúrio ocorrido na cidade de Minamata, no Japão, decorrente da atividades da fábrica de acetaldeído e PVC de propriedade da Corporação Chisso 
A empresa, negou participação na questão, omitiu informações e documentos e ampliou sua produção ao longo de quase 20 anos.
Estima-se cerca de 2200 mortos e outros 3000 doentes e/ou com sequelas.
Só em 1997 que o processo de descontaminação terminou.
1957 - Vazamento radioativo (Kyshtym, Rússia)
O sistema de resfriamento de um dos reatores da Usina de Mayak falhou, causando uma explosão que espalhou uma nuvem radioativa com cerca de 20 mil km² de extensão.
Na mesma época, a Guerra Fria estava no seu auge, que fez o governo soviético acobertar o acidente, evacuando 10 mil pessoas em segredo. Aproximadamente 8 mil pessoas morreram depois disso e até hoje a região possui traços radioativos daquele acidente.
Primavera silenciosa
Escritora, cientista e ecologista norte-americana;
1945: propôs artigo sobre os efeitos nocivos do DDT, que foi rejeitado
1962: Depois de anos de pesquisa, lançou o livro “Primavera Silenciosa”, que demonstrava o acúmulo de DDT nos tecidos gordurosos dos animais, inclusive do homem e a possibilidade deste acúmulo causar doenças como o câncer e danos genéticos. 
10
Primavera silenciosa
Foi atacada pela indústria química e representantes do governo americano, que chegaram a questionar sua sanidade.
Seu livro e sua ação, posteriormente apoiados por membros da comunidade científica, levou a uma ordem do Presidente americano para que o comitê científico de seu governo que investigasse as questões levantadas pelo livro, que posicionaram-se favoráveis aos estudos apresentados.
O uso do DDT passou a ser controlado pelo governo e posteriormente banido.
Sua crítica à confiança cega da humanidade no progresso tecnológico levou milhares de pessoas no mundo todo a se engajarem na luta de um movimento ambientalista que surgia.
11
RENÉ DUBOS 
Biólogo, foi pioneiro na descoberta dos antibióticos.
Pensava que um organismo vivo só pode ser entendido no contexto das relações que forma com as coisas ao redor. 
Passou a analisar esta questão em escala global, descrevendo as adaptações que acontecem entre a humanidade e a Terra.
Foi um dos primeiros a alertar sobre os afeitos da ação antrópica, mas era contra o caráter alarmista e o posicionamento do home como vilão da natureza afirmado pelas manifestações iniciais do movimento ambientalista.
12
RENÉ DUBOS 
Acreditava na capacidade humana de criar e renovar-se.
Foi um dos responsáveis pelo redação do relatório da Conferência de Estocolmo (1972).
Algumas obras:
Um Deus Interior
Apenas uma Terra
Um Animal tão Humano
Seria dele a frase “Pense globalmente, aja localmente.”
13
1972: Clube de Roma e “Os limites do Crescimento”
O Clube de Roma é um grupo de composto por cientistas, industriais e políticos constituído em 1968 com objetivo de discutir temas relacionados a política, economia internacional, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
O Grupo encomendou um estudo ao Massachusetts Institute of Technology (MIT) com o objetivo de analisar problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade
A pesquisa gerou em 1972 o estudo intitulado “Os Limites do crescimento". Baseado em um modelo computacional – batizado de “World3” – o estudo traz 12 cenários que refletiam a seguinte constatação: as tendências de crescimento da população global e da atividade econômica não eram sustentáveis e levariam a um esgotamento dos limites físicos dos recursos do planeta.
O estudo argumentava a favor da diminuição significativa das atividades produtivas em todo o mundo, com ênfase no corte da produção industrial. 
Realizada de 5 a 16 de junho de 1972.
Marco na questão ambiental.
Contou com a presença de representantes de 114 países, 250 ONGs apenas 2 Chefes de Estado.
Chamou a atenção das nações para a gravidade da degradação da natureza.
Foi marcada pelo confronto entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
A Declaração aprovada durante a buscou introduziu na agenda política internacional a dimensão ambiental como condicionadora e limitadora do modelo tradicional de crescimento econômico e do uso dos recursos naturais. 
1972: Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano
15
Matéria de capa “Jornal do Brasil”
de 06/06/72
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16
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17
Teve participação ativa nos encontros preparatórios.
Encabeçou a reação dos países em desenvolvimento contra metas e limitações propostas pelos países desenvolvidos.
“Da participação do Brasil em Estocolmo restou a triste lembrança da representação do governo brasileiro que, conforme amplamente divulgado, convidou os poluidores a vir ao país para participarem da construção do progresso. A política econômica do governo defendia a tese de que era preciso primeiro fazer crescer o “bolo” para depois reparti-lo e, nesse sentido, o governo acreditava também que as prioridades eram o desenvolvimento do parque industrial e a expansão da fronteira agrícola, considerando secundárias as externalidades decorrentes da poluição e do esgotamento dos recursos naturais.” (J.C.Junqueira)
Participação brasileira em Estocolmo
18
Conceito lançado pelo canadense Maurice Strong lançou, baseado nos princípios formulados por Ignacy Sachs:
satisfação das necessidades básicas; 
solidariedade com as gerações futuras;
 participação da população envolvida; 
preservação dos recursos naturais e do meio ambiente;
 elaboração de um sistema social que garanta emprego, segurança social e respeito a outras culturas; 
programas de educação. 
1973: Eco-desenvolvimento
19
1976 - Vazamento químico - Seveso, Itália
Falha humano provocou explosão e vazamentode veneno no ar
Foi numa fábrica suiça, Hoffman-La Roche, que produzia na época, o triclorofenol, usado em produtos anti bactericidas
Foram contaminadas 2 milhões de terra com cerca de 200 gramas desse veneno. 75 mil animais morreram ou tiveram de ser abatidos
.
Documento elaborado sob o patrocínio e supervisão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e do Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF). 
Explora as ligações entre conservação de espécies e ecossistemas e entre manutenção da vida no planeta e a preservação da diversidade biológica.
Foi um dos documentos que trataram inicialmente do conceito de "desenvolvimento sustentável". 
1980: A Estratégia Mundial para a Conservação
21
1984 - Vazamento químico - Bhopal, Índia
Na noite de 02 de dezembro de 1984, mais de 40 toneladas de isocianato metílico letal (MIC) de gás derramado para fora da fábrica de pesticidas da Union Carbide em Bhopal, na Índia. 
Contaminação : 40 quilómetros quadrados, com uma população residente de mais de meio milhão,
Pessoas acordaram em suas casas com acessos de tosse, e seus pulmões enchendo de fluido. No espaço dos três primeiros dias após o acidente, mais de 8.000 pessoas morreram em Bhopal, principalmente a partir de parada cardíaca e respiratória.
Hoje
1987: Nosso Futuro comum
Também conhecido como "Relatório Brundtland“
Documento elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento da ONU (presidida pela primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland)
Sintetiza a visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado, ressaltando a incompatibilidade entre os padrões de produção e consumo vigentes nos países industrializados e buscado pelos países em desenvolvimento com o o uso racional dos recursos naturais e a capacidade de suporte dos ecossistemas.
Também foi um dos documentos que trataram inicialmente do conceito de "desenvolvimento sustentável".
24
1992: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Também conhecida como Eco 92 ou Rio 92.
Em 1988 a ONU aprovou uma Resolução prevendo a realização e em 1989 convocou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ser realizada no Rio de Janeiro, por convite do Brasil.
Contou com a presença de representantes de 178 países e 117 chefes de Estado.
Propiciou amplo debate sobre as questões ambientais.
25
1992: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Foram assinados cinco documentos:
Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Agenda 21
Princípios para a Administração Sustentável das Florestas
Convenção da Biodiversidade
Convenção sobre Mudança do Clima
26
Acordo internacional para reduzir as emissões de gases-estufa dos países industrializados e para garantir um modelo de desenvolvimento limpo aos países em desenvolvimento.
 
Metas de redução de emissão para os países desenvolvidos até 2012 com base nos valores de 1990. 
Além da redução das emissões de gases, o Protocolo de Kyoto estabelece outras medidas, como o estímulo à substituição do uso dos derivados de petróleo pelo da energia elétrica e do gás natural.
Os EUA saíram das discussões.
1997: O Protocolo de Kyoto
27
Rio +10
Joanesburgo, na África do Sul.
Para muitos, o encontro foi decepcionante, por ter sido mais uma continuidade do debate filosófico e político, do que uma discussão de ações e resultados decorrentes da Rio 92.
2002: Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável 
28
2009: COP15
Rio+10
Joanesburgo (África do Sul)
26/08 a 04/09/2002
Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável
Focos: erradicação da pobreza, a mudança dos padrões de produção, consumo e manejo de recursos naturais e o desenvolvimento sustentável.
Poucos objetivos alcançados:
As dívidas dos países pobres foram mantidas;
Os principais países produtores de petróleo não assinaram o acordo que previa o uso de 10% de fontes energéticas renováveis;
Houve consenso em reduzir pela metade o deficit de acesso à água potável nem a saneamento básico até 2015.
Rio+20
maior Conferência da ONU já realizada;
mais de 500 eventos oficiais e paralelos no Centro de Convenções Riocentro
Total de participantes: 45.381
Delegações de 188 Estados-Membros e três observadores
Mais de 100 Chefes de Estado e de Governo
Delegados: aproximadamente 12.000
ONGs e Major Groups: 9.856
Mídia: 4.075
Credenciais para os dias dos Diálogos para a sociedade civil (16 a 19): 1.781
Pessoal de Segurança: 4.363
Cerca de 5.000 pessoas trabalharam no Riocentro diariamente. 
1.500 voluntários;
Previsão de investimentos da ordem de 513 bilhões de dólares; 
705 compromissos voluntários para o desenvolvimento sustentável registrados por governos, empresas, grupos da sociedade civil, universidades e outros. 
Temas
Economia verde (Green Economy) no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza 
Quadro institucional para o desenvolvimento sustentável
2015: Rompimento de barragem em Mariana
Direito ambiental
Autonomia do Direito Ambiental
Canotilho:
“Por nossa parte defendemos a ideia segundo a qual se pode e deve falar em Direito do Ambiente não só como campo especial onde os instrumentos clássicos de outros ramos do Direito são aplicados, mas também como disciplina jurídica dotada de substantividade própria. Sem com isso pôr de lado as dificuldades que tal concepção oferece e condicionamentos que sempre terão de introduzir-se a tal afirmação.”
Autonomia do Direito Ambiental
Existência de objetivos, princípios e instrumentos próprios, que servem para caracterizá-lo como ramo autônomo do Direito:
regular as atividades humanas efetiva ou potencialmente causadoras de impacto sobre o meio ambiente, com o intuito de defendê-lo, melhorá-lo e de preservá-lo para as gerações presentes e futuras
Marcos para o surgimento do Direito Ambiental como ramos da Ciência Jurídica:
Mundo: 1972: Conferencia de Estocolmo, na Suécia (1ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente);
Brasil: edição da Lei nº 6.938, em 31 de agosto de 1981
Fontes do Direito Ambiental
Materiais e formais
Materiais:
os movimentos populares;
descobertas científicas;
doutrina jurídica.
Formais:
Constituição;
Leis;
atos internacionais;
normas administrativas;
jurisprudência.
Princípios do Direito Ambiental
Segundo Paulo Affonso Leme Machado são:
Princípio do acesso equitativo aos recursos naturais, 
Princípio do usuário-pagador e poluidor-pagador, 
Princípio da precaução, 
Princípio da prevenção, 
Princípio da reparação, 
Princípio da informação e participação.
Outros autores:
Princípio do direito à sadia qualidade de vida
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIO DO ACESSO EQÜITATIVO AOS RECURSOS NATURAIS
A necessidade de respeito à igualdade de direito de cada indivíduo na utilização dos recursos naturais disponíveis passa a fazer parte de normas jurídicas em diversos níveis;
Esta equidade seria buscada para as atuais e futuras gerações (quebra de paradigma).
A utilização dos recursos naturais no presente somente será aceita em quantidades que não prejudiquem a capacidade de regeneração do recurso, a fim de garantir o direito das gerações vindouras.
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIOS USUÁRIO-PAGADOR E POLUIDOR-PAGADOR
As ações que resultam em interferências nos recursos naturais podem ser por meio do simples uso (como o uso dos recursos hídricos) ou pelo lançamento de substâncias poluidoras (externalidades);
Diante desta interferência, estes princípios preconizam a valoração econômica deste uso ou degradação como forma de racionalizar ou inibir estas interferências.
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIO DO POLUIDOR-PAGADOR : “não objetiva por certo, tolerar a poluição mediante um preço, nem se limita apenas a compensar os danos causados, mas sim, precisamente, evitar o dano ao ambiente” (Milaré e Ramón Martin Mateo)
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992)
Princípio 16: As autoridadesnacionais deveriam fomentar a internalização dos custos ambientais pelo poluidor ou degradador, e o uso de instrumentos econômicos que impliquem que o poluidor deve, em princípio, arcar com os custos da degradação ambiental.
Lei n.º 6938/1981: art. 4º, VII
CF/88: Art. 225 §3º
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIOS USUÁRIO-PAGADOR : remuneração pela utilização individual dos bens ambientais, que constituem patrimônio da coletividade
Lei n.º 6938/1981: art. 4º, VII
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
O princípio da precaução orienta que, diante da incerteza sobre a consequência de uma ação ou omissão (como por exemplo, um dano ambiental) deverá adotar-se as medidas necessárias que incluem a imposição de restrições temporárias e o compromisso da continuação da pesquisa técnica ou científica para a comprovação do nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o resultado danoso.
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992)
Princípio 15: Com o fim de proteger o meio ambiente, os Estados deverão aplicar amplamente o critério de precaução conforme a suas capacidades.
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (1992) (Decreto Legislativo n.º 1, de 03/02/1994 e Decreto nº 2.652, de 1º de julho de 1998.)
Artigo 3 - 3. As Partes devem adotar medidas de precaução para prever, evitar ou minimizar as causas da mudança do clima e mitigar seus efeitos negativos. Quando surgirem ameaças de danos sérios ou irreversíveis, a falta de plena certeza científica não deve ser usada como razão para postergar essas medidas, levando em conta que as políticas e medidas adotadas para enfrentar a mudança do clima devem ser eficazes em função dos custos, de modo a assegurar benefícios mundiais ao menor custo possível. Para esse fim, essas políticas e medidas-devem levar em conta os diferentes contextos sócioeconômicos, ser abrangentes, cobrir todas as fontes, sumidouros e reservatórios significativos de gases de efeito estufa e adaptações, e abranger todos os setores econômicos. As Partes interessadas podem realizar esforços, em cooperação, para enfrentar a mudança do clima.
CF/88: Art. 225, V (implícito) (Milaré)
Lei de crimes ambientais: (art. 54, § 3º)
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO
No princípio da prevenção há a certeza de que se a ação ou omissão tem como consequência o dano. Torna-se obrigatório a proibição, mitigação ou compensação da ação ou omissão como forma de evitar a ocorrência do dano ambiental.
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO
Diante da ocorrência de um dano e na medida do possível, prevalece e impõe-se a preferência pela reparação ao estado anterior.
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO E PARTICIPAÇÃO
O dever da coletividade de defender e preservar o meio ambiente somente poderá ser exigido com a garantia da participação da sociedade como um todo, que para ser feita de forma qualificada necessita do acesso à informação ambiental.
O direito à informação ambiental tem caráter geral, compreendendo o acesso a informações materiais e processuais (estas tanto no âmbito judicial quanto na esfera administrativa).
Princípios do Direito Ambiental
PRINCÍPIO DO DIREITO À SADIA QUALIDADE DE VIDA
Vai além do reconhecimento do direito à vida, que só se completaria com a garantia da qualidade de vida. Esta qualidade é medida não só por base em indicadores econômicos, mas também fatores e indicadores sociais e ambientais. O meio ambiente ecologicamente equilibrado é pressuposto de concretização de satisfação deste princípio.

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