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Alice Bastos Semiologia da dor Características semiológicas da dor Todo paciente com dor deve ser avaliado de maneira sistematizada, levando-se em consideração dez características (decálogo semiológico da dor). Localização, irradiação, qualidade ou caráter, intensidade, duração, evolução, relação com funções orgânicas, fatores desencadeantes ou agravantes, fatores atenuantes e manifestações concomitantes. Localização Refere-se à região onde o paciente sente a dor; Deve-se solicitar ao paciente que aponte com o dedo ou a mão a área onde sente dor, que deve ser registrada de acordo com a nomenclatura das regiões da superfície corporal. Irradiação O reconhecimento da localização inicial da dor e de sua irradiação pode indicar a estrutura nervosa comprometida, o que é fundamental no raciocínio diagnóstico. Qualidade ou caráter Para que seja definida, solicita-se ao paciente para descrever a sensação que a dor provoca; É uma das mais importantes características de diferenciação, pois indica se o fator causal é superficial ou profundo; A dor associada a uma lesão superficial normalmente é aguda e bem localizada; A dor causada por uma doença somática ou visceral profunda é imprecisa, difusa e muito pouco localizável. Severidade ou intensidade Talvez seja o aspecto mais difícil de se avaliar, pois não pode ser medido de forma precisa; A avaliação da intensidade da dor deve se basear nas afirmações do paciente e na capacidade do examinador de detectar a personalidade e o estado psicológico deste; Atualmente, as escalas podem auxiliar no processo de avaliação dessa característica. Duração Inicialmente, determina-se com a máxima precisão possível a data de início da dor; Quando contínua, calcula-se sua duração de acordo com o tempo transcorrido entre o início e o momento da anamnese; Se for cíclica, deve-se registrar a data e a duração de cada episódio doloroso; Se é intermitente e ocorre várias vezes ao dia, são registradas a data de seu início, a duração média dos episódios dolorosos, o número médio de crises por dia e de dias por mês em que se sente dor; Dependendo da duração, a dor pode ser classificada em aguda ou crônica. Evolução É uma característica que revela a maneira como a dor evoluiu, desde seu início até o momento da anamnese; A investigação é iniciada pelo modo de instalação: se súbita ou insidiosa; É importante definir a concomitância da atuação do fator causal e o início da sensação dolorosa; É necessário avaliar as alterações da dor ao longo da sua evolução. Relação com funções orgânicas Essa característica é avaliada, tendo em conta a localização da dor e os órgãos e estruturas situados na mesma área; Exemplo: se a dor for cervical, dorsal ou lombar, pesquisa-se sua relação com os movimentos da coluna (flexão, extensão, rotação e inclinação); Alice Bastos Quase sempre, a dor é acentuada pela atividade funcional do órgão em que se origina. Fatores desencadeantes ou agravantes São os fatores que desencadeiam a dor, ou a agravam; As funções orgânicas estão entre estes fatores, porém outros podem ser identificados; Devem ser procurados ativamente, pois, além de ajudarem a esclarecer o diagnóstico, seu afastamento constitui parte importante do tratamento. Fatores atenuantes São os que aliviam a dor, incluindo funções orgânicas, posturas ou atitudes que protegem a estrutura ou função do órgão onde é originada (atitudes antálgicas), incluindo repouso, distração, analgésicos opioides e não opioides, anti-inflamatórios hormonais e não hormonais, relaxantes musculares, antidepressivos, anticonvulsivantes, neurolépticos, anestésicos locais, fisioterapia, acupuntura, bloqueios anestésicos, procedimentos cirúrgicos e outras intervenções; No que se refere aos medicamentos, indagar nomes, doses e períodos em que foram usados. Manifestações concomitantes Identificar as manifestações clínicas relacionadas à enfermidade de base é de grande valia para o diagnóstico; Exemplo: a dor aguda, nociceptiva, sobretudo quando intensa, costuma acompanhar-se de manifestações neurovegetativas, que se devem à estimulação do sistema nervoso autônomo, expressando-se por sudorese, palidez, taquicardia, hipertensão arterial, mal-estar, náuseas e vômitos. História da dor Surgimento da dor Devem ser obtidas informações detalhadas sobre a data precisa do surgimento e as circunstâncias que contribuíram para a existência da dor; Deve ser determinada a forma como a dor iniciou (se gradual ou repentina); A localização e a distribuição, a qualidade, a intensidade ou severidade e a duração da primeira dor devem ser certificadas; Se a dor foi relacionada a algum movimento, o paciente deve demonstrar a posição em que estava e a ação que estava desempenhando quando a dor ocorreu pela primeira vez; Se a lesão foi relacionada ao trabalho, é importante determinar as relações interpessoais no ambiente de trabalho naquela época, da forma como são interpretadas pelo paciente; O paciente deve ser questionado quanto a qualquer distúrbio associado, sensorial, motor ou autonômico, no período em que a dor foi percebida pela primeira vez; O paciente também deve ser questionado quanto ao tratamento recebido quando do surgimento da dor e seu efeito sobre ela. Dor durante o intervalo Devem ser colhidas informações a respeito do curso da dor durante o intervalo entre seu surgimento e o momento da avaliação; A dor piorou ou melhorou com o tempo? A localização e a irradiação se alteraram ou permaneceram os mesmos? A qualidade, severidade e as características temporais da dor e dos distúrbios associados se alteraram durante o intervalo? Devem ser obtidos dados detalhados sobre os procedimentos diagnósticos e terapêuticos realizados e sobre os resultados alcançados; É preciso determinar de forma precisa se a dor após a cirurgia ou outro tratamento continuou igual à dor prévia. Dor atual Deve-se pedir ao paciente que descreva detalhadamente a qualidade, o local, a distribuição, a intensidade e as características temporais da dor no momento da avaliação e que indique se esses fatores sofreram alguma alteração desde o surgimento da dor ou durante o intervalo; O paciente deve ser questionado sobre quais fatores agravam, aliviam ou não têm efeito algum sobre a dor; Alice Bastos Também deve ser questionado sobre os efeitos de distúrbios emocionais, movimento da parte envolvida, exercícios, pressão local, calor ou frio, tosse, espirro, esforço e respiração profunda sobre a severidade, qualidade e distribuição da dor; Deve-se obter informações detalhadas sobre o efeito da dor sobre as atividades do paciente, a quantidade de tempo que o paciente permanece ativo (tempo de pé), e que permanece sentado ou deitado (tempo de repouso) enquanto está acordado); Também é importante obter informações sobre o efeito da dor sobre o sono; A dor torna difícil adormecer? A dor acorda o paciente quando em sono profundo? História médica passada A saúde geral do paciente antes do surgimento da dor é recordada e registrada, seguida de doenças, cirurgias, e acidentes ou lesões anteriores, com a data e a natureza de cada um, período de incapacidade e sequelas; É importante realizar um questionamento detalhado para diagnosticar doenças sistêmicas e psicofisiológicas; Os sintomas referentes a vários órgãos e sistemas podem ser investigados por meio de perguntas sobre o funcionamento ou problemas de funcionamento dos olhos, orelhas, nariz e garganta, sistemas cardiovascular e respiratório, sistemas gastrintestinal e geniturinário, e outras partes do corpo que possam ser relevantes para a dor apresentada atualmente. História familiar Deve-se obter informações sobre a saúde dos pais e irmãose determinar se sofreram distúrbios ou disfunções dolorosas com frequência; É importante certificar-se, de forma delicada e demonstrando consideração pelo paciente, se ele foi vítima de abuso na infância; Esse é um fator importante no desenvolvimento do comportamento da dor crônica. História psicológica e psicossocial Esse histórico ajuda a determinar a contribuição de fatores afetivos e ambientais para a dor que constitui a queixa do paciente; Um histórico dos distúrbios psicológicos prévios, de abuso de drogas, problemas vocacionais, modelos familiares de doença ou dor crônicas e fatores de estresse recentes podem aumentar o entendimento do problema atualmente apresentado pelo paciente; A seleção da melhor estratégia de tratamento também depende desse tipo de informação; Inicialmente, a avaliação é focalizada no problema da dor; Posteriormente, o médico pode explorar as questões ambientais e sociais e, finalmente, abordar os problemas psicológicos, psicossociais e maritais ou familiares; Algumas áreas a serem avaliadas incluem mudanças nas atividades, reforços sociais, comportamentos de fuga, fatores vocacionais, questões de indenização ou litigiosas, ativação de fatores estressantes recentes, histórico familiar, disfunção psicológica e disfunção cognitiva. Exame físico Os exames físicos são realizados para identificar a causa da dor e sua relação com uma doença latente; Como a dor em geral e a dor crônica apresentam efeitos amplamente distribuídos, é preciso avaliar o estado físico, neurológico, musculoesquelético e mental geral do paciente para que seja feito um diagnóstico correto. Exame físico geral A aparência geral do paciente deve ser observada; Além disso, devem ser observados todos aqueles parâmetros de um exame físico geral A aparência e cor da pele, a distribuição da gordura e dos pelos, evidências de perda de peso, magreza, fraqueza, atitudes anormais, contrações, contraturas ou deformidades, atrofias ou hipertrofias, glândulas aumentadas e a presença de alterações tróficas ou vasomotoras são pontos importantes a serem observados e registrados; Alice Bastos Algumas manifestações de dor devem ser percebidas: expressão facial e a presença de rubor ou palidez, suor, dilatação pupilar, lágrimas, tremores, tensão muscular ou aparência ansiosa, amedrontada ou deprimida. Exame da região dolorosa Após a inspeção geral, a região específica envolvida na queixa de dor deve ser examinada; O exame consiste em: inspeção, palpação e percussão e, algumas vezes, auscultação da região. Ç Fornece dados definitivos que podem ser correlacionados com a anamnese e com as informações obtidas por meio da palpação, percussão e testes especiais; A aparência e a cor da pele que recobre a área dolorosa deve ser examinada cuidadosamente, observando a presença de manifestações tróficas, hipertricose, hiperidrose, cianose ou rubor, cútis anserina (pele arrepiada) e evidências visíveis de espasmo muscular; Ç Fornece mais informações sobre a dor; A sensibilidade profunda pode ser provocada com maior sucesso pela palpação digital, utilizando o dedo médio para exercer pressão profunda e firme sobre o local doloroso; A área sensível é mapeada e os segmentos neurais envolvidos são identificados; Se houver dúvida em relação à existência de uma base patológica para a dor do paciente, os achados podem ser confirmados ou descartados por meio de repetidas palpações, aproximando-se da região a partir de uma direção diferente de cada vez; Se isso for realizado enquanto o paciente estiver distraído, a evocação da dor sempre na mesma região é indicativa de algum processo patológico; Durante a palpação da região essas evocações de dor devem estar relacionadas com manifestações subjetivas (sintomas) e objetivas (sinais) do distúrbio doloroso, e deve-se determinar se existem discrepância entre elas; O comportamento subjetivo de dor inclui caretas, gemidos, gritos, contorções e outras expressões verbais e não verbais; Os sinais objetivos associados a algumas condições dolorosas são aqueles que não estão sob completo controle do paciente, incluindo manifestações de descargas autonômicas, como suor, rubor, taquicardia, pressão arterial elevada e espasmo muscular; A presença de sinais objetivos tende a sugerir um substrato orgânico ou patológico por detrás da queixa do paciente, enquanto sinais subjetivos em excesso, em relação a sinais objetivos, tendem a indicar um componente psicológico importante para sua queixa, mas não descartam a presença de patologia estrutural latente. Em pacientes com processo patológico, a palpação não apenas fornece uma reação qualitativa, mas também dados quantitativos proporcionais ao estímulo utilizado; Dessa forma, a resposta do paciente à palpação do local simetricamente oposto e não doloroso, quando palpado exatamente da mesma maneira, deve ser observada; Isso também fornece informações importantes quanto à sensibilidade do paciente aos estímulos nocivos e não- nocivos, bem como informações sobre a sensibilidade da região dolorosa; Para determinar se a sensibilidade e a dor provocadas pela palpação são causadas inteiramente ou em parte por alodinia, hiperalgesia ou hiperestesia da pele que recobre a região, são utilizados os testes do pincel, do beliscão, da alfinetada e da arranhadura; Teste do pincel: consiste em esfregar levemente a pele com um bastonete de algodão ou algodão; A presença de dor indica alodinia e sugere disfunção da medula espinal; Teste do beliscão: consiste em beliscar a pele entre o polegar e o indicador, aplicando a pressão ao longo de linhas paralelas próximas que iniciam sobre a área não-dolorosa adjacente e se continuam sobre a parte dolorosa e até a área assintomática mais afastada; Testes da alfinetada e da arranhadura com alfinete: utilizados de forma semelhante para Alice Bastos examinar a presença de sensibilidade superficial. Esses procedimentos também devem ser realizados sobre as áreas opostas e correspondentes assintomáticas como controle, para obter um parâmetro da resposta do paciente aos estímulos, para mostrar a ele o que deve esperar e para fornecer uma base de comparação sutil e subconsciente quando o lado afetado for examinado. Esses testes devem sempre ser utilizados como procedimentos complementares de manobras com o intuito de produzir, reproduzir ou avaliar a dor e a sensibilidade pela percussão, em pequenas batidas ou martelas; Esses testes percussivos são positivos na presença de hiperestesia cutânea, o que contribui muito para o diagnóstico equivocado quando não-reconhecida Escalas de avaliação da dor As escalas são instrumentos que, se usados concomitantemente na avaliação da dor, podem favorecer um cuidado mais eficaz. Devem ser adequadas conforme a idade e o tipo de paciente a quem será dispensado o cuidado. São caracterizadas como: Unidimensionais: caracterizadas por avaliarem apenas o aspecto intensidade da dor; Multidimensionais: avaliam diversos aspectos da dor (efetivo-emocionais). As escalas unidimensionais incluem: Escala verbal descritiva; Escala visual analógica (EAV); Escala visual numérica Escala facial (FPS – faces pais scale). As escalas multidimensionais incluem: Questionário de McGill; Inventário breve de dor; Escala graduada de dor crônica (EGDC-Br); Escala multidimensional de avaliação da dor (EMADOR). Escalas unidimensionais Consiste na escolha de três a cinco palavras ordenadas numericamente, descritoras como nenhum, pouco, modesto, moderado ou grave; O número que corresponde à palavra escolhida é usado para determinar a intensidade da sensação dolorosa em nível ordinal; É fácil para o paciente marcaro para o profissional de saúde analisar; É aplicável para qualquer tipo de dor clínica. É um dos instrumentos mais amplamente utilizados para mensurar a dor; Consiste em uma linha de 10 cm; Em uma das extremidades é colocado o descritor “nenhuma dor” e na outra extremidade, o descritor verbal “a pior dor possível” ou a “pior dor imaginável”; Com o auxílio de uma régua, o paciente irá quantificar a mensuração em uma escala de 0 a 100 mm; É a escala mais simples e reprodutível; Facilmente entendida em muitas situações em que haja diferenças econômicas, sociais, culturais e educacionais ou mesmo de linguagem entre o avaliado e o avaliador. É uma das mais comumente utilizadas para a mensuração da intensidade da dor em contextos clínicos; O paciente estima sua dor em uma escala de 0 a 10 ou em uma escala de 0 a 5 categorias; 0 representa “nenhuma dor” 5 ou 10 representa a “pior dor imaginável”; Alice Bastos Tem como vantagem permitir uma pontuação precisa, sendo de fácil e rápida aplicação; Tem como desvantagem, a dificuldade em ser aplicada na população de idosos, analfabetos e pacientes com déficits cognitivos ou compreensão insuficiente da linguagem. É uma escala simples e eficiente, utilizada com adultos e crianças; É uma escala de categorias que utiliza descritores visuais; São utilizadas seis imagens de expressões faciais que refletem magnitudes de intensidades de dor diferentes; O paciente seleciona a face que é consistente com seu nível atual de dor; Pode ocorrer de um paciente afirmar que sua dor está entre duas faces, o que torna a avaliação não precisa; Pode-se, ainda, colocar números e palavras abaixo das expressões faciais para simplificar o uso da escala. Escalas multidimensionais Incluem indicadores fisiológicos, comportamentais, contextuais e também os autorregistros por parte do paciente. É um instrumento utilizado para mensurar, de forma quantitativa, os componentes multidimensionais da dor (tais como sensorial, afetivo e avaliativo), por meio de palavras cujos significados são relacionados a experiências de dor; É composto por quatro seções; Primeira: os pacientes desenham o local da dor no diagrama corporal; Segunda: constituída por 78 descritores distribuídos em quatro categorias (sensorial, afetiva, avaliativa e mista) e 20 subcategorias. Cada subcategoria contém duas a cinco palavras; Os pacientes são orientados a escolher nenhuma ou apenas uma palavra em cada subcategoria que mais se assemelhe à dor percebida; Terceira: mede como a dor se altera ao longo do tempo, bem como os parâmetros de alívio ou exacerbação; Quarta: mede-se a intensidade da dor numa escala que varia de 1 a 5. O índice de classificação da dor (PRI), o número de palavras escolhidas (NWC) e a intensidade de dor presente (PPI) podem ser obtidos por meio do MPQ; O PRI corresponde ao somatório dos valores das palavras assinaladas em todas as subcategorias de 78 descritores; O NWC pode variar de 0 a 20; O PPI é obtido através da escala. Tem sido sensível a diferentes terapias analgésicas e muito eficaz em discriminar tipos específicos de dor. É um método breve e simples para graduar a severidade da dor crônica ou recorrente, para uso em inquéritos populacionais e em estudos de pacientes Alice Bastos com dor em estabelecimentos de atendimento primário; É composta por oito questões, que avaliam persistência da dor, intensidade da dor e incapacidade associada à dor crônica. É útil para avaliar o impacto da dor; Primeira parte: encontra-se a escala de intensidade de dor que mede a gravidade da dor por meio de quatro EAV diferentes, ancoradas por 0 (nenhuma dor) e 10 (pior dor imaginável). Segunda parte: encontra-se a escala de interferência de dor, que mensura como a dor interfere na atividade geral, humor, deambulação, trabalho, relações sociais, sono e lazer; Cada item funcional é pontuado em uma escala numérica de 11 pontos, em que zero representa “não interfere” e 10 corresponde a “interfere completamente”; O somatório das pontuações dos itens da intensidade de dor e da interferência da dor representam o escore de intensidade de dor e de interferência da dor, respectivamente; Quanto menor a pontuação, menor também é a interferência da dor nos diversos aspectos investigados. Ç É uma escala mais sofisticada, que avalia tanto a intensidade quanto as respostas motivacionais, cognitivas e afetivas à dor; É utilizada para entender o fenômeno doloroso e avaliar a eficácia das intervenções; A escala é constituída de três partes: Primeira: o paciente julga a intensidade da dor utilizando uma escala de 0 (sem dor) a 10 (dor máxima); Segunda: o paciente deve assinalar um ou mais descritores que caracterizam a dor percebida; Esse espaço deve ser preenchido após a dor percebida ser caracterizada como aguda ou crônica, conforme descritores e respectivas definições; Terceira: o profissional solicita ao paciente a localização da dor percebida; O profissional registra no gráfico conforme o(s) número(s) correspondente(s) no corpo humano, seguindo o horário da(s) dor(es) percebida(s). Alice Bastos Referências DESANTANA, J. M. Avaliação da percepção de dor. In: POSSO, I. P. et al. Tratado de dor: publicação da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor. 1. Ed. 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