Buscar

Regulação respiratória do equilíbrio ácido base (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Regulação respiratória do equilíbrio ácido base
 Através da eliminação do gás carbônico, o pulmão têm um importante papel na regulação do Ph do organismo. Para tanto, basta ser ressaltado que o pulmão elimina mais de 10.000 mEq de ácido carbônico por dia, ao passo que o rim contribui com menos de 100 mEq de ácidos fixos. Consequentemente , o organismo pode dispor de alterações da ventilação alveolar para fazer variar a eliminação de C0², participando , assim ativamente, da manutenção do equilíbrio ácido- base.
 Dos sistemas tampões existentes no organismo, o mais interessante para o fisiologista da respiração é o sistema àcido carbônico-bicarbonato.
Diagrama de Davemport
 O Diagrama de Dbemport apresenta grande utilidade para o estudo do equilíbrio àcido-base , posto que permite a distinção clara dos distúrbios ditos metabólicos e respiratórios. 
 O metabolismo é o responsável por aqueles, fazendo variar o valor do bicabornato, ao passo que os distúrbios respiratórios originam-se de funcionamento patológico do pulmão, alterando a pressão parcial do CO².
Mecanismos de defesa das vias aéreas
 O sistema respiratório está sujeito continuamente à exposição de diversos agentes tóxicos do ar, incluindo gases, material particulado e microorganismos, sendo os mecanismos de defesa pulmonar mobilizados através do condicionamento, filtração e limpeza do ar inspirado.
Condicionamento do ar
 As vias aéreas superiores são fundamentais para o condicionamento do ar inspirado independentemente de sua composição inicial, quando o ar alcança os alvéolos já está aquecido, umidificado e quase desprovido de partículas.
 A boca e a faringe realizam essas funções de condicionamento do ar quase tão bem quanto o nariz e a faringe. A Traquéia e os brônquios, entretanto, não o fazem, já que sua perfuração é bem pequena quando comparada com a alta perfuração dos tecidos da boca, nariz e faringe. Durante a inspiração em climas frios ou temperados, o calor e a água são transferidos da mucosa das vias aéreas para o ar inspirado esfriando a mucosa. 
 Durante a expiração, parte do calor e do vapor d´água retorna à mucosa, proveniente do gás alveolar. Assim, as vias respiratórias condicionam o ar inspirado para proteger o pulmão e, depois, conservam o calor e a água do corpo, reabsorvendo parte deles durante a expiração.
Mecanismos de filtração e limpeza
 O mecanismo de filtração das vias aéreas superiores é importante por várias razões, são elas:
a) Remove partículas estranhas, como a sélica, fibras de asbesto ou poeiras inertes.
b) Remove bactérias em suspensão no ar e também outras bactérias, vírus e alguns gases ou vapores irritantes ou tóxicos que estejam absorvidos a partículas maiores.
Interação Mucociliar
 A propulsão do fluído brônquico pelos cílios é conseguida, já que o batimento ciliar é assimétrico. O ciclo completo do batimento ciliar pode ser decomposto em duas fases:
a) Fase de Batimento Efetivo: Nesta fase, o cílio alcança a sua extensão máxima a sua extremidade na camada gel e executa um movimento em arco em um plano perpendicular à superfície da célula ciliada.
b) Fase de Batimento de Recuperação: O cílio se dobra em direção à superfície celular, retornando à posição incial do ciclo, com uma velocidade cerca de duas vezes menor do que o batimento efetivo.
Efeitos da Tosse no transporte mucociliar
 É importante lembrar que o clearance do muco pode ser feito através da tosse, mecanismo este que é pouco relevante em indivíduos normais, mas fundamental em presença de acúmulo de secreção na árvore traqueobrânquica.
Sistema Mucociliar
 O muco é formado a partir das glândulas submucosas, das células caliciformes e das células de clara. As células caliciformes, mais frequentes na traquéia e nas vias aéreas de maior diâmetro, apresentam-se dispostas na mucosa brônquica numa ordem de 1 para 5 células mucosa brônquica numa ordem de 1 para 5 células ciliadas, não sendo necessários impulsos nervosos para a descarga de seu conteúdo.
 O fluido que reveste as vias aéreas é constituído por: substâncias antioxidantes, tampões, imunoglobinas e enzimas capazes de interagir com microorganismos , como a lisozima, lactoferrina e peperoxidases diversas. Quando o indivíduo está desidratado, o muco se torna menos fluido, aumentando sua viscosidade, situação que dificulta o bom funcionamento ciliar.
Princípios de transporte mucociliar
 O epitélio ciliado com células secretoras de permeio reveste a traquéia até os bronquíolos. No entanto, a composição celular e o fenótipo de células individuais variam conforme o nível de trato respiratório analisado.
 Observações microscópicas, feitas em preparações de vias aéreas submetidas a congelamento rápido, têm demonstrado que o fluido brônquico é composto por duas fases: camada gel e camada sol. A regulação da quantidade de fluido da camada sol depende das células epiteliais, que possuem a capacidade tanto de secretar como de absorver líquido, utilizando a energia celular para movimentações iônicas contra gradiente eletroquímico.

Continue navegando