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AULA 02

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1 
 
 
 
 
CURSO: Tecnólogo em Segurança Pública e Social 
DISCIPLINA: Oficina de Texto em Segurança Pública III 
CONTEUDISTAS: Ana Paula Sciammarella, Pedro Heitor Barros Geraldo e 
Carlos Eduardo Brandão 
 
AULA 2 
COMPREENDENDO OS EDITAIS 
 
 
META 
Apresentar como funciona o financiamento de projetos das chamadas 
políticas públicas induzidas realizados pelos organismos governamentais e 
instituições públicas. Esse tipo de financiamento insere-se em um contexto 
jurídico administrativo específico. Sua realização está vinculada a divulgação 
de um edital que apresenta como será realizada a seleção de propostas a 
serem financiadas. 
 
OBJETIVOS 
 
 
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: 
 
 
1. Identificar editais/ chamadas para apresentação de projetos referentes 
às políticas públicas induzidas. 
2. Compreender o que é um edital público para chamada de projetos. 
3. Identificar os elementos contidos nos editais que orientam a redação 
do projeto. 
CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
http://graduacao.cederj.edu.br/ava/course/view.php?id=1079
2 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Como vimos na aula anterior, na tradição institucional brasileira as políticas 
públicas se relacionam com as formas de organização das instituições do 
Estado e os diferentes mecanismos de prestações de serviços na relação 
com a sociedade. As políticas públicas podem ser compreendidas a partir de 
diferentes abordagens. 
 
As políticas públicas “tomam forma” por meio de programas públicos, 
projetos, leis, campanhas publicitárias, esclarecimentos públicos, inovações 
tecnológicas e organizacionais, subsídios governamentais, rotinas 
administrativas, decisões judiciais, gastos públicos, entre outros. 
 
O processo de elaboração de política pública, também conhecido como ciclo 
de políticas públicas consiste em cinco atividades essenciais: definição de 
agenda, formulação, tomada de decisão, implementação e avaliação. As 
políticas públicas são atividades interrelacionadas em que os gestores 
públicos podem se envolver para alcançar os objetivos das políticas da sua 
sociedade e do seu governo. 
 
Esta aula tem com finalidade familiarizar o aluno com a forma pela qual essas 
políticas são realizadas, também, com a colaboração de projetos que são 
financiados pelo Estado e desenvolvidos por instituições governamentais e 
não governamentais. 
 
2. AGENDA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E O FINANCIMENTO DE 
PROJETOS 
 
A definição de agenda diz respeito ao processo pelo qual os governos 
decidem quais questões precisam de sua atenção. Ela enfoca, entre outras 
coisas, a determinação e definição do que constitui o “problema”, que ações 
de políticas públicas subsequentes são destinadas a resolver. A construção 
da agenda também depende de discussões em diferentes arenas em que os 
agentes públicos e os cidadãos participam de processos de construção das 
opções políticas. 
3 
 
Os cientistas políticos norte-americanos Stephen Hilgartner e Charles L. Bosk 
consideram que a atenção pública é um recurso escasso. Por essa razão, 
eles afirmam que há uma competição entre os problemas colocados aos 
gestores públicos e à própria sociedade para que um deles seja selecionado 
dentro das diferentes arenas de discurso público. Os problemas surgem, 
então, em função da ação de empreendedores de ideais que procuram apoio 
às suas “causas”. Eles afirmam que há um processo de convencimento das 
pessoas sobre a pertinência e relevância dos problemas e uma disputa 
constante por recursos. 
 
Esse processo de convencimento não se dá unicamente numa relação direta 
com os agentes públicos, mas dentro da própria sociedade nos mais variados 
espaços de sociabilidade (nas universidades, na igreja, na rua, na mídia etc). 
 
Os autores definem os problemas sociais como “uma dada condição ou 
situação que é reputada como um problema nas arenas do discurso e da 
ação pública.” (HILGARTNER e BOSK, 1988, p. 55) No entanto, o que 
interessa é a competição pelas diferentes ideias disponíveis no sistema de 
arenas públicas. 
 
Eles explicam que esse modelo é composto de seis elementos: (a) há um 
processo dinâmico entre as demandas sociais dos membros de uma vasta 
população; (b) há arenas institucionais que servem de ambiente onde os 
problemas sociais competem por atenção e apoio; (c) a capacidade que tais 
arenas têm de atrair atenção, fato que limita o número de problemas que 
podem receber atenção ao mesmo tempo; (d) os fatores institucionais, 
políticos e culturais que influenciam a probabilidade de se sobreviver à 
competição da formulação de problemas; (e) os padrões de interação entre 
as diferentes arenas; (f) existem ainda as redes de empreendedores que 
4 
promovem e tentam controlar problemas particulares. 
 
 
Assim, podemos compreender como os grupos de interesse e os diferentes 
atores na sociedade se relacionam a fim de promover seus problemas e 
reivindicar soluções do Estado. 
 
Uma agenda é uma lista de questões (ou problemas) aos quais agentes 
públicos e outros membros na comunidade estão debruçados em certo 
momento. A definição de agenda implica em determinado governo 
reconhecer que um problema é uma “questão publica” digna de sua atenção. 
Ela foca nos processos iniciais de identificação de problemas, na iniciação de 
políticas e no modo como esses processos afetam as atividades de criação 
de políticas públicas posteriores de responsabilidade dos governos. 
 
Em síntese, a política pública começa quando a agenda é definida. A menos 
que um problema entre para a agenda do governo, nada será feito a respeito 
dele. O motivo pelo qual uma questão passa a ser vista como um problema 
envolve processos sociais e políticos complexos, bem como circunstâncias 
dinâmicas, tais como o surgimento de uma crise e os complicados papéis dos 
gestores públicos na definição de agenda. Para minimizar os efeitos desses 
fatores, os gestores públicos precisam de uma base sólida de conhecimento, 
forte capacidade analítica e uma estratégia bem elaborada, porém flexível. 
 
A inclusão de um problema na agenda de políticas públicas do governo é 
apenas um começo. O problema precisa passar por mais duas etapas – a de 
formulação de políticas e a de tomada de decisão. 
 
A formulação de políticas públicas se refere ao processo de gerar um 
conjunto de escolhas de políticas para resolver problemas. Nessa fase do 
processo, uma gama de potenciais escolhas de políticas é identificada e uma 
avaliação preliminar da sua viabilidade é oferecida. 
 
As ferramentas de políticas públicas - instrumentos de políticas ou 
instrumentos de governo - são os meios ou dispositivos que os governos 
usam para implementar políticas. As ferramentas de políticas públicas dividem-se 
5 
em duas grande categorias: (a) instrumentos privados: envolvem pouca ou nenhuma 
atividade (ou participação) direta do governo, com base na crença de que atores 
provados poderão oferecer uma solução melhor; (b) instrumentos públicos: são 
apoiados pelo Estado, com informações dos governos e são direcionados pelos 
formuladores de políticas públicas para certos tipos de atividades, ligadas à 
resolução dos problemas de políticas. 
 
A tomada de decisão é a função de política pública em que se decide por 
uma ação para tratar de um problema, levando em conta uma série de 
considerações e análises políticas e técnicas. A implementação de políticas 
públicas é um processo dinâmico e não linear. Analisar o contexto em que se 
está implementando uma política, por exemplo, é importante para sua 
eficácia. A descentralização, por exemplo, é um dos focos dos debates, com 
a maioria dos países implementando, ou pelo menos apoiando, a ideia de 
passar autoridade e recursos para níveis mais baixos de governo 
(descentralização territorial) ou para autoridades reconstituídas não 
tradicionais(descentralização funcional). O grau em que tais tendências 
afetarão a forma como as decisões relacionadas à adoção de políticas são 
tomadas, os recursos mobilizados, e os atores administrativos (e não 
burocráticos) para a implementação. 
 
Como vimos na aula anterior, as fontes de recursos para financiamento de 
projetos são diversas e incluem fontes nacionais, internacionais, 
governamentais, não governamentais, públicas e privadas. As fontes de 
recurso podem, também, variar quanto à escala dos projetos apoiados, 
quanto às formas de concessão dos recursos e quanto aos critérios e 
processos adotados para a seleção das propostas. 
 
Em geral, a forma com se operam as concessões de recursos observam a 
forma de recursos não-reembolsáveis, ou seja, uma vez transferido para a 
execução de um projeto, ele deverá ser integralmente utilizado para a 
implementação do mesmo, sem que o mesmo seja devolvido. 
6 
Quando as entidades envolvidas nesse tipo de operação são de caráter 
público, o instrumento utilizado para a formalização deste tipo de repasse de 
recursos financeiros é um convênio. 
 
Quando concebemos um projeto ele objetiva solucionar um problema. Essas 
propostas podem ser estimuladas pelas possibilidades de obtenção de 
recursos financeiros disponibilizados por entidades financiadores 
(governamentais ou não governamentais). Esse estímulo pode se dar 
através da divulgação de financiamento “livres” ou “espontâneos”, 
caracterizados por convocatórias abertas para o recebimento de projetos, 
sem que haja uma determinação prévia sobre aspectos específicos dos 
projetos. Em geral, essas convocatórias limitam-se a delimitar as áreas 
temáticas que pretendem financiar, indicam os períodos disponíveis para 
apresentação de propostas. 
 
Veja, por exemplo, esta chamada: 
 
7 
 
 
 
(Fonte: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single- 
view/news/project_inscriptions_are_open_for_crianca_esperanca_programme_2015/#.Vi6d1I 
SpSzw) 
Figura 1.1: Chamada para projetos da UNESCO 
 
Outra forma de chamada de projetos se dá através do que chamamos de 
políticas públicas induzidas. Neste caso, a solicitação da apresentação de 
proposta se dá por meio de EDITAIS. Os programas institucionais das 
secretarias ou ministérios, por exemplo, utilizam este instrumento para 
execução de suas políticas. 
 
Vejamos, um exemplo de edital para uma chamada pública: 
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-
8 
 
 
 
 
 
 
(FONTE: http://juventude.gov.br/juventude/noticias/edital-chamada-de-projetos-para-o- 
laboratorio-de-participacao-e-inovacao-para-reducao-de-homicidios#.VjPNSISpSzw) 
Figura 1.2. Chama para projetos do Ministério da Justiça 
 
 
Nessa aula, pretendemos apresentar os editais que se destinam a 
implementação dos programas institucionais governamentais em sua 
http://juventude.gov.br/juventude/noticias/edital-chamada-de-projetos-para-o-
10 
dimensão jurídica e política. Além disso, buscaremos apresentar e discutir os 
elementos dos editais indicando como os mesmos podem nos orientar a 
redigir um projeto para solicitar financiamento público ou privado. 
 
No âmbito da segurança pública, por exemplo, se apresentam chamadas e, 
consequentemente, propostas para realização de ações de prevenção, que 
incluem temas de prevenção à exploração sexual infanto-juvenil, violência 
nas escolas, violência doméstica e de gênero, mediação de conflitos, direitos 
humanos, promoção da igualdade racial, da livre orientação sexual e para 
proteção de idosos, crianças e adolescentes. As propostas, muitas vezes, 
contêm ainda a formação e capacitação de profissionais, para a realização e 
aprimoramento das práticas educacionais. Esses são temas que podemos 
observar nos EDITAIS que procuram “induzir” e apoiar a elaboração de 
projetos, de acordo com as políticas públicas de segurança. 
 
A utilização de editais para buscar boas práticas de execução de políticas 
públicas permite que a administração pública ganhe capilaridade em suas 
ações, uma vez que permite uma multiplicidade de olhares, conhecimentos e 
entendimentos mais específicos da sociedade. Quando as propostas 
apresentadas são elaboradas por profissionais da área de segurança pública, 
elas ganham como incremento o fato de que esses profissionais sabem 
identificar os locais, bairros e regiões mais vulneráveis à ocorrência de 
situações de violência e criminalidade. Por isso, podem indicar e ajudar a 
desenvolver ações relacionadas as temáticas “induzidas” pelos editais no 
contexto em que atuam. E o primeiro passo para elaborar uma proposta de 
projeto é, justamente, identificar as necessidades locais e definição de 
prioridades. Isso ganha melhor contorno com a delimitação dos critérios de 
elegibilidade e apoio aos projetos previstos nos editais. 
 
BOXE EXPLICATIVO 
 
Os editais são o mecanismo utilizado, especialmente para financiamento 
governamentais, para o apoio à projetos. Essas chamadas pretendem aliar 
as políticas dos governos às ações que estão sendo financiadas em cada 
um dos projetos. 
 
10 
3. FINANCIAMENTO PÚBLICO DE PROJETOS E ENQUADRAMENTO 
LEGAL 
 
Ao falarmos de financiamentos governamentais de projetos, nos referimos as 
transferências voluntárias de recursos que são realizadas mediante 
convênios, contratos de repasse e termos de parceria. Estes instrumentos 
constituem um sistema de cooperação entre o Estado (União) e outras 
governamentais (Distrito federal, estados e municípios) ou organizações não- 
governamentais, para execução de ações de interesse recíproco, a serem 
financiadas com recursos públicos. 
 
Os órgãos e entidades públicas que receberem recursos da União por meio 
de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria são obrigados a 
observar as disposições da Lei de Licitações e Contratos (Lei 8.666/93) e 
demais normas federais pertinentes. 
 
A Lei 8.666/93, em seu artigo 2º, parágrafo único, define contrato como: 
 
“todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública e particulares, em que haja um 
acordo de vontade para a formação de vínculo e a 
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a 
denominação utilizada”. 
 
Já um CONVÊNIO tem como característica marcante o fato de que todos os 
envolvidos estão juntos para alcançar determinado objetivo comum. Não 
existem entre os partícipes interesses contrapostos, como acontecem nos 
contratos muitas vezes. Em um contrato de compra e venda, por exemplo, 
aquele que vende, pretende receber o valor que foi acordado, e aquele que 
compra deseja o bem que está sendo vendido, de modo que os objetos 
11 
 
almejados por cada dos envolvidos são diversos, razão pela qual os sujeitos da 
obrigação são denominados de “partes” do contrato. 
 
Já nos CONVÊNIOS, a posição dos participantes é idêntica para todos, pois os 
participantes têm interesses comuns e coincidentes, há COOPERAÇÃO entre 
eles. 
 
Portanto a essência de um convênio está assentada em um tripé: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem convênios sem repasse de recursos financeiros, com repasse, 
convênios de cooperação técnica, entre outros, cada qual, submetido a uma 
legislação própria ou específica, mas atendendo sempre às balizas ao que diz 
Lei nº 8.666/1993. 
 
No âmbito federal o Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007 (que teve 
dispositivos alterados pelos Decretos nºs 6.329/2007, 6.428/2008 e 6.619/2008, 
e acrescidos pelo Decreto nº 6.497/2008), considera CONVÊNIO como o: 
 
“acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline 
a transferência de recursos financeiros de dotações 
consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social 
da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou 
Tem a 
natureza de 
um "acordo" 
CONVÊNIO 
É celebrado 
entre pessoas 
de direito 
público e/ou 
particulares 
Interesses são 
convergentes, 
o que afastao 
intuito de 
lucro. 
12 
 
entidade da administração pública federal, direta ou indireta, 
e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública 
estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, 
entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução 
de programa de governo, envolvendo a realização de 
projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de 
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação”. 
 
A mesma norma acima referida define também o contrato de repasse e o 
termo de cooperação, o que é essencial para o estudo de convênios. Além 
destes, outro instrumento utilizado neste tipo de acordo para repasse de 
recursos é o termo de parceria, que é definido pela Portaria Interministerial nº 
127 (de 29 de maio de 2008). 
 
Em resumo, temos: 
 
 
 
 
Termo de Cooperação é o instrumento por meio do qual é 
ajustada a transferência de crédito de 
órgão da administração pública 
federal direta, autarquia, fundação 
pública, ou empresa estatal 
dependente, para outro órgão ou 
entidade federal da mesma natureza. 
Contrato de Repasse é o instrumento administrativo por 
meio do qual a transferência dos 
recursos financeiros se processa por 
intermédio de instituição ou agente 
financeiro público federal, atuando 
como mandatário da União. 
Termo de Parceria é o instrumento jurídico previsto na 
Lei 9.790, de 23 de março de 1999, 
para transferência de recursos para 
organizações sociais de interesse 
público. 
13 
 
Estes tipos de contratos e parcerias sujeitam-se ao algumas regras para 
concorrer e utilizar recursos públicos, dentre elas as previstas no Decreto nº 
5.504, de 05-08-2005 (exigência de licitação pública). Desta forma, as 
entidades qualificadas como organizações sociais – OS (Lei nº 9.637, de 15- 
05-1998) ou organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIP 
(Lei nº 9.760, de 23-03-1999), deverão observá-las para o uso dos recursos 
oriundos de repasses (União) em face dos respectivos contratos de gestão 
(instrumento utilizado pelas Organizações Sociais, chamadas “OS”) ou 
termos de parceria. 
 
4. O QUE SÃO OS EDITAIS? 
 
 
O edital é um “mecanismo administrativo prévio”. Trata-se de um 
procedimento pelo qual a administração pública seleciona o contrato ou 
serviço que melhor atende suas necessidades. Tem, obrigatoriamente, 
caráter público. Isto significa que os editais devem ser amplamente 
divulgados de modo a ser conhecido por todos, garantindo a igualdade de 
participação. 
 
É o instrumento mais utilizado pelas fontes de financiamento para divulgar a 
sua intenção de apoiar projetos – e, portanto, também para convocar os 
possíveis interessados para a apresentação de propostas. Os editais 
convocatórios estabelecem os requisitos para a apresentação das 
propostas de projetos mediante a definição de uma série de elementos a 
serem observados, os quais, usualmente, se materializam em: critérios de 
elegibilidade dos proponentes; prazos dos procedimentos da convocatória; 
área temática; escopo, tipo e abrangência dos projetos; itens e limites 
financiáveis; critérios de pontuação e seleção das propostas; documentação 
a ser apresentada pelos proponentes. 
 
O edital é, justamente, um ato convocatório de uma licitação, que é um 
procedimento administrativo vinculado mediante o qual a administração 
14 
 
pública seleciona propostas que oferece mais vantagens para a 
celebração do contrato de seu interesse. Esse procedimento tem seus 
fundamentos em alguns princípios do direito, relacionados à moralidade 
administrativa (art. 37 da Constituição Federal dede 1988) e na igualdade de 
oportunidades. As modalidades de licitação previstas nesta legislação são as 
seguintes: concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e 
pregão. Cada uma possui suas características e se destinam a determinados 
tipos de contratação. 
 
Desta forma, os editais, nosso foco nesta aula, são do ponto de vista jurídico, 
os instrumentos de organização das relações entre os diferentes atores (suas 
etapas e regras). Além disso, os editais transmitem, também, os discursos 
institucionais. Por isso, os editais expressam, em certa medida, alguma 
“ideologia”. 
 
 
 
 
 
(Fonte:http://www.obscriancaeadolescente.gov.br/index.php?option=com_content&view=cate 
gory&layout=blog&id=41&Itemid=85) 
Figura 1.3.: Exemplos de chamadas e editais 
http://www.obscriancaeadolescente.gov.br/index.php?option=com_content&view=cate
15 
 
4.1. Como ler um edital ? 
 
 
Na leitura de um edital, os primeiros elementos a considerar são, sem 
dúvida, a área temática para a qual são aceitas proposições, os critérios de 
elegibilidade dos proponentes e o prazo estipulado para a entrega da 
proposta. Logo de início, uma vez enquadrado na condição de proponente 
elegível, é preciso ponderar se a área temática comporta proposições para a 
solução de problemas que a organização/ órgão/ instituição postulante 
considere relevantes e para os quais detenha expertise para atuar. 
Obviamente, como uma proposta de projeto obrigatoriamente se 
vincula a um problema real, é necessário que o prazo estipulado para a sua 
entrega seja compatível com as necessidades de tempo para reunir e 
organizar as informações técnicas indispensáveis à concepção do projeto, 
bem como para cumprir as exigências documentais e processuais 
demandadas pelo edital. 
Destacamos alguns pontos que merecem uma atenção especial na 
hora de ler um edital. 
 
 
Objetivo do edital Ou seja, aquilo que o financiador está disposto a 
apoiar. Só leia o restante do edital e monte a 
sua proposta se ela estiver adequado com os 
interesses do financiador, tal como disposto no 
edital. 
Critérios de elegibilidade A pergunta que se precisa fazer aqui é: “sua 
organização/ órgão/ instituição se enquadra nos 
critérios solicitados?” 
Ou seja, possui a personalidade jurídica 
adequada, atua na área para a qual o edital 
pretende investir os recursos, poderá contribuir 
para a solução do problema concreto que o 
edital que “atacar”, atua na região indicada pelo 
16 
 
 edital para a realização do projeto ? 
Critérios de avaliação São aspectos que contribuem para a avaliação 
do seu projeto. Portanto, identificando estes 
critérios, você poderá se preocupar em 
contemplá-los em sua proposta. 
Aqui incluímos, também, uma atenção especial 
que deve ser atribuída à documentação 
necessária para comprovação dos critérios 
exigidos. 
Você deverá observar quais são estes 
documentos e se sua instituição dispões dos 
mesmo dentro do período de validade. 
Itens financiáveis e não 
financiáveis 
Aqui o olhar deve estar atento para o que o 
edital irá financiar. Qual o tipo de despesa 
poderá ser coberta pelos recursos que serão por 
ele disponibilizados? Ou seja, o que pode entrar 
no orçamento do projeto e o que não pode. O 
orçamento do projeto deve ser elaborado a partir 
desta orientação. 
Valor mínimo e máximo 
financiável 
Outro aspecto a ser observado no orçamento do 
projeto são os valores mínimo e máximo de 
financiamento 
Contrapartida Em alguns casos é exigido um percentual a ser 
oferecido pela instituição que apresenta o 
projeto para compor o orçamento da proposta. É 
o que chamamos de contrapartida. Muitas vezes 
essa contrapartida pode ser oferecida através 
de recursos humanos da instituição ou mesmo 
de material do qual a mesma já disponha como 
mobiliário e / ou espaço físico. Observe esta 
exigência e indique qual será o “valor” da contra 
partida no orçamento do projeto. 
17 
 
Prazos Fique atento ao prazo estipulado. Não envie 
propostas fora da data limite, ao menos que o 
financiador tenha prorrogado o prazo. 
Lembre que no momento do envio da proposta 
você deverá, em muitos casos, anexar os 
documentos exigidos no edital. 
Formatação do projeto 
(número de páginas, 
linhas ou palavras) 
Observe o edital ou formulário. Respeite a 
formataçãosolicitada e os limites nele exigidos. 
Documentação Observe a documentação de habilitação jurídica. 
Verifique se você dispõe de toda a 
documentação dentro da validade e se será 
necessário juntar documento de algum parceiro 
que irá atuar no projeto. 
 
 
Uma vez observados os aspectos mencionados, é fundamental apreciar 
atentamente os critérios irão orientar a análise e o julgamento das propostas. 
Tais exigências têm o intuito de verificar preliminarmente se a organização 
proponente detém, em função de sua experiência e da qualificação de sua 
equipe técnica, condições objetivas de realizar o projeto. 
 
Os critérios de avaliação e pontuação de projetos poderão variar 
significativamente em conformidade com as características de cada edital. 
Contudo, podemos destacar aqui dois aspectos que são, em geral, 
prestigiados na avaliação de uma proposta: a qualificação técnica da equipe 
que atuará no projeto e a qualidade técnica da proposta apresentada. 
 
Por isso, a tarefa de montagem da equipe que atuará no projeto, com o 
intuito de promover uma adequada alocação dos recursos humanos que 
desenvolverão os trabalhos, é importante. É preciso observar atentamente 
qual o tipo de formação e experiência profissional que os formuladores do 
18 
 
edital mais valorizam, de acordo com as funções e atividades a serem 
desempenhadas por cada profissional. 
 
No que se refere à qualidade técnica da proposta, devem ser levados em 
consideração os itens que o edital especifica como indicativos de aspectos 
relevantes que devem ser observados e incorporados na proposta do 
projeto. 
 
Estes aspectos deverão merecer atenção especial quando da redação final 
do texto da proposta como uma estratégia de valorização da proposta de 
projeto que está sendo apresentada. 
 
A apreciação da qualidade técnica da proposta pode ser analisada através 
fornece das indicações sobre a abordagem que irá ser adotada para trabalhar 
o problema (enfoque de trabalho) e, também, nos indicativos sobre os 
resultados que se pretende produzir através dos objetivos específicos do 
projeto. 
 
Por fim, é preciso alertar que, antes de encaminhar a proposta de projeto à 
apreciação da entidade financiadora, deve-se observar rigorosamente se o 
edital discriminou exigências administrativas específicas que porventura 
indiquem os procedimentos a adotar para o encaminhamento formal das 
propostas e para o acompanhamento da divulgação dos resultados 
 
Veja aqui mais um exemplo de edital: 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Fonte: http://www.spm.gov.br/sobre/editais/editais-2013/edital-de-chamada-publica-no-03- 
2013/view) 
Figura 1.4.: Exemplo de edital de financiamento de projetos 
http://www.spm.gov.br/sobre/editais/editais-2013/edital-de-chamada-publica-no-03-
20 
GLOSSÁRIO 
 
Convênio é o instrumento utilizado na 
descentralização da execução de 
programa, projeto ou evento, com duração 
certa. Consiste no compromisso firmado 
por um órgão ou entidade da 
Administração Pública Federal de repassar 
determinado montante de recursos a uma 
instituição pública que se compromete a 
realizar ações constantes nas cláusulas 
conveniadas em conformidade com o 
respectivo Plano de Trabalho. 
Proponente É a instituição que propõe a celebração de 
Convênio. Após a análise do projeto 
básico, plano de trabalho e demais 
documentações e a sua aprovação, 
quando for assinado o Convênio, o 
proponente passa a figurar no respectivo 
termo na situação de Convenente. 
Convenente É quem recebe os recursos, cabendo-lhe a 
responsabilidade de executar e prestar 
contas da utilização dos recursos 
recebidos. 
Executor É o responsável direto pela execução do 
Convênio, podendo ser ou não o 
Convenente, devendo ser indicado, no 
instrumento de Convênio, as suas 
obrigações. 
Interveniente É uma figura que, embora não obrigatória, 
em alguns casos pode intervir no Convênio 
ou instrumento similar para manifestar o 
21 
 
 seu consentimento na participação de 
outros órgãos no Convênio ou para 
assumir obrigações em nome próprio. 
Contrapartida É a parcela da participação do Convenente 
na consecução do objeto do Convênio, que 
poderá ser concretizada mediante o aporte 
de recursos financeiros ou alocação de 
bens, materiais e serviços que possam ser 
mensuráveis. 
 
 
ATIVIDADE 01 
 
Nesse módulo nossa proposta de atividades possui como objetivo final, que você seja 
capaz de construir um projeto. Por isso, ao longo das atividades gostaríamos de 
estimular sua capacidade de refletir sobre a sua realidade e sobre as demandas que 
nela se apresentam. Além disso, nosso objetivo é que você seja capaz de identificar 
quais questões relativas às políticas públicas relacionam-se com as demandas que 
você identificou na realidade onde está inserido (comunidade, instituição, corporação). 
 
Pesquise editais - em vigência ou finalizados - que tenham a ver com sua área de 
atuação e desenvolva o que solicitamos a seguir: 
 
Identifique seu objetivo, critérios de elegibilidade e avaliação e o cronograma estipulado 
para todo o processo de elaboração, procedimento e prazos para envio e aprovação 
das propostas. 
 
Em seguida, elabore, em até dez linhas, um argumento que justifique seu ingresso no 
certame (por que posso participar?) e qual seu objetivo principal (o que espero 
alcançar?). 
 
RESPOSTA COMENTADA 
 
Nesta atividade o aluno poderá aproveitar os links disponibilizados nas figuras acima para 
localizar editais de financiamento de projetos. Encontrados estes editais ele deverá 
apresentar um breve texto que justifique a possibilidade de apresentação de um projeto 
que ele pretende realizar, de acordo com o edital. 
22 
 
A seguir, apresento um exemplo de um projeto resumido que poderá orientar a escrita 
e os pontos a serem identificados nos editais pesquisados: 
 
Exemplo de resumo de projeto apresentado para União Européia que dispunha de um 
edital de financiamento disponível para projetos sobre violência contra mulher: 
 
 
Designação da ação: 
 
Mulheres e UPPs: 
Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres em 
Comunidades com Unidades de Polícia 
Pacificadora/UPP. 
Localização da ação- indicar as 
região(ões), zona(s), cidade(s) que 
irão beneficiar da ação 
Rio de Janeiro, município do Rio de Janeiro nas 19 
comunidades onde encontram-se instaladas as unidades de 
polícia pacificadora. 
Duração total da ação (meses): 
36 meses 
Montante da contribuição UE 
solicitada 
 
400 mil euros 
Objetivos da ação Promover a inserção das mulheres nos debate sobre o 
modelo das Unidades de Polícia Pacificadora/UPP na 
cidade do Rio de Janeiro. Capacitá-las em pesquisadoras 
sociais. Realizar um diagnóstico que retrate a realidade da 
violência doméstica e familiar contra as mulheres nestas 
comunidades. Avaliar e contribuir para a atuação qualificada 
dos/as policiais nestas ocorrências. 
Grupo(s)-alvo Mulheres moradoras e mulheres lideranças comunitárias das 
19 comunidades em que o modelo de policiamento encontra-
se instalado. 
Beneficiários finais Toda a população destas comunidades, em 
especial as mulheres que nelas vivem. 
Resultados esperados Construção de uma politica de segurança pública com 
perspectiva de gênero, empoderamento das mulheres, 
formação das mulheres e melhoria de sua condição de vida 
nas comunidades. 
Atividades principais Promoção de espaços de diálogos entre as mulheres e os 
profissionais da segurança pública, capacitação das 
mulheres em pesquisadoras, realização de diagnóstico, 
contribuição para a formação de policiais. 
23 
 
ATIVIDADE 02 
 
Nos textos a seguir você encontra pequenas contextualizações sobre dois tipos 
de violência: relacionada à juventude e as mulheres (a chamada violência de 
gênero). Faça a leitura dos dois textos e escolha um deles para realização 
desta atividade. 
 
Contexto 1: Juventude e Segurança 
 
Sem dúvida, os jovens representam o grupo socialmais vulnerável tanto 
em termos de dificuldades de acesso ao emprego e à cidadania, quanto em 
termos de vitimização à violência. 
Os jovens têm uma presença significativa nas estatísticas de mortalidade 
por causas externas, particularmente morte provocada pela violência. Eles 
compõem um grupo muito vulnerável em relação ao contato prematuro com 
organizações criminosas, com o cigarro, a bebida alcoólica e as drogas. Os 
jovens também têm uma importante participação em situação que envolvem 
acidentes de trânsito e parcela importante deles está fora do ensino público. 
Não bastasse esse quadro, os jovens, sobretudo os moradores das periferias 
das nossas cidades, são eleitos como alvo preferencial para a ação policial, 
sendo assim, vítimas da violência policial e de maus-tratos dentro do sistema 
socioeducativo. 
Nesse sentido, é urgente que as políticas de segurança pública 
concebam projetos e ações voltados para a inclusão dos jovens. Essa inclusão 
pode ser contemplada através de inúmeras iniciativas, muitas das quais já 
estão sendo colocadas em prática. 
(Fonte: http://observatoriodeseguranca.org/seguranca/juventude) 
 
 
Contexto 2: Gênero e Segurança 
 
(...) Três em cinco jovens brasileiras já sofreram violência em relacionamentos, 
aponta pesquisa realizada pelo Instituto Avon em parceria com o Data Popular. 
A situação é ainda mais preocupante quando se leva em conta que 91% dos 
entrevistados em 2013 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) 
concordam com a frase “Homem que bate na esposa tem que ir para a cadeia”. 
Além disso, o país tem uma das leis mais avançadas do mundo contra a 
violência de gênero, a Maria da Penha, em vigor há oito anos e meio. E esta 
http://observatoriodeseguranca.org/seguranca/juventude)
24 
 
semana aprovou uma lei que transforma o feminicídio em crime hediondo, com 
penas de até 30 anos de cadeia. Aproximar o discurso da prática, no entanto, 
dá trabalho. E requer iniciativas que permitam às mulheres reconhecer que 
estão sofrendo violência e perder a vergonha de procurar ajuda. (...) 
(Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/03/16/politica/1426518283_927652.html) 
 
 
Após a escolha de um dos temas, responda os itens a seguir: 
 
 
Pesquisando financiadores 
 
Você deverá buscar chamadas (EDITAIS) públicos ou privados dispostos a 
financiar projetos relacionados a temática por você escolhida. Você deverá 
indicar aqui o link para o edital ou anexar o arquivo relativo ao mesmo. 
 
Encontrou um edital ? Que ótimo !! 
 
Agora gostaríamos que você localizasse no edital e desenvolvesse aqui neste 
espaço, de acordo com as exigências do edital qual seria o objetivo geral e 
específico do seu projeto, bem como, as ações e produtos que você pretende 
desenvolver. 
Neste exercício, gostaríamos que você exercitasse sua capacidade de busca 
por fontes de financiamento e, também, correlação entre as exigências dos 
editais e os elementos constitutivos de um projeto. 
 
RESPOSTA COMENTADA 
 
As respostas aqui serão distintas, de acordo com os editais pesquisados. Os 
alunos poderão utilizar com referencia os links indicados acima como exemplos 
de editais. 
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/03/16/politica/1426518283_927652.html)
25 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Por tudo que vimos aqui, a orientação prática que devemos observar para 
realizar uma leitura produtiva de um edital bem estruturado. Essa leitura poderá 
fornecer informações valiosas para a formulação do projeto e a consequente 
redação de sua proposta. Por isso, a leitura deverá reconhecer as relações 
existentes entre os elemento do edital e os que estruturam um projeto assenta-
se em reconhecer as relações existentes entre os elementos constitutivos do 
edital e os elementos básicos de concepção de um projeto. 
 
Ao analisar um edital você não poderá deixar de observar: 
 
• O objeto do edital, que guarda relação de correspondência com o 
objetivo superior para o qual o projeto a ser proposto deve contribuir. 
• A definição dos projetos que se enquadram no edital, que informa 
sobre quais os possíveis objetivos específicos a serem formulados e 
trabalhados pelo projeto a ser proposto. 
• A explicitação de produtos esperados, que indica quais resultados 
devem ser obtidos com a implementação do projeto, e ajuda na 
construção dos objetivos específicos do projeto, já que a estes devem 
podem ser associados os resultados que foram indicados como 
produtos esperados. 
• Prazo máximo para a realização do projeto, que fornece um parâmetro 
geral a ser adotado para a elaboração do cronograma de execução do 
projeto. 
• Valor total financiável, que indica a exigência de contrapartidas e a 
definição de itens de despesa financiáveis e não-financiáveis, 
fornecendo subsídios a serem para a elaboração do orçamento do 
projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
RESUMO 
 
Uma das formas de obtenção de financiamento para projetos se dá através 
dos financiamentos que são concedidos para as políticas públicas 
induzidas. Ou seja, através do apoio governamental. 
 
 
 
A leitura do edital deverá os elementos e aspectos que orientam a 
construção de um bom projeto. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
Cartilha sobre convênios e outros instrumentos: aplicação a lei de 
inovação (Elaborada com base no Parecer 004/2010/JCB/CJU-
SJC/CGU/AGU). 
 
Rocha Furtado. Curso de Direito Administrativo. Belo Horizonte: Editora 
Fórum. Ano 2007, p. 348-351). 
O EDITAL é um mecanismo através do qual a administração pública anuncia 
e cria critérios para a seleção de um contrato ou serviço para atender suas 
necessidades. É o mecanismo usado, também, para selecionar projetos de 
interesse governamental para implementação do que chamamos aqui das 
políticas públicas induzidas.

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