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Consolidação Óssea

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▪ O osso é um tecido com um enorme potencial 
de reparo. 
 
▪ Após um período de 4-8 meses o osso 
fraturado se reconstitui sem deixar cicatriz, 
contanto que fatores essenciais estejam 
presentes, como: 
o uma boa vascularização dos fragmentos; 
 
o manutenção da estabilidade da fratura 
(evitar o movimento acentuado entre os 
fragmentos). 
 
▪ A consolidação da fratura pode ser primária ou 
secundária; o segundo tipo é o mais 
comumente observado. São três etapas desse 
processo: 
 
CONSOLIDAÇÃO PRIMÁRIA 
▪ A consolidação do tipo primária ocorre quando 
existe perfeita aposição entre os fragmentos 
fraturários e estabilidade absoluta por 
osteossíntese por placa e parafuso (cirurgia 
estabilizadora de fratura). 
 
▪ Neste tipo, o tecido ósseo “novo” é formado 
diretamente a partir do próprio osso fraturado 
e do endósteo. 
 
 
 
 
CONSOLIDAÇÃO SECUNDÁRIA 
▪ Na consolidação secundária (mais comum), 
antes de formar osso há formação de tecido 
fibrocartilaginoso intermediário; 
o isso ocorre quando a estabilidade é relativa 
(fornecida pela maior parte dos 
tratamentos: gesso, haste intramedular, 
fios, fixador externo). 
 
▪ É o tipo mais comum e possui 3 fases: 
 
1- FASE PRECOCE – HEMATOMA 
FRATURÁRIO 
▪ inflamatória; 1 a 7 dias; 
 
▪ No momento em que ocorre a lesão, pequenos 
vasos do osso fraturado e de seu envoltório 
(periósteo) rompem e sangram, provocando a 
formação de um hematoma entre e ao redor 
das bordas dos fragmentos fraturários. 
 
▪ Este hematoma coagula e serve de estimulo 
para iniciar o processo de consolidação, sendo 
invadido por pequenos vasos (angiogênese), 
trazendo consigo células mesenquimais 
pluripotentes do tecido conjuntivo, originárias 
do periósteo ou dos tecidos moles 
circunjacentes. 
2- FASE DO CALO FRATURÁRIO MOLE 
▪ 2 a 3 semanas 
 
▪ Dentro das primeiras 2 semanas, começa a se 
formar um tecido que se interpõe aos 
fragmentos e circunda suas bordas, dando a 
forma de um abaulamento no ponto de fratura 
do osso (calo). 
 
▪ Este calo é viscoso e funciona como uma 
verdadeira “cola” para o osso. Nesta fase, o 
calo é composto por tecido fibrocartilaginoso, 
trazendo alguma resistência e estabilidade à 
fratura, mas ainda não aparecendo na 
radiografia, pois não é tecido ósseo. 
 
3- FASE DO CALO FRATURÁRIO DURO – 
CALO ÓSSEO 
▪ 4 semanas; 
 
▪ Após as duas primeiras semanas, as células 
mesenquimais começam a gerar osteoblastos 
que então começam a produzir tecido ósseo 
com uma velocidade absurda. 
 
▪ Este tecido começa a ser formado num local 
pouco distante do traço da fratura, aparecendo 
na radiografia como uma reação periostal. 
 
▪ Em seguida, começa a preencher todo o foco 
da fratura, neste momento aparecendo no RX 
como um verdadeiro calo ósseo, bem 
visualizado ao se completar 6 semanas, mas 
ainda podemos perceber um tênue traço da 
fratura. 
▪ Neste momento, a fratura já está clinicamente 
estável (consolidação clínica), quando o 
ortopedista cuidadosamente provoca forças 
tensionais sem resultar em movimento entre 
os fragmentos fraturários e nem dor no 
paciente. 
 
4- FASE DE REMODELAÇÃO 
 
▪ Meses/anos; 
 
▪ Ao longo das próximas semanas ou meses, o 
calo ósseo vai se tornando cada vez mais 
consistente, à medida que o tecido ósseo 
primitivo (osso imaturo) inicialmente 
depositado é convertido em tecido ósseo 
maduro (osso lamelar). 
 
▪ Este processo se completa após 4-8 meses, 
sendo mais rápido nas crianças, no RX não se 
observa mais traço de fratura (consolidação 
radiológica). 
 
▪ Ao longo dos próximos meses, o calo ósseo 
vai se remodelando, com reabsorção do 
excesso, até que o osso volte a seu formato 
original. 
 
 
COMPLICAÇÕES 
▪ Nem toda fratura retorna a seu estado original. 
 
▪ Retardo de consolidação: Não consolida na 
velocidade e tempo esperado (há sinais). 
o Ex.: a tíbia leva em torno de 12 a 16 
semanas para consolidar; com 12 
semanas não se vê desenvolvimento. 
 
o Características clínicas: edema local, calor 
e mobilidade. 
▪ Consolidação viciosa: A consolidação 
ocorre, mas de maneira inadequada do ponto 
de vista morfológico, estético e funcional. 
o O tratamento é difícil, necessitando de 
osteotomia corretiva. 
 
▪ Pseudoartrose: Ausência de consolidação; 
mais do dobro do tempo esperado sem sinais 
de consolidação. 
o Principais causas: infecção (osteomielite), 
necrose de um ou mais fragmentos, 
imobilização ou fixação inadequada da 
fratura, impedindo sua estabilidade.

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