Buscar

Aula 10- Deformidade de MMII

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

1 Ariane Krawczak Wilde Rodrigues Pinto e Nicoly Ricardo Lourenço – ATM26 
DEFORMIDADE DE MEMBROS INFERIORES: 
 
• Deformidades rotacionais 
 
1) Rotação interna (Toe In): 
• Geralmente fisiológico e simétrico 
• Comum. 
• Marcha em toe in (caminha com os pés para dentro) 
• No exame físico, devemos deixar a criança em decúbito ventral. Posição que facilita a rotação 
interna do pé (que pode chegar a 60°). Nessa posição, vemos a rotação do pé em relação à 
coxa, devendo ser de, no máximo, 5°. 
• Rotações simétricas geralmente são benignas, não necessitando de raio-x. 
• Pode ser devido: 
a) Quadril (anteversão do colo femoral): a criança nasce com anteversão do colo do 
fêmur de cerca de 30° e evolui para 10° na vida adulta. Isso ocorre intraútero, em 
toda a criança, por causa da posição durante a gravidez. 
b) Joelho: a tíbia passa de 5° 
c) Pé: metatarso varo 
 
 
2) Rotação externa (Toe Out): 
• Geralmente patológico após o primeiro ano. 
• É comum a criança apresentar rotação externa fisiológica no primeiro ano, por retração dos 
rotadores externos do quadril; após essa idade, não. 
• Sempre investigar rotação externa em crianças maiores de 1 ano. 
• Avaliar se a causa não é por pés planos, achado comum e fisiológico em crianças até cinco 
anos de idade. 
• Causas possíveis: 
a) D.D.Q (displasia de desenvolvimento do quadril): quadril tão antevertido que sai 
da articulação. Aqui, pode ser necessário um raio-x. 
b) E.P.F (escorregamento da parte superior do fêmur): + em crianças mais velhas. 
c) Pé plano severo (em adolescentes e pré-adolescentes) 
 
 2 Ariane Krawczak Wilde Rodrigues Pinto e Nicoly Ricardo Lourenço – ATM26 
• Deformidades angulares: 
 
Comum em crianças que começam a caminhar e nas de 3 a 4 anos. 
• Nascimento: joelho varo em 15° (pra fora) 
• 1,5 - 2 anos: joelho neutro (reto) 
• 2 - 3 anos: joelho valgo (para dentro) 
• 3 - 4 anos: começa a curva de correção. Os meninos ficam com o joelho entre 0 e 5° e as 
meninas entre 5 e 7° de valgo. 
 
 Algumas alterações que devem levantar suspeitas são: 
• Quando o processo for não-simétrico 
• Quando a idade não for adequada (exemplo: joelho varo em crianças acima de 2 anos) 
• Alteração nutricional (como raquitismo) 
• Trauma prévio 
• Obesidade 
 
1) Tíbia vara de Blount: 
Defeito na porção postero-medial da placa epifisária. 
Só acontece em crianças que caminham. 
Mais comum em meninos da raça negra e obesos que começam a 
caminhar precocemente. 
Apresenta varo persistente com rotação interna aumentada de membro 
inferior: maior que 25 graus. 
Deformidade progressiva. 
Tratamento: 
a) Até os dois anos de idade: expectante. 
b) Após dois anos: órtese valgizante - controverso. 
c) Após 3 anos : bloqueio da zona de crescimento. 
d) Após 4 anos: osteotomia para correção da deformidade. 
 
 
2) Raquitismo: 
Avaliar função renal: alteração no metabolismo do cálcio e do fósforo. Aparece 
na fase do joelho valgo. Dosar fosfato e cálcio sérico. 
Investigar condição genética (raquitismo hipofosfatêmico). 
Pode ser nutricional/carencial, que aparece na fase do joelho varo. Ocorre por 
alteração da placa de crescimento. 
O tratamento é sempre cirúrgico. 
 
 
3) Geno valgo persistente: 
Joelho em X. 
O tratamento envolve o bloqueio do crescimento medial para 
que o lateral cresça. Usamos uma placa, como na imagem. 
Comum em meninas adolescentes de 11 ou 12 anos. 
 
 
 
 3 Ariane Krawczak Wilde Rodrigues Pinto e Nicoly Ricardo Lourenço – ATM26 
• Deformidades de comprimento: 
 
Apresenta como causa mais comum uma sequela de trauma 
em placa de crescimento. 
Ocorre, também, por quadros de infecção que afetem placa 
epifisária. 
Patologias congênitas: fêmur curto congênito. 
É possível calcular a dismetria final a partir de tabelas: a 
mais utilizada é a Multiplier. 
O exame padrão é a escanometria (corte tomográfico). 
 
Patologias congênitas: 
São patologias que cursam com deformidades geralmente 
angulares e rotacionais e, geralmente provocam grande 
dismetria. 
Quando não se tem um bom apoio ou um joelho adequado, 
muitas vezes se adequa o membro para o uso de uma 
órtese. 
• Hemimelia fibular 
• Pseudoartrose congênita da tíbia 
• Fêmur curto congênito 
• Deficiência femoral focal proximal 
• Hemimelia tibial. 
 
Tratamento de discrepância de comprimento: 
• Menos de 2 cm: nada. Pode ser usado uma palmilha. 
• 2 a 4 cm: bloqueio de placa epifisária. 
• Mais de 4 cm: alongamento ósseo (máximo de 4-5cm por questões de 
musculatura, nervos e artérias, que não acompanham o crescimento). 
• Mais de 10 cm: alongamento + bloqueio de placa. 
• Mais de 15cm: dois alongamentos e bloqueio placa de crescimento. 
• Mais de 20 cm: ajuste do membro para receber protetização. 
 
Marcha em equino: 
Até os dois anos, se não houver retração do tendão de aquiles, é considerado fisiológica. 
Deve-se sempre descartar patologias neuro-musculares: paralisia cerebral, autismo, distrofia 
muscular (DM), atrofia muscular espinhal (AME). 
Investigar com exames (CPK e aldolase) para DM e ENM para AME 
Se houver retração do tendão de aquiles há a indicação de alongamento tendinoso. 
Toxina botulinica somente nos casos de marcha em equino persistente pós-dois anos de idade sem 
retração do tríceps sural. 
 
 
 
 
 
 
 
 4 Ariane Krawczak Wilde Rodrigues Pinto e Nicoly Ricardo Lourenço – ATM26 
Apofisites: 
Apófises são placas de crescimento com tendão conjunto. 
Mais comuns em joelho (Osgood-Schlatter) e calcâneo (Sever). 
Causadas por microtrauma de repetição. 
Ocorre após os 8 anos no calcâneo e após os 10 anos no joelho. 
Dor à palpação e caminhar na ponta do pé. 
É um quadro auto-limitado, que se resolve no término do crescimento. 
Tratamento sintomático. 
 
Pé Plano: 
Deformidade frequente e benigna dos pés. 
Avaliar sempre flexibilidade dos pés: se flexíveis, provavelmente irá corrigir com o desenvolvimento 
da criança – geralmente corrige aos 4 anos. 
Não necessita de palmilha e ou botas ortopédicas (não são recomendadas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pé plano valgo: 
• É um pé plano severo, extremamente desequilibrantes para atividades físicas. 
• Se houver desequilíbrio no pé é indicado tratamento cirúrgico (geralmente na puberdade) 
para correção da deformidade e melhora da marcha. 
• Na cirurgia, alonga-se a parte lateral do pé e encurta-se a parte medial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coalizão tarsal (barra társica): 
Presença de fusão entre dois ossos do pé. 
O pé é rígido, com espasticidade dos peroneiros. 
Ocorre mais frequentemente entre o calcâneo e o tálus e entre o calcâneo e o 
navicular. 
Pé doloroso e rígido, ocorrendo geralmente na criança entre 8 e 12 anos 
(calcâneo-navicular) e 12 e 14 anos (talo-calcaneana). 
Realiza-se sempre tomografia e/ou RNM para confirmar diagnóstico. 
Tratamento cirúrgico. 
 
 5 Ariane Krawczak Wilde Rodrigues Pinto e Nicoly Ricardo Lourenço – ATM26 
Pé cavo: 
Ocorre geralmente devido a algum tipo de doença neuro-muscular 
(Charcot-Marie-Tooth, síndrome compartimental, mielomeningocele 
[nível sacral], entre outras). 
A patologia apresenta um desequilíbrio do apoio do pé, apoiando só o 
calcâneo e a cabeça do primeiro e quinto metatarseano, 
sobrecarregando estes pontos de apoio, causando dor. 
Investigação com raio-x PA e perfil do pé com apoio e 
eletroneuromiografia na suspeita de doença neuro muscular. 
Quando suspeitar: curva da região plantar, dedos em garra, marcha 
dolorosa, atrofia da panturrilha. 
Tratamento 
• Deve-se sempre avaliar se o cavo é causado pela parte posterior 
do pé, pelo primeiro metatarseano ou pelos dois, para indicar o 
tratamento, que inicialmente deve ser conservador (palmilha e 
fisioterapia). Se ocorrer falha (dor) indica- se cirurgia. 
• A cirurgia pode ser por fasciotomia plantar ou osteotomia do 1º metatarseano ou do 
calcâneo, mas não é uma indicação primária. 
 
Pé torto congênito: 
Deformidade congênita na qual o pé apresenta uma 
deformidade equino-cavo-varo-supinado rígida, além de o 
pé ser menor, com a pernaatrofiada e em rotação interna 
em relação à outra. 
Ocorre mais em homens. 
Acredita-se ser uma patologia com etiologia multifatorial, 
havendo várias causas que, associadas, levam ao 
aparecimento do PTC: postura intra-uterina, alteração 
circulatória, história familiar-genética. 
Tratamento a partir da introdução do método Ponsetti (correção gradual e progressiva da 
deformidade). Quanto mais precoce a colocação de gesso, melhor. 
Faz-se a liberação do tendão de aquiles e por fim usa-se a órtese de Dennis Brawn (integral por três 
meses e depois só à noite até os 4 anos de idade). 
A cirurgia é a exceção: usada mais nos pés-tortos sindrômicos (por exemplo, na artrogripose) ou em 
casos recidivados. 
 
 
 
 
 6 Ariane Krawczak Wilde Rodrigues Pinto e Nicoly Ricardo Lourenço – ATM26 
Pé talo vertical congênito: 
Patologia congênita, rara, com o pé apresentando uma deformidade em “cadeira de balanço”. 
Antepé dorsifletido e pronado com retropé em equino e valgo. 
Deformidade rigída, com tratamento inicial sempre com gesso. 
Na falha, é indicado cirurgia.

Mais conteúdos dessa disciplina