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Isolamento do Campo Operatório Ana Laura Cavalcante Coifman ➢ Todos os materiais restauradores requerem campo operatório isolado, seco e perfeitamente limpo para serem inseridos ou condensados na cavidade. ➢ Para restaurar, o campo operatório deve estar isento de saliva, de microorganismos. ➢ Fazendo o isolamento, deixa-se o meio asséptico. ➢ Vai proteger o paciente, pois fazendo o isolamento impede que ele possa engolir por exemplo: amálgama, a lima em uma endodontia... ➢ Amálgama, Ionômero de Vidro, Resina: Fabricantes solicitam que sejam inseridos num meio seco (sem saliva) e limpo. ➢ Preparo Cavitário ➜ Isolamento ➜ Restaura. (protocolo feito na ASCES) ❖ Materiais utilizados: ✓ Rolinho de algodão; ✓ Lençol de Borracha; ✓ Arco; ✓ Grampo; ✓ Fios Retratores; ✓ Sugador. TIPOS DE ISOLAMENTO ✓ Isolamento Relativo; ✓ Isolamento Absoluto. ISOLAMENTO RELATIVO ❖ Indicado quando se necessita visualizar as regiões dentogengivais; ❖ Indicado para trabalhar em região vestibular, e em áreas que não tenha muita interferência de saliva. Dentes posteriores inferiores não é viável (pois não se tem o controle do mov. Da língua do paciente). ❖ Procedimento rápido e simples: Nesses procedimentos não é viável fazer o isolamento absoluto, pois não requer um meio totalmente seco; ❖ Indicações: ✓ Quando não for possível realizar o isolamento absoluto com dique de borracha; ✓ Realização de exame clínico, em especial diagnóstico de cárie; ✓ Realização de clareamento de consultório (dente vitais); ✓ Confecção de restaurações provisórias; ✓ Procedimentos clínicos de curta duração; ✓ Realização de facetas diretas com resina composta em dente anterior. ❖ Porém, há uma chance maior de contaminação do preparo, durante a restauração. ❖ Usar pelotas de algodão, afastador e sugador, ajuda e facilita o procedimento, dá um acesso melhor. Isolamento do Campo operatório Controle da Umidade Acesso ao campo operatório Proteção ao paciente Isolamento do Campo Operatório Ana Laura Cavalcante Coifman ❖ Fios Retratores: Usados quando há uma classe V. ❖ Vem com espessuras diferenciadas, insere- os dentro do sulco gengival, para evitar que saia fluidos e fazer uma classe V, em que não é possível colocar isolamento absoluto. ❖ Precisa paralelamente de sugadores e algodão. ❖ Isolamento combinado: usa-se rolinho de algodão, gaze, sugador e o fio retrator. ISOLAMENTO ABSOLUTO ❖ É um meio intrabucal utilizado para isolar um ou mais dentes, proporcionando campo operatório limpo, seco e ideal, possibilitando a visibilidade máxima da área a ser tratada, protegendo os lábios, a língua e as bochechas do paciente e eliminando a presença de umidade. ❖ Indicações: ✓ Durante o preparo cavitário com alta rotação. (Na ASCES, faz o preparo primeiro e depois isola); ✓ Durante a remoção de dentina cariada; ✓ Durante a realização da restauração; ✓ Durante a execução da técnica de clareamento (em dentes não vitais). Preparo➜ Remove Dentina➜ Isola➜ Restaura. ❖ Limitações: ✓ Dentes que ainda não erupcionaram suficientemente; ✓ Alguns terceiros molares; ✓ Dentes extremamente mal posicionados ✓ Paciente com asma ou dificuldade respiratória; ✓ Tempo de colocação; ✓ Custo; ✓ Resistência por parte de alguns pacientes. ❖ Vantagens: ✓ Retração com proteção dos tecidos moles para promover acesso a área a ser operada; ✓ Melhor visibilidade do campo operatório. ✓ Condições adequadas para a inserção e condensação dos materiais restauradores; ✓ Proteção do paciente contra a aspiração ou deglutição de instrumentos, restos de material restaurador, ou qualquer outro tipo de elementos estranhos. Isolamento do Campo Operatório Ana Laura Cavalcante Coifman ❖ Na dentística é interessante isolar por grupos de dentes, de acordo com a necessidade do paciente, para fazer um isolamento de uma vez só e diminuir tempo de trabalho. ❖ Materiais Utilizados: Lençol de Borracha o Atualmente o azul é o mais utilizado, e as espessuras são padronizadas no tamanho do azul. o Deve-se sempre verificar a validade, pois vencido perde elasticidade. Arco Porta-Dique o Segura o lençol de borracha na cavidade, mantém o lençol estendido. o Modelo Arco de Young: Recomendado pela dentística. (ele com haste de plástico) A parte aberta fica voltada para o nariz, parte fechada (côncava) toca no paciente, voltada para o paciente. o Modelo de Ostby: não utiliza. o Modelo Arco Dobrável: Usado na endodontia, facilita a fazer radiografia durante o procedimento. ❖ Faz a marcação no dente que vai fazer o procedimento e perfura. Perfurador do lençol de borracha o Pinça de Ainsworth: ➢ Tem uma base e uma lança que perfura o lençol do tamanho do dente, possuem várias espessuras. Porém, o furo tem que ser menor que o dente, para que quando o lençol estique se ajuste e deixe o dente fixo 1° Furo(maior): Molares com grampos 2° Furo: Molares 3° Furo:Pré-molares e caninos 4° Furo:Incisivos Superiores 5° Furo(menor): incisivos inferiores ➢ O arco prende o lençol faz marcações dos elementos dentários ➜ Faz marcações dos elementos dentários ➜ perfura ➜ Coloca Protege o paciente/ profissional melhor acesso/visibilidade Campo Op. limpo e seco Aumento da produtividade melhor desempenho dos materiais restauradores. Isolamento do Campo Operatório Ana Laura Cavalcante Coifman grampo. Grampos o Retém o dique de borracha, mantendo o lençol de borracha em posição. o Posição: Na linha cervical, encostado na gengiva e promove também o afastamento gengival. o Possui 2 tipos: ➜ Com Asas ➜ Sem asas o Com asa: As asas seguram o lençol, permitindo levar o arco, o lençol e o grampo direto pra boca do paciente no mesmo tempo. “Fica preso no orifício da borracha por essas asas”. o Sem asa: Não consegue levar o arco, o lençol e o grampo direto pra boca do paciente, no mesmo tempo. Utiliza-se outra técnica: 1° Coloca o grampo e por cima o lençol. Como funciona: Garras: “abraça” e segura o dente; E dependendo do Arco Flexível, que fica dos lados do dente, mantém a tensão das garras, presa ao elemento dentário. Através do Orifícios: tira e coloca o grampo no dente. Pinça Porta grampo: Entra nesse orifício, abre as asas do grampo, abrindo as garras, consegue-se colocar no elemento dentário. Quando tira-se a pinça porta grampo, o arco por si só se fecha e mantém essas garras justapostas na superfície V e L do dente. Classificação dos Grampo (finalidade) o Existem vários modelos de grampos, pois temos dentes de diferentes tamanhos. o Quanto menor o número, maior o grampo. o Grampos Comuns: ✓ 200 a 205= Molares (200= molares grandes ex:36. 205= molares pequenos) ✓ 206 a 209= Pré-molares ✓ 210 e 211= Anteriores o Na prática é diferente, caso tenha um pré- molar muito grande pode-se usar grampos de molares e vice e versa. o Grampos para Retração Gengival: ✓ 212= Anteriores. Promove retração gengival, conseguindo realizar restaurações classe V. ✓ 1 A= posteriores. Arco Marca Perfura Grampo Isolamento do Campo Operatório Ana Laura Cavalcante Coifman o Grampos especiais: ✓ 26= molares (sem asas), fácil de colocar e tirar ✓ W8A= Posteriores, para dentes com coroa clínica pouco exposta, coroa anatômica pouco exposta. ✓ 14A= Posteriores (sem asas) com garra voltada para base, machuca a gengiva. Para dente com retentividade para grampo, que tenha uma linha equatorial expulsiva. o Posição de grampo anteriores 210,211,212. O looping mias curto é voltado paravestibular e o looping mais suave é voltado para Lingual. o 212 Garra da vestibular fica mais para baixo, justamente para ter retração gengival. o Arco Flexível do grampo: Sempre voltado para Distal. Com isso, vai jogar o lençol de borracha mais para o lado e facilita a visão. Pinça De Palmer/ Brewer o Reta: o Angulada: o A pinça serve para levar o grampo até o dente, e também, para tirar o grampo dente. A ponta da pinça coloca no orifício menor: Amarrias o Usadas quando a invaginação da borracha no sulco gengival for difícil, por se tratar de coroa clínica muito curta ou expulsiva. o Segura o lençol de borracha na linha cervical em dentes que não tem grampo. Não são muito usadas. Procedimentos prévios ao isolamento ✓ Limpeza dos dentes e polimento coronário (profilaxia: pedra pomes + escova de robison); ✓ Analisar previamente a cor do elemento dentário; Isolamento do Campo Operatório Ana Laura Cavalcante Coifman ✓ Proteção de tecido mole com um lubrificante; ✓ Verificar contatos proximais (fio dental, tira de lixa, disco de granulação fina) ✓ Teste de grampo (ter fio dental preso ao grampo para fio e lençol passar) ✓ Colocação de um guardanapo de papel ao redor da boca (para quem é alérgico) ✓ Selecionar o tamanho, a cor, a espessura do dique de borracha; ✓ Perfurar a borracha; ✓ Lubrificar a borracha (para facilitar passar pelo dente, porém, n se faz mais); Métodos para demarcar o dique de borracha o A marcação é feita diretamente na boca; o Marca-se com caneta permanente de ponta fina; o Faz uma pressão no lençol contra o dente para vê-lo melhor, sem mecher; o Caso tenha algum lugar que falte dente, pula; ❖ Quando for trabalhar em dentes anteriores-> até a mesial do canino, isola de pré-molar à pré-molar ➜ Coloca o grampo no molar ➜ E no canino do lado oposto, faz-se amarrias ou pega um pedaço de lençol e faz um stopzinho. ➜ Usa-se um grampo. ❖ Para os procedimentos na superfície Distal do canino deve-se isolar do 1°Molar até o incisivo lateral. ❖ Quando for operar em dentes posteriores, deve-se isolar dois dentes pra distal até a região anterior, incluindo o canino do lado oposto aquele em que está trabalhando. ➜ Ex: vai trabalhar no 35, coloca o grampo no 37, e no restante, faria marcações, posteriores orifícios e posteriores amarrias Ou seja: Grampo no 37, orifício no 36, pula 35... Fatores que influenciarão na perfuração do dique de borracha o Tamanho e forma do dente; o Altura da gengiva interdental; o Má posição do dente; o Contorno do dente; o Espaço entre os dentes ou ausência de dentes. ❖ Passo a passo do isolamento: 1. Faz o teste do grampo 2. Faz um pequeno orifício no lençol de borracha, vai puxando o lençol e o orifício vai esticando... 3. Prende a borracha de um lado da asa de um grampo e vai puxando para que o orifício fique grande e o lençol preso na outra asa 4. Arco flexível voltado para distal 5. para alargar mais, faz-se o uso da pinça porta grampo, entra no orifício, faz força nela, ela abre as 2 garras do grampo Isolamento do Campo Operatório Ana Laura Cavalcante Coifman 6. Então ela coloca primeiro a garra lingual depois a vestibular 7. Lençol esta preso no arco, depois no grampo, forma o conjunto: Lençol + Arco + Grampo. o Para levar e tirar (tudo junto): usa a pinça porta grampo o Deve-se deixar o lençol em baixo do grampo. Técnicas Stibbs- Grampo sem asa-borracha-porta dique Ingrahan- Grampo-borracha-porta dique Ryan- borracha-arco-grampo (dentes isolados) Parulla- conjunto grampo+arco+borracha ↳ Usamos com asa Sequência Clínica do Isolamento Absoluto ❖ Região Posterior: o Fez-se os testes prévios: passou o fio dental, testou o grampo; o Colocou arco➜ lençol o Faz o orifício, estica o lençol, coloca sobre a asa do grampo (dente ainda com o fio do deste) o Leva o conjunto (arco+grampo+lençol) com a pinça porta grampo (coloca 1°L depois V) o Coloca o lençol por baixo do grampo (da asa), usa um estrumental rombo pra isso. o Faz amarrias (ficam abaixo da linha cervical), da nó na região cervical o Joga Ar, pega instrumental rombo e coloca a borracha por baixo, invaginando-a no sulco gengival. Isolamento do Campo Operatório Ana Laura Cavalcante Coifman o Amarrias dente por dente, até dente que ta com grampo o Para remover, puxa lençol e vai cortando com uma tesoura. ❖ Região Anterior: o Usa a mesma técnica.
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