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MALARIA CONGENITA

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Malária congênita 
Acadêmica: Suzana Nunes – 8 período 
Professor: Alexandre Miralha
INTRODUÇÃO
15/10/2019
Acad. Suzana Nunes
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“A málaria é uma doença potencialmente fatal, causada por parasitos que são transmitidos às pessoas pela fêmea do mosquito Anopheles.” OPAS(2019)
Causada por parasitos do gênero Plasmodium, sendo o P. falciparum e P. vivax – apresentam maior ameaça.
Em áreas endêmicas, infecção por malária ocorre comumente em mulheres grávidas.
As mulheres grávidas são mais vulneráveis a P.falciparum.
EPIDEMIOLOGIA 
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A malária é mais incidente em países tropicais.
No Brasil, houve uma redução em 38 % casos de malária em relação a 2018.
Segundo a FIOCRUZ, 99 % dos casos em território brasileiro, acontece na Amazônia.
Fator de risco em gestantes - Susceptibilidade a picadas de mosquito.
Fator de risco em gestantes- Imunológico e alterações hormonais.
 Fator de risco em gestantes- Capacidade de eritrócitos infectados.
Risco aumentado de adquirir malária e doença mais grave é 60 a 70 dias pós-parto.
 MICROBIOLOGIA 
Espécies em humanos P. falciparum, P. vivax, P. ovale e P. knowlesi.
O efeito da malária depende da espécie e correlaciona-se com a capacidade de eritrócitos infectados.
Particularidades: 
P. falciparum - invade os eritrócitos de todas as idades. Parasitemia, sequestro da placenta, sequelas graves materno-fetal. 
P.vixax - raramente associado com resultados maternos e fetais graves.
P. knowlesi - rara na gravidez.
P. Ovale e P. malarie – associados a doença grave durante a gravidez. Não ocorre alterações placentárias.
É mais frequentemente observar P.falciparum e P. vivax - co – infecção .
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PATOGÊNESE 
Infecção placentária – Os parasitas podem está ausentes no sangue periférico, mas presentes na placenta. 
Em áreas endêmicas – histologia da placenta é ferramenta de pesquisa.
Achados histopatológicos: 
 Eritrócitos infectados e aumento de números de células fagociticas – em espaço interviloso;
 Hemozoína em deposição em leucócitos fagociticos e dentro de depósitos de fibrina no espaço interviloso.
Degradação sincicial – pode levar, em casos raros, a destruição das vilosidades.
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Espaço interviloso- 
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P. falciparum – mulheres gestantes -> parasitas nos eritrócitos sequestrados no espaço interviloso.
Eritrócitos infectados expressam –VSA PAM – medeiam à adesão de eritrócitos infectados a (CSA) 
À superfície do trofoblasto lque revestem o Esp. Interviloso.
VAR2CSA – produto do gene do parasita - principal VSA – PAM envolvido. 
Eritrócitos expressam VSA -PAM para superfície de trofoblasto – resposta inflamatória e liberação de fat. humoral. 
TNF –alfa – pode promover parto prematuro 
A concentração de TNF- alfa - relaciona-se com a densidade de P. falciparum (eritrócitos infectados).
PATOGÊNESE
Consequências: 
Redução de hormônios chave ( IGF-1);
Redução do fluxo uteroplacentária; 
Redução de fornecimento fetal de O2.
TODOS ESSES FATORES LEVAM A MORTE FETAL!
Os anticorpos VSA- PAM - anti VAR2CSA – prevenir a adesão de eritrócitos infectados na placenta. 
Anticorpos são específicos do gênero.
Parturientes em áreas holoendêmicas
 ( alta de transmissão) tem níveis baixos ou nenhuma IMUNOGLOBULINA VSA –PAM G
+ Propensas as complicações de malária.
ATENÇÃO
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 ACHADOS CLÍNICOS 
Maioria dos casos são assintomáticos. 
Sintomas frequentes: 
Anemia Dor abdominal
Febre Vômitos 
Calafrio Diarreia 
Icterícia Tosse
Suores
Fadigas
Mialgias
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 ACHADOS CLÍNICOS 
 Anemia – normocromica/ normocítica
Ausência de reticulócitos
Glóbulos vermelhos infectados são vistos em esfregaço do sangue periférico
Mulheres infectadas pelo HIV- risco aumentado para aquisição de malária – associada com declínio celular de CD4 +. 
Carga viral deverá ser medida após o tratamento com antimalárico . 
Gametócito de P.falciparum
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 DIAGNÓSTICO 
 Quadro de malária deve ser suspeitado se Febre > 37,5 graus, exposição relevante (viagem em áreas endêmicas, residência).
Esfregaço sangue periférico + kit de detecção rápida é o ideal. 
PCR – é utilizado, mas os estudos afirmam que pode existir resultados “falsos negativos”.
Importante lembrar - > Em esfregaço de sangue periférico, os parasitas estar ausentes – devido o sequestro na placenta. 
Necessita-se urgente outras formas de detecção da malária em pacientes gestantes. 
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 Tratamento 
Consiste terapia contra malária + suporte. Depende da gravidade clínica da infecção, padrão local de resistência aos medicamentos.
P. Falciparum descomplicada 
Primeiro trimestre: quinina + clindamicina por 7 dias- glicemia deve ser monitorizada 
Se fracasso no tratamento – uso de artemisina + clindamicina.
Segundo e terceiro trimestre: 
Artemisina 3 dias ou via oral artesunato + clindamicina ( sete dias) ou quinina + clindamicina (sete dias).
Pode ser usado também ACT (artemeter- lumefantrine, amodiaquina-artesunato, mefloquina- artesunato).
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 Tratamento 
Consiste terapia contra malária + suporte. Depende da gravidade clínica da infecção, padrão local de resistência aos medicamentos.
P. falciparum complicada
O artesunato parenteral é o tratamento de escolha em todos os trimestres.
Após a administração da terapia parenteral (por pelo menos 24 horas e até que a medicação oral possa ser tolerada), um regime oral deve ser administrado. 
A terapia combinada de artemisinina (ACT) é preferida; se um ACT oral não estiver disponível, pode ser utilizado um regime alternativo.
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 Tratamento 
Consiste terapia contra malária + suporte. Depende da gravidade clínica da infecção, padrão local de resistência aos medicamentos.
Malária não P.falciparum
Primeiro trimestre:
Mulheres gravidas com malária sensíveis à cloroquina no tratamento com cloroquina. Se resistente, quinina.
Segundo e Terceiro trimestre: tratamento com cloroquina ou ACT.
Após o tratamento de P.vixax ou P.ovale - deve ser feito o tratamento para a prevenção da reicidiva.
Primaquina ou tafenoquina pode ser administrado a qualquer hora após o parto, se a mamãe e o bebê nascerem com G6DP ( glucose-6- phosphatedehydrogenase) normal. 
Mulheres infectadas pelo HIV- tratamento padrão. Evita-se uso tratamento ACT. 
 
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 PREVENÇÃO 
 Envolve quimioprofilaxia + evitar mosquito. 
Diminuir exposição à noite. 
Evitar viagem em áreas de alto risco.
Em mulheres gravidas fazer uso de quimioprofilaxia com cloroquina/ mefloquina – em viajantes de áreas endêmicas.
Moradoras em áreas endêmicas – mulheres HIV negativo - Sulfadoxina e pirimetamina - mínimo de 3 doses ( ideal começar no inicio do segundo trimestre e 4 semanas de intervalo). 
A primaquina e a tafenoquina não devem ser administradas durante a gravidez, dada a possibilidade de deficiência fetal de G6PD. 
 Uso de redes com inseticida. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Malária: região Amazônica concentra 99% dos casos no Brasil. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/malaria-regiao-amazonica-concentra-99-dos-casos-no-brasil. Acesso em: 15 out. 2019.
INTECHOPEN. MALARIA IN PREGNANCY. Disponível em: ttps://www.intechopen.com/books/current-topics-in-malaria/malaria-in-pregnancy. Acesso em: 15 out. 2019.
OPAS/OMS BRASIL. FOLHA INFORMATIVA- MALÁRIA. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5682:folha-informativa-malaria&Itemid=812. Acesso em: 15 out. 2019.
UPTODATE. Malaria in pregnancy: Epidemiology, clinical manifestations, diagnosis, and outcome. Disponívelem: https://www.uptodate.com/contents/malaria-in-pregnancy-epidemiology-clinical-manifestations-diagnosis-and-outcome?search=malaria%20in%20pregnancy&source=search_result&selectedTitle=2~150&usage_type=default&display_rank=2. Acesso em: 8 out. 2019.
UPTODATE. Malaria in pregnancy: Prevention and treatment. Disponível em: ttps://www.uptodate.com/contents/malaria-in-pregnancy-prevention-and-treatment?search=malaria%20in%20pregnancy&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1. Acesso em: 8 out. 2019.
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 OBRIGADA
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