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Ventilação Pulmonar

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Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 
 
 
 
 
 
•O objetivo do processo respiratório é fornecer 
oxigênio aos tecidos. Uma vez que, nosso 
metabolismo é aeróbico. 
•Além disso, é remover o produto metabólico 
continuamente formado, conhecido como gás 
carbônico 
•Ventilação Pulmonar ou volume minuto 
respiratório= Corresponde a quantidade de ar 
atmosférico, ar novo, mobilizado para o interior 
dos pulmões a cada minuto. Sua equação é: 
VP= Freq. respiratória x volume corrente (tidal) 
Quando fazemos o cálculo, encontramos como 
valor normal o valor em torno de 600mL/min – 
7500mL/min ou 6L/min – 7,5 L/min em 
condições basais; 
Ventilação Alveolar- É o processo contínuo de 
renovação do ar da superfície respiratória que 
participa das trocas gasosas, principalmente os 
alvéolos, a cada minuto. Então, usou o termo 
ventilação implica, como unidade de tempo, minuto. 
A ventilação alveolar tem como equação básica: 
 Freq. Resíratória x (volume corrente – volume do 
espaço morto) 
 
 
 
 
 
 
 
 
•O processo de ventilação é determinado pelo 
movimento de entrada e saída de ar. Sendo 
imprescindível para a hematose, as trocas 
alveolares capilares, sendo determinada pela 
mecânica respiratória. 
•Como consequência da mecânica respiratória, 
temos a diferença de pressão entre o ar 
atmosférico (pressão atmosférica) e o pulmão 
(pressão pulmonar); 
•Esse gradiente de pressão é vital para o 
movimento de entrada e saída de ar; 
•A mecânica também conta com a participação de 
grupos musculares responsáveis pela expansão 
e/ou retração pulmonar. 
 
•É um processo ativo; devido ao gasto de energia 
dos grupos musculares, por eles se contraírem; 
•Quais são esses grupos musculares? 
Diafragma: Quando se contrai, aumenta o 
diâmetro longitudinal e vertical do tórax e eleva as 
costelas inferiores; 
Músculos intercostais esternos e paraesternais: 
São músculos que ao contraírem levando as 
costelas, aumentando o diâmetro anteroposterior 
e longitudinal do pulmão. Ou seja, causa expansão 
e como consequência reduz a pressão pulmonar. 
 Ventilação 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
Outros músculos acessórios, que participam de 
uma inspiração mais forçada. 
Esternocleidomastoídeo; 
Serrátil anterior; 
Escalenos; 
 
•É um processo passivo; devido ao relaxamento da 
musculatura inspiratória; 
•As propriedades elásticas do pulmão e da caixa 
torácica, causam retração pulmonar diminuindo o 
diâmetro anteroposterior e longitudinal. Isso gera 
um aumento da pressão pulmonar, que temos 
como consequência a saída do ar. 
•Quando a expiração se torna vigorosa, o 
processo torna-se ativo pela contração de alguns 
grupos musculares; 
Músculos intercostais internos, abaixo da costela; 
Músculos abdominais: Reto abdominal, oblíquo 
externo, oblíquo interno, transverso. Empurram o 
conteúdo abdominal para cima e abaixa as costelas 
inferiores 
 
•O grau de funcionamento da atividade mecânica 
do aparelho respiratório pode ser expresso por 
meio de volumes pulmonares e capacidades 
pulmonares, as quais resultam do somatório de 
alguns volumes; 
•Espirometria: avaliação das capacidades e 
volumes; 
 
•Conceitos e valores médios normais num adulto 
jovem do sexo masculino – as mulheres, 
normalmente, apresentam variações de 10 a 15% 
inferiores em termos de volume: 
•Volume de ar corrente (VC) ou Tidal – 500 ml ou 
0,5 L; 
•Volume de reserva inspiratório4 (VRI) Volume 
extra de ar que pode ser inspirado do volume 
corrente, quando fazendo uma respiração – 
3000 ml ou 3 L; 
•Volume de reserva expiratório5 (VRE)- Volumes 
de ar extra quando fazemos uma expiração 
normal e após uma expiração forçada; 1100 ml ou 
1,1 L; 
•Volume Residual6 (VR) – É o que sobra após a 
expiração forçada; 1200 ml ou 1,2 L. 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 
 
 
 
•Capacidade inspiratória (CI): é o volume de ar 
máximo inspirado após uma expiração normal. 
Fórmula: CI= VC + VRI 
Valor: 3500mL 
•Capacidade Residual funcional (CRF)- Importante 
para a areação do sangue no intervalo das 
respirações, corresponde ao volume de ar que 
permanece nos pulmões após uma expiração 
normal, basal. É ele que é renovado continuamente 
pelo processo de ventilação alveolar 
Fórmula: CRF= VC+ VRE 
Valor: 2300mL 
•Capacidade Pulmonar Vital (CV)- É o volume 
máximo de ar que pode ser expirado 
forçadamente após uma inspiração máxima; 
Fórmula: CV= VC + VRE + VRI 
Valor: 4600mL 
•Capacidade Pulmonar Total (CPT)- É o volume de 
ar presente no interior dos pulmões após uma 
inspiração máxima. 
Fórmula: CPT= VC+VRE+VRI+VR 
Valor:5800mL; 
 
 
•Essa foto representa as variações de volumes e 
das capacidades do nosso organismo. 
Esquerda- volumes 
Direita- Capacidades 
 
•A unidade funcional do sistema respiratório 
engloba toda área do aparelho respiratório, no 
qual suas membranas são demasiadamente finas 
para permitir a difusão dos gases (HEMATOSE); 
 
•Constituição da unidade respiratória (jovem 
sadio): 
-Bronquíolos respiratórios; 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
Ductos e sacos alveolares; 
300 milhões de alvéolos. 
 
•Essas estruturas estão em intimo contato com 
os capilares pulmonares, por onde passam 
sangue proveniente da artéria pulmonar – do 
lado direito do coração, sangue venoso – e após 
o processo de hematose, o sangue vai se 
direcionar a veia pulmonar – sangue arterial, rico 
em oxigênio pobre em gás carbônico, vai para o 
átrio esquerdo do coração, ventrículo esquerdo 
para ser bombeado para os nossos tecidos; 
•A unidade respiratória é extremamente 
importante pois participa do processo de 
hematose e nós devemos sempre preservá-la; 
 
•O seu volume médio é de 150 mL; 
•Constitui a área do nosso aparelho anatômico 
que não participa das trocas gasosas, por não 
ter membranas suficientemente finas a ponto 
de permitir a difusão de gases. Esses são: 
-Fossas nasais; 
-Faringe; 
-Laringe; 
-Traqueia; 
-Brônquios; 
-Brôquiolos, até os bronquíolos terminais; 
•Função: 
-Aquecimento do ar; 
-Condução do ar as vias de troca; 
-Umidificação do ar; 
-Filtração do ar inspirado, retendo partículas que 
são eliminadas pelos cílios. 
•Importante: Influencia parassimpática causando 
a broncoconstricção e a influencia simpática, B-2 
adrenergica que causa a broncodilatação; 
•Os brônquios ao contraírem ou relaxarem, 
podem interferir na resistência da passagem de 
ar e na movimentação de ar aos alvéolos; 
•Existem várias fórmulas que estimam o volume 
de ar nesse espaço morto, 150 ml seja no final 
da inspiração ou da expiração, sempre tem essa 
quantidade. 
•A fórmula de Hadfor, baseada no peso ideal; a 
Fórmula de Fauler, baseada na altura em 
polegadas e na Fórmula de Bohr, baseada na 
pressão de CO2 no ar alveolar, ar expirado. São 
3 fórmulas que estimam o volume presenta no 
espaço morto. 
•É o espaço morto anatômico + os alvéolos 
doentes (não funcionantes); 
•Eles podem estar doentes pela má perfusão 
sanguínea ou por má oxigenação; Então, o espaço 
morto fisiológico é maior que o espaço morto 
anatômico; 
•Mesmo assim, o desejável seja que tanto o 
valor anatômico como o fisiológico, sejam iguais; 
•Quando temos uma patologia pulmonar, o 
espaço morto fisiológico é maior; 
 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
 
A membrana respiratória apresenta diversas 
camadas em relação ao alvéolo; 
•Camada líquida: Recobre internamente o alvéolo, 
demasiada em surfactantes- composto por 
lipoproteínas e fosfolipídios, principal componente 
é a dipalmitoilfosfatidilcolina produzido por células 
pulmonares do tipo 2, pneumócitos 2. Produção 
essa que se inicia lá para a 5ª semana da 
gestação, intrauterina e que aumenta muito lá 
para a 32ª semana.; 
 
•Qual é a sua função? 
-Asua função é reduzir a tensão superficial do 
líquido alveolar, evitando, dessa forma, o 
colabamento dos alvéolos, atelectasia 
-A deficiência desse composto pode levar a 
síndrome de angustia respiratória; Se ocorrer no 
neonato, será chamada de Síndrome de Angústia 
Respiratória do Neonato ou Síndrome da 
Membrana Hialina, que pode ser grave e fatal. 
Isso é normalmente mais observado em 
prematuros, que não houve um tempo para o 
amadurecimento completo do aparelho 
respiratório. 
 
 
•Epitélio Alveolar: São células epiteliais finas, 
descontínuas membranas basais delgada, 
interstício bem pequeno e as vezes ausente. Em 
relação a capilar pulmonar, membrana basal fina, 
as vezes se funde com a membrana basal 
alveolar, o endotélio com amplos os poros, 
constituem aí a nossa membrana respiratória. 
-Os gases, oxigênio, gás carbônico, eles são 
transportados no interior da hemácia, tendo que 
atravessar também a membrana da hemácia, a 
qual não possui nenhuma resistência para a 
difusão desses gases. 
•Fatores que alteram a velocidade de difusão 
dos gases através da membrana respiratória: 
-Área: Ampla, normalmente, 70 a 100 m². 
Fatores que podem reduzir essa superfície, 
podem aumentar o tempo de difusão (câncer, 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
tuberculose, viroses, enfisema, tudo 
comprometendo essa superfície total de troca, 
destruindo alvéolos) 
-Coeficiente de Solubilidade 
-Gradiente de Pressão 
-Espessura 
-Peso Molecular 
•Normalmente, os gases são lipossolúveis. Logo, o 
obstáculo é a difusão dos mesmos pelos líquidos 
– líquido alveolar, intersticial, água das hemácias, 
plasma. 
• O volume do gás dissolvido é sempre 
proporcional a dois fatores, independente do gás: 
-Pressão Parcial 
-Coeficiente de Solubilidade, pode variar de 
acordo com a temperatura, mas não muito. 
 
Relativos a membrana temos a espessura. A 
membrana respiratória é bem delgada, possui 
0,5μ de espessura. Qualquer fatores que 
aumentem a espessura de membrana, aumenta o 
tempo de difusão do gás na mesma. 
- O que pode aumentar a espessura de 
membrana? 
A presença de líquidos – edema, inflamatório – 
pneumonia, por ex - ou não inflamatório – 
insuficiência cardíaca do lado esquerdo do coração, 
fibrose, inflamação crônica (tuberculose). 
Difusão simples dos gases 
Lei de Fick: A velocidade de transferência de um 
gás é proporcional a aera desta membrana e ao 
gradiente de pressão parcial e inversamente 
proporcional à espessura desta membrana 
 
 
 
Lei de Grahan: 
 
 
•Todos esses fatores podem ser englobados no 
que é chamado de Capacidade de Difusão do Gás, 
a grande variável da formula é o gradiente de 
pressão do gás. 
•Esse gradiente de pressão é o principal fator 
determinante da velocidade de difusão do gás 
através da membrana respiratória. 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
•Os fatores principais que influenciam: 
- A ventilação alveolar – quanto maior, maior a 
Pressão Parcial de Oxigênio, ou seja, a 
hiperventilação é um processo importante para 
abastecer o alvéolo e remover o Gás Carbônico. 
- Pressão Parcial do gás no sangue capilar 
pulmonar: Sofre influência do fluxo pulmonar, 
quanto maior o fluxo, Pressão Parcial de Oxigênio 
mais baixa, Pressão Parcial de CO2 mais elevada, 
favorecendo o processo difusional. Para o 
oxigênio, inclui-se o teor de hemoglobina, uma vez 
que o gás ligado a hemoglobina não gera pressão, 
ele só gera pressão quando está livre no sangue. 
E é através do gradiente de pressão que o gás se 
movimenta através das membranas. 
 
•É a pressão exercida por um gás em uma 
mistura de gases contra uma determinada 
superfície, membrana respiratória/membrana 
dos tecidos, ou seja, é o somatório das forças de 
impacto das moléculas de um gás em movimento 
contra uma superfície; 
•A pressão parcial de qualquer gás depende 
diretamente da energia cinética das moléculas do 
gás; 
•A energia cinética por sua vez se relaciona a dois 
fatores: 
-Concentração das moléculas do gás 
-Temperatura 
 
• Como é calculada a Pressão Parcial de um gás? 
Ppgás = % Gás na Mistura x Pressão total no 
Sistema 
•O cálculo da Ppgás no ar atm é simples, sabendo-
se a concentração fracionária do sistema, no caso 
ao nível do mar 760 mmHg ou 1 atm; 
•Essas Pressões parciais são obtidas, obviamente, 
com uma pressão total de 760 mmHg. Caso há 
mudança nesse total, irá também mudar os outros 
valores, principalmente com altitude; 
•Hipóxia – traz alterações imediatas: aumenta a 
função cardiorrespiratória, o débito e a ventilação 
na tentativa de um maior fornecimento de 
oxigênio aos tecidos. A longo prazo, a hipóxia renal 
estimula a liberação de um hormônio chamado de 
eritropoietina que leva o aumento da produção de 
hemácias, mais hemoglobina objetivando o 
aumento do transporte de oxigênio aos tecidos; 
•O cálculo da Ppgás no ar alveolar, quando se olha 
tal medida há diferenças p a Ppgás atm. É 
calculada da mesma forma que a Ppgás no ar atm, 
há variações nas concentrações fracionárias. 
•O ar alveolar é mais úmido, conforme ele penetra 
nas vias aéreas, sofre umidificação; 
 
 
Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco 
 
•A hematose continua, absorção continua de gas 
carbônico para o alvéolo Mecanismos difusionais 
que se baseiam no gradiente de pressão 
alvéolocapilar. Nota-se que a pressão do gás 
oxigênio no ar atm é maior, por isso se observa a 
importância da renovação continua do ar alveolar 
pelo ar atm, por isso não podemos parar de 
respirar, sendo chamada de ventilação alveolar 
•O ar alveolar, 2300 ml, resultante do somatório 
do valor residual + valor de reserva respiratório. É 
renovado apenas parcialmente a cada inspiração 
pelo ar atm fresco, o 500 ml inspirados, volume 
de ar corrente, 350 ml vão para os alvéolos e 150 
ml para o espaço morto. Dessa forma são 350 ml 
de ar atm, novo, fresco, rico em oxigênio visando 
renovar os 2300 do ar alveolar a cada inspiração, 
aproximadamente 1/7 do ar alveolar é renovado 
a cada inspiração pelo ar atm. A renovação é 
parcial. 
•A substituição do ar alveolar pelo ar atm é lenta. 
Isso previne súbitas alterações na Ppgás no 
sangue por variações bruscas no processo 
respiratório ou no ar inspirado. 
• Fatores que alteram a ppgases nos alvéolos: 
-Ventilação Alveolar: Depende da frequência 
respiratória, que pode aumentar de 3 a 4x e o 
volume de ar corrente, que pode aumentar de 4 
a 5x a entrada de oxigênio e a remoção do gás 
carbônico; 
-Velocidade de difusão dos gases através da 
membrana respiratória: A velocidade de absorção 
de oxigênio que gira em torno de 200 a 260 
ml/min e a velocidade de eliminação de gás 
carbônico que gira em torno de 200 a 230 
ml/min. Quanto maior for a velocidade 
de absorção de Oxigênio e a eliminação de gás 
carbônico, menor a concentração de oxigênio no 
alvéolo e maior de co2, para compensar isso, tem-
se que aumentar a velocidade alveolar.

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