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Federalismo: Conceito e Características

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FEDERALISMO
CONCEITO
Federalismo é um campo de formas de Estado. São as relações entre o Estado e o território. São basicamente 2 modelos de Estado:
· Estado unitário – existência de um único centro de emanação político, jurídico e administrativo.
Estado Federal – vários centros de emanação do poder. Caracterizado pela existência de uma pluralidade de centros decisórios.
O Brasil é um estado federal desde CF de 1991. Atualmente a maioria dos estados nacionais são estados unitários. O Estado Federal é complexo e é adotado apenas quando necessários, exemplo, Canadá e Brasil têm território extenso (grande).
Formas de Estado não se confundem com formas de governo e nem sistemas de governo
“A maioria dos estados nacionais são unitários, mas a maioria da população vive em estados federais”.
O federalismo é uma necessidade imposta e descentraliza o poder.
Federalismo, ou federação, representa um sistema político no qual vários estados se unem para formarem uma organização maior, conservando a autonomia de cada um dos grupos.
Em outras palavras, é um Estado integrado por entidades territoriais autônomas e que possuem governo próprio.
A essência do governo federativo, é que os Estados tenham pluralidade de valores dentro de uma unidade.
ORIGEM DO ESTADO FEDERAL:
· Processo de formação das 13 colônias norte-americanas
Na discussão da união das 13 colônias, muitos desses grupos não queriam reproduzir o modelo de Estado Unitário. Questão central para a elaboração do Estado Federal: como elaborar um modelo institucional, no qual seja propiciada a união em torno de um poder central, sem suprimir a autonomia dos poderes descentralizados e evitar que o poder central se torne opressivo? Estado Federal = é uma relação entre o poder central + poderes descentralizados.
· Tentativa confederativa
Em Estados Confederados os poderes descentralizados (local) poderiam sair do sistema, ou seja, numa Confederação os Estados-membros mantem a sua soberania. Portanto, numa confederação, além de existir autonomia existe também, a soberania de cada Estado. As relações entre poder central e poderes descentralizados podem ser de cooperação/convergência e competição/divergência.
· Convenções de São Francisco
CARACTERÍSTICAS DO ESTADO FEDERAL:
A) Pluralidade de centros decisórios;
B) Titularidade da Soberania pela República; é a maior autoridade civil dentro do território. Nos termos da CF/88 apenas a República Federativa do Brasil é soberana (art 1º). A soberania da República é exercida pela união;
C) Titularidade da autonomia pelos demais entes federados, ou seja, autonomia é a liberdade de tomar decisão dentro de limites;
D) Garantia da autonomia prevista no texto constitucional. Na CF/88 a organização federativa é uma clausula pétrea (Art 60, parag 4º). É importante reconhecer o Estado Federal como um sistema de mão dupla;
E) Participação dos entes federados na formação da vontade nacional;
F) Vedação ao direito de sucessão = não é possível a separação do Estado Federal;
G) Existência de um Tribunal Superior para resolver conflitos federativos;
H) Existência da intervenção federal como um mecanismo de salvaguarda do Estado Federal, ou seja, existência de um instituto de salvação na hipótese de risco ao sistema federativo – a Intervenção federal. A relação direta entre intervenção federal e vedação ao direito de sucessão, como também o fato dos entes descentralizados serem autônomos e não soberanos.
O FEDERALISMO NO BRASIL
O modelo de estado federal varia nas suas características/organização no contexto que ele é inserido
A) Constituição Política do Império do Brasil – 1824
· Extensa duração
· Poder Moderador
O modelo de estado UNITÁRIO (único centro de poder legislativo, executivo e judiciário), o federalismo no Brasil é centralista = a união ocupa muito espaço.
B) Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil – 1891 “Influência Americana” e Rui Barbosa foi incentivador.
· Primeira República
· Federalismo dual (FUEDOS=PACTO) – pacto envolvendo União + Estados. Federalismo por desagregação centrífugo = no Brasil primeiro teve a formação do poder central que depois desagregou modelo oposto ao norte americano que foi por agregação, primeiro 13 colônias e depois agregação. Momento no Brasil de instabilidade política, onde vários presidentes não conseguiram terminar o mandato por fraude, sistema eleitoral....
· Instabilidade política.
· Coronelismo
C) Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1934
· Revolução de 1930
· Estado de Bem-Estar Social.
· Getulismo
Durou 3 anos e foi implantado o Estado Bem-Estar Social. Mudou a relação entre os Estados, com o surgimento das competências concorrentes. Art 21 e 23. Federalismo cooperativo = os entes federados cooperam entre si para a obtenção dos seus objetivos.
D) Constituição dos Estados Unidos do Brasil – 1937 (Polaca)
· Estado Novo
· Estado centralista
O governo Federal tinha uma dominância sobre os Estados.
E) Constituição dos Estados Unidos do Brasil – 1946 (Federalismo Orgânico)
· Democratização
· Ampliação da autonomia dos poderes descentralizados.
Os períodos autoritários são centralistas e os períodos democráticos são descentralistas.
O Federalismo Orgânico tentava solucionar a questão regional, ou seja, estados nacionais muito grandes (extensos) tem dificuldade de garantir desenvolvimento semelhantes. É reconhecido pelo Governo Central que possui responsabilidade por garantir o desenvolvimento das regiões menos desenvolvidas. A partir de 1964, houve o golpe militar.
F) Constituição da República Federativa do Brasil de 1967
· Período de centralização
· Constituição outorgada
· Ausência de eleições diretas para a Presidência da República
· Ditadura militar
Federalismo de integração como um período de fortalecimento do governo central e enfraquecimento dos estados.
ENTES FEDERADOS NO BRASIL
O Federalismo na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988:
Federalismo Tricotômico e poder local; A CF/88 foi a primeira constituição do mundo a instituir um Estado Federal tricotômico (União, Estados e Municípios)
· 
ENTES DA FEDERAÇÃO X AMPLITUDE DO INTERESSE
União Nacional
Estados Regional
Municípios Local
Distrito Federal Regional + Local
· Princípio da preponderância do interesse;
Havendo conflitos de interesse a tendência é a preponderância do ente de maior nível. Decreto de Lei 3365, a União pode desapropriar bens estaduais, e os Estados podem desapropriar bens municipais.
· Princípio da solidariedade (ou fidelidade federativa);
As relações entre os entes federados são pautados por deveres de cooperação. Em uma análise realista, as relações entre entes federados são de competição e de cooperação. Quando a competição é exagerada, os Estados perdem receitas financeiras (guerra fiscal);
· Princípio da simetria.
É como se relacionam as leis Federais e Estaduais no Brasil. É uma construção jurisprudencial, as NORMAS DE REPRODUÇÃO OBRIGATÓRIA, que são aquelas que existem na CF e que obrigatoriamente precisam ser repetidas no âmbito estadual e municipal, os princípios da simetria não serão aplicados sempre, somente quando existe normas de reprodução obrigatória.
ENTES FEDERADOS:
· União ENTE FEDERATIVO Poder Central 
· Estados, Distrito Federal, Municípios ENTES FEDERADOS (entes que estão contidos na União) Poderes descentralizados 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos....
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
NÃO SÃO ENTES FEDERADOS:
· TERRITÓRIOSFEDERAIS (não existe fisicamente)
· REGIÕES ADMINISTRATIVAS
· REGIÕES METROPOLITANAS
UNIÃO:
UNIÃO X REÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Pessoa Jurídica de Direito Público
Interno							Internacional
Exerce as prerrogativas da Soberania			Titular da Soberania
Legislação Federal (Lei 8.112)				Legislação Nacional
BENS DA UNIÃO:
Art..20 São bens da UNIÃO:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) Território marítimo = 200 milhas náuticas;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no
respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva,
ou compensação financeira por essa exploração.
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
TERRITÓRIOS FEDERAIS:
Territórios federais e regiões administrativas não são entes federados. Atualmente, não existem territórios federais na Constituição Federal, mas futuramente podem vir a existir.
Territórios federais são autarquias territoriais da União, podem ser divididos em municípios e as contas do território serão submetidas ao Congresso Nacional. Nos territórios com mais de cem mil habitantes, o governador será nomeado pelo Presidente da República. Os territórios federais não sofrem intervenção pois pertencem a União;
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
REGIÕES ADMINISTRATIVAS
Regiões administrativas são mecanismos de otimização das políticas públicas.
Seção IV
DAS REGIÕES
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
§ 1º - Lei complementar disporá sobre:
I - as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.
§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;
II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;
IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
§ 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.
DISTRITO FEDERAL
Distrito federal é um ente federado e uma figura única.
A QUESTÁO DO TERRITÓRIO NEUTRO
Como localizar a capital federal sem dar um tratamento privilegiado a um dos territórios membros? A União não pode ter um tratamento especial ou privilegiado para um dos territórios membros. Território neutro é aquele criado com o fim de sediar a Capital Federal e não pertence a nenhum estado membro.
O DISTRITO FEDERAL E BRASILIA
A capital federal é Brasília. O Distrito Federal foi criado para receber Brasília. A natureza jurídica de Brasília é Capital Federal, que está contida no Distrito Federal. O Distrito Federal é proibido sua divisão em municípios.
RELAÇÕES DE TUTORIA ENTRE A UNÌÁO E O DISTRITO FEDERAL
Existe uma relação de tutoria entre União e Distrito Federal, o que significa que a União implementa políticas compensatórias pelo fato que o Distrito Federal tem a sede da Capital Federal. Existe um fundo de participação do Distrito Federal, onde é o único credor. Na medida que a União tem a capital, apresenta medidas compensatórias.
Distrito Federal:
Legislativo = câmara legislativa distrital
Executivo = governado distrital eleito
Judiciário = poder judiciário do DF e territórios
DO DISTRITO FEDERAL
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar.
ESTADOS MEMBROS
CAPÍTULO III
DOS ESTADOS FEDERADOS
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
O Estado é titular de:
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE; e
AUTONOMIA FAP – FINANCEIRA, ADMINISTRATIVA E POLITICA
Estados Membros:
Poder Legislativo = Assembleia Legislativa Estadual
Poder Executivo = Governador do Estado
Judiciário – Justiça Estadual
Bens do Estados Membros (Art 26) – os bens dos Estados são residuais em relação aos bens da União
Regiões Metropolitanas dos Estados (Art25, § 3ºCF) são mecanismos de otimização das políticas públicas, no que se refere das reações do Estado e Municípios. Regiões Metropolitanas não são entes federados
MUNICÍPIO - Art.29
Lei orgânica e Interstício
Os municípios não são titulares do poder constituinte. A atividade legislativa do município é submetida ao duplo controle de constitucionalidade (Constituição Federal e Constituição do respectivoEstado).
Em regra o controle de constitucionalidade ocorre na justiça estadual, apenas em excepcionalidade ocorre na Justiça Federal (ADPF – arguição de descumprimento de preceito fundamental).
SEPARAÇÃO DE COMPETENCIAS DOS ENTES FEDERADOS
1 INTRODUÇÃO
O que é competência? É o âmbito de delimitação do poder que a norma jurídica defere a uma pessoa natural ou jurídica.
“ NÃO É COMPETENTE QUEM QUER E SIM QUEM PODE”
Consequência da nossa organização federativa é um conjunto de técnicas para a separação de competências.
A União detém/ocupa um espaço de centralidade no Brasil, ou seja, possui muitas competências no Brasil. Ou seja, o federalismo no Brasil é centralista, centrado na União.
2 TÉCNICAS
	
	Competências Administrativas
	
	
	Competências Legislativas
	
	TÉCNICAS
	Competências Listadas (Titular União)
	- Exclusiva
- Privativa
	
	Competência Residual (Titular Estados)
	
	
	Competência Local (Titular Municípios)
	
Competências Administrativas/Materiais – Art. 21 e 23 CF
Competências Legislativas/Formais – Art. 22 e 24 CF
2.1 COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
Também são denominadas competências residuais (implemento de políticas públicas)
2.1.1 – Competência Administrativas e exclusiva da União – competência administrativa/material e indelegável. Art. 21 CF
São caracterizados por questões de interesse nacional estratégico, não havendo delegação (são indelegáveis).
Art. 21. Compete à União:
        I -  manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
        II -  declarar a guerra e celebrar a paz;
        III -  assegurar a defesa nacional;
        IV -  permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
        V -  decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
        VI -  autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
        VII -  emitir moeda;
        VIII -  administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
        IX -  elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
        X -  manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
        XI -  explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
        XII -  explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
            a)  os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
            b)  os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
            c)  a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
            d)  os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
            e)  os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
            f)  os portos marítimos, fluviais e lacustres;
        XIII -  organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
        XIV -  organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; ( RELAÇÃO DE TUTELA DA UNIÃO E O DISTRITO FEDERAL – XIII E XIV)
        XV -  organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
        XVI -  exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
        XVII -  conceder anistia;
        XVIII -  planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
        XIX -  instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
        XX -  instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
        XXI -  estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
        XXII -  executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
        XXIII -  explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
            a)  toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
            b)  sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
            c)  sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;
            d)  a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
        XXIV -  organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
        XXV -  estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
2.1.2 – Competência Administrativa Comuns (para todos os Entes) Art. 23 CF
Federalismo Cooperativo (ex: Saúde SUS, Educação Fundeb, ...) 
A União não exerce com frequência as competências do Art. 23 CF.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
        I -  zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
        II -  cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
        III -  proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
        IV -  impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
        V -  proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;
        VI -  proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
        VII -  preservar as florestas, a fauna e a flora;
        VIII -  fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
        IX -  promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
        X -  combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
        XI -  registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
        XII -  estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
    Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
2.2 COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
Competência Legislativa para elaboração de normas para um determinado assunto, denominado também de competência formal.
2.2.1 – Competência Legislativa privativa da União – Art. 22 CF
 “privativa” e “legislar” competências formais e delegáveis.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
        I -  direito civil, comercial,penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
        II -  desapropriação;
        III -  requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
        IV -  águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
        V -  serviço postal;
        VI -  sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
        VII -  política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
        VIII -  comércio exterior e interestadual;
        IX -  diretrizes da política nacional de transportes;
        X -  regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
        XI -  trânsito e transporte;
        XII -  jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
        XIII -  nacionalidade, cidadania e naturalização;
        XIV -  populações indígenas;
        XV -  emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
        XVI -  organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
        XVII -  organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
        XVIII -  sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
        XIX -  sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
        XX -  sistemas de consórcios e sorteios;
        XXI -  normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
        XXII -  competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
        XXIII -  seguridade social;
        XXIV -  diretrizes e bases da educação nacional;
        XXV -  registros públicos;
        XXVI -  atividades nucleares de qualquer natureza;
        XXVII -  normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III;
        XXVIII -  defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
        XXIX -  propaganda comercial.
    Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. (DELEGAÇÃO = não é definitivo (natureza delegatória)).
2.2.2 – Competência Legislativa Concorrentes Art. 24 CF
Existe uma relação de complementaridade do Art.23 e 24 (Art. 23 competência administrativa e Art.24 competência legislativa)
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
        I -  direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
        II -  orçamento;
        III -  juntas comerciais;
        IV -  custas dos serviços forenses;
        V -  produção e consumo;
        VI -  florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
        VII -  proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
        VIII -  responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
        IX -  educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação;
        X -  criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
        XI -  procedimentos em matéria processual;
        XII -  previdência social, proteção e defesa da saúde;
        XIII -  assistência jurídica e defensoria pública;
        XIV -  proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
        XV -  proteção à infância e à juventude;
        XVI -  organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
O Art. 24 é compreendido como um condomínio legislativo, ou seja, mais de um ente federado pode legislar sobre estes temas. O regime legislativo se encontra no § 1º ao 4º da CF.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.           .
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.        
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
Os § 1º e 2º da CF estabelecem mecanismos de gestão de competência legislativa, importante para um país de grande extensão territorial. A União vai estabelecer a base normativa do tema, mas os entes também legislam sobre os temas. Segundo o STF, a União não pode estabelecer normas gerais na regulação da matéria, porque implicará no esvaziamento do espaço legislativo dos Estados e Distrito Federal. Os Estados não podem contrariar a regra geral estabelecida pela União. Os § 3º ao 4º da CF, a União deveria ter legislado e não o fez.
Art 24§ 2º - competência suplementar complementar
Art 24§ 3º - competência suplementar supletiva (plena)
ART. 24. REGRA “A Constituição do Brasil contemplou a técnica da competência legislativa concorrente entre a União, os Estados-membros e o Distrito Federal, cabendo à União estabelecer normas gerais e aos Estados-membros especificá-las. É inconstitucional lei estadual que amplia definição estabelecida por texto federal, em matéria de competência concorrente” (STF, ADIn 1.245, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 26-8-2005).
ART. 24. EXCEÇÃO “A Constituição do Brasil contemplou a técnica da competência legislativa concorrente entre a União, os Estados-membros e o Distrito Federal, cabendo à União estabelecer normas gerais e aos Estados-membros especi“À União, ao Estado-Membro e ao Distrito Federal é conferida competência para legislar concorrentemente sobre custas dos serviços forenses, restringindo-se a competência da União, no âmbito dessa legislação concorrente, ao estabelecimento de normas gerais, certo que, inexistindo tais normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (CF, art. 24, IV, §§ 1o e 3o)” (STF, ADIn 1.624, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 13-6-2003).ficá-las. É inconstitucional lei estadual que amplia definição estabelecida por texto federal, em matéria de competência concorrente” (STF, ADIn 1.245, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 26-8-2005).
2.3. COMPETÊNCIAS RESIDUAIS:
· Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
· § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
2.4. COMPETÊNCIAS PELO INTERESSE LOCAL
· Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
Art. 30. Compete aos Municípios:
· Art. 30. Compete aos Municípios:
· Art. 30. Compete aos Municípios:
· Art. 30. Compete aos Municípios:
· Art. 30. Compete aos Municípios:
· Art. 30. Compete aos Municípios:
· Súmula 645 do STF — “É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial”. 
· Horário de funcionamento dos bancos — é da competência exclusiva da União, e não dos Municípios, porque esse assunto transcende o interesse local, ainda quando se projete na vida da municipalidade. Súmula 19 do STJ — “A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União”. No mesmo sentido: STF, RE 130.202-0/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 25-8-1995, p. 26026; STF, RE 121.623-9, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 27-2-1998, p. 24280. 
· Alcance da competência municipal — “A competência constitucionaldos Municípios de legislar sobre interesse local não tem o alcance de estabelecer normas que a própria Constituição, na repartição das competências, atribui à União ou aos Estados” (STF, RE 313.060/ SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Clipping do DJ de 24-2-2006). 
· Atendimento ao público e tempo máximo de espera na fila — “Matéria que não se confun-de com a atinente às atividades-fim das instituições bancárias. Matéria de interesse local e de proteção ao consumidor. Competência legislativa do Município” (STF, RE 432.789, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 7-10-2005). 
· Competência do Município para estabelecer horário de funcionamento de estabelecimen-tos comerciais — “CF, art. 30, I. Inocorrência de ofensa aos artigos 5o, caput, XIII e XXXII, art. 170, IV, V e VIII, da CF” (STF, RE 82.976, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 27-2-1998). No mesmo sentido: STF, AgI 482.886-AgRg, DJ de 1o-4-2005.
FORMAÇÃO DE ESTADOS, TERRITÓRIOS FEDERAIS E MUNICÍPIOS
1 INTRODUÇÃO
O ESTADO FEDERAL NÃO É ESTÁTICO – É possível criar Estados, Territórios Federais e municípios;
A DECISÃO DE CRIAR NOVOS ENTES FEDERADOS É POLÍTICA E ENVOLVE QUESTÕES FINANCEIRAS. A decisão de criar novos territórios é uma decisão política e consideram os gastos com a organização burocrática.
EXISTE UM CONSENSO SOBRE O EXCESSO DE MUNICÍPIOS NO BRASIL. Aqui no Brasil se considera que existe um excesso de municípios e é visto como um problema.
2 CLASSIFICAÇÃO
· 1º hipótese: INCORPORAÇÃO OU FUSÃO
C
B
A
· 2º hipótese: DIVISÃO
A
B
C
· 3º hipótese: DESMEMBRAMENTO FORMAÇÃO. Ex: Tocantis e Goiás / MT e MS
· 4º hipótese: DESMEMBRAMENTO ANEXAÇÃO. Ex: Pernambuco e Fernando de Noronha
Nas hipóteses 3º e 4º a pessoa jurídica continua existindo, e nas hipóteses 1º e 2º a pessoa jurídica deixará de existir e haverá um novo PJ.
3 FORMAÇÃO DOS ESTADOS E TERRITÓRIOS FEDERIAIS
ART 18 § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Qual a relação entre o resultado do plebiscito e aprovação da lei no Congresso Nacional?
Se o resultado do plebiscito é negativo o processo será arquivado. E se o resultado for positivo, ainda sim o Congresso Nacional vai decidir a respeito, por uma questão de decisão política e gastos orçamentários.
4 FORMAÇÃO DE MUNICÍPIOS
ART 18 § 4º - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
Requisitos para a formação de municípios:
1. Lei complementar de natureza autorizativa;
2. Divulgação de estudo de viabilidade municipal (viabilidade econômica);
3. Plebiscito com as populações dos municípios envolvidos na criação ou não do município;
4. A lei estadual criando o município.
Na década de 90 houve uma febre na criação de municípios, e o estado de Minas Gerais foi o que mais criou. Qual a lei Federal que autorizou a criação de municípios?
Os casos do Municípios de Mira Estrela e Luiz Eduardo Soares, chegaram no STF mas estes municípios já tinham sido formados. O STF pressionou o Congresso Nacional para fazer uma lei, mas até hoje não existe. Por isto, existem muitos municípios que não possuem viabilidade econômica e dependem de recursos dos Estados e da União para sobreviver.
INTERVENÇÃO NO ESTADO FEDERAL
1 Conceito: a intervenção é um sistema excepcional a defesa do Estado Federal. É excepcional porque o ente que sofre a intervenção tem sua autonomia mitigada, para a defesa do sistema como um todo.
SUJEITOS DA INTERVENÇÃO:
· Intervenção FEDERAL
· Sujeito ativo = UNIÃO
· Sujeito passivo = ESTADOS, DF e MUNICÍPIOS LOCALIZADOS EM TERRITÓRIOS FEDERAIS
· Intervenção ESTADUAL
· Sujeito ativo = ESTADO
· Sujeito passivo = municípios localizados nos seus territórios.
Quando falamos em intervenção estamos falando de um processo constitucional, elemento de garantia da autonomia dos entes federados. A intervenção federal não é um ato arbitrário, são atos: processuais, procedimentais e controle.
A intervenção é sempre decretada pelo chefe do executivo, mas precisa ser motivada e a depender da motivação terá diferenças processuais.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
2 CLASSIFICAÇÃO
2.1. Intervenção espontânea: Art. 34, I, II, III e V = quando o chefe de estado atua sem ser acionado nenhum órgão exterior a ele;
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
P.S I e II estão diretamente relacionadas a proteção do território.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
        I -  manter a integridade nacional;
        II -  repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
        III -  pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
V -  reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; 
b)  deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição dentro dos prazos estabelecidos em lei;
2.2. Intervenção provocada: ocorre quando o chefe do poder executivo é acionado por um órgão exterior a ele, com destaque para as seguintes subespécies:
· Por solicitação: Não possui natureza vinculante. Art. 34. IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; EX: um governador fechar uma assembléia legislativa ou o afastamento de um governador de forma fraudulenta. O poder estadual sofre coação indevida e vai solicitar ação do chefe do executivo.
· Por requisição: Possui natureza vinculante. Advindo do poder judiciário, ocorrendo a denominada fase judicial. O presidente é obrigado a fazer a intervenção. Art.34, VI e VII – VI -  prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;  VII -  assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a)  forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b)  direitos da pessoa humana; c)  autonomia municipal; d)  prestação de contas da administração pública, direta e indireta; e)  aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
3 PROCEDIMENTOS
INTERVENÇÃO ESPONTÂNEA
INTERVENÇÃO PROVOCADA POR SOLICITAÇÃO
INTERVENÇÃO PROVOCADA POR REQUISIÇÃO
4 PEDIDO DE INTERVENÇÃO NO DISTRITO FEDERAL:
Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu o pedido de Intervenção Federal (IF 5179) no Distrito Federal, requerido pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em fevereiro deste ano.
Para o ministro Cezar Peluso, presidente da Corte e relator do caso, a procedência do pedido estaria condicionada à omissão ou à ineficácia de medida político-jurídica para sanar a situação, devendo tal quadro estar mantido à época do julgamento. “Se tal ordem já foi restabelecida, não importa o modo pelo o qual o tenha sido, a intervenção já não faz senso algum”, ressaltou o relator.
Revelando que depois das denúncias apresentadas medidas corretivas já foram tomadas a fim de controlar a situação no âmbito do Distrito Federal, o ministro disse entender não caber a intervenção federal.
Votaram contra a intervenção, seguindo o voto do relator, os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e o decano da Corte, Celso de Mello.
O único ministro a votar favoravelmente à intervenção foi o ministro Carlos Ayres Britto.
5 INTERVENÇÃO NO RIO DE JANEIRO:DECRETO Nº 9.288, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2018
Decreta intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso X, da Constituição, DECRETA:
Art. 1º Fica decretada intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro até 31 de dezembro de 2018. § 1º A intervenção de que trata o caput se limita à área de segurança pública, conforme o disposto no Capítulo III do Título V da Constituição e no Título V da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. § 2º O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro.
Art. 2º Fica nomeado para o cargo de Interventor o General de Exército Walter Souza Braga Netto. Parágrafo único. O cargo de Interventor é de natureza militar.
Art. 3º As atribuições do Interventor são aquelas previstas no art. 145 da Constituição o Estado do Rio de Janeiro necessárias às ações de segurança pública, previstas no Título V da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
• § 1º O Interventor fica subordinado ao Presidente da República e não está sujeito às normas estaduais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção.
• § 2º O Interventor poderá requisitar, se necessário, os recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e humanos do Estado do Rio de Janeiro afetos ao objeto e necessários à consecução do objetivo da intervenção.
• § 3º O Interventor poderá requisitar a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração pública federal, os meios necessários para consecução do objetivo da intervenção.
• § 4º As atribuições previstas no art. 145 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro que não tiverem relação direta ou indireta com a segurança pública permanecerão sob a titularidade do Governador do Estado do Rio de Janeiro.
• § 5º O Interventor, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, exercerá o controle operacional de todos os órgãos estaduais de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição e no Título V da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
6 INTERVENÇÃO ESTADUAL:
SUJEITOS ATIVOS – ESTADOS MEMBROS
SUJEITOS PASSIVOS – MUNICÍPIOS LOCALIZADOS NOS SEUS RESPECTIVOS TERRITÓRIOS
PROCEDIMENTO – BASICAMENTE O MESMO DA INTERVENÇÃO FEDERAL, COM A DEVIDA ADAPTAÇÃO INSTITUCIONAL AO NÍVEL FEDERATIVO CORRESPONDENTE.
SEPARAÇÃO DOS PODERES
1.0. INTRODUÇÃO:
A teoria unitária do poder, antes da separação dos poderes, expressa na figura dos monarcas. Modelo que funcionou por 3 a 4 séculos. Todos os poderes terão pontos positivos e negativos.
1.1. SEPARAÇÃO DOS PODERES NO LIBERALISMO CLÁSSICO: a teoria da separação dos poderes é uma construção liberal que teve como objetivo evitar o exercício arbitrário do poder. 
· BIPARTIÇÃO DOS PODERES – incialmente o poder foi bipartidário (parlamento e monarca). Autor responsável pela bipartição seria John Locke.
· TRIPARTIÇÃO DOS PODERES – posteriormente o poder foi tripartido (legislativo, executivo e judiciário) evitando que o poder seja arbitrário e monarca. Governo misto era o reconhecimento que ainda que os poderes são independentes e precisam ter harmonia entre si. Importante que se estabeleça uma expressão de freios e contrapesos. Os poderes não são inimigos.
· MODELO CONTEMPORÂNEO NORTE-AMERICANO – Destaque para o autor Barão de Mostequieu que fez essa proposta no sec. XVII, escreveu um modelo embrionário de estado contemporâneo, em sua obra os Federalistas.
1.1. SEPARAÇÃO DOS PODERES NA SOCIAL DEMOCRACIA:
· AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS – mais pessoas votando. Ex.: as mulheres tiveram acesso ao voto em 1933.
· AUMENTO DAS DEMANDAS E EXPECTATIVAS – terão mais demandas e expectativas no sistema político.
· RECONHECIMENTO DOS DIREITOS SOCIAIS – a partir da Constituição Federal de 1934 houve o reconhecimento dos direitos sociais.
2.0. FENÔMENOS CONTEMPORÂNEOS:
2.1. SOBRE O PODER LEGISLATIVO
CRISE DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA – as pessoas não têm percebido como representadas no sistema político. Países nos quais o voto é facultativo tem apresentado um número de pessoas que não querem ou não vão votar. No caso do Brasil, que o voto é obrigatório, tem um número representativos de pessoas que não votam (justificam), ou anulam ou votam em branco, isto é, não se sentem representados pelos partidos políticos.
FRAGMENTAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO – está relacionado com o excesso de partidos políticos. Depois de 1988, houve a liberação de criação de partidos políticos e aumento muito a quantidade dificultando muito o trabalho do executivo para ter uma harmonia com os 33 partidos que compõem o congresso. O excesso de partido político tem sido danoso porque fica fragmentado. Será que este desenho constitucional não tem problemas?
EXCESSO DE PARTIDOS POLÍTICOS – o excesso de partidos num sistema governamental gera dispersão partidária e prejudica o debate de questões postas às bancadas, principalmente em países onde é adotado o sistema proporcional em lista aberta para preenchimentos das cadeiras no Poder Legislativo, como no Brasil.
2.2. SOBRE O PODER EXECUTIVO
PRESIDENCIALISMO DE COALISÃO – não é um sistema de governo e, sim, um arranjo político-institucional que visa, por meio da coordenação política entre Executivo e Legislativo, manter a governabilidade no país.
ELEIÇÕES DIRETAS(BR) OU INDIRETAS(EUA)?
2.2. SOBRE O PODER JUDICIÁRIO
ATIVISMO JUDICIAL - é um termo técnico para definir a atuação expansiva e proativa do Poder Judiciário ao interferirem em decisões de outros poderes.
JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA – O judiciário também exerce política. É um fenômeno jurídico entendido como detentor de quatro eixos definidores: (i) o aumento do impacto de decisões judiciais em causas políticas e sociais; (ii) o processo em que conflitos políticos são levados ao Judiciário para uma resolução; (iii) em um âmbito discursivo, judicialização da política reflete o nível pelo qual a legitimidade de um governo é continuamente construída junto da percepção da sociedade da capacidade e credibilidade de se manter o Estado de direito e proteção de direitos; (iv) o uso crescente do sistema judiciário por agentes e grupos políticos a fim de gerar uma mobilização em torno de interesses políticos, sociais e econômicos específicos
POLITIZAÇÃO DA JUSTIÇA - O Judiciário desempenha o papel de fiscalizar a atuação administrativa pública e intervir em sua estrutura nos casos em que violem os interesses individuais e coletivos, práticas abusivas não permitidas pelo ordenamento jurídico brasileiro. Dessa maneira influi em uma judicialização da administração e, por conseguinte em uma politização da justiça.
PODER LEGISLATIVO – Art.44 a 55
1.0. INTRODUÇÃO
· Poder Legislativo e representação Política – o Poder Legislativo é aquele sobre o qual incide a perspectiva que exerça uma função de viés representativo; o desafio da Democracia Representativa é fazer com que 594 pessoas consigam representar 200 milhões de pessoas;
· Duas concepções para analisar o PL, não são excludentes:
· Concepção aristocrática – Representação filtro a expectativa é que o processo eleitoral selecione os membros;
· Concepção sociológica – Representação espelho neste modelo supõe que o Poder Legislativo é um microrganismo da sociedade (amostra de menor escala da sociedade). Se a sociedade é composta de 50% homens e 50% mulheres, o PL não tem hoje este equilíbrio na representação de gêneros.
· Poder Legislativo Federal – Congresso Nacional
· Poder Legislativo Estadual – Assembleia Legislativa
· Poder Legislativo Distrital – Câmara Distrital
· Poder Legislativo Municipal – Câmara dos Vereadores
2.0. Congresso Nacional e Bicameralismo: Art. 44 e segs.
O Bicameralismo é a separação do poder legislativo em uma câmara alta que é o Senado Federal (casa dos representantes dos Estados) e uma câmara baixa que é o Congresso Nacional (casa dos representantes do povo).
Sistema Proporcional leva em consideração a população dos respectivos Estados. Estados maispopulosos terão mais deputados. Tem uma crítica a esse sistema como por exemplo o Estado de São Paulo que já chegou no seu teto máximo. Hoje temos 513 Deputados Federais com 4 anos de mandato.
Sistema Eleitoral Majoritário o número de Senadores é fixo, ou seja, 3 senadores por Estado com mandatos de 8 anos. A palavra SENADO tem a radical SEN= Senectual, ou seja, uma casa que tem pessoas que pensam na política a longo prazo.
Não é recorrente nos países do mundo um sistema igual ao sistema brasileiro.
3.0. Competências
3.1 Competências do Congresso Nacional
Com SANÇÃO Presidencial tem que trabalhar conjuntamente
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
        I -  sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
        II -  plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;
        III -  fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
        IV -  planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
        V -  limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
        VI -  incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;
        VII -  transferência temporária da sede do Governo Federal;
        VIII -  concessão de anistia;
        IX -  organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal;
        X -  criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b;
        XI -  criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
        XII -  telecomunicações e radiodifusão;
        XIII -  matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
        XIV -  moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal;
        XV -  fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I.
Sem SANÇÃO Presidencial separação dos poderes
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
        I -  resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
        II -  autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;
        III -  autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;
        IV -  aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
        V -  sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
        VI -  mudar temporariamente sua sede;
        VII -  fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
        VIII -  fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
        IX -  julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
        X -  fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
        XI -  zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;
        XII -  apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
        XIII -  escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
        XIV -  aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
        XV -  autorizar referendo e convocar plebiscito;
        XVI -  autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
        XVII -  aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.
· Quociente ELEITORAL: leva em consideração o número total de eleitores divididos pelo número total de cadeiras do congresso. Cálculo feito antes das eleições;
· Quociente PARTIDÁRIO: leva em consideração os números de votos que o partido ou coligação recebeu dividido pelo quociente eleitoral. Cálculo feito depois das eleições.
3.2 Competências privativas da Câmara dos Deputados: Art. .51.
· autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; processo de Impeachment é bifásico (Câmara dos Deputados + Senado Federal). A decisão na Camara é denominada ADMISSIBILIDADE Pergunta: vamos autorizar o processo de Impeachment? O quórum tem que ser 2/3 dos deputados.
· proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; toda vez que se inicia uma sessão legislativa no ano, o Presidente da República tem 60 dias para apresentar as contas do ano anterior. Para o CN aprove as contas do Presidente. Se ele não apresentar, a CD vai fazer o processo de tomada de contas do Presidente.
3.3 Competências privativas do Senado Federal: Art 52.
· I. processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; é a segunda fase do processo de impeachment juízo de mérito. Pergunta: Cometeu o crime de responsabilidade fiscal? O quórum tem que ser 2/3 dos deputados.
Os incisos V ao IX, o Senado funciona como se fosse um tesoureiro, controla as finanças do País.
· V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
· VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
· VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
· VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
· IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
4.0. Sistema de Imunidades dos Congressistas:
Trata-se de um conjunto de prerrogativa do cargo para o bom desempenho da função. Existe um consenso crescente que a CF foi extensiva na declaração do sistema de imunidade. 
Existe uma explicação de ordem constitucional e histórica e outra que é de ordem corporativa.
Ordem constitucional leva em consideração a ditadura.
A explicação corporativa está relacionada a legislação em causa própria. Até mesmo no STF se tem vozes crescentes ao exagero do sistema de imunidade. O estado brasileiro têm o rol mais extenso do que outros países.
4.1. Imunidade Material: conceito de representação política = super liberdade expressão
A imunidade material é uma prerrogativa para o exercício da função de representante política, visaa garantir o exercício do cargo sem represálias e com ampla liberdade de atuação por parte do congressista. Garantir que o Representante político possa exercer sua função na sua forma mais ampla.
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
A imunidade parlamentar não se estende ao corréu sem essa prerrogativa. [Súmula 245.]
Existência ou não de limites? Senadores e deputados Federal e Estaduais gozam de imunidades em todo o território nacional. Vereadores gozam apenas na circunscrição eleitoral do respectivo município. A tribuna é considerada o local mais ampla da imunidade e fora do recinto é necessário analisar se existe ou não relação com o conteúdo do discurso e o exercício do cargo.
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. [Súmula 704.]
A imunidade material prevista no art. 53, caput, da Constituição não é absoluta, pois somente se verifica nos casos em que a conduta possa ter alguma relação com o exercício do mandato parlamentar. Embora a atividade jornalística exercida pelo querelado não seja incompatível com atividade política, há indícios suficientemente robustos de que as declarações do querelado, além de exorbitarem o limite da simples opinião, foram por ele proferidas na condição exclusiva de jornalista. [Inq 2.134, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 23-3-2006, P, DJ de 2-2-2007.]
4.2. Imunidade formal:
Tem como objeto tem aspectos processuais
· PRERROGATIVA DE FORO: Art.53.  § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. é uma regra de competência. A prerrogativa de imunidade começa com a Diplomação. A partir de 2018, o STF mudou a jurisprudência deste artigo. Antes 2018 qualquer ação seria remetida ao STF. Atualmente o STF tem restringido as hipóteses do Art 53 parágrafo primeiro deverá a ação estar relacionada a função.
· POSSIBILIDADE DE PRISÃO DE CONGRESSISTA: Art.53.  § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. prisão prevista = flagrante de crime inafiançável (tráfico, tortura e terrorismo). Essa deliberação é restrita a prisão em flagrante (prisão cautelar). 
· POSSIBILIDADE DE SUSPENÇÃO DA AÇÃO PENAL /SUSTAÇÃO DO PROCESO: Art.53. § 3º Recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.  § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.  proteção ao cargo.
· SIGILO DA FONTE: Art.53. § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
· INCORPORAÇÃO NAS FORÇAS ARMADAS: Art.53. § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
· IMUNIDADES E SISTEMA DE CRISES: Art.53. § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
5.0. Comissões do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal:
6.0. Comissão Parlamentar de Inquérito:
TÉRMINO DO MANDATO CONGRESSITA
VEDAÇÕES AOS CONGRESSITAS ART.54 CF
A República é um sistema de governo despersonalizado, porque o importante são as instituições e não os homens. Por isso que os norte-americanos utilizam a expressão “governo das e não dos homens.
O Art.54 CF visa estabelecer uma mais clara separação entre os interesses pessoais e o interesse público que cabe aos representantes públicos. todas estas vedações são para um sentido de delimitar essa separação.
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
        I -  desde a expedição do diploma: é um ato que ocorre após a publicação do resultado eleitoral e antes da posse. Diplomação é uma certificação da justiça eleitoral que aquela pessoa concorreu a um processo eleitoral e obteve um número X de votos e não se verificou até aquele momento nada que impeça que ela tome posse.
            a)  firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; o Art 54 tem como objetivo impedir que a posição política do Deputado ou Senador seja um elemento de destaque pessoal na contratação junto a administração pública. Não podem assinar estes contratos na condição de Deputados e Senadores, e a única exceção está no final, salvo quando obedecer clausulas uniformes, pois não há tratamento diferenciado. Igualdade na contratação da administração pública.
            b)  aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior; 
        II -  desde a posse: o político já se encontra no exercício do cargo. Evitar que o Estado seja usado para benefício particular.
            a)  ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
            b)  ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a;
            c)  patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
            d)  ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
HIPÓTESES OU MODELOS DE INTERRUPÇÃO DE MANDATO PARLAMENTAR ART.55 CF
A regra em uma democracia é que o mandato termine com o advento do lapso temporal ordinário. As hipóteses de perda são excepcionais. O Art.55 irá receber interpretações restritivas. Em relação aos congressistas existe uma esfera de responsabilização que tem como fundamento as decisões do Conselho de Ética, que representam uma esfera administrativa com a responsabilização dos Deputados e Senadores (processo que tramita no Conselho de Ética). Também poderá decisões advindas da Justiça Eleitoral e da Justiça Criminal (Judiciário). O Art. 55 apresenta dois campos de possibilidade de interrupção extraordinária do mandato:
· Manifestação da respectiva casa de natureza constitutivo negativo (desconstitutiva do mandato). § 2º , I, II e VI. Será decidida pela Câmara de Deputados e Senado Conselho de Ética (decisão da própria casa)
· Natureza Declaratória é pautada em critérios objetivos. No Art. 55, § 3º III, IV e V a casa não vai desconstituir e sim apenas declarar. A mesa declara os fatos ocorridos por ação civil pública, ação improbidade administrativa ou ação envolvendo crime eleitoral (decisão do poder Judiciário).
QUEBRA DO DECORO PARLAMENTAR = se espera que o representante político tenha uma agir, uma condução considerada ilibada e exemplar. Expectativa de agir em relação ao deputado e senador. Somente o Conselho de Ética julga a quebra do decoro parlamentar.
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
        I -  que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
        II -  cujo procedimento for declarado incompatível com o decoroparlamentar;
        III -  que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
        IV -  que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; poder Judiciário
        V -  quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; poder Judiciário
        VI -  que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. regra protetiva do mandato, o político não perderá o cargo automaticamente e vai depender o Conselho de Ética.
    § 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.
    § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. CONSELHO DE ÉTICA, decisão da própria casa
    § 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. NATUREZA DECLARATÓRIA pelo Poder Judiciário
    § 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO
As comissões têm uma função de otimização do processo deliberativo, o raciocínio é que se considera é a grande quantidade de deputados no Congresso Nacional. Nas comissões por envolver um número menor de pessoas o debate seja aprofundado. Depois do debate estiver aprofundado, existe a possibilidade de levar ao plenário. Pontos mais elementares já haviam discutidos.
A CLASSIFICAÇÃO DAS COMISSÕES leva em consideração o fator tempo.
· Permanentes – que integram a estrutura legislativa. Tem em destaque a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que quando há um projeto de lei, obrigatoriamente irá passar pela CCJ para verificar se este projeto de lei viola ou não a Constituição. Em regra, CCJ não substitui o plenário, ou seja, grandes discursões ficam no plenário. A CCJ evita uma inconstitucionalidade flagrante. A CCJ tem uma função no controle preventivo de constitucionalidade. A Comissão Permanente Mista do Orçamento (CPM) é uma comissão formada por deputados e senadores todo o ano, e tem como função acompanhar o investimento orçamentário.
· Provisórias – que quando são criadas já possuem a previsão da sua dissolução. Já tem um lapso temporal já definido em lei. Podem ser destacadas a própria CPI e a sistema condicional de crises (estado de defesa e sítio). 
EM RELAÇÃO AO OBJETO, as comissões podem ser organizadas em relação aos temas. Ex. Comissões:
· Direitos humanos relacionados a mulher;
· Infraestrutura;
· Transporte;
· Políticas de exportação...
EM RELAÇÃO AO OBJETIVO, por exemplo, a CPI tem como objetivo atos de investigação (fiscalização). Pode também ter comissões para promover discursões de determinados assuntos.
As comissões estão no Art. 58 da CF.
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
    § 1º Na constituição das Mesas e de cada comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
    § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
        I -  discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
        II -  realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
        III -  convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
        IV -  receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
        V -  solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
        VI -  apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
    § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. é o único parágrafo que trata da CPI. A CPI é considerada uma extensão do Congresso Nacional (longa manos). Características da CPI:
· Poderes de investigação – o que a CPI pode fazer ou não;
· Composição – pode ser pura (somente deputados ou senadores) ou mista (CPMI);
· Quórum – o quórum de instalação da CPI é um terço (1/3) do número total dos membros da casa; de acordo com o STF a instalação da CPI é um direito púbico objetivo das minorias no exercício da oposição política. O STF decidiu que é constitucional norma do Congresso Nacional que estabelece o número máximo de CPIs em funcionamento simultâneo.
· Fato determinado – a instalação da CPI é um ato administrativo que precisa ser motivado a partir de um fato determinados, para a garantia da defesa. A pessoa que está sendo investigada só consegue exercer o direito de defesa se souber por qual motivo a pessoa está sendo acusada.
· Prazo certo – 120 dias que são prorrogáveis. O limite da CPI é o final da legislatura.
· Conclusões – encaminhamentos feitos ao final da CPI. A CPI é correspondente ao inquérito policial. A CPI não condena ninguém. A CPI elabora relatório que é encaminhado ao Ministério Público para analisar e também para o Conselho de Ética. O MP não fica vinculado a CPI e pode investigar a parte.
Quando o STF reconhece que determinada decisão não pode ser determinada pela CPI, se usa a expressão reserva de jurisdição. Reserva de jurisdição entende-se que a CPI não pode decidir somente o poder judiciário e seus membros.
A CPI pode fazer:
· Intimar pessoas, e são obrigadas a comparecer;
· A CPI tem uma legislação específica na Lei 1579/52;
· Pode determinar a prisão em flagrante;
· Pode quebrar o sigilo de dados (telefônico, bancário....)
A CPI não pode fazer:
· Prisão preventiva e nem temporária;
· Medidas cautelares;
· Intercepção telefônica;
· Quebra de segredo de justiça
    § 4º Durante o recesso, haverá uma comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
PROCESSO LEGISLATIVO Comum Ordinário – Art. 59 à 69
Na CF/88 o processo legislativo estuda os requisitos processuais e procedimentais para a elaboração dos atos normativos primários. Os atos normativos primários são aqueles que estão contidos no Art.59.
1.0 INTRODUÇÃO
· RELAÇÃO ENTRE PROCESSO LEGISLATIVO E DEMOCRACIA REPRESENTATIVA – ideia de racionalidade dada pela CF, mas a elaboração é feita por representantes do povo.
· LEIS FEITAS POR REPRESENTANTES do povo – legitimidade dada pelo processo eleitoral
· CONCEPÇÃO DE DEVIDO PROCESSO LEGISLATIVO – observância dos requisitos processuais. Parâmetros do análise do controle de constitucionalidade
1.1. Processo legislativo e controle de constitucionalidade: a atuação do STF
· VIOLAÇÃO DO PROCESSO LEGISLATIVO COMO VÍCIO DE CONSTITUCIONALIDADE – vício de inconstitucionalidade é marcadamentesobre o processo legislativo. Nos últimos anos tem havido um aumento da judicialização do processo legislativo no STF, que são questionamentos de partidos políticos no judiciário sobre tramite do processo legislativo no Congresso Nacional. Partidos que perdem votação no Congresso Nacional conhece a judicialização como um caminho possível para tentar reverter o quadro, apresentando uma argumentação para reverter a lei aprovada.
· Vícios formais = processo/ procedimento
· Vícios materiais = conteúdo
· A DOUTRINA INTERNA CORPORIS = é uma posição do STF tem deferência junto ao Congresso Nacional. A regra é o STF não interferir no Congresso.
· ATUAÇÃO PASSIVISTA E ATIVISTA DO STF EM RELAÇÃO AO CONGRESSO NACIONAL
1.2 O PROCESSO LEGISLATIVO CRIA OS ATOS NORMATIVOS PRIMÁRIOS
Os atos normativos primários são aqueles previstos na CF, Art 59. Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
        I -  emendas à Constituição;
        II -  leis complementares;
        III -  leis ordinárias;
        IV -  leis delegadas;
        V -  medidas provisórias;
        VI -  decretos legislativos;
        VII -  resoluções.
    Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Os atos normativos primários são aqueles que tem fundamento na própria Constituição. Além dos atos primários existem os secundários e são aqueles que tem fundamento nos atos primários. Controle sobre os atos normativos primários é o controle de constitucionalidade. O controle sobre os atos normativos secundários é o controle de legalidade. A diferença entre eles é o parâmetro, ou seja, nos primários o parâmetro é a Constituição e nos secundários o parâmetro são os atos primários. Exemplos de Atos Normativos Secundários: portarias, circulares, instrução normativa, etc. A lei que trata é a Lei Complementar 95/98.
2.0. CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO LEGISLATIVO:
2.1. PROCESSO LEGISLATIVO COMUM:  é aquele que não possui nenhuma especificidade no seu tramite. É restrito a leis ordinárias.
	2.1.1. PROCESSO LEGISLATIVO COMUM ORDINÁRIO é aquele que não possui nenhuma limitação de tempo, e é a regra. Porque a política tem o seu próprio tempo, no sentido de que seria muito estranho estabelecesse regra temporal para o debate. 
	2.1.2. PROCESSO LEGISLATIVO COMUM SUMÁRIO é aquele que vai ter limitação temporal. A referência do comum sumário está no Art. 64.
2.2. PROCESSOS LEGISLATIVOS ESPECIAIS: são aqueles que possuem uma singularidade no seu tramite. Exemplos: emendas constitucionais, lei complementar, medidas provisórias, decretos legislativos, resuloções...
2.3. PROCESSO LEGISLATIVO COMUM SUMÁRIO:
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.   cada casa vai ter 45 dias para se manifestar sobre o projeto de lei que tramita no sumário, e se eventualmente não houver a deliberação no prazo acontecerá o sobrestamento de pauta (limite que CF dá ao congresso Nacional aprovar ou não a medida, caso contrário não poderá mais aprovar outras medidas) ou chamado também de trancamento de pauta. Tem muita relevância no tramite das medidas provisórias.
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.
§ 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.
Esta situação é denominada Regime de Urgência – quando o processo legislativo tem um lapso temporal específico pré-determinado para acontecer. A iniciativa do Presidente da República em relação aos processos de sua inciativa. O executivo é o grande proponente de projetos de lei aqui no Brasil.
3.0. FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO COMUM ORDINÁRIO:
3.1. FASE DE INICIATIVA: 
analisa quais são os órgãos com competência para a deflagração do processo legislativo. Respondendo a seguinte pergunta: Quem assina o projeto de Lei? No Brasil, o executivo assina muitos projetos de Leis.
a) INICIATIVA GENÉRICA, que é a composição mais ampla no caput do Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
b) INICIATIVA PRIVATIVA: quando a Constituição seleciona um órgão específico para aprovação do projeto de lei.
		b1) INICIATIVA PRIVATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA para estas matérias, somente o Presidente da República poderá fazer. Segundo o STF, a sanção não convalida processo legislativo com vício de iniciativa.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;            
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;             
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.        
B2) INICIATIVA PRIVATIVA DO PODER JUDICIÁRIO ART 93 apenas o STF pode apresentar projeto referente ao estatuto da magistratura (lei de 1973). A regra básica é a separação de poderes, que também se aplica em âmbito estadual. Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
B3) INICIATIVA POPULAR ART 61 § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. é um instrumento de democracia participativa. A ideia foi aproximar o cidadão do processo legislativo. Há uma crítica que se considera, pois é muito difícil de se atingir os requisitos. São mais de 1,2 milhão de assinaturas (1% do eleitorado), e precisam estar divididos em pelo menos 5 estados da federação com não menos de 3 sobre 10% em cada um destes estados. Ex: ficha limpa. Nos Estados podem criar iniciativa popular no âmbito estadual e os municípios também. A CF ela prevê a iniciativa popular nos municípios com um quórum de 5% dos eleitores (art 29) e para os Estados a CF não define. 
3.2. FASE DELIBERATIVA: 
Envolve debates e votações propriamente ditas. Casa Iniciadora (primeiro que recebe o projeto de lei) e casa revisora (vai fazer a segunda análise).
	3.2.1. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR (OU CONGRESSUAL) tramita no Congresso e Senado. Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados. não

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