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DIABETES MELLITUS Farmacologia Prof Ellen Tanus Rangel Classificação Etiológica da Diabetes Mellitus Tipo 1 Destruição das células b com falta de insulina Tipo 2 Resistência à insulina com deficiência de insulina Gestacional Resistência à insulina com disfunção das células b Outros tipos Defeitos genéticos na função das células b, doenças pancreáticas exócrinas (cancer) e outros Adaptado do site da Sociedade Brasileira de Diabetes http://www.diabetes.org.br 2 Anomalia da Tolerância à Glicose Glicemia em Jejum 126 mg/dl 110 mg/dl Normal Glicemia 2 horas após PTGO 200 mg/dl 140 mg/dl Diabetes Mellitus Normal Diabetes Mellitus 3 Anomalia da Tolerância à Glicose Adaptado de Sociedade Brasileira deDiabetes ATG= Anomalia da Tolerância à Glicose ou Tolerância Diminuída à Glicose (TDG) PTGO = Prova da Tolerância à Glicose Oral (75 g de glicose em 2 dl de água e ingestão em 5 min) Categorias da Tolerância à Glicose Diminuída 1. Glicemia ao acaso (em qualquer hora do dia e sem ter em conta a hora da última refeição) > 200 mg/dl em duas ocasiões separadas + sintomas (poliuria, polidipsia e perda de peso inexplicável) 2. GPJ > 126 mg/dl em duas ocasiões separadas 3. Glicemia 2 horas após PTGO > 200 mg/dl em duas ocasiões separadas 4 GPJ= Glicose Plasmática em Jejum PTGO = Prova da Tolerância à Glicose Oral (75 g de glicose em 2 dl de água e ingestão em 5 min) Diagnóstico da Diabetes Três Métodos Diabetes Mellitus 5 10 a 20% Diabetes do Tipo 1 10 a 20 % Diabetes do Tipo 2 Magros 60 a 70 % Diabetes do Tipo 2 com Peso Excessivo 6 DIABETES TIPO 2-Definição ØTipo de DM caracterizado por defeitos da ação (resistência à insulina) e da secreção de insulina ØAmbos os defeitos estão presentes na época em que a doença se manifesta clinicamente OMS, 1999 7 DIABETES TIPO 2 Definição Ø As razões exatas para o desenvolvimento destas anormalidades não está completamente esclarecidas Ø É o tipo de DM mais comum (estima- se que em 2020 haverá em todo o mundo cerca de 250 milhões de diabéticos tipo 2) OMS, 1999 Fonte: G. Slama et al, Lancet 1992, p 244 Ø A diabetes é a primeira causa de cegueira nos países industrializados Ø Em cada dois diabéticos cegos um é do tipo 1... e o outro é do tipo 2... A diabetes do tipo 2 não é uma diabetes menor 8 9 Fisiopatologia da Diabetes do Tipo 2 Saltiel AR, Olefsky JM. Diabetes. 1996;45:1661-1669. Tecidos Periféricos (Músculo) Glicose Fígado Diminuição da secreção de insulina Aumento da produção de glicose Defeitos no receptor Resistência à Insulina Pâncreas 10 Desenvolvimento da Anomalia da Tolerância à Glicose Cavaghan MK, et al, 2000. J Clin Invest, 106:329-333 • Os doentes com diabetes tipo 2 têm um fenótipo complexo com: – defeitos da secreção de insulina (hiperinsulinismo não compensatório) – aumento da produção hepática de glicose – resistência à ação da insulina • Causas possíveis deste fenotipo – genéticas – ambientais – metabólicas (ácidos graxos livres) – outras 11 INSULINO-RESISTÊNCIA Definição • Insulino-resistência • (ou ¯ da sensibilidade à insulina): –dificuldade da insulina exercer a sua ação na captação da glicose em nível periférico, músculos, tecido adiposo, fígado, com da produção hepática de glicose e células b-pancreáticas contribuindo para o deficit secretor. 12 INSULINO-RESISTÊNCIA Definição • Insulino-resistência: –necessidade de uma insulinemia inapropriadamente elevada (hiperinsulinismo compensatório) para manutenção da homeostase metabólica. DIABETES DO TIPO 2 Terapêutica não Farmacológica 13 •MODIFICAÇÕES DIETÉTICAS •a maioria são doentes com peso excessivo •Restrição calórica • redução da ingestão de gorduras saturadas • aumentar a ingestão de carbohidratos complexos em vez dos simples DIABETES DO TIPO 2 Terapêutica não Farmacológica 14 •EXERCÍCIO FÍSICO • como adjuvante do tratamento dietético. • está associado com melhorias do controle da glicemia independentemente das alterações do peso. DIABETES DO TIPO 2 Terapêutica Farmacológica 16 ØSULFONILUREIAS e GLINIDAS (Secretagogos de Insulina) ØBIGUANIDAS (Anti-hiperglicemiantes) ØINIBIDORES DAS a-GLUCOSIDASES ØSENSIBILIZADORES DA INSULINA (Glitazonas) ØINSULINA 18 SULFONILUREIAS e GLINIDAS HIPOGLECIMIANTES (Secretagogos de Insulina) • Primeiro antidiabético oral comercializado • Descoberta acidentalmente por um médico Francês (Marcel Janbon) na II Guerra Mundial, ao verificar o aparecimento de hipoglicemia quando tratava a febre tifóide com um derivado da sulfonamida. • Desenvolvida posteriormente por Loubatières • A 1ª Sulfonilureia disponível em 1955, na Alemanha = CARBUTAMIDA Mecanismo de ação Aumento da secreção de insulina basal e pós prandial Dependem Do funcionamento das células b Dose Uma/duas vezes ao dia (sulfonilureias); Uma a três vezes ao dia (meglitinidas) Reações adversas Aumento de peso, alergia (rara) Principal risco Hipoglicemia 20 Secretagogos de Insulina: Características Básicas das Sulfonilureias e das Meglitinidas 23 • Primeiro antidiabético oral (utilizado desde a Idade Média = Guanidina) • Nos finais da década de 50 e após as sulfunilureias são comercializadas: ØFenformina ØMetformina • Fenformina retirada do mercado em alguns países nos finais da década de 70 (Risco elevado de acidose láctica e mortalidade cardiovascular) BIGUANIDAS (Anti-hiperglicemiantes) 26 Efeitos da Metformina Ø Reduz a glicemia em jejum (» 70mg/dl) e a HbA1c (» 1,5%) Ø Reduz o peso corporal e o hiperinsulinismo Ø Induz ¯ de LDL e TG e de HDL Ø A nível periférico induz um da sensibilidade à insulina Ø O principal efeito é a supressão da produção hepática da glicose basal, induzindo uma ¯ da glicemia do jejum inibindo a glicogenólise e a neoglicogênese 27 SBD Mecanismo de ação Diminui a produção hepática de glicose Depende Da presença de insulina Dose Uma a três vezes ao dia Reações adversas Diarreia, náuseas Principal risco Acidose Láctica BIGUANIDAS (Anti-hiperglicemiantes) Características Básicas da Metformina 28 • Os Hidratos de Carbono sofrem, no trato gastrintestinal, a digestão enzimática pelas a-glicosidases desdobrando-os em monossacaridos para que assim possam ser absorvidos • São inibidores competitivos reversíveis da digestão dos polissacarídeos ØAcarbose INIBIDORES DAS a-GLICOSIDASES Acarbose-mecanismo de ação Mecanismo de ação 31 • Mecanismo de ação está diretamente relacionado com o “receptor gama activado de proliferação dos peroxisomas” (Peroxisomal Proliferator Activator Receptor g = PPARg) no tecido adiposo e músculo esquelético. • Aumenta a sensibilidade da insulina nos tecidos periféricos • São: ØTroglitazona= Retirada em 2000 por toxicidade hepática ØRosiglitazona ØPioglitazona SENSIBILIZADORES DA INSULINA Tiazolidinedionas (TZDs) (Glitazonas) • da utilização periférica da glicose (insulino mediada) em cerca de 20 -40% (80% a nível muscular ) • Redução da glicemia em jejum e pós-prandial e insulinemia do jejum (redução da produção hepática de glicose) • Redução dos níveis de TG e HDL 32 EFEITOS DOS SENSIBILIZADORES DA INSULINA Tiazolidinedionas (TZDs) (Glitazonas) 34 Fármacos Anti-diabéticos: Mecanismos de Ação Aumentar o Aumentar a Atrasar a Fornecimento de Ação da Absorção dos Insulina Insulina Hidrat. Carbono Sulfonilureias Biguanidas Inibidores das a-Glucosidases Meglitinidas Tiazolidinedionas Insulinas
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