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Universidade Federal Fluminense (UFF) Aluno: Paulo Vinícius Silva Machado - Matrícula: 19213110145 Polo: Belford Roxo Curso: Administração Pública Disciplina: Filosofia e ética Atividade 7 1. Quais as críticas de Marx à filosofia de Hegel? Para entender as críticas de Karl Marx, é preciso entender o contexto ao qual ele estava inserido. O filósofo nasceu e viveu por um tempo, na Alemanha, num período crítico, onde predominava uma política prussiana e austríaca, ao qual os regimes eram absolutistas. Com isso, muitos alemães acreditavam em que uma revolução política seria necessária para a volta da democracia. Nesse contexto, os filósofos hegelianos se comportam diferentemente do esperado (o de que a burguesia liderasse esse processo revolucionário), e a doutrina hegeliana, essa luta antiabsolutista exigiria uma transformação no Estado, que deveria passar a existir de acordo com os valores da igualdade e da liberdade. Com isso, as criticas direcionadas ao absolutismo implicariam numa comparação da realidade política alemã com a idealização filosófica e abstrata de um Estado Racional. Com isso, Marx critica essa filosofia do Estado Racional, se apoiando na filosofia de Ludwig Feuerbach, ao qual este faz uma crítica ao estado de “alienação”, onde Hegel tinha uma visão centrada em Deus, e acreditava que as coisas aconteceriam de forma natural, onde Marx se fixou nessa ideia e critica a filosofia Hegeliana da religião, de inverterem a essência e a aparência. Ele (Marx), não acreditava que a sociedade se tornando racional, resolveria automaticamente os seus problemas, mas sim dependente e subordinada com relação à sociedade civil, das relações sociais capitalistas. E também, o filósofo alemão acreditava que era preciso uma revolução social no combate ao absolutismo. Portanto, Marx criticava Hegel pelos ideais hegelianos, de naturalizar o Estado, as instituições jurídicas, políticas, como se fosse uma evolução da espécie. Ao qual um acreditava que deveria existir uma revolução política (instauração de um Estado racional: republicano e democrático), e o outro, uma revolução social, liderada pela classe operária contra a burguesia defendida pelos hegelianos. 2. Quais eram as ideias dos socialistas utópicos? Qual a diferença entre o socialismo utópico e o socialismo proposto por Marx? E a crítica de Marx ao socialismo utópico? Com a expansão da Revolução Industrial, principalmente na Inglaterra, surgem muitos ideais socialistas. Lá se desenvolveram os movimentos operários, que antes já idealizado por Robert Owen (1771 – 1858), que defendeu a regulamentação do mercado de trabalho, realização de direitos sociais e trabalhistas). Nesses movimentos operários começaram a criação de sindicatos, aos quais seriam a fonte protetora dos trabalhadores, reivindicando salários, organizando greves, etc. A partir daí surge um partido político, denominado “Cartismo”, que continuaria essa luta social em prol da classe operária por direitos políticos. O socialismo de Karl Marx, ao qual, posteriormente, foi denominado “comunismo de Marx”, se baseia praticamente na revolução social, a luta das classes, enquanto os utópicos, acreditavam numa revolução política, mais radical, assim como um dos polos do partido cartismo. O filósofo acreditava que a violência revolucionária não se daria por uma parte, mas sim pela maioria da população, no interesse da própria maioria. Já os socialistas utópicos não reconheciam que o capitalismo era marcado por uma violenta e opressora indiferenças entre os burgueses e proletariados. 3. O que propunham os anarquistas? De acordo com o Wikipédia: “O anarquismo é uma ideologia política que se opõe a todo tipo de hierarquia e dominação, seja ela política, econômica, social ou cultural, como o Estado, o capitalismo, as instituições religiosas, o racismo e o patriarcado.” (Wikipédia, 2020). Nos anos de 1864 foi fundada a Associação Internacional dos Trabalhadores (A.I.T), conhecida como a “1ª internacional”. Nessa associação passava a surgir alguns autores com ideais de cunho anarquista, ao qual Marx se confrontava com alguns, como foi o caso de Pierre Proundhon (1809-1865). O filósofo alemão não aceitava a teoria anarquista, pois de acordo com Proundhon, este acreditava que a propriedade privada deveria ser transformada em mera posse, onde os trabalhadores tomariam e poderiam criar um mercado interno, de forma livre, na produção e troca de mercadorias por preços justos. Além de Proundhon, outro nome importante da teoria anarquista surgia: Mikhail Bakunin (1814 – 1876), este visava a exploração da humanidade no lado político, e não no econômico, como defendia o primeiro. Para ele, o Estado é opressor independente da forma política. Referências bibliográficas RAMOS, Flamarion Caldeira. Manual de filosofia política Cap. 7. Ed. Saraiva, 2015. WIKIPÉDIA. Anarquismo Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo> Acesso em: 16 out. 2020.
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