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PORTFÓLIO Alfabetização e letramento ciclo 2

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Alfabetização e Letramento: Aspectos Históricos e Teóricos
“Histórico da Alfabetização”- Paradigma dos Métodos (Sintéticos, Analíticos e Mistos) e a Concepção Construtivista.
					
Aluna: Simone Rosa de Mendonça
 RA: 8053782
Profª. Ma. Alessandra Corrêa Farago
	Histórico da Alfabetização
	PARADIGMA DOS MÉTODOS (Sintéticos, Analíticos e Misto) Antiguidade até os anos de 1980
	CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA/ A partir de 1980
	Os métodos sintéticos e analíticos ocorreram durante os séculos XVI e XVIII e se estendeu até à década de 1960, sendo marcado pela rejeição ao método da soletração e pela criação de cartilhas, amplamente.
Primeiro momento (1876 a 1890) – Disputa entre defensores do então “novo” Método da Palavração e os “antigos” Métodos Sintéticos (alfabético, fônico e silábico). (Moratti,2008,p.95)
Segundo momento (1890 – a meados da década de 1920) – Disputa entre defensores do então “novo” Método Anaílico e os dos “antigos” Métodos Sintéticos.
Terceiro momento (meados dos anos 1920 a final da década de 1970) – Disputa entre os defensores dos “antigos” métodos de alfabetização (sintéticos e analíticos) e dos então “novos” testes ABC para verificação da maturidade necessária ao aprendizado da leitura e da escrita de que decorre a introdução dos “novos” Métodos Mistos.
Métodos Sintéticos – método rápido e antigo da alfabetização; uma correspondência entre o som e grafia, oral e escrita. Aprendizagem ocorre por meio de letra e sílaba e por palavra. O indivíduo é capaz de perceber os símbolos gráficos de uma forma geral. Apresenta dificuldades de compreender e criar textos, a leitura dura pouco.
O método sintético se divide em três tipos:
-Alfabético: é mais utilizado tendo como princípio que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto. A principal crítica a este método está relacionada a repetição de exercícios.
-Fônico: consiste no aprendizado através de associação entre fonemas e grafemas, ou seja, som e letras, tem como crítica o método de soletração.
-Silábico: a aprendizagem é feita através de uma leitura mecânica do texto, decifração das palavras, utilizando-se de cartilhas para orientar os alunos e são usados fonemas e grafemas.
Métodos Analíticos – método que analisa o todo (palavra). Inicia-se com palavras e frase ou contos; faz com que as crianças compreendam o sentido de um texto; não ensina a leitura através da silabação, estimulando a leitura e deixando o aluno a vontade; habilidades dos alunos devem ser consideradas; prioriza as habilidades de ouvir, falar e escrever.
O método analítico se divide em três tipos:
-Palavração: a palavra é apresentada acompanhada da imagem, porém é dirigida dos detalhes da palavra com a sílaba. A palavra é composta e decomposta.
-Sentenciação: visualiza e memoriza as palavras para formar novas palavras. Ideovisual, ideográfico ou palavras do tipo: parte de uma motivação (desenho, história, verso, etc.) e apresenta a palavra ligada ao desenho.
-Contos e Historietas: é um método de sentenciação como ideia fundamental, fazendo com que a criança entenda que ler é descobrir o que está escrito, e também decompor pequenas histórias em partes cada vez menores.
Métodos Mistos ou Ecléticos – Esse método caracteriza-se por explorar o todo significativo e as partes, simultaneamente. Dentro desse método o professor poderá partir:
Da “palavra”, passando para a frase, formando um texto, retirando novamente a palavra para decompô-la em sílabas;
Da “frase”, retirando a palavra para chegar à sílaba.
Da “história”, retirando a palavra-chave para depois destacar a sílaba.
	Construtivismo considerado como “Desmetodização da Alfabetização”, iniciou-se na década de 1980, onde ganhou força no Brasil o pensamento construtivista sobre a alfabetização, resultante das pesquisas sobre a Psicogênese da Língua Escrita, desenvolvida pela pesquisadora argentina Emília Ferreiro e colaboradores. A principal mudança desloca-se o eixo das discussões dos métodos de ensino para o processo de aprendizagem da criança, o construtivismo se apresenta, não como um método novo, mas como uma “revolução conceitual”, desmandando entre outros aspectos, abandonarem-se as teorias e práticas tradicionais, desmetodizar-se o processo de alfabetização e se questionar a necessidades de cartilhas. Nesse momento, inicia-se uma disputa entre os partidários do construtivismo e os defensores dos tradicionais métodos e cartilhas; Atualmente, temos a institucionalização, em nível nacional do construtivismo em alfabetização, verificável, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN); enfrentamos as dificuldades em especial da ausência de uma didática “construtiva”.
Em sua obra mais conhecida, Psicogênese da Língua Escrita de 1984, a autora defende a alfabetização ativa, baseada no questionamento do que está estabelecido; inspirado em ideias do suíço Jean Piaget (1896-1980), o método procura instigar a curiosidade, já que o aluno é levado a encontrar respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas. No âmbito filosófico e pedagógico, o construtivismo consiste numa teoria da aprendizagem em que o indivíduo (como aluno) participa ativamente do próprio aprendizado, através de experiências epistemológicas e interações constantes com o meio que está inserido.
	Concepção Histórico Cultural – apartir de 1990
	Em meados dos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de criança. Agora se procura entender a criança como um ser sócio-histórico, onde a aprendizagem se dá pelas interações entre a criança e seu entorno social. Essa perspectiva sócio-interacionista tem como principal teórico Vigotsky, que enfatiza a criança como sujeito social, que faz parte de uma cultura concreta (OLIVEIRA, 2002).
Há um fortalecimento da nova concepção de infância, garantindo em lei os direitos da criança enquanto cidadã. Cria-se a ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente); a nova LDB, Lei nº9394/96, incorpora a Educação Infantil como primeiro nível da Educação Básica, e formaliza a municipalização dessa etapa de ensino.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação foi criada para definir e regularizar o sistema de educação brasileira com bases na Constituição. Observa-se uma inversão, na Constituição a educação é obrigação em primeira instância do Estado, já na LDB a obrigação passa a ser de responsabilidade da família. Vejamos o que o Art. 3º da LDB diz acerca da educação nacional:
Art. 3º. O ensino será com base nos seguintes princípios: igualdade de condição para o acesso a permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço á tolerância; coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; valorização do profissional da educação escolar; gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da igualdade e dos sistemas de ensino; garantia de padrão de qualidade; valorização da experiência extraescolar; vinculação entre educação escolar, o trabalho e as práticas sociais (BRASIL, 1996, p. 1)
Em 1998, é criado RCNEI (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil), um documento que procura nortear o trabalho realizado com crianças de zero a seis anos de idade. Ele representa um avanço na busca de se estruturar melhor o papel da Educação Infantil, trazendo uma proposta que integra o cuidar e o educar, o que é hoje um dos maiores desafios da Educação Infantil.
 No art. 29 da LDB, foram destinadas às crianças de até seis anos de idade, com a finalidade de complementar a ação da família e da comunidade, objetivando o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais. Isto nos remete à questão da formação humana [...] mas que ressalta a necessidade de promover o processo humanizado da criança. Esse processo requer e implica em um projeto de educação infantil fundamentado em um conceito de educação paraa vida, pois ele dará os recursos cognitivos iniciais para o pleno desenvolvimento da vida da criança. (MENDONÇA, 2012, p. 42).
De acordo com a citação acima, é na Educação Infantil que a criança irá se desenvolver integralmente, pois é durante essa etapa que ocorre o processo de humanização e troca de experiências sociais que a tornarão sujeito com identidade. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a educação infantil é o sistema destinado à faixa etária de zero a seis anos: as creches para a faixa de zero até três anos e as pré-escolas para a faixa de quatro a seis anos (MATTIOLI apud TADEI; STORER, 1998).
A Educação Infantil é fundamental e essencial porque desenvolve um papel de destaque no desenvolvimento humano e social da criança. Ela vai evoluir de forma cognitiva, tendo contato com diversos objetos e com a arte, cultura e a ciência, dando vazão à sua criatividade na escola e essa instituição deve ser esse espaço preparado, com professores que levem em conta a criatividade e a capacidade dessa criança que já tem um conhecimento prévio, tem uma história e a sua própria linguagem.
CONCLUSÃO: Através desse estudo, pode-se constatar que o conceito de infância repercute fortemente no papel da Educação Infantil, pois direciona todo o atendimento prestado à criança pequena. Dessa maneira, a Educação Infantil está intrinsecamente ligada ao conceito de infância, tendo a sua evolução marcada pelas transformações sociais que originaram um novo olhar sobre a criança.
É bom lembrar que a educação voltada para os pequenos só aconteceu devido à mudança de olhar da sociedade valorizando-a, caso não houvesse isso á educação infantil não teria mudado a sua forma de conduzir o trabalho docente, e não teria surgido um novo perfil de educador para essas etapas.
No Brasil a educação infantil, como Políticas Públicas só desponta somente no século XX, demonstrando a falta de cuidado com a infância brasileira. Por outro lado, a presença de discussões sobre a educação infantil, resultou em leis e documentos como a (Constituição Federal de 1988, ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, LDB, Lei de Diretrizes e Bases, RCNEI, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil e a criação do MEC, Ministério da Educação), isso mostra que há uma preocupação pelas leis que regulamentam a educação infantil no Brasil.
Referências
MENDONÇA, Onaide Schwartz. Percurso Histórico dos Métodos de Alfabetização. Caderno de formação: for-mação de professores didática dos conteúdos. UNESP. Universidade Virtual do Estado de São Paulo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, v. 2. 
GALVÃO, A.; FERRAZ, T. Há lugar ainda para métodos de alfabetização? Conversa com professores. IN: MORAIS, A. G. de.; ALBUQUERQUE, E. B. C. de e.; LEAL, T. F. (Orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016. (Biblioteca Pearson). 
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Art. 205-214. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 1988.
Disponível em > htpt://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituição.htm>.
FRABONI, Franco. A Escola Infantil entre a cultura da infância e a ciência pedagógica e Didática. In. ZABALTAR, Miguel A. Qualidade em Educação Infantil. Porto Alegre. 1998.
MENDONÇA, Fernando Wolff. Teoria e Prática na Educação Infantil. Maringá, PR: UNICESUMAR, 2013.
Lei nº 9.394. De 20de dezembro de 1996. Art. 3. Sete JusBrasil.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de Oliveira. Educação Infantil Métodos. São Paulo, 2002.
KUHLMANN JR, M. A Circulação das idéias sobre a educação das crianças: Brasil inicio do século XX. In: FREITAS, M. C.; KUHLMANN JR., M. (Orgs). Os intelectuais na historia da infância. São Paulo: Cortez, 2002. P. 459-501.
Polo - Santo André/SP
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