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.CONDUTAS MAIS COMUNS
As condutas mais comuns encontradas na sala de aula de uma escola comum são: TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade),alheamento, agressividade física ou verbal e impulsividade
Distúrbios de atenção: o aluno tem dificuldade em atender os estímulos relevantes de uma situação. Ex: ao invés de olhar para professora quando esta explicando ele olha para qualquer outra coisa que chame sua atenção (cabelo da colega da frente, mosca voando, uma borracha que caiu no chão)
Hiperatividade e Impulsividade: Geralmente a hiperatividade e a impulsividade encontram-se juntas num mesmo padrão de comportamento. Ex: uma criança hiperativa não controla seu comportamento motor, com isso não para de falar e andar, apresenta respostas instantâneas a uma situação de estimulo, não parando pra pensar e refletir e analisar a situação e torna-se impulsiva.
Alheamento: quando a criança se distancia das outras ou recusa-se a manter contato com elas.
Agressividade: inclui gritar, falar mal, usar linguagem abusiva, ameaçar, fazer declarações autodestrutivas, beliscar, bater nos colegas, puxar cabelo.
CONSIDERACOES IMPORTANTES DO TDAH
Para o diagnostico de TDAH ser realizado, necessita-se que o aluno apresente pelo menos cinco sintomas de desatenção e cinco de hiperatividade. Dependendo da gravidade e da intensidade dos comportamentos evidenciados no aluno, pode estar necessitando de um atendimento especifico de saúde mental.
O professor não pode trabalhar sozinho, deve apenas executar suas funções que são: perceber o problema e observá-lo, discutir com profissionais da equipe técnica, buscar estratégias pedagógicas diversificadas, monitorar seu efeito, reajustar sua pratica pedagógica. Mas precisa do suporte institucional sistemático, formal e regularmente disponibilizado na unidade escolar.
Segundo Hardmam et. al (1993),Há sete fatores que permitem identificar se um programa de atenção pedagógica a alunos que apresentam condutas típicas esta sendo eficiente.Segundo as palavras do autor (p.166-167),são os seguintes:
1.As ações de intervenção são apoiadas por dados obtidos através da observação direta e descrição clara e objetiva dos comportamentos focalizados.
2.O estudo da situação e o monitoramento dos efeitos das ações de intervenção são mantidos continuamente.
3.O programa oferece oportunidades freqüentes para os alunos praticarem e usarem suas habilidades que acabaram de aprender.
4.Os tratamentos e intervenções adotados são cuidadosamente direcionados para problemas específicos e identificados por uma equipe interdisciplinar,da qual participam os pais do aluno.
5.O programa adota tratamentos múltiplos (interdisciplinares)coordenados,direcionados tanto ao aluno, como a sua família.
6.O programa prevê ações que favoreçam com que as habilidades e os comportamentos aprendidos em contexto terapêutico sejam generalizadas e transferidas para o ambiente escolar,familiar e social.
7.O programa assume e respeita o compromisso de oferecer continuidade de intervenção para criança, ou jovem que necessitam de apoio e cuidado por longo período de tempo.
8.CONCLUSÃO
Concluímos que condutas típicas são comportamentos muito freqüentes na escola comum e precisam ser tratados por profissionais especializados ao contrário de outras deficiências: mentais e auditivas que tem educação especial e precisam ser incluídas na escola comum.
Nós como estudantes de pedagogia precisamos ter conhecimento das formas de intervenção para que ao lecionarmos estarmos preparadas para lidar com alunos portadores de necessidades especiais,planejar as nossas aulas de acordo com as necessidades de cada um.
Mas será importante termos apoio da direção da escola no processo de aprendizagem dos alunos, e solicite a participação dos pais nesse processo tão importante na vida das crianças,as vezes eles não se dão conta que sua rotina em casa ou no trabalho pode afetar o desenvolvimento do filho,pois não tem tempo para dar atenção e não tem noção dos problemas que ele pode estar causando ou enfrentando na escola.Por isso que os pais precisam fazer tratamento psicológico, psiquiátrico ou neorologico com o seu filho.Não adianta a criança estar tratada e os pais não,o problema pode voltar seja em dois meses ou em 5 anos.Se hoje os professores sofrem de problemas psicológicos devido ao estresse na escola por causa de um filho e de um pai que não da valor ao professor e não foi tratado com seu filho, estamos perdidas futuramente será caso psiquiátrico e não mais psicológico com acontece muito de professores tomarem anti-depressivos para ir dar aula.
As condutas típicas possuem uma variedade muito grande de comportamentos e tipos de transtornos, por isso dividem-se os quadros de condutas típicas em dois quadros: os voltados para si, e os voltados para o outro. Os voltados para si são caracterizados por fobias, alheamento, recusa para contato, timidez, auto-agressão, choro, riso imotivado. Os voltados para os outros são caracterizados por agressividade, faltar com a verdade, possíveis roubos, gritos, locomovem-se o tempo todo, comportamentos maliciosos, comportamentos vingativos.
 Essas atitudes se manifestam num contínuo, desde a simples inquietude até comportamentos estranhos, que permanecem por um tempo prolongado, acima de seis meses. Portanto, o grau de severidade vai depender de variáveis tais como: sua freqüência, intensidade e duração.
A tendência maior ou menor do aparecimento dos sintomas depende da freqüência em que ocorre de acordo com o esperado para a idade ou gênero do aluno por se tratar de indicadores de condutas típicas. Os determinantes de condutas típicas podem ser de ordem biológica, psicológica, comportamental ou social. Não existem padrões únicos de denominação de comportamentos no que se refere a condutas típicas. Um exemplo de condutas típicas são os Distúrbios de Atenção, os sintomas são: dificuldade em atender a estímulos não conseguindo manter a atenção pelo tempo requerido pela atividade, movimentação de cabeça o tempo todo, selecionam aspectos limitados da realidade. Outra conduta típica é a Hiperatividade, que se caracteriza basicamente pelos sintomas: Inabilidade para controle motor; constante mobilidade e agitação motora impedindo envolvimento com a ação e tarefa.
Características Básicas: desatenção; agitação e impulsividade.  Essas características levam a dificuldades emocionais, de relacionamento familiar e social, índices de baixo desempenho escolar.
  Outros sintomas são: Não prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido, ter dificuldades de concentração, ter dificuldades em seguir regras, distrair-se constantemente com coisas que não têm nada a ver o que está fazendo, ser muito agitado, perder coisas importantes, ficar remexendo as mãos ou os pés quando sentado.
O transtorno de TDH é a associação do Déficit de Atenção com a Hiperatividade, esse transtorno em geral é acompanhado por algum tipo de impulsividade, alheamento e agressividade, ou a associação dos três. A impulsividade é caracterizada por: agir sem pensar, analisar ou avaliar as conseqüências dos próprios atos. O alheamento é caracterizado por: esquivamento ou recusa em manter contato com outras pessoas ou ambiente. Já a agressividade é caracterizada por: ações dirigidas a si e aos outros ou objetos que provoquem situações desconfortáveis a quem convive com os transtornos de agressividade da pessoa que sofre desse tipo de conduta típica.  
Transtorno opositivo desafiador no TDAH
Quem tem uma criança com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) sabe como o dia a dia pode ser um desafio, independente da situação. É importante ressaltar, no entanto, que cada caso apresenta uma peculiaridade.
Agora, e quando o TDAH de seu filho ou filha apresenta aquilo que os especialistas chamam de Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)? Muitos pais não conseguem lidar com suas crianças sem que haja o acompanhamento de profissionais. Aliás, nunca é demais salientar que somente com especialistas o tratamento de uma pessoa comTOD associado ao TDAH é aconselhável.
Sabe-se que o número de crianças com TDAH a apresentarem comorbidades chega perto dos 70% dos casos. Além disso, 10% dos pequenos podem manifestar mais de três comorbidades associadas.
O que é o Transtorno Opositivo Desafiador?
Relembrando o TOD, é comum que grande parte dos pais não saiba que o transtorno é uma comorbidade do TDAH, ou seja, há combinação entre eles.
O TOD é uma condição que afeta diretamente o aspecto comportamental da criança, uma vez que ela será acometida pelo sentimento de irritabilidade. Além disso, o pequeno pode ter acessos de raiva e indisciplina. Portanto, a convivência com a pessoa necessita de muita cautela e paciência. O tratamento é essencial para amenizar esses efeitos.
Qual a semelhança nas características do TOD com o TDAH?
Na verdade, por se tratar de uma comorbidade, o TOD exercerá influência na forma em como o TDAH vai se manifestar. Tudo isso pode ter efeito na vida do pequeno, desde o comportamento com familiares até no desempenho escolar.
Contudo, vale elencar abaixo quais são as características mais frequentes em crianças com TOD:
· Comportamentos que demonstrem raiva;
· Comportamento agressivo;
· Desobediência em geral;
· Hostilidade com o outro;
· Intolerância a frustrações;
· Desrespeito a solicitações;
· Outros.
Interessante trazer ao conhecimento de pais e responsáveis que cerca de 1/3 da população diagnosticada com TDAH apresenta o TOD como uma das comorbidades. Aproximadamente 33% dos casos.
Quando não tratada de forma devida, o TOD pode ser bem sério na vida da criança, levando a quadro de desunião no seio familiar e a outras consequências. Porém, o pequeno não deve ser responsabilizado, uma vez que ele tem um transtorno que o induz a essas situações. Por isso a importância de iniciar um tratamento o quanto antes.
O que fazer quando a criança apresentar essas características?
A primeira providência a se fazer é procurar ajuda profissional. Para que os pais tenham o diagnóstico, é preciso que eles já tenham passado por algum especialista.
A partir disso, o médico vai analisar o caso apresentado e indicará qual a melhor forma de tratamento.
Como é feito o tratamento para o TDAH?
A maneira de tratar o transtorno associado a comorbidades ou não é com medicamentos devidamente prescritos pelos profissionais.
Entretanto, o tratamento é interdisciplinar, contando com a ajuda de outros especialistas na área pedagógica, psicopedagógica e de saúde mental.
Vale reiterar que embora os pais devam mostrar autoridade, não é aconselhável medir forças com as crianças, como uma discussão. A melhor saída é o auxílio profissional.
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e comportamento agressivo
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é caracterizado pela seguinte tríade de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Os sintomas de desatenção são descritos pelo DSM-IV-TR (APA, 2002) através de características como dificuldades de prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido; dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais; dificuldades para organizar tarefas e atividades; evitar ou relutar para envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante; perder coisas necessárias para tarefas ou atividades; distrair-se facilmente por estímulos alheios à tarefa; e apresentar esquecimento em atividades diárias.
Os sintomas de hiperatividade resumem-se à agitação das mãos ou os pés; abandonar a cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; correr ou escalar em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado; dificuldades para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer, estar “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo vapor”; e falar em demasia. A impulsividade é caracterizada pelas seguintes características: dar respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas; dificuldade para aguardar sua vez; interromper ou intrometer-se em assuntos de outros.
O DSM-IV-TR (APA, 2002) ainda divide o TDAH em três subtipos: predominantemente desatento, em que predominam os sintomas da desatenção (seis ou mais deles), predominantemente hiperativo/impulsivo, destacando-se os sintomas de hiperatividade e impulsividade; e o subtipo combinado, onde estão presentes, pelo menos, seis dos sintomas da desatenção e mais seis dos sintomas de hiperatividade/impulsividade.
Em muitas ocasiões, as crianças portadoras de TDAH são qualificadas como agressivas. Na maioria delas, as causas das condutas agressivas são a hiperatividade e a impulsividade. Isso nos leva a concluir que, muitas vezes, os comportamentos considerados como agressivos, podem não ser intencionais, ou seja, podem ser frutos de condutas hiperativas ou impulsivas.
Na tentativa de diferenciar tais comportamentos, Orjales (2001) apresenta, em um dos seus trabalhos, as características das condutas hiperativas em contraste às condutas agressivas. Tropeçar nos companheiros que estão numa fila, por exemplo, pode se apresentar como conseqüência da hiperatividade, o que se diferencia do comportamento de empurrar esses companheiros para chegar primeiro. Analogamente, não fazer os deveres porque a criança corre pela casa, diferencia-se da conduta socialmente agressiva de negação e desafio aos pais quando estes pedem para que se faça a tarefa.
Barkley (2002) concorda que TDAH não é sinônimo de conduta agressiva e que a presença desse tipo de comportamento está mais vinculada às condutas parentais do que necessariamente ao transtorno. Pais de crianças TDAH com comportamentos agressivos apresentavam maiores índices de problemas psiquiátricos, do que pais de crianças sem manifestações de agressividade. Isso significa que, famílias com membros em desajuste psicológico podem propiciar o aparecimento de comportamentos agressivos e até anti-sociais em crianças portadoras de TDAH.
Em um de seus estudos, o mesmo autor dividiu a amostra em dois grupos: crianças com TDAH (subdivididas em crianças com e sem comportamento agressivo) e crianças normais, fazendo com que cada uma delas interagissem com seus pais. Os resultados apontaram que as interações de crianças TDAH não-agressivas com suas famílias eram bastante parecidas com as de crianças normais. Em contrapartida, no grupo TDAH agressivo, as interações eram mais negativas, com a presença de insultos e respostas impertinentes uns contra os outros.
Além do fator familiar, outros estudos têm apontado que a agressividade pode surgir como conseqüência dos próprios sintomas do TDAH (Goldstein & Goldstein, 1992). Essas crianças e adolescentes são impulsivos e pouco capazes de cooperar e dividir com seus pares (Barkley, 2002), tornando-se pouco populares, rejeitados e isolados pelos colegas, aumentando assim, a probabilidade de se engajarem em comportamentos anti-sociais (Del Prette & Del Prette, 2005).
Dessa forma, o comportamento agressivo parece não ser característica essencial do TDAH, aparecendo muito mais em função de comorbidades com Transtorno de Conduta e o Transtorno Opositivo Desafiador.
 
Comportamento agressivo e Transtornos de Conduta
O comportamento agressivo e as condutas anti-sociais costumam estar profundamente relacionados. Para traçarmos tal relação é necessário definir o comportamento anti-social.
Ao longo dos anos, as condutas anti-sociais receberam uma série de nomes, incluindo os de delinqüência, comportamentos exteriorizados e problemas de comportamento. Atualmente, a definição de comportamento anti-social compreende qualquer conduta que reflita a violação das regras sociais ou atos contra os outros, incluindo comportamentos como roubo, mentiras, vandalismo e fugas. A expressão agressiva é justamente aquela que invade o direito alheio, não respeitando os limites de convivência em sociedade. Deste modo, pode-se sugerir que uma criança que apresenta comportamentosagressivos, tenderá, com maior probabilidade, a evoluir para práticas anti-sociais (Gross & Koch, 2005).
É importante ressaltar que crianças e adolescentes podem apresentar comportamentos agressivos, desafiadores e anti-sociais ao longo do desenvolvimento considerado normal, especialmente em idades pré-escolares e na adolescência. Eles poderão brigar com os irmãos ou com os pares, fazer birras, ou quebrar brinquedos e objetos em geral. Mas o que caracteriza um comportamento anti-social? O que parece descrever a patologia do comportamento anti-social é a existência de um padrão consistente dessas condutas e o grau de prejuízo que elas causam aos demais e à sociedade em geral (Bee, 2003; APA, 2002).
Os principais transtornos envolvidos com a expressão de comportamentos anti-sociais ou desafiadores são o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) e o Transtorno de Conduta (TC). O TOD caracteriza-se especialmente pela presença de condutas de oposição, desobediência e desafio. Os comportamentos opositivos e desobedientes podem ser “passivos”, uma vez que a criança pode não responder ao pedido, mas pode apenas permanecer inativa. Os comportamentos desafiadores, ao contrário, incluem verbalizações negativas, hostilidade e resistência física que podem ocorrer junto com a desobediência (Luiselle, 2005).
O diagnóstico de TOD tem sido um preceptor importante para a evolução do problema ao Transtorno de Conduta, sugerindo que haja um contínuo entre estas duas patologias. As condutas das crianças com TOD são menos severas do que aquelas apresentadas no TC. Além disso, elas não incluem agressão a pessoas ou animais, destruição de propriedades ou um padrão de furto ou defraudação. O Transtorno Opositivo Desafiador em geral se manifesta antes dos oito anos de idade e tem pouca probabilidade de se iniciar depois do início da adolescência. Os sinais opositivos freqüentemente emergem no contexto doméstico, mas é comum estender-se a outras situações (APA, 2002).
Em geral, os aspectos do TOD estão presentes no TC, e não se faz o diagnóstico de TOD se são satisfeitos os critérios para TC. Isso significa dizer que o Transtorno de Conduta é um quadro mais amplo e mais complexo que o TOD (APA, 2002).
O curso do TC é estimado segundo uma série de fatores. Crianças que iniciaram precocemente (antes dos seis anos) os sinais de comportamento desafiador (provavelmente aquelas que receberam o diagnóstico de TOD durante a infância) tenderam, em maior probabilidade, a expressarem comportamentos anti-sociais na vida adulta. Além disso, a amplitude do comportamento desviado é relevante: crianças que apresentam esse tipo de conduta em casa e na escola tendem a correr maior risco (Webster-Stratton & Hebert, 1994).
Um terceiro fator diz respeito às características de freqüência, intensidade e diversidade dos comportamentos anti-sociais. Quanto maior o número, a gravidade e a complexidade dos atos, maior é a chance do Transtorno evoluir para a idade adulta (Robbins, Tipp & Przybeck, 1991). Finalmente, o papel da família e de suas características sugere que quanto mais a família apresenta condutas anti-sociais ou agressivas pior é o prognóstico da criança na vida adulta (Kazdin, 1995).
 
TBH, TDAH e Transtornos de Conduta: qual a relação?
Uma vez analisadas as características do TBH, do TDAH e dos Transtornos de Conduta (TC e TOD), pode sugerir-se que, entre os pontos comuns entre eles, está a presença do comportamento agressivo. Além deste, uma série de outros sintomas são partilhados entre eles. A partir desses pontos comuns, surge a indagação: os transtornos em questão seria parte de um mesmo fenótipo? Em virtude dessa dúvida, alguns estudos têm se proposto a investigar os referidos transtornos a fim de obterem dados que ajudem a entender a relação entre eles.
Apesar de considerarem a possibilidade do diagnóstico diferencial entre tais transtornos, alguns estudos sugerem que a equação TBH + TDAH + Transtornos de Conduta pode formar uma entidade diagnóstica com fenótipo específico (Papolos & Papolos, 1999; Papolos, 2003). Alguns estudos parecem sustentar essa hipótese através da afirmação que, na base dessa relação, estariam condições hereditárias. O estudo de Faraone, Biederman, Menin e Russel (1998), por exemplo, concedeu suporte para a sugestão de que os referidos transtornos podem ser diferentes manifestações de uma mesma condição familiar. Os resultados da investigação de Coolidge, Thede e Young (2000) com gêmeos apontam, ainda, que o TDAH divide grande carga genética com os transtornos de conduta.
Tais articulações entre os quatro transtornos, apesar de não concederem embasamento suficiente, servem como incentivo para se pensar o comportamento agressivo como um dos principais pontos de interseção entre os distúrbios abordados aqui. Conclui-se, portanto, que a resposta para os questionamentos levantados exige investigações mais extensas que sejam capazes de demarcar limites e interseções entre os quatro transtornos, bem como entre eles e as demais desordens que envolvam o comportamento agressivo.
Considerações Finais
Compreendemos que o perfil do educador comprometido com a inclusão de seus alunos, necessita estar vinculado aos valores éticos, com sólida formação acadêmica e teórica, com uma postura observadora, questionadora e humanista. Procurando parcerias com outros profissionais para diagnosticar e saber trabalhar com esses comportamentos, em consonância com a família que possui o poder de decidir ou não por uma intervenção ou tratamento.
Cabe ainda ao professor estar em constante formação continuada, analisar suas práticas de planejamento, implantar e avaliar programas, planos e projetos de atendimento individual especializado, incentivando a participação de toda a comunidade escolar no processo educacional. E à instituição escolar cabe a tarefa imprescindível de subsidiar as práticas pedagógicas de seus educadores nesse processo de inclusão.

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