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Portfólio Seg Pública Incêndio Jubaba exclusivo Unopar (1)

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Sistema de Ensino 100% online
curso superior tecnologia em segurança pública
NOME DO ALUNO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR:
Incêndio do Museu Nacional de Jubaba destrói a memória e a história do povo brasileiro
CIDADE
2020
1
2
NOME DO ALUNO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR:
Incêndio do Museu Nacional de Jubaba destrói a memória e a história do povo brasileiro
Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Fundamentos de Investigação e Criminalística; Análise e Gerenciamento de Risco; Prevenção e Combate a Sinistro; Direito e Legislação; Sistemas de Informação em Segurança.
Orientadores: 
Luana da Costa Leão;
Luísa Maria Sarábia Cavenaghi; 
Arthur Ribeiro Torrecilhas; 
Janaina Vargas Testa; 
Jaqueline Ferrarezi
Tutor (a). XXXXXXXXXXXXX
CIDADE
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 PASSO 1 – FUNDAMENTOS DE INVESTIGAÇÃO E CRIMINALÍSTICA	4
2.2.	PASSO 2 – ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCO	7
2.3	PASSO 3 – PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO	10
2.4.	PASSO 4 – DIREITO E LEGISLAÇÃO	12
2.5.	PASSO 5 – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA	13
3.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	15
REFERÊNCIAS	16
1 INTRODUÇÃO
O tema do constante trabalho “Incêndio do Museu Nacional de Jubaba destrói a memória e a história do povo brasileiro” será contemplado através das disciplinas de Fundamentos de Investigação e Criminalística; Análise e Gerenciamento de Risco; Prevenção e Combate a Sinistro; Direito e Legislação; Sistemas de Informação em Segurança.
O trabalho terá como cerne o fato de que o conhecimento sem objeção é o divisor de barreiras, entre a gestão arcaica fadada a decadência e a gestão eficienteque encontra-se em ascendimento.
Por essa esteira, partindo para gestão de riscos essa não se delimita em pensar apenas nos orgãos de segurança pública, mas também devem estar presentes em todo e qualquer segmento voltado ao publico. 
A questão da opção por projetos será abordada considerando que sempre deverá haver a eles atrelados estágios organizacionais os quais devem se ater tambem ao combate à sinistros capazes de asola-lo e, consequentemente tal planejamento demandem capital humano e organização.
No que concerne ao planejamento em situações de crise nos planos gestacionais da segurança pública são cada vez mais comuns buscas de novas técnologias, visando o aprimoramento organizacional em prol do fim a que se busca.
O estudo de caso aqui vem ao encontro das disciplinas do semestre e contribuirá para a construção de um conhecimento relacional e prático.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 PASSO 1 – FUNDAMENTOS DE INVESTIGAÇÃO E CRIMINALÍSTICA
Contemplando os fundamentos de investigação e criminalística, destaca-se inicialmente que no Estado Democrático de Direito é preciso conciliar o respeito aos direitos humanos com uma investigação eficaz dos crimes, de forma a levar os seus autores aos tribunais e garantir um julgamento justo. 
Nesse contexto, a perícia criminal adquire ainda maior relevância, como o segmento responsável pela produção da prova material e promoção da justiça por meio de seu trabalho, do conhecimento científico e de inovações tecnológicas aplicadas à investigação dos crimes. Assim, em se tratando de igualdade de direitos, e considerando que a justiça e um julgamento justo é um direito de todos, também todos teriam que ter direito a uma perícia de qualidade.
A perícia criminal é atividade típica de Estado, de cunho técnico-científico, prevista no Código de Processo Penal, que visa a analisar vestígios, sendo indispensável para elucidação de crimes.
Como no Art. 158 do CPP, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
A atividade é exercida pelo perito oficial, responsável pela produção da prova material, consubstanciada em laudo pericial, após a devida identificação, coleta, processamento e correta interpretação dos vestígios dentro dos limites estabelecidos pela ciência.
Salienta-se que o tipo subjetivo sugere analisar o ânimo do indivíduo na prática de determinado delito. Isto é, a vontade intrínseca no momento da realização da prática delituosa. Esse se subdivide em dolo ou culpa (JESUS, 2013)[footnoteRef:1]. [1: JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. Editora Saraiva, 2013.] 
Elenca-se de forma horizontal que o dolo, é elemento subjetivo do tipo (intrínseco ao agente); é elemento natural, não normativo.
A culpa é elemento normativo do tipo (intrínseco ao julgador); o juiz é que vai examinar a inobservância do cuidado objetivo necessário.
As teorias que definem o tipo subjetivo podem ser resumidas, conforme Jesus (2013) em teoria naturalista ou causal; teoria social e teoria finalista da ação.
Na teoria naturalista ou causal a conduta é evento natural sem apreciação sobre a sua ilicitude ou reprovabilidade; na teoria social o comportamento deve ser valorado por padrões sociais, não deixa de ser causal, embora com elemento adicional e na teoria finalista da ação a conduta é comportamento humano dirigido a determinada finalidade, portanto o dolo (elemento subjetivo) e a culpa (elemento normativo) integram a conduta, não culpabilidade que abrange apenas o dolo normativo (potencial consciente da ilicitude).
Considerando a teoria própria do dolo menciona-se a teoria da vontade, da representação e da anuência. A teoria da vontade é a vontade de concretizar os elementos do tipo, desejando o resultado; a teoria da representação basta que o agente preveja o resultado e a teoria da anuência exige a ação voluntária, mas basta que o agente assume o risco de produzir o resultado.
A imagem abaixo permite uma visão mais reflexiva sobre a descrição da legislação:
Imagem 01: Teoria da Legislação
Fonte: Adaptado pelo autor
No tocante às excludentes de antijuridicidade ou de ilicitude, essas são fatos que ensejam a absolvição sumária de um indivíduo que, em tese, praticou uma conduta ilícita, ou seja, contrária ao ordenamento jurídico, mas que, por previsão legal, aquela conduta não será punível. 
De acordo com código de processo penal Brasileiro - CPP.[footnoteRef:2]: [2: BRASIL. CPP. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm > acessado em outubro de 2020.] 
Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; [...]
Considerando a colocação acima sobreleva-se que assim não há opção por parte do magistrado, senão absolver o réu, logo que verificado uma causa de excludente de ilicitude. Mas o que seriam causas de excludente de ilicitude? Essa pergunta é respondida pelo código penal Brasileiro, em seu art. 23[footnoteRef:3]: [3: BRASIL. CPB. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm > acessado em outubro de 2020.] 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:  
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
Nestas condições legais, o amparo por qualquer dessas excludentes, exclui o próprio crime e quanto, o estado de necessidade, tem previsão no código penal, mais precisamente no art. 24.
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
Torna-se mister frisar aqui, de acordo com a teoria esboçada, quem tem o dever legal de lidar com o perigo, não pode se socorrer de tal excludente, ou seja, a função do sujeito deve ser exercida de forma legal perante a legislação pois diante de um, responderia, em tese, por todos os atos ilícitosque praticasse na tentativa de escapar dele, uma vez que não pode ser beneficiado por tal excludente. 
2.2. PASSO 2 – ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCO 
Tem-se aqui a análise e gerenciamento de riscos conforme ISO 31000 – Gestão de Riscos[footnoteRef:4], sendo o combate aos riscos, desenvolvido através de experiências. Experiências cuja finalidade preve eventos de risco futuros, e combate através da prevenção (quando possível, pois alguns não são possíveis, como é o caso de força maior), resposta (contrapartida dos gestores do risco em face do risco), e reabilitação (quando não é possível extinguir por completo os danos causados, tem-se essa fase como um remédio pós-crise). [4: BRASIL. ISSO 31000. Disponível em < https://gestravp.files.wordpress.com/2013/06/iso31000-gestc3a3o-de-riscos.pdf > acessado em outubro de 2020.] 
A imagem abaixo permite uma melhor apreciação: 
Imagem 02: Análise e Gerenciamento de riscos
Fonte: adaptado pelo autor.
Torna-se relevante nesta passagem trazer à tona o ciclo PCDA (o significado da sigla são quatro palavras em inglês: Plan Do, Check e Acté) é a ferramenta mais utilizada nos processos de gerenciamento, matriz de riscos, essa metodologia abordada na ISO 31000 como estrutura para um plano de gestão de risco, plano esse que deveria ser realizado pela empresa responsável pela aeronave. 
Para Almeida et al. (p. 15, 2017)[footnoteRef:5] o ciclo é um processo que se renova continuamente, através de fases, as quais estão abaixo delineadas: [5: ALMEIDA, Í. G. M; MONTEIRO, C. G; LEÃO, E. M. S. MONTEIRO, C.G. Análise e gerenciamento de risco. Londrina: Editora e Distribuidora Educaciona l S.A., 2017.] 
	• Plan (plano) - a fase de planejamento. Isto é, a detecção do problema a que se deseja sanar. No caso estudado, trata-se de evitar incêndios. 
	• Fazer (Do) – estágio do planejamento que deixa de ser estratégia e passa para a ação, ou seja, é quando as medidas são implementadas, tecnologias adquiridas, contratações realizadas, enfim, tudo o que está no papel passa para a prática. No caso do museu em questão, sugere-se a utilização de sprinklers, detectores de fumaça e investimento em câmeras com detector de temperatura.
	• Checar (Check) – ponto em que o gestor terá o feedback do trabalho realizado dentro da organização, verificando se todas as medidas estão sendo implementadas corretamente e se estão de acordo com a real necessidade para sanar ou tratar o risco, se houve cumprimento do prazo estabelecido na fase de planejamento. No caso do museu, buscar-se-á fazer checagens rotineiras nos investimentos do passo “Do”.
	• Agir (Act) – última fase do ciclo e após a sua conclusão, o gestor decidirá se encerra o processo ou se necessita retornar para a primeira fase, reestruturando algo que não ficou muito claro ainda. Salienta-se aqui que o que normalmente ocorre, quando relacionado a riscos, é o retorno para a primeira fase e o reinício do ciclo, sendo, assim, um processo interminável que deverá fazer parte do dia a dia da organização. 
Tabela 01:Fases do Ciclo PCDA
Fonte: Almeida, 2017
Contemplando o caso analisado, caso constatada alguma irregularidade no passo anterior ou de havendo novamente o problema que se propôs a sanar, deve se tomar as medidas para superá-lo e, sendo o caso, a depender da gravidade, retorna-se a passo “plan”, ou seja, ocorre uma espécie de retrocesso.
De acordo com Meirelles (2011), especifica-se a existência de metodologias aplicadas para a gestão de riscos voltadas especialmente para análise de riscos, dentre elas o “Método Mosler” que sobreleva no seu planejamento, identificar, analisar e acompanhar a evolução dos fatores que tem potencial para influenciar manifestações de riscos, sendo possível calcular a classe de risco. Abrange não apenas os riscos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS), mas também os riscos do negócio. Há diversas ferramentas para Análise de Risco, porém um problema comum é a subjetividade na avaliação de certas situações, o método de Mosler procura minimizar os aspectos de subjetividade nesta análise. 
O Método Fine visa estabelecer prioridade de acordo com o grau de risco com a limitação econômica, considerando o grau de criticidade, que determina a urgência da tomada de decisão. Tem por finalidade identificar, analisar e acompanhar a evolução dos fatores que podem influenciar a manifestação de algum risco, com a finalidade de calcular a classe de risco. Este método, quando no planejamento, analisa a evolução nas perspectivas quantitativa e qualitativa, enfocando as diversas atividades da organização. Tem que ser aplicado para cada evento e analisado de acordo com a referência e interferência na atividade, tem quatro fases, cada uma depende da anterior para se ter uma visão global do risco. 
Já o “Método Brasiliano” considera o grau de probabilidade para cada evento e cruza tal probabilidade com o impacto no negócio. Seu objetivo é estabelecer prioridade de acordo com o grau de risco com a limitação econômica. É baseado no Grau de Criticidade o qual determina a urgência da tomada de decisão priorizando ou não o tratamento do evento. Sua aplicação deve ser feita quando NÂO há histórico suficiente, mas se tenha noções de impactos financeiros, probabilidade ou frequência de eventos. Esse é o método mais utilizados no Brasil, pois é subjetivo, baseado na ISO 31000 e seus processos estão integrados ao ciclo PDCA, também podendo utilizar o diagrama de Ishikawa ou matriz SWOT (MEIRELES, 2011)[footnoteRef:6]. [6: MEIRELES, N. R. Gestão estratégica do sistema de segurança: conceitos, teorias, processos e prática. 1. ed. São Paulo: Sicurezza, 2011.] 
Imagem 03: Diagrama de Ishikawa
Fonte: Meireles, 2011
2.3 PASSO 3 – PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO
Ao que faz menção à prevenção e ao combate a sinistro, traz-se a teoria de Almeida (2017) referenciando que acidentes envolvendo incêndios são algo que foge do controle humano, marcado pela presença indevida de fogo, que é um fenômeno físico-químico que produz combustão, por uma reação de oxidação com emissão de luz e calor, acompanhado pela fumaça ou chama ou ambos. 
Contemplando a situação geradora de aprendizagem do presente trabalho, frisa-se que os líquidos inflamáveis possuem mecanismo semelhante, ou seja, o líquido, ao ser aquecido, vaporiza-se e mistura-se com o oxigênio, formando a "mistura inflamável" (explosiva) que, na presença de uma pequena chama (fagulha ou centelha) ou em contato com uma superfície aquecida, ignifica-se, gerando a chama na superfície do líquido, a qual aumenta a vaporização e a chama (CARDOSO, 2009)[footnoteRef:7]. [7: CARDOSO, L.M. A necessidade do estudo de segurança contra incêndio para a formação do engenheiro civil. In: ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNASP, 2009, São Paulo. Artigos eletrônicos. São Paulo: UNASP, 2009. Disponível 
em:http://www.unaspec.edu.br/enaic/pdf/Anecessidadedoestudodesegurançacontra incêndio.pdf. Acesso em outubro de 2020
] 
Almeida (2017) alerta que os sinistros ocorridos em edificações, aos quais envolvem muitas vidas, elevado patrimônio e estratégias de resgate, estando o êxito de atuação visceralmente alinhado à adoção pretérita de diversas medidas preventivas, condutas únicas capazes de diminuir os danos e efeitos colaterais causados pelos acidentes e desastres.
É atribuído à norma brasileira fixar as condições mínimas de segurança para saídas de emergência, nela contém exigências de resistência e reação ao fogo é a NBR 9077/1993 – Saídas de emergência em edifícios (ARAÚJO,2014)[footnoteRef:8]. Faz-se esta atribuição, pois a prevenção de incêndios está prevista em lei, é uma medida primordial para preservação de vidas e patrimônios, todavia, sabe-se que há uma grande resistência na utilização. No Brasil ainda insistem em não tomar as devidas precauções e, infelizmente, essas recursas ocorrem pelas pessoas, empresas, construtoras, entre outras. [8: ARAÚJO, S. M. S. Incêndio em edificações históricas: um estudo sobre o risco global de incêndio em cidades tombadas e as suas formas deprevenção, proteção e combate. A metodologia aplicada à cidade de Ouro Preto. Niterói, RJ. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal Fluminense, 2014.
] 
Contemplando a legislação, delimita-se que as medidas de proteção contra o incêndio e pânico podem ser englobadas em duas categorias: Proteção Ativa e Proteção Passiva. 
Segundo a NBR nº 14.4326 (2001) proteção passiva seria um conjunto de medidas incorporado ao sistema construtivo do edifício, apresentando funcionalidade durante o uso normal da edificação, reagindo passivamente ao desenvolvimento do incêndio, evitando condições propícias ao seu crescimento e propagação do fogo, garantindo a resistência ao fogo, facilitando a fuga dos usuários, bem como, aproximação e o ingresso no edifício para o desenvolvimento das ações de combate. A proteção ativa, por sua vez, corresponde contenção aos estímulos provocados pelo fogo na colisão do avião com o barraco (ALMEIDA, 2017).
Referenciando aqui de forma direta o caso em questão, como medidas de prevenção ativa, urge a instalação de extintores suficientes e adequados, utilização de sprinklers, detectores de fumaça e investimento em câmeras com detector de temperatura. E como medidas de prevenção passiva urge a abstenção de bloqueio de saídas e entradas, abstenção de armazenamento dos produtos inflamáveis em local irregular.
2.4. PASSO 4 – DIREITO E LEGISLAÇÃO
Nesta etapa foca-se a questão do direito e legislação em relação ao fato ocorrido, chegando-se assim na premissa de que na administração pública brasileira, há a responsabilidade civil objetiva, de modo que a administração responde pelos fatos em que haja nexo de causalidade entre uma conduta ou omissão por parte da administração pública e o efeito danoso existente entre o fato ocorrido e as consequências dele resultantes.
Pontua-se aqui a aleatoriedade entre responsabilidade objetiva e subjetiva, sendo que a responsabilidade objetiva difere da subjetiva, que é regra no direito privado, pois nessa última, é necessária comprovar dolo ou culpa na conduta danosa. 
Nestes termos, como a responsabilidade é objetiva, o Estado responde pelos danos ocasionados a terceiros, usuários ou não do serviço, pelas condutas danosas, licitas ou ilícitas, de seus funcionários no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, independente de dolo ou culpa, desde que exista nexo causal entre o dano ocasionado e a ação omissiva ou comissiva do agente, na forma do código civil de 2002 (LEI N 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002). 
Considerando que uma eventual demanda judicial conclua pela responsabilidade civil do Estado em indenizar os proprietários dos prédios vizinhos, decorre do fato que o juiz ter concluído pela existência de dano e nexo causal entre a conduta estatal (omissiva ou comissiva) e o dano.
É notório à luz da Legislação que houve conduta omissiva no momento que o Estado não se dispôs a promover medidas de conservação do prédio, bem como de combate a incêndios, devidamente comprovada, sendo este o nexo causal principal entre o evento danoso e a atividade do Estado.
Há de se destacar, ainda, que no Brasil, há adesão a teoria do risco administrativo, admitindo apenas duas excludentes de responsabilidades que são: Caso de culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito e força maior, com exceção nesse último caso, quando há previsibilidade. 
Considerando a hipótese de o Poder Judiciário condenar o poder público em indenizar os proprietários dos prédios vizinhos com base na teoria do risco administrativo, não haverá qualquer excludente de responsabilidade do Estado, sendo esse responsável objetivamente (modalidade de responsabilidade) pelos danos materiais e morais a quem é de direito como é o caso dos vizinhos do prédio. 
2.5. PASSO 5 – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA
Analisa-se doravante os sistemas de informação e segurança, pontuando que nada obstante ter havido grande perda no âmbito do museu, o que sugere possível impossibilidade de identificação do conteúdo perdido, os sistemas de informações e de segurança podem auxiliar nessa identificação, mais precisamente o IPHAN.
Desde sua fundação, em 1937, o Iphan tem constituído e conservado um dos maiores acervos bibliográficos, documentais e iconográficos do Brasil. Esse conjunto é referência nacional e internacional no que se refere à gênese e ao desenvolvimento da cultura brasileira. O Iphan reuniu extenso material histórico entre os anos 1940 e 1960, resultado da ampliação de sua atuação e, nas décadas seguintes, recebeu inúmeras doações de pessoas físicas e jurídicas. A partir de 2011, priorizou-se a digitalização dos acervos e suas condições de guarda e conservação. (IPHAN, 2020)[footnoteRef:9] [9: IPHAN. Acervos e Publicações. Disponível em < http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/617> acessado em outubro de 2020.] 
De acordo com a colocação acima, fazendo-se valer desse banco de dados digital do IPHAN, será possível identificar o que foi perdido durante o incêndio. 
A trajetória da tecnologia tem propiciado melhoras na detecção e combate à incêndios, pois muitas são as ferramentas capazes de auxilias os profissionais gestores de segurança pública, cabendo a este saber qual o melhor meio/instrumento a ser utilizado. 
Para elucidar a colocação anterior usa-se os descritos na NBR 11836 – Detectores automáticos de fumaça para proteção contra incêndio. NBR 13848 – Acionador manual para utilização em sistemas de detecção e alarme de incêndio. NBR 17240 – Sistemas de detecção e alarme de incêndio – projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos e NFPA 72 - National Fire Alarm Code.
Seguindo a evolução do caso analisado pontua-se a importância e necessidade dos detectores automáticos de fumaça, uma vez que seu funcionamento ocorre no momento em que o mesmo detecta fumaça, emitindo um alarme sonoro e, havendo uma medida anti-incêndio, a mesma passaria a vigorar naquele exato momento. Pode-se pensar, também, na utilização de sprinklers e investimento em câmeras com detector de temperatura. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A efetivação do trabalho permite inferir que o modelo gestacional exigido hoje, requer dos seus gestores, gerenciamento eficiente e integralizado nas demais esferas necessárias ao bom andamento da gestão.
Aproximando-se da gestão voltada a segurança pública destacou-se sua relevância, pois sua ausência, impede a projeção de qualquer plano de gestão de riscos, sem, contudo, observar a questão da segurança pública, bem como a obediência a toda a legislação vigente na qual o mesmo deve ser pautado desde o projeto até o momento pós-executório.
Questões melindrosas referentes a vida e ao cuidado da mesma, foram notórias no trabalho, por isto foi observável que as mais variadas ações são objeto de atenção, tais como instalação e observância as normas de segurança interna, como as de incêndio, por exemplo. 
Outro fator relevante constatado refere-se às irregularidades nas normas de segurança as quais podem acarretar, inclusive, responsabilização estatal pelos danos ocorridos a terceiros.
Merece ímpar saliência os planos de restruturação, especialmente daqueles voltados à normas de segurança são grande avanço dada a necessidade de tal atenção, os quais devem se imbuir de novas tecnologias que incorporam sua preocupação com a segurança e com a incolumidade e proteção dos bens mais preciosos do povo.
 
REFERÊNCIAS 
ABNT. NBR 12693. Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Disponível em < http://pcpreventivo.com.br/img/normas/nbr12693-sistemasdeproteoporextintoresdenopw-120613141221-phpapp01.pdf > acesso em outubro de 2020. 
ALMEIDA, Í. G. M; MONTEIRO, C. G; LEÃO, E. M. S. MONTEIRO, C.G. Análise e gerenciamento de risco. Londrina: Editora e Distribuidora Educaciona l S.A., 2017.
ARAÚJO, S. M. S. Incêndio em edificações históricas: um estudo sobre o risco global de incêndioem cidades tombadas e as suas formas de prevenção, proteção e combate. A metodologia aplicada à cidade de Ouro Preto. Niterói, RJ. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal Fluminense, 2014
BRASIL. CPP. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689Compilado.htm > acessado em outubro de 2020.
______. CPB. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm > acessado em outubro de 2020.
________. ISSO 31000. Disponível em < https://gestravp.files.wordpress.com/2013/06/iso31000-gestc3a3o-de-riscos.pdf > acessado em outubro de 2020.
CARDOSO, L.M. A necessidade do estudo de segurança contra incêndio para a formação do engenheiro civil. In: ENCONTRO ANUAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNASP, 2009, São Paulo. Artigos eletrônicos. São Paulo: UNASP, 2009. Disponível 
em:http://www.unaspec.edu.br/enaic/pdf/Anecessidadedoestudodesegurançacontra incêndio.pdf. Acesso em outubro de 2020
IPHAN. Acervos e Publicações. Disponível em < http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/617> acessado em outubro de 2020.
JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. Editora Saraiva, 2013.
JUS BRASIL. Causas excludentes da responsabilidade civil. Disponível em. < https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/247386/causas-excludentes-da-responsabilidade-civil > acesso em outubro de 2020.
MEIRELES, N. R. Gestão estratégica do sistema de segurança: conceitos, teorias, processos e prática. 1. ed. São Paulo: Sicurezza, 2011.

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