Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves PRIMEIRA REPÚBLICA NO BRASIL (1889–1930) A Primeira República no Brasil vai desde 1889 (com derrubada de D. Pedro II e a ascensão de Deodoro da Fonseca) até a Revolução de 1930 (movimento que derruba Washington Luís, impede a posse de Júlio Prestes e leva a subida de Getúlio Vargas ao poder). Como essa disciplina abarca desde a Era Vargas até o Governo Dilma Rousseff, vamos tratar de forma breve sobre a Primeira República, somente para introduzir os conteúdos necessários para compreensão da Revolução de 30 e a ascensão de Vargas à presidência, porém, sem sermos superficiais demais. A Primeira república é dividida em dois momentos: A República das Espadas (1889-1894) e República Oligárquica (1894-1930). A primeira diz respeito ao momento de transição quando D. Pedro II é derrubado do poder e assume Deodoro da Fonseca e em seguida Floriano Peixoto, ambos militares. Esse momento, apesar de alguns eventos conturbados, é mais uma transição que consolida a república no Brasil para, em seguida, assumirem os civis. Prudente de Moraes será o primeiro presidente não militar a assumir. Vale lembrar que existiam três principais projetos de república para o Brasil naquele momento: O modelo defendido pelos Jacobitas, o modelo defendido pelos Positivistas e o modelo defendido pelos Liberais. Ascende o modelo liberal que concede mais autonomia aos estados. O segundo momento (A República Oligárquica) diz respeito ao período em que os civis assumem o poder. Esses civis são ligados ao principal produto de exportação, o café. O nome República Oligárquica é empregado devido ao controle exercido pelas oligarquias cafeeiras no cenário político nacional. Nesse sentido, precisamos destacar a influência das duas principais oligarquias: A paulista (exercida através do Partido Republicano Paulista – PRP) e mineira (exercida através do Partido Republicano Mineiro – PRM). Essas duas forças vão se unir para poder controlar a política nacional. Lembrando que no modelo republicano é preciso fazer acordos para ter governabilidade, uma vez que o presidente não consegue exercer o poder sem apoio no congresso. Essa união entre São Paulo e Minas Gerais vai gerar o que foi chamado de Política do Café com Leite. Esse nome deriva do fato de São Paulo ser um grande produtor de café e Minas Gerais ter entre seus produtos o leite. Mas não devemos esquecer que o principal produto para ambos os estados é o café. Apesar de Minas ter uma economia mais diversificada, são os produtores ligados ao café em Minas que vão exercer o poder e a influência nesse momento. Outra característica política desse momento é a chamada Política dos Estados ou Política dos Governadores. Nesse arranjo, existia uma grande troca de favores, desde o Presidente, passando pelos governadores e prefeitos até envolver os coronéis. O coronel, essa figura emblemática da política nacional, é o grande latifundiário, que exercia forte influência econômica nas municipalidades. Através dessa influência associada ao voto que não era secreto, permitiu que a Primeira República fosse uma alternância de paulistas e mineiros no poder através de um arranjo envolvendo esses personagens. Nesse momento apenas homens maiores de 21 anos e alfabetizados poderiam votar. Contudo, essa característica era de uma minoria da população do período. Assim sendo, era comum que os coronéis contratassem professores(as) para ensinar as pessoas sob sua influência a escrever o próprio nome. Podendo assim, votar. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves IMAGEM 01 – Caricatura de Afonso Pena publicada em O Malho retratando alguns políticos da época. Fonte: SINDSEP- PE. Disponível em https://www.sindsep-pe.com.br/artigos-detalhe/republica-velha-continuidade-ou-ruptura/4740#.X-i- xh7PxPY Acesso em 27 de dezembro de 2020. Na área econômica já foi mencionado que o café era o principal produto de exportação desse período. São os grandes produtores de café que vão controlar a política e incentivar a produção. Lembrando que boa parte da safra era destinada ao mercado externo. Essa informação será muito importante para compreender a crise que levou ao fim da Primeira República. É importante notar que apesar de ser um governo Liberal, o Estado vai intervir diversas vezes para garantir o lucro dos cafeicultores. Vale lembrar do Convênio de Taubaté, realizado em 1906. Contudo, o café não era o único produto da economia brasileira. Devemos destacar o surgimento da indústria, ainda muito ligada aos produtos cafeeiros. Lembrando que com Vargas vamos ter o primeiro momento em que o Estado vai exercer uma política de incentivo industrial, mas o surgimento da mesma é anterior ao referido presidente. Além disso, devemos destacar mais um produto, a borracha. Produto que vai estar ligado a todo um ciclo econômico associado a região norte do Brasil. Em termos sociais, esse período é marcado pela forte exclusão da população da política nacional. Nesse sentido, eclodem diversos movimentos de questionamento e revolta contra o sistema estabelecido, contra a fome, desigualdade, violência policial, medo ou mesmo por fanatismo religioso. Podemos dividir os movimentos sociais desse momento em Urbano e Rurais. Com relação aos movimentos urbanos, podemos destacar: A Revolta da Vacina (1904), Revolta da Chibata (1910) e Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922). Com relação aos movimentos rurais, podemos destacar A Guerra da Canudos (1896-97), Guerra do Contestado (1912-16), Revolta de Juazeiro (1914) e o Cangaço. https://www.sindsep-pe.com.br/artigos-detalhe/republica-velha-continuidade-ou-ruptura/4740#.X-i-xh7PxPY https://www.sindsep-pe.com.br/artigos-detalhe/republica-velha-continuidade-ou-ruptura/4740#.X-i-xh7PxPY CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves IMAGEM 02 – Prisioneiros da Guerra de Canudos. Canudos foi um dos movimentos sociais rurais do período da primeira República. Fonte: Multirio. Disponível em http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11514-a- guerra-de-canudos Acesso em 27 de dezembro de 2020. Por fim, devemos destacar os fatores que levaram ao fim da Primeira República. Apesar de toda a importância de movimentos como A Semana de Arte Moderna em 22, A Revolta dos 18 do Forte também em 1922 e a Coluna Prestes, as principais causas do fim da Primeira República estão ligadas a crise interna e a cisão entre as oligarquias mineiras e paulista após a Crise de 1929. A referida crise levou a queda dos preços do café nos mercados internacionais causando problemas para os cafeicultores brasileiros. Como o preço do produto era garantido pelo governo, muitos produtores pegaram empréstimos a juros altos para fazer suas plantações. Washington Luís, então presidente, ao invés de indicar um mineiro, indica Júlio Prestes que era paulista para a presidência da república. Acreditando que esse era a melhor opção para dar continuidade na política estabelecida até então. Essa indicação leva a cisão entre SP e MG, relação que sempre foi conturbada. Os mineiros vão se aproximar de outras oligarquias e lançar a chamada Aliança Liberal com Getúlio Vargas para presidente e João Pessoa para vice. Apesar de tudo, quem realmente ganha a eleição é Júlio Prestes, o candidato paulista. Nesse cenário, a morte de João Pessoa, que não tem relação com o cenário político nacional, mas sim uma série de desavenças pessoais e políticas internas, será utilizada pela aliança liberal para dar força ao movimento. Nesse sentido, a Revoluçãovai eclodir em diversas localidades, os tenentes participam por compactuarem com alguns pontos defendidos pela Aliança Liberal. Washington Luís será deposto e Júlio Prestes será impedido de assumir. Uma junta provisória permanece no poder até que Getúlio Vargas chega para assumir. Este é o fim da Primeira República Brasileira e o Início da Era Vargas. “Getúlio Vargas deslocou-se de trem a São Paulo e daí seguiu para o Rio, onde chegou precedido por três mil soldados gaúchos. O homem que, no comando da nação, iria insistir no tema da unidade nacional, fez questão de transparecer, naquele momento, seus traços regionais. Desembarcou na capital da República em uniforme militar, ostento um grande chapéu dos pampas. (...) A posse de Getúlio Vargas na presidência, a 3 de novembro de 1930, marcou o fim da Primeira República e o início de novos tempos, naquela altura, ainda mal definidos”. (FAUSTO, 2006, p. 325) http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11514-a-guerra-de-canudos http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11514-a-guerra-de-canudos CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves INTRODUÇÃO À ERA VARGAS (1930-1945) A Era Vargas é um dos momentos mais conhecidos da história brasileira e um dos presidentes mais comentados ainda nos dias de hoje. Tanto que Fernando Henrique Cardoso disse em 1995 que a Lei de Concessões marcava o fim da Era Vargas. Mesmo muitos anos depois, Getúlio ainda é sempre relembrado e citado de diversas formas. Vamos tentar, nessa etapa, entender um pouco desse momento em que Vargas chega ao poder e as medidas que tomou, os acontecimentos que marcaram seu governo e porque Getúlio é um dos presidentes mais comentados ainda hoje. IMAGEM 03 – Foto oficial de Getúlio Dornelles Vargas como presidente do Brasil. Fonte: Planalto. Disponível em https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/getulio-dornelles-vargas/view Acesso em 27 de novembro de 2020. Didaticamente podemos dividir a Era Vargas em três momentos distintos: O Governo Provisório, o Governo Constitucional e a Ditadura do Estado Novo. O Governo Provisório (1930-1934) diz respeito ao primeiro momento logo após a Revolução de 1930, onde Vargas deveria reorganizar o cenário político, formar uma Assembleia Constituinte e fazer uma transição de poder. O Governo Constitucional (1934-1937) é o período no qual Getúlio governa regido por uma constituição, a de 1934, no qual seus movimentos são mais limitados. Esse governo deveria se estender até 1938, quando não poderia haver uma reeleição. A Ditadura do Estado Novo (1937-1945) é o período no qual Vargas governa como ditador. Vai desde o golpe em 1937, sob pretexto do falso Plano Cohen, até a deposição de Getúlio pelo exercito e as eleições que colocam Dutra no poder. https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/getulio-dornelles-vargas/view CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves O GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934) O Governo Provisório vai desde a subida de Vargas ao poder com a vitória da Aliança Liberal na Revolução de 1930 até a promulgação da Constituição de 1934 e o início do Governo Constitucional de Getúlio após sua eleição indireta. Esse período inicial é marcado pela centralização do poder no executivo através da figura de Vargas, as diversas medidas que visam enfraquecer a oligarquia paulista que controlou o cenário político por quase toda a Primeira república, as primeiras leis trabalhistas e as mudanças eleitorais, entre outras características que serão tratadas adiante. Assim que assume a presidência, Getúlio tomou algumas medidas que visavam centralizar o poder no executivo e em sua figura. Dentre as atitudes tomadas nesse sentido, podemos citar três principais: A dissolução do legislativo e fechamento do Congresso, a dissolução das Assembleias Estaduais e Municipais e a destituição de todos os Presidentes de Estados (equivalente aos governadores) e sua substituição por Interventores nomeados e do círculo pessoal e de confiança de Vargas. Getúlio criou ainda o primeiro código eleitoral, tomando algumas medidas modernizantes e que visavam acabar com o arranjo eleitoral utilizado na Primeira República. Nesse sentido, esse conjunto de leis, bastante moderno para a época, determinava o voto secreto, a criação da justiça eleitoral e a extensão do direito de votar e ser votada às mulheres. A primeira medida combatia a fraude eleitoral muito utilizada na política dos governadores. Com o voto secreto não era possível aos coronéis saber quem votou ou não nas suas recomendações, assim era difícil haver retaliações para aqueles que não obedecessem. A criação da Justiça Eleitoral opera no mesmo sentido, através da criação de um órgão a parte do jogo político para tratar dos assuntos eleitorais. Em termos econômicos, Vargas continua com a política de valorização do café. Apesar de discordar em diversos pontos, Getúlio precisava tomar tais medidas, tendo em vista os efeitos causados pela Crise de 1929. A principal atitude nesse sentido era a compra de café nacional e a queima das sacas como uma forma de controlar o preço do produto no cenário externo, impedindo uma queda extremamente brusca dos preços. Lembrando que a Crise de 1929 revelou uma crise de superprodução desse produto no Brasil. Nesse sentido, era preciso reduzir a oferta para equilibrar com a redução da demanda e controlar o preço. Apesar de parecer irracional queimar o café, essa medida era necessária e tinha sim fundamentos racionais. Interessante notar, com relação ao café, a criação do Conselho Nacional do Café em 1931. Essa medida de Getúlio visa passar o controle da produção, dos preços e do café de uma forma geral das oligarquias paulistas para o governo federal. Na teoria, o objetivo do Conselho era superar os efeitos da crise de superprodução de café instaurada após o crash da Bolsa de Valores de New York no ano de 1929 e a queda nos preços do grão no mercado internacional. Todas essas medidas de Getúlio podem ser vistas como uma forma de centralizar o poder no executivo e em sua figura. Uma preocupação de Vargas era com a oligarquia paulista que possuía muito poder durante a Primeira República. Nesse sentido, existe uma transição de poder, das oligarquias cafeeiras paulistas para o próprio Getúlio Vargas. As medidas mencionadas acima operam com essa intenção. Claro que não podemos entender as atitudes de Vargas nesse momento apenas CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves com a intenção de tirar poder dos paulistas. A intenção era resolver os problemas do período, mas com essa transição de poderes. Lembrando que as oligarquias não desaparecem em 1930, elas continuam existindo e exercendo sua influência e poder de forma local e as vezes regional. A mudança significativa diz respeito ao cenário nacional, onde elas perdem influência e poder. Nesse momento Vargas tomas as primeiras medidas trabalhistas que serão destaque de seu governo e lembradas até hoje. Vale destacar que essas medidas contemplam apenas o trabalhador urbano. Era muito difícil e problemático se envolver com as relações trabalhistas rurais e Getúlio sabia disso, por isso prefere não se envolver. Além disso, Vargas mantém os sindicatos sob tutela do Estado e combate qualquer tentativa de sindicalização que fuja ao seu controle, sobretudo aquelas de cunho comunista/socialista. Se inicia aqui uma longa e intensa relação entre Getúlio e uma das suas principaisbases de apoio ao longo dos próximos anos, a classe trabalhadora. “O enquadramento dos sindicatos foi estabelecido pelo Decreto n 19 770 de 19 de março de 1931, que dispunha sobre a sindicalização das classes operárias e patronais, mas eram as primeiras o foco de interesse. O sindicato foi definido como órgão consultivo e de colaboração com o poder público. Adotou- se o princípio da unidade sindical, ou seja, do reconhecimento pelo Estado de um único sindicato por categoria profissional.” (FAUSTO, 2006, p. 335) Vale lembrar que os paulistas foram os mais prejudicados com a Revolução de 1930. Tiveram um presidente paulista deposto (Washington Luís), seu presidente eleito (Júlio Prestes) não pode assumir, perdeu o controle sobre os preços do café com a criação do Conselho Nacional do Café, entre outros fatores. Todos esses pontos causavam grande insatisfação no Estado de São Paulo. Além disso, Vargas nomeou interventores não paulistas para o controle de São Paulo e seu governo que era para ser provisório estava se alongando muito. Vargas no começo de 1932 ainda não dava sinais de que convocaria uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição. Dado o contexto descrito, os paulistas organizaram um movimento que ficou conhecido como a Revolução Constitucionalista de 1932. O Estado de São Paulo se organizou militarmente para lutar contra o governo central. A pauta principal defendida era a necessidade de uma nova constituição para o Brasil. Contudo, não podemos negar que o objetivo central era a possibilidade de retorno dos paulistas ao poder através de novas eleições. SP consegue apoio popular, de industriais paulistas e de algumas personalidades ricas que contribuem para a organização do movimento. Contudo, o esperado apoio de MG e RS não ocorreu e os paulistas acabam derrotados no mesmo ano de 1932. Os principais focos de guerra ficam restritos em São Paulo, onde, vale lembrar, o apoio à revolução não era unânime. Além disso devemos destacar: “(...) a superioridade governista era evidente. No setor sul as forças do exército contavam com 18 mil homens, além da Brigada Gaúcha e outros contingentes menores. Os paulistas não passavam de 8500 homens. As forças federais contavam ainda com munição suficiente e artilharia pesada, contrastando com a precariedade dos meios à disposição dos revolucionários. No ar, os paulistas perdiam nitidamente para a aviação do governo federal.” (FAUSTO, 2006, p. 350) Apesar de sair vitorioso, Getúlio Vargas sabia da importância do Estado de São Paulo para o cenário nacional e a própria economia. Assim sendo, ele senta a mesa com os revolucionários e negocia diversos termos. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves Vargas vai punir diversos rebeldes envolvidos nos movimentos de 1932, incluindo militares de patente. Porém, vai nomear um interventor civil e paulista para o estado de São Paulo, vai assumir as dívidas de guerra geradas com o Revolução Constitucionalista e assume o compromisso de organizar uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova constituição para o Brasil. Esse documento fica pronto em 14 de julho de 1934. O modelo inspirador foi a Constituição de Weimar, documento alemão que vigorou após a Primeira Grande Guerra Mundial. A constituição era bastante moderna para o período e limitava os poderes do executivo, uma vez que esse ponto foi um dos mais discutidos devido ao Governo Provisório. Contudo, esse documento vai durar muito pouco, já que em 37 com o golpe do Estado Novo, a mesma será revogada. A mesma Assembleia Constituinte elege Getúlio Vargas para ser o presidente do Brasil de 1934 até 1938, não podendo haver reeleição. Este é o fim do Governo Provisório e o Início do Governo Constitucional. IMAGEM 04 – Voluntários paulistas durante a Revolução Constitucionalista de 1932 — Foto: Arquivo/1932 Frente Leste. Fonte: G1. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/inspirado-nos-avos-pesquisador-escreve-livro- sobre-as-batalhas-da-revolucao-constitucionalista-de-1932.ghtml Acesso em 28 de dezembro de 2020. https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/inspirado-nos-avos-pesquisador-escreve-livro-sobre-as-batalhas-da-revolucao-constitucionalista-de-1932.ghtml https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/inspirado-nos-avos-pesquisador-escreve-livro-sobre-as-batalhas-da-revolucao-constitucionalista-de-1932.ghtml CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves O GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937) O Governo Constitucional de Vargas vai de 1934 com a promulgação da Constituição e a eleição indireta de Getúlio até o Golpe do Estado Novo no ano de 1937 sob pretexto do falso Plano Cohen. Esse período é marcado pela constitucionalização e restrição das medidas de Vargas. Uma vez que agora existia um documento legal que limitava os poderes do Executivo. Além disso, esse período também é relevante devido a polarização política entre integralistas e comunistas e as tentativas de golpe por parte dos dois grupos. Inicialmente é preciso destacar a Constituição de 1934, documento extremamente moderno para a época, mas que terá uma vida extremamente curta, uma vez que será substituída pela Constituição Outorgada de 1937 na Ditadura do Estado Novo. Esse documento procurou limitar os poderes do executivo, já que essa concentração foi muito criticada nos anos do Governo Provisório. Nesse sentido, três determinações da Constituição são importantes: O Executivo estava submetido a fiscalização do Legislativo; O presidente não poderia decretar o fechamento do Congresso; e o mandato presidencial passava a ser de quatro anos, sem reeleição. Em termos políticos, esse período é marcado por uma forte polarização política que refletia muito do cenário externo nesse mesmo momento. No Brasil, esse radicalismo está presente em dois grupos opostos. Em primeiro lugar, a Ação Integralista Brasileira (AIB) de cunho fascista e com inspiração no fascismo italiano. Acreditava que era necessário um líder forte para conduzir o país, eram contra o comunismo e o liberalismo econômico. Seu principal líder era Plínio Salgado. IMAGEM 05 – Alguns membros da Ação Integralista Brasileira posam ao lado da bandeira. Fonte: Toda Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/acao-integralista-brasileira/ Acesso em 29 de dezembro de 2020. https://www.todamateria.com.br/acao-integralista-brasileira/ CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves De outro lado, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) de cunho comunista, com inspiração no stalinismo soviético. O principal líder era Luís Carlos Prestes. Prestes foi muito importante no Movimento dos 18 do Forte e na Coluna Prestes, eventos já mencionados nesse resumo, quando foram citados os movimentos sociais ocorridos na Primeira República. Tanto a AIB como a ANL vão realizar movimentos para tomada do poder no Brasil. Em 1935 a ANL tenta a chamada Intentona Comunista e, em 1938, a AIB tenta a chamada Intentona Integralista. Notem que a segunda ocorre já no Estado Novo e não no Governo Constitucional que é o foco dessa parte do resumo. No entanto, a Intentona Comunista é a mais comentada, talvez devido as consequências que esse movimento teve para o cenário nacional. Consequências muito maiores que aquelas deixadas pela Intentona Integralista. Por conta disso, vamos tratar apenas dos movimentos organizados pela ANL nesse texto. A Movimento comunista realizado em 1935 fracassou por diversos motivos. Muito semelhante ao levante tenentista da década de 20, essa insurreição foiincentivada pela Internacional Comunista que não compreendeu bem o cenário político brasileiro desse período. Não havia um clima pré- revolucionário no país e a própria base trabalhadora não apoiaria um golpe comunista nesse momento, já que com Getúlio Vargas, muitas conquistas legais favoráveis aos trabalhadores foram conquistadas. Os envolvidos foram duramente punidos por Vargas. Ocorreram prisões, tortura e exílio. Getúlio aproveitou esse movimento e explorou o medo do comunismo na sociedade brasileira para centralizar novamente o poder na sua figura. Vargas governou o Brasil em Estado de Guerra a partir de 1936, aprovou a Lei de Segurança Nacional e estabeleceu o Tribunal de Segurança Nacional. Para se ter uma breve ideia, qualquer cidadão suspeito de conspirar contra a ordem política e social do Brasil poderia ser preso. Em 1937 já se aproximavam as eleições que deveriam ser realizadas no ano seguinte. Já nesse ano se desenhavam as relações políticas e os candidatos apareciam. Os três principais eram Armando Salles, José Américo e Plínio Salgado. O primeiro era a maior ameaça para Vargas, uma vez que sua vitória representava o retorno da Oligarquia Paulista ao poder. Lembrando que Getúlio, pela constituição de 1934 não poderia se reeleger. Vargas, mais uma vez explorando o medo do comunismo, vai apresentar para a nação, no ano de 1937, o Plano Cohen. Esse documento descrevia de forma detalhada os passos a serem tomados em um plano comunista que já estaria em curso no Brasil. Na verdade, esse plano era falso, o mesmo foi redigido por Olímpio Mourão, integralista, que escreveu o plano para simular como os integralistas reagiriam em um possível golpe comunista. De fato, não havia no Brasil daquele período qualquer golpe em curso. Basta lembrar que Getúlio reprimiu esses grupos ao longo de todo o seu governo. Com o medo disseminado, Vargas vai aplicar o Golpe do Estado Novo e estabelecer um governo ditatorial. A Constituição de 1934 vai ser revogada e a Constituição de 1937 vai ser outorgada. Esse evento marca o fim do Governo Constitucional e o início da Ditadura do Estado Novo. Vargas aplicava um golpe em si mesmo, o que o faria ficar no poder até o ano 1945. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves A DITADURA DO ESTADO NOVO (1937-1945) A Ditadura do Estado Novo vai desde o Golpe Aplicado por Getúlio em si mesmo e a anulação da Constituição de 34 e a outorga da Constituição de 1937 até a deposição de Vargas pelo exercito e a realização de eleições em 1945. Nesse período, Getúlio governa o país de forma autoritária e centralizada. Vale destacar que Vargas não aplica o golpe sozinho. Era preciso o apoio de outros grupos para que pudesse se manter no poder. Nesse sentido, Getúlio tinha o apoio do exercito e da burguesia industrial que, assim como ele, não queria o retorno da Oligarquia Paulista ao poder. Lembrando que esse foi um dos principais motivos para a realização do Golpe, pois essa possibilidade já se desenhava com a candidatura de Armando Salles para a presidência do país nas eleições que seriam realizadas em 1938. Como já mencionado nesse resumo, a Constituição de 34 era bastante moderna para a época, porém durou muito pouco. A nova Constituição, por outro lado, era bastante autoritária. Só para ter uma breve ideia, esse documento permitia que Getúlio: governasse o Brasil em estado de sítio, nomear interventores para substituir os governadores, dissolver as Assembleias estaduais e municipais e, sobretudo, governar através de decretos-leis. Lembrando que quando deu o golpe, Vargas fechou o Congresso. Um ponto muito importante desse período é a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Vargas tinha o apoio do exercito e da burguesia industrial que foram a base para a realização do golpe, porém, era preciso obter o apoio das massas. As ditaduras não sobrevivem por longos períodos sem esse apoio. Assim sendo, o DIP foi criado nesse sentido. Esse órgão tinha diversas atribuições, as principais eram: realizar a censura da imprensa e da produção cultural nacional, fazer a propaganda oficial do governo (destacando os bons feitos e exaltação a grandiosidade do Governo Vargas), organizar e promover eventos públicos para enaltecer o governo e mobilizar artistas e intelectuais em favor do regime. Em termos sociais, Vargas vai estabelecer de vez o controle sobre os sindicatos. Nesse sentido, esses órgãos passam a ser controlados pelo Governo. Além disso, o Estado passa a fazer a tutela dos conflitos entre patrões e funcionários com o intuito de fazer com que essa relação seja mais harmoniosa. Getúlio determina ainda o salário mínimo para o trabalhador urbano. Valor que, nesse momento, tem um poder aquisitivo considerável, mas que vai se perder ao longo dos anos seguintes devido a inflação. E, por fim, merece destaque a Consolidação das Leis do Trabalho em 1943, talvez o feito mais famoso de Getúlio e que vigora ainda hoje. Lembrando que Vargas não cria a CLT do zero, mas sim reúne uma série de leis e práticas que já ocorriam no Brasil, além de implementação de novos instrumentos legais de proteção ao trabalhador. A inspiração para esse documento veio da Carta del Lavoro, vigente então na Itália Fascista. Tais medidas associadas a propaganda do DIP criam a imagem de Vargas como o Pai dos Pobres, protetor dos trabalhadores. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves IMAGEM 06 – Cartaz produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) durante a vigência do Estado Novo. Lembrando que era função do DIP a organização e realização de eventos públicos, bem como a exaltação da figura do presidente. Esse cartaz representa bem essas duas atribuições. Fonte: Memorial da Democracia. Disponível em: http://memorialdademocracia.com.br/card/getulio-cria-o-departamento-de-imprensa-e-propaganda Acesso em 29 de dezembro de 2020. Um ponto decisivo para o Estado Novo foi a sua Política Externa. Vargas inicialmente manteve a negociação com os países Aliados e com os países do Eixo (Segunda Grande Guerra Mundial). Porém, cada vez mais era pressionado pelos Estados Unidos da América (EUA) para tomarem uma posição no conflito. Essa posição era duvidosa, pois apesar de toda a aproximação com os estadunidenses, o Governo Vargas tinha características que o aproximavam dos Governos Totalitários da Europa. Com a entrada dos americanos no conflito, o Brasil se posiciona a favor dos Aliados, rompe relações com alemães e italianos, organiza a Força Expedicionária Brasileira e vai a guerra. Essa participação será decisiva para a queda do Estado Novo. “Os problemas do regime resultaram mais da inserção do Brasil no quadro das relações internacionais do que das condições políticas internas do país. Essa inserção impulsionou as oposições e abriu caminho as divergências no interior do governo. Após a entrada do Brasil na guerra e os preparativos para enviar a FEB à Itália, personalidades da oposição começaram a explorar a contradição existente entre o apoio do Brasil às democracias e a Ditadura de Vargas. A primeira manifestação ostensiva nesse sentido foi o Manifesto dos Mineiros, datado de 24 de outubro de 1943. Não por acaso a data comemorava a vitória da Revolução de 1930.” (FAUSTO, 2006, p. 383) http://memorialdademocracia.com.br/card/getulio-cria-o-departamento-de-imprensa-e-propaganda CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre Alves Nesse sentido, podemos dizer que a participação na guerra esgota o Estado Novo. Isso fica evidente nas medidas de afrouxamentojá nos anos finais do Estado Novo. Entre tais medidas podemos citar: A anistia concedida aos presos, condenados e exilados políticos, a permissão para criação de partidos políticos e a organização das eleições de 1945. Com relação aos partidos políticos, três são os principais: o PSD, o PTB e a UDN. Com a convocação das eleições, surge um movimento espontâneo por parte da população que foi o Queremismo. Esse movimento popular queria eleições com Getúlio Vargas concorrendo. Vargas vai explorar esse movimento em seu favor, porém a repercussão para ele foi mais negativa do que positiva. Isso porque, o exército e a burguesia industrial que foram a base de apoio para o Golpe do Estado Novo receberam muito mal esse movimento. Tais grupos tinham muito medo de um governo varguista apoiado nas classes trabalhadoras. Com isso, o exército vai se organizar e depor Getúlio. Uma junta provisória assume apenas para fazer a transição democrática e realizar as eleições no mesmo ano de 1945. As eleições, marcantes em nossa história devido o retorno a democracia, elegem o General Eurico Gaspar Dutra (PSD) para presidente. É o fim do Estado Novo. Vargas deixa o poder depois de 15 anos e o Brasil voltaria a viver uma democracia. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre A. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABI-RAMIA, Jeanne. A Guerra de Canudos; Multirio. Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11514-a-guerra-de-canudos Acesso em 27 de no dezembro de 2020. AMARAL, Roberto. O Constitucionalismo da Era Vargas. Revista de Informação Legislativa, Brasília, v.41, n.143, p. 85-92. Julho-Setembro, 2004. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/979/R163-05.pdf?sequence=4 Acesso em 29 de dezembro de 2020. FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006. FERNANDES, Cláudio. Política do Café com Leite; Brasil ESCOLA. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/politica-cafe-com-leite.htm Acesso em 27 de dezembro de 2020. FHC diz que lei é 'fim da era Vargas'. Folha de São Paulo, 1995. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/2/14/brasil/26.html Acesso em 28 de dezembro de 2020. GOVERNO FEDERAL. Planalto, 2012. Getúlio Dornelles Vargas. Disponível em: https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/getulio- dornelles-vargas/view Acesso em 28 de dezembro de 2020. MELO, Régis. Inspirado nos avós, pesquisador escreve livro sobre as batalhas da Revolução Constitucionalista de 1932. G1 Campinas e Região, 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/inspirado-nos-avos-pesquisador-escreve-livro-sobre- as-batalhas-da-revolucao-constitucionalista-de-1932.ghtml Acesso em 28 de dezembro de 2020. MEMORIAL DA DEMOCRACIA. Site Memorial da Democracia, 2020. DIP controla toda a informação no país. Disponível em: http://memorialdademocracia.com.br/card/getulio-cria-o-departamento-de- imprensa-e-propaganda Acesso em 29 de dezembro de 2020. NEVES, Daniel. Era Vargas; Brasil ESCOLA. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/era-vargas.htm Acesso em 27 de dezembro de 2020. NEVES, Daniel. Revoltas na República Velha; Brasil ESCOLA. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/rebelioes-na-republica- velha.htm#:~:text=depois%20da%20publicidade%20%3B)- ,Resumo,Vacina%20e%20Revolta%20da%20Chibata. Acesso em 27 de novembro de 2020. SOUSA, Rainer. AIB, ANL e a Questão Nacional. Brasil ESCOLA. Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/aib-anl-questao-nacional.htm Acesso em 28 de dezembro de 2020. http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/artigos/11514-a-guerra-de-canudos https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/979/R163-05.pdf?sequence=4 https://brasilescola.uol.com.br/historiab/politica-cafe-com-leite.htm https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/2/14/brasil/26.html https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/getulio-dornelles-vargas/view https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/acervo/galeria-de-presidentes/getulio-dornelles-vargas/view https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/inspirado-nos-avos-pesquisador-escreve-livro-sobre-as-batalhas-da-revolucao-constitucionalista-de-1932.ghtml https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/inspirado-nos-avos-pesquisador-escreve-livro-sobre-as-batalhas-da-revolucao-constitucionalista-de-1932.ghtml http://memorialdademocracia.com.br/card/getulio-cria-o-departamento-de-imprensa-e-propaganda http://memorialdademocracia.com.br/card/getulio-cria-o-departamento-de-imprensa-e-propaganda https://brasilescola.uol.com.br/historiab/era-vargas.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiab/rebelioes-na-republica-velha.htm#:~:text=depois%20da%20publicidade%20%3B)-,Resumo,Vacina%20e%20Revolta%20da%20Chibata https://brasilescola.uol.com.br/historiab/rebelioes-na-republica-velha.htm#:~:text=depois%20da%20publicidade%20%3B)-,Resumo,Vacina%20e%20Revolta%20da%20Chibata https://brasilescola.uol.com.br/historiab/rebelioes-na-republica-velha.htm#:~:text=depois%20da%20publicidade%20%3B)-,Resumo,Vacina%20e%20Revolta%20da%20Chibata https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/aib-anl-questao-nacional.htm CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO RESUMO 01 – REVOLUÇÃO DE 30 E ERA VARGAS 1930 A 1945 Alexandre A. SOUZA, Jessé. República Velha: continuidade ou ruptura?; SINDSEP-PE. Disponível em: https://www.sindsep-pe.com.br/artigos-detalhe/republica-velha-continuidade-ou-ruptura/4740#.X- kqYR7PxPa Acesso em 27 de novembro de 2020. PINTO, Tales dos Santos. Convênio de Taubaté e a política de valorização do café; Brasil ESCOLA. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/convenio-taubate.htm Acesso em 27 de dezembro de 2020. POUBEL, Mayra. Conselho Nacional do Café; InfoEscola. Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/conselho-nacional-do-cafe/ Acesso em 28 de dezembro de 2020. https://www.sindsep-pe.com.br/artigos-detalhe/republica-velha-continuidade-ou-ruptura/4740#.X-kqYR7PxPa https://www.sindsep-pe.com.br/artigos-detalhe/republica-velha-continuidade-ou-ruptura/4740#.X-kqYR7PxPa https://brasilescola.uol.com.br/historiab/convenio-taubate.htm https://www.infoescola.com/historia/conselho-nacional-do-cafe/
Compartilhar