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CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. QUESTÃO 01 Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2018 - UECE - Vestibular - Primeiro Semestre Há 50 anos, em 13 de dezembro de 1968, o regime militar, então sob governo do general Costa e Silva, baixou o Ato Institucional nº 5. O AI-5, como ficou conhecido, vigorou por 10 anos, até dezembro de 1978, sendo a expressão mais clara da ditadura militar brasileira, e resultou: A. na cassação de deputados, prefeitos e vereadores de oposição ao governo e na decretação de recesso do Congresso Federal, como demonstração de intolerância dos militares em um momento de grande polarização ideológica. B. na intervenção no Congresso Federal, contudo ficaram preservadas a autonomia dos estados e municípios, o direito à livre expressão e a plena garantia do direito ao habeas-corpus. C. no aumento da popularidade do regime militar e na ampliação das garantias constitucionais e dos direitos individuais e sociais, que não foram alterados em nenhum aspecto com a publicação do AI-5. D. na criação de um sistema político único, baseado no bipartidarismo, em que havia apenas o partido do governo, a Aliança Renovadora Nacional ou ARENA, e o Movimento Democrático Brasileiro ou MDB, que era a oposição permitida. QUESTÃO 02 VUNESP - 2018 - PM-SP – Em agosto de 1969, o Presidente Costa e Silva sofreu grave ataque cardíaco. Seguiu-se uma intensa luta pelo poder, em torno da sucessão. Segundo a Constituição de 1967, então em vigência, o Vice-Presidente Pedro Aleixo deveria suceder imediatamente ao presidente, em caso de morte ou incapacidade deste para os deveres do cargo. Mas Pedro Aleixo opusera-se abertamente ao AI-5, não servindo, portanto, aos propósitos das forças armadas que controlavam o Estado. O Alto Comando das Forças Armadas, dotado de poderes extraordinários, concluiu que “a solução constitucional não era viável”, decidindo que a presidência seria exercida por uma junta pelos ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. (Alves, M. H. M. Estado e oposição no Brasil:1964-1984. Bauru: Edusc, 2005. Adaptado) A crise sucessória de Costa e Silva evidencia A. a estabilidade política que marcou o país no período, garantida por meio de acordos dos militares com a oposição civil. B. o compromisso reiterado dos militares com a perspectiva de abertura política, ainda que os movimentos de oposição tenham impedido esse processo. C. a importância que a interlocução com os civis sempre teve para os militares, em especial nas eleições e nas sucessões presidenciais. D. o caráter autoritário e politicamente instável do regime militar, na medida em que a própria Constituição de 1967 estava sendo desrespeitada. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. E. o cumprimento da lei pelos militares, de tal forma que todos os trâmites legais fossem observados nos contextos eleitorais. QUESTÃO 03 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Professor II - História [...] não somente a situação dos trabalhadores era desalentadora, como ainda o quadro político se agravou durante a presidência de Costa e Silva, a partir de setembro de 1968. [...] Como o Congresso Nacional garantiu, por votação nominal, a imunidade parlamentar [de um] deputado, protegendo a tribuna da Câmara, onde ele discursara, o presidente Costa e Silva assinou o Ato Institucional no 5, em 13 de dezembro de 1968, no dia seguinte à referida votação. Evaldo Vieira, Brasil: do golpe de 1964 à redemocratização. Em: Carlos Guilherme Mota. A experiência brasileira. A grande transação, 2000. O Ato Institucional nº 5 – o AI-5 – A. retomava parte dos princípios liberais da Constituição de 1946, como o direito do parlamento em criar uma CPI. B. reforçou o poder das Assembleias Legislativas porque os deputados estaduais passaram a ser eleitos pelo voto direto. C. não tinha prazo de vigência e dava ao presidente da república, entre outros poderes, decretar estado de sítio sem qualquer impedimento. D. ampliou determinações presentes na Constituição de 1967, como a proibição de propaganda política na televisão e no rádio. E. consolidava os Atos Institucionais anteriores e ampliava o arco de ação do Poder Judiciário, em especial do STF. QUESTÃO 04 Ano: 2010 Banca: TJ-SC Órgão: TJ-SC Prova: TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar Sobre o período da Ditadura Militar, leia as afirmativas abaixo: I. Ao assumir o governo, os militares procuraram reprimir as oposições, para isso utilizaram os Atos Institucionais, alterando a Constituição e tornando legais as medidas ditatoriais. II. O Marechal Castelo Branco foi o primeiro presidente do Regime Militar. III. Durante o governo de Costa e Silva foi decretado o Ato Institucional n.º 5, o AI 5, o qual dava poderes ao presidente de fechar o Congresso, Assembléias Legislativas e Câmaras municipais. IV. Durante o governo do General Médici o Brasil passou pelo período mais repressivo de todos os governos militares, porém, o modelo econômico adotado gerou um rápido crescimento, fazendo com que os surgisse a ideia da existência de um “milagre econômico” no país, trazendo euforia ao empresariado nacional e estrangeiro. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. Assinale a alternativa correta: A. Todas estão corretas B. Apenas I, e IV estão corretas C. Apenas III e IV estão corretas D. Apenas I está correta E. Apenas I, II e IV estão corretas QUESTÃO 05 No dia 27, ao receber o governador de Goiás, Otávio Laje, o presidente teve dificuldades para acompanhar a conversa. No dia seguinte suas audiências foram canceladas e a imprensa noticiou que Costa e Silva fora acometido de forte gripe. Os médicos, contudo, já suspeitavam tratar-se de trombose. De acordo com Carlos Chagas, o estado real do presidente foi comunicado aos ministros militares, mas não ao vice-presidente Pedro Aleixo. Caracterizada a doença de Costa e Silva como trombose, os ministros militares assumiram o governo em caráter temporário, como junta militar, alijando Pedro Aleixo do processo sucessório legal. Verbete Artur da Costa e Silva. CPDOC FGV. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/artur-da- costa-e-silva Acesso em 14 de fevereiro de 2021. A Junta Militar que assumiu o poder após o afastamento do General Artur da Costa e Silva era composta por representantes das Forças Armadas: Lira Tavares do Exército, Augusto Rademaker pela Marinha e Márcio de Sousa e Melo pela Aeronáutica. Durante o curto período que esse grupo permaneceu no poder, foram editados dois importantes Atos Institucionais: o AI 12 e o AI 13. Explique de forma resumida em que consistia cada um desses atos. QUESTÃO 06 Ano: 2016 Banca: SEDUC - CE Órgão: SEDUC-CE Prova: SEDUC - CE - 2016 - SEDUC-CE - Professor - História Leia o texto abaixo. O período compreendido entre 1968 e 1973 é conhecido como a fase do “milagre” quando, sob o regime militar, o crescimento da economia brasileira apresentou uma extraordinária aceleração, com ampliação média de 11% ao ano. O nosso “milagre” foi abalado [...]. Mesmo assim, o país ainda manteve bons níveis de aceleração econômico-industrial até o final dos anos 70, numa fase conhecida como o “pós-milagre”. Esse crescimento esteve relacionado com os grandes investimentos em infraestrutura do regimemilitar e o duro controle sobre as manifestações dos trabalhadores, que garantiu a mão de obra barata e, juntos levavam à atração de novos investimentos. Disponível em: http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_simulado/revisao/revisao02/er030002.pdf Acesso em: 20 abr. 2012. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento. Com base nesse texto, constata-se que o fator externo que contribuiu para acelerar a crise do “milagre brasileiro” foi http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/artur-da-costa-e-silva http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/artur-da-costa-e-silva http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_simulado/revisao/revisao02/er030002.pdf CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. A. a extinção do mundo socialista. B. a fase de conflitos do Leste Europeu. C. a intervenção do FMI nas empresas particulares do país. D. o aumento expressivo dos preços do petróleo e seus derivados. E. o fim da ex-União Soviética. QUESTÃO 07 Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vitória - ES Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – História Leia a opinião de Eduardo Galeano a respeito do chamado “Milagre econômico brasileiro” (1969-1973): “Ainda que as estatísticas sorriam, as pessoas estão arruinadas. Em sistemas organizados ao contrário, quando a economia cresce, cresce com ela a injustiça social. No período de maior êxito do “milagre” brasileiro, aumentou a taxa de mortalidade infantil nos subúrbios da cidade mais rica do país”. (As veias abertas da América Latina. 36 ED. SÃO PAULO: PAZ E TERRA, 1994, P. 302-304) Entre os fatores que explicam o crescimento da economia brasileira no período, podemos apontar: A. o ambiente polarizado, devido aos conflitos da Guerra Fria, melhorando as possibilidades de créditos entre as nações alinhadas com o bloco capitalista. B. a elevação do salário real e o consequente aumento de poder de compra da população de baixa renda. C. a redução das exportações que gerou uma maior disponibilidade de insumos e bens de consumo a preços reduzidos, alavancando o potencial de crescimento econômico. D. o ambiente externo favorável, devido à grande expansão da economia internacional, melhoria dos termos de troca e crédito externo farto e barato E. os investimentos em infraestrutura realizados nas décadas anteriores. QUESTÃO 08 Ano: 2019 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Juazeiro do Norte - CE Provas: CETREDE - 2019 - Prefeitura de Juazeiro do Norte - CE - Agente Administrativo Em novembro de 2018, logo após a vitória de Jair Messias Bolsonaro em outubro do mesmo ano para o cargo de Presidente da República, o canal SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) exibiu uma série de vinhetas com tons nacionalistas em meio à programação diária. Em uma delas, a voz oficial da emissora, do locutor Carlos Roberto, anuncia: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. A frase ficou conhecida como slogan do período da ditadura militar brasileira, associada à repressão de movimentos e ideias contrárias ao governo. O slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi criado durante o governo de qual presidente do regime de exceção? CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. A. Humberto Castelo Branco. B. Emílio Garrastazu Médici. C. Artur da Costa e Silva. D. Ernesto Geisel. E. João Baptista Figueiredo. QUESTÃO 09 (Unimontes/2015) “Durante o governo Médici, a luta armada foi esmagada.” Entre os exemplos que comprovam essa afirmativa, é INCORRETO elencar: A. O fuzilamento do militante comunista Carlos Mariguella, em novembro de 1969, em São Paulo. B. A perseguição e assassinato do militante guerrilheiro Carlos Lamarca, no sertão da Bahia. C. O combate e desmantelamento da Guerrilha do Araguaia, no Estado do Pará, entre 1970 e 1974. D. A desarticulação, em 1971, da célula comunista Vanguarda Negra, cujos líderes eram Uspinianos. QUESTÃO 10 (Fuvest) A vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970 A. não teve qualquer repercussão no campo político, por se tratar de um acontecimento estritamente esportivo. B. alentou o trabalho das oposições que deram destaque à capacidade do povo brasileiro de realizar grandes proezas. C. propiciou uma operação de propaganda do governo Médici, tentando associar a conquista ao regime autoritário. D. favoreceu o projeto de abertura do general Geisel, ao criar um clima de otimismo pelas realizações do governo. E. alcançou repercussão muito limitada, pois os meios de comunicação não tinham a eficácia que têm hoje. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. QUESTÃO 01 Ano: 2018 Banca: UECE-CEV Órgão: UECE Prova: UECE-CEV - 2018 - UECE - Vestibular - Primeiro Semestre Há 50 anos, em 13 de dezembro de 1968, o regime militar, então sob governo do general Costa e Silva, baixou o Ato Institucional nº 5. O AI-5, como ficou conhecido, vigorou por 10 anos, até dezembro de 1978, sendo a expressão mais clara da ditadura militar brasileira, e resultou: A. na cassação de deputados, prefeitos e vereadores de oposição ao governo e na decretação de recesso do Congresso Federal, como demonstração de intolerância dos militares em um momento de grande polarização ideológica. B. na intervenção no Congresso Federal, contudo ficaram preservadas a autonomia dos estados e municípios, o direito à livre expressão e a plena garantia do direito ao habeas-corpus. C. no aumento da popularidade do regime militar e na ampliação das garantias constitucionais e dos direitos individuais e sociais, que não foram alterados em nenhum aspecto com a publicação do AI-5. D. na criação de um sistema político único, baseado no bipartidarismo, em que havia apenas o partido do governo, a Aliança Renovadora Nacional ou ARENA, e o Movimento Democrático Brasileiro ou MDB, que era a oposição permitida. A resposta correta é letra “A”. O AI 5 resultou, dentre outros fatores, na cassação de políticos em todas as esferas e no recesso do Congresso. Assim como determinou o Artigo 2, incisos 1, 2 e 3 do referido Ato Institucional. Isso ocorreu após o governo tentar por meios legais derrubar a imunidade parlamentar e punir o deputado Márcio Moreira Alves (MDB) que havia feito um discurso pesado contra as Forças Armadas. O AI 5 foi baixado poucos dias depois e resultou na consolidação dos militares no poder na forma de ditadura. De fato, esse é um momento de forte polarização política, em parte devido ao fato de os militares já sinalizarem que não sairiam tão fácil do poder como prometido e do cenário externo, onde ocorriam importantes manifestações. Sobretudo na França e nos EUA. Não poderia ser “B”, pois a autonomia de Estados e Municípios não foi preservada. O presidente ficava autorizado a intervir nesses entes e nomear os respectivos interventores. Esta prerrogativa está presente no Artigo 3 e no parágrafo único desse artigo no Ato Institucional número 5. A letra “C” também está errada, pois o AI 5 reduziu drasticamente as garantias e direitos individuais e sociais. Por exemplo, podemos mencionar o fim do habeas corpus para crimes contra a segurança nacional e a cassação de direitos políticos pela vontade do presidente (Artigos 4 a 10 do respectivo ato). Por fim, a alternativa “D” está errada, o bipartidarismo foi estabelecido pelo Ato Institucional número 2, baixado em 1965 pelo Governo Castelo Branco e não pelo AI 5 como pede o enunciado da questão. QUESTÃO 02 VUNESP - 2018- PM-SP – Em agosto de 1969, o Presidente Costa e Silva sofreu grave ataque cardíaco. Seguiu-se uma intensa luta pelo poder, em torno da sucessão. Segundo a Constituição de 1967, então em vigência, o Vice-Presidente Pedro Aleixo deveria suceder imediatamente ao presidente, em caso de morte ou CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. incapacidade deste para os deveres do cargo. Mas Pedro Aleixo opusera-se abertamente ao AI-5, não servindo, portanto, aos propósitos das forças armadas que controlavam o Estado. O Alto Comando das Forças Armadas, dotado de poderes extraordinários, concluiu que “a solução constitucional não era viável”, decidindo que a presidência seria exercida por uma junta pelos ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. (Alves, M. H. M. Estado e oposição no Brasil:1964-1984. Bauru: Edusc, 2005. Adaptado) A crise sucessória de Costa e Silva evidencia A. a estabilidade política que marcou o país no período, garantida por meio de acordos dos militares com a oposição civil. B. o compromisso reiterado dos militares com a perspectiva de abertura política, ainda que os movimentos de oposição tenham impedido esse processo. C. a importância que a interlocução com os civis sempre teve para os militares, em especial nas eleições e nas sucessões presidenciais. D. o caráter autoritário e politicamente instável do regime militar, na medida em que a própria Constituição de 1967 estava sendo desrespeitada. E. o cumprimento da lei pelos militares, de tal forma que todos os trâmites legais fossem observados nos contextos eleitorais. A marcação correta é “D”. O impedimento de Pedro Aleixo (civil) em assumir a presidência da república é uma espécie de “golpe dentro do golpe”. Marca a instabilidade política e a falta de coesão das Forças Armadas que como vimos, pode ser dividida em dois grupos principais: castelistas e linha dura. A Junta assume e logo em seguida um presidente da linha dura assumiria. Venceu o General Emílio Garrastazu Médici. A Constituição de 67 foi aprovada em regime excepcional pelo Congresso sob determinação do AI 04, baixado no Governo Castelo Branco. O Congresso foi convocado unicamente para aprovar o documento. Dessa forma, podemos perceber que um documento do regime militar foi desrespeitado pelo próprio regime. Essa consideração já exclui a alternativa ‘E” que menciona exatamente o contrário. A letra “A” está incorreta. Não havia a mencionada estabilidade, nem o acordo com a oposição civil. Um grupo civil interessante que se forma para se opor ao regime é a chamada Frente Ampla, que reuniu políticos aparentemente opostos: Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda. Além disso, diversos grupos civis optam pela luta armada para desestabilizar o regime e lutar pelo retorno a democracia. O fato mencionado no texto não possui relação com a abertura política que será mencionada no Governo Geisel e Figueiredo. Portanto, a opção “B” está incorreta. Por fim, a alternativa “C” não poderia ser marcada, pois os militares não tinham essa preocupação com a interlocução com os civis, muito menos nas sucessões presidenciais. Como vimos, a sucessão era uma determinação do Alto Comando da Revolução e o Congresso apenas ratificava, sem qualquer possibilidade de oposição. Haviam civis participando do processo ditatorial, mas eles são minoria dentro do governo e a interlocução como menciona a questão, de fato, não ocorreu. Os dois primeiros Vice-presidentes eram civis: José Maria Alckmin e Pedro Aleixo. Além disso, haviam civis nos ministérios: Roberto Campos, Otávio Gouveia de Bulhões, Delfim Neto, etc. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. QUESTÃO 03 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de São José dos Campos - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de São José dos Campos - SP - Professor II - História [...] não somente a situação dos trabalhadores era desalentadora, como ainda o quadro político se agravou durante a presidência de Costa e Silva, a partir de setembro de 1968. [...] Como o Congresso Nacional garantiu, por votação nominal, a imunidade parlamentar [de um] deputado, protegendo a tribuna da Câmara, onde ele discursara, o presidente Costa e Silva assinou o Ato Institucional no 5, em 13 de dezembro de 1968, no dia seguinte à referida votação. Evaldo Vieira, Brasil: do golpe de 1964 à redemocratização. Em: Carlos Guilherme Mota. A experiência brasileira. A grande transação, 2000. O Ato Institucional nº 5 – o AI-5 – A. retomava parte dos princípios liberais da Constituição de 1946, como o direito do parlamento em criar uma CPI. B. reforçou o poder das Assembleias Legislativas porque os deputados estaduais passaram a ser eleitos pelo voto direto. C. não tinha prazo de vigência e dava ao presidente da república, entre outros poderes, decretar estado de sítio sem qualquer impedimento. D. ampliou determinações presentes na Constituição de 1967, como a proibição de propaganda política na televisão e no rádio. E. consolidava os Atos Institucionais anteriores e ampliava o arco de ação do Poder Judiciário, em especial do STF. Opção correta é letra “C”. Diferente dos Atos Institucionais anteriores, o AI 5 não possuía data para se esgotar. Dentre outras prerrogativas permitia ao presidente decretar estado de sítio. Como menciona o Artigo 7 “O Presidente da República, em qualquer dos casos previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo.”. Não poderia ser “A”, pois o AI 5 é um instrumento bastante ditatorial e não liberal, como menciona a opção. Também não poderia ser “B”. Isto porque o referido ato permitia ao presidente cassar políticos e decretar o recesso do Congresso, Assembleias Legislativas e Câmara de Vereadores. A letra “D” está incorreta, uma vez que a proibição de propaganda política não é mencionada no texto do Ato Institucional número 5. Por fim, não poderia ser “E”. Isso porque o poder se concentrou ainda mais no Executivo, típico das ditaduras, e não ampliou os poderes do Judiciário, pelo contrário reduziu. Basta ver a redação do Artigo 11 “Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.”. QUESTÃO 04 Ano: 2010 Banca: TJ-SC Órgão: TJ-SC Prova: TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar Sobre o período da Ditadura Militar, leia as afirmativas abaixo: CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. I. Ao assumir o governo, os militares procuraram reprimir as oposições, para isso utilizaram os Atos Institucionais, alterando a Constituição e tornando legais as medidas ditatoriais. II. O Marechal Castelo Branco foi o primeiro presidente do Regime Militar. III. Durante o governo de Costa e Silva foi decretado o Ato Institucional n.º 5, o AI 5, o qual dava poderes ao presidente de fechar o Congresso, Assembleias Legislativas e Câmaras municipais. IV. Durante o governo do General Médici o Brasil passou pelo período mais repressivo de todos os governos militares, porém, o modelo econômico adotado gerou um rápido crescimento, fazendo com que os surgisse a ideia da existência de um “milagre econômico” no país, trazendo euforia ao empresariado nacional e estrangeiro. Assinale a alternativa correta: A. Todas estão corretas B. Apenas I, e IV estão corretas C. Apenas III e IV estão corretas D. Apenas I está corretaE. Apenas I, II e IV estão corretas Todas as assertivas acima estão corretas. Só sobre o Governo Costa e Silva (afirmação III) merece um comentário extra por ser o tema dessa aula. De fato, como vimos, o presidente passou a ter o poder de fechar o Congresso, Assembleias Legislativas e Câmara de Vereadores. No caso de ocorrer o recesso, o poder executivo ficava com as prerrogativas de legislar sobre qualquer assunto de competência do poder legislativo presente na Constituição Federal, Estadual ou na Lei Orgânica dos Municípios. Isso está presente no Artigo 2, inciso I. QUESTÃO 05 No dia 27, ao receber o governador de Goiás, Otávio Laje, o presidente teve dificuldades para acompanhar a conversa. No dia seguinte suas audiências foram canceladas e a imprensa noticiou que Costa e Silva fora acometido de forte gripe. Os médicos, contudo, já suspeitavam tratar-se de trombose. De acordo com Carlos Chagas, o estado real do presidente foi comunicado aos ministros militares, mas não ao vice-presidente Pedro Aleixo. Caracterizada a doença de Costa e Silva como trombose, os ministros militares assumiram o governo em caráter temporário, como junta militar, alijando Pedro Aleixo do processo sucessório legal. Verbete Artur da Costa e Silva. CPDOC FGV. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/artur-da- costa-e-silva Acesso em 14 de fevereiro de 2021. A Junta Militar que assumiu o poder após o afastamento do General Artur da Costa e Silva era composta por representantes das Forças Armadas: Lira Tavares do Exército, Augusto Rademaker pela Marinha e Márcio de Sousa e Melo pela Aeronáutica. Durante o curto período que esse grupo permaneceu no poder, foram editados dois importantes Atos Institucionais: o AI 12 e o AI 13. Explique de forma resumida em que consistia cada um desses atos. O Ato Institucional número 12 dispõe sobre o exercício temporário das fundações de Presidente da República pelos Ministros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, enquanto durar o impedimento, http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/artur-da-costa-e-silva http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/artur-da-costa-e-silva CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. por motivo de saúde, do Marechal Arthur da Costa e Silva, e dá outras providências. O AI 12 representou o alijamento de Pedro Aleixo do processo de sucessão previsto na própria Constituição Ditatorial de 1967. Conhecido como o “golpe dentro do golpe” esse ato previa que Costa e Silva retornasse à presidência assim que sua saúde permitisse, como isso não ocorreu, procedeu-se a escolha de um sucessor dentro das Forças Armadas. O AI 13 Instituiu a pena de banimento do Território Nacional para o brasileiro que se tornar inconveniente, nocivo ou perigoso à Segurança Nacional e dá outras providências. Esse ato, permaneceu em linha com o disposto nos Atos Ditatoriais que endureceram ainda mais o regime, sobretudo o AI 05. Esses documentos deram base a um dos períodos mais obscuros da história brasileira. Sobretudo, o Governo Emílio Garrastazu Médici. QUESTÃO 06 Ano: 2016 Banca: SEDUC - CE Órgão: SEDUC-CE Prova: SEDUC - CE - 2016 - SEDUC-CE - Professor - História Leia o texto abaixo. O período compreendido entre 1968 e 1973 é conhecido como a fase do “milagre” quando, sob o regime militar, o crescimento da economia brasileira apresentou uma extraordinária aceleração, com ampliação média de 11% ao ano. O nosso “milagre” foi abalado [...]. Mesmo assim, o país ainda manteve bons níveis de aceleração econômico-industrial até o final dos anos 70, numa fase conhecida como o “pós-milagre”. Esse crescimento esteve relacionado com os grandes investimentos em infraestrutura do regime militar e o duro controle sobre as manifestações dos trabalhadores, que garantiu a mão de obra barata e, juntos levavam à atração de novos investimentos. Disponível em: http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_simulado/revisao/revisao02/er030002.pdf Acesso em: 20 abr. 2012. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento. Com base nesse texto, constata-se que o fator externo que contribuiu para acelerar a crise do “milagre brasileiro” foi A. a extinção do mundo socialista. B. a fase de conflitos do Leste Europeu. C. a intervenção do FMI nas empresas particulares do país. D. o aumento expressivo dos preços do petróleo e seus derivados. E. o fim da ex-União Soviética. A alternativa correta é a letra “D”. O milagre brasileiro tinha causas externas muito fortes. Isso porque dependia de um mercado externo favorável tanto para o crédito facilitado, como para a receptividade de alguns produtos brasileiros, como para o investimento em países em desenvolvimento, como o Brasil. Com o aumento expressivo do preço do preço do petróleo devido aos chamados “choques do petróleo” os países desenvolvidos reduziram a capacidade de empréstimos e de investimentos em países da América Latina. Com isso, o Brasil teve dificuldade de adquirir novos empréstimos no exterior e viu sua dívida externa subir drasticamente. http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_simulado/revisao/revisao02/er030002.pdf CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. As alternativas “A”, “B” e “E” não poderiam ser marcadas como correta. O Brasil não era dependente de financiamento ou empréstimos no mundo socialista. Na verdade, a dependência está relacionada aos países do mundo capitalista. Por fim, a opção “C” está incorreta, pois o Fundo Monetário Internacional – FMI não intervinha e até hoje não intervém nos países. No cenário internacional vigora o chamado “princípio da não-intervenção”. QUESTÃO 07 Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vitória - ES Prova: IBADE - 2019 - Prefeitura de Vitória - ES - Professor de Educação Básica III – PEB III – História Leia a opinião de Eduardo Galeano a respeito do chamado “Milagre econômico brasileiro” (1969-1973): “Ainda que as estatísticas sorriam, as pessoas estão arruinadas. Em sistemas organizados ao contrário, quando a economia cresce, cresce com ela a injustiça social. No período de maior êxito do “milagre” brasileiro, aumentou a taxa de mortalidade infantil nos subúrbios da cidade mais rica do país”. (As veias abertas da América Latina. 36 ED. SÃO PAULO: PAZ E TERRA, 1994, P. 302-304) Entre os fatores que explicam o crescimento da economia brasileira no período, podemos apontar: A. o ambiente polarizado, devido aos conflitos da Guerra Fria, melhorando as possibilidades de créditos entre as nações alinhadas com o bloco capitalista. B. a elevação do salário real e o consequente aumento de poder de compra da população de baixa renda. C. a redução das exportações que gerou uma maior disponibilidade de insumos e bens de consumo a preços reduzidos, alavancando o potencial de crescimento econômico. D. o ambiente externo favorável, devido à grande expansão da economia internacional, melhoria dos termos de troca e crédito externo farto e barato E. os investimentos em infraestrutura realizados nas décadas anteriores. A resposta correta para essa questão é a letra “D”. O crescimento da economia brasileira no período pode ser justificado, dentre outros fatores, pela disponibilidade de crédito fácil no cenário externo. O Brasil fez grandes empréstimos nesse período e recebeu grandes volumes em investimentos, isso em boa medida explica o nosso “milagre”. Não poderia ser “A”, pois não havia essa diferenciação com relação a disponibilidade de crédito para países socialistas e capitalistas. Na verdade, cada país orbitava na órbita na superpotência correspondente,por isso, os empréstimos brasileiros foram tomados nas nações capitalistas. A letra “B” está errada. Com base no próprio enunciado é possível constatar que nesse período, apesar do alto crescimento, não houve distribuição de renda e sim uma elevada concentração. Dessa forma, não houve aumento real da renda das pessoas nas classes mais baixas. É verdade que, em função da maior disponibilidade de vagas de emprego, a renda de algumas famílias aumentou, pois mais membros puderam trabalhar. Porém, em termos reais, um trabalhador precisava trabalhar mais horas para consumir a mesma cesta de produtos de outrora. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. Por fim, a letra “C” está incorreta, pois não houve redução das exportações e sim uma ampliação. Sobretudo da soja. E a letra “E” também não poderia ser marcada, uma vez que nas décadas anteriores não houve grandes investimentos em infraestrutura devido a situação econômica do país. A exceção seria a construção de Brasília, no Governo JK, mas que não explica o crescimento econômico de uma década depois. Esse investimento em infraestrutura, na verdade, é consequência e não causa dos bons resultados econômicos desse momento, o que acarreta nas chamadas Obras Faraônicas realizadas nessa década. QUESTÃO 08 Ano: 2019 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Juazeiro do Norte - CE Provas: CETREDE - 2019 - Prefeitura de Juazeiro do Norte - CE - Agente Administrativo Em novembro de 2018, logo após a vitória de Jair Messias Bolsonaro em outubro do mesmo ano para o cargo de Presidente da República, o canal SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) exibiu uma série de vinhetas com tons nacionalistas em meio à programação diária. Em uma delas, a voz oficial da emissora, do locutor Carlos Roberto, anuncia: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. A frase ficou conhecida como slogan do período da ditadura militar brasileira, associada à repressão de movimentos e ideias contrárias ao governo. O slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o” foi criado durante o governo de qual presidente do regime de exceção? A. Humberto Castelo Branco. B. Emílio Garrastazu Médici. C. Artur da Costa e Silva. D. Ernesto Geisel. E. João Baptista Figueiredo. Foi durante o Governo de Emílio Garrastazu Médici que a propaganda foi utilizada em grande escala para aumentar a legitimidade do regime em um momento de boas taxas de crescimento econômico, emprego e vitórias esportivas relevantes. Slogans como “Brasil, ame-o ou deixe-o”, “ninguém segura esse país” “Brasil grande potência” foram utilizados em grande escala. Nesse período, existe uma expansão do número de residências com televisão. Dessa forma, o governo veiculou muitas dessas propagandas ufanistas na Rede Globo de Televisão atingindo muitos brasileiros e criando a impressão do sucesso do regime militar. Contudo, nesse mesmo momento, o Brasil vive o auge da repressão, da tortura e da morte de muitos dados como desaparecidos ou mortos em confronto com a polícia. Associado a tudo isso, ainda existe a censura prévia que impede que os jornais e demais meios de comunicação veiculem notícias ou critiquem o governo. Dessa forma, muitas pessoas que viveram nesse momento ainda têm a impressão que foi um bom período e que o Brasil caminhava no rumo certo. Os demais presidentes marcados nessa questão não poderiam ser a resposta certa, uma vez que o referido slogan faz parte do período Médici. CURSO: HISTÓRIA, GESTÃO PÚBLICA E DIREITO DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL CONTEMPORÂNEO LISTA DE EXERCÍCIOS 06 – DITADURA MILITAR II. COSTA E SILVA (1967-69) E EMÍLIO G. MÉDICI (1969-74) Alexandre A. QUESTÃO 09 (Unimontes/2015) “Durante o governo Médici, a luta armada foi esmagada.” Entre os exemplos que comprovam essa afirmativa, é INCORRETO elencar: A. O fuzilamento do militante comunista Carlos Mariguella, em novembro de 1969, em São Paulo. B. A perseguição e assassinato do militante guerrilheiro Carlos Lamarca, no sertão da Bahia. C. O combate e desmantelamento da Guerrilha do Araguaia, no Estado do Pará, entre 1970 e 1974. D. A desarticulação, em 1971, da célula comunista Vanguarda Negra, cujos líderes eram Uspinianos. A única assertiva incorreta é a letra “D”. Não existiu uma célula comunista com o nome de Vanguarda Negra. A luta armada nesse período foi fortemente atacada e regrediu muito, devido a morte de diversos líderes (como Mariguella e Lamarca), a eficiência da máquina de repressão do Governo e a não adesão da população que tinha praticamente nenhuma afinidade com os revoltosos. QUESTÃO 10 (Fuvest) A vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970 A. não teve qualquer repercussão no campo político, por se tratar de um acontecimento estritamente esportivo. B. alentou o trabalho das oposições que deram destaque à capacidade do povo brasileiro de realizar grandes proezas. C. propiciou uma operação de propaganda do governo Médici, tentando associar a conquista ao regime autoritário. D. favoreceu o projeto de abertura do general Geisel, ao criar um clima de otimismo pelas realizações do governo. E. alcançou repercussão muito limitada, pois os meios de comunicação não tinham a eficácia que têm hoje. A resposta correta dessa questão é letra “C”. A vitória da seleção brasileira de futebol em 1970 foi utilizada como propaganda do Governo para exaltar o bom momento do Brasil. Não atoa o slogan “ninguém segura esse país” lançado pouco depois da vitória. O presidente Médici recebeu a seleção em Brasília, tirou foto com os jogadores e a taça da copa e tudo isso foi utilizado também como propaganda ufanista do Governo. Essa afirmação já excluir as alternativas “A”, pois teve repercussão política e não somente esportiva e “D” pois foi no Governo Médici e não no Governo Geisel. Não pode ser a letra “B”, uma vez que deu destaque ao governo e não a oposição. Por fim, não poderia ser “E”, pois alcançou uma parcela significativa de pessoas. Como vimos, esse período é de grande expansão da televisão nos lares brasileiros.
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