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INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA

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1 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
ANAMNESE NEUROLÓGICA 
X Livro de propedêutica neurológica. 
X 80% dos diagnósticos neurológicos se dão através de 
uma anamnese bem colocada. Associando-se a um 
exame físico bem feito, chegamos a 95% dos 
diagnósticos topográficos. 
OBJETIVOS 
X Conhecer a anamnese neurológica e entender que ela 
não passa de uma anamnese inerente a uma 
especialidade clínica; 
X Identificar alguns instrumentos acessórios importantes 
para uma correta avaliação neurológica; 
X Ter o primeiro contato com a formulação do diagnóstico 
em Neurologia; 
X Conhecer os domínios cognitivos e saber triar 
clinicamente um paciente com queixa cognitiva 
insidiosa; 
X Aprender a avaliar rapidamente um paciente com 
comprometimento cognitivo agudo, 
REVISANDO 
X Lembramos que o sistema nervoso é dividido em 
sistema nervoso central (encéfalo e medula), e sistema 
nervoso periférico (nervos periféricos). 
X Lembramos que a parte encefálica é dividida em 5 lobos 
diferentes: Frontal, Parietal, Occipital, Temporal e 
quando rebatemos o lobo temporal, temos embaixo a 
Ínsula. 
X Função de cada um desses lobos: 
X Tronco encefálico (Ponte, Bulbo e Mesencéfalo) - 
Núcleos dos pares cranianos que ajudam a coordenar 
funções receptivas (como visão, olfato, audição, 
paladar), e, esses núcleos têm também funções motoras 
importantes e autonômicas. Ajudam a manter a 
frequência respiratória e frequência cardíaca, através 
do núcleo do nervo vago; Movimentação ocular 
extrínseca, já que temos o III par e o VI que trabalham 
juntos; Nervo óptico, irá nos ajudar a enxergar; Nervo 
Facial, nos ajuda na mímica facial. Portanto, são XII 
pares de nervos cranianos, que nos ajudam a interagir 
com o meio, e, permitem o controle autonômico do 
nosso corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
X A formação reticular ativadora ascendente tem relação 
direta com o nível de consciência. Essas fibras 
funcionam como um filtro dos vários estímulos que 
recebemos. 
 
 
X O nosso aprendizado está diretamente relacionado a 
nossa memória, e, o arquivo da memória está 
diretamente ligado às nossas emoções (sistema 
límbico). 
X O líquor, geralmente, é asséptico. Quando entram 
bactérias e células de defesa ali, ele vai ter o potencial 
de inflamar, e, quando isso acontece, a inflamação pode 
causar alguns sintomas clínicos, como uma cefaleia, 
rigidez de nuca. Temos uma circulação do líquor 
intraventricular (interna) e uma circulação 
extraventricular (externa). Esse líquor será produzido 
em uma quantidade de até meio litro por dia, e é 
trocado 4 vezes ao longo desse dia. 
X Os núcleos da base estão relacionados com a 
motricidade, esses, fazem uma conexão direta entre o 
tálamo e o córtex, estimulando o grupo muscular 
correspondente que precisamos estimular para fazer 
um movimento harmonioso. Eles estão relacionados 
também com a nossa capacidade de escrever, quando 
estamos começando a escrever, temos pouca 
motricidade, usamos letras grandes, letras de forma, e 
precisamos de um esforço muito grande, com o passar 
do tempo, isso vai se tornando mais fácil, já que esse 
circuito (receptores e neurotransmissores) foi ativado 
tantas vezes, que agora não precisamos mais de esforço 
consciente para fazer isso. 
DISCIPLINA SEMIOLOGIA II 
 AULA 1- INTRODUÇÃO A SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA 
PROFESSOR JÉSSICA 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.pinterest.com%2Fpin%2F766245324072550178%2F&psig=AOvVaw3oSDVFJQmWy9hlLcxuWOYf&ust=1581168885890000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOCd2ozJv-cCFQAAAAAdAAAAABAD
 
2 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
 
 
X Na medula, a substância cinzenta e substância branca é 
invertida, então, o grande H da medula, é onde ficam os 
corpos dos neurônios. 
X Cerebelo (cérebro pequeno) tem uma organização 
muito semelhante à do cérebro, substância cinzenta é 
externa, e ele tem alguns núcleos internos relacionados 
com motricidade, emoções, cognição. 
X Trigêmeo tem principal função sensitiva da face. Um 
paciente com dor na face, tem diagnóstico sindrômico 
de alteração do trigêmeo. 
ANAMNESE NEUROLÓGICA 
X HDA 
o Data de instalação dos sintomas; 
▪ horas ou dias (pensar em AVC 
isquêmico ou hemorrágico), semanas 
até 3 meses, mais que 3 meses 
(crônico). 
 
o Modo de instalação dos sintomas; 
▪ curso progressivo. 
▪ curso recorrente, remitente. 
o Tratamentos realizados para a doença até o 
momento, com respectivos resultados; 
o Estado atual do paciente. 
o Em caso de dor: 
▪ Sete dimensões 
1. localização 
2. qualidade/ tipo da dor 
3. intensidade 
4. periodicidade 
5. fator de melhora e piora 
6. duração/quando iniciou 
7. sintomas associados 
 
o Restante dos itens, idem a qualquer anamnese 
clínica! 
 
EXAME FÍSICO: ACESSÓRIOS 
 
RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO 
Sindrômico: Captamos qual a queixa principal do meu 
paciente. Por exemplo, “dor de cabeça” é uma síndrome 
álgica. 
Topográfico: Aonde está o problema. Por exemplo, “dor de 
cabeça”, pode estar relacionada com o nervo trigêmeo. 
Etiológico: Identificar qual a causa disso. Por exemplo, se é 
uma enxaqueca, neuralgia do trigêmeo, cefaleia secundária 
por uma hipertensão intracraniana, uma sinusite. 
OBS: Até o final do período é muito importante 
sabermos o diagnóstico sindrómico e o topográfico. 
HIPERAGUDO- PROBLEMA VASCULAR 
AGUDO- PROCESSOS EXPANSIVOS OU INFLAMATÓRIOS 
CRÔNICO- PROCESSOS NEURODEGENERATIVOS 
IMPORTANTE: “NEM TUDO É O QUE PARECE SER” 
APRESENTE-SE SEM QUALQUER JULGAMENTO 
PRECIPITADO DIANTE DO PACIENTE E NÃO COMPRE 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS. 
POR MAIS QUE O PACIENTE PAREÇA ESTAR USANDO 
O TERMO ADEQUADO EM RELAÇÃO AO SEU 
SINTOMA, EVITE USAR TERMOS TÉCNICOS QUANDO 
VOCÊ NÃO TIVER CERTEZA SOBRE A DEFINIÇÃO. 
“É MAIS SEGURO ESCREVER O CERTO QUE O BONITO” 
 
3 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
EXEMPLOS 
Paciente de 35 anos de idade, mulher, com queixa de dor 
de cabeça. 
Diagnóstico sindrômico: Síndrome álgica. 
Diagnóstico topográfico: Cortical difuso, V NC? 
Paciente de 10 anos de idade, sexo masc., com queixa de 
dificuldade para enxergar. 
Diagnóstico sindrômico: Síndrome visual. 
Diagnóstico topográfico: Olho, II NC, Quiasma, 
Trato óptico, corpo geniculado, radiações ópticas, 
córtex visual? 
Paciente de 40 anos de idade, sexo masc., com queixa de 
crise convulsiva. 
Diagnóstico sindrômico: Síndrome epiléptica. 
Diagnóstico topográfico: Cortical difuso? 
Paciente de 68 anos de idade, sexo femin., com queixa de 
déficit de força em todo o dimidio E, de igual proporção, 
comprometendo também o terço inferior da face. 
Diagnóstico sindrômico: Síndrome motora 
deficitária. 
Diagnóstico sindrômico: Síndrome motora 
deficitária composta por hemiparesia 
esquerda, completa e proporcionada 
Diagnóstico topográfico: Trato córtico-espinhal, 
provavelmente região de cápsula interna. 
SEQUÊNCIA DO EXAME 
X Sem obrigatoriedade; 
X Recomenda-se sentido crânio-caudal para evitar 
esquecimento de alguma estrutura; 
X Primeiro passo: Nível e conteúdo de consciência; 
• EXEMPLO: Paciente com Alteração Super 
Aguda do nível de consciência 
Diagnóstico sindrômico: síndrome 
cognitiva-comportamental. 
Diagnóstico topográfico: cortical difuso, 
tronco? 
D. Etiológico: Trauma, AVC, Trombose 
venosa central, crise epiléptica, síncope? 
FERRAMENTAS DE ANÁLISE 
Coma: Glasgow= 3. 
Torporoso: Paciente que emite algum tipo de resposta ao 
estímulo doloroso, mas ele não consegue criar vínculo, 
muitas das vezes ele nem abre os olhos. 
Confuso: Paciente que está de olhos fechados, você faz 
estímulo doloroso, ele abre os olhos, te responde e volta a 
dormir. 
Sonolento: Disperso. 
Obnubilado: Paciente que está com um pouco de 
dificuldade. 
Obs: Exceto delirium, que é quando o paciente tem um estado 
confusional agudo por conta de um fundamento metabólico, 
sendo uma infecção urinária, pneumonia, fez uma cirurgia e está 
no pós-operatório, todas essas terminologias tendemos a não 
utilizar mais. 
 
Delirium é então um estado confusional agudo devidoa 
uma alteração metabólica, sendo mais comum em 
pacientes idosos, acima de 65 anos. O delirium pode ser 
de dois tipos, (1) Hiperativo e (2) Hipoativo. 
Esse paciente tem uma flutuação do conteúdo da 
consciência junto a uma distratibilidade muito intensa, 
isso significa que o paciente pode ficar hipovigil ou 
hipervigil. 
 
Obs: De 2018 para cá o Glasgow varia de 1 a 15, já que se as 
pupilas não reagirem posso diminuir 2 pontos. 
LOCAIS PARA ESTÍMULO DOLOROSO 
X Pressão supraorbital; 
X Pressão no ângulo da mandíbula; 
X Pinçamento digital do trapézio; 
X Fricção esternal (adotado como padrão na prova 
prática); 
X Compressão do leito ungueal (menos invasivo). 
CASOS 
Paciente com Queixa Cognitiva Insidiosa (Glasgow não é 
indicado) 
• Diagnóstico sindrômico: síndrome cognitiva-
comportamental 
 
4 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
• Diagnóstico topográfico: cortical difuso, 
hipocampos? 
• D. Etiológico: CCL? D. Alzheimer? Déficit 
nutricional? Depressão? 
COMO EU FAÇO O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL? 
X Testes para rastreio; 
X Avaliação dos domínios cognitivos (tudo aquilo que me 
permite interagir com o meio de forma coesa): 
o Memória; 
o Funções executivas; 
o Habilidades visuais-espaciais; 
o Linguagem; 
o Personalidade ou comportamento. 
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL: MINI -
MENTAL 
X Avalia apenas memória, linguagem e habilidades visuo-
espaciais; 
X Pontuação: 
o 0 a 30. 
X Escores: 
o 27 a 30: Normal se maior que 8 anos de 
escolaridade; 
o > 24: Normal se 4 a 8 anos de escolaridade; 
o > 18: Normal se semianalfabeto (< 4 anos de 
escolaridade). 
FEEDBACK DA AULA 
X Anamnese neurológica = anamnese normal; 
X Instrumentos neurológicos; 
X Avaliação do comprometimento cognitivo agudo; 
X Avaliação do comprometimento cognitivo insidioso. 
PRÓXIMO ENCONTRO 
X Revisão da aula de hoje; 
X Avaliação da motricidade e dos reflexos. 
BIBLIOGRAFIA 
• Porto, Celmo Celeno Semiologia médica / Celmo Celeno 
Porto ; co-editor arnaldo lemos Porto. – 7. ed. Rio de 
Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. 
• Páginas: 1.174-1214.

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