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Introdução a semiologia neurológica HAM V | Ana Beatriz Rodrigues 2 AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 1. Diagnóstico Sindrômico 2. Diagnostico Topográfico 3. Diagnostico Etiológico DIAGNOSTICO SINDRÔMICO Anamnese → Sinais + sintomas = padrão sindrômico É a partir dos sinais e sintomas (queixas) desenvolvidos na anamnese é possível formar um diagnostico Por exemplo, o paciente apresenta quadro clinico sugestivo de neuropatia periférica ou ataxia. DIAGNOSTICO TOPOGRÁFICO Visa identificar “Onde está a lesão?” do paciente. O 2° passo a partir do diagnostico sindrômico tenta-se responder essa pergunta. Sintoma + exame + Neuroanatomia Sintoma: saber perguntar e descrever bem os sintomas/sinais Exame: saber fazer um bom exame neurológico Anatomia: neuroanatomia RACIOCÍNIO NEUROLÓGICO – ANATOMIA O Sistema Nervoso é dividido em central e periférico. É importante ressaltar esses pontos, pois no exame físico, principalmente, o SN central tem um comportamento e o SN periférico tem outro. Por exemplo, um AVC (lesão no SN central) o paciente terá uma hiperreflexia e pode ter o sinal de Babinski, enquanto em lesões no SN periférico teria uma hiporreflexia ou arreflexia e sem sinal de Babinski O exame de investigação é diferente, enquanto no SN central se utiliza exames de imagens (TC, RM), já a SN periférico, por exemplo, se utiliza eletroneuromiografia. DIAGNOSTICO ETIOLÓGICO Diagnostico da causa da doença. ANAMNESE QUEIXA PRINCIPAL · Tempo de evolução · Modo de instalação (súbita/rápida ou lenta) · Evolução da queixa (ficou por tempo e depois desapareceu ou permanece durante o dia) · Características dos sintomas: intensidade, irradiação, fatores de melhora ou piora, outros sintomas associados EXAME FÍSICO Materiais · Martelo e Diapasão; · Cartilha de Snellen (acuidade visual); · Oftalmoscópio (fundo de olho); · Otoscópio; · Abaixadores de língua; · Fita métrica e Termômetro; · Estetoscópio. Avaliação 1. Funções corticais superiores (nível de consciência, grau de orientação, memoria, linguagem) 2. Nervos cranianos 3. Função motora 4. Reflexos 5. Função sensitiva 6. Coordenação/equilíbrio 7. Marcha OBS.: Na primeira consulta deve-se fazer tudo. PARES CRANIANOS PARES CRANIANOS DESCRIÇÃO 1 – Nervo olfatório Examinar primeiro o lado com suspeita de anormalidade 2 – Nervo óptico Avalia-se: · Acuidade visual · Campo visual · Visão para cores · Visão diurna · Visão noturna · Inspeção oftalmoscópica (fundo de olho) 3 - Nervo oculomotor; 4 - Nervo troclear; 6 - Nervo abducente. Responsáveis pela motilidade ocular extrínseca, ou seja, eles inervam alguns músculos que fazem a movimentação do globo ocular Pede-se ao paciente olhar para cima, lado e para baixo para fazer a movimentação do globo ocular para avaliar uma possível paresia ou diplopia, por exemplo. 5 – N. Trigêmeo Nervo que apresenta componente sensorial e componente motor. Comparar um lado com o outro da face para ver se tem alguma alteração; Responsável pela sensibilidade da face – ramos V1, V2 e V3 Contração do masseter – quando serrar os dentes o musculo fica mais contraído podendo apalpa-lo 7 – N. Facial É responsável pela motricidade da face 8 – Nervo vestíbulo Coclear Responsável pela parte vestibular que é o equilíbrio e pela parte coclear pela audição Tontura = labirintite 9 - N. Glossofaríngeo; 10 - N. Vago. Nervos muitos próximos que quando ocorre uma lesão dificilmente os dois não serão lesados Avalia-se: · Desvios do palato e úvula · Gustação 1/3 post da língua · Sensibilidade da faringe · Reflexo do vomito 11 – Nervo acessório Realiza a inervação nos músculos: · Esternocleidomastoideo · Trapézio 12 – Nervo Hipoglosso Responsável pela motricidade da língua SISTEMA MOTOR Avalia-se · Trofismo – volume e contorno dos músculos (hipertrofia ou atrofia) · Tônus muscular – estado de contração basal (hipertonia ou hipotonia) · Velocidade dos movimentos (ex.: bradicinesia na Doença de Parkinson) · Determinação força (manobras de oposição, graduando de 0 – 5) REFLEXOS É a contração brusca do musculo quando este é submetido a um estiramento rápido Resposta involuntária a um estímulo Utiliza-se o martelo nos tendões para provocar a contração Estiramento do musculo: percussão do tendão por meio do martelo, estimula receptores no seu interior – fusos musculares. GRADUAÇÃO DESCRIÇÃO Grau 1 – 0 Hiporreflexia Grau 2 Normal Grau 3 – 4 Hiperreflexia SENSIBILIDADE SUPERFICIAL · Tátil · Térmica (frio e quente) · Dolorosa (estímulos de dor) PROFUNDA · Proprioceptiva (noção das partes do corpo; localização) · Vibratória · Pressão OBS.: Sempre fazendo comparações de um lado para outro COORDENAÇÃO/EQUILÍBRIO Partes que atuam juntas para manter o equilíbrio e fornecer a coordenação: · Cerebelo · Função vestibular · Propriocepção MARCHA Verificar o andar do paciente CASOS CLÍNICOS CASO 01 Queixa principal: Fraqueza a direita Paciente do sexo masculino, 65 anos, é admitido devido a queixa de fraqueza em membros a direita que iniciou de forma súbita há 2 horas. · A instalação foi de forma súbita com somente duas horas de queixa que se deu pela fraqueza nos membros a direita (braço e perna) Ao exame apresentava abertura ocular espontânea. Afasia global, sem alterações de pares cranianos. Apresentava paresia dos membros a direita, força grau 3. · Afasia é alteração na linguagem 1° PASSO – Diagnostico Sindrômico: · Déficit neurológico súbito · Queixa de paresia súbita, alteração na linguagem 2° PASSO – Diagnostico Topográfico: · Paresia a direita e lesão a esquerda (lesão contralateral) · Hemisfério esquerdo: Linguagem 3° PASSO – Diagnostico Etiológico: · Genético; · Congênito; · Metabólico; · Degenerativo; · Toxico-nutricional; · Imunológico Desmielinizante; · Vascular – forma súbita; · Neoplásico. Diagnostico: AVC CASO 02 Queixa principal: Tontura Paciente do sexo masculino, 58 anos, refere que há cerca de 2 horas estava assistindo TV quando inicio episódio de tontura associado a náuseas e vômitos. A tontura é persistente mesmo em repouso. Também foi percebido desvio de comissura labial. Ao exame paciente vígil, lucido e orientado, disártrico, paralisia facial padrão central a direita, apresentava ataxia em membros superior a direita. Sistema nervoso Periférico Composto por: Pares cranianos Dividido em: Autônomo Simpático Parassimpático Nervos espinhais Nervos periféricos Somático Sistema nervoso central Encéfalo Cérebro Medula espinhal Cerebelo Tronco encefálico Mesencéfalo Telencéfalo Diencéfalo Ponte Bulbo
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