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FORMAS DE SUCEDER E PARTILHA DA HERANÇA - Direito Sucessório

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Todos os Direitos Reservados – AJURIS Escola Superior da Magistratura 
Professora: MARIA ARACY MENEZES DA COSTA Disciplina: CIVIL – DIREITO DAS SUCESSÔES ANO: 2008 
Página 1 de 8 
FORMAS DE SUCEDER POR DIREITO PRÓPRIO POR DIREITO DE 
REPRESENTAÇÃO POR DIREITO DE TRANSMISSÃO 
 
FORMAS DE SUCEDER E DE PARTILHAR A HERANÇA 
No Código Civil, encontramos a determinação de quais são as formas de 
suceder. O herdeiro sucede por direito próprio, ou direito de representação, ou 
direito de transmissão 
A partilha, por sua vez, pode se dar, de acordo com os arts. 1.835 e 
1.836, por cabeça, por estirpe e por linha. 
Suceder por direito próprio é a forma mais elementar e corriqueira. 
Dá-se quando a pessoa é chamada a suceder em virtude de um direito que é seu, ela 
não está representando ninguém, não está no lugar de ninguém ou substituindo 
ninguém, ela vai porque é a hora e a vez de ela própria ser chamada. 
 
Por exemplo: 
 
 
A 
+ 
B 
D 
X 
E F 
P Q 
P-M 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Todos os Direitos Reservados – AJURIS Escola Superior da Magistratura 
Professora: MARIA ARACY MENEZES DA COSTA Disciplina: CIVIL – DIREITO DAS SUCESSÔES ANO: 2008 
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Morre X, que tem dois filhos: A e B. B é pré-morto, isto é, morreu antes 
do autor da herança, e tem três filhos: C, D e E. Ao abrir-se a sucessão de X, o A, que 
é o primeiro grau de parentesco descendente, é o que vai ser chamado em primeiro 
lugar e vai suceder por direito próprio, ao passo que o C, o D e o E, que são a 
estirpe do B, vão suceder por direito de representação. 
O direito de representação existe na linha descendente, sem limites, 
não existe na linha ascendente, e existe em uma hipótese na colateral. 
Então, o direito de representação ocorre na classe dos descendentes, 
ilimitadamente, não ocorre na classe dos ascendentes, e ocorre em uma única hipótese 
na classe dos colaterais, com limitação de grau. 
Como vai ser a distribuição da herança de X que deixou 120 mil? O A 
recebe 60 mil, e os 60 mil que seriam do B vão ser divididos entre sua estirpe. Se a 
estirpe tem 3 ou 10 representantes, não importa, pois vamos dividir aquilo que caberia 
ao B. Então, neste caso do exemplo, vamos dividir os 60 mil que seriam do B por três 
(D,E,F) e cada um vai receber 20 mil. 
Vamos supor que o F também estivesse pré-morto em relação ao autor 
da Herança, e F tenha 2 filhos, P e Q. Nesse caso, ocorre ainda o direito de 
representação de P e Q, no luar de F, que estava no lugar de B. Nesse raciocínio, os 20 
mil que caberiam ao F serão divididos entre a sua estirpe, P e Q, 10 mil para cada um. 
Não há limite do direito de representação na linha descendente, nem na 
ascendente para herdar, mas há limite na linha colateral (ou transversal) . 
No direito de representação, vai-se buscando para o lugar do sucessor 
pré-morto, um outro sucessor. 
Então, a regra básica do direito sucessório é que o herdeiro mais 
próximo afasta o mais remoto, exceto no direito de representação (sempre vai 
haver, então, uma disparidade de graus quando há direito de representação). 
 
Direito de representação na classe dos colaterais. 
Vamos tratar agora do direito de representação na classe dos colaterais. 
 
 
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Todos os Direitos Reservados – AJURIS Escola Superior da Magistratura 
Professora: MARIA ARACY MENEZES DA COSTA Disciplina: CIVIL – DIREITO DAS SUCESSÔES ANO: 2008 
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Vamos analisar a sucessão de A, que faleceu em 20-05-07. Seu pai, X, 
também é pré-morto, assim como sua mãe. Ele não tem descendentes nem 
ascendentes. Somente parentes colaterais. 
O D está pré-morto e o C também. B está vivo. 
A regra do direito de representação está no art.1.851: ”Dá-se o direito 
de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos 
os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse”. 
Reza o art. 1.852: “O direito de representação dá-se na linha reta 
descendente, mas nunca na ascendente”. 
E o art. 1.853 diz: “Na linha transversal, somente se dá o direito de 
representação em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste 
concorrerem”. 
O valor da herança é de 120 mil. Morreu um jovem que não tinha pai 
nem mãe, tinha um irmão, dois sobrinhos e um sobrinho-neto. Quem vai herdar e a 
que título? Qual a forma de sucessão? 
O B vai herdar por cabeça, vai suceder por direito próprio; a partilha se 
dá por cabeça. 
O E e o F vão suceder por representação a C; a partilha vai se dar por 
estirpe. 
Tem uma outra pessoa viva, o H, 
A 
P-M 
B 
F 
X 
E G 
P-M 20.5.07 
C D 
P-M 
H 
 
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Professora: MARIA ARACY MENEZES DA COSTA Disciplina: CIVIL – DIREITO DAS SUCESSÔES ANO: 2008 
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O herdeiro que vai receber por direito próprio é o B. Se o B recebe por 
direito próprio, somente os outros do mesmo grau, C e o D, é que poderiam herdar 
também por direito próprio. Então, como o B está vivo e vai receber por direito próprio, 
ele afastaria os mais remotos de sua linhagem, caso os tivesse. Assim, se B tivesse um 
filho, o filho de B não receberia, porque o seu pai, B, mais próximo, vai receber. 
Agora, quando há uma distribuição por cabeça e por direito próprio, 
há que se examinar, se ocorre, ou não, o direito de representação e, se ocorre, para 
quem ocorre. 
O art. 1.853 reza: “Na linha transversal, somente se dá o direito de 
representação em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste 
concorrerem”. É transversal (ou colateral), porque a herança será distribuída nem para 
descendentes nem ascendentes do A, mas para seus colaterais. 
O artigo fala ainda em filhos, e não em estirpe. Os filhos do irmão do 
falecido vão concorrer com o outro irmão do falecido. 
Então, na linha transversal, só se dá o direito de representação quando 
os filhos de um irmão do falecido concorrerem com outros irmãos do falecido. No caso 
aqui, serão o B, o E e o F. E não vai ganhar nada o H porque ele não é filho do 
irmão falecido, mas neto do irmão do falecido. 
Então, se falece uma pessoa e sua herança vai para seus irmãos (linha 
colateral ou transversal) , e ele tem além de irmãos, tem sobrinhos e sobrinhos-netos, 
os sobrinhos do falecido podem exercer o direito de representação, se o seu pai 
for falecido, mas o sobrinho-neto não pode representar o seu avô na sucessão do irmão 
do avô. 
Existe uma única hipótese de direito de representação na linha 
colateral: sobrinho do falecido, concorrendo com irmão do falecido. Não há 
outra. 
O H, então, não tem direito de representação. 
Agora, se todos morrem e resta apenas o H, ele recebe ou não? O A 
morre, e o único herdeiro, único parente vivo do A é o H, ele recebe? Nesse caso, a 
questão é diferente: a sucessão vai se dar por direito próprio. Neste caso, não existe 
nenhum direito de representação do H, e o H vai herdar como único colateral, de 4º 
 
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Professora: MARIA ARACY MENEZES DA COSTA Disciplina: CIVIL – DIREITO DAS SUCESSÔES ANO: 2008 
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grau, por direito próprio Ele não pode receber por representação, mas, se não houver 
outros parentes de grau anterior, nenhum do segundo grau, nenhum do terceiro, e ele 
for do 4º grau, ele tem então o direito de receber. 
Então, o A vai receber por direito próprio ea partilha será por cabeça, o 
E e F vão receber por representação e a partilha é por estirpe. Se há alguém em 
representação, há que ser visto quem tem o direito. Por representação, o H não recebe, 
mas, por direito próprio, o H pode receber. E se houvesse um outro parente vivo, de 4º 
grau, como por exemplo um filho de F, o H dividiria a herança com esse outro colateral 
de 4º grau. 
O direito próprio na classe dos descendentes,vai ser sempre por cabeça. 
Nos ascendentes, vai ser por linha. 
O Código não contempla parentes além do 4º grau. Nem considera 
parentes os que forem além desse grau. 
 
SUCESSÃO POR DIREITO PRÓPRIO E PARTILHA POR LINHA 
Vamos falar sobre as formas de suceder e as formas de partilhar. 
Formas de suceder: por direito próprio, direito de representação e 
direito de transmissão. 
Formas de partilhar: por cabeça, por estirpe e por linha. 
Primeiro, vamos ver as formas de suceder. 
A sucessão por direito próprio ocorre quando é chamado o herdeiro 
mais próximo do falecido, que, pela ordem sucessória do Código, seria o primeiro a ser 
chamado. Ele vai suceder por um direito que é dele, ele não está no lugar de ninguém, 
não está representando ninguém, está apenas sendo chamado para receber aquilo que 
é, pela lei, seu. 
A sucessão por direito de representação ocorre quando um herdeiro 
ou um grupo de herdeiros é chamado para o lugar de uma pessoa que não pôde 
receber a herança. Essa pessoa não pôde receber a herança por uma impossibilidade 
física: ou impossibilidade jurídica. 
 
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a) Impossibilidade física ocorre quando a pessoa chamada a suceder 
não pode em decorrência do evento “morte”: ela já morreu, e não pode suceder. 
b) impossibilidade jurídica ocorre se a pessoa chamada a suceder oi 
declarada indigna, ou deserdada, por sentença transitada em julgado. 
Tanto em caso de morte, como indignidade ou deserdação, dá-se o 
direito de representação, quando a estirpe do herdeiro o representa. 
Quando um herdeiro é afastado por indignidade, sendo a pena pessoal, 
a declaração de indignidade não atinge a estirpe do herdeiro afastado. Por exemplo: se 
um filho tentou matar o pai, ele é afastado da sucessão, mas os filhos daquele que foi 
afastado podem vir em seu lugar para representá-lo. 
Se um herdeiro renuncia à herança, a sua estirpe pode sucedê-lo por 
representação? Não. Pode sucedê-lo por direito próprio? Sim. 
 
Por exemplo: 
 
 
 
A B 
C 
X 
D E 
R 
 
 
 
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Um pai (X) tinha dois filhos: A e B. B renuncia. Ele tinha três filhos: C, 
D e E. A pergunta é: a estirpe de B (do renunciante) que no caso , são seus filos C, D 
e E, pode representá-lo? Não. 
Não existe direito de representação na renúncia. 
 
Observem a situação seguinte aqui: numa descendência em que o X 
morre e deixa dois filhos (A e B) e um neto (F). Todos são descendentes na linha reta. 
O A e o B são descendentes de primeiro grau, o F é de segundo grau. 
O que ocorre com a regra que já vimos que se refere aos mais próximos 
e mais remotos? Os mais próximos afastam os mais remotos. É o caso do B e F. Se B 
recebe, o F não recebe. 
Agora, se o B e o A renunciarem, o que vai acontecer com a primeira 
linha descendente? Ela será eliminada, porque todos eles estão saindo. Se todos estão 
saindo, o F será chamado a suceder por direito próprio (no último exemplo ele não 
detinha sequer o direito de representação, pois falamos em renúncia de seu pai). 
Embora F seja sucessor de segundo grau na linha descendente, os mais próximos, da 
primeira linha descendente, não quiseram a herança. A herança retornou ao monte, e o 
monte procurou os próximos herdeiros a serem chamados, que, no caso, foi o F. 
No direito de representação, sempre o herdeiro do grau de baixo sobe 
para dividir com o grau de cima. Se não há ninguém no grau de cima, então não pode 
haver direito de representação! No direito de representação, SEMPRE vai haver 
uma diversidade de graus entre os herdeiros! . 
A morte de um herdeiro durante o processamento do inventário vai 
levar ao direito de transmissão. A sucessão por direito de transmissão ocorre quando 
A B 
X 
R 
F 
 
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o herdeiro pós-morre ao autor da herança.. Então, a sua estirpe vem à sucessão do 
primeiro de cujus. , exercendo o direito de transmissão. 
 
Exemplo: 
 
 
Esse cidadão morreu em janeiro de 2007 e tinha três filhos: A, B e R. R 
faleceu posteriormente a seu pai, em julho de 2007. Quando o R faleceu, a herança do 
seu pai, que era de 900 mil, pelo princípio da saisine, já tinha sido transmitida aos três 
herdeiros vivos e juridicamente aptos a receber. Meses depois que o X morreu, um dos 
seus herdeiros morreu, mas o inventário do X não tinha sido feito ainda. Abre-se o 
inventário do X, o R já está morto, mas, pela saisine, já lhe tinha sido transmitido 
direitos de 300 mil. Então, os filhos do R, ou netos, ou bisnetos, por estirpe, vão 
suceder ao X por direito de transmissão de seu pai. 
O que acontece com o direito de transmissão, diferente do direito de 
representação? No direito de transmissão, já tinha sido passada a herança do falecido 
para o herdeiro, que nesse caso é o R. Em janeiro, já pertencia a R os 300 mil a que 
tinha direito pela morte de X. Posteriormente, quando R morreu, em julho, esses 300 
passaram, então, para os seus filhos. 
Nesse caso, tendo ocorrido o direito de transmissão, há duas 
sucessões, duas transmissões e dois impostos de transmissão. Paga-se o 
imposto do X para o R, e mais mais o imposto do R para G, S e T. Na pós-morte, há 
duas transmissões e dois impostos, ao passo que no direito de representação há uma 
transmissão e um imposto. 
 
A B 
G 
X 
S T 
R 
Morreu JUL. 2007 
Morreu JAN. 2007

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