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APOSTILA-DESPOLUIÇÃO-DE-CORPOS-HÍDRICOS

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Despoluição de Corpos 
Hídricos
 
 02 
 
 
 
1. Introdução 5 
 
2. Recursos Hídricos no Brasil 9 
Projetos Governamentais na Gestão 
dos Recursos Hídricos 10 
A Exploração de Recursos Hídricos no Brasil 11 
Exploração das Águas Subterrâneas 12 
Exploração de Poços e Recursos hídricos 12 
Área de Preservação Permanente – APP’ S 12 
Mas Afinal, o Que é uma APP’S? 14 
Qual a Real Importância das APP’S 14 
 
3. Como Funciona a Gestão de Recursos 
Hídricos no Brasil? 16 
Código de Águas 17 
Lei das Águas 17 
Lei Nº 9.984, de 17 de Julho de 2000 18 
Estrutura da Gestão dos Recursos 
Hídricos no Brasil. 19 
 
4. Recursos Hídricos X Saneamento Básico 21 
Saneamento Básico 22 
Sua Importância 22 
A Realidade do Saneamento Básico no Brasil 23 
Distribuição de Água Potável 23 
Coleta e Tratamento de Esgoto 25 
Drenagem Urbana 26 
Medidas para Drenagem Urbana no Brasil 27 
Resíduos Sólidos 27 
A Realidade dos Resíduos Sólidos no Brasil 28 
 
5. Estação de Tratamento de Esgoto - ETE 30 
Sistema de Tratamento de Esgoto Urbano 31 
Estação de Tratamento de Água - ETA 31 
 
 
 
 3 
 
 
 
 
6. Referências Bibliográficas 35 
 
 
 04 
 
 
 
 
 
 5 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
 
1. Introdução 
 
 
Fonte: https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-
movimento/noticia/2018/08/03/despoluicao-de-aguas-ainda-e-desafio-para-o-
brasil-conheca-os-principais-projetos.ghtml 
 
s fontes hídricas vêm receben-
do cada vez mais importância 
no cenário internacional, devido o 
valor do exploração sustentável da 
água para o bem-estar da sociedade 
mundial e para a ampliação dos 
países. 
O Brasil obtém 12% de recur-
sos hídricos de água doce do planeta, 
totalizando as 53% das reservas 
hídricos na América do Sul. Sendo 
que, a maior parte das fronteiras do 
nosso país é formada por corpos 
d'água, isto é, 83 rios fronteiriços e 
transfronteiriços, bem como de ba-
cias hidrográficas e de aquíferos. 
Visto que, essas bacias transfrontei-
riços tomam 60% do território 
brasileiro. 
No atual cenário o Brasil tem 
promovido iniciativas com o objeti-
vo de fortalecer a cooperação em 
gestão de recursos hídricos, de 
modo a garantir o pleno acesso à 
água potável. Na Organização do 
Tratado de Cooperação Amazônica 
(OTCA), as fontes hídricas conce-
bem um tema propício para a cola-
A 
 
 
6 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
 
boração, em vista da admirável 
potencial desses hídrico partilhado 
pelos países da bacia amazônica. 
Nesse plano bilateral, o país e seus 
vizinhos contribuem com vistas à 
gestão integrada das fontes hídricas 
fronteiriças e transfronteiriças. 
Para o Brasil, o gerenciamento 
dos recursos hídricos deve ser orien-
tada pela Agenda 21 e menciona os 
princípios citados na Declaração do 
Rio sobre Meio Ambiente e Desen-
volvimento feita no encontro em 
1992, singularmente em seu segun-
do princípio onde diz que os Estados 
têm o direito de empreender seus 
recursos em concordata com suas 
políticas ambientais e de ampliação. 
Ao mesmo tempo, os Estados têm o 
encargo de acautelar para que as 
explorações realizadas em suas 
jurisdições ou sob sua autoridade 
não causem agravos ao meio 
ambiente dos outros países ou as 
zonas que sejam fora dos limites 
nacionais. 
Desse modo, vemos que o 
Brasil têm amparado as resoluções e 
consignações internacionais nas 
quais se perfilha o direito humano à 
agua potável e ao saneamento, 
iterando que esse direito não gera 
comprometimentos exigíveis entre 
Estados. Sendo que a água é recurso 
natural estratégico, onde a gestão 
está no campo da soberania nacio-
nal, estabelecendo responsabilidade 
do Estado diante seus cidadãos. 
À vista disso, ele tem perma-
necido compelido para cumprir o 
Objetivo de Desenvolvimento Sus-
tentável (ODS) “nº 6 - Assegurar a 
disponibilidade e gestão sustentável 
da água e saneamento para todos.” 
No que se refere à proteção e a 
exploração sustentável de áreas 
úmidas, o Brasil faz parte, desde 
1993, com a criação da Convenção 
Ramsar sobre Zonas Úmidas, sendo 
que expressamente era voltada para 
a preservação dos habitats de 
espécies migratórias como as aves 
aquáticas, o que ganhou ao longo do 
anos, novas prioridades pertinentes 
ao manejo sustentável da biodi-
versidade e gerenciamento dos 
recursos hídricos. Assim, o país pas-
sou a possui vinte cinco áreas ins-
critas na listagem “Ramsar de Sítios 
de Áreas Úmidas de Importância 
Internacional”, da qual gestão é 
empregada pelo Ministério do Meio 
Ambiente. 
Na esfera da Convenção, o 
Brasil unifica três Iniciativas Regio-
nais volvidas para a defesa das zonas 
úmidas da região a "iniciativa para a 
conservação e uso racional da Bacia 
do Prata"; ainda a "iniciativa regio-
nal para o manejo integral e uso 
racional dos ecossistemas de 
mangues e corais", além disso a 
 
 
7 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
 
"iniciativa para a conservação e o 
uso sustentável de zonas úmidas na 
Bacia do Amazonas. 
Do mesmo modo, o Fórum 
Mundial da Água, é um evento 
trienal aparelhado pela organização 
não-governamental Conselho Mun-
dial da Água (CMA). De acordo com 
Instituto trata Brasil (2014): 
 
“[...] conta com a participação 
de governos, ONGs e da socie-
dade civil. O Fórum tem por 
objetivo promover o diálogo 
entre diferentes setores envol-
vidos com a temática dos recur-
sos hídricos e influenciar o 
processo decisório sobre a cria-
ção de novo marcos políticos, 
jurídicos e institucionais. O 
evento possui três vertentes: o 
Fórum propriamente dito (ses-
sões e reuniões temáticas e polí-
ticas); a Feira/Exposição, que 
representa oportunidade de ne-
gócios para as empresas do 
setor e a Vila Cidadã, na qual 
são oferecidas atividades cultu-
rais e interativas de conscienti-
zação sobre a importância da 
água e do saneamento [...]” 
 
Sendo que: 
 
“[...] Oito edições do evento já 
foram realizadas: Marrakesh, 
Marrocos, 1997; Haia, Holanda, 
2000; Kyoto, Japão, 2003; Ci-
dade do México, México, 2006; 
Istambul, Turquia, 2009; Mar-
selha, França, 2012; Daegu e 
Gyeongju, Coréia do Sul, 2015 e 
Brasília, 2018. Apesar de não 
constituir um foro intergover-
namental, o FMA é considerado 
hoje o principal ambiente de 
diálogo internacional entre di-
ferentes setores envolvidos com 
a temática dos recursos hídri-
cos, contando com ampla parti-
cipação da sociedade civil. [...]” 
 
Recentemente, Brasília abri-
gou, entre os dias 18 e 23 de março 
de 2018, a oitava publicação do 
evento (FMA-8), sendo que a pri-
meira vez que foi feita no hemisfério 
sul. O FMA 8, do qual o slogan foi 
"Compartilhando Água", aglomerou 
mais de 10.500 congressionais, de 
172 países, que compartilharam de 
cerca de 300 sessões temáticas. 
Além disso, de onze chefes de Estado 
e de Governo, permaneceram pre-
sentes governadores, prefeitos, par-
lamentares, membros do Judiciário, 
emissários de organizações interna-
cionais, empresários, academia. A 
Vila Cidadã auferiu mais de 100 mil 
visitantes, abrangendo mais de 50 
mil estudantes e 3 mil educadores. 
Conferindo assim um Fórum caráter 
único e inclusivo. 
 
 
 8
 
 
 
 
 
 9 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
2. Recursos Hídricos no Brasil 
 
 
Fonte: https://ibracam.com.br/blog/seria-a-dessalinizacao-uma-solucao-para-a-
crise-hidrica-do-brasil 
 
omo vimos acima o Brasil é um 
país excepcional quando se 
trata de recursos hídricos, ao menos 
na macro visão de pertence. Entre-
tanto, possuir 12% dessas fontes 
hídricas do planeta não o despede de 
áreas com falta de água. Visto que, 
em muitos municípios não conse-
guem se ampliar justamente por 
esse motivo. 
À vista disso, as razões da falta 
de água podem abarcar a poluição, 
principalmente em lugares esponta-
neamente desérticos e a falta de 
chuva em alguns períodos, o que 
culminam com a inabilidade gover-
namental de contornar a situação. 
Ao mesmo tempo, nem todas 
as águasaparentes juntamente com 
as águas subterrâneas contemplam 
a população brasileira de modo 
igualitário. Note as diferenças as 
entre norte e o nordeste do país, 
sendo que segundo convive com 
uma crise hídrica constante, o pri-
meiro possui alta disponibilidade, 
embora acumule índices não regula-
res de água tratada. 
O manejo dos recursos hídri-
cos no Brasil carece ser cerceada, 
C 
 
 10 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
ajuizada e direcionada de modo a 
apreciar a população de maneira 
mais concreta. 
Além do consumo em si, preci-
samos lembrar que a água é um 
membro do meio ambiente. Por esse 
motivo realiza um papel categórico 
na composição e estabilidade do 
solo, da flora e da fauna em geral. 
 
Projetos Governamentais 
na Gestão dos Recursos 
Hídricos 
 
Tão grandemente no aspecto 
ambiental quão intensamente no de 
consumo, o governo compartilha de 
tratados e cria metas para a preser-
vação dos recursos hídricos. Assim, 
a Organização do Tratado de Co-
operação 
Amazônica torna-se um exem-
plo onde a Organização foi criada em 
1978 por ação brasileira. Ela formou 
um bloco socioambiental em meio à 
os estados que compartilham o 
território amazônico e os países 
vizinhos. 
Essa parceria acarretou no 
Tratado de Cooperação Amazônica 
(TCA) que produz os projetos do 
gerenciamento de áreas como meio 
ambiente, temas indígenas, ciência e 
tecnologia, turismo, saúde e pôr fim 
a inclusão social. 
Outro trabalho que merece 
destaque é o Projeto Amazonas, 
coordenado pela Agência Nacional 
de Águas (ANA). A iniciativa realiza 
encontros técnicos regionais e cur-
sos de capacitação para a gestão de 
recursos hídricos na bacia ama-
zônica. 
 
 
Fonte: 
https://www.estadosecapitaisdobrasi
l.com/duvidas/qual-maior-bacia-
hidrografica-
mundo/attachment/bacia-
amazonica/ 
 
Ademais, dessa projeção 
governamental a propósito do meio 
ambiente, ainda existe a Assembleia 
Geral das Nações Unidas (ONU) que 
o realiza a nível internacional. Nes-
sas reuniões com os chefes de estado 
são constituídas metas mediante as 
obrigações em comum das nações. 
O Brasil como comparte dos 
Desígnios de Desenvolvimento Sus-
tentável, precisará disponibilizar 
saneamento e segurança hídrica, 
pelo meio de um gerenciamento 
sustentável. 
 
 11 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
Vale ressaltar que a despeito 
das diretrizes providenciado pelo 
governo federal, os estados têm 
livre-arbítrio de ação em analogia a 
seus recursos hídricos. 
 
A Exploração de Recursos 
Hídricos no Brasil 
 
No tocante, um dos principais 
pontos concernentes à exploração 
de recursos hídricos no Brasil é o 
agrupamento populacional. Em 
determinadas regiões, municípios e 
áreas metropolitanas que possuem 
elevadíssimos índices de cargas 
poluidoras, perpetrando assim uma 
maior disponibilidade de água para 
abastecimento público. 
Conforme especialistas, a po-
luição hídrica tem aumentado subs-
tancialmente no país. Com um 
manejo inadequado é conduzido, 
pelos esgotos dispensados em fontes 
hídricas, sem levar em consideração 
o desmatamento e uso impróprio do 
solo por insumos agrícolas e mine-
ração. 
A título de exemplo é a polui-
ção das águas fluviais acarretada 
pelo descarte irregular de esgoto 
urbano. O que advém por falta de 
tratamento prévio do mesmo. A lon-
go prazo isso acarreta ainda polui-
ção de córregos e rios. 
 
 
Fonte: 
https://veja.abril.com.br/blog/impact
o/projeto-tera-setores-publico-e-
privado-na-conservacao-da-baia-de-
guanabara/ 
 
Outro exemplo contraprodu-
cente do manejo das fontes hídricas 
no Brasil é a mineração. Que apesar 
das diretrizes vigentes para proteção 
ambiental, tais lugares não têm a 
tecnologia adequada, para o traba-
lho e o processamento de recursos 
minerais e os produtos utilizados. 
Pode se adicionar nessa lista-
gem as termelétricas e os complexos 
siderúrgicos que atuam com proces-
sos industriais remotos, não pos-
suindo nem mesmo aparelhamentos 
instalados que conseguem avaliar a 
poluição ambiental. 
Sendo assim, todos esses fato-
res despontam a seriedade de adotar 
uma política de gerenciamento inte-
grado de recursos hídricos. Afian-
çando uma articulação em todos 
aglomerados e os níveis institu-
cionais. 
 
 
 
 12 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
Exploração das Águas Subter-
râneas 
 
Dia acordo com a Constituição 
federativa do Brasil o direito do 
manejo das águas subterrâneas é 
jurisdição dos estados e a ANA - 
Agencia nacional de águas fica 
responsável por ordenar estudos e 
aprovisionar as informações neces-
sárias para um gerenciamento 
integrado e sustentável. 
 
Exploração de Poços e Recur-
sos Hídricos 
 
Nos dias atuais, a exploração 
dos poços vem minutando um 
aumento expressivo, de configura-
ção que alguns núcleos urbanos 
apropinquam a se aproveitar da 
água retirada de poço de atitude 
exclusiva. 
Assim, atualmente o país pos-
sui mais de duzentos mil poços 
tubulares para manejo. De maneira 
geral, 43% da população é provida 
por poços profundos, sendo 6% por 
poços rasos e por fim 12% de nas-
centes ou fontes. 
 
Área de Preservação Perma-
nente – APP’ S 
 
De modo a de defender o meio 
ecológico e especialmente a explo-
ração descomedida dos recursos 
hídricos foram cunhadas as Áreas de 
Preservação Permanente (APPs). 
Essas áreas protegidas são 
deliberadas no art. 225 da Cons-
tituição Federal: 
[...]Título VIII 
Da Ordem Social 
Capítulo VI 
Do Meio Ambiente 
Art. 225. Todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibra-
do, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao poder público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações. 
§ 1º Para assegurar a efetividade 
desse direito, incumbe ao poder 
público: 
I. Preservar e restaurar os 
processos ecológicos essen-
ciais e prover o manejo ecoló-
gico das espécies e ecos-
sistemas; 
II. Preservar a diversidade e a 
integridade do patrimônio 
genético do País e fiscalizar as 
entidades dedicadas à pesqui-
sa e manipulação de material 
genético; 
III. Definir, em todas as unidades 
da Federação, espaços ter-
ritoriais e seus componentes a 
serem especialmente protegi-
dos, sendo a alteração e a 
supressão permitidas somente 
 
 13 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
através de lei, vedada qualquer 
utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que 
justifiquem sua proteção; 
IV. Exigir, na forma da lei, para 
instalação de obra ou ativi-
dade potencialmente causado-
ra de significativa degradação 
do meio ambiente, estudo 
prévio de impacto ambiental, a 
que se dará publicidade; 
V. Controlar a produção, a 
comercialização e o emprego 
de técnicas, métodos e subs-
tâncias que comportem risco 
para a vida, a qualidade de 
vida e o meio ambiente; 
VI. Promover a educação ambien-
tal em todos os níveis de ensi-
no e a conscientização pública 
para a preservação do meio 
ambiente; 
VII. Proteger a fauna e a flora, 
vedadas, na forma da lei, as 
práticas que coloquem em 
risco sua função ecológica, 
provoquem a extinção de espé-
cies ou submetam os animais a 
crueldade. 
 
§ 2º Aquele que explorar recursos 
minerais fica obrigado a recuperar o 
meio ambiente degradado, de acor-
do com solução técnica exigida pelo 
órgão público competente, na forma 
da lei. 
§ 3º As condutas e atividades 
consideradas lesivas ao meio am-
biente sujeitarão os infratores, pes-
soas físicas ou jurídicas, a sanções 
penais e administrativas, indepen-
dentemente da obrigação de reparar 
os danos causados. 
§ 4º A Floresta Amazônica brasi-
leira, a Mata Atlântica, a Serra do 
Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a 
Zona Costeira são patrimônio nacio-
nal, e sua utilização far-se-á, na 
forma da lei, dentro de condições 
que assegurem a preservação do 
meioambiente, inclusive quanto ao 
uso dos recursos naturais. 
§ 5º São indisponíveis as terras 
devolutas ou arrecadadas pelos 
Estados, por ações discriminatórias, 
necessárias à proteção dos ecos-
sistemas naturais. 
§ 6º As usinas que operem com 
reator nuclear deverão ter sua loca-
lização definida em lei federal, sem o 
que não poderão ser instaladas. 
§ 7º Para fins do disposto na parte 
final do inciso VII do § 1º deste 
artigo, não se consideram cruéis as 
práticas desportivas que utilizem 
animais, desde que sejam mani-
festações culturais, conforme o § 1º 
do art. 215 desta Constituição Fede-
ral, registradas como bem de natu-
reza imaterial integrante do patri-
mônio cultural brasileiro, devendo 
ser regulamentadas por lei especí-
 
 14 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
fica que assegure o bem-estar dos 
animais envolvidos (BRASIL, 1988). 
Apontando assim as áreas 
rurais e urbanas. Para um melhor 
detalhamento podemos consultar o 
Código Florestal, a Lei Federal no 
4.771, de 1965 e as suas mudanças. 
Igualmente, temos as Reservas 
Legais para espaços rurais e outros 
ambientes de uso limitado. 
 
Mas Afinal, o Que é uma 
APP’S? 
 
Pode se dizer que é uma 
espaço que o desmatamento não é 
permitido, propendendo preservar 
os recursos hídricos adjuntos. É ver-
dade que isso tem a como principal 
apreciação a mata ciliar, contudo 
com a APP a fauna e a flora da região 
ao mesmo tempo são preservadas. 
Ou seja, de modo simultâneo, se 
garante o deleite das populações 
atuais e futuras. 
 
Qual a Real Importância das 
APP’S 
 
Na década de 80, esses espa-
ços foram expandidas pelo congres-
so nacional. O caso oferecido por um 
deputado situado na cidade Rio do 
Sul, reside ao Vale do Itajaí em Santa 
Catarina, que foi abrangida por 
grandes enchentes entre 1983 e 
1984. 
Durante esses momentos são 
comumente expandidas ou até gera-
das vagarosamente por meio do 
desmatamento. As pesquisas da 
época na região confirmaram que a 
perda de vidas humanas e econômi-
cas constituiriam em menos agravo 
se as áreas preservadas fossem 
maiores. 
Embora não existisse uma 
comissão própria para o meio am-
biente naquele instante, a aprovação 
foi unânime. A acrescentamento em 
lei foi de no mínimo cinco para 
trinta metros conservados em volto 
dos rios, riachos e encostas com 
grande declividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
3. Como Funciona a Gestão de Recursos Hídricos no 
Brasil? 
 
 
Fonte: https://www.aquafluxus.com.br/brasil-o-pais-dos-recursos-
hidricos/?lang=en 
 
Constituição 
 
xistem múltiplos dispositivos 
acerca dos recursos hídricos na 
Constituição federativa brasileira 
vigente. Possui ainda disposições 
sobre a propriedade das águas, sua 
aplicação e competências legislati-
vas e gerenciativas nas três esferas 
do poder. 
Por lei, não há águas privadas 
ou particulares de domínio próprio 
ligado à propriedade da terra. E 
além disso não existem fontes hídri-
cas de domínio dos municípios. 
Todas os recursos pertencem à 
União e aos estados. 
Por conseguinte, ficou estabe-
lecido que as fonte utilizada para 
geração de energia hidráulica per-
tence à União. Uma vez que eles 
constituem domínio distinto do solo 
para implicações de exploração ou 
aproveitamento. 
 
 
Fonte: Senado Federal 
E 
 
 17 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
Código de Águas 
 
O código de águas foi procla-
mado em 10 de julho de 1934 na 
configuração do Decreto nº 10.643. 
E está organizado em três livros: 
 Águas em Geral e sua Pro-
priedade; 
 Aproveitamento das Águas; 
 Forças Hidráulicas e Regula-
mentação da Indústria Hi-
droelétrica. 
 
O decreto se tornou pioneiro e 
serviu como base para várias legis-
lações, até mesmo de outros países. 
Ele prediz a cobrança da utilização 
dos recursos hídricos públicos e 
exprime o princípio poluidor-paga-
dor. À vista disso, coisa ou pessoa 
menos afastada que causar prejuízos 
ou danos às águas responderá 
criminalmente em concerto com as 
legislações vigentes. 
O código ainda perpetra uma 
grande importância para as leis 
brasileiras. Ainda em vigor, o decre-
to visa principalmente, afiançar a 
preservação e as propriedades das 
águas do Brasil. 
 
Lei das Águas 
 
Isto posto, a Lei nº 9.433 de 
08 de janeiro de 1997 foi afamada 
como “Lei das águas”. Sendo que, 
institui a Política Nacional dos 
Recursos Hídricos, onde define em 
seu escopo contravenções e pena-
lidades e cria o SINGERH – Sistema 
Nacional dos Recursos Hídricos. 
Considera-se como diretrizes 
ao gerenciamento sistemático des-
ses recursos, atendendo à qualidade, 
quantidade existente e às distinções 
físicas, químicas, bióticas, demo-
gráficas, ambientais, sociais e cultu-
rais do Brasil. Ao mesmo tempo, 
prediz a integração do gerenciamen-
to dos setores usufrutuários e os 
programas regionais, estaduais e 
nacionais. 
 
 
Fonte: 
https://iusnatura.com.br/potabilidad
e-da-agua/ 
 
Consta que nessa legislação a 
determinação sobre a gestão dos 
recursos hídricos que necessita ser 
fundamentada em usos múltiplos e 
descentralizada. Isto é, considera as 
diferentes utilizações da água e a 
participação da sociedade e governo 
nas deliberações sobre esses re-
cursos. 
Destaca-se que o Plano Nacio-
nal dos Recursos Hídricos é uma 
ferramenta de coordenação. Onde se 
objetiva constituir diretrizes e polí-
 
 18 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
ticas públicas para o progresso de 
oferta de água em combinação com 
as demandas exigidas. 
 
Lei Nº 9.984, de 17 de Julho de 
2000 
 
A lei nº 9984 de 2000 origina 
e regulamenta a Agência Nacional 
das Águas (ANA). Onde a entidade 
responsável pela prática da Política 
nacional dos Recursos Hídricos e 
pela administração do SINGERH. 
À ANA cabe atuar na labora-
ção e realização dos planejamentos 
para os recursos hídricos em bacias 
hidrográficas, sendo de propriedade 
federal, além de proporcionar apoio 
técnico para preparação desses pla-
nos em outras esferas. 
Dando uma melhor explica-
ção, funciona desse modo: as agên-
cias de bacias que são encarregadas 
da elaboração dos planejamentos de 
sua concernente bacia hidrográfica, 
no entanto podem solicitar apoio da 
ANA na laboração. Quando não há 
essas agências no local, torna-se 
responsabilidade da ANA ordenar o 
plano. 
Hoje em dia, existem oito pla-
nos de bacias organizados: 
 Margem Direita do Amazonas; 
 Tocantins-Araguaia; 
 São Francisco; 
 Paranaíba; 
 Verde Grande; 
 Rio Doce; 
 PCJ; 
 Paraíba do Sul. 
 
Sendo que essas bacias repre-
sentam 51% do território brasileiro. 
Do mesmo modo, cabe à ANA 
harmonizar as fontes hídricas em 
classes. Ela institui o nível de quali-
dade a ser obtido ou conservado em 
determinado intervalo de corpo 
d’água por um prazo indefinido. 
Essa classificação objetiva asseverar 
a qualidade da água com sua concer-
nente utilização, além de diminuir 
os gastos direcionados ao combate à 
poluição. 
 
 
Fonte: https://folhadoacre.com.br 
 
Entretanto como tudo isso é 
empregado? Via de regra, as legis-
lações exibidas acima são as mais 
proeminentes e as que versam prin-
cipalmente das águas e os recursos 
hídricos nacionais. O quadro abaixo 
apresenta todos os órgãos res-
ponsáveis pela gestão dos recursos 
hídricos do país. 
 
 
 
 19 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
 
 
O quadro acima exibi o 
sistema em âmbito nacional e esta-
dual, os colegiados, os responsáveis 
pelo gerenciamento, do poder outor-
gante e a entidade da bacia. 
 
Estrutura da Gestão dos 
Recursos Hídricos no Brasil. 
 
De tal modo, existe o Conselho 
Nacional de Recursos Hídricos 
(CNRH), instância mais alta do 
SINGERH, a qual cabe avaliar pare-
ceres, definir projetos, ajuizar sub-
versões e pronunciar para o requeri-
mento dos recursos hídricos por 
todo osâmbitos da federação. 
Simultaneamente, órgão do 
Ministério do Meio Ambiente 
(MMA), e a Secretaria de Recursos 
Hídricos e Ambiente Urbano 
(SRHU), são os agencia a fontes 
hídricas segundo o arcabouço regi-
mental formado pelo Decreto nº 
6.101, de 26 de abril de 2007. Não 
obstante, a ANA é acompanhada dos 
comitês e agências de bacia, supra-
citados anteriormente. 
Do mesmo modo incide na 
linha estadual. Possui o Conselho 
Estadual de Recursos Hídricos 
(CERH), aparelho decisório, acom-
panhado pelas Secretarias e Enti-
dades Estaduais, responsáveis pela 
administração das bacias e fontes 
hídricas dos estados que pertence à 
União e distrito federal. 
 
20 
 
 
 
 21 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
4. Recursos Hídricos X Saneamento Básico 
 
Fonte: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2017/06/22/df-e-goias-
inauguram-estacao-de-tratamento-de-esgotos-em-aguas-lindas/ 
 
aneamento básico e o geren-
ciamento de recursos hídricos 
são conceitos necessários que não se 
deve confundir. O gerenciamento 
dos recursos hídricos tem como 
ponto principal afiançar a disponi-
bilidade e propriedade da água para 
seus mais diferentes utilizações, 
abrangendo o fornecimento público 
e a prevenção do meio ambiente. 
Para tal, exigem múltiplas 
atuações como preservação e 
reconstrução de matas ciliares, salv-
aguarda de nascentes, métodos de 
manejo dos solos agrícolas e pastos, 
prática de redes coletoras e estações 
de trato para os esgotos sanitários, 
recolhimento e destinação correta 
do lixo e efluentes industriais, em 
meio a muitas outras. 
Primeiramente devemos saber 
que, o saneamento básico se especi-
fica ao conjunto de quatro ações, 
sendo ela: 
 Abastecimento de água; 
 Esgoto sanitário; 
 Limpeza urbana e coleta resí-
duos sólidos; 
 E a drenagem e coleta dos 
resíduos industriais. 
 
S 
 
 22 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
De tal modo, que o saneamen-
to está contido dentro do gerencia-
mento dos recursos hídricos. 
Além disso, vale ressaltar a 
importância dos serviços de sanea-
mento que geralmente são ofereci-
dos por empresas sejam estaduais 
ou privadas, enquanto a adminis-
tração dos recursos hídricos é juris-
dição do governo dos estados e da 
União, de acordo com o domínio. 
Tendo em consideração a con-
sultoria legislativa, na maior parte 
das regiões brasileiras, não há cone-
xão dentre a baixa disponibilidade 
de fontes hídricas e a conjuntura dos 
serviços de saneamento. O que via 
de regra, são deficientes em plane-
jamento, como na operação e nas 
aquisições dos sistemas. 
No âmbito do saneamento 
básico o Brasil necessita urgente-
mente desenvolver para alcançar a 
universalização dos serviços. Em 
questões de administração, as políti-
cas dos recursos hídricos nacionais e 
o modelo de gestão atual são bem 
concretizados o que chama a aten-
ção de governos de outros países. 
Entretanto, a sua efetivação 
ainda existem deixa a desejar, visto 
que existem vários pontos a serem 
melhorados. Contudo, não se deve 
deixar de advertir que o Brasil está 
bem orientado quando se refere a 
legislação para preservação de sua 
abundância de águas. 
Saneamento Básico 
 
Saneamento básico é o conjunto de 
adequações que propende preservar 
ou transformar as condições do 
meio ambiente com o desígnio de 
precaver doenças e agenciar a saúde, 
aperfeiçoar a qualidade de vida da 
sociedade e à operosidade do indiví-
duo e promover a atividade econô-
mica. No Brasil, o saneamento é um 
direito asseverado pela Constituição 
e definido pela Lei nº. 11.445/2007 
como já citado anteriormente. 
Sendo que quando falamos de 
saneamento básico estamos citando 
os conjunto dos serviços, base e 
Instalações operacionais de forneci-
mento de água, esgotamento sani-
tário, higienização urbana, drena-
gem urbana, gerenciamento de 
resíduos sólidos e de águas pluviais. 
Apesar que recentemente se utilize 
no Brasil a definição de Saneamento 
Ambiental como sendo os quatros 
serviços mencionados anteriormen-
te, o mais corriqueiro é que o sanea-
mento seja aceito como sendo os 
serviços de promoção à água potá-
vel, o recolhimento e ao tratamento 
dos esgotos. 
 
Sua Importância 
 
Exigir o saneamento básico é 
um fator efetivo para um país poder 
ser considerado um país desenvol-
vido. O emprego da água tratada, 
 
 23 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
coleta e tratamento dos efluentes 
levam à desenvolvimento da quali-
dade de vidas dos indivíduos, 
especialmente na saúde Infantil com 
arrefecimento da mortalidade infan-
til, avanços na educação, na exten-
são do turismo, na valoração imobi-
liária, na fonte de renda do trabalha-
dor, na despoluição de fontes hídri-
cas e preservação dos recursos hídri-
cos, entre tantas outras. 
De acordo com Ministério da 
saúde em 2017, foram informadas 
mais de 258 mil internamentos por 
doenças de propagação hídricas no 
país. Em vinte anos entre 2016 a 
2036, estima-se um o avanço grada-
tivo do saneamento, o e valor que 
será disponibilizado pela economia 
com saúde, seja por afastamentos do 
trabalho, ou ainda por despesas com 
internação no Sistema Único de 
Saúde (SUS), deve chegar R$ 5,9 
bilhões no país. 
 
A Realidade do Saneamento 
Básico no Brasil 
 
Pesquisas feitas em meados de 
2016 pelo Sistema Nacional de 
Informações sobre Saneamento 
(SNIS) demonstram que no Brasil 
em média 51,9% da população não 
possui acesso à coleta de esgoto. 
Embora, umas certa obras foram 
realizada no país a nível de in-
fraestrutura, contudo o saneamento 
foi imêmore por infelizmente não 
ser um investimento que traz pres-
tígio público. 
Segundo Anthony Wong, 
renomado médico toxicologista e 
pediatra, as implicações de ignorar o 
saneamento no brasil afeta especial-
mente os mais pobres. Porém, pode 
abordar até as classes mais altas, 
pois quão intensamente as epide-
mias como a Dengue ou Zika, atinge 
todos em épocas chuvas. 
Outro fator, que devemos 
considerar é o crescimento popula-
cional que ao mesmo tempo de-
monstrou a falta de planejamento 
das cidades em analogia ao sanea-
mento básico, segundo ressalta a 
pesquisa. De acordo com procura-
dor de Justiça, Sávio Bittencourt 
(2016) “lembra que cuidar do sanea-
mento básico é essencial para 
preservação de recursos naturais e 
para a saúde pública.” 
 
Distribuição de Água Potável 
 
Quando discorremos sobre 
água tratada, mais de 35 milhões de 
pessoas não possuem acesso, um 
número assombroso para um país 
que visa desenvolvimento. Refle-
tindo na disponibilidade da água, 
esse não deveria ser um problema, 
uma vez que o país possui 12% da 
água doce do mundo já supracitado. 
Dessa forma, a distribuição dessas 
 
 24 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
águas se tornam o verdadeiro 
problema. 
Hoje em dia, 70% das fontes 
hídricas se localizam na região 
amazônica, que aprecia apenas 7% 
da população. Isso adverte que 
temos escassos recursos para a 
opressiva maioria da população. A 
lista de fontes hídricas continua 
sendo disseminadas em 3% no nor-
deste, 15% centro-oeste e 12% divido 
em partes igual entre o sul e sudeste. 
Desse modo, podemos ser 
observar que o nordeste é a região 
mais sofre com a deficiência de água 
potável. Segundo o gráfico abaixo, 
os estados que mais necessita se 
agrupam nessa localidade. 
 
 
Distribuição de recursos hídricos 
 
Disponibilidade 
hídrica per capita 
(m³/hab/ano) 
Estados Situação 
>20.000 AC, AM, AP, GO, MS, 
MT, PA, RO, RR, RS, e 
TO 
Riquíssimo 
>10.000 MA, MG, SC, e PR Muito rico 
>5.000 ES e PI Rico 
>2.500 BA e SP Situação adequada 
<2.500 CE, RJ, RN, DF, AL e 
SE 
Pobres 
<1.500 PB e PE Situação crítica 
 
Fonte: http://eosconsultores.com.br 
 
De acordo com os especialistas 
do setor com 33% da reservas que a 
população nordestina possui daria 
para abastecer a região nos padrões25 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
constituídos pela ONU para desen-
volvimento humano. Com a quantia 
retirada seria presumível irrigar até 
mesmo 2 milhões de hectares de 
terras cultiváveis. 
Outro fator que devemos 
observar é que 38% da água tratada 
no brasil é perdida pelos sistemas de 
distribuição, provocando um prejuí-
zo de 11,5 bilhões. A título de exem-
plo, isso é mais da metade do que 
necessitaríamos acometer anual-
mente para totalizar o saneamento 
básico no país. A água perdida em 
nossos sistemas de distribuição 
aprovisionaria toda as populações 
da França, Suíça e Bélgica. 
 Os piores números de água 
potável 
 
De acordo com Instituto Trata 
Brasil que emitiu os números das 
cidades que mais carece por sanea-
mento. Os dados subsequentes são 
de 2018: 
 
“Macapá (AP), Porto Velho 
(RO), Santarém (PA), Ananin-
deua (PA) e Rio Branco (AC), 
com níveis menores ou próxi-
mos de 50% da população aten-
dida. Cidades como Ananin-
deua no estado do Pará atende 
apenas 30% dos munícipes.” 
 
Na verdade o saneamento 
básico no Brasil afeta prontamente 
na saúde, especialmente pelo consu-
mo de água sem um tratamento 
prévio e apropriado. Um compara-
tivo é a saúde pública atentar de um 
paciente com doença de ascendência 
sanitária e ele regressar duas sema-
nas em seguida com a mesma 
dificuldade, porquanto o agente 
determinante continua lá. 
Se observamos as informações 
prestada pelo IBGE, advertem que 
só nos derradeiros anos, mais de 
800 mil episódios de doenças jazem 
ligadas à má propriedade da água, 
enchentes e a deficiência no trata-
mento de lixo e esgoto. Os exemplos 
mais banais de doenças são dengue, 
hepatite A e B, malária, tifo, leptos-
pirose e febre amarela. 
 
Coleta e Tratamento de 
Esgoto 
 
Apenas 45% do esgoto, produ-
zido hoje no Brasil passa por coleta. 
 
Tratamento de esgoto no Brasil 
 
 
Fonte: http://tratabrasil.org 
 
 
 26 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
Como podemos analisar a falta 
do tratamento são cerca de 55% do 
esgoto originado, isso denota que 
hoje em dia esse montante é vertido 
para a natureza. É fato que as infor-
mações de coleta e tratamento de 
esgoto ascenderam em passo acele-
rado que os de repartição de água, 
contudo entre 2011 e 2016 constituí-
ram somente 3,8% de avanço na 
coleta e 7,4% no tratamento. 
Os principais agentes citados 
pelo governo são o valor das obras 
de infraestrutura que dificulta de 
implementação dos serviços. 
 
“[...] No caso do tratamento de 
esgoto, houve um pouco mais 
de um ponto percentual de alta 
por ano. Se considerarmos que 
não chegamos nem nos 50% de 
atendimento, estamos falando 
de mais de 50 anos [para 
universalizar]. Isso é inaceitá-
vel. É muito tempo para ter essa 
estrutura tão essencial, que é a 
do saneamento [...]” 
 
De acordo com diz Édison 
Carlos, presidente executivo do 
Instituto Trata Brasil (2018). 
Acordos consolidados para 
mudar o fato do saneamento básico 
no Brasil é o que não carecem. Mais 
à frente a ONU em 2015, obtivemos 
o Plano Nacional de Saneamento 
Básico- PLANSAB de 2010. Embora 
dos acordos teóricos, o investimento 
estancou ou ruiu de fato. 
 
Drenagem Urbana 
 
Outro fator que devemos ver é 
sobre a drenagem urbana que recebe 
pouca relevância como exposto a 
deficiência no planejamento para o 
setor. Habitualmente é a secretaria 
de obras municipal tem a respon-
sabilidade sobre o assunto. A des-
peito do saneamento básico ser con-
cernente a água, resíduos sólidos, 
esgoto e por fim a drenagem urbana, 
geralmente não veem um vínculo 
com o último. 
 
 
Fonte: 
oglobo.globo.com/rio/prefeitura-do-
rio-nao-gastou-um-centavo-este-
ano-com-drenagem-urbana-
contencao-de-encostas-23584108 
 
Contudo, há ações, leis e 
outros dispositivos que arriscam 
controlar, citando o emprego e 
impermeabilização tumultuada do 
solo. Entretanto, excepcionalmente, 
não têm uma visão ampla da meto-
dologia de expansão das cidades. 
Acarretando um amplo problema de 
infraestruturas que não conseguem 
 
 27 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
demonstrar a sua necessidade até 
que ocorram catástrofes como 
enchentes e inundações. 
Recomenda-se a implantação 
da drenagem urbana de forma co-
necta-las para acrescentar a efeti-
vidade dos sistemas pluviais. Tais 
adequações ausentariam as inunda-
ções como as acontecidas em São 
Paulo de forma quase constante. 
Dessa forma, as obras para 
drenagem urbana ficaram desampa-
radas desde a década de 70. De um 
parte, espera-se medidas de cunho 
legislativo, contudo por outro lado 
secretária municipais, estaduais e 
federais permaneceram na inércia. 
 
Medidas para Drenagem 
Urbana no Brasil 
 
De acordo com Ernani Miran-
da, da Secretaria Nacional de Sanea-
mento Ambiental (SNSA), existem 4 
soluções que são inovações que o 
setor possui e que geram resultados 
eficazes. Sendo eles: 
 Contenção do processo de 
impermeabilização – Regula-
mentos sobre uso do solo e 
fiscalização dessas ações; 
 Implantação de parques linea-
res – Proteger os recursos 
hídricos com parques ecoló-
gicos ao redor; 
 Adoção de reservatórios de 
retenção – Criação de piscinas 
para comportar a água da 
chuva em excesso a fim de 
direcioná-la novamente. 
 Disseminação de áreas de 
infiltração – Evitar áreas pú-
blicas impermeáveis, com uso 
de pisos que permitam a pas-
sagem de água. 
 
Além disso, essas ações as-
sociadas diminuem o influxo e volu-
me das águas, além de devolver a 
paisagem urbana. Entretanto, tais 
métodos exigem um planejamento 
mais complexo para alguns estados, 
como o Amazonas. Pois, o fato do 
Amazonas possuir aa maior bacia 
hidrográfica do país, exige um acor-
do bem mais ajuizado de tentar com-
ter o ciclo das águas. 
 
Resíduos Sólidos 
 
A Associação Brasileira de 
Empresas de Limpeza Pública e 
Resíduos Especiais (ABRELPE).no 
ano de 2016 realizou um estudo que 
apresenta que quando se trata de 
resíduos sólidos o Brasil em núme-
ros demonstra grande ineficácia em 
seu gerenciamento. 
 
 
Fonte: www.plannetaeducacao.com. 
 
 
 28 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
Hoje em dia 59,7% dos muni-
cípios brasileiros não há locais ade-
quados para esses rejeitos sólidos. 
No mesmo estudo as informações 
mostram que 76,5 milhões de pes-
soas padecem com essa destinação 
imprópria. Números irrisórios para 
o fato do saneamento básico no 
Brasil, assim como vistos pelos 
órgãos internacionais. 
 
A Realidade dos Resíduos 
Sólidos no Brasil 
 
Embora a problemática no 
setor, desde de 2010 está em vidên-
cia uma lei para a esfera que arrisca 
parametrizar e direcionar a imple-
mentação da coleta e tratamento 
desse resíduos. As lei do legislativo é 
nomeada por Política Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS). 
 
 
Fonte: 
https://portalresiduossolidos.com/dis
posicao-final-ambientalmente-
adequada-de-rejeitos/ 
 
De acordo com especialistas 
da área esse apontador tem evoluído 
a marchas lentas, e o volume incon-
dicional de resíduos organizado de 
forma imprópria tem acrescido gra-
dativamente, essas expressões são 
de Ricardo Scacchetti do Instituto 
Ekos Brasil. 
Outro fator é que existe 1775 
lixões despalhados pelo território 
Brasileiro e muitos catadores conti-
nuam em circunstância insalubre e 
degradante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
29 
 
 
 
 30 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
5. Estação de Tratamento de Esgoto - ETE 
 
Fonte: saneamentebasico.com.br 
 
coleta e o tratamento de esgoto 
de urbano e industriais são 
extremamente necessários, não só 
para me evitar a contaminação de 
fontes hídricas como para evitar a 
contaminação urbana. 
O processo é de certo modo 
simples, o esgoto é encaminhado 
para as estações de tratamento de 
esgoto conhecidas como ETE, atra-
vés dos receptores e formam a rede 
de esgoto urbanas ou industriais. 
Logo, realizam uma série de 
processospara tratá-lo e deixá-lo 
livre de micro e macro organismos 
com também os resíduos sólidos 
dessa forma, o efluente pode retor-
nar para o ecossistema despoluído. 
E até mesmo para reutilização na 
distribuição urbana de água potável. 
As ETEs são construídas de 
acordo com a quantidade de esgoto 
que auferem, esse cálculo é realizado 
considerando diversos fatores, como 
o tamanho da população. O trata-
mento em se é realizado em 5 etapas 
de tratamento, vamos conhecer cada 
um deles. Vale ressaltar aqui geral-
mente as ETE’s recebem visitas de 
estudantes e pesquisadores, então 
como aluno desse curso caso ainda 
não conheça uma estação de perto 
A 
 
 31 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
vale apena visitar. Ainda vale res-
saltar que no caso da indústria o 
tratamento poderá ser feito de 
diversas forma o que dependerá do 
 
produto produzido e seus compo-
nentes químicos utilizados. 
 
Sistema de Tratamento de 
Esgoto Urbano 
 
 
Fonte: site.sabesp.com.br 
 
 Gradeamento: empregado pa-
ra retirada macro materiais, 
como lixo, plantas, pedras etc.; 
 Desarenação: nessa fase, todos 
os lixos sólidos são coletados; 
 Tratamento biológico: fase 
responsável pela degeneração 
da matéria orgânica e micro 
organismo nocivos ao meio 
ambiente e humano que estão 
presente no esgoto; 
 Decantação: nessa fase de se-
paração, o lodo desenvolvido 
na etapa antecedente é decan-
tado e separado da água limpa; 
 Descarte: finalizadas todas as 
fases, o esgoto agora tradado, 
passa ser uma água limpa e 
potável, que pode ser devol-
vida ao meio ambiente. Ou 
destinada para o reuso. 
 
Estação de Tratamento de 
Água - ETA 
 
A água potável que chega à sua 
casa sobrevém de um processo de 
tratamento. Via de regra, costuma 
ser captada em mananciais, mas 
como sabemos juntamente vem 
 
 32 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
impurezas micro e macro. Assim a 
uma necessidade de passa por méto-
dos físicos, biológicos e químicos e, 
finalmente poderá ser distribuída 
para população, indústrias e esta-
belecimentos comerciais. 
No Brasil, em média são gasto 
154 litros por habitantes. Esse valor 
está acima do recomendado pela 
ONU que são em média 110 litros de 
acordo com a indicação das Orga-
nização das Nações Unidas. 
O tratamento efetivado nas 
estações de tratamento de água 
(ETA) se torna necessário, uma vez 
que a população não pode consumir 
água contaminada por microrganis-
mo nocivos para a saúde humana. 
Prevenindo assim a propagação de 
doenças. Normalmente o processo 
que veremos a seguir, é o mais 
utilizado em ETA’s, mas vale res-
saltar que algumas industrias neces-
sitam tratar sua própria fonte de 
água, como por exemplo refrigeran-
te e outras bebidas. O processo de 
tratamento em se é realizado em 8 
etapas: 
 
 
 
Fonte: turismo.sc.gov.br 
 
 Captação: a água é retiradas de 
afluentes com impurezas, 
macro e micro, com por exem-
plo: terra, areia, rochas, plan-
tas e bactérias; 
 Adução: a captação é feita por 
é bombeamento seguindo por 
interceptores até as ETAs; 
 Coagulação: essa fase é um 
processo químico, onde favo-
rece o agrupamento das 
impuridades; 
 Flotação: já essa etapa é 
processo mecânico, que con-
siste em separação de sólidos 
por meio de formação de 
espuma; 
 Floculação: nessa fase é inse-
rido um agente coagulante, 
 
 33 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
geralmente sulfato de alumí-
nio. Onde as impurezas ainda 
existente são agrupadas em 
floculo. 
 Decantação: nessa fase, os 
flocos desenvolvidos anterior-
mente por serem mais densos 
ficam preso no fundo, tornado 
possível a filtração. 
 Filtragem: seguindo a fase 
anterior a água passa por um 
filtro feiro de de areia grossa, 
fina, cascalho, pedregulho e 
carvão ativo; 
 Desinfecção: nessa fase a água 
é desinfetada com utilização 
de cloro e ganha adição de 
flúor; 
 Reservação: já em estado 
potável a água é armazenada 
em reservatórios, que poste-
riormente será distribuída 
para a população. 
 
A agencia brasileira de normas 
técnica - ABNT, estabelece alguns 
paramentos nos processos relacio-
nados à água, assim garante que as 
ETA’s e ETE’s sigam padrões para a 
qualidade da água, além das exi-
gências para as construções das 
estações de tratamento. Ao mesmo 
tempo tem que está em consenso 
com as resoluções do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente, Cona-
ma. De forma que que os dejetos 
desses processos possam ser descar-
tados do modo menos nocivo pos-
sível para o meio ambiente e que o 
produto final possua a caracterizas 
imprescindível para ser reutilizado. 
Por fim, com essas informa-
ções, espero que tenha ficado claro o 
quão importantes são esses proces-
sos e do mesmo modo essenciais, 
para vida humana e ambiental. A 
edificação dessas estações carecem 
de ser estimuladas com o desígnio 
de garantir que a água seja preser-
vada. E assim, finalizamos essa 
disciplina. 
 
 
 34 
 
 
DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 
35 
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