Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Despoluição de Corpos Hídricos 02 1. Introdução 5 2. Recursos Hídricos no Brasil 9 Projetos Governamentais na Gestão dos Recursos Hídricos 10 A Exploração de Recursos Hídricos no Brasil 11 Exploração das Águas Subterrâneas 12 Exploração de Poços e Recursos hídricos 12 Área de Preservação Permanente – APP’ S 12 Mas Afinal, o Que é uma APP’S? 14 Qual a Real Importância das APP’S 14 3. Como Funciona a Gestão de Recursos Hídricos no Brasil? 16 Código de Águas 17 Lei das Águas 17 Lei Nº 9.984, de 17 de Julho de 2000 18 Estrutura da Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil. 19 4. Recursos Hídricos X Saneamento Básico 21 Saneamento Básico 22 Sua Importância 22 A Realidade do Saneamento Básico no Brasil 23 Distribuição de Água Potável 23 Coleta e Tratamento de Esgoto 25 Drenagem Urbana 26 Medidas para Drenagem Urbana no Brasil 27 Resíduos Sólidos 27 A Realidade dos Resíduos Sólidos no Brasil 28 5. Estação de Tratamento de Esgoto - ETE 30 Sistema de Tratamento de Esgoto Urbano 31 Estação de Tratamento de Água - ETA 31 3 6. Referências Bibliográficas 35 04 5 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 1. Introdução Fonte: https://g1.globo.com/especial-publicitario/em- movimento/noticia/2018/08/03/despoluicao-de-aguas-ainda-e-desafio-para-o- brasil-conheca-os-principais-projetos.ghtml s fontes hídricas vêm receben- do cada vez mais importância no cenário internacional, devido o valor do exploração sustentável da água para o bem-estar da sociedade mundial e para a ampliação dos países. O Brasil obtém 12% de recur- sos hídricos de água doce do planeta, totalizando as 53% das reservas hídricos na América do Sul. Sendo que, a maior parte das fronteiras do nosso país é formada por corpos d'água, isto é, 83 rios fronteiriços e transfronteiriços, bem como de ba- cias hidrográficas e de aquíferos. Visto que, essas bacias transfrontei- riços tomam 60% do território brasileiro. No atual cenário o Brasil tem promovido iniciativas com o objeti- vo de fortalecer a cooperação em gestão de recursos hídricos, de modo a garantir o pleno acesso à água potável. Na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), as fontes hídricas conce- bem um tema propício para a cola- A 6 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS boração, em vista da admirável potencial desses hídrico partilhado pelos países da bacia amazônica. Nesse plano bilateral, o país e seus vizinhos contribuem com vistas à gestão integrada das fontes hídricas fronteiriças e transfronteiriças. Para o Brasil, o gerenciamento dos recursos hídricos deve ser orien- tada pela Agenda 21 e menciona os princípios citados na Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desen- volvimento feita no encontro em 1992, singularmente em seu segun- do princípio onde diz que os Estados têm o direito de empreender seus recursos em concordata com suas políticas ambientais e de ampliação. Ao mesmo tempo, os Estados têm o encargo de acautelar para que as explorações realizadas em suas jurisdições ou sob sua autoridade não causem agravos ao meio ambiente dos outros países ou as zonas que sejam fora dos limites nacionais. Desse modo, vemos que o Brasil têm amparado as resoluções e consignações internacionais nas quais se perfilha o direito humano à agua potável e ao saneamento, iterando que esse direito não gera comprometimentos exigíveis entre Estados. Sendo que a água é recurso natural estratégico, onde a gestão está no campo da soberania nacio- nal, estabelecendo responsabilidade do Estado diante seus cidadãos. À vista disso, ele tem perma- necido compelido para cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sus- tentável (ODS) “nº 6 - Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.” No que se refere à proteção e a exploração sustentável de áreas úmidas, o Brasil faz parte, desde 1993, com a criação da Convenção Ramsar sobre Zonas Úmidas, sendo que expressamente era voltada para a preservação dos habitats de espécies migratórias como as aves aquáticas, o que ganhou ao longo do anos, novas prioridades pertinentes ao manejo sustentável da biodi- versidade e gerenciamento dos recursos hídricos. Assim, o país pas- sou a possui vinte cinco áreas ins- critas na listagem “Ramsar de Sítios de Áreas Úmidas de Importância Internacional”, da qual gestão é empregada pelo Ministério do Meio Ambiente. Na esfera da Convenção, o Brasil unifica três Iniciativas Regio- nais volvidas para a defesa das zonas úmidas da região a "iniciativa para a conservação e uso racional da Bacia do Prata"; ainda a "iniciativa regio- nal para o manejo integral e uso racional dos ecossistemas de mangues e corais", além disso a 7 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS "iniciativa para a conservação e o uso sustentável de zonas úmidas na Bacia do Amazonas. Do mesmo modo, o Fórum Mundial da Água, é um evento trienal aparelhado pela organização não-governamental Conselho Mun- dial da Água (CMA). De acordo com Instituto trata Brasil (2014): “[...] conta com a participação de governos, ONGs e da socie- dade civil. O Fórum tem por objetivo promover o diálogo entre diferentes setores envol- vidos com a temática dos recur- sos hídricos e influenciar o processo decisório sobre a cria- ção de novo marcos políticos, jurídicos e institucionais. O evento possui três vertentes: o Fórum propriamente dito (ses- sões e reuniões temáticas e polí- ticas); a Feira/Exposição, que representa oportunidade de ne- gócios para as empresas do setor e a Vila Cidadã, na qual são oferecidas atividades cultu- rais e interativas de conscienti- zação sobre a importância da água e do saneamento [...]” Sendo que: “[...] Oito edições do evento já foram realizadas: Marrakesh, Marrocos, 1997; Haia, Holanda, 2000; Kyoto, Japão, 2003; Ci- dade do México, México, 2006; Istambul, Turquia, 2009; Mar- selha, França, 2012; Daegu e Gyeongju, Coréia do Sul, 2015 e Brasília, 2018. Apesar de não constituir um foro intergover- namental, o FMA é considerado hoje o principal ambiente de diálogo internacional entre di- ferentes setores envolvidos com a temática dos recursos hídri- cos, contando com ampla parti- cipação da sociedade civil. [...]” Recentemente, Brasília abri- gou, entre os dias 18 e 23 de março de 2018, a oitava publicação do evento (FMA-8), sendo que a pri- meira vez que foi feita no hemisfério sul. O FMA 8, do qual o slogan foi "Compartilhando Água", aglomerou mais de 10.500 congressionais, de 172 países, que compartilharam de cerca de 300 sessões temáticas. Além disso, de onze chefes de Estado e de Governo, permaneceram pre- sentes governadores, prefeitos, par- lamentares, membros do Judiciário, emissários de organizações interna- cionais, empresários, academia. A Vila Cidadã auferiu mais de 100 mil visitantes, abrangendo mais de 50 mil estudantes e 3 mil educadores. Conferindo assim um Fórum caráter único e inclusivo. 8 9 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 2. Recursos Hídricos no Brasil Fonte: https://ibracam.com.br/blog/seria-a-dessalinizacao-uma-solucao-para-a- crise-hidrica-do-brasil omo vimos acima o Brasil é um país excepcional quando se trata de recursos hídricos, ao menos na macro visão de pertence. Entre- tanto, possuir 12% dessas fontes hídricas do planeta não o despede de áreas com falta de água. Visto que, em muitos municípios não conse- guem se ampliar justamente por esse motivo. À vista disso, as razões da falta de água podem abarcar a poluição, principalmente em lugares esponta- neamente desérticos e a falta de chuva em alguns períodos, o que culminam com a inabilidade gover- namental de contornar a situação. Ao mesmo tempo, nem todas as águasaparentes juntamente com as águas subterrâneas contemplam a população brasileira de modo igualitário. Note as diferenças as entre norte e o nordeste do país, sendo que segundo convive com uma crise hídrica constante, o pri- meiro possui alta disponibilidade, embora acumule índices não regula- res de água tratada. O manejo dos recursos hídri- cos no Brasil carece ser cerceada, C 10 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS ajuizada e direcionada de modo a apreciar a população de maneira mais concreta. Além do consumo em si, preci- samos lembrar que a água é um membro do meio ambiente. Por esse motivo realiza um papel categórico na composição e estabilidade do solo, da flora e da fauna em geral. Projetos Governamentais na Gestão dos Recursos Hídricos Tão grandemente no aspecto ambiental quão intensamente no de consumo, o governo compartilha de tratados e cria metas para a preser- vação dos recursos hídricos. Assim, a Organização do Tratado de Co- operação Amazônica torna-se um exem- plo onde a Organização foi criada em 1978 por ação brasileira. Ela formou um bloco socioambiental em meio à os estados que compartilham o território amazônico e os países vizinhos. Essa parceria acarretou no Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) que produz os projetos do gerenciamento de áreas como meio ambiente, temas indígenas, ciência e tecnologia, turismo, saúde e pôr fim a inclusão social. Outro trabalho que merece destaque é o Projeto Amazonas, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA). A iniciativa realiza encontros técnicos regionais e cur- sos de capacitação para a gestão de recursos hídricos na bacia ama- zônica. Fonte: https://www.estadosecapitaisdobrasi l.com/duvidas/qual-maior-bacia- hidrografica- mundo/attachment/bacia- amazonica/ Ademais, dessa projeção governamental a propósito do meio ambiente, ainda existe a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que o realiza a nível internacional. Nes- sas reuniões com os chefes de estado são constituídas metas mediante as obrigações em comum das nações. O Brasil como comparte dos Desígnios de Desenvolvimento Sus- tentável, precisará disponibilizar saneamento e segurança hídrica, pelo meio de um gerenciamento sustentável. 11 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS Vale ressaltar que a despeito das diretrizes providenciado pelo governo federal, os estados têm livre-arbítrio de ação em analogia a seus recursos hídricos. A Exploração de Recursos Hídricos no Brasil No tocante, um dos principais pontos concernentes à exploração de recursos hídricos no Brasil é o agrupamento populacional. Em determinadas regiões, municípios e áreas metropolitanas que possuem elevadíssimos índices de cargas poluidoras, perpetrando assim uma maior disponibilidade de água para abastecimento público. Conforme especialistas, a po- luição hídrica tem aumentado subs- tancialmente no país. Com um manejo inadequado é conduzido, pelos esgotos dispensados em fontes hídricas, sem levar em consideração o desmatamento e uso impróprio do solo por insumos agrícolas e mine- ração. A título de exemplo é a polui- ção das águas fluviais acarretada pelo descarte irregular de esgoto urbano. O que advém por falta de tratamento prévio do mesmo. A lon- go prazo isso acarreta ainda polui- ção de córregos e rios. Fonte: https://veja.abril.com.br/blog/impact o/projeto-tera-setores-publico-e- privado-na-conservacao-da-baia-de- guanabara/ Outro exemplo contraprodu- cente do manejo das fontes hídricas no Brasil é a mineração. Que apesar das diretrizes vigentes para proteção ambiental, tais lugares não têm a tecnologia adequada, para o traba- lho e o processamento de recursos minerais e os produtos utilizados. Pode se adicionar nessa lista- gem as termelétricas e os complexos siderúrgicos que atuam com proces- sos industriais remotos, não pos- suindo nem mesmo aparelhamentos instalados que conseguem avaliar a poluição ambiental. Sendo assim, todos esses fato- res despontam a seriedade de adotar uma política de gerenciamento inte- grado de recursos hídricos. Afian- çando uma articulação em todos aglomerados e os níveis institu- cionais. 12 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS Exploração das Águas Subter- râneas Dia acordo com a Constituição federativa do Brasil o direito do manejo das águas subterrâneas é jurisdição dos estados e a ANA - Agencia nacional de águas fica responsável por ordenar estudos e aprovisionar as informações neces- sárias para um gerenciamento integrado e sustentável. Exploração de Poços e Recur- sos Hídricos Nos dias atuais, a exploração dos poços vem minutando um aumento expressivo, de configura- ção que alguns núcleos urbanos apropinquam a se aproveitar da água retirada de poço de atitude exclusiva. Assim, atualmente o país pos- sui mais de duzentos mil poços tubulares para manejo. De maneira geral, 43% da população é provida por poços profundos, sendo 6% por poços rasos e por fim 12% de nas- centes ou fontes. Área de Preservação Perma- nente – APP’ S De modo a de defender o meio ecológico e especialmente a explo- ração descomedida dos recursos hídricos foram cunhadas as Áreas de Preservação Permanente (APPs). Essas áreas protegidas são deliberadas no art. 225 da Cons- tituição Federal: [...]Título VIII Da Ordem Social Capítulo VI Do Meio Ambiente Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibra- do, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: I. Preservar e restaurar os processos ecológicos essen- ciais e prover o manejo ecoló- gico das espécies e ecos- sistemas; II. Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesqui- sa e manipulação de material genético; III. Definir, em todas as unidades da Federação, espaços ter- ritoriais e seus componentes a serem especialmente protegi- dos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente 13 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV. Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou ativi- dade potencialmente causado- ra de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V. Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e subs- tâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI. Promover a educação ambien- tal em todos os níveis de ensi- no e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII. Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espé- cies ou submetam os animais a crueldade. § 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acor- do com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio am- biente sujeitarão os infratores, pes- soas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, indepen- dentemente da obrigação de reparar os danos causados. § 4º A Floresta Amazônica brasi- leira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacio- nal, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meioambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecos- sistemas naturais. § 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua loca- lização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. § 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam mani- festações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Fede- ral, registradas como bem de natu- reza imaterial integrante do patri- mônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei especí- 14 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS fica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos (BRASIL, 1988). Apontando assim as áreas rurais e urbanas. Para um melhor detalhamento podemos consultar o Código Florestal, a Lei Federal no 4.771, de 1965 e as suas mudanças. Igualmente, temos as Reservas Legais para espaços rurais e outros ambientes de uso limitado. Mas Afinal, o Que é uma APP’S? Pode se dizer que é uma espaço que o desmatamento não é permitido, propendendo preservar os recursos hídricos adjuntos. É ver- dade que isso tem a como principal apreciação a mata ciliar, contudo com a APP a fauna e a flora da região ao mesmo tempo são preservadas. Ou seja, de modo simultâneo, se garante o deleite das populações atuais e futuras. Qual a Real Importância das APP’S Na década de 80, esses espa- ços foram expandidas pelo congres- so nacional. O caso oferecido por um deputado situado na cidade Rio do Sul, reside ao Vale do Itajaí em Santa Catarina, que foi abrangida por grandes enchentes entre 1983 e 1984. Durante esses momentos são comumente expandidas ou até gera- das vagarosamente por meio do desmatamento. As pesquisas da época na região confirmaram que a perda de vidas humanas e econômi- cas constituiriam em menos agravo se as áreas preservadas fossem maiores. Embora não existisse uma comissão própria para o meio am- biente naquele instante, a aprovação foi unânime. A acrescentamento em lei foi de no mínimo cinco para trinta metros conservados em volto dos rios, riachos e encostas com grande declividade. 16 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 3. Como Funciona a Gestão de Recursos Hídricos no Brasil? Fonte: https://www.aquafluxus.com.br/brasil-o-pais-dos-recursos- hidricos/?lang=en Constituição xistem múltiplos dispositivos acerca dos recursos hídricos na Constituição federativa brasileira vigente. Possui ainda disposições sobre a propriedade das águas, sua aplicação e competências legislati- vas e gerenciativas nas três esferas do poder. Por lei, não há águas privadas ou particulares de domínio próprio ligado à propriedade da terra. E além disso não existem fontes hídri- cas de domínio dos municípios. Todas os recursos pertencem à União e aos estados. Por conseguinte, ficou estabe- lecido que as fonte utilizada para geração de energia hidráulica per- tence à União. Uma vez que eles constituem domínio distinto do solo para implicações de exploração ou aproveitamento. Fonte: Senado Federal E 17 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS Código de Águas O código de águas foi procla- mado em 10 de julho de 1934 na configuração do Decreto nº 10.643. E está organizado em três livros: Águas em Geral e sua Pro- priedade; Aproveitamento das Águas; Forças Hidráulicas e Regula- mentação da Indústria Hi- droelétrica. O decreto se tornou pioneiro e serviu como base para várias legis- lações, até mesmo de outros países. Ele prediz a cobrança da utilização dos recursos hídricos públicos e exprime o princípio poluidor-paga- dor. À vista disso, coisa ou pessoa menos afastada que causar prejuízos ou danos às águas responderá criminalmente em concerto com as legislações vigentes. O código ainda perpetra uma grande importância para as leis brasileiras. Ainda em vigor, o decre- to visa principalmente, afiançar a preservação e as propriedades das águas do Brasil. Lei das Águas Isto posto, a Lei nº 9.433 de 08 de janeiro de 1997 foi afamada como “Lei das águas”. Sendo que, institui a Política Nacional dos Recursos Hídricos, onde define em seu escopo contravenções e pena- lidades e cria o SINGERH – Sistema Nacional dos Recursos Hídricos. Considera-se como diretrizes ao gerenciamento sistemático des- ses recursos, atendendo à qualidade, quantidade existente e às distinções físicas, químicas, bióticas, demo- gráficas, ambientais, sociais e cultu- rais do Brasil. Ao mesmo tempo, prediz a integração do gerenciamen- to dos setores usufrutuários e os programas regionais, estaduais e nacionais. Fonte: https://iusnatura.com.br/potabilidad e-da-agua/ Consta que nessa legislação a determinação sobre a gestão dos recursos hídricos que necessita ser fundamentada em usos múltiplos e descentralizada. Isto é, considera as diferentes utilizações da água e a participação da sociedade e governo nas deliberações sobre esses re- cursos. Destaca-se que o Plano Nacio- nal dos Recursos Hídricos é uma ferramenta de coordenação. Onde se objetiva constituir diretrizes e polí- 18 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS ticas públicas para o progresso de oferta de água em combinação com as demandas exigidas. Lei Nº 9.984, de 17 de Julho de 2000 A lei nº 9984 de 2000 origina e regulamenta a Agência Nacional das Águas (ANA). Onde a entidade responsável pela prática da Política nacional dos Recursos Hídricos e pela administração do SINGERH. À ANA cabe atuar na labora- ção e realização dos planejamentos para os recursos hídricos em bacias hidrográficas, sendo de propriedade federal, além de proporcionar apoio técnico para preparação desses pla- nos em outras esferas. Dando uma melhor explica- ção, funciona desse modo: as agên- cias de bacias que são encarregadas da elaboração dos planejamentos de sua concernente bacia hidrográfica, no entanto podem solicitar apoio da ANA na laboração. Quando não há essas agências no local, torna-se responsabilidade da ANA ordenar o plano. Hoje em dia, existem oito pla- nos de bacias organizados: Margem Direita do Amazonas; Tocantins-Araguaia; São Francisco; Paranaíba; Verde Grande; Rio Doce; PCJ; Paraíba do Sul. Sendo que essas bacias repre- sentam 51% do território brasileiro. Do mesmo modo, cabe à ANA harmonizar as fontes hídricas em classes. Ela institui o nível de quali- dade a ser obtido ou conservado em determinado intervalo de corpo d’água por um prazo indefinido. Essa classificação objetiva asseverar a qualidade da água com sua concer- nente utilização, além de diminuir os gastos direcionados ao combate à poluição. Fonte: https://folhadoacre.com.br Entretanto como tudo isso é empregado? Via de regra, as legis- lações exibidas acima são as mais proeminentes e as que versam prin- cipalmente das águas e os recursos hídricos nacionais. O quadro abaixo apresenta todos os órgãos res- ponsáveis pela gestão dos recursos hídricos do país. 19 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS O quadro acima exibi o sistema em âmbito nacional e esta- dual, os colegiados, os responsáveis pelo gerenciamento, do poder outor- gante e a entidade da bacia. Estrutura da Gestão dos Recursos Hídricos no Brasil. De tal modo, existe o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), instância mais alta do SINGERH, a qual cabe avaliar pare- ceres, definir projetos, ajuizar sub- versões e pronunciar para o requeri- mento dos recursos hídricos por todo osâmbitos da federação. Simultaneamente, órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), e a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), são os agencia a fontes hídricas segundo o arcabouço regi- mental formado pelo Decreto nº 6.101, de 26 de abril de 2007. Não obstante, a ANA é acompanhada dos comitês e agências de bacia, supra- citados anteriormente. Do mesmo modo incide na linha estadual. Possui o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), aparelho decisório, acom- panhado pelas Secretarias e Enti- dades Estaduais, responsáveis pela administração das bacias e fontes hídricas dos estados que pertence à União e distrito federal. 20 21 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 4. Recursos Hídricos X Saneamento Básico Fonte: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2017/06/22/df-e-goias- inauguram-estacao-de-tratamento-de-esgotos-em-aguas-lindas/ aneamento básico e o geren- ciamento de recursos hídricos são conceitos necessários que não se deve confundir. O gerenciamento dos recursos hídricos tem como ponto principal afiançar a disponi- bilidade e propriedade da água para seus mais diferentes utilizações, abrangendo o fornecimento público e a prevenção do meio ambiente. Para tal, exigem múltiplas atuações como preservação e reconstrução de matas ciliares, salv- aguarda de nascentes, métodos de manejo dos solos agrícolas e pastos, prática de redes coletoras e estações de trato para os esgotos sanitários, recolhimento e destinação correta do lixo e efluentes industriais, em meio a muitas outras. Primeiramente devemos saber que, o saneamento básico se especi- fica ao conjunto de quatro ações, sendo ela: Abastecimento de água; Esgoto sanitário; Limpeza urbana e coleta resí- duos sólidos; E a drenagem e coleta dos resíduos industriais. S 22 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS De tal modo, que o saneamen- to está contido dentro do gerencia- mento dos recursos hídricos. Além disso, vale ressaltar a importância dos serviços de sanea- mento que geralmente são ofereci- dos por empresas sejam estaduais ou privadas, enquanto a adminis- tração dos recursos hídricos é juris- dição do governo dos estados e da União, de acordo com o domínio. Tendo em consideração a con- sultoria legislativa, na maior parte das regiões brasileiras, não há cone- xão dentre a baixa disponibilidade de fontes hídricas e a conjuntura dos serviços de saneamento. O que via de regra, são deficientes em plane- jamento, como na operação e nas aquisições dos sistemas. No âmbito do saneamento básico o Brasil necessita urgente- mente desenvolver para alcançar a universalização dos serviços. Em questões de administração, as políti- cas dos recursos hídricos nacionais e o modelo de gestão atual são bem concretizados o que chama a aten- ção de governos de outros países. Entretanto, a sua efetivação ainda existem deixa a desejar, visto que existem vários pontos a serem melhorados. Contudo, não se deve deixar de advertir que o Brasil está bem orientado quando se refere a legislação para preservação de sua abundância de águas. Saneamento Básico Saneamento básico é o conjunto de adequações que propende preservar ou transformar as condições do meio ambiente com o desígnio de precaver doenças e agenciar a saúde, aperfeiçoar a qualidade de vida da sociedade e à operosidade do indiví- duo e promover a atividade econô- mica. No Brasil, o saneamento é um direito asseverado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como já citado anteriormente. Sendo que quando falamos de saneamento básico estamos citando os conjunto dos serviços, base e Instalações operacionais de forneci- mento de água, esgotamento sani- tário, higienização urbana, drena- gem urbana, gerenciamento de resíduos sólidos e de águas pluviais. Apesar que recentemente se utilize no Brasil a definição de Saneamento Ambiental como sendo os quatros serviços mencionados anteriormen- te, o mais corriqueiro é que o sanea- mento seja aceito como sendo os serviços de promoção à água potá- vel, o recolhimento e ao tratamento dos esgotos. Sua Importância Exigir o saneamento básico é um fator efetivo para um país poder ser considerado um país desenvol- vido. O emprego da água tratada, 23 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS coleta e tratamento dos efluentes levam à desenvolvimento da quali- dade de vidas dos indivíduos, especialmente na saúde Infantil com arrefecimento da mortalidade infan- til, avanços na educação, na exten- são do turismo, na valoração imobi- liária, na fonte de renda do trabalha- dor, na despoluição de fontes hídri- cas e preservação dos recursos hídri- cos, entre tantas outras. De acordo com Ministério da saúde em 2017, foram informadas mais de 258 mil internamentos por doenças de propagação hídricas no país. Em vinte anos entre 2016 a 2036, estima-se um o avanço grada- tivo do saneamento, o e valor que será disponibilizado pela economia com saúde, seja por afastamentos do trabalho, ou ainda por despesas com internação no Sistema Único de Saúde (SUS), deve chegar R$ 5,9 bilhões no país. A Realidade do Saneamento Básico no Brasil Pesquisas feitas em meados de 2016 pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) demonstram que no Brasil em média 51,9% da população não possui acesso à coleta de esgoto. Embora, umas certa obras foram realizada no país a nível de in- fraestrutura, contudo o saneamento foi imêmore por infelizmente não ser um investimento que traz pres- tígio público. Segundo Anthony Wong, renomado médico toxicologista e pediatra, as implicações de ignorar o saneamento no brasil afeta especial- mente os mais pobres. Porém, pode abordar até as classes mais altas, pois quão intensamente as epide- mias como a Dengue ou Zika, atinge todos em épocas chuvas. Outro fator, que devemos considerar é o crescimento popula- cional que ao mesmo tempo de- monstrou a falta de planejamento das cidades em analogia ao sanea- mento básico, segundo ressalta a pesquisa. De acordo com procura- dor de Justiça, Sávio Bittencourt (2016) “lembra que cuidar do sanea- mento básico é essencial para preservação de recursos naturais e para a saúde pública.” Distribuição de Água Potável Quando discorremos sobre água tratada, mais de 35 milhões de pessoas não possuem acesso, um número assombroso para um país que visa desenvolvimento. Refle- tindo na disponibilidade da água, esse não deveria ser um problema, uma vez que o país possui 12% da água doce do mundo já supracitado. Dessa forma, a distribuição dessas 24 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS águas se tornam o verdadeiro problema. Hoje em dia, 70% das fontes hídricas se localizam na região amazônica, que aprecia apenas 7% da população. Isso adverte que temos escassos recursos para a opressiva maioria da população. A lista de fontes hídricas continua sendo disseminadas em 3% no nor- deste, 15% centro-oeste e 12% divido em partes igual entre o sul e sudeste. Desse modo, podemos ser observar que o nordeste é a região mais sofre com a deficiência de água potável. Segundo o gráfico abaixo, os estados que mais necessita se agrupam nessa localidade. Distribuição de recursos hídricos Disponibilidade hídrica per capita (m³/hab/ano) Estados Situação >20.000 AC, AM, AP, GO, MS, MT, PA, RO, RR, RS, e TO Riquíssimo >10.000 MA, MG, SC, e PR Muito rico >5.000 ES e PI Rico >2.500 BA e SP Situação adequada <2.500 CE, RJ, RN, DF, AL e SE Pobres <1.500 PB e PE Situação crítica Fonte: http://eosconsultores.com.br De acordo com os especialistas do setor com 33% da reservas que a população nordestina possui daria para abastecer a região nos padrões25 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS constituídos pela ONU para desen- volvimento humano. Com a quantia retirada seria presumível irrigar até mesmo 2 milhões de hectares de terras cultiváveis. Outro fator que devemos observar é que 38% da água tratada no brasil é perdida pelos sistemas de distribuição, provocando um prejuí- zo de 11,5 bilhões. A título de exem- plo, isso é mais da metade do que necessitaríamos acometer anual- mente para totalizar o saneamento básico no país. A água perdida em nossos sistemas de distribuição aprovisionaria toda as populações da França, Suíça e Bélgica. Os piores números de água potável De acordo com Instituto Trata Brasil que emitiu os números das cidades que mais carece por sanea- mento. Os dados subsequentes são de 2018: “Macapá (AP), Porto Velho (RO), Santarém (PA), Ananin- deua (PA) e Rio Branco (AC), com níveis menores ou próxi- mos de 50% da população aten- dida. Cidades como Ananin- deua no estado do Pará atende apenas 30% dos munícipes.” Na verdade o saneamento básico no Brasil afeta prontamente na saúde, especialmente pelo consu- mo de água sem um tratamento prévio e apropriado. Um compara- tivo é a saúde pública atentar de um paciente com doença de ascendência sanitária e ele regressar duas sema- nas em seguida com a mesma dificuldade, porquanto o agente determinante continua lá. Se observamos as informações prestada pelo IBGE, advertem que só nos derradeiros anos, mais de 800 mil episódios de doenças jazem ligadas à má propriedade da água, enchentes e a deficiência no trata- mento de lixo e esgoto. Os exemplos mais banais de doenças são dengue, hepatite A e B, malária, tifo, leptos- pirose e febre amarela. Coleta e Tratamento de Esgoto Apenas 45% do esgoto, produ- zido hoje no Brasil passa por coleta. Tratamento de esgoto no Brasil Fonte: http://tratabrasil.org 26 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS Como podemos analisar a falta do tratamento são cerca de 55% do esgoto originado, isso denota que hoje em dia esse montante é vertido para a natureza. É fato que as infor- mações de coleta e tratamento de esgoto ascenderam em passo acele- rado que os de repartição de água, contudo entre 2011 e 2016 constituí- ram somente 3,8% de avanço na coleta e 7,4% no tratamento. Os principais agentes citados pelo governo são o valor das obras de infraestrutura que dificulta de implementação dos serviços. “[...] No caso do tratamento de esgoto, houve um pouco mais de um ponto percentual de alta por ano. Se considerarmos que não chegamos nem nos 50% de atendimento, estamos falando de mais de 50 anos [para universalizar]. Isso é inaceitá- vel. É muito tempo para ter essa estrutura tão essencial, que é a do saneamento [...]” De acordo com diz Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil (2018). Acordos consolidados para mudar o fato do saneamento básico no Brasil é o que não carecem. Mais à frente a ONU em 2015, obtivemos o Plano Nacional de Saneamento Básico- PLANSAB de 2010. Embora dos acordos teóricos, o investimento estancou ou ruiu de fato. Drenagem Urbana Outro fator que devemos ver é sobre a drenagem urbana que recebe pouca relevância como exposto a deficiência no planejamento para o setor. Habitualmente é a secretaria de obras municipal tem a respon- sabilidade sobre o assunto. A des- peito do saneamento básico ser con- cernente a água, resíduos sólidos, esgoto e por fim a drenagem urbana, geralmente não veem um vínculo com o último. Fonte: oglobo.globo.com/rio/prefeitura-do- rio-nao-gastou-um-centavo-este- ano-com-drenagem-urbana- contencao-de-encostas-23584108 Contudo, há ações, leis e outros dispositivos que arriscam controlar, citando o emprego e impermeabilização tumultuada do solo. Entretanto, excepcionalmente, não têm uma visão ampla da meto- dologia de expansão das cidades. Acarretando um amplo problema de infraestruturas que não conseguem 27 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS demonstrar a sua necessidade até que ocorram catástrofes como enchentes e inundações. Recomenda-se a implantação da drenagem urbana de forma co- necta-las para acrescentar a efeti- vidade dos sistemas pluviais. Tais adequações ausentariam as inunda- ções como as acontecidas em São Paulo de forma quase constante. Dessa forma, as obras para drenagem urbana ficaram desampa- radas desde a década de 70. De um parte, espera-se medidas de cunho legislativo, contudo por outro lado secretária municipais, estaduais e federais permaneceram na inércia. Medidas para Drenagem Urbana no Brasil De acordo com Ernani Miran- da, da Secretaria Nacional de Sanea- mento Ambiental (SNSA), existem 4 soluções que são inovações que o setor possui e que geram resultados eficazes. Sendo eles: Contenção do processo de impermeabilização – Regula- mentos sobre uso do solo e fiscalização dessas ações; Implantação de parques linea- res – Proteger os recursos hídricos com parques ecoló- gicos ao redor; Adoção de reservatórios de retenção – Criação de piscinas para comportar a água da chuva em excesso a fim de direcioná-la novamente. Disseminação de áreas de infiltração – Evitar áreas pú- blicas impermeáveis, com uso de pisos que permitam a pas- sagem de água. Além disso, essas ações as- sociadas diminuem o influxo e volu- me das águas, além de devolver a paisagem urbana. Entretanto, tais métodos exigem um planejamento mais complexo para alguns estados, como o Amazonas. Pois, o fato do Amazonas possuir aa maior bacia hidrográfica do país, exige um acor- do bem mais ajuizado de tentar com- ter o ciclo das águas. Resíduos Sólidos A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE).no ano de 2016 realizou um estudo que apresenta que quando se trata de resíduos sólidos o Brasil em núme- ros demonstra grande ineficácia em seu gerenciamento. Fonte: www.plannetaeducacao.com. 28 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS Hoje em dia 59,7% dos muni- cípios brasileiros não há locais ade- quados para esses rejeitos sólidos. No mesmo estudo as informações mostram que 76,5 milhões de pes- soas padecem com essa destinação imprópria. Números irrisórios para o fato do saneamento básico no Brasil, assim como vistos pelos órgãos internacionais. A Realidade dos Resíduos Sólidos no Brasil Embora a problemática no setor, desde de 2010 está em vidên- cia uma lei para a esfera que arrisca parametrizar e direcionar a imple- mentação da coleta e tratamento desse resíduos. As lei do legislativo é nomeada por Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Fonte: https://portalresiduossolidos.com/dis posicao-final-ambientalmente- adequada-de-rejeitos/ De acordo com especialistas da área esse apontador tem evoluído a marchas lentas, e o volume incon- dicional de resíduos organizado de forma imprópria tem acrescido gra- dativamente, essas expressões são de Ricardo Scacchetti do Instituto Ekos Brasil. Outro fator é que existe 1775 lixões despalhados pelo território Brasileiro e muitos catadores conti- nuam em circunstância insalubre e degradante. . 29 30 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 5. Estação de Tratamento de Esgoto - ETE Fonte: saneamentebasico.com.br coleta e o tratamento de esgoto de urbano e industriais são extremamente necessários, não só para me evitar a contaminação de fontes hídricas como para evitar a contaminação urbana. O processo é de certo modo simples, o esgoto é encaminhado para as estações de tratamento de esgoto conhecidas como ETE, atra- vés dos receptores e formam a rede de esgoto urbanas ou industriais. Logo, realizam uma série de processospara tratá-lo e deixá-lo livre de micro e macro organismos com também os resíduos sólidos dessa forma, o efluente pode retor- nar para o ecossistema despoluído. E até mesmo para reutilização na distribuição urbana de água potável. As ETEs são construídas de acordo com a quantidade de esgoto que auferem, esse cálculo é realizado considerando diversos fatores, como o tamanho da população. O trata- mento em se é realizado em 5 etapas de tratamento, vamos conhecer cada um deles. Vale ressaltar aqui geral- mente as ETE’s recebem visitas de estudantes e pesquisadores, então como aluno desse curso caso ainda não conheça uma estação de perto A 31 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS vale apena visitar. Ainda vale res- saltar que no caso da indústria o tratamento poderá ser feito de diversas forma o que dependerá do produto produzido e seus compo- nentes químicos utilizados. Sistema de Tratamento de Esgoto Urbano Fonte: site.sabesp.com.br Gradeamento: empregado pa- ra retirada macro materiais, como lixo, plantas, pedras etc.; Desarenação: nessa fase, todos os lixos sólidos são coletados; Tratamento biológico: fase responsável pela degeneração da matéria orgânica e micro organismo nocivos ao meio ambiente e humano que estão presente no esgoto; Decantação: nessa fase de se- paração, o lodo desenvolvido na etapa antecedente é decan- tado e separado da água limpa; Descarte: finalizadas todas as fases, o esgoto agora tradado, passa ser uma água limpa e potável, que pode ser devol- vida ao meio ambiente. Ou destinada para o reuso. Estação de Tratamento de Água - ETA A água potável que chega à sua casa sobrevém de um processo de tratamento. Via de regra, costuma ser captada em mananciais, mas como sabemos juntamente vem 32 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS impurezas micro e macro. Assim a uma necessidade de passa por méto- dos físicos, biológicos e químicos e, finalmente poderá ser distribuída para população, indústrias e esta- belecimentos comerciais. No Brasil, em média são gasto 154 litros por habitantes. Esse valor está acima do recomendado pela ONU que são em média 110 litros de acordo com a indicação das Orga- nização das Nações Unidas. O tratamento efetivado nas estações de tratamento de água (ETA) se torna necessário, uma vez que a população não pode consumir água contaminada por microrganis- mo nocivos para a saúde humana. Prevenindo assim a propagação de doenças. Normalmente o processo que veremos a seguir, é o mais utilizado em ETA’s, mas vale res- saltar que algumas industrias neces- sitam tratar sua própria fonte de água, como por exemplo refrigeran- te e outras bebidas. O processo de tratamento em se é realizado em 8 etapas: Fonte: turismo.sc.gov.br Captação: a água é retiradas de afluentes com impurezas, macro e micro, com por exem- plo: terra, areia, rochas, plan- tas e bactérias; Adução: a captação é feita por é bombeamento seguindo por interceptores até as ETAs; Coagulação: essa fase é um processo químico, onde favo- rece o agrupamento das impuridades; Flotação: já essa etapa é processo mecânico, que con- siste em separação de sólidos por meio de formação de espuma; Floculação: nessa fase é inse- rido um agente coagulante, 33 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS geralmente sulfato de alumí- nio. Onde as impurezas ainda existente são agrupadas em floculo. Decantação: nessa fase, os flocos desenvolvidos anterior- mente por serem mais densos ficam preso no fundo, tornado possível a filtração. Filtragem: seguindo a fase anterior a água passa por um filtro feiro de de areia grossa, fina, cascalho, pedregulho e carvão ativo; Desinfecção: nessa fase a água é desinfetada com utilização de cloro e ganha adição de flúor; Reservação: já em estado potável a água é armazenada em reservatórios, que poste- riormente será distribuída para a população. A agencia brasileira de normas técnica - ABNT, estabelece alguns paramentos nos processos relacio- nados à água, assim garante que as ETA’s e ETE’s sigam padrões para a qualidade da água, além das exi- gências para as construções das estações de tratamento. Ao mesmo tempo tem que está em consenso com as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Cona- ma. De forma que que os dejetos desses processos possam ser descar- tados do modo menos nocivo pos- sível para o meio ambiente e que o produto final possua a caracterizas imprescindível para ser reutilizado. Por fim, com essas informa- ções, espero que tenha ficado claro o quão importantes são esses proces- sos e do mesmo modo essenciais, para vida humana e ambiental. A edificação dessas estações carecem de ser estimuladas com o desígnio de garantir que a água seja preser- vada. E assim, finalizamos essa disciplina. 34 DESPOLUIÇÃO DE CORPOS HÍDRICOS 35 6. Referências Bibliográficas BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Retirado em: http://planalto.gov.com.br. Acessado em: 02 de dez de 2019. BRASIL, M. M. A. Ministério do Meio Ambiente. Agenda ambiental na admi- nistração pública. Brasília. Disponível em: http://www. mma. gov. br/responsabilidadesocioambiental/a3p/i tem/8852, 2007, 73. BRASIL, Trata. Instituto Trata Brasil. Ranking do Saneamento, 2014. CHAO, Iara Regina Soares. Remoção de fósforo de efluentes de estações de tratamento biológico de esgotos utlizando lodo de estação de tratamento de água. 2006. PhD Thesis. Universidade de São Paulo. GIATTI, Leandro Luiz, et al. Condições de saneamento básico em Iporanga, Estado de São Paulo. Revista de Saúde Pública, 2004, 38: 571-577. GÜNTHER, Wanda Maria Risso. Resíduos sólidos no contexto da saúde ambiental. 2008. PhD Thesis. Universidade de São Paulo. HESPANHOL, IvanIldo. Um novo paradigma para a gestão de recursos hídricos. Estudos avançados, 2008, 22.63: 131-158. LEONETI, Alexandre Bevilacqua; DO PRADO, Eliana Leão; DE OLIVEIRA, Sonia Valle Walter Borges. Saneamento básico no Brasil: considerações sobre investimentos e sustentabilidade para o século XXI. Revista de Administração Pública-RAP, 2011, 45.2: 331-348. LUDWIG, Karin Maria, et al. Correlação entre condições de saneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis, Estado de São Paulo. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 1999, 547-555. MADEIRA, Rodrigo Ferreira. O setor de saneamento básico no Brasil e as implicações do marco regulatório para universalização do acesso. 2010. MOREIRA, Terezinha. Saneamento básico: desafios e oportunidades. 1996. NERI, Marcelo Cortes. Trata Brasil: saneamento e saúde. Rio de Janeiro: FGV, IBRE, CPS, 2007. RUSSO, Mário Augusto Tavares. Tratamento de resíduos sólidos. Coimbra: Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra, 2003. TEIXEIRA, S. R., et al. Efeito da adição de lodo de estação de tratamento de água (ETA) nas propriedades de material cerâmico estrutural. Cerâmica, 2006, 215- 220. TUNDISI, José Galizia. Novas perspectivas para a gestão de recursos hídricos. Revista USP, 2006, 70: 24-35. TUROLLA, Frederico A. Política de saneamento básico: avanços recentes e opções futuras de políticas públicas. 2002. VON SPERLING, Marcos. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Editora UFMG, 1996. 03 6
Compartilhar