Buscar

livro-bacia-hidrografica-ginco-layout-92158-1-191112196

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 128 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 128 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 128 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
E L I A S D O S S A N T O S J U N I O R
ORGANIZADOR
Cuiabá / 2011
B A C I A H I D R O G R Á F I C A
Desafios da gestão de recursos hídricos e
do saneamento básico no município de Cuiabá - MT
P R O J E T O
BACIA HIDROGRÁFICA
Desafios da gestão de recursos hídricos e do 
saneamento básico no município de Cuiabá-
MT.
ELIAS LIRA DOS SANTOS JUNIOR 
 Organizador
 
Idealização e Apoio Financeiro
 Ginco Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Cuiabá - 2011
4 Bacia Hidrográfica
Autores
Alexandre Silveira
Bruno Ramos Brum
Édina Cristina Rodrigues de Freitas Alves
Elias Lira dos Santos Júnior
Gian Pietro Benevento
Jeferson Farias Barizom
Juliane Nogueira Albuquerque
Maiara Thaisa Oliveira Rabelo
Marciele Cristina Aires de Almeida
Marcos Guilherme S. de Oliveira
Mariana Carvalho Araújo
Rafaela dos Santos Moraes Silva
Silvia Cristina Stupp Ghellere
Apoio Técnico
 
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental - DESA
Idealização e Apoio Financeiro
 
Ginco Empreendimentos Imobiliários Ltda.
5Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
APRESENTAÇÃO
Ao se abordar o assunto Água, a capacitação técnica da sociedade 
para o efetivo exercício da Cidadania, para o Uso e Gestão dos 
Recursos Hídricos na expectativa do Desenvolvimento e Consumo 
Sustentável, torna-se ao mesmo tempo, necessidade e desafio. 
Para tal, este livro foi elaborado com esse intuito, sendo o 
mesmo, resultado do Projeto de Pesquisa “Avaliação e Diagnóstico 
Sócio-Econômico-Ambiental da Bacia do Ribeirão do Lipa - Projeto 
Preservar”, financiado pela Ginco Empreendimentos Imobiliários LTDA 
e desenvolvido pelo Grupo de Estudos Aplicados em Recursos Hídricos 
(GEARH), do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da 
Universidade Federal de Mato Grosso/UFMT. 
O referido Projeto de Pesquisa tem por objetivo desenvolver 
ações para implementar a gestão integrada, descentralizada e 
participativa dos recursos hídricos na bacia do Córrego do Ribeirão 
do Lipa, por meio de Diagnóstico Ambiental, Educação Ambiental e 
Capacitação Técnica. 
A primeira parte do livro retrata a importância da Dinâmica 
da Água no Planeta e do Uso Racional e Múltiplo dos Recursos 
Hídricos. Em um segundo momento apresenta-se a Política Pública 
de Saneamento Básico, a Lei Federal nº 11.445/2007, o Plano de 
Saneamento Básico, as Alternativas para Implantação de Saneamento 
Básico e um histórico do Saneamento Básico da cidade de Cuiabá. A 
terceira parte do livro elucida acerca de bacias hidrográficas e sua 
importância e, finalmente, na quarta parte explana-se a respeito da 
Gestão dos Recursos Hídricos ilustrada na Lei Federal nº 9.433/97, 
e em especial da Lei Estadual nº 6.945/97, a lei que rege a Gestão 
dos Recursos Hídricos de Mato Grosso.
Desta forma convidamos aos interessados no tema para que 
façam esta reflexão, fomentando discussões na área, podendo 
contribuir com a melhoria da qualidade de vida da população, 
bem como, garantindo a preservação e manutenção dos recursos 
hídricos interiores.
6 Bacia Hidrográfica
A Ginco sempre teve uma �loso�a clara na 
criação dos seus projetos: oferecer 
empreendimentos imobiliários focados na 
modernidade, qualidade de vida e 
segurança, juntamente com a preservação 
e o uso consciente dos recursos naturais. 
Por isso, podemos dizer que a Ginco é 
uma empresa à frente do seu tempo e 
respeitada no segmento onde atua.
Mas a busca pelo aperfeiçoamento e 
excelência não para. A Ginco está sempre 
em evolução, seja no treinamento da sua 
equipe, seja na sua infraestrutura ou na 
apresentação de novos produtos que 
sempre se destacam pelo contato com a 
natureza e satisfação dos clientes.
Com vários condomínios horizontais 
implantados e outros em fase de entrega, 
a Ginco visa expandir ainda mais os seus 
projetos sempre oferecendo o conceito de 
viver bem aos seus clientes e um futuro 
melhor para a comunidade em que atua, 
seja na melhoria da infraestrutura ou 
cuidando do meio ambiente.
Liberdade, segurança, conforto, 
qualidade de vida e respeito à 
natureza. É por tudo isso que a 
Ginco trabalha, para oferecer aos 
seus clientes o lugar dos sonhos 
para se viver. 
www.ginco.com.br
CRECI 1008-J
Em um mundo que se desenvolve
rapidamente, soluções inovadoras
e que respeitam a natureza são
cada vez mais necessárias, urgentes
e cobradas pela sociedade.
Belvedere
Florais dos Lagos
Belvedere
Florais Cuiabá
Imagens reais
7Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
A Ginco sempre teve uma �loso�a clara na 
criação dos seus projetos: oferecer 
empreendimentos imobiliários focados na 
modernidade, qualidade de vida e 
segurança, juntamente com a preservação 
e o uso consciente dos recursos naturais. 
Por isso, podemos dizer que a Ginco é 
uma empresa à frente do seu tempo e 
respeitada no segmento onde atua.
Mas a busca pelo aperfeiçoamento e 
excelência não para. A Ginco está sempre 
em evolução, seja no treinamento da sua 
equipe, seja na sua infraestrutura ou na 
apresentação de novos produtos que 
sempre se destacam pelo contato com a 
natureza e satisfação dos clientes.
Com vários condomínios horizontais 
implantados e outros em fase de entrega, 
a Ginco visa expandir ainda mais os seus 
projetos sempre oferecendo o conceito de 
viver bem aos seus clientes e um futuro 
melhor para a comunidade em que atua, 
seja na melhoria da infraestrutura ou 
cuidando do meio ambiente.
Liberdade, segurança, conforto, 
qualidade de vida e respeito à 
natureza. É por tudo isso que a 
Ginco trabalha, para oferecer aos 
seus clientes o lugar dos sonhos 
para se viver. 
www.ginco.com.br
CRECI 1008-J
Em um mundo que se desenvolve
rapidamente, soluções inovadoras
e que respeitam a natureza são
cada vez mais necessárias, urgentes
e cobradas pela sociedade.
Belvedere
Florais dos Lagos
Belvedere
Florais Cuiabá
Imagens reais
8 Bacia Hidrográfica
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 3 
CAPÍTULO I 7
 INTRODUÇÃO 7 
CAPÍTULO II 12
 CICLO DA ÁGUA 12
CAPÍTULO III 16
 ÁGUA BEM NATURAL E 
 ÁGUA BEM ECONÔMICO 16
 I - ÁGUA BEM NATURAL 17
 II - ÁGUA BEM ECONÔMICO 17
CAPÍTULO IV 19
 USO RACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS 19
CAPÍTULO V 22
 USOS MÚLTIPLOS DOS RECURSOS HÍDRICOS 22
CAPÍTULO VI 26
 SANEAMENTO BÁSICO 26
 SANEAMENTO BÁSICO: 
 SERVIÇO PÚBLICO E DIREITO SOCIAL 29
 A - ÁGUA POTÁVEL 30
 B - ESGOTAMENTO SANITÁRIO 31
 C - DRENAGEM PLUVIAL 32
 D - RESÍDUOS SÓLIDOS 33
 POLÍTICA PÚBLICA DE SANEAMENTO 
 BÁSICO 34
 A LEI FEDERAL N. 11.445/2007 36
 O PAPEL DE CADA UM NO SANEAMENTO BÁSICO 37
 1. Governo Federal 37
9Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
 2. Governos Estaduais 38
 3. Municípios e o Distrito Federal 39
 4. Prestadores de Serviços 39
 5. Outros Atores 40
 6. Sociedade 40
 A POLÍTICA DE SANEAMENTO BÁSICO 41
 PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO 42
 ALTERNATIVAS PARA A IMPLANTAÇÃO 
 DE SANEAMENTO BÁSICO 44
 SANEAMENTO BÁSICO EM CUIABÁ 47
 SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA 47
 SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO 
 DE ESGOTO 50
 PROGRAMA DE SERVIÇOS URBANOS DE 
 ÁGUA E ESGOTO – PAC 50
 PROJETO TÉCNICO DE AMPLIAÇÃO DO 
 SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 52
 COLETA E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS 
 SÓLIDOS 58
CAPÍTULO VII 62
 BACIA HIDROGRÁFICA 62
 OS DIVISORES DE ÁGUA 64
 BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS 66
CAPÍTULO VIII 70
 GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 70
 PREOCUPAÇÃO MUNDIAL COM OS 
 RECURSOS HÍDRICOS 70
 AGENDA 21 E OS RECURSOS HÍDRICOS 73
 AGENDA 21 BRASILEIRA 74
 A GESTÃO DA ÁGUA NO BRASIL: 
 EVOLUÇÃO LEGAL E INSTITUCIONAL 75
 A GESTÃO DA ÁGUA NO BRASIL 79
SUMÁRIO
10 Bacia Hidrográfica
 A POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS 
 HÍDRICOS – LEI 9.433/97 80
 Gestãode Recursos Hídricos 80
 A GESTÃO DA ÁGUA NO ESTADO DE 
 MATO GROSSO 86
 Conselho Estadual de Recursos 
 Hídricos de Mato Grosso - CEHIDRO 87
 LEI 6.945, DE CINCO DE NOVEMBRO DE 1997 94
 OS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DOS
 RECURSOS HÍDRICOS DE MATO GROSSO 95
 O Plano Estadual de Recursos Hídricos 95
 O Enquadramento dos Corpos de 
 Água em Classes 98
 A Outorga de Recursos Hídricos 98
 A Cobrança pelo Uso dos Recursos 
 Hídricos 104
 Comitê de Bacia Hidrográfica 104
 Comitê das Sub-Bacias Hidrográficas 
 dos Ribeirões do Sapé e Várzea Grande – COVAPÉ 106
CAPÍTULO IX 109
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 109
CAPÍTULO X 111
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 111
SUMÁRIO
11Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
12 Bacia Hidrográfica
PARTE I
13Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
CAPÍTULO I
 INTRODUÇÃO
Cuidar do Planeta a que todos têm direito!
“...no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas 
de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre 
com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma 
sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, 
nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa 
cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que 
nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns 
para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as 
futuras gerações...”
Carta da Terra 
Figura 1: Mão e árvore
Fonte: Nossa Joinville (2010).
14 Bacia Hidrográfica
O Planeta está vivenciando uma Crise Ambiental jamais 
pronunciada na história, em que os efeitos são perceptíveis 
em muitos Sistemas Naturais, principalmente naqueles 
localizados em países subdesenvolvidos.
São conseqüências dessa crise: 
a) Perda da biodiversidade em diversas regiões.
b) Contaminação e/ou poluição dos solos, ar e água.
c) Redução dos mananciais.
d) Mudanças climáticas com seus impactos: desertificação de 
regiões, ocorrência de chuvas e secas intensas.
De todos os Recursos Naturais, aquele que está sendo 
afetado pelo Uso Não Racional por parte do Homem é a 
Água.
A carência de água (Figura 2) pode ser para muitos países um dos 
fatores limitantes para o desenvolvimento sócio-econômico-
ambiental. Em países como Israel, Territórios Palestinos, 
Jordânia, Líbia, e Tunísia, a escassez de água já atingiu níveis 
Figura 2: Quantidade de água disponível nos 
continentes.
Fonte: www.impactoambiental.zip.net (2010)
15Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
alarmantes: existem apenas 500 m3.habitante-1.ano-1, 
enquanto que a necessidade mínima de uma pessoa seja 2000 
m3.habitante-1.ano-1. 
No Brasil, a ocorrência mais freqüente de escassez hídrica é 
na região Nordeste, sendo que já são encontrados diversos 
problemas de abastecimento em outras regiões.
Conforme os relatórios do Intergovernamental Panel on 
Climate Change/ IPCC, em 2025, cerca de 3 bilhões de 
pessoas poderão viver em regiões com extrema falta de água, 
inclusive para o próprio consumo (Figura 3).
Grande parte da população mundial acredita que a água é 
infinitamente abundante e sua renovação é natural, todavia, 
ocupando 71% da superfície do Planeta (Figura 4), sabe-se 
que 97,30% constituem-se de águas salgada, 2,70% são águas 
doces. 
Do total de água doce, 2,07% estão congeladas em geleiras e 
calotas polares e, apenas 0,63% disponível para consumo, do 
qual não é totalmente aproveitada por questões de inviabilidade 
técnica, econômica, financeira e de sustentabilidade ambiental. 
Figura 3: Quantidade de água estimada para 2025
Fonte: www.netodays.blogspot.com (2010).
16 Bacia Hidrográfica
Em escala global, 
estima-se que 1.386 
bilhões de km3 
de água estejam 
disponíveis, porém, 
a parte de água 
doce econômica de 
fácil aproveitamento 
para satisfazer 
as necessidades 
humanas, é de 
aproximadamente 
14 mil km3.ano-1 
(0,001%).
O Brasil é um país 
rico em água doce, 
com 12% das reservas 
mundiais, no entanto observa-se enorme desigualdade 
regional na distribuição destes (Figura 5). 
3%
7%
6%
16%
68%
Nordeste Sul Sudeste Centro-Oeste Norte
Quantidade de água disponível nas regiões brasileiras
FO
NT
E:
 P
RO
JE
TO
 P
RE
SE
RV
AR
 (2
01
0)
Figura 4: Disponibilidade de água no Planeta Terra.
 Fonte: www.geografiaparatodos.com.br (2010)
Figura 5: Quantidade de água disponível nas regiões brasileiras.
Fonte: Projeto Preservar (2010)
17Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
Ademais, existem problemas de acesso da população a 
estes recursos visto que, apenas 5% da população brasileira 
encontram-se na região amazônica e 95% no resto do país. 
Há também problemas de acesso à água tratada, visto que 
cerca de 36% das moradias, ou seja, aproximadamente 
20 milhões de residências, não têm acesso a água de boa 
qualidade, segundo dados do IBGE. 
As águas subterrâneas no Brasil oferecem um potencial em 
boa parte ainda não explorado. Conforme a Associação 
Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS), o Brasil tem o 
impressionante volume de 111 trilhões e 661 milhões m3 
de água em suas reservas subterrâneas (Figura 6), inclusive 
detendo o maior aqüífero do mundo, o Aqüífero Guarany. 
Figura 6: Localização do Aqüífero Guarani.
 Fonte: www.daaeararaquara.com.br (2010)
18 Bacia Hidrográfica
CAPÍTULO II
CICLO DA ÁGUA
A dinâmica da água no Planeta Terra é interpretada por meio 
do ciclo hidrológico ou ciclo da água. Esse ciclo (Figura 7) 
caracteriza-se pelo movimento constante da água e por 
sua passagem por diferentes estados físicos (sólido, líquido 
e gasoso), dependendo da maior ou menor quantidade de 
energia (calor) que a Terra recebe do Sol.
Os componentes do ciclo hidrológico são precipitação, 
interceptação, infiltração, escoamento, evaporação e 
evapotranspiração.
Figura 7: Dinâmica do Ciclo Hidrológico.
Fonte: www.infoescola.com (2010)
19Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
PRECIPITAÇÃO
Na atmosfera, o vapor da água em forma de nuvens pode 
ser transformado em líquido, através de chuva, neve, orvalho 
ou granizo, dependendo das condições do tempo. Essa 
transformação é denominada Precipitação.
A precipitação ocorre sobre a superfície do planeta tanto nos 
continentes quanto nos oceanos. É o elemento alimentador 
da fase terrestre do ciclo hidrológico e constitui um fator 
importante para os processos de escoamento da água na 
superfície, infiltração no solo, evaporação, transpiração das 
plantas, recarga de aqüíferos no subsolo, abastecimento de 
reservatórios naturais ou artificiais, vazão dos rios, entre 
outros.
INTERCEPTAÇÃO
Durante a precipitação, a água pode cair direto no solo ou 
ser interceptada no ar antes de atingir o solo. A interceptação, 
portanto, refere-se à coleta da água de chuva sobre as 
superfícies no solo, sendo realizada pela vegetação.
A interceptação varia em função do tipo de ocupação do 
terreno de determinada região. Locais com vegetação densa 
podem interceptar até 25% de toda a precipitação anual 
total, fazendo com que a água demore certo tempo até que 
alcance o solo. Enquanto isso, locais sem vegetação sobre o 
chão não interceptam a água da chuva, assim, 100% da água 
precipitada cai sobre o chão ao mesmo tempo, dando maiores 
possibilidades ao acúmulo de água em um único ponto.
Os fatores que mais influenciam na interceptação de água 
pela vegetação são: tipo de vegetação, densidade da vegetação, 
estágio de crescimento da vegetação e velocidade do vento.
20 Bacia Hidrográfica
INFILTRAÇÃO
A infiltração está relacionada à entrada de água pela superfície 
do solo através de seus poros. Os fatores que afetam a 
infiltração da água no solo são: textura, tipo e porosidade do 
solo, atividades nele presentes, como compactação do solo, 
umidade do solo antes da chuva,duração e intensidade da 
precipitação.
Destaca-se que a infiltração é a principal alimentadora das 
reservas de águas subterrâneas. Sendo assim, uma região 
considerada zona de recarga de aqüífero subterrâneo, como 
a maior parte do cerrado, é uma região de alta capacidade de 
infiltração do solo pela água.
De forma geral, terrenos argilosos não permitem a infiltração 
da água sobre si; enquanto os terrenos arenosos sim.
ESCOAMENTO
Uma superfície com baixa capacidade de infiltração, seja pela 
sua característica própria, seja por estar completamente 
úmida devido a chuvas anteriores, tende a fazer com que a 
água que ali se depositou, escoe sob a sua superfície para as 
regiões mais baixas.
Regiões que têm dificuldade de infiltração da água têm 
facilidade para o seu escoamento, e vice-versa. Portanto, se 
uma superfície impede completamente a infiltração da água 
no solo, seja por meio natural ou por ação do homem, toda a 
água que atingiu o solo em forma de precipitação irá escoar 
sobre a superfície. Assim, acumulará grandes quantidades de 
água em pouco tempo, podendo resultar em enxurrada. O 
escoamento das águas é a principal justificativa para que as 
cidades sejam equipadas de drenagem urbana.
EVAPORAÇÃO
21Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
A evaporação ocorre quando um líquido é aquecido através 
da ação do Sol ou de outra energia, podendo incidir, por 
exemplo, sobre os rios, represas, lagos, entre outros. Ao atingir 
determinada temperatura e pressão, há a transformação da 
forma líquida em forma gasosa, consistindo em vapor de água. 
Este vapor de água, que é invisível, mistura-se com o ar da 
atmosfera e tende a se acumular em forma de nuvens.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Evapotranspiração é um tipo de evaporação em que a água 
contida em um organismo em forma de líquido é eliminada 
devido à sua transpiração natural. Florestas têm grande 
capacidade de evapotranspiração. Portanto, são grandes 
produtoras de água em forma de gás, essencial para que 
mantenha a umidade necessária na região.
O ciclo hidrológico, se considerado de maneira global, pode 
ser visto como um sistema hidrológico fechado, uma vez que 
a quantidade total da água existente no Planeta é constante. 
Entretanto, é comum o estudo, pelos hidrólogos, de 
subsistemas abertos. A Bacia Hidrográfica destaca-se como 
região de efetiva importância prática devido à simplicidade de 
que oferece na aplicação do balanço hídrico, assim como nas 
mudanças na dinâmica do ciclo.
22 Bacia Hidrográfica
CAPÍTULO III
ÁGUA BEM NATURAL E ÁGUA BEM 
ECONÔMICO
De acordo com a Lei Federal N. 9.433/97, a Lei das Águas:
A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se em alguns 
fundamentos, dentre os quais:
Art. 1º.
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor 
econômico.
Dentre os objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos, 
temos:
Art. 2º.
I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária 
disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados 
aos respectivos usos.
Para muitos, existe uma grande dificuldade em abordar 
o significado e o entendimento da palavra Água e sua 
importância para o Planeta, como exposto acima, visto a 
gama de propriedades que a mesma possui, a infinidade de 
usos e funções, seu valor no desenvolvimento econômico, e 
principalmente as conseqüências que sua escassez traz. Por 
isso, é importante o Ser Humano fazer a distinção de Água, 
enquanto Bem Natural (referente ao Meio Ambiente) e Água 
Bem Econômico (utilizada nas atividades econômicas).
23Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
I - ÁGUA BEM NATURAL
 
Como Recurso Natural, principal elemento do Meio Ambiente 
(encontrado em grande quantidade), a Água é considerada 
um Bem Natural, promovendo Segurança Ambiental.
Neste sentido, a água:
• Ajuda a manter o clima do Planeta: é importante para 
as formações hídricas atmosféricas, influenciando o clima 
das regiões.
• Mantém condições favoráveis de temperatura e 
umidade necessárias à formação e manutenção da vida 
na Terra.
• Compõe oceanos, mares, rios, riachos, nascentes, 
poços.
• Está presente em grande quantidade na constituição 
da maioria dos seres vivos (homem: ¾), sendo fundamental 
na bioquímica de todos os organismos vivos, servindo, 
entre outros, como solvente universal e como meio de 
transporte de nutrientes.
• Oferece habitat a várias formas de vida.
• Serve para beber e cozinhar alimentos, matando 
a sede e fome do Homem e seus animais, além de ser 
utilizada na lavagem de roupas, na limpeza e rega de plantas.
• É meio de lazer.
II - ÁGUA BEM ECONÔMICO
24 Bacia Hidrográfica
A Água é bastante utilizada pelo Homem nas suas atividades 
econômicas, e dessa forma foi necessário considerá-la como 
um Bem Econômico. 
Além da função vital da água, considerando-a como um bem 
natural, devido à grande utilização pelo ser humano para as 
atividades econômicas, fez-se necessário considerá-la também 
como um bem econômico. Sendo assim, a utilização da água 
pelo ser humano deve ter a mesma, ou maior importância 
que qualquer dos demais minerais disponíveis na Terra.
A definição de água como um bem econômico só foi criada 
nos últimos anos e ainda está em fase de desenvolvimento e 
absorção pela sociedade. O objetivo de definir a água como 
um bem econômico e então chamá-la de “recurso hídrico” é 
fazer com que cada ser humano ao utilizá-la, o faça de forma 
racional e dê a ela o seu merecido cuidado.
O uso racional da água abrange mudanças culturais e ações 
tecnológicas para a conscientização da população quanto ao 
seu desperdício. Portanto, o uso racional deve envolver todos 
os tipos de usuários: residenciais, agrícolas, industriários, 
órgãos públicos, entre outros.
Toda esta discussão sobre a utilização dos recursos hídricos 
pelo ser humano nas últimas décadas tem sido provocada 
devido ao surgimento de muitos problemas que atualmente 
estão afetando o equilíbrio do Meio Ambiente e a qualidade 
de vida dos seres vivos. Alguns deles se referem à escassez de 
água em determinadas regiões, ora pela própria disponibilidade 
pela natureza, ora pela irracionalidade na sua utilização.
25Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
CAPÍTULO IV
USO RACIONAL DOS RECURSOS 
HÍDRICOS
Apesar de sua capacidade de desenvolvimento e tecnologias 
avançadas, a Humanidade não se preocupou¸ por várias 
décadas, com os Recursos Hídricos como deveria. Tal fato 
acarretou em poluição por lixo, esgotos, contaminação da 
água e conseqüentemente em escassez e conflitos de uso.
A demanda pela água, bem natural e bem econômico, 
atualmente requer mudanças de atitudes, hábitos e 
paradigmas. Neste ínterim, prevendo a reutilização da água, a 
Lei Federal Nº. 9.433/97, o Decreto Nº. 4.613 e a Resolução 
do Conselho Nacional de Recursos Hídricos / CNRH Nº.54, 
são legislações que inovaram em trazer os meios de gerir o 
uso racional dos Recursos Hídricos.
Várias são as pesquisas para promover o bom gerenciamento 
do uso racional dos recursos hídricos (Figura 8), sendo alguns 
exemplos:
• Reutilização de água de banho (águas cinzas) em 
bacias sanitárias.
• Reutilização de água de lavagem de roupa em bacias 
sanitárias. 
• Utilização da água de chuva. 
• Utilização de efluentes tratados para rega de jardins. 
26 Bacia Hidrográfica
São vários os tipos de Reuso dos 
Recursos Hídricos:
- Reuso para Fins Urbanos
1. Irrigação paisagística (espelhos 
d’água, chafarizes, fontes luminosas);
2. Lavagem de logradouros públicos 
e veículos;
3. Desobstrução de tubulações;
4. Edificações (descarga em toaletes);
5. Combate a incêndio;
6. Recreação;
7. Construção civil (compactação do 
solo, controle de poeira, lavagem de 
agregados, produção de concreto). 
- Reuso para fins agrícolas
1. Culturas de alimentos não processados comercialmente;
2. Irrigação superficial de qualquer cultura alimentícia,incluindo aquelas consumidas cruas;
3. Culturas de alimentos processados comercialmente;
4. Irrigação superficial de pomares e vinhas;
5. Culturas não alimentícias: pastos, forragens, fibras e grãos
6. Dessedentação de animais; 
- Reuso para fins ambientais
1. Implantação de projetos de recuperação do Meio Ambiente;
2. Estabelecimentos Recreacionais (natação, pesca e canoagem);
3. Represas e Lagos; 
Figuras 8: Exemplos de reutilização da água.
Fonte: www.clareando.com.br (2010)
27Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
4. Lagoas estéticas em que o contato com o público não é 
permitido. 
- Reuso para fins industriais
1. Produção de água para caldeiras;
2. Sistemas de resfriamento;
3. Lavadores de gases; 
4. Água de processos. 
- Recarga de aqüíferos 
Consiste na recarga artificial de aqüíferos com efluentes 
tratados e tem por finalidade principal o aumento de 
disponibilidade e armazenamento de água. Pode ser relevante 
em alguns municípios, abastecidos por água subterrânea, 
porém é uma operação de risco e depende de profissionais 
qualificados para sua realização. 
28 Bacia Hidrográfica
CAPÍTULO V
USOS MÚLTIPLOS DOS RECURSOS 
HÍDRICOS
De acordo com a 
Agência Nacional das 
Águas (ANA), os vários 
setores usuários de água 
(Figura 9) demandam 
quantidades e qualidades 
deste recurso 
s i g n i f i c a t i v a m e n t e 
diferentes, sendo que a 
irrigação é o setor de 
maior demanda. 
 Os usos da água podem 
ser classificados em:
- Consultivos: neste 
tipo de uso, a água é 
retirada do corpo hídrico e, após a sua utilização a mesma 
não possui as mesmas características, tanto qualitativamente, 
quanto quantitativamente. Exemplos: abastecimento público 
e irrigação;
- Não Consultivos: neste tipo de uso, não há alteração da 
qualidade ou quantidade da água Exemplo: navegação, lazer e 
produção de energia hidrelétrica.
De acordo com a Lei Federal N. 9.433/97, a Lei das Águas:
Irrigação Urbana Animal Industrial Rural
Setores que demandam o uso de água
FO
NT
E:
 P
RO
JE
TO
 P
RE
SE
RV
AR
 (2
01
0)
11%
11%
7% 2%
69%
Figura 9: Setores que demandam uso de água.
Fonte: Projeto Preservar (2010)
29Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
Art. 1º - A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos 
seguintes fundamentos:
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o 
uso múltiplo das águas.
No entanto, está previsto no mesmo Artigo:
III – em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos 
hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais.
Neste ínterim, os demais usos (Figura 10) deverão 
ser suspensos. Tais incisos implicam em atribuir maior 
integridade na 
utilização dos recursos 
hídricos entre a 
Humanidade, tendendo 
a não priorizar um 
determinado grupo de 
pessoas em prejuízo 
de outros, assim 
como os diversos 
usos em questão, e 
neste contexto, institui 
as condições para a 
quebra da hegemonia 
do setor elétrico 
(até então) sobre os 
demais tipos de usos e 
usuários.
Existem várias vantagens na utilização múltipla dos recursos 
hídricos podem ser citadas:
- Determinados usos podem trabalhar com folga em 
certos períodos (como a agricultura). Neste caso, haverá 
disponibilidade de água para atender outros usos enquanto 
Figura 10: Usos Múltiplos da água.
Fonte: www.cesan.com.br (2010)
30 Bacia Hidrográfica
não for época de irrigação.
- O compartilhamento do sistema de abastecimento pode 
promover o atendimento à demanda de vários tipos de uso 
com as mesmas dimensões de estruturas, dividindo o custo 
entre os diferentes usuários. Pode ser citado como exemplo 
o represamento de um corpo hídrico para abastecimento de 
animais e a sua utilização para recreação.
- Compartilhamento sobre a própria descarga hídrica.
- Compartilhamento das estruturas.
- Economia de escala, captadas na implementação do sistema.
Todavia, há algumas desvantagens, na utilização múltipla dos 
recursos hídricos, no entanto as mesmas são de caráter 
gerencial, em que o compartilhamento dos mesmos por 
diversos usuários exige:
- Estabelecimento de regras operacionais; 
- Necessidade de centralização das decisões, com a possibilidade 
de serem estabelecidas entidades multissetoriais de porte 
considerável e difícil administração;
- Previsão da articulação das políticas de entidades setoriais, 
através de colegiados administrativos;
- Em uma administração pública grandemente centralizada 
e organizada por setores econômicos, a constituição destes 
tipos de arranjos apresenta grandes dificuldades políticas e 
institucionais.
31Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
PARTE II
32 Bacia Hidrográfica
CAPÍTULO VI
SANEAMENTO BÁSICO
No Brasil ainda prevalece algumas condições típicas de país 
subdesenvolvido, no que concerne à falta de infra-estrutura 
sanitária.
Considera-se o termo Infra-estrutura Urbana um conjunto de 
elementos capazes de dar sustentação ao funcionamento de 
uma cidade e que devem ser oferecidos pelo Poder Público. 
Entre alguns dos principais elementos citam-se o Sistema 
Viário, os Sistemas de Energia Elétrica e o Saneamento Básico.
As Instituições Públicas são aquelas instituídas pelo poder do 
Estado, principalmente as instâncias Estaduais e Municipais, 
que são criadas possuindo um caráter mais sistêmico em 
relação ao saneamento, se estariam atreladas às tentativas 
sendo sua ação primordial o desenvolvimento de soluções 
aos problemas relacionados ao esgotamento sanitário e ao 
abastecimento de água.
Considerando todos os setores de infra-estrutura, o 
Saneamento é o mais relevante à preservação e qualidade 
da vida e da saúde pública, impactando de maneira tal o 
Meio Ambiente, os Recursos Hídricos e o Desenvolvimento 
Sustentável.
Para alcançar o Desenvolvimento Sustentável, há de 
considerar as questões sociais, culturais, ambientais e 
político-institucionais de forma interdependente, em que 
o grande desafio é diminuir o nível de pobreza e aumentar 
o nível de qualidade de vida da população, em consonância 
com a eficiência econômica e a preservação/conservação dos 
33Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
recursos naturais, em especial dos recursos hídricos. E para 
tal, ter Saneamento Básico é imprescindível.
No Tripé do Saneamento - Água, Esgotamento Sanitário e 
Resíduos Sólidos - o esgotamento sanitário tem despertando 
na sociedade de uma forma geral, a problemática de seu 
descarte (Figura 11). 
Historicamente o Saneamento Ambiental não foi priorizado 
no momento da formulação de políticas publicas e nem 
pelo setor privado da economia nas suas ações, acarretando 
insuficiência ou deficiência do mesmo. Tal fato agrava-se pela 
desinformação e falta de Educação Sanitária da população, 
visto que a mesma ainda encontra-se incorporada à hábitos e 
práticas sanitárias inadequadas. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define Saneamento 
como o controle de fatores que atuam sobre o Meio Ambiente 
e que exercem, ou podem exercer, efeitos prejudiciais ao 
bem-estar físico, mental ou social do Homem. Portanto, o 
objetivo final do Saneamento é a promoção da saúde, um 
ÁGUA
RESÍDUOS 
SÓLIDOS
ESGOTAMENTO 
SANITÁRIOSANEAMENTO 
BÁSICO
DRENAGEM 
URBANA
Figura 11: Tripé do Saneamento.
Fonte: Projeto Preservar (2010)
34 Bacia Hidrográfica
direito fundamental de todos os seres humanos.
A expressão Saneamento Básico é reconhecida no Brasil, no 
estágio atual, como parte do saneamento do meio que trata 
de problemas de abastecimento de água, coleta e disposição 
dos esgotos sanitários, incluindo os resíduos líquidos 
industriais, controle da poluição provocada por esses esgotos, 
drenagem urbana (águas pluviais) e acondicionamento, coleta, 
transporte e destino dos resíduos sólidos. 
Os investimentos de Saneamento Básico são extremamente 
caros, pois para serem realizados deforma eficaz devem ser 
estudados anteriormente à elaboração do projeto, para só 
então fazer o projeto, sendo seguido de execução da obra e, 
por fim, a manutenção do serviço de saneamento. Além das 
obras em si, que já são caras, todas estas etapas demandam 
conhecimento técnico.
Apesar de caros, destaca-se que os investimentos em 
saneamento (considerado medicina preventiva) têm um 
efeito direto na redução dos gastos públicos com serviços 
de saúde. Segundo a Fundação Nacional de Saúde/FUNASA, 
para cada R$ 1,00 investido no Setor de Saneamento 
economizam-se R$ 4,00 na área de Medicina Curativa (como 
o fornecimento de medicamentos e internações hospitalares). 
A FUNASA considera a falta de saneamento adequado um 
dos mais sérios problemas ambientais e sociais que afetam os 
municípios brasileiros, refletindo no quadro epidemiológico 
com altos índices de mortalidade infantil e alta incidência de 
várias doenças como dengue, esquistossomose, doença de 
Chagas, malária, diarréias, verminoses entre outras.
Saiba que: 
- Serviço de Saneamento é um direito assegurado pela 
Constituição Federal.
- O último censo do IBGE revela que:
35Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
 a) ¼ das residências do País não contam com 
 serviço de Água Potável.
 b) ½ das residências não tem serviço de Esgoto.
- A ausência deste Saneamento Básico é a causa de 80% das 
doenças e de 65% das internações hospitalares no Brasil, 
cujos gastos anuais com doentes por estas causas são da 
ordem de US$ 2,5 bilhões, de acordo com a Organização 
Mundial de Saúde.
SANEAMENTO BÁSICO: SERVIÇO 
PÚBLICO E DIREITO SOCIAL
ÁGUA
RESÍDUOS 
SÓLIDOS
ESGOTAMENTO 
SANITÁRIOSANEAMENTO 
BÁSICO
DRENAGEM 
URBANA
Figura 12: Saneamento Básico.
Fonte: Projeto Preservar (2010)
36 Bacia Hidrográfica
O Saneamento Básico (Figura 12) é definido por Lei como: 
“o conjunto dos serviços, infra-estruturas e instalações 
operacionais de abastecimento de Água Potável, Esgotamento 
Sanitário, Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos e 
Manejo de Águas Pluviais e Drenagem Urbana.”
A - ÁGUA POTÁVEL
Consideram-se Serviços de Água Potável a:
1. Captação de um manancial: rio, represa, água subterrânea, 
entre outros.
2. Adução a uma estação de tratamento de água (ETA).
3. Tratamento da água bruta.
4. Reservação.
5. Distribuição à população.
Ao passo que a contaminação dos mananciais cresce de 
forma assustadora devido à poluição por resíduos líquidos 
ou sólidos, aumentam-se as exigências no tratamento da 
água para abastecer a população, em quase todo o mundo 
em desenvolvimento a taxa de investimento nos sistemas de 
abastecimento de água caiu se comparado com o crescimento 
da população urbana. 
Com o aumento da população nas zonas urbanas, o 
fornecimento de água limpa e segura e a manutenção de 
sistemas de saneamento se tornaram mais difíceis de serem 
realizados, devido á falta de planejamento. A saúde humana 
depende do suprimento de água potável segura, adequada, 
acessível e confiável, sem a presença de substâncias químicas 
ou microrganismos capazes de afetar a saúde humana. 
É comprovado que a água de boa qualidade reduz a taxa de 
mortalidade e aumenta a expectativa de vida da população, 
por isso a necessidade de se seguir a Portaria do Ministério 
da Saúde N. 518/2004 e Resolução CONAMA N. 357/2005.
37Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
B - ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Os serviços de esgotamento sanitário abrangem:
1. Coleta de efluentes das residências.
2. Transporte à Estação de Tratamento de Esgoto/ETE.
3. Tratamento e a Disposição Final em um corpo receptor: 
que geralmente é um córrego, ou rio, próximo à ETE.
Observa-se que para que um sistema de esgotamento 
sanitário seja eficiente, é preciso que haja a sua coleta e o 
tratamento adequado (Figura 13). Ás vezes existe a coleta de 
efluentes por parte do poder público, porém este é despejado 
in natura em um corpo hídrico sem o devido tratamento, ou 
que um governo divulga tratar determinada porcentagem de 
esgotos, mas na verdade esta porcentagem é a coletada, e não 
a tratada; consistindo, então, em propaganda enganosa.
Essa situação do setor de saneamento no Brasil tem 
conseqüências muito graves para a qualidade de vida da 
população, principalmente 
àquela mais pobre, residente 
na periferia das grandes 
cidades ou nas pequenas e 
médias cidades do interior, 
sendo que da população 
diretamente afetada, as 
crianças são as que mais 
sofrem. Os problemas 
relacionados com a falta 
de esgotamento sanitário, 
praticamente são os mesmo 
citados na falta de água 
potável. Cabe acrescentar que 
a maior parte das internações 
hospitalares registradas no 
mundo ocorre devido às 
doenças provocadas pela 
Figura 13: Sistemas de Tratamento de Água 
e Esgoto.
Fonte: www.maenatureza.org.br (2010)
38 Bacia Hidrográfica
contaminação da água, resultando em enormes custos do 
sistema de saúde.
A coleta, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada do 
esgoto sanitário são fundamentais para a melhoria do quadro 
de saúde da população de uma região, e impedem que, entre 
outros, sejam contaminados os mananciais de abastecimento 
de água para distribuição à população. Daí a necessidade de 
soluções alternativas para o problema.
C - DRENAGEM PLUVIAL
A drenagem pluvial consiste encaminhar a água das chuvas 
e despejá-la de forma adequada nos corpos hídricos, sendo 
que seu principal objetivo é reduzir o impacto que grande 
volume de água com grande força acumulada provinda das 
chuvas pode causar em determinada localidade. A drenagem 
de águas pluviais é importante tanto na área urbana quanto 
na área rural.
 No sistema de drenagem estão inclusos:
1. Sarjetas.
2. Bocas de Lobo.
3. Poços de Visita.
4. Galeria de Águas Pluviais.
5. Canais de Transporte de Água, entre outros.
É conveniente para a comunidade que toda a infra-estrutura 
de uma área urbana seja planejada de forma integrada. Ao se 
realizar a pavimentação de uma rua, por exemplo, é essencial 
que em seu projeto já seja previsto a escavação para passagem 
de tubulações de água potável, esgotamento e drenagem. Em 
relação aos demais itens do saneamento básico, o sistema de 
drenagem tem uma particularidade: o escoamento de águas 
pluviais sempre ocorrerá, independentemente de existir 
ou não sistema de drenagem adequado. A qualidade deste 
39Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
sistema é que determinará se os benefícios ou prejuízos à 
população serão maiores ou menores. 
Outro aspecto a considerar diz respeito à ocupação indevida 
de áreas altas, como topos de morros, o que pode resultar no 
aumento do escoamento de águas pluviais, devido à grande 
impermeabilização do solo. Pode-se afirmar que o sistema de 
drenagem urbana é a prevenção de inundações, passíveis de 
causar prejuízos tanto materiais quanto pessoais.
Os prejuízos devido às inundações nas cidades brasileiras têm 
aumentado exponencialmente, reduzindo tanto a qualidade 
de vida da população quanto o valor de suas propriedades. 
Estes prejuízos ocorrem devido ao mau planejamento na 
urbanização, seja por não haver drenagem urbana, ou por 
haver a impermeabilização do solo ao invés da preservação 
de áreas verdes ou margens dos rios e córregos, haja vista que 
as áreas verdes são capazes de absorver enorme quantidade 
de água da chuva e ajudam em muito o sistema de drenagem 
urbana.
D - RESÍDUOS SÓLIDOS
Devido ao grande 
consumismo de 
produtos descartáveis, 
os resíduos sólidos 
são um dos principais 
problemas da 
humanidade neste 
século, visto que o 
elevado consumo 
resulta em toneladas 
diárias de lixo 
doméstico, hospitalar 
e industrial, que 
devem receber 
Figura 14: Lixão de Cuiabá/MT.
Fonte: www.navegadormt.com (2010)
40 Bacia Hidrográfica
acondicionamento apropriado. 
De acordo com o IBGE (2010), 76% do lixo são despejados 
a céu aberto (lixão)e acondicionados assim, os vetores têm 
livre acesso para sua circulação, por ser fonte de alimento e 
abrigo, expondo os seres humanos a muitas doenças quando 
em contato direto ou indireto.
Depositados a céu aberto, estes resíduos podem causar 
incêndio, haja vista a composição de muitos materiais 
combustíveis, como papéis, plástico e borracha. Isso resulta 
em risco de danos ambientais devido à queimada e poluição 
do ar. 
Além da poluição do ar, o mau acondicionamento dos resíduos 
sólidos possibilita o seu transporte aos corpos hídricos da 
bacia hidrográfica onde foi depositada, contribuindo com a 
contaminação do solo, do ar e/ou da água, o que pode causar 
sérios prejuízos à saúde humana e dos animais.
Durante a decomposição dos resíduos sólidos o chorume, um 
líquido com elevado potencial de contaminação, é produzido. 
Este líquido possui potencial de contaminação maior que os 
esgotos domésticos e, se não armazenado de forma a isolá-lo 
do solo, pode infiltrar e contaminar as águas subterrâneas.
POLÍTICA PÚBLICA DE 
SANEAMENTO BÁSICO
A melhoria e eficiência das condições do saneamento básico 
acarretam impactos diretos na promoção da saúde humana e 
na qualidade de vida, visto que comprovadamente a adequada 
coleta de esgotos domésticos reduz a ocorrência de diarréias 
e infecções intestinais causadas por parasitas.
Assim sendo, a Política Pública de Saneamento Básico deve 
41Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
prever a Gestão Integrada dos seus quatro componentes, 
sendo o saneamento Direito Social, essencial à vida, à moradia 
digna, à saúde, à cidade e ao Meio Ambiente equilibrado. 
Direitos que devem ser exercidos com transparência e 
controle social.
No Brasil, o Saneamento Básico apresenta um déficit 
persistente quanto ao atendimento à população. As propostas 
e sugestões para a minimização deste déficit e melhoria 
dos serviços são muitas e em grande parte envolvem a 
participação de empresas privadas. Todavia, a concepção que 
o setor privado pode colaborar com as metas do Saneamento 
Básico deve ser analisada cuidadosamente. 
O caminho da universalização do atendimento é imprescindível, 
contudo várias são as razões, inclusive históricas, para 
que grande parte da população brasileira ainda não esteja 
abastecida com os serviços de água e esgoto e, assim sendo, 
listar os obstáculos que impedem a diminuição do déficit é um 
importante passo para se encontrar soluções do Saneamento 
Básico.
Um motivo, relatado por vários pesquisadores do setor é a 
dificuldade técnica e gerencial das companhias (MOREIRA, 
2001). Embora esta seja uma informação ratificada, por 
exemplo, pelo índice de perdas no abastecimento de água 
(40% em média), pelos indicadores de desempenho financeiro 
ou até pela freqüência com que ocorre a falta de água nos 
domicílios, o que acontece é que muitas autoridades ligadas 
ao setor, no Brasil, têm manifestado sobre as dificuldades das 
empresas públicas para a prestação dos serviços.
Desta forma, as Políticas de Saneamento devem ser articuladas 
às outras políticas para promover o desenvolvimento urbano 
sustentável, alcançar níveis adequados de saúde, reduzir a 
pobreza, melhorar a qualidade das moradias e conviver em 
harmonia com os Recursos Hídricos e com o Meio Ambiente. 
Isso é o que determina a Lei Nacional de Saneamento Básico, 
a Lei Nº. 11.445/2007.
42 Bacia Hidrográfica
A LEI FEDERAL N. 11.445/2007
A Lei Federal N. 11.445/2007 ao estabelecer diretrizes 
nacionais para o Saneamento Básico, se aplica a Municípios, 
Estados, Distrito Federal e União, devendo ser observada por 
todos os prestadores de serviços. Assim sendo, a Lei Federal 
Nº. 11.445/2007:
- Estabelece os princípios sob os quais os Serviços de 
Saneamento Básico devem ser prestados.
- Define as obrigações do titular, as condições em que os 
serviços podem ser delegados, as regras para as relações 
entre o titular e os prestadores de serviços, e as condições 
para a retomada dos serviços.
- Trata da prestação regionalizada.
- Institui a obrigatoriedade de planejar e regular os serviços.
- Abrange os aspectos econômicos, sociais e técnicos da 
prestação dos serviços.
- Institui a participação e o controle social.
A Política Federal de Saneamento Básico estabelece diretrizes 
para orientar as ações e investimentos do Governo Federal 
e determina que a União elabore o Plano Nacional de 
Saneamento Básico – PLANSAB. 
Em 2008, o Governo Federal e o ConCidades iniciaram a 
elaboração do Plano com a construção e aprovação, em forma 
de Resolução do ConCidades, do “Pacto pelo Saneamento 
Básico: Mais Saúde, Qualidade de Vida e Cidadania”. 
A segunda etapa desse processo é a preparação de um 
diagnóstico denominado “Panorama do Saneamento Básico 
no Brasil”, base para o Plano, cuja conclusão é prevista para 
meados de 2010. O Plano, a ser revisado a cada quatro anos, 
conterá os objetivos e metas nacionais e regionalizadas e os 
programas e ações para o alcance dessas metas.
43Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
O PAPEL DE CADA UM NO 
SANEAMENTO BÁSICO
A Constituição Federal estabelece como competência 
comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios a promoção de programas de construção de 
moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico. Isto significa que essas responsabilidades 
são compartilhadas entre as três Esferas do Governo, sendo 
necessária e desejável a ação conjunta para que os serviços 
atendam a toda a população. Para tal, faz-se necessário o 
entendimento de cada ator neste processo.
1. Governo Federal
A União institui as políticas nacionais e é responsável por 
garantir a maior parte dos investimentos em Saneamento 
Básico no Brasil, por meio de recursos do Orçamento Geral 
da União (OGU), do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
(FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Vários 
Ministérios atuam em saneamento de forma coordenada 
com uma divisão de responsabilidades, sendo eles:
 a) Ministério das Cidades: apoio aos municípios 
com mais de 50 mil habitantes, ou integrantes de regiões 
metropolitanas, ou regiões integradas de desenvolvimento.
 b) Ministério da Saúde: compete à definição dos 
padrões de qualidade da água para consumo humano e, 
por meio da Fundação Nacional da Saúde (FUNASA) é 
responsável pela assistência aos municípios com população 
de até 50 mil habitantes, aos assentamentos rurais, às áreas 
indígenas, comunidades quilombolas e de outras populações 
tradicionais.
 c) Ministério do Meio Ambiente: coordena o 
Programa Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos e com 
44 Bacia Hidrográfica
apoio da Agência Nacional de Águas (ANA) atua na gestão 
do uso das águas.
 d) Ministério da Integração Nacional: atua 
principalmente na região do semi-árido e nas bacias dos rios 
São Francisco e Parnaíba, em programas que visam aumentar 
a oferta de água para os seus múltiplos usos, em especial, para 
o consumo humano.
 e) Ministério do Desenvolvimento Social: coordena o 
programa para instalação de um milhão de cisternas no semi-
árido.
 f) Ministério do Trabalho: coordena o programa de 
cooperativas de catadores de materiais recicláveis.
 g) Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social/ BNDES são os 
operadores e principais agentes financeiros e responsáveis 
pela execução dos programas, repassando recursos e 
acompanhando as ações contratadas.
2. Governos Estaduais
Os Estados atuam predominantemente na prestação dos 
Serviços de Abastecimento de Água e Coleta e Tratamento 
dos Esgotos gerados, por meio de suas Companhias de 
Saneamento.
Alguns Estados passaram a atuar também na regulação dos 
serviços, por delegação dos municípios, através das Agências 
Reguladoras. Outros têm legislação própria de saneamento e 
instituíram Conselhos Estaduais das Cidades e de Saneamento.
Alguns Governos Estaduais se responsabilizam, também, por 
investimentosem drenagem nas áreas metropolitanas. A 
atuação da maioria dos Estados no manejo de resíduos sólidos 
se restringe ao licenciamento ambiental das instalações 
de tratamento e disposição final do lixo. Assim como os 
Municípios e a União, os Estados também são responsáveis 
45Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
por investimentos no setor.
3. Municípios e o Distrito Federal
Municípios e o Distrito Federal são responsáveis por 
organizar a Prestação dos Serviços de Saneamento Básico à 
população local, cabendo aos mesmos elaborar a Política e o 
Plano de Saneamento Básico do seu território.
Tal responsabilidade inclui:
- Planejamento dos serviços de saneamento básico nos seus 
quatro componentes, prestá-los diretamente ou delegá-los.
- Definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização.
- Definir os parâmetros de qualidade.
- Fixar direitos e deveres dos usuários.
- Estabelecer os mecanismos de participação e controle 
social.
Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos 
e o manejo de águas pluviais e drenagem urbana, em geral, 
são realizados diretamente pelos municípios por meio de 
Secretarias de Meio Ambiente, de Obras ou de serviços 
Públicos.
No interesse comum, de economizar todo o tipo recursos, 
algumas dessas funções e competências, de cada um dos quatro 
componentes do saneamento, podem ser compartilhadas de 
forma cooperativa entre os municípios ou, entre estes e o 
Distrito Federal ou os Estados, por meio da gestão associada, 
com a formação de consórcios públicos (MINISTÉRIO DAS 
CIDADES, 2009).
4. Prestadores de Serviços
Os Prestadores de Serviços podem ser públicos ou 
privados. Muitos municípios delegam os serviços de água 
46 Bacia Hidrográfica
e esgoto às companhias estaduais, outros prestam os 
serviços diretamente por meio de autarquias, empresas e 
departamentos de secretarias municipais. Outros terceirizam 
atividades específicas desses serviços por meio da contratação 
de empresas privadas e ainda existem as gestões associadas 
ou consórcios públicos, criados por vários municípios 
(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009).
Na limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos 
muitos municípios prestam os serviços diretamente, em 
alguns casos com a participação de cooperativas de catadores 
de materiais recicláveis. Outros prestam esses serviços por 
meio de contratação de empresas privadas.
Os consórcios públicos são regulamentados pela Lei Nº. 
11.107/2005. Por meio desses consórcios, a prestação de 
serviços pode ser compartilhada por diversos municípios.
5. Outros Atores
Atuam também na área de 
saneamento os órgãos e 
entidades reguladoras, sejam 
estaduais, municipais ou 
interfederativos, quando assim 
instituído por um consórcio 
público. O Ministério Público 
atua em articulação com o 
órgão de defesa do consumidor 
e do Meio Ambiente.
6. Sociedade
A Lei Federal Nº. 11.445/2007 
estabelece o Controle Social 
como um de seus princípios 
fundamentais e o define 
Figura 15: Monitoramento da prestação de 
serviços de Saneamento.
Fonte: Política e Plano de Saneamento 
Básico (2009)
47Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
como: “o conjunto de mecanismos e procedimentos que 
garantem à sociedade informações, representações técnicas 
e participações nos processos de formulação de políticas, 
de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços 
públicos de saneamento básico”.
O ConCidades recomenda a criação de Conselhos 
Municipais e Estaduais das Cidades para fiscalizar e monitorar 
a prestação dos serviços de saneamento (Figura 15). Esses 
fóruns permanentes de discussão são muito importantes 
para estimularem o debate, de forma integrada, das políticas 
de desenvolvimento urbano, habitação, saneamento, meio 
ambiente, transporte e mobilidade urbana, regularização 
fundiária, dentre outras. E fortalecem a participação da 
comunidade (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009).
A POLÍTICA DE SANEAMENTO 
BÁSICO
Segundo a Lei Federal Nº. 11.445/2007, a definição da Política 
Pública de Saneamento Básico é competência do titular dos 
serviços e compreende:
1. Elaboração do Plano de Saneamento Básico pelo próprio 
município.
2. Decisão sobre a forma de prestação dos serviços (direta 
ou delegada) e os procedimentos de sua atuação.
3. Adoção de parâmetros para a garantia do atendimento 
essencial à saúde pública, quanto à quantidade, regularidade e 
qualidade da água potável.
4. Definição do órgão responsável pela sua regulação e 
fiscalização.
48 Bacia Hidrográfica
5. Fixação dos direitos e deveres dos usuários.
6. Estabelecimento de mecanismos de participação e controle 
social.
7. Construção do sistema de informações sobre os serviços.
8. Casos e condições, previstos em lei e nos contratos, para 
intervenção e retomada dos serviços.
9. Definição das condições para a prestação dos serviços, 
envolvendo a sua sustentabilidade, viabilidade técnica, 
econômica e financeira bem como a definição de sistema de 
cobrança, composição de taxas e tarifas e política de subsídios.
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
O Plano de Saneamento Básico, conforme o Ministério das 
Cidades (2009) é o principal instrumento da Política de 
Figura 16: Processo Participativo.
Fonte: Política e Plano de Saneamento Básico (2009)
49Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
Saneamento Básico. Ele deve expressar um compromisso 
coletivo da sociedade em relação à forma de construir o 
futuro do saneamento no território. O Plano deve partir 
da análise da realidade e traçar os objetivos e estratégias 
para transformá-la positivamente e, assim, definir como cada 
segmento (Figura 16) deve se comportar para atingir os 
objetivos e as metas traçadas.
O Plano é formulado sob a coordenação do poder público, 
com a participação de todos aqueles que atuam no saneamento 
num determinado território e pela sua população, tanto os 
que recebem os serviços como aqueles que não têm acesso 
a eles.
É grande a interdependência das ações de saneamento com 
as de Saúde, Habitação, Meio Ambiente, Recursos Hídricos 
e outras. Por isso, os Planos, os Programas e as Ações 
nestes temas devem ser compatíveis com o Plano Diretor 
do Município e com Planos das Bacias Hidrográficas em que 
estão inseridos.
O Plano deverá abranger todo o território do município, 
compreendendo as áreas urbana, rural e conterá de forma 
integral os quatro componentes do saneamento básico: 
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza 
urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de 
águas pluviais urbanas.
A Lei de Saneamento Básico estabelece que o Plano deva 
conter:
1. Diagnóstico Técnico-Social.
2. Objetivos e Metas Progressivas e Graduais para a 
Universalização dos Serviços.
3. Metas de Qualidade e Eficiência do Uso de Recursos 
Naturais, dentre outras.
4. Programas, Projetos e Ações, inclusive as Emergenciais.
50 Bacia Hidrográfica
5. Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática 
da Eficiência e Eficácia das Ações Programadas. O Plano 
deve prever recursos para a sua concretização, definir as 
prioridades de ação e orientar os orçamentos futuros do 
município na área de saneamento.
ALTERNATIVAS PARA A 
IMPLANTAÇÃO DE SANEAMENTO 
BÁSICO 
Para a implantação de Saneamento Básico não há 
necessidade da execução de grandes obras que afastam o 
tratamento do esgoto da sua fonte. Atualmente existe uma 
grande diversidade de alternativas técnicas de tratamento 
de saneamento próximas à fonte de esgoto. São sistemas 
simples, de eficiência comprovada, mais baratos e com maior 
eficiência em relação às alternativas tradicionais, e algumas 
destas podem gerar renda para as comunidades locais, além 
de envolver os moradores na sua construção, manutenção e 
monitoramento. 
O novo marco legal de saneamento, a Lei Federal Nº. 
11.445/07, prevê a adoção, por parte dos municípios, de 
novas alternativas de saneamento,principalmente para sanear, 
recuperar e preservar seus mananciais, além de prever o 
fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, a 
promoção de alternativas de gestão que viabilizem a auto-
sustentação econômica e financeira dos serviços e a utilização 
de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de 
pagamento dos usuários, a adoção de soluções graduais 
e progressivas, bem como a difusão dos conhecimentos 
gerados de interesse para o saneamento básico.
Existem diversas alternativas tecnológicas e instituições que 
podem contribuir com a implantação do saneamento e a 
51Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
maximização da auto-sustentação econômica do serviço. 
Estas alternativas são diferentes das soluções tradicionais 
tanto pelo tipo de tecnologia empregado, na sua maioria de 
baixo custo, quanto pela escala de tratamento, mais próxima 
ALTERNATIVAS DESCRIÇÃO USO
PEQUENAS ETEs 
DESCENTRALIZADAS
ETE com utilização de água 
(servida de bacia sanitária, de 
chuveiros, pias) próximas do 
local onde este esgoto é erado 
com baixa ou média capacidade 
de tratamento
# Tratamento de água para 
que possa ser lançada em 
manancial em condições 
adequadas conforme 
legislação específica
# Rega de jardins
WETLANDS 
(VÁRZEAS 
ARTIFICIAIS)
Várzeas ou tanques artificiais 
para tratar as águas, servidas de 
bacia sanitária, de chuveiros e 
pias e água das chuvas com 
poluição difusa 
# Tratamento de água para 
que possa ser lançada em 
manancial em condições 
adequadas conforme 
legislação específica
# Irrigação de plantações, 
rega de jardins, sistema de 
ar condicionado, usos 
industriais, etc.
REATOR 
SEQUENCIAL POR 
BATELADA (RSB)
Sistema de tratamento 
secundário por meio de lodo 
ativado-tratado por meio da 
alternância entre meio aeróbico 
com a utilização de bactérias, 
no qual todas as etapas de 
tratamento são realizadas num 
único tanque carregado de 
forma descontínua com esgoto 
após o tratamento primário
# Tratamento de água para 
que possa ser lançada em 
manancial em condições 
adequadas conforme legisla-
ção específica
# Rega de jardins
FILTRO 
PERCOLADOR
Sistema que utiliza o leito de 
material rígido no qual o esgoto 
escoa em queda livre por meio de 
material de enchimento. As 
bactérias crescem na superfície 
do material e formam um biofilme 
que se degrada naturalmente 
depois de um tempo pela 
atividade de bactérias 
depuradoras, se desprende e é 
descartado com o efluente final
# Tratamento de água para 
que possa ser lançada em 
manancial em condições 
adequadas conforme 
legislação específica
# Rega de jardins
Quadro 1: Alternativas tecnológicas de Saneamento com capacidade de 
tratamento superior a um bairro e usos que podem ser realizados da água.
Fonte: Adaptado de Instituto Socioambiental (2008).
52 Bacia Hidrográfica
Quadro 2: Alternativas tecnológicas de Saneamento com capacidade de tratamento 
por residências e/ou bairros com os usos que podem ser feitos da água.
Fonte: Adaptado de Instituto Socioambiental (2008).
ALTERNATIVAS DESCRIÇÃO USO
BANHEIRO 
COMPOSTO 
(SANITÁRIO 
COMPOSTÁVEL OU 
BANHEIRO SECO)
Pode ser utilizado para residências individuais 
ou banheiros públicos. Trata-se da rápida 
decomposição das fezes sem a utilização de 
água por meio de processo termofílico (altas 
temperaturas 37°C e 70°C) e ação bacteri-
ológica. Esse processo assegura que todos os 
patógenos sejam destruídos e a matéria seja 
transformada em húmus.
O adubo produzido pode ser utilizado 
em plantações, jardins e hortas.
CÍRCULO DE 
BANANEIRAS 
(PERMACULTURA)
Rega de jardins
RECICLAGEM DE 
ÁGUA POR MEIO DE 
FILTROS NATURAIS 
E ARTIFICIAIS COM 
MATERIAIS 
POROSOS
Sistema para tratar o esgoto por meio da 
alternância de ambientes aeróbicos e 
anaeróbicos através de filtros com materiais 
porosos que irão limpar a água dos resíduos 
sólidos em suspensão, consorciado com 
plantas aquáticas, que irão ajudar na 
filtragem e limpeza da água.
1. Limpeza domestica (tanques, 
pias, vaso sanitário e chuveiro)
2. Irrigação de plantações e rega 
de plantas
3. Sistemas de ar condicionado, 
usos industriais
FOSSAS SÉPTICAS 
DESDE QUE 
GARANTIDO O 
TRATAMENTO 
SECUNDÁRIO*
Unidades de tratamento primário de esgoto 
doméstico nas quais são feitas a separação e 
transformação da matéria sólida contida no 
esgoto. Trata-se de um tanque enterrado, que 
recebe os esgotos, retém a parte sólida e inicia 
o processo biológico de purificação da parte 
líquida (efluente). Mas é preciso que estes 
sejam filtrados no solo para completar o 
processo biológico de purificação e eliminar o 
risco de contaminação
Rega de jardins
TRATAMENTO DE ÁGUA EM UMA OU VÁRIAS RESIDÊNCIAS
* As fossas sépticas devem ser complementadas com pós-tratamento para serem eficientes, senão podem ser prejudiciais e contaminar o solo e o lençol freático
Despejo das águas servidas da privada, 
chuveiros e pias em fossa séptica, lançada 
posteriormente em um buraco com britas e 
terra em cima, rodeado de Bananeiras e 
plantas que gostam de solo úmido e matéria 
orgânica (lírio e papiro)
SISTEMA CIRCUITO 
FECHADO
Captar as águas provenientes de chuveiros e 
pias e passar por filtros de brita e lagoas de 
decantação, alternando ambientes aeróbicos 
e anaeróbicos, onde, a água retorna para ser 
reutilizada na casa
1. Limpeza domestica (tanques, 
pias, vaso sanitário e chuveiro)
2. Irrigação de plantações e rega 
de plantas
3. Sistemas de ar condicionado, 
usos industriais
da fonte de geração do esgoto e com o envolvimento da 
comunidade local na sua implantação e manutenção.
A simplicidade de sua engenharia e os tipos de materiais 
utilizados geralmente permitem que não somente técnicos 
53Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
as compreendam, implantem e mantenham, mas tornam algo 
compreensível e acessível a um maior número de pessoas nas 
comunidades envolvidas.
Algumas dessas tecnologias encontram-se ilustradas nos 
Quadros 1 e 2.
SANEAMENTO BÁSICO EM 
CUIABÁ
O Saneamento Básico 
de Cuiabá é realizado 
pela Companhia de 
Saneamento da Capital/
SANECAP, que trabalha 
com Abastecimento 
Público, Esgotamento 
Sanitário e Resíduos 
Sólidos.
SISTEMA DE TRATAMENTO DE 
ÁGUA
A Companhia de 
Saneamento da Capital 
possui 8 (oito) Estações 
de Tratamento de Água 
(ETA) e vários Poços 
de Abastecimento, que 
estão distribuídos pelo 
perímetro urbano de 
Cuiabá, conforme as 
Figuras 17 e 18 e o 
Quadro 3.
A Companhia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETA I – Presidente Marques
ETA II – São Sebastião
ETA Tijucal I 
ETA Eng. Osvaldo Gomes Bezerra - ETA Tijucal II
ETA Marcelo de Oliveira - ETA Ribeirão do Lipa
ETA Coophema
ETA Parque Cuiabá
ETA Wilson Pereira Padilha - ETA Porto
Poços de Abastecimento
Figura 17: Localização dos Poços, em Cuiabá, 
operados pela SANECAP.
Figura 18: Localização das ETAs, em Cuiabá, 
operadas pela SANECAP.
Fonte: SANECAP (2010). 
54 Bacia Hidrográfica
capta, trata e produz água para atender as necessidades de 
Abastecimento de Água de 168.814 economias em Cuiabá, 
e em 04 Zonas Rurais do mesmo município, conforme o 
Quadro 4.
Nossa Senhora da 
Guia
Sucuri
Coxipó do Ouro
Aguaçu
ETA
ZONA RURAL
REGIÕES
ABASTECIDAS 
(DISTRITO)
MANANCIAIS
ABASTECEDORES
Nossa Senhora da 
Guia
Sucuri
Coxipó do Ouro
Aguaçu
Rio Aguaçu
Rio Cuiabá
Rio Coxipó
Rio Aguaçu
ETA I ETA II TIJUCAL I TIJUCAL II
RIBEIRÃO 
LIPA COOPHEMA
PARQUE 
CUIABÁ PORTO
ABAST. 
POÇO
LOCALIZAÇÃO
MANANCIAL DE
CAPTAÇÃO DE 
ÁGUA BRUTA
QUANTIDADE DE 
BAIRROS
ABASTECIDOS
LIGAÇÕES
ATIVADAS
NUMERO DE
ECONOMIAS
VAZÃO
(M3/HORA)
VOLUME CAPTADO 
(M3/MÊS)
VOLUME PRODUZIDO 
(M3/MÊS)
VOLUME CONSUMIDO
(M3/MÊS)
CONSUMO DE SULFATO
(KG/MÊS)
CONSUMO DE CLORO
(KG/MÊS)
ESTAÇÃO DE 
TRATAMENTO 
DE ÁGUA
Bairro 
Quilombo
Bairro 
Quilombo
Bairro 
Tijucal
Bairro 
Tijucal
B. Ribeirão 
do Lipa
Bairro
Coophema
B. Parque 
Cuiabá
Bairro
do Porto
Vários 
Bairros
Rio
Cuiabá
Rio
Cuiabá
Rio
Coxipó
Rio
CoxipóRio
Cuiabá
Rio
Cuiabá
Rio
Cuiabá
Rio
Cuiabá
Poços 
Profundos 
6 60 7 29 16 8 5 12 18 
4.652 46.639 5.316 34.910 5.777 6.011 2.527 8.927 11.516 
9.272 65.118 5.323 39.074 8.674 6.688 2.600 13.978 11.895 
447 4.270 707 1.803 606 394 226 717 1.472 
323.764 3.126.976 508.134 1.307.606 443.934 281.937 163.859 518.590 1.059.840
311.143 2.994.686 490.269 1.250.145 423.381 265.183 157.434 482.199 -
12.620 132.290 17.864 57.460 20.552 16.754 6.424 36.391 -
5.690 96.440 4.509 6.990 8.465 5.916 2.608 9.054 -
860 6.378 1.306 2.025 764 440 474 887 -
Quadro 3: Caracterização das ETAs, em Cuiabá, operadas pela SANECAP.
Fonte: SANECAP (2010). 
Quadro 4: Estações de Tratamento na Zona Rural operadas pela SANECAP.
Fonte: SANECAP (2010). 
55Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
As Estações de Tratamento de Água do município de 
Cuiabá são do tipo convencional e passam pelos processos 
de Mistura Rápida, Coagulação, Floculação, Decantação, 
Filtração, Desinfecção, Reservação e Distribuição utilizando 
os produtos químicos o sulfato de alumínio ferroso como 
coagulante primário e o cloro gasoso para desinfecção da 
água produzida.
Em relação à água tratada, em 2010, atingiu um índice 
aproximado de 98 % da população atendida em Cuiabá, ou 
seja, aproximadamente 613.343 pessoas que consomem 
a água produzida e distribuída pela Companhia, sendo que 
em 2009, houve um acréscimo de 48.475 novas ligações de 
água e o volume faturado cresceu 2,59% em relação à 2008, 
conforme Figura 19.
2005 2006 2007 2008 2009
1.700.000
1.600.000
1.500.000
1.400.000
1.300.000
Nú
m
er
o 
de
 lig
aç
õe
s
ACRÉSCIMO NO NÚMERO DE LIGAÇÕES DE ÁGUA 
NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
640.000
600.000
560.000
520.000
480.000
2005 2006 2007 2008 2009
Nú
m
er
o 
de
 lig
aç
õe
s
ACRÉSCIMO NO NÚMERO DE LIGAÇÕES DE ESGOTO 
NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
Figura 19: Acréscimo no número de ligações de água nos últimos cinco anos.
Fonte: SANECAP (2010). 
56 Bacia Hidrográfica
SISTEMA DE COLETA E 
TRATAMENTO DE ESGOTO
PROGRAMA DE SERVIÇOS URBANOS DE 
ÁGUA E ESGOTO – PAC
O Sistema de Esgotamento Sanitário existente em Cuiabá foi 
construído tendo por base Projeto elaborado em 1952, que 
consistia em redes coletoras distribuídas por 11 Sub-bacias 
ou Distritos, coletores-troncos ao longo do Córrego Prainha, 
4 estações elevatórias com seus respectivos emissários e 
uma estação de lodo ativado com aeração prolongada.
A capacidade prevista no Projeto era da ordem de 160 L/s 
e, a estação depuradora seria constituída de oito módulos 
de 20 L/s, dotado cada um de Gradeamento, Desarenador, 
Tanque Imhoff e Leitos de Secagem. A descarga do efluente 
final da Estação Depuradora seria feita no Rio Cuiabá a 
aproximadamente 30 m da margem, por tubulação submersa.
Do sistema projetado, além de algumas extensões de redes 
coletoras que totalizam cerca de 18 km, foi construído o 
primeiro módulo de tratamento, próximo do Parque de 
Exposições de Cuiabá.
Por motivos desconhecidos, porém, não foram realizadas as 
ligações domiciliares, o que motivou o completo abandono 
do sistema. Com o passar do tempo a rede assentada foi 
seccionada em vários pontos, em virtude de obras realizadas 
nas vias públicas.
Atualmente, a coleta de esgoto de Cuiabá é realizada por 
meio de dois sistemas distintos: sistema misto (coleta de 
águas pluviais e esgoto em um único sistema) e sistema 
separador absoluto (coleta o esgoto em separado das águas 
pluviais). O sistema de tratamento de esgoto é operado por 
sistema convencional tratado e não tratado, sistema isolado 
convencional tratado e não tratado, e condominial não 
57Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
tratado.
Todavia, a maioria dos bairros de Cuiabá, principalmente nas 
periferias, o grau de cobertura com Esgotamentos Sanitários, 
é deficiente, não existindo a coleta nem tratamento de 
esgoto, e a disposição final dos resíduos sólidos. Tal fato leva 
a população cuiabana a utilizar outra forma de esgotamento, 
como Fossa Séptica e Rudimentar ou, simplesmente descarta 
este resíduo a céu aberto em ruas ou em córregos. 
Todavia, para amenizar tal situação, em novembro de 2007, o 
Governo do Estado de Mato Grosso assinou o Contrato de 
Repasse Nº. 2628.218406-07/2007/Ministério das Cidades/
CAIXA (SANECAP, 2010) objetivando a execução de ações 
relativas à Apoio a Implantação e Ampliação do Sistema 
de Esgoto Sanitário em Municípios Integrantes de Regiões 
Metropolitanas, Regiões Integradas de Desenvolvimento 
Econômico (RIDE), Municípios com população superior a 
50 mil habitantes, com recursos oriundos do Programa de 
Serviços Urbanos de Água e Esgoto – PAC, com recursos do 
Orçamento Geral da União.
 Em fevereiro de 2008, o Governo Estadual, através do Termo 
Aditivo ao Contrato de Repasse ora especificado, incluiu 
como agente interveniente executor a Prefeitura Municipal 
de Cuiabá/Companhia de Saneamento da Capital – SANECAP. 
Os Projetos aludidos ao Contrato de Repasse prevêem 
a execução de Ações de Saneamento Básico e que 
compreenderão as seguintes intervenções:
- Rede coletora de esgoto
- Estações elevatórias 
- Emissários
- Ligações domiciliares
- Ampliação, complementação e reforma da estação de 
tratamento de esgoto.
58 Bacia Hidrográfica
PROJETO TÉCNICO DE AMPLIAÇÃO DO 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
LOTE SUB BACIA BAIRROS BENEFICIADOS EMPREENDIMENTO POPULAÇÃO ATENDIDA - PA(h)
1
S. de Abastecimento de Água - ETA Tijucal, Estação 
Pressurizadora, Adutora, Reservação, Rede, L. Domiciliares, 
Macro e Micromedição, Automação do Sistema de Distribuição
PA: 340.019h
2 16
Cidade Alta, Coesa, Cohab Nova, Goiabeiras, 
Jardim Cuiabá, Jardim Independência,Jardim 
Primavera, Jardim Ubatã, Nova Cuiabá, Popular, 
Duque de Caxias II, Verdão e Mané Pinto. 
Rede Coletora, Coletor Tronco, L. Domiciliares PA: 77.800h
3 14B
Quilombo, Duque de Caxias I, Parte do Santa 
Rosa I, Ribeirão da Ponte, Santa Helena, Morada 
do Sol, Jardim Mariana, Parte do Despraiado e 
Parque Mãe Bonifácia.
Rede Coletora, Estações Elevatórias, Emissários por Recalque, 
Ligações Domiciliares PA: 79.000h
3 15
Barra do Pary, Canachuê, Cidade Verde, 
Coophamil, Flamboyant, Jardim Araça, Beira Rio, 
Novo Terceiro, Santa Amália, Santa Izabel, São 
Benedito, Vila Militar, Parte do Santa Rosa I.
 Rede Coletora, Coletor Tronco, Estações Elevatórias, 
Emissários,
Ligações Domiciliares, Estação de Tratamento de Esgoto
PA: 47.035h
17 Consil e Miguel Sutil Rede Coletora, Estação Elevatória, Emissário, Ligações Domiciliares PA: 10.230h
18 PA: 151.200h
19 Bosque da Saúde, Aclimação, Loteamento Dom Bosco e Castelo Branco (Córrego do Barbado) Rede Coletora, Ligações Domiciliares PA: 15.105h
20A Jardim Itália I, Jardim Itália II Rede Coletora, Coletor Tronco, Estações Elevatórias, Emissários, Ligações Domiciliares PA: 22.055h
20E Jardim Fortaleza, Osmar Cabral, Liberdade e Santa Laura.
Rede Coletora, Estações Elevatórias, Emissários de Recalque, 
Ligações Domiciliares e Otimização da Estação de Tratamento 
de Esgoto do Tijucal.
PA: 309.235h
5 14B Santa Marta, Novo Colorado, Amperco e Jardim Vista Alegre
Rede Coletora, C. Tronco*1, E.Elevatórias, Emissários, L.
Domiciliares e Estação de Tratamento de Esgoto. PA: 20.000h
14A Jardim Vitória
7 14A Jardim Vitória, Jardim Florianópolis, Jardim União, Três Poderes, Itapuã e Paiaguás II
Sistemas de: Drenagem Urbana, Esgotamento Sanitário,
Coleta Seletiva e Compostagem PA: 21.295h
1.092.974
Altos da Glória, Altos da Serra, Altos do Coxipó/Flor do Cerrado, Boa 
Esperança, CPA III, CPA IV, Distrito Industrial, Distrito Industrial III, 
Dr. Fábio I e II, Imperial I e I, Jardim dos Ipês, Jardim Fortaleza, 
Jardim Industriário I e II, Jardim Itália, Jardim Presidente, Manduri, 
Nova Esperança, Nova Esperança II, Novo Millenium, Pascoal 
Ramos, Pedra 90 I e II, Planalto, Praeiro, Primeiro de Março, 
Recanto dos Pássaros, Recanto do Sol, Santa Cruz II, SantaLaura, 
São Sebastião, São João Del Rey, Tijucal, Três Barras, Umuarama I 
e II.
Ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto “Engº Zanildo Costa Macedo” (Córrego Gambá)
4
TOTAL DE POPULAÇÃO ATENDIDA
6
Jardim Vitória e Jardim Florianópolis14A
Construção de 354 melhorias habitacionais composta de quartos e banheiros. 
Execução de 460 unidades sanitárias.
Construção de 160 Unidades Habitacionais
Quadro 5: Sub-bacias e bairros que receberão intervenção do Programa de Serviços 
Urbanos de Água e Esgoto – PAC. 
Fonte: SANECAP (2010). 
59Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
Figuras 19 a 25
60 Bacia Hidrográfica
Atualmente Cuiabá é formada por 15 Sub-bacias que 
servem de Esgotamento Sanitário. Dessas, para o Projeto 
Técnico de Ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário 
da Capital foram selecionadas 09 Sub-bacias e devido ao 
processo licitatório das empresas a executarem as Obras de 
Saneamento, fez-se necessário o agrupamento das referidas 
Sub-bacias em lotes conforme o Quadro 5 e as Figuras de 
19 a 25. 
O interesse pela recuperação da Sub-bacia 14A (Lotes 06 
e 07), importante Sub-bacia do Rio Cuiabá, justifica-se pelo 
Plano Diretor Municipal, que no final do ano de 2006, definiu 
esta área como Zona Especial de Interesse Social - ZEIS, 
principalmente por existir nesta área inúmeras nascentes. 
A prestação de serviço em Esgotamento Sanitário, em Cuiabá, 
apresenta-se em constante evolução (Figura 27) visto que 
ao todo, 219.200 pessoas têm acesso à rede de Coleta de 
Esgotos, ou seja, 41,7% da população urbana.
2005 2006 2007 2008 2009
1.700.000
1.600.000
1.500.000
1.400.000
1.300.000
Nú
m
er
o 
de
 lig
aç
õe
s
ACRÉSCIMO NO NÚMERO DE LIGAÇÕES DE ÁGUA 
NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
640.000
600.000
560.000
520.000
480.000
2005 2006 2007 2008 2009
Nú
m
er
o 
de
 lig
aç
õe
s
ACRÉSCIMO NO NÚMERO DE LIGAÇÕES DE ESGOTO 
NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
Figura 27: Acréscimo no número de ligações de esgoto nos últimos cinco anos.
Fonte: SANECAP (2010). 
61Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
Cuiabá apresenta um total de 46.485 ligações faturadas de 
Esgoto, o que representa uma cobertura de 38% do total de 
ligações da Capital em relação à Coleta de Esgoto, em que 
29% do total de ligações, o esgoto encontram-se efetivamente 
tratado no município de Cuiabá, estando em conformidade 
com a realidade de muitos municípios brasileiros.
O principal Sistema de Tratamento de Cuiabá é a Estação 
de Tratamento de Esgoto Dom Aquino (Figura 28) do tipo 
Lodos Ativados com Aeração Prolongada. A ETE Dom 
Aquino atende a 16.929 economias referente às Sub-bacias 
18 (Gambá) e 19 (Barbado), garantindo uma vazão média de 
112 L/s e um efluente com concentração de DBO variando 
de 50-800 mg/L e uma DBO final (após tratamento) de 10 
Figura 28: Localização da ETE Dom Aquino.
Fonte: SANECAP (2010). 
62 Bacia Hidrográfica
Sistemas de Tratamento de Esgoto de Cuiabá
LODOS ATIVADOS
ETA Zanildo Costa Macedo
EEE
Gambá, Barbado, Mane Pinto e Prainha, Jardim das Américas, 
Tempo de Crescer
Sistema integrado
Bacias do Barbado, Gambá, Prainha e Mane Pinto
Sistema Isolado do Jardim Universitário
ETE
EEE
LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Sistema São Carlos e Santa Inês
ETE
EEE
Sistema Vila Real
ETE (lagoas de estabilização)
EEE - 01, 02, 03
Sistema Tijucal
ETE (lagoas de estabilização)
EEE - 01, 02, 03
Sistema CPA
ETE (lagoas de estabilização)
EEE -01, 02, 03, 04, 05
DECANTADOR DIGESTOR INHOFF
EEE-01
Sistema Coophamil
Sistema Coophema
ETE
BIODIGESTOR ANAERÓBIO (RAFA)
Sistema Cohab Nova
ETE
Sistema CPA I
Sistema Três Barras
ETE, EEE-01, 02
FOSSA SÉPTICA SEGUIDO DE
FILTRO ANAERÓBIO E CLORAÇÃO
SITEC: Jardim Vitória A e B, Vilas da Serra, Jardim Aroeira, Umuarama, 
Presidente II, Residencial Morro de Santo Antonio, Residencial Santo 
Antonio, Residencial Morada do Faval, Residencial Jardim Antártica, Vilas 
Boas, Florais Cuiabá, Residencial Viverdi, Sávio Brandão, Acácia I, Ipê 
Amarelo, Marechal Rondon, Pascoal Moreira Cabral, Coxiponés, Sonho 
Meu, Jardim Botânico.
Quadro 6: Sistemas de Tratamento de Esgoto de Cuiabá.
Obs: SITEC – Sistema 
Integrado de Tratamento 
de Esgoto Condominial; 
EEE - Estação Elevatória 
de Esgoto.
63Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
mg/L, apresentando assim uma eficiência superior a 90% na 
remoção de matéria orgânica.
A cidade conta com treze ETEs de médio e grande porte, 
vinte ETEs de pequeno porte e vinte e cinco estações 
elevatórias. O processamento se dá em cinco Lagoas de 
Estabilização, duas estações de lodo ativado com aeração 
prolongada, três reatores anaeróbios de fluxo ascendente 
(RAFA), dois decantodigestores Imhoff e vinte e um sistemas 
de fossas sépticas e filtros anaeróbios, conforme o Quadro 
6 e Figura 29.
Figura 29: Localização dos Sistemas de Tratamento de Esgoto de Cuiabá.
64 Bacia Hidrográfica
COLETA E DISPOSIÇÃO DOS 
RESÍDUOS SÓLIDOS
Os resíduos sólidos urbanos constituem um ponto de 
grande fragilidade na infra-estrutura básica dos municípios, 
em decorrência do aumento de resíduo produzido, manejo 
e destino inadequado, provocando impactos no solo, na água 
(Adaptado de DSG (1973)-Carta topográfica, 
Escala 1:100.000). Fonte. Santos et.al (2008).
Figura 30: Localização da Central de Disposição Final de Resíduos Sólidos 
Urbanos de Cuiabá.
65Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
e no ar.
 A produção de lixo no município de Cuiabá já é superior 
a 350t/d. Esse valor representa um acréscimo de 
aproximadamente 75% em relação a produção verificada no 
ano de 1991.
Cuiabá possui uma usina de reciclagem - compostagem com 
a capacidade de processar 200T/d muito embora a produção 
do município já tenha atingido um valor de 350t/d e um valor 
per-capita de 0,70 – 0,75 kg/hab/d.
Os serviços de coleta e disposição de resíduos sólidos são 
administrados pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, por meio 
da Companhia de Saneamento da Capital, que o dispõe em 
um aterro sanitário para resíduos doméstico e hospitalar, 
localizado junto às nascentes dos Córregos do Doutor e Três 
Barras, tributários do Rio Coxipó, e do Córrego Ribeirão 
do Lipa, tributário do Rio Cuiabá, conforme a Figura 30 
(CUIABÁ, 2007 apud ALVES, 2009). 
Santos (2008) ao monitorar água superficial e poços de água 
subterrânea, na área deste aterro, obteve como resultado 
a existência de contaminação próxima às células não 
impermeabilizada e impermeabilizada do aterro e próximo 
da drenagem que conduz o efluente tratado na área do 
aterro, assim como das águas superficiais do entorno. Todas 
as análises apresentaram seus valores acima dos padrões 
estabelecidos pela Portaria do Ministério da Saúde N. 518/04.
66 Bacia Hidrográfica
67Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
PARTE III
68 Bacia Hidrográfica
CAPÍTULO VII
BACIA HIDROGRÁFICA
A Lei N. 9.433/97 adotou a bacia hidrográfica como unidade 
de planejamento e implantação da PNRH assim, a gestão de 
recursos hídricos tem como unidade territorial a área da 
bacia e não as fronteiras administrativas e políticas. 
Bacia hidrográfica é uma área da superfície terrestre, 
delimitada pelos pontos mais altos do relevo (Divisores de 
Água), na qual a água proveniente das chuvas escorre para os 
pontos mais baixos do relevo, formando um curso de água 
(rio) ou lago (Figura 31).
Nas bacias hidrográficas existem entradas e saídas de 
água. A precipitação (chuva) e o fluxo de água subterrânea 
são as entradas. As saídas ocorrem pela evaporação, pela 
Confluência
Vale
Subafluente
Afluente
Interflúvio
Rio principalEscoamento 
subterrâneo
Escoamento 
superficial
Figura 31: Bacia hidrográfica.
Fonte: www.prof2000.pt (2010)
69Desafios da gestão de recursos hídricos e do saneamento básico no município de Cuiabá-MT
transpiração das

Continue navegando