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FARMACODINÂMICA INTRODUÇÃO Estudo de ações e efeitos de fármacos e seus mecanismos de ação; É O QUE O FÁRMACO FAZ COM O ORGANISMO. Demonstra a afinidade dos fármacos e como interagem com seus sítios alvo. (isso depende do seu mecanismo de ação) Depois da farmacocinética (exceto a parte da excreção), a grande parte dos medicamentos chegam a corrente sanguínea, circulam pelo corpo e interagem com diversos sítios específicos de ação. DEPENDENDO DAS SUAS PROPRIEDADES OU DA VIA DE ADMISTRAÇÃO, UM MEDICAMENTO PODE ATUAR EM UMA PARTE ESPECÍFICA DO CORPO (EX: ANTIÁCIDOS QUE SE CONCENTRAM NO ESTÔMAGO), OU INTERGIR COM OUTRAS CÉLULAS, O QUE PODE RESULTAR EM REAÇÕES ADVERSAS. Ligação do fármaco ligante ao receptor gerando resposta; Pode ser quantificada pela relação entre a dose do fármaco e a resposta do organismo; Os fármacos não produzem efeitos, apenas modificam as funções fisiológicas do corpo; OS EFEITOS FARMACOLÓGICOS DO FÁRMACO PODEM SE EXPRESSAR NO SÍTIO DE AÇÃO DELE OU DISTANTE. EXEMPLO: A MORFINA CONSTRINGE A PUPILA POR MEIO DE SUA AÇÃO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL, ENQUANTO QUE A PILOCARPINA O FAZ POR AÇÃO LOCAL. CONCEITOS GERAIS AÇÃO: Alterações bioquímicas ou fisiológicas que modificam as funções das células; AÇÃO ESPECÍFICA: Agem combatendo diretamente na causa; AÇÃO INESPECÍFICA: Apenas alivia as manifestações clínicas. EFEITO OU RESPOSTA: Resultado da ação do tratamento do medicamento administrado; EFETOR: Local do organismo em que se é verificado o efeito do fármaco EFICÁCIA : Avalia a situação ideal do uso do medicamento. É a quantidade de efeito benéfico de um fármaco. Capaz de resolver o problema -> Resposta desejada – Eficácia clínica. Resposta terapêutica máxima que o fármaco pode induzir. UM MEDICAMENTO X TEM MAIOR EFICÁCIA TERAPÊUTICA QUE UM MEDICAMENTO Y, QUANDO O RESULTADO ESPERADO É MAIS SATISFATÓRIO QUE O OUTRO. EXEMPLO: O MEDICAMENTO X RESOLVE O PROBLEMA COM 10MG E O MEDICAMENTO Y COM 15MG, LOGO O MEDICAMENTO X TEM MAIOR EFICÁCIA DO QUE O Y. EFETIV IDADE: Avalia a situação real do uso de um medicamento; SE O MEDICAMENTO É BOM E PRÁTICO. LEVA EM CONSIDERAÇÃO TODOS OS RESULTADOS DE TODOS OS PACIENTES QUE FORAM TRATADOS. EFICIÊNCIA: Intervenção em condições habituais, levando em consideração custos e riscos; VERIFICA SE O MEDICAMENTO É “BOM, BARATO E SEGURO”. MECANISMO DE AÇÃO: Atividade pela qual o fármaco desencadeia eventos com um efeito biológico; AGONISTA: Possuem grande afinidade ao seu receptor e , ao se ligar a ele, exercem o efeito do fármaco. Fármaco responsável pelo efeito – resposta biológica máxima; ANTAGONISTA: Há ligação e afinidade, porém, há um bloqueio ou redução, impedindo o receptor e a substância de gerar efeito. OCUPA O SÍTIO DE LIGAÇÃO E NÃO GERA NENHUMA RESPOSTA. APESAR DE APRESENTAREM AFINIDADE AO SEU RECEPTOR, ESTES FÁRMACOS NÃO TEM CAPACIDADE DE DESENCADEAR UMA RESPOSTA INTRÍNSECA A PARTIR DO SEU SÍTIO DE AÇÃO. O SEU OBJETIVO, NA REALIDADE, É JUSTA MENTE IMPEDIR A PRÓPRIA ATIVIDADE INTRÍNSECA. AGONISTA PARCIAL: Fármacos que se ligam ao receptor, mas não conseguem atingir 100% do efeito; POTÊNCIA : Quantidade de fármaco necessária para gerar resposta. AFINIDADE: Capacidade de ligação do fármaco com o receptor; ATIVIDADE INTRÍNSECA : É uma medida da capacidade do fármaco em produzir um efeito farmacológico quando ligada ao seu receptor; ATIVIDADE: Gera a resposta farmacológica após a ligação; ESPECIF IC IDADE QUÍMICA: Quando o receptor só aceita fármacos de estrutura muito similar AÇÕES GERAIS DOS FÁRMACOS ESTIMULANTES OU DEPRESSORAS: Quando aumentam ou diminuem as funções orgânicas do organismo; XANTINA – CAFEÍNA, TEOBROMINA – CHOCOLATE. IRRITATIVAS OU CITOTÓXICAS: Quando alteram ou destroem as células; ANTIMICROBIANAS: Quando inibem o desenvolvimento de microrganismos ou matam células; ANTIBIÓTICOS SUBSTITUTIVAS: Similares a função do composto endógeno; INSULINA NO CASO DOS DIABÉTICOS. SUPRESSIVOS: Eliminam certas funções endógenas MECANISMO DE AÇÃO AÇÃO ESPECÍFICA: O fármaco interage, de forma específica, com macromoléculas, como por exemplo: PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS: EXEMPLO: UMA PROTEÍNA X CAPTA UM FÁRMACO E O LEVA PRO SÍTIO DE AÇÃO, DEPOIS QUE ELE REALIZA SEU EFEITO FARMACOLÓGICO, ESSE FÁRMACO É RECAPTADO POR PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS PARA UMA NOVA REUTILIZAÇÃO. ÁCIDOS NUCLEICOS EXEMPLO: BACTERICIDAS COM AÇÃO DE INIBIR O CRESCIMENTO OU DESENVOLVIMENTO DAS BACTÉRIAS, INTERFERINDO NO DNA OU RNA. ENZIMAS EXEMPLO: CICLOXIGENASE- PARTICIPA DA CASCATA DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO NA FORMAÇÃO DAS ENZIMAS PROSTAGLANDINAS). RECEPTORES FARMACOLÓGICOS ACLOPADOS À PROTEÍNA G EXEMPLO: O FÁRMACO REAGE COM PROTEÍNAS QUE SÃO RESPONSÁVEIS POR DESENCADEAR UMA ATIVIDADE EM CASCATA. AÇÃO INESPECÍFICA : O fármaco exerce ação sobre moléculas muito pequenas ou até mesmo íons. Caracterizados por interagir com moléculas simples ou íon (Ex: antiácidos). Realizam alteração da pressão osmótica (Ex: sulfato de Mg). Realizam alteração da tensão superficial (Ex: dimeticoma: utilizado para diminuir a tensão nas vísceras causada por gases) Apresentam alto grau de lipossolubilidade (Ex: anestésicos gerais) CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS QUANTO AO EFEITO A atividade intrínseca consiste no conjunto de efeitos que foram desencadeados a partir da interação do fármaco com o seu sítio de ação. Duas propriedades importantes para a ação de uma droga são a afinidade e a própria atividade intrínseca. A AFINIDADE é a atração mútua ou a força da ligação entre uma droga e seu alvo, seja um recepto ou enzima. A ATIVIDADE INTRÍNSECA é uma medida da capacidade da droga em produzir um efeito farmacológico quando ligada ao seu receptor. MEDICAMENTOS QUE ATIVAM RECEPTORES AGONISTAS POSSUEM AS DUAS PROPRIEDADES: Devem-se ligar efetivamente (ter afinidade) aos seus receptores; e o complexo droga-receptor deve ser capaz de produzir um a resposta no sistema-alvo (ter atividade intrínseca). Por outro lado, drogas que bloqueiam receptores (antagonistas), ligam-se efetivamente (têm afinidade com os receptores), mas têm pouca ou nenhuma atividade intrínseca – sua função consiste em impedir a interação das moléculas agonistas com seus receptores. AGONISTA: AGONISTA PLENO OU TOTAL: Desencadeia efeito máximo, ocupando o número máximo de receptores ativos para desencadear o efeito farmacológico. AGONISTA PARCIAL: Não atinge a quantidade máxima do efeito, pois tem afinidade tanto por receptores ativos como inativos. ANTAGONISTA: COMPETITIVOS: Possuem alta afinidade, mais não produzem resposta consequente à interação. Se colocados juntos ao agonista, diminuem ou anulam sua resposta (devido a sua ocupação PREFERENCIAL de receptores).. Só se reverte com o aumento (+) da CONCENTRAÇÃO do agonista. NÃO COMPETIT IVOS: São fármacos que impedem resposta de agonista sem bloquear os receptores, e sim modificando-os. Receptor Sinal intracelular Alteração da função celular AÇÕES DO FÁRMACO MEDIADAS POR RECEPTORES RECEPTORES: São proteínas que funcionam como elementos de percepção do sistema, de comunicação química, que controlam as funções de todas as diferentes células do corpo. A maioria dos fármacos tem ação dependente da interação fármaco-receptor; A partir daí, geram-se reações químicas e transformações celulares características da ação, com consequentes efeitos; A presença de fármaco em determinados sítios produz efeitos biológicos esperados, enquanto em outras células, tecidos ou órgãos, nada acontece; Por isso tem a necessidade de acoplamento do composto com seu receptor, para o qual apresenta especificidade, em funçãode estruturas moleculares e espaciais de ambos e propriedades físico- químicas do fármaco; Nesse acoplamento, ambos induzem recíprocas conformacionais, permitindo complementação dinâmica; Ocorre em um determinado local da proteína o acoplamento do fármaco ao receptor, desencadeando processos que modificarão quantitativamente o funcionamento celular; Geralmente, os Receptores a que se ligam os Fármacos são os mesmos utilizados fisiologicamente por substâncias Endógenas. No Acoplamento ambos induzem recíproca modificações, O Fármaco NÃO cria Efeitos, ao invés disso, Modula Funções Fisiológicas Intrínsecas. Alterando o potencial de membrana. LIGANTES NATURAIS : acetilcolina aminoácidos (aa) serotonina Ágama-aminobutírico (gaba) SEGUNDOS MENSAGEIROS : São substâncias intracelulares moduladoras de inúmeras funções celulares. A LATÊNCIA ENTRE O ACOPLAMENTO DO LIGANTE E A RESPOSTA CELULAR VARIA CONFORME O TIPO DE COMPLEXO RECEPTOR. AÇÕES DO FÁRMACO NÃO MEDIADAS POR RECEPTORES A simples presença na biofase propicia reações com constituintes orgânicos, resultando em efeito farmacológico; Certos fármacos são análogos estruturais de substâncias biológicas normais, podendo a elas incorporar-se e alterar sua função; Alguns fármacos não tem sua ação subordinada a interação com receptores. A sua Simples Presença na Biofase (sitio de ação) Propicia Reações com constituintes orgânicos, resultando em efeito FARMACOLÓGICO. Antiácidos Diuréticos osmóticos Purgativos osmóticos Anestésicos inalatórios TIPOS DE TRATAMENTO POR MEIO DAS AÇÕES DOS FÁRMACOS ESPECÍFICO OU CURATIVOS: Orienta a cessação do fator causal. ANTIBIOTICOTERAPIA INESPECÍFICO, SOMÁTICO OU SUPORTE: Direcionado ao alívio das manifestações da doença. AÇÃO DEPRESSORA DE HIPNO-SEDATIVOS, ANALGÉSICA DE MORFINA, ANTI-INFLAMATÓRIA DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO SUBSTITUTOS: Quando os Compostos Exógenos exercem funções fisiológicas de substâncias Endógenas. HORMÔNIOS PREVENTIVO: PRIMÁRIO: na Ausência de Doença. SECUNDÁRIO: Já tendo ocorrido o processo Patológico que se quer evitar. SUPRESSIVOS: Imuno Depressão e Contracepção Hormonal. L.t FATORES QUE DEPENDEM DO PRÓPRIO FÁRMACO EFEITOS COLATERAIS : São efeitos que ocorrem de forma simultânea com o efeito principal, geralmente limitado a utilização da droga. EX: A MORFINA É UMA DROGA QUE ALÉM DA ANALGESIA (SEU EFEITO PRINCIPAL), PROVOCA SONOLÊNCIA , DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA, CONSTIPAÇÃO INTESTINAL, ETC., COMO EFEITO PRINCIPAL. REAÇÃO ADVERSA TERATOGENICIDADE: São Reações adversas graves, caracterizada pela ação do fármaco sobre o feto, provocando alteração morfológicas. Quando o fármaco consegue atravessar a barreira placentária. EFEITOS SECUNDÁRIOS: São os que não ocorrem simultaneamente ao efeito principal, decorrente da ação farmacológica da droga em outro sitio do organismo, mais sim em consequência do próprio efeito principal. EXEMPLO: MORFINA, A ATIVIDADE ANTITUSSÍGENA INDUZIDA POR ESTA DROGA PODE SER CONSIDERADA COMO UM EFEITO SECUNDÁRIO, BENÉFICO NA MAIORIA DAS VEZES. SUPERDOSAGEM: É a Administração de dose anormalmente elevadas de um fármaco. EXEMPLO: ANESTÉSICO NA CORRENTE SANGUÍNEA (INJEÇÃO LENTA) EFEITOS DEPENDENTES PRINCIPALMENTE DO ORGANISMO HIPERSENSIBILIDADE: Compreendem as reações imunológicas, que podem se manifestar como uma simples urticaria ou ate mesmo como reação anafilática fatal. COMPLEXO ANTÍGENO X ANTICORPO NÃO DEPENDEM DA DOSE EX: PENICILINAS IDIOSSINCRASIA: Reações nocivas, às vezes fatais, que ocorrem em uma minoria dos indivíduos. Definida como uma sensibilidade peculiar a um determinado produto (genético). TOLERÂNCIA OU RESISTÊNCIA: Reação que pode ocorrer após o uso prolongado de certos fármacos, especialmente aqueles que atuam no SNC. É NECESSÁRIO AUMENTAR PROGRESSIVAMENTE AS DOSES- PARA MANTER A INTENSIDADE DE SEUS EFEITOS INICIAIS. DEPENDÊNCIA: Em alguns casos , em conjunto com a tolerância, ocorre uma dependência para com o efeito da droga, ou seja, após seu uso continuado, o indivíduo passa a necessitar da droga para manter-se em equilíbrio. CRISE DE ABSTINÊNCIA DEPENDÊNCIA FÍSICA E PSÍQUICA EFEITO PARADOXAL: Efeito contrário ao esperado. EXEMPLO: DIAZEPAM. •Farmacocinética •Vias de administração •absorção •distribuição •Biotransformação •Eliminação •Farmacodinâmica •Local de ação •Mecanismo de ação •Efeito NA INTERAÇÃO DROGA- ORGANISMO, FARMACOCINÉTICA ESTUDA A AÇÃO DO ORGANISMO SOBRE A DROGA, E, NA FARMACODINÂMICA, OBSERVA-SE A AÇÃO DA DROGA SOBRE O ORGANISMO.
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