Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Histologia e Embriologia dos animais domésticos B HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO REVISÃO Organização em quatro tipos básicos de tecidos: 1) Epitélios (proteção, secreção, absorção, permeabilidade seletiva, detectar sensações e transporte transcelular). 2) Tecido conjuntivo (adiposo e ósseo) 3) Tecido muscular 4) Tecido nervoso Membrana Basal: Formada por lâmina basal + reticular Lâmina Basal formada por Lâmina lúcida, lâmina densa, lâmina lúcida. Lâmina Reticular formada por fibras de ancoragem e fibras reticulares. Tecido Conjuntivo possui células ( fibroblastos, pericitos, células adiposas, mastócitos e macrófagos) e matriz extracelular ( SFA e fibras). Substância Fundamental Amorfa -Glicosaminoglicanas (ácido hialurônico, queratan-sulfato, heparan-sulfato e heparina). -Proteoglicanas -Glicoproteínas de adesão (laminina, osteotectina, condronectina e fibronectina) Fibras -Elásticas (elastina e microfibrilas) -Colágenas: Tipo 1 – osso, dentina e cemento Tipo 2 – cartilagem hialina e elástica Tipo 3 – fibras reticulares Tipo 4 – lâmina basal Tipo 5 – Placenta Células possuem um citoesqueleto com microfilamentos que dão a forma (cilíndrica, cubóide, etc) EPITÉLIOS: Simples: pavimentoso, cúbico, cilíndrico e pseudo-estratificado. Estratificados: pavimentoso queratinizado, pavimentoso não queratinizado, cúbico, cilíndrico e de transição. ORGANIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS: Parenquimatosos ou Glandulares: fígado, testículos, pulmões, ovários, rins, glândulas salivares. Órgãos tubulares: esôfago, estômago, intestino, bexiga. ORGANIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS PARENQUIMATOSOS OU GLANDULARES: Formados por dois componentes: o parênquima que é formado por unidades secretoras como células e ácinos e pelos ductos (preenchimento entre as células) e o interstício ou estroma que é o tecido conjuntivo que recobre as células. ORGANIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS TUBULARES: Formados geralmente por quatro túnicas: 1) Túnica Mucosa: possui três lâminas: Lâmina epitelial mucosa: possui as células epiteliais. Lâmina própria: essencialmente de tecido conjuntivo com fibras colágenas ou reticulares e possui muitas células livres como linfócitos ou nódulos linfáticos e vasos sanguíneos e nervos. Lâmina muscular da mucosa: inconstante e formada por uma a 3 camadas de músculo liso, o feixe interno e feixe externo são os mais evidentes. Obs: também existem estruturas não tubulares associadas ou não aos órgãos tubulares que são possuidoras de mucosa. -A traquéia que é um exemplo é constantemente aberta (segmento cartilaginoso), o resto é colabado. -O esôfago quanto está junto à traquéia, possui túnica adventícia e quando é separado da traquéia passa a possuir apenas tecido conjuntivo. -Conjuntivo abaixo da mucosa = lâmina própria. -Lobo = macroscópico; Lóbulo = microscópico -Recém nascido animal nasce sem linfócitos e adquire-os através do colostro nas primeiras 24h de vida. 2) Túnica Submucosa: Camada de tec. Conjuntivo mais denso que o da lâmina própria. Com vasos sanguíneos e linfáticos e plexos submucosos. Pode possuir linfonodos. Quando NÃO EXISTE a MUSCULAR DA MUCOSA o conjunto de TEC. CONJUNTIVO é chamado: LÂMINA PRÓPRIA-SUBMUCOSA. -Leucócitos: Granulócitos como neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Agranulócitos como monócitos e linfócitos (B- plasmócitos e T), linfócitos B (IgA imunoglobulina A (saliva), IgD, IgE, igG (1 secreção da glândula mamária e colostro), igM) e linfócitos T (T citotóxico, T helper e T supressor). 3) Túnica Muscular Externa: com músculo liso ou estriado, formada por 3 lâminas: FEIXE INTERNO: músculo com fibras em sentido circular a luz do órgão. TECIDO CONJUNTIVO INTERFASCICULAR: tecido conjuntivo como em vasos e nervos e o plexo mioentérico ou plexo de auerbach. FEIXE EXTERNO: músculo com fibras em sentido longitudinal a luz do órgão. Fazem o PERISTALTISMO (movimento do alimento em direção ao anus); Contração segmentar; feixe interno faz a contração e o externo o encurtamento. E ANTIPERISTALTISMO (regurgitar). O peristaltismo pode ser acelerado devido a tensão (plexo mioentérico). 4) Túnica Adventícia: Quando o órgão tubular não está em cavidades, mas unido com o órgão circunvizinho, através de tecido conjuntivo chamado nesse caso de adventícia ( quando está unido a outro órgão) ou de: Túnica Serosa: quando o órgão tubular está em cavidade, em íntimo contato com outras vísceras, mas não aderido os outros órgãos, e é revestido por tecido conjuntivo e este coberto por um mesotélio. Então o conjunto de tec. Conjuntivo e mesotélio = serosa. Exemplo de mesotélio nos órgãos cavitários = pulmão = pleura. (Evita o atrito entre os órgãos/ vísceras contíguas ,ou seja, une o conjuntivo delas). SISTEMA DIGESTÓRIO Derivado do ENDODERMA, mas a parte rostral e caudal derivam do ECTODERMA e membrana anal. Formado por um tubo alimentar e estruturas acessórias como os lábios, a língua, os dentes e glândulas extramurais ou anexas. LÁBIOS: possuem duas faces, uma face externa como a pele, uma face interna como a mucosa e a parte de transição entre essas duas faces. Ambas as faces são cobertas por EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO QUERATINIZADO- Epiderme (grau de queratina varia) que repousa sobre tecido conjuntivo (que é a derme ou lâmina própria). QUERATINA = proteína com S—imersa em SFA é transformada nas células basais que se queratinizam por alteração de organelas citoplasmáticas. As células são unidas por DESMOSSOMAS. Interdigitações ou crista ou papila ou pregas (derme) possui folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas (elementos da pele). Na face interna o tecido conjuntivo (lâmina própria) possui glândulas salivares labiais. A glândula sudorípada nos animais domésticos pode ter abertura própria. Pelo sensitivo recobre a face. BOCHECHAS: semelhantes aos lábios, com glândulas serosas e mucosas. PALATO DURO E MOLE: DURO: Nos ruminantes coberto por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado espesso e altamente queratinizado chamado de almofada dental ou dentária (pulvino dentário ou coxin dentário) que repousa sobre tecido conjuntivo lâmina própria ou derme continua com o periósteo do teto da cavidade bucal. Possui tec. Adiposo, extensa vascularização e glândulas serosas e mucosas. Presença das interigitações ou papilas, cristas epidérmicas e dérmicas. MOLE: é a extensão caudal, muscular e fibrosa do palato duro. Na parte dorsal (nasofaringe) é revestido por EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO CILINDRICO CILIADO COM CÉLULAS CALICIFORMES (aparelho respiratório). Na parte ventral possui EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO QUERATINIZADO repousa sobre tecido conjuntivo com glândulas mucosas e mistas e nódulos linfáticos. Nos suínos iniciam as TONSILAS. Palato mole tem contato com nasofaringe. Tonsilas em suínos = acúmulo de linfócitos a lâmina própria (onívoros). Corpúsculo gustativo = papila; sensação do gosto Perto deles há o acúmulo de glândulas de secreção serosa + em papilas circunvalares. Glândula serosa = alimentação Glândula mucosa = em repouso; viscosa. O mesmo corpúsculo = diferentes sabores. LINGUA: Projeção do assoalho da cavidade bucal. É um eixo de músculo estriado esquelético revestido por uma mucosa, com epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. A queratinização é variável. Há evaginações da mucosa que formam as PAPILAS LINGUAIS. Nos eqüinos e ruminantes a região caudo-dorsal tem uma membrana mucosa espessa e rígida. Nos carnívoros existe a LISSA = trama fibrosa com tecido conjuntivo, fibras musculares estriadas esqueléticas, cartilagem e tecido adiposo, localizada na ponta da língua. Suínos possuem estrutura semelhante.PAPILAS LINGUAIS: distribuem-se na superfície dorsal da língua, diferem em forma, tamanho, número, distribuição e função. Variam com a espécie. -FILIFORMES: tem forma de espinho de rosa, a curvatura em direção caudal. Função mecânica. Ex: gato. -FUNGIFORMES: tem forma de cogumelo menos queratinizadas. Função mecânica e gustativa. -FOLHEADAS: tem forma de folha, não são queratinizadas, possuem aberturas de ductos de glândulas serosas. -CIRCUNVALADAS OU VALADAS: são as maiores e em menor número. Não são elevadas, mas circundadas por um fosso profundo. Na espessura do epitélio possuem CORPÚSCULOS GUSTATIVOS, e aberturas de glândulas serosas. CORPÚSCULOS GUSTATIVOS: são estruturas intra-epiteliais presentes nas papilas circunvaladas, folheadas e fungiformes. São estruturas ovóides localizadas desde a membrana basal até a superfície do eptélio. Onde se abrem no poro gustativo. Desta abertura saem microvilos das células gustativas e são chamados pelos gustativos. Ao MO se observam células de suporte, células sensitivas e células basais. As células se diferenciam das basais a cada 10h e tem uma vida média de mais ou menos 250h. Acredita-se que as células sensitivas se originem das basais e as de sustentação são um estágio intermediário entre estas duas. Tanto as células de sustentação como as sensitivas apresentam microvilos em suas suas superfícies apicais. Os estímulos químicos são recebidos pelas células sensitivas, transformados em elétricos, que passam para as terminações nervosas. Quatro tipos básicos de sensações: ÁCIDO, AMARGO, DOCE E SALGADO. Outros sabores resultam da combinação destes. O gosto se inicia quando um sabor (ácido, amargo, doce, salgado, umami) se difunde através do poro gustativo e interage com a proteína-G (subunidades α, β, γ, -gustducins-) unida aos receptores do gosto TR1 ou TR2 (taste receptor) presentes nos microvilos dos receptores sensitivos do gosto. Umami: o glutamato monossódico estimula receptores específicos na língua para o sabor umami. O sinalizador celular GTP (guanosina trifosfato) liga-se a proteína G (subunidades α)e ativa moléculas alvo (canais iônicos nas células sensitivas). Mudanças iônicas dentro das células sensitivas causam despolarização ou hiperpolarização das células. Um aumento do Ca+2 desencadeia a liberação de neurotransmissores para sinapses aferentes com nervos aferentes. Alguns receptores respondem somente a uma substância gustativa, outros são sensíveis a mais de uma substância. DENTES: Embora diferentes na aparência, possuem os mesmos componentes: ESMALTE, DENTINA, CEMENTO E POLPA; Há a dentição decídua e a permanente. Nos animais domésticos os dentes podem ser: Braquidontes: são chamados dentes simples, são curtos e não crescem após a erupção. São todos os dentes dos carnívoros e humanos. Os incisivos dos ruminantes. Os dentes dos suínos, exceto os dentes caninos. Os dentes braquidontes possuem: COROA: parte acima da gengiva, coberta por ESMALTE. COLO: Região abaixo da linha da gengiva. RAÍZ: coberta por CEMENTO e abaixo deste a DENTINA e após a POLPA. Hipsodontes: são chamados dentes complexos ou dentes raiz são longos e crescem após a erupção. São todos os dentes dos eqüinos; os molares dos ruminantes; os dentes caninos dos suínos; os incisivos dos roedores. Não possuem COROA e COLO, mas um corpo longo. CORPO: coberto por CEMENTO, acima e abaixo da gengiva. Logo após há uma camada de ESMALTE, e então uma fina camada de DENTINA, e daí a POLPA. A=cemento B=esmalte C=dentina D=polpa E=ligamento F=gengiva G=osso alveolar Odontogênese: na sexta semana, com a formação da banda epitelial primária, que define o local dos arcos dentários. Essa banda prolifera e se divide em lâmina vestibular e lâmina dentária. A lâmina vestibular dá origem ao vestíbulo. A lâmina dentária forma os locais dos futuros dentes decíduos. O desenvolvimento dos dentes requer a contribuição do ECTODERMA ORAL e do MESÊNQUIMA. Esse desenvolvimento passa por vários estágios e é dividido didaticamente em fases: Fase de capuz: o extoderma forma a lâmina dentária, que forma uma cavidade voltada para o mesênquima. Das extensões laterais nascem os ÓRGÃOS DO ESMALTE (dois, um para cada dentição: dentição decídua e dentição permanente). Já estamos no FASE DE CAMPÂNULA. PAPILA DENTÁRIA: origina-se do mesênquima. Dá origem aos odontoblastos-dentina ÓRGÃO DO ESMALTE: é formado por três regiões distintas: Epitélio externo do esmalte: com o desenvolvimento, penetra o epitélio interno. Retículo estrelado: atrofia e cobre o epitélio interno. Epitélio interno do esmalte: formado por ameloblastos-esmalte. SACO DENTÁRIO: tecido conjuntivo que circunda o epitélio interno e a papila. Dá origem aos cementoblastos-cemento- E origina o osso alveolar e periósteo da raiz. TODO DENTE EM DESENVOLVIMENTO ESTÁ ENVOLTO PELO SACO DENTÁRIO. Fase de capuz: DL= lâmina dentária DF= saco dentário DP= papila dentária DP= papila dentária Df= saco dentário SR= retículo estrelado A= ameloblastos O= odontoblastos D=dentina B=osso Formação da coroa e da raiz: Inicia-se com a secreção dos odontoblastos (dentina) no ápice da papila em direção oposta a secreção dos ameloblastos. Segue-se a secreção dos ameloblastos (esmalte), do ápice da papila em direção à campânula. Ambas secreções são responsáveis pela formação da COROA. A secreção dos cementoblastos (cemento) une- se a secreção dos odontoblastos e serão responsáveis pela formação da RAIZ. Esta formação só acontece pouco antes da erupção do dente. ERUPÇÃO DENTÁRIA: BRAQUIDONTES: a coroa erupciona através do saco dentário e este estão se colapsa cobrindo a dentina da raiz e a conjunção de secreções de odontoblastos e ameloblastos formarão a raiz. HIPSODONTES: o saco dentário se colapsa antes da erupção, então a formação de cementoblastos ocorre antes da erupção, o que permite que a secreção deles de deposite sobre toda a superfície externa do dente. MESA DENTÁRIA NOS INCISIVOS HIPSODONTES: Verifica-se na sua parte central uma depressão transversal, é o infundíblo, que consiste de um anel de esmalte com cemento. Com o passar do tempo a mesa se desgasta e o infundíbulo desaparece permanecendo somente o anel e esmalte, é a marca, posteriormente esta marca também desaparece. A estrela dentária é a dentina secundária que se torna aparente com o desgaste. Em uma exposição inicial ela é uma linha marrom ou amarela entre a borda labial do dente e o infundíbulo, mas com a idade ela se torna oval e circular e desloca-se para o centro do dente. Outras características da boca que são utilizadas para estimativa da idade são: O ângulo de oclusão formado pelos incisivos superiores e inferiores quando olhados de perfil; no terceiro incisivo (canto) superior pode-se verificar: desgaste na borda caudal dando uma forma semelhante a um gancho. A presença e o comprimento de um sulco longitudinal na superfície labial lateral, chamado de sulco de Galvyne. Os incisivos inferiores podem ser utilizados para esta avaliação, porém neles não se observa o gancho nem o sulco de Galvayne. Pode-se considerar ainda: a espessura da mandíbula e profundidade da fossa supraorbitária. Colmilho: (colmillo) são os dentes caninos no eqüino. Em eqüinos velhos são bastante desenvolvidos. EQUINOS SISTEMA TRIADAN: sistema de identificação de dentes em registros odontológicos. Cada dente tem um número de 3 dígitos que identifica o quadrante, posição e se ele é um dente descíduo ou permanente. Ele pode ser amplamente utilizado em diferentes espécies animais. Tem ampla aceitação e é usado em todo o mundo entre os médicos veterinários. Acada dente é dado um número de 3 dígitos. O primeiro número refere-se ao quadrante da boca em que o dente se encontra. Se for um dente decíduo que está sendo referido, então a numeração inicial é diferente, como abaixo. O segundo e terceiro números referem-se à localização do dente de frente para trás (ou rostral para caudal). Isso começa em 01 e vai até 11 para muitas espécies dependendo do número total de dentes. FARINGE É a extensão da cavidade bucal que a conecta com o esôfago, é também dita OROFARINGE. Mucosa: com epitélio estratificado pavimentoso com grau variável de queratinização – varia com a espécie animal e tipo de alimentação. LÂMINA PRÓPRIA SUBMUCOSA TÍPICA: com tonsilas e nódulos linfáticos e leucócitos dispersos. E glândulas de secreção mucosa. * Camada de tec. Conjuntivo mais denso que o da lâmina própria. Com vasos sanguíneos e linfáticos e plexos submucosos. Pode possuir linfonodos. MUSCULAR EXTERNA: com músculo estriado esquelético em diferentes sentidos. ADVENTÍCIA: típica, se mescla com a fáscia profunda. ESÔFAGO Possui duas partes, uma cervical e uma torácica. É um tubo muscular modificado, responsável pelo peristaltismo e regurgitação. MUCOSA: pregueada com epitélio estratificado pavimentoso com variável grau de queratinização. Mais queratinizado nas espécies que ingerem alimentos mais secos e duros. LÂMINA PRÓPRIA: com nódulos linfáticos, tecido linfóide (suínos e humanos) principalmente na junção gástrica. MUSCULAR DA MUCOSA: com presença variável. É espessa e completa nos eqüinos, ruminantes e gatos. Nos suínos e cães é ausente na parte cervical e completa na junção gástrica. SUBMUCOSA: típica, com glândulas mucosas ramificadas. ** Camada de tec. Conjuntivo mais denso que o da lâmina própria. Com vasos sanguíneos e linfáticos e plexos submucosos. Pode possuir linfonodos. Cão: glândulas em todo o esôfago. Suínos: na parte cervical e poucas na parte torácica. MUSCULAR EXTERNA: possui músculo estriado e liso na região aboral. Ruminantes e cães: com músculo estriado esquelético Equinos e gatos: com músculo estriado esquelético até a parte média, daí até a parte caudal com músculo liso. Suínos: parte cervical com músculo estriado esquelético, parte torácica com ambos os tipos e parte caudal com músculo liso. ADVENTÍCIA-SEROSA: típica JUNÇÕES FARINGO-ESOFÁGICA E GASTROESOFÁGICA (esfíncter do cárdia): esfíncteres fisiológicos. O esfíncter gastro- esofágico mantém a pressão da luz do esôfago maior que a luz do estômago. O funcionamento está diretamente relacionado com a distribuição e tipo de músculo presente na muscular externa: Ruminantes, cães, suínos e gatos: regurgitam com facilidade. Equino: embora possua músculo estriado, não regurgita. O alimento deglutido e impelido da boca para faringe, por movimentos da língua, daí passa ao esôfago e então ao estômago por movimentos voluntários e involuntários (peristaltismo). A capacidade cicatricial é baixa, em caso de perfuração. ESTÔMAGO Tubo dilatado modificado, toma forma de saco quando repleto. Local de atividade enzimática e hidrolítica da secreção gástrica. A parede muscular promove mistura mecânica e quebra dos alimentos. Impele a ingesta, já na forma de quimo (líquido) para o duodeno. Transição esôfago- estômago lenta e gradativa Passa de um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado para um epitélio simples cilíndrico. (região cárdica lá em cima; fúndica na direita e pilórica na esquerda). *Pilórica mais curta e menos abundante = + conjuntivo. Possui acúmulo de linfócitos. *Região fúndica fornece uma maior quantidade de alimento. MUCOSA: com pregas, cuja altura varia inversamente ao grau de distensão gástrica, mas não desaparecem. Na superfície se observam pequenas áreas demarcadas por pequenos sulcos, são as áreas gástricas. Nelas existem fossetas gástricas, cuja profundidade varia nas diferentes regiões do estômago. Essas fossetas são confluentes com a abertura das glândulas localizadas na lâmina própria. A mucosa é revestida por epitélio simples cilíndrico (células de revestimento), que são mucossecretoras. Lâmina própria típica, contém as GLÂNDULAS com linfócitos, macrófagos, pode haver folículos linfáticos. A espessura varia conforme a região do corpo. Nos carnívoros existe m estrato compacto: tecido conjuntivo denso. Muscular da mucosa: presente em um arranjo com 2 a 4 camadas, em sentido circular ou longitudinal em relação a luz do órgão. SUBMUCOSA: típica, com fibras nervosas. ** Camada de tec. Conjuntivo mais denso que o da lâmina própria. Com vasos sanguíneos e linfáticos e plexos submucosos. Pode possuir linfonodos. MUSCULAR EXTERNA: típica, na parte anterior fibras oblíquas formam o esfíncter do cárdia e na parte caudal fibras circulares formam o esfíncter pilórico. *com músculo liso ou estriado, formada por 3 lâminas: FEIXE INTERNO: músculo com fibras em sentido circular a luz do órgão. TECIDO CONJUNTIVO INTERFASCICULAR: tecido conjuntivo como em vasos e nervos e o plexo mioentérico ou plexo de auerbach. FEIXE EXTERNO: músculo com fibras em sentido longitudinal a luz do órgão. SEROSA: típica (tecido epitelial simples → tecido conjuntivo mais mesoderma). Os linfócitos vão aumentando conforme vai seguindo o tubo digestório até o intestino. REGIÃO GLANDULARES: a mucosa do estômago permite identificar 4 regiões diferentes: 1. REGIÃO ESOFÁGICA: aglandular, revestida por ep. Estratificado pavimentoso queratinizado váriavelmente em função da dieta. 2. REGIÃO CÁRDICA: inicia quando o epitélio passa para simples cilíndrico. Possui glândulas, espiraladas, tubulosas e ramificadas, com duas partes: Corpo: parte maior e mais inferior da glândula, revestida por células cilíndricas, secretoras de muco. Colo: é a parte próxima da abertura da fosseta, revestida por células cúbicas, secretoras de muco. *Secreção gástrica possui células parietais e principais. TIPOS DE CÉLULAS NAS GLÂNDULAS CÁRDICAS: A) CÉLULAS PARIETAIS OU OXÍNTICAS: secretam ácido clorídrico, cloreto de potássio. Nos humanos tem fator antianêmico intrínseco. B) CÉLULAS PRINCIPAIS OU ZIMOGÊNICAS: citoplasma repleto de grânulos quando em jejum secretam: pepsina, renina, lípase gástrica. C) CÉLULAS ENTEROENDÓCRINAS, ARGENTAFINS, DNES OU APUDs: secretam hormônios na lâmina própria, estes hormônios controlam a liberação de secreções de órgãos gastrintestinais, inclusive fígado e pâncreas. Hormônios: serotonina, somatostatina, glucagon, motilina, gastrina, neurotensina, colescistoquinina, VIP, enteroglucagon, secretina. SEROTONINA: contração do músculo liso SECRETINA: estimula a secreção pancreática COLESCISTOQUININA: contração da vesícula biliar SOMATOSTATINA: inibe a secreção da insulina glucagon ENDORFINA: diminui a dor 3. REGIÃO FÚNDICA: possui as glândulas fúndicas ou gástricas propriamente ditas. A lâmina própria está reduzida, as glândulas são maiores, com três partes: ISTMO, COLO E BASE. TIPOS CELULARES DA GLÂNDULA FÚNDICA: A) CÉLULAS PARIETAIS B) CÉLULAS PRINCIPAIS C) CÉLULAS ENTEROENDÓCRINAS D) CÉLULAS MUCOSAS DO COLO: secretam muco menos viscoso que o produzido pelo epitélio de revestimento, protege as glândulas da ação do ácido clorídrico. E) CÉLULA DE TRANSIÇÃO: células fonte, responsáveis pela substituição das células de revestimento e das glandulares. 4. REGIÃO PILÓRICA: estrutura semelhante a região cárdica, glândulas mais curtas e com predomínio de células secretoras de muco. A muscular externa forma o esfíncter pilórico, na junção gastroduodenal. MOTILIDADE: a musculatura se contrai continuamente, misturando o alimento com as secreçõesgástricas, transformando-o em quimo, esguichando gradualmente este para o duodeno. Ele não retorna para o estômago pois a contração do pirolo é mais persistente que a do duodeno. SECREÇÃO: o suco gástrico é o produto das secreções das células de revestimento e das células glandulares, contém sódio, potássio, magnésio, hidrogênio, cloro, enzimas gástricas, muco e água. O ph é próximo de 1. Se não houvesse muco lesaria a mucosa. CONTROLE DA SECREÇÃO GÁSTRICA: FÁSE CEFÁLICA: estímulo sensitivo, visão, audição, olfato, pensamento, estimula o SNC que age no núcleo dorsal do nervo vago e este leva a liberação de gastrina (células DNES) e esta estimula secreção de H+ (células parietais) e pepsina (células principais). FASE GÁSTRICA: inicia quando o alimento cai no estômago e encerra com o esguichamento final do quimo. A distenção gástrica libera mais gastrina. FASE INTESTINAL: tem ação estimulante da secreção quando o quimo alcança o duodeno, estimulando a liberação de gastrina. Quando já há quimo no duodeno e jejuno promove o reflexo enterogástrico que leva a diminuição da motilidade gástrica, assegurando uma digestão mais completa e melhor absorção intestinal. RENOVAÇÃO CELULAR: As células de revestimento são substituídas a cada 3 dias. As das glândulas a cada 5 ou 7 dias. As de transição, localizam-se no istmo e sofrem mitoses substituindo as células de revestimento e as células do fundo das glândulas. ESTÔMAGO COMPOSTO Formado pelo rúmen, retículo, omaso e abomaso. Os 3 primeiros formam o pré-estômago que é derivado da região esofágica do estômago, por isso é revestido pelo epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e é AGLANDULAR. É o local de decomposição da ingesta através da atividade química e mecânica: ATIVIDADE QUÍMICA: no rúmen, local amplo, com ph próximo a neutralidade, temperatura adequada para fermentação e manutenção de bactérias e protozoários que quebram alimentos e produzem ácidos graxos voláteis que são absorvidos pelo epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e alcança os vasos sanguíneos da lâmina própria-submucosa. ATIVIDADE MECÂNICA: a mobilidade do retículo e omaso converte a ingesta fermentada em uma massa de partículas mais finas que é levada ao abomaso para completar a digestão enzimática. RÚMEN: possui papilas cônicas, +_1,5 cm. De comprimento, com um eixo de tecido conjuntivo vascularizado. MUCOSA: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, onde os estratos não são bem definidos. Lâmina própria-submucosa, formando um estrato compacto, aglandular e sem nódulos linfáticos. MUSCULAR EXTERNA: típica, forma os pilares do rúmen. *FEIXE INTERNO: músculo com fibras em sentido circular a luz do órgão. TECIDO CONJUNTIVO INTERFASCICULAR: tecido conjuntivo como em vasos e nervos e o plexo mioentérico ou plexo de auerbach. FEIXE EXTERNO: músculo com fibras em sentido longitudinal a luz do órgão. SEROSA: (tecido epitelial simples → tecido conjuntivo mais mesoderma). RETÍCULO: possui papilas anastomosadas, dá a impressão de uma pequena rede ou favos de mel, são papilas primárias, originam papilas secundárias e terciárias. Na extremidade da papila há um acúmulo de músculo liso-contínuo com a muscular da mucosa do esôfago. MUCOSA: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Lâmina própria-submucosa, e partes com muscular da mucosa, aí existe submucosa. MUSCULAR EXTERNA: típica. (FEIXE INTERNO: músculo com fibras em sentido circular a luz do órgão. TECIDO CONJUNTIVO INTERFASCICULAR: tecido conjuntivo como em vasos e nervos e o plexo mioentérico ou plexo de auerbach. FEIXE EXTERNO: músculo com fibras em sentido longitudinal a luz do órgão. SEROSA: (tecido epitelial simples → tecido conjuntivo mais mesoderma). GOTEIRA ESOFÁGICA OU SULCO RETICULAR: a muscular da mucosa do retículo é contínua com a do esôfago, e passa de uma papila para outra, formando a goteira esofágica. Ela inicia na abertura do cárdia e passa ventralmente na parede do retículo até a abertura do omaso, o sulco é limitado por duas pregas chamadas lábios. No ruminante lactante resulta na elevação das bordas dos lábios formando um canal que permite a passagem do leite pelo retículo e rúmen. No omaso forma-se um canal mais curto que abre-se diretamente no abomaso. OMASO: possui papilas curtas, primárias (folheadas) e secundárias. Possui um eixo de músculo liso originado do feixe interno da muscular externa. Possui estrutura semelhante ao estômago glandular, a descrição dele se aplica aqui também. MUCOSA: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Lâmina própria, muscular da mucosa. SUBMUCOSA: tecido conjuntivo. MUSCULAR EXTERNA: o feixe interno emite um eixo de músculo para a papila. * FEIXE INTERNO: músculo com fibras em sentido circular a luz do órgão. TECIDO CONJUNTIVO INTERFASCICULAR: tecido conjuntivo como em vasos e nervos e o plexo mioentérico ou plexo de auerbach. FEIXE EXTERNO: músculo com fibras em sentido longitudinal a luz do órgão. SEROSA: (tecido epitelial simples → tecido conjuntivo mais mesoderma). *PAPILAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS: No omaso, a muscular da mucosa mais o ramo do feixe interno estão também na papila. ABOMASO: possui estrutura semelhante ao estômago glandular, a descrição dele se aplica aqui também. Ao nascer o abomaso sozinho representa 55% do peso do estômago composto. No adulto o pré-estômago representa 89% do peso. Aos 6 meses de idade as proporções adultas já estão atingidas, dependendo da dieta. Uma maior proporção de fibras acelera o desenvolvimento, o aleitamento retarda. Pode-se considerar como unidade funcional duas câmaras, o retículo-rúmen e o omaso cujas funções primárias são: Mistura: contrações A e B, as A impelem a ingesta caudalmente e as B cranialmente. REGURGITAÇÃO: é involuntária, pode ser suprimida voluntariamente. O antiperistaltismo impele a ingesta para a cavidade oral, onde é remastigada e redeglutida. A regurgitação permite um processamento mais completo do alimento. Eructação: o rúmen bovino pode produzir até 50L de gás por hora, a eructação permite a expulsão do gás durante a exalação normal. *RÚMEN, RETÍCULO E OMASO possuem epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Possuem projeções como papilas ruminais, reticulares e omasais, respectivamente. Elas são diferentes umas das outras. *RETÍCULO E OMASO possuem muscular da mucosa que acompanha papila. *RÚMEN não possui muscular da mucosa, só vai até a submucosa. Pilares do rúmen = sustentação. DIGESTÃO: o ruminante possui o ambiente adequado para digestão do seu suprimento alimentar (forragem): temperatura, ph, e bactérias e protozoários que degradam a celulose e vitaminas do complexo B, proteínas, água, metano, CO2 e ácidos graxos voláteis como fonte de nutrientes. ÁCIDOS GRAXOS VOLÁTEIS: ácido acético, ácido butírico e ácido propiônico. Contribuem com +- 70% da necessidade energética dos ruminantes. Estes ácidos são absorvidos a maior parte na papila ruminal, mas também na reticular e omasal. ÁCIDO ACÉTICO: corresponde a 60% dos AGVs, é fonte do acetil Co-A para síntese de lipídios, metabolizado pelo tecido adiposo, muscular e glândula mamária. ÁCIDO PROPIÔNICO: corresponde a 25% dos AGVs, é fonte de glicose pela gliconeogênese hepática. ÁCIDO BUTÍRICO: corresponde a 15% dos AGVs, é convertido em ácido B-hidroxi-butírico, corpo cetônico, no epitélio do rúmen e é metabolizado no fígado e oxidado no músculo esquelético. A flora microbiana supre os ruminantes de aminoácidos essenciais pela metabolização de proteínas vegetais, e convertem nitrogênio não protéico –uréia- em aminoácidos de proteínas microbianas. Produz aindatodas as vitaminas do complexo B requeridas pelo organismo. O epitélio estratificado pavimentoso queratinizado reveste todo o pré-estômago, porém excepcionalmente há absorção de nutrientes (AGVs, ác. lático, amônia, íons e H2O) em todas as câmaras. INTESTINO DELGADO Apresenta adaptações que permitem o máximo desempenho da sua principal função: absorção. Comprimento (eqüino +-22m, 40 a 60 litros), pregas, vilos, microvilosidades, estas características aumentam a superfície intestinal. *Parte que absorve; epitélio simples cilíndrico com microvilos; finaliza proceso digestivo. Cada região do intestino delgado possui características distintas, porém também com características em comum. Na região gastroduodenal há uma modificação na túnica mucosa. Das pregas se projetam os vilos e as glândulas (criptas) se abrem na base dos vilos. NA BASE DOS VILOS, NA LÂMINA PRÓPRIA EXISTEM GLÂNDULASTUBULARES, TAMBÉM CHAMADAS CRIPTAS INTESTINAIS OU CRIPTAS DE LIEBERKÜHN–a metade superior de cada glândula é revestida por epitélio de revestimento e células caliciformes, semelhante aos VILOS. MUCOSA: apresenta seis tipos celulares: Nos vilos; 1 CÉLULAS DE REVESTIMENTO (ENTERÓCITO): células epiteliais cilíndricas típicas, possuem microvilosidades na superfície apical. São responsáveis pelo processo absortivo. 2 CÉLULA CALICIFORME: em direção ao intestino grosso a sua presença aumenta muito, a secreção de muco protege a mucosa e facilita o deslocamento do conteúdo intestinal. Nas glândulas (criptas): 3 CÉLULAS ENTEROENDÓCRINAS (DNES): secretam hormônios na lâmina própria, estes hormônios controlam a liberação de secreções de órgãos gastrintestinais, inclusive fígado e pâncreas. Hormônios: serotonina, somatostatina, glucagon, motilina, gastrina, neurotensina, colescistoquinina, VIP, enteroglucagon, secretina. 4 CÉLULAS M (MICROFOLD): células de revestimento modificadas, possuem microvilos, na lâmina própria abaixo delas existem nódulos linfáticos ou tecido linfóide associado ao intestino ou a mucosa(GALT OU MALT). Esta célula faz endocitose de macromoléculas (Ag) e elimina por exocitose aos linfócitos presentes na lâmina própria. Provavelmente seja um mecanismo de produção de Ac específicos a determinado Ag. SEROTONINA – contração do músculo liso; SECRETINA – estimula a secreção pancreática; COLECISTOQUININA – contração da vesícula biliar; SOMATOSTATINA – inibe a secreção de insulina e glucagon; ENDORFINA – diminui a dor. 5 CÉLULAS DE RESERVA: são as células fonte, suprem o epitélio de novas células, tanto a das glândulas quanto as da superfície, estão em intensa atividade mitótica. Ciclo celular de +- 24h, com vida média de 5 a 7 dias. 6 CÉLULAS ACIDÓFILAS GRANULOSAS (PANETH): presentes nos eqüinos, ruminantes e humanos. Localizam-se na base da glândula, secretam lisozima, enzima que digere a parede celular de certas bactérias – regula a flora bacteriana intestinal. A LÂMINA PRÓPRIA possui nódulos linfáticos, caudalmente eles são mais numerosos, podendo atingir a submucosa, estas agregações são chamadas GALT – PLACAS DE PEYER -, existem ainda vasos quilíferos ou linfáticos que penetram os vilos. MUSCULAR DA MUCOSA: típica. *CARNÍVOROS: POSSUEM ESTRATO COMPACTO. SUBMUCOSA: típica, com glândulas chamadas duodenais ou de Brunner. Nos equinos, ruminantes e suínos estão presentes no jejuno. Nos carnívoros, pequenos ruminantes, humanos estão presentes na parte inicial e média do duodeno. SECREÇÃO MUCOSA: ruminantes e cães. SECREÇÃO SEROSA: equinos, suínos. SECREÇÃO MISTA: gatos. MUSCULAR EXTERNA: típica, apresenta plexo mioentérico. * FEIXE INTERNO: músculo com fibras em sentido circular a luz do órgão. TECIDO CONJUNTIVO INTERFASCICULAR: tecido conjuntivo como em vasos e nervos e o plexo mioentérico ou plexo de auerbach. FEIXE EXTERNO: músculo com fibras em sentido longitudinal a luz do órgão. SEROSA: (tecido epitelial simples → tecido conjuntivo mais mesoderma). REGIÕES DO INTESTINO DELGADO: DUODENO: pregueado, vilos largos, abundantes, ponta arredondada, glândulas intestinais abundantes, glândulas duodenais na submucosa, nódulos linfáticos esparsos. Maior absorção; absorve a água necessária para o indivíduo do quimo. JEJUNO: vilos estreitos, menores, em menor número, glândulas intestinais, glândulas duodenais na submucosa em algumas espécies; nódulos linfáticos na lâmina própria e submucosa, especialmente em suínos. ÍLEO: pregas ausentes, vilos em forma de clava, glândulas intestinais, nódulos linfáticos freqüentes na mucosa e submucosa, podendo achatar a mucosa – cratera linfática- em suínos. A submucosa é diferente entre eles. MOTILIDADE: mistura o quimo, assegura o contato do quimo com enzimas e alimentos parcialmente digeridos, move o quimo permitindo contato com toda a superfície absortiva, impelindo-o para as outras partes do intestino. PERISTALTIMO é resultado de: -Contrações segmentares, são contrações anelares do feixe interno da muscular externa. -Seguida do encurtamento do feixe externo da muscular externa. COMO RESULTADO O CONTEÚDO LUMINAL É IMPULSIONADO EM DIREÇÃO ABORAL. DIGESTÃO E ABSORÇÃO: O suco intestinal é composto por água, eletrólitos, muco, enzimas, IgA, e secreções biliares e pancreáticas. A digestão completa e absorção são funções do intestino delgado. No intestino há ação dos sais biliares e suco pancreático, que transformam os lipídios em pequenas gotículas de gordura e em micelas, estas são absorvidas pelo ENTERÓCITO, por difusão passiva. No enterócito estas micelas são esterificadas em triglicerídios, estes formam quilomícrons que são liberados por exocitose nos vasos quilíferos (gr.-suco) (lactíferos, lt.-leite), e pelo ducto linfático torácico e abdominal chegam ao sistema vascular. Ácidos graxos de cadeia curta são lançados ao sangue. ESPÉCIES ALTRICIAIS E ESPÉCIES PRECOCES: Em zoologia as crias altriciais são aquelas que nascem cegas, sem condutos auditivos abertos, praticamente sem pêlos e com mobilidade limitada. Seu organismo deve maturar após o nascimento para atingir características do individuo adulto, isto requer um longo processo de aprendizagem. Entre as espécies mais representativas estão o homem, o cachorro e o coelho. As espécies consideradas precoces são aquelas cujas crias são capazes de ver, ouvir, ficar em pé, realizar demais funções próprias do indivíduo adulto praticamente desde o nascimento. Assim estas espécies requerem menores cuidados maternais e são capazes de unir-se as atividades dos indivíduos adultos em poucos dias. Entre as espécies mais representativas estão o cavalo e a ovelha, cujas crias andam poucas horas após o nascimento e seguem o ritmo da manada em menos de sete dias. O recém-nascido herbívoro, lactente (equino, bovino, ovino): o enterócito absorve por endocitose as Igs, sem processo intracelular ativo e liberadas na circulação. A capacidade absortiva (início a partir das seis horas de vida, máxima absorção nas 18 horas de vida) diminui rapidamente no recém-nascido, em 24-36 horas os enterócitos são substituídos por outros que não absorvem macromoléculas. O intestino delgado absorve água, sais biliares, Na+, H+, Ca+, P+, Cl+, Fe++. VASCULARIZAÇÃO: Suprimento arterial: Artéria mesentérica cranial, Artéria jejunal , Artéria ileocólica, Artéria cólica média, Artéria mesentérica caudal, Artéria celíaca, Artéria pudenda interna Suprimento venoso: Todas as veias convergem para a VEIA PORTA, com exceção do último segmento do reto (VEIA CAVA), a v. porta coleciona o sangue venoso de todos os órgãos ímpares da cavidade abdominal. INTESTINO GROSSO Parte caudal do tubo digestivo; inicia na junção ileocecale termina no ânus. Faz a absorção de água, retira das fezes. As pregas são substituídas por dobras longitudinais, não existem vilos, as células caliciformes são características, as células acidófilas granulosas são ausentes, as células caliciformes são características, as glândulas são longas e retas. Os nódulos linfáticos e o tecido linfóide são abundantes e evidentes. Possui um filme mucoso por dentro para não criar atrito. CÉLULAS: DE REVESTIMENTO (ENTERÓCITO), CALICIFORMES, ENTEROENDÓCRINAS E DE RESERVA. REGIÕES DO INTESTINO GROSSO: CECO: modificação intestinal do intestino grosso dos herbívoros com estômago simples (eqüino, coelho, cobaia); nódulos linfáticos abundantes (ruminantes, suínos, cães; nos eqüinos e gatos mais abundantes na parte distal) MUSCULAR EXTERNA: nos eqüinos e suínos forma espessos feixes. CÓLON: possui maior diâmetro que o intestino delgado. MUSCULAR EXTERNA: nos eqüinos e suínos formam espessos feixes. RETO: mucosa com abundantes células caliciformes; muscular externa espessa. Serosa é substituída por uma adventícia (contato com órgãos genitais internos). ÂNUS: junção mucocutânea, há transição de epitélio simples cilíndrico para estratificado pavimentoso. Lâmina própria com glândulas anais e sacos anais. O feixe externo desaparece e o feixe interno origina o esfíncter anal interno. Adventícia. MOTILIDADE: semelhante a do intestino delgado, mistura de quimo (peristaltismo e antiperistaltismo) e propulsão ao ânus. Muco protege e lubrifica a mucosa, há secreção de água e eletrólitos. A flora bacteriana sintetiza vitamina B e K. Nos herbívoros não ruminantes é o local de fermentação e digestão da celulose, produção e absorção dos AGVs. ABSORÇÃO: maior que a produzida pelos processos digestivos, que são responsáveis pela produção da maior parte dos líquidos absorvidos – água e eletrólitos – (secreção das glândulas salivares, mucosa gástrica, mucosa intestinal, fígado e pâncreas). A principal função é absorção de água, embora 80% da água seja absorvida no intestino delgado. RENOVAÇÃO CELULAR/CICATRIZAÇÃO: semelhante ao intestino delgado. Em caso de lesão o potencial de cicatrização é baixo: luz repleta de bactérias, irrigação discreta e serosa pouco abundante. *Os enterólitos são formações sólidas originadas a partir da ingestão de alimentos altamente fibrosos ou corpos estranhos pelo animal, gerando uma agregação cumulativa de componentes da dieta em intestino grosso, preferencialmente nas regiões de flexuras, culminando em fragmentos rígidos e volumosos que podem levar a obstrução e dilatação dos segmentos acometidos.A presença dos enterólitos está relacionada de forma frequente aos casos de cólica em equinos, normalmente assumindo um caráter emergencial. *O peristaltismo nos eqüinos é muito forte e se for apalpar é preciso retirar a mão durante esse período, ao contrário, as fibras do reto se rompem e podem levar a morte do indivíduo. *um eqüino recém nascido possui revestimento intestinal com enterócitos não seletivos.
Compartilhar