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Resumo 01º Bimestre Código Cívil VI

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Resumo 01º Bimestre de Direito Civil VI
DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO
Art. 1.591-1.595, CC
1) CONCEITO:
Parentesco é a relação que vincula entre si pessoas que descendem umas das outras ou de autor comum (parentesco natural ou consanguíneo) ou que se estabelece por ficção jurídica (parentesco civil), ou que aproxima cada um dos cônjuges ou companheiros aos parentes do outro (parentesco por afinidade). Observação: os que estão entre parênteses são as espécies de parentesco. 
2) ESPÉCIES DE PARENTESCO – art. 1.593 e 1.595, CC:
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem.
Sob o prisma legal não pode haver diferença entre parentesco natural e civil, especialmente quanto à igualdade de direitos entre todos os filhos e proibições de discriminação. (art. 1.596, CC). Assim, todos devem ser chamados apenas de parentes.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
3) VÍNCULO DE PARENTESCO: LINHAS E GRAUS
O vínculo de parentesco é estabelecido por linhas e a contagem é feita por graus.
A linha é a vinculação de alguém a um tronco ancestral comum.
São parentes em linha reta as pessoas que descendem umas das outras. 
A linha reta pode ser ascendente ou descendente. 
A linha reta será ascendente quando partimos de determinada pessoa para os seus antepassados, me liga aos antepassados. Ex. Sempre partir de mim (EU), pais, avós, bisavós, trisavós, tetravós, pentavós... 
A linha reta será descendente quando partimos de determinada pessoa para os seus descendentes. Ex. Sempre partir de mim (EU), filhos, netos, bisnetos, trinetos, tetranetos, pentanetos... 
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.
São parentes em linha colateral ou transversal ou oblíqua, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra. Ex. irmãos, sobrinhos, tios, primos, tios-avós e sobrinhos netos.
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
A linha colateral pode ser igual ou desigual. 
Será igual quando, entre o antepassado comum e os parentes considerados, a distância em gerações for a mesma. Ex. entre os irmãos e entre os primos, porque a distância que os separa do tronco comum, em número de gerações é a mesma. 
Será desigual quando, entre o antepassado comum e os parentes considerados, a distância em gerações não for a mesma. Ex. entre o tio e o sobrinho e entre o tio-avô e sobrinho-neto. 
Pode ser também dúplice ou duplicada, como no caso de dois irmãos que se casam com duas irmãs. Neste caso, os filhos que nascerem dos dois casais serão parentes colaterais em linha duplicada.
O parentesco conta-se por graus (art. 1.594, CC)
Grau é a distância em gerações que vai de um a outro parente. 
Geração é a relação existente entre o genitor e o gerado.
Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.
4) LIMITAÇÕES:
Parentesco:
a) Em linha reta – todos são parentes.
b) Em linha colateral – até o 4º grau 
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau.
Parentesco por afinidade:
a) Em linha reta – todos são parentes.
b) Em linha colateral – até o 2º grau (cunhado – artigo 1595, §1º).
Observação: lembrando que cônjuge não é parente, casal é unidade, se uniram para formar família.
Art. 1.595, § 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro cunhado).
Art. 1.595, § 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável (serão parentes pelo resto da vida, isso ocorre por causa do artigo 1521, que são os impedimentos).
A afinidade é um vínculo pessoal (de ordem jurídica). AFINIDADE NÃO GERA AFINIDADE. É a relação com o concunhado, eles não são parentes, pois afinidade não gera afinidade. 
Não existe colateral de 1º grau.
https://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=668&id_titulo=8721&pagina=2
https://quintans1.jusbrasil.com.br/artigos/390320357/parentesco-e-grau-de-parentesco
https://sites.google.com/site/zeitoneglobal/direito-de-familia/2-01-conceito-e-especies-de-parentesco
Aula 02 – 28/08/2020
DIREITO DAS FAMÍLIAS
1)	Conceito – o direito das famílias é o ramo do direito civil que disciplina as relações entre pessoas unidas pelo casamento, união estável, ou pelo parentesco, ou aos institutos complementares de direito protetivo como a tutela e curatela. 
Observações - Família – Adalto Suanes – família é uma expressão que deve abranger pelo menos aquelas duas pessoas que se unem com o propósito de manutenção desse vínculo afetivo, independente de serem de sexo diverso, tenham ou não prole. 
· “Agora, dizei-me: que é que vedes quando vedes um homem e uma mulher, reunidos sob o mesmo teto, em torno de um pequenino ser, que é fruto de seu amor? Vereis uma família. Passou por lá o juiz, com a sua lei, ou o padre, com o seu sacramento? Que importa isso? O acidente convencional não tem força para apagar o fato natural. De tudo que acabo de dizer-vos, uma verdade resulta: soberano não é o legislador, soberana é a vida. [...] A família é um fato natural, o casamento é uma convenção  social. A convenção é estreita para o fato, e este então se produz fora da convenção. O homem quer obedecer ao legislador, mas não pode desobedecer à natureza, e por toda a parte ele constitui a família, dentro da lei, se é possível, fora da lei, se é necessário.”. (PEREIRA, 1959, p. 89) - Virgílio de Sá Pereira.
· Artigo 1412, § 02º - Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família.
§ 2 o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
· Encontra-se em várias doutrinas os seguintes conceitos de família:
1. Família nuclear/matrimonial: decorrente do casamento;
2. Família informal: decorrente da união estável;
3. Família monoparental: constituída por um dos genitores com seus filhos;
4. Família anaparental: constituída somente pelos filhos;
5. Família homoafetiva: formada por pessoas do mesmo sexo;
6. Família eudemonista: caracterizada pelo vínculo afetivo.
2)	Natureza Jurídica
A família pelo fato de estar na base da sociedade, o legislador diz que a família fica protegido, então apesar de estar no direito civil que é direito privado, o direito de família é mais próximo do direito público, devido as normas cogentes, onde o Estado interfere muito.
É um direito extrapatrimonial e, portanto, personalíssimo (essa é a natureza jurídica, nasce e morra com o indivíduo, ele nasce e morre com a pessoa.). Por ser personalíssimo, eles são intransmissíveis, intransferíveis e irrenunciáveis por herança.
 
3)	Princípios
Dignidade da pessoa humana, artigo 01º, III CF/88. (já estudado).
Igualdade Jurídica entre os cônjuges e companheiros artigo 226, § 05º CF/88 (§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.).
Igualdade jurídica entre os filhos, artigo 227, §06º CF/88 (§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.).
Observação: Filhos legítimos, são os nascidos na constância de um casamento. Tinham mais direitos.
Do Éder - (Primeiramente, quando se trata deste princípio, devemos lembrar que em tempos passados os filhos concebidos fora do casamento não tinham os mesmos direitos dos filhos ‘ verdadeiros’; não havia isonomia entre eles; mas, com o advento da Constituição de 1988 e com a inclusão desse princípio essa falta de isonomia cessou.
Ele está previsto expressamente no artigo 227, §6º e também no Código Civil no artigo 1.596 e ambos, sistematizam, que não pode haver discriminação entre filhos havidos ou não do casamento e que eles terão os mesmo direitos e qualificações.
A Igualdade Entre os Filhos é um princípio do Direito de Família previsto na Constituição Federal de 1988 que assegura a todos os filhos independentemente se adotados ou concebidos fora do casamento os mesmos direitos, sendo impedido qualquer tipo de discriminação.
A equidade entre os filhos foi esquecida pelo Código Civil de 1916 e pelas Constituições anteriores a de 1988, essa igualdade entre os filhos consolida a dignidade do ser humano.
Não pode existir tratamento desigual aos filhos, devendo o ordenamento jurídico repugnar e impedir qualquer forma de distinção entre eles. A igualdade entre os filhos consolida a dignidade da pessoa humana.)
Filhos ilegítimos, são os nascidos fora do casamento. Antes da CF/88, não era reconhecido como filho, mesmo o pai querendo assumir. Naturais (caso viessem a casa, esses filhos seriam legitimados.), e os espúrios (aqueles que nasciam de relação ilegítima, fora do casamento, e os pais eram impedidos de casar. E ainda classificados como incestuosos (fora do casamento e vínculo de parentesco. Exemplo: dois irmãos, pai e filha...), e adulterinos (havia cometido um adultério, e os adulterinos ainda se classificavam em A patre (pai adulterou.), e a Matre (a mãe adulterou.))). Mas veio a constituição de 88 e trouxe igualdade, isso tudo deixou-se de lado, e agora são todos filhos, artigo 227, § 6º acima.
Observação 01: pessoas proibidas de casa, artigo 1521 CC/02.
Observação 02 curiosidade: Provimento 63, 83 do CNJ.
Princípio do Pluralismo Familiar – artigo 226, § 01 e 02 fala sobre o casamento, e o § 03 da união estável. §04º família monoparental, um só genitor. Anaparental, irmão unidos pelo vínculo, só sobrou eles. Família composta, mosaico, ambos se casam e têm seus filhos, reconstituindo uma grande família. 
Princípio da consagração do poder familiar – não tem artigo na CF, é do artigo 1630 a 1638 do CC/02. O pai não é exclusivo na autoridade, a mãe passou a ter o mesmo poder com a CF/88, mesmo tendo o CC/16 dizendo ao contrário, mas o CC/02 veio e corrigiu tudo, e se fala em poder familiar que é o visto nos artigos relacionados. PODER FAMILIAR É AUTORIDADE EXERCIDO EXCLUSIVAMENTE PELOS PAIS SOBRE SEUS FILHOS MENORES. Avó e Avô não exerce poder familiar, a não ser que sejam seus tutores. 
Princípio do melhor interesse da Criança e do Adolescente – artigo 227, caput CF/88 - Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010). Está tudo no ECA também, o Eca considera do 0 aos 11 anos de idade criança, adolescente do 12 aos 18. Já o termo jovem costuma ser utilizado para designar a pessoa entre 15 e 29 anos, seguindo a tendência internacional.
Princípio da afetividade – não consta expressamente na CF/88, mas decorre da valorização do princípio da dignidade humana, e os laços de afeto, derivam da convivência, e não de sangue. Exemplo: do padrasto que trata super bem, e reconhece a enteada como se filha fosse (Dimi).
CASAMENTO
1)	Conceito  Flávio Tartuce – “União entre duas pessoas reconhecida e regulamentada pelo Estado formada com o objetivo de constituição de uma família e baseado em um vínculo de afeto”. Independe de filhos, pois leva-se em consideração o afeto entre os dois.
 2)	Natureza Jurídica
01º teoria e a Contratualista - é uma relação puramente contratual que resulta de um acorde de vontades como acontece nos contratos em geral. É preciso ter capacidade e externar sus vontades, lembrando que em contratos não têm lá o contrato de casamento. Precisa da manifestação das vontades, mas sem seguir as regras simplistas dos contratos, pois se assim fosse, bastaria fazer o distrato.
02º corrente é a institucional – é uma grande instituição social, a ela aderindo aqueles que se casam. As normas os efeitos e a forma, encontram-se pré-estabelecidos pela lei. A partes não tem liberdade de adotar outras normas, porque já estão estabelecidas, e como se fosse um contrato de adesão. De fato, é uma instituição, porque está estabelecido pelo Estado.
03º corrente é a eclética ou mista – para a terceira corrente a doutrina eclética une o elemento volitivo ao elemento institucional tornando o casamento um ato complexo, ou seja, um contrato na formação e instituição em seu conteúdo. É um contrato especial para a constituição da família. Essa é a adotada pelo Brasil. O Estado deveria interferir menos no contrato de casamento.
3)	Dados Históricos
Era disciplinado pelo direito canônico, a igreja católica regulava o casamento religioso.
Com o tempo o Estado rompeu com a igreja, e com o decreto 181/1890, foi instituído o casamento no Brasil.
CF 1824 – artigo 03º disse que somente o casamento civil era válido no Brasil, tirando de lado o religioso.
Primeiro código de 1916 disciplinou tudo e o casamento é claro.
A partir de 1934 surgiu os dois tipos de casamentos, pois até então somente casamento civil, a lei 6015/1973 que é a lei de registro público que vige até hoje e é muito importante, e nessa lei regula sobre os casamentos. A partir da CF/88 que surge outras formas de constituição de família, em 2002 a lei 10406/02 que é o código civil surge regulamentando as formas de casamento.
Do Processo de Habilitação para o Casamento
1 – Capacidade para o casamento – artigos 1517 a 1520 CC/02. A partir dos 16 anos, mas com autorização, a não ser que seja emancipada. Os pais podem revogar a autorização até a data do casamento
Da Capacidade PARA O CASAMENTO
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631.
Art. 1.518.  Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. - Antes da CF/88 o que valia era a palavra do pai, e de agora em diante ambos podem autorizar, e caso haja conflito entre os pais, que decidirá é o juiz. Caso o juiz chegue à conclusão que pode casar, ele emite um alvará para ser anexado na habilitação do casamento, que o suprimento judicial do consentimento. Quando o juiz autoriza, os noivos não podem escolher o regime de bens para o casamento, será o regime da separação obrigatória de bens. Se ambos os pais autorizarem o casamento, eles podem escolher desde que autorizado, e o regime será o de comunhão parcial de bens. Caso ambos os pais neguem o casamento, você pode pedir autorização para o juiz para casar, que é o mesmo suprimento judicial do consentimento.
Art. 1.520.  Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 13.811, de 2019) – Cuidado com este artigo. Regra somente a partir dos 16 anos com autorização dos pais. Antes o artigo permitia o casamento com idade abaixo de 16 anos, gravides por exemplo, onde o juiz supria a idade menor dos 16 anos. 
2 – Habilitação – artigos 1525 a 1532 CC/02. Dispensa dos proclamas artigo 1527, parágrafo único.
Do Processo de Habilitação PARA O CASAMENTO
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: - é possível por procuração caso um dos nubentes não more no local.I - certidão de nascimento ou documento equivalente; - Tem de ser atualizada. Sendo atualizada dá para saber a idade de cada um. Tem a filiação, para se saber se o casamento não está sendo feita com o pai ou mãe e etc. Serve para saber se já não são casados.
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; - Autorização dos pais para os menores de 16 anos, ou o suprimento judicial de consentimento.
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; - conheço os noivos e não tem nada que impeça o casamento. Podem ser parentes ou não dos noivos, e tem alguns Estados que exigem pessoas que vão testemunhar o casamento, por exemplo os padrinhos, mas o CC/02 não diz nada sobre isso.
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; - é o memorial, onde declaramos o estado civil, domicilio e tal,s. Existe a possibilidade do casamento anterior ser considerado nulo, e somente neste caso voltamos ao status de solteiro (a). Tem de dizer o endereço devido a publicidade no local da moradia. 
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio. Bem susse.
Art. 1.526.  A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 12.133, de 2009) Vigência – MP se manifesta sobre esse pedido de casamento. Caso esteja tudo ok, volta para o cartório para publicidade. Para que alguém se manifeste, é uma atitude preventiva, artigo 1527 abaixo.
Parágrafo único.  Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz. (Incluído pela Lei nº 12.133, de 2009) Vigência – caso houver impugnação, a habilitação será submetida ao juiz. Juiz da vara de registros públicos.
Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver. – Publicidade da pretensão dos noivos pelo prazo de 15 dias. Passado o prazo e ninguém se manifeste, é expedido um certificado para que possam casar, e terão prazo de 90 (artigo 1532) dias para casar, artigo 1531 (certificado). Caso não case no prazo de 90 dias, terão de passar por habilitação novamente. 
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação. – Traz uma exceção, é pedir dispensa do prazo de 15 dias. Pois caso não se possa esperar o prazo em questão, devido caso de morte prevista por exemplo. 
Art. 1.528. É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. – O cartorário fala sobre os impedimentos para o casamento, explicando o que pode gerar nulidades do casamento e o regime de bens para o casamento. Serve para regular as relações patrimoniais entre os consortes. Existe um documento chamada de Pacto antinupcial, caso escolhido o regime de não comunhão parcial de bens. 
Os regimes são: comunhão parcial, universal, separação total absoluta, obrigatória e participação final dos aquestros. Serão estudados mais para frente.
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.
Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado.
3 – Dos impedimentos – artigos 1521 CC/02
Conceito – impedimentos são circunstâncias expressamente especificadas na lei que proíbem a realização do casamento. Se alguém contrair o casamento proibido a norma fulminará de nulidade referida união. 
São proibições em prol da sociedade. 
É um rol taxativo. São normas cogentes proibitivas, e podem ser nulos a qualquer tempo.
Caso mesmo com o impedimento eles se casam? A sanção é a nulidade do casamento.
Se vivem sob o mesmo teto, mas não podem casar, temos o concubinato. 
Dos Impedimentos
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural (de sangue) ou civil (outra origem); - decorrem da consanguinidade, pai, mãe, avós, filho adotivo.
II - os afins em linha reta; - parentes do cônjuge. Sogro, sogra, avós dele, enteados. Mesmo com o divórcio, pois são parentes até o fim da vida. 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; - foi copiado do código de 1916. Não era necessário aqui no código, devido a CF/88.
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; - Irmão não podem casar. Irmão bilaterais são chamados de germanos também. Terceiro grau são os tios e sobrinhos. Primos podem casar, tio avô e sobrinho neto também. Exceção é o Decreto lei 3200/41 lei de proteção família, incentivou o casamento entre colaterais e terceiro grau, são feitos por dois médicos a autorização para o juiz, para ver se não terão problemas congênitos devido ao parentesco próximo. 
V - o adotado com o filho do adotante; - mesmo caso do código de 1916.
VI - as pessoas casadas; - é nulo e têm o crime de bigamia. 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. – Evitar o casamento que tem origem de um crime. Exemplo: tenho uma amante (concubina), e ela sugere casarmos, mas para isso teremos de matar minha esposa, pois daria muito trabalho pois o divórcio daria divisão, e o interessante é somar, ficarmos com tudo. Não se aplica homicídio culposo, somente doloso. 
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo.
4 – Das causas suspensivas – Artigo 1523 CC/02
Conceito – são circunstâncias capazes de suspender a celebração do casamento se arguidas tempestivamente pelas pessoas legitimadas a fazê-lo, mas que não provocam quando infringidas a sua invalidade. O casamento e apenas considerado irregular tornado obrigatório o regime da separação de bens como sanção imposta ao infrator.
OBSERVAÇÃO MUITO IMPORTNTE: impedimentos, casamento será NULO, suspensão, casamento será válido.
Aqui se ocorrer o casamento ele é válido. A sanção e não poder escolher o regime do casamento. A lei os obriga a separação obrigatória de bens. Artigo 1641 traz os tipos para separação obrigatória - Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
 
Das causas suspensivas
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; - pelo inventário os bens da minha esposa pertencem também aos meus filhos, enquanto não se fizer o inventário, não devo casar de novo. Pois o objetivo é proteger os bens dos filhos. A sanção seráa de não escolher a partilha. Resolveu a pendenga, pode-se escolher depois de acertado o regime de bens, artigo 1639, § 02º CC/02. O inventário é obrigatório quando se tem bens, e quando não se tem bens é o inventário negativo caso seja feito. - § 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; - é que a mulher pode estar grávida, gerando no caso dúvidas, mas que pode-se resolver com exame de DNA, assim como se pode fazer exame de gravidez. Caso se prove ao juiz, pode conseguir autorização para casar.
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; - Devido à demora, pode-se casar de novo, pois será válido, mas com regime previsto em lei. É a sentença parcial de mérito do CPC. Artigo 1581 diz isso também.
Observação: Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. – Tutela para os menores, e é uma pessoa nomeada para representa-la e assisti-la. Curatela é para maiores sem condições de se cuidar. É com a função de resguardar o patrimônio da pessoa a ser protegida. 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. – São as exceções.
5 Da oposição dos impedimentos matrimoniais e das causas suspensivas – artigos 1522 e 1524 CC/02.
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. – Deve ser feito até o momento da celebração do casamento, se for depois somente com uma ação de nulidade a qualquer tempo.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo.
Conceito oposição dos impedimentos – a oposição é a comunicação escrita feita por pessoa legitimada no prazo legal a oficial do registro civil perante quem se processa a habilitação ou ao juiz que preside a solenidade sobre a existência de um dos empecilhos mencionados na lei. Exemplo: duas pessoas se habilitam a casa, mas um deles é casado, o que se pode fazer e comunica oposição do impedimento. Tem de ser por escrito e a pessoa tem de assinar a declaração, para que se possa ser responsabilizado civilmente e dependendo criminalmente. Isso está previsto nos artigos a seguir (Art. 1.528. É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens.
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.).
CAPÍTULO IV
Das causas suspensivas
Mesmo Conceito acima – são circunstâncias capazes de suspender a celebração do casamento se arguidas tempestivamente pelas pessoas legitimadas a fazê-lo, mas que não provocam quando infringidas a sua invalidade. O casamento e apenas considerado irregular tornado obrigatório o regime da separação de bens como sanção imposta ao infrator.
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins. – As pessoas que pode fazer a oposição das causas suspensiva. O prazo aqui é do edital de proclamas que é o prazo de 15 dias (doutrina quem diz), e caso passe esse prazo, não se suspenderá mais o casamento. 
https://jus.com.br/artigos/33217/a-moderna-concepcao-familiar-pautada-nos-valores-constitucionais-do-afeto-e-da-pluralidade
https://www.ibdfam.org.br/artigos/1150/Do+casamento+civil
https://www.migalhas.com.br/quentes/281725/conheca-a-historia-do-casamento-civil-no-brasil
Aula 11/09/2020
Celebração do Casamento
1. Casamento Civil – artigo 226, §1º CF/88 e 1512 CC.02
( Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração. +
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração. Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.).
Normalmente é celebrado na sede do cartório, e com mais duas testemunhas. Quando for fora do cartório, a lei exige um número mínimo de 04 testemunhas, artigo 1533 CC - Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.
§ 1 o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato.
§ 2 o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever. Observação aqui, quando não souberem escrever.
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados." – Caso não dê tempo de o juiz declarar os mesmos casados, e um deles morre por exemplo antes do juiz declarar, mas houve a manifestação de vontade de ambos, aqui o código no artigo 1514 nos trouxe a resposta - Art. 1.514. O casamento se realizano momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados. Então tem de haver a manifestação do juiz também, ainda que não dê tempo de assinar o livro de casamento, sendo considerado válido.
Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges;
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas;
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
Art. 1.537. O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á integralmente na escritura antenupcial.
Neste ponto você já estará de posse da certidão de casamento.
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
Observação, brincou não se pode mais se retratar naquele dia, artigo acima.
2. Casamento religioso com efeitos civis – artigo 226, §2º CF/88 e artigos 1515 e 1516, caput CC/02.
(§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. + Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.).
Para saber se pode casar, as formalidades exigem: habilitação, Certificado de registro casamento CRC, testemunhas, manifestação de vontade e o juiz declare o casamento. Observação, mas quem vai te casar aqui, é a autoridade religiosa, não tem nada a ver com o casamento feito na igreja onde o juiz de paz já faz o casamento junto.
O casamento religioso sem registro, ele é união estável e não casamento, pois necessita de registro no cartório de registro civil.
Habilitação Prévia – artigo 1516, §1º CC/02. - § 1 o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação.
Fases habilitação prévia: habilitação Cartório Registro Civil com prazo de 90 dias de autorização, celebração pela autoridade religiosa, REGISTRO NO CARTÓRIO CIVIL no prazo de 90 dias.
Habilitação Posterior – artigo 1516, §2º CC/02. - § 2 o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.
Celebração perante autoridade religiosa somente. Mas um ano depois, ou mais, você decide tornar a celebração oficial, então se comparece no cartório para a habilitação, e segue-se todo o procedimento anterior, e após vem o próprio REGISTRO NO CARTÓRIO CIVIL no prazo de 90 dias.
§ 3 o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.
3. Casamento sob moléstia grave – artigo 1539 CC/02.
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever. – Observação na quantidade testemunhas.
§ 1 o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. – ad hoc é a nomeação para o ato específico.
§ 2 o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado.
4. Casamento nuncupativo ou in extremis – artigo 1540 e 1541 CC/02.
Observação: caso mais grave ainda que a de moléstia grave, a pessoa pode morrer a qualquer momento. É a celebração feita pelos próprios noivos, na presença de 06 testemunhas que não sejam parentes, e devem comparecer perante autoridade judicial mais próxima. Devem comparecer ao juiz de direito. Chamado também de casamento de viva voz.
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
I - que foram convocadas por parte do enfermo;
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
§ 1 o Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias.
§ 2 o Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às partes.
§ 3 o Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-la no livro do Registro dos Casamentos.
§ 4 o O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração.
§ 5 o Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro.
5. Casamento por Procuração – artigo 1542 CC/02.
A revogação pode ser feita pela pessoa, e têm de ser feita pelo mesmo modo, por instrumento público. A eficácia do mandato da procuração tem prazo de 90 dias. Feita a revogação, não é necessário que chegue ao conhecimento do mandatário, mas é necessário avisar a outra parte para que o casamento não aconteça. Caso o noivo esqueça de cancelar o mandato e o casamento ocorra, e foi registrado, temos aí o artigo 1550 do CC e inciso V, sendo assim anulável – (Art. 1.550. É anulável o casamento:
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;).
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
§ 1 o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos. – Indenização por danos morais e materiais.
§ 2 o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo. – Professora disseque nunca viu ocorrer essa hipótese. Exemplo: a pessoa está em viagem, estado do Amazonas e a esposa sofre um grave acidente e está muito mau, e iminente risco de vida, então a pessoa sã, faz uma procuração para representa-lo no casamento nuncupativo.
§ 3 o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.
§ 4 o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
ELA VAI ENVIAR A OUTRA PARTE, PORQUE ESTA TUDO EM SLIDES.
Observações:
Segundo slide – autoridade  autoridade competente ou religiosa declarando-os casados.
 
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015.
	
	Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
DO RECONHECIMENTO IGUAL PERANTE A LEI
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
Aqui neste meio são os Slides.
Aula 25/09/2020
Regime de Bens
1) Conceito: Regime de bens é o conjunto de normas que regem as relações patrimoniais entre os consortes, durante o casamento. Ele começa a vigorar desde a data do casamento (artigos 1639, §).
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1 o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
2) As relações econômicas entre os cônjuges, durante o casamento se submetem a três princípios básicos:
i. Mutabilidade justificada – artigo 1639, §02º CC.
§ 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. – Hoje é possível mudar o regime de casamento na constância do casamento, pois no código anterior não se podia trocar devido ao princípio da imutabilidade. 
Requisitos para mudança:
Para haver essa mudança, é necessário ambos querer, pois senão não se fala em mudança no regime de bens. 
O pedido tem de ser formulado judicialmente, não há possibilidade administrativa, o rito especial está no artigo 734 do CPC – (Art. 734. A alteração do regime de bens do casamento, observados os requisitos legais, poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os cônjuges, na qual serão expostas as razões que justificam a alteração, ressalvados os direitos de terceiros.
§ 1º Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e a publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente podendo decidir depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital.
§ 2º Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem propor ao juiz meio alternativo de divulgação da alteração do regime de bens, a fim de resguardar direitos de terceiros.
§ 3º Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos mandados de averbação aos cartórios de registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônjuges seja empresário, ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.).
O motivo para a mudança, a justificativa.
Essa mudança só poderá ser feita se não prejudicar terceiros.
Efeitos: A regra é que seja EX NUNC. Exceção: se as partes pleitearem na petição que os efeitos retroagem. Aqui ocorre uma divergência, 1° minoritária é de que não pode, 2° majoritária é de que desde que não afeto e prejudique terceiros, pode sim, até por que os dois estão requerendo em comunhão.
ii. Variedade de Regimes 
O objetivo é atender os interesses. São vários regimes de bens. 
São eles: 
Comunhão Parcial de Bens.
Comunhão Universal de Bens.
Separação de Bens.
Participação Final dos Aquestos.
iii. Livre Estipulação – artigo 1639, caput e 1640 CC.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. – Permite aos noivos escolherem.
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. – E caso não escolham, por lei será o regime de comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas. – Aqui é a forma de como se faz as escolhas, e como se escolhe, é pelo pacto antenupcial. 
Certas pessoas não podem escolher o regime de bens, e no artigo 1641 abaixo.
Exceção: Artigo 1641 CC – (Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.). Têm de levar em consideração aqueles casos onde o regime obrigatório é da separação obrigatória de bens.
Os nubentes de 16 anos e idade o regime é o de comunhão parcial de bens desde que autorizados pelos pais. Segundo caso, os pais não autorizam o casamento, e a nubente de 16 anos solicita ao juiz, neste caso será o de separação obrigatória de bens.
3) Administração e disponibilidade dos bens – artigos 1642 – 1652 CC.
Observação: Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la (Em coma por exemplo). Este artigo é a autorização do juiz através do alvará judicial. 
Caso efetue a venda sem a autorização do juiz, o outro pode pedir judicialmente a anulação do ato, e o artigo 1649 dá um prazo de dois anos para a ação de anulação, a contar do fim do casamento. 
Cuidado com este artigo – (Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; - Bem móveis não, a não ser que esteja no nome dos dois.
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; - Litisconsórcio passivo necessário.
III - prestar fiança ou aval; - Precisa da assinatura de ambos. Súmula 332 do STJ: A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia. ... A fiança prestada por um dos cônjuges sem autorização expressa do outro invalida o ato por inteiro, a teor do artigo 1.647, III, do Código Civil e da Súmula 332 do STJ.
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.). Em se tratando de cônjuge tem de ter consentimento do parceiro, pela outorga marital do homem para mulher, ou uxória que é a outorga da mulher para o homem.
Na Comunhão Parcial de bens, um apartamento que pertence a mim antes de casar, ele é somente meu, mas caso eu venha a vender, deve haver a manifestação, a autorização do outro para efetuar a venda. Caso esse apartamento esteja alugado, o direito do aluguel é de ambos. Caso o outro não autorize a venda, o juiz expede o alvará judicial para autorizar a venda, artigo 1648 CC. Benfeitorias feitas neste apartamento integram a comunhão, e teremos de indenizá-lo caso venha a ocorrer a separação. 
Aula 02/10/2020
4) Pacto Antenupcial – é um contrato solene e condicional celebrado antes do casamento, em que os nubentes estabelecem o regime de bens que vigorará com o casamento.
Do Pacto Antenupcial
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei. – Tem um alei que traz o dever de finalidade, artigo 1566 do CC (Art. 1.566. São deveresde ambos os cônjuges:
I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.). Não é qualquer cláusula que pode ser colocada. Por exemplo: colocar uma cláusula que diz não haver necessidade de fidelidade. Então em tese se pode colocar qualquer coisa, desde que não seja contrária a lei. 
Observação: Artigo 1647 (Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.), determina anuência do cônjuge para prática de 
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares. – EXCEÇÃO, pois os noivos podem escolher o regime e de comum acordo podem inserir essa cláusula, e caso não insiram fica o do artigo 1647 que é a regra. PROVA
Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges. 
5) Regime de Bens:
Observação: é pelo Pacto Antenupcial que é a escolha.
I. Comunhão Parcial de Bens – artigo 1658 – 1666 CC.
Aqui não se precisa de pacto, porque se não se faz a escolha, a lei escolher por você, chamada de regime legal, artigo 1640 CC. Surgiu como regime legal em 1977 na lei do divórcio lei 6515/1977, até vir essa lei, o regime era o de regime de comunhão universal de bens, esse era o regime legal, então não foi o CC/02 e sim a lei que instituiu isso.
Artigo 1658 – É a regra. Tudo que é conseguido no decorrer do casamento é nosso (BENS COMUNS), e o que foi conseguido antes do mesmo são os BENS PARTICULARES de cada cônjuge. 
O que não se comunica no caso do provento, é com relação ao direito do recebimento dos proventos.
Indicação: Professora Maria Berenice Dias tem artigos interessantes e foi muito útil ao direito de família.
Artigo 1660 – Tudo, menos Herança e ...
Presunção iuris tanto – Chove em OAB. É Um inventário das notas adquiridas.
PROVA ATÉ AQUI
Resumo 02º Bimestre de Direito Civil VI
II. Comunhão Universal de Bens – Artigo 1667 – 1671 CC.
A regra é que todo o patrimônio se comunica.
CAPÍTULO IV
Do Regime de Comunhão Universal
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; - os bens passam a ser nosso: Por exemplo a herança e a doação. Mas se tiver a cláusula de incomunicabilidade ela impede que o bem se comunique em virtude do regime de comunhão universal de bens. Clausula de incomunicabilidade é usada para que o bem doado não se comunique, pois se assim não for, automaticamente a doação é de ambos.
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; - Fideicomisso está nos artigos 1951 e seguintes do CC/02 é a possibilidade de beneficiar duas pessoas em momentos distintos. Fideicomitente é o testador. Fiduciário é o primeiro benificiário, e o fideicomissário é o segundo beneficiário. Exemplo: deixo uma cláusula no contrato de herança, e deixo o apartamento para o Jean boiola até ele morra, mas com a morte dele, o apartamento ficará para o Márcio bichona. Mas se ambos estão mortos, ou se o Márcio morrer primeiro, o fideicomisso caduca e irá para os herdeiros originais, filhos por exemplo. O que esse inciso II quer dizer é que o bem não se comunicará para o cônjuge do Márcio, indo para os herdeiros de A.
O direito ao fideicomisso não se comunica ao cônjuge do herdeiro fideicomissário. Se ao tempo da morte do fiduciário, Márcio já é falecido, o cônjuge de Márcio não pode reivindicar o imóvel deixado em testamento. Agora, se ao tempo da morte de Jean, Márcio está vivo, ele recebeu e o bem vai se comunicar ao seu consorte, Sandra. 
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; - Aprestos são preparativos para o casamento. Essas dívidas se comunicam, e todas as coisas que se revertem em proveito comum. 
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; - É doar um apartamento para noiva, e já sabemos que vamos casar neste regime. Então eu faço com cláusula de incomunicabilidade, porque não quero que esse apartamento se comunique para mim também, pois esse apartamento será 100% de minha noiva.
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. – Não se comunicam também.
Observação: Quem administra, se for patrimônio só dela ou dele, esse somente cada um administra, o que for comum, ambos irão administrar. A mesma coisa é com as dívidas.
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento. – Se comunicam sim.
Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunhão universal o disposto no Capítulo antecedente, quanto à administração dos bens.
Art. 1.671. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro. – Acabou o casamento, a partir do término, cada um é por si.
III. Regime de Separação Absoluta/total de bens – Artigo 1687 – 1688 CC.
CAPÍTULO VI
Do Regime de Separação de Bens
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real. – Você tem algo que é só seu, não precisa de autorização de nada do outro, este é o único regime para todos os atos do artigo 1647 (Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.).
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial. – Se colocar no pacto, aqui não tem regra, o que for estipulado é o que vale, desde que não seja contrário a lei.
Observação: não tem nosso, é meu, e é seu. Se houver separação, o que é de cada um é seu. O que eu comprar é meu, e o que ela comprar é dela, pois tudo se separa. O que você entrou no casamento é seu, e o que você conseguir durante o casamento é seu ou dela.
IV. Regime de Participação Final nos Aquestos – artigo 1672 – 1686 CC.
Observação: Pouco utilizado, foi inserido no código de 2002. Para fazê-lo é por pacto antenupcial. 
Aquestos são os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento. É no fim do casamento que tem essa participação. Durante todo o casamento é como se fosse no regime de separação absoluta dos bens, bens particulares de A e de B. Todo casamento chega ao fim, seja pela morte ou pelo divórcio. Aqui que entram as regras, de como se fosse do regime parcial de bens, e quando casamento chegar ao fim, tudo o que foi conseguido de forma onerosa na constância do casamento, e tudo que um ou o outro construiu, a metade é divididaentre ambos, mas somente com o fim do casamento. Este é o único regime que permite colocar uma cláusula de venda de um imóvel sem a autorização do outro, artigo 1656.
Exemplo: Eu tenho um milhão de reais de patrimônio – 200 mil de doação = e 800 mil foram adquiridos onerosamente na constância do casamento.
Meu cônjuge tem 400 mil - 300 mil de herança = 100 mil.
Patrimônio adquirido pelo casal onerosamente – 900 mil/2 = 450 mil.
Diferença = 350 mil.
Três principais artigos são os primeiros três e servem para entender a participação final nos Aquestos.
CAPÍTULO V
Do Regime de Participação Final nos Aqüestos
Art. 1.672. No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
Art. 1.673. Integram o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título, na constância do casamento.
Parágrafo único. A administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá livremente alienar, se forem móveis.
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos aqüestos, excluindo-se da soma dos patrimônios próprios:
I - os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;
II - os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;
III - as dívidas relativas a esses bens.
Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos durante o casamento os bens móveis.
Art. 1.675. Ao determinar-se o montante dos aqüestos, computar-se-á o valor das doações feitas por um dos cônjuges, sem a necessária autorização do outro; nesse caso, o bem poderá ser reivindicado pelo cônjuge prejudicado ou por seus herdeiros, ou declarado no monte partilhável, por valor equivalente ao da época da dissolução. – O prazo é de dois anos para anular esse procedimento. 
Art. 1.676. Incorpora-se ao monte o valor dos bens alienados em detrimento da meação, se não houver preferência do cônjuge lesado, ou de seus herdeiros, de os reivindicar. – Se um vende sem a anuência do outro, no prazo de dois anos pode-se anular o procedimento, ou inseri-lo como se fizesse parte.
Art. 1.677. Pelas dívidas posteriores ao casamento, contraídas por um dos cônjuges, somente este responderá, salvo prova de terem revertido, parcial ou totalmente, em benefício do outro. – Dívidas podem se comunicar se ficar provado que foi para ambos.
Art. 1.678. Se um dos cônjuges solveu uma dívida do outro com bens do seu patrimônio, o valor do pagamento deve ser atualizado e imputado, na data da dissolução, à meação do outro cônjuge. – Vai ser descontado do que terá de passar para o outro.
Art. 1.679. No caso de bens adquiridos pelo trabalho conjunto, terá cada um dos cônjuges uma quota igual no condomínio ou no crédito por aquele modo estabelecido.
Art. 1.680. As coisas móveis, em face de terceiros, presumem-se do domínio do cônjuge devedor, salvo se o bem for de uso pessoal do outro. – É para não deixar os credores em prejuízo., e assim o credor consegue penhorar os bens existentes.
Art. 1.681. Os bens imóveis são de propriedade do cônjuge cujo nome constar no registro.
Parágrafo único. Impugnada a titularidade, caberá ao cônjuge proprietário provar a aquisição regular dos bens.
Art. 1.682. O direito à meação não é renunciável, cessível ou penhorável na vigência do regime matrimonial.
Art. 1.683. Na dissolução do regime de bens por separação judicial ou por divórcio, verificar-se-á o montante dos aqüestos à data em que cessou a convivência. – IMPORTANTE. A separação de fato tem de ser provada. Por exemplo: Já fazem 15 anos que não vivemos mais juntos, mas ainda somos casados. Tem de provar tudo isso, provas admitidas no direito.
Art. 1.684. Se não for possível nem conveniente a divisão de todos os bens em natureza, calcular-se-á o valor de alguns ou de todos para reposição em dinheiro ao cônjuge não-proprietário. – É a forma como é feito o pagamento da diferença. Foram os 350 mil reais lá em cima. Se não tiver dinheiro, aplica-se o parágrafo único abaixo.
Parágrafo único. Não se podendo realizar a reposição em dinheiro, serão avaliados e, mediante autorização judicial, alienados tantos bens quantos bastarem.
Art. 1.685. Na dissolução da sociedade conjugal por morte, verificar-se-á a meação do cônjuge sobrevivente de conformidade com os artigos antecedentes, deferindo-se a herança aos herdeiros na forma estabelecida neste Código.
Art. 1.686. As dívidas de um dos cônjuges, quando superiores à sua meação, não obrigam ao outro, ou a seus herdeiros.
V - Regime de serpação Obrigatória de bens
Esse é imposto pela lei, sem liberdade de escolhas, artigo 1641 do CC/02 (Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010) – toda a doutrina diz que é inconstitucional. Mas está valendo. É possível fazer o pacto antenupcial para escolher o regime de separação universal de bens. 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.), aqui não se podem escolher. Esse regime não tem Pacto. O casamento se ocorrer é válido, mas devem seguir esse tipo de regime. Súmula 377 STF - No regime de separação legal de bens (regime de separação obrigatória), comunicam-se os adquiridos na constância do casamento. 
Observação: Separação obrigatória – o cônjuge concorre com os descendentes do falecido.
Separação absoluta – tem pacto antenupcial, o cônjuge concorre com os descendentes do falecido.
Maior de 70 anos – separação obrigatória, pacto antenupcial que não incida a súmula 377 do STF.
Aula 30/10/2020
FORMAS DE EXTINÇÃO DO VÍNCULO MATRIMONIAL[footnoteRef:1] [1: Pablo Stolze. 3ª edição.] 
Art. 1.571, CC
I- Morte – o cônjuge sobrevivente é viúvo
· Real (art. 6º, CC)
· Presumida
· Com decretação de ausência (art. 6º, 2ª parte; 22-39 CC) 
· Curadoria dos bens
· Sucessão provisória – como se a pessoa estivesse morta, mas pode retornar a qualquer momento, é tudo provisoriamente, inclusive nãos e pode vender os bens. Administra-se por 10 anos, passado esse prazo pede-se a sucessão definitiva.
· Sucessão definitiva (morte) – Pode aparecer ainda o corpo, mas aqui já foi declarado morto, e o cônjuge é declarado viúvo, e ficam com administração total dos bens. Existe a possibilidade na segunda fase, e faz mais de cinco anos que ele está desaparecido, e ele completou 80 anos, e neste caso pode ser aberto a sucessão definitiva.
Sem decretação de ausência (art. 7º, CC) – (Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.).
II- Nulidade (art. 1.548, CC) e anulação (art. 1.550, CC) – volta ao estado civil anterior
III- Separação – coloca fim à sociedade conjugal (regime de bens, deveres, direito sucessório) mas não ao vínculo conjugal (ainda não pode convolar novas núpcias). Estado civil de separado. 
IV- Divórcio – extingue o vínculo conjugal, possibilitando que as partes contraiam novas núpcias. Estado civil de divorciado. 
FASES HISTÓRICAS DO DIVÓRCIO
I- Indissolubilidade do vínculo conjugal (ausência de divórcio)
· Até 1977 só era possível o desquite, instituto de influência religiosa, que gerava apenas a dissolução da sociedade conjugal, com a manutenção do vínculo conjugal, o que somente gerava família clandestinas, destinatárias do preconceito e da rejeição social. 
A Emenda Constitucional 1/69 (“Constituição de 1969”) trazia em seuart. 175, 
§ 1º: O casamento é indissolúvel.
II- Possibilidade jurídica do divórcio, com imprescindibilidade da separação judicial como requisito prévio
· Emenda Constitucional n. 9, de 28/06/77 que alterou o parágrafo 1º do art. 175 da Emenda Constitucional 1/69; 
Art. 175. A família é constituída pelo casamento e terá direito à proteção dos Podêres Públicos.
§ 1º O casamento é indissolúvel. 
§ 1º - O casamento somente poderá ser dissolvido, nos casos expressos em lei, desde que haja prévia separação judicial por mais de três anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 9 . de 1977) 
§ 2º O casamento será civil e gratuita a sua celebração. O casamento religioso equivalerá ao civil se, observados os impedimentos e prescrições da lei, o ato fôr inscrito no registro público, a requerimento do celebrante ou de qualquer interessado. 
§ 3º O casamento religioso celebrado sem as formalidades do parágrafo anterior terá efeitos civis, se, a requerimento do casal, fôr inscrito no registro público, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente. 
§ 4º Lei especial disporá sôbre a assistência à maternidade, à infância e à adolescência e sôbre a educação de excepcionais. 
· Lei 6.515, de 26/12/77:
Substituiu o desquite pela separação judicial e criou duas modalidades de divórcio: 
a) ordinária (divórcio indireto) – 3 anos de separação judicial;
Separação judicial (consensual ou litigiosa) – depois de 3 anos, pedia a conversão da separação em divórcio (consensual ou litigioso). 
b) excepcional (divórcio direto) – separados de fato há mais de 5 anos, com início anterior à data da emenda, conforme o art. 40 da LD:
“Art. 40. No caso de separação de fato, com início anterior a 28-6-1977, e desde que completados cinco anos, poderá ser promovida ação de divórcio, na qual deverão provar o decurso do tempo da separação e sua causa”. 
A ideia de exigência do decurso de um lapso temporal entre a separação judicial (extinguindo o consórcio entre os cônjuges) e o efetivo divórcio (extinguindo definitivamente o casamento), tinha a suposta finalidade de permitir aos separados uma reconciliação, antes que dessem o passo definitivo do fim do vínculo matrimonial.
III- Ampliação da possibilidade de divórcio, seja pela conversão da separação judicial, seja pelo seu exercício direto:
· CF/88, art. 226, § 6º
§ 6.º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos.
Criou-se duas modalidades ordinárias de divórcio:
a) indireto ou divórcio conversão ( prévia separação judicial por mais de 1 ano); 
Separação judicial (consensual ou litigiosa) – esperavam 1 ano e após requeriam a conversão da separação em divórcio (consensual ou litigiosa). 
b) direto (prévia separação de fato por mais de 2 anos).
Comprovação de uma separação de fato há mais de dois anos – pediam o divórcio direto. 
· Lei 7.841/89 – surgiu para alterar os artigos da Lei 6.515/77 
Art. 1º Fica revogado o art. 358 da Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916 - Código Civil.
Art. 2º O inciso I do parágrafo do art. 36 e o caput do art. 40 da Lei nº 6.515, de 26 de dezembro de 1977, passam a vigorar com a seguinte redação: 
" Art. 36. ............................................................................
Parágrafo único. ..................................................................
I - falta do decurso de 1 (um) ano da separação judicial; 
Art. 40. No caso de separação de fato, e desde que completados 2 (dois) anos consecutivos, poderá ser promovida ação de divórcio, na qual deverá ser comprovado decurso do tempo da separação. 
Art. 3º Ficam revogados o art. 38 e o § 1º do art. 40 da Lei nº 6.515, de 26 de dezembro de 1977. 
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 17 de outubro de 1989; 168º da Independência e 101º da República. 
Art. 38 - O pedido de divórcio, em qualquer dos seus casos, somente poderá ser formulado uma vez. 
· Código Civil de 2002
 Consensual – tempo mínimo de casamento – 1 ano. 
– art. 1.574, CC
Separação judicial Litigiosa Sanção – art. 1.572, caput e art. 1.573, CC
 						 Ruptura – art. 1.572, § 1º, CC 
 						 Remédio - art. 1.572, §§ 2º e 3º, CC
			Indireto 	Consensual
Divórcio 	(1 ano)	Litigioso
			Direto				Consensual
			(SF há mais de 2 anos)		Ligioso
· Lei 11.441/2007 (Resolução 35 CNJ) – separação e divórcio em cartório, permitindo que os casais, sem filhos menores ou incapazes, pudessem, consensualmente, lavrar escritura pública de separação ou divórcio, em qualquer Tabelionato de Notas do País.
Separação Extrajudicial – casados há mais de 1 ano – EM CARTÓRIO, ACORDO e FILHOS CAPAZES
			 Judicial 	 	Consensual – art. 1.574, CC – casados há
 mais de 1 ano
						Litigiosa (sanção, ruptura e remédio)
Divórcio Indireto 		Extrajudicial (acordo, filhos capazes, advogado)
1 ano separação 		Judicial 	Consensual
						Litigioso
Divórcio Direto 		Extrajudicial (acordo, filhos capazes, advogado)
2 anos de separação	Judicial		Consensual
De fato						Litigioso
			
IMPORTANTE: TEMA DE PROVA, anteriores só para conhecimento.
IV- Divórcio como exercício de um direito POTESTATIVO[footnoteRef:2]: [2: Diz-se que um ato é potestativo quando seu cumprimento depende da vontade exclusiva de uma das partes contratuais sendo, portanto, uma condição do contrato.
Por seu turno, direito potestativo é o direito sobre o qual não recaí qualquer discussão, ou seja, ele é incontroverso, cabendo a outra parte apenas aceitá-lo, sujeitando-se ao seu exercício. Desta forma, a ele não se contrapõe um dever, mas uma sujeição.  
] 
· PEC DO AMOR ou PEC DO DIVÓRCIO (Projeto de Emenda Constitucional n. 28, de 2009);
· EC 66/2010, de 13/07/2010. – alterou a redação do art. 226, parágrafo 6º, CF
A referida Proposta de Emenda Constitucional resultou de iniciativa de juristas do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), abraçada pelo Deputado Antônio Carlos Biscaia (PEC 413/05) e reapresentada posteriormente pelo Deputado Sérgio Barradas Carneiro (PEC 33/07).
Art. 226, § 6º, CF: O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio
Justificativas apresentadas:
Não se justifica mais a manutenção da separação: doutrina diz não tem mais a separação.
· A submissão a dois processos judiciais (separação e divórcio conversão) resulta em acréscimos de despesas para o casal, além de prolongar sofrimentos evitáveis;
· Visa evitar que a intimidade e a vida privada dos cônjuges e de suas famílias sejam reveladas e trazidas ao espaço público dos tribunais, com todo o caudal de constrangimentos que provocam, contribuindo para o agravamento de suas crises e dificultando o entendimento necessário para a melhor solução dos problemas decorrentes da separação. E NÃO TÊM MAIS PRAZO.
Art. 226, § 6º, CF: O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
· A separação judicial deixou de ser contemplada na Constituição;
· Desapareceu o requisito temporal para o divórcio;
· Não há necessidade de dizer os motivos que levaram ao término do casamento, sendo desnecessária a imputação de culpa ao outro.
DIVÓRCIO
Conceito de divórcio
	O divórcio é a medida dissolução do vínculo matrimonial válido, importando na extinção de deveres conjugais. Trata-se de uma forma voluntária de extinção da relação conjugal, sem causa específica, decorrente de simples manifestação de vontade de um ou ambos os cônjuges, apta a permitir por consequência, a constituição de novos vínculos matrimoniais. 
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
§ 1 o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. – Foi tema de prova da OAB, e está corretíssimo, porque considera o casamento VÁLIDO.
			Extrajudicial (Consenso, filhos capazes e mulher não grávidae advogado)
DIVÓRCIO 	
 Judicial Consensual (Consenso, filhos incapazes, mulher grávida e advogado) – artigo 731 CPC.
				 Litigioso
Guarda compartilhada  consiste no exercício simultâneo do poder familiar incentivando a manutenção do vínculo afetivo do menor com o genitor com quem ele não reside. Assim os pais permanecem com as mesmas divisões de tarefas que mantinham quando conviviam, acompanhando conjuntamente a formação e o desenvolvimento do filho. – Artigo 1584 CC/2002.
Observação: é importante que tudo isto esteja demonstrado no acordo, têm juízes que não homologam se assim não o for. Tem de ser de forma equilibrada, não é possível em um mês que o pai ou a mãe, estejam somente uma semana com a criança. Varão = homem, virago = mulher. Custódia é utilizada para os pets, e guarda compartilhada para os filhos.
A guarda alternada não está prevista no código – é a convivência exercida de forma igualitária. E está não é indicada, porque a convivência é de forma alternada. 
Guarda Unilateral  é aquela em que um dos pais detêm exclusivamente a guarda, cabendo ao outro o direito de convivência mantendo relações mais restritas, descontínuas e esporádicas com o filho propiciando o afastamento entre eles. – Artigo 1583, § 01º.
DIVÓRCIO EXTRAJUDICIAL/ADMINISTRATIVO
ART. 733, CPC-15 / RESOLUÇÃO 35 CNJ / PROVIMENTO 100 CNJ
· Acordo entre os cônjuges, todos capazes.
· Feito em cartório
· Surgiu em 2007.
· A mulher não pode estar grávida (nascituro) e o casal não pode ter filhos incapazes.
· Precisa de Advogado, isso não trabalho do tabelião. Erro comum no meio advocatício. – (§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.). 
· Foi criado para desafogar o judiciário.
· A própria ESCRITURA é que é levada no Cartório de Registro Civil, Imóveis e DETRAN, é a Escritura que faz as vezes do formal de partilha ou do mandado de averbação.
Resolução veio para dirimir todas as dúvidas. Cuidado, ela já foi alterada pelo menos quatro vezes, inclusive agora em 2020. Duas Questões da prova nesta resolução. Artigos importantes: 01º em qualquer lugar do país. 02º em cartório ou em juízo. 03º não dependem de homologação do juiz, nem do formal e da averbação. 04º ao 10º. Ela pulou para o 33 em diante, até o artigo 52, porque os anteriores são inventários, e este será tema de matéria do semestre que vêm. 
Art. 731, CPC:
· DIVÓRCIO - consensual
· DESCRIÇÃO DOS BENS E PARTILHA – inciso I. 
· ALIMENTOS ENTRE OS CÔNJUGES – inciso II.
· CÔNJUGE VOLTA A USAR O NOME DE SOLTEIRO OU MANTÉM O NOME DE CASADO. – Mandado de Averbação.
Formal de Partilha é o documento que autoriza a transferência do bem. Somente para transferência de titularidade de bens em órgãos públicos. Isso é pago no cartório onde tramita o processo.
A – B casados no regime de comunhão parcial de bens.
Bens particulares de A:
Casa – 200 mil 
Bens particulares de B:
Apartamento – 600 mil
Bens comuns (A e B):
Casa – 1 milhão 
Veículo X – 50 mil
Veículo y – 50 mil
Veículo Z – 100 mil
Total: 1.200.000,00 / 2 = R$ 600.000,00
A – CASA = 1.000.000,00
B – 3 VEÍCULOS = 200.000,00
A FOI BENEFICIADO EM R$ 400.000,00.
 ENTENDE-SE QUE B DOOU R$ 400.000,00 PARA A. INCIDIRÁ O ITCMD , cuja alíquota no PR é de 4%. – A TERÁ QUE PAGAR R$ 16.000,00 PARA O ESTADO. 
Aula 06/11/2020
Provimento 100 do CNJ é novo, veio devido a pandemia, e tudo pode ser feito eletronicamente. Dispõe sobre a prática de atos notariais eletrônicos utilizando o sistema e-Notariado, cria a Matrícula Notarial Eletrônica-MNE e dá outras providências. Observação importante, cuidado com a regra de competência, entrando em contato com o próprio cartório ele mesmo dirá se é competente ou não, mas, caso seja pessoalmente, isso pode ser presencial, por exemplo, o tabelião famoso de São Paulo que ela citou.
Divórcio Litigioso
Não é mais preciso passar pela separação, pode ser uma só pessoa querendo o divórcio, ele já é possível, não interessa mais o motivo, basta que um queira. 
Os regimes de bens adotados devem ser levados em consideração neste momento. 
Alimentos entre cônjuges – quem pede alimentos, precisa provar necessidade (fiquei sem trabalhar por muito tempo, inclusive parei de trabalhar na época para cuidar da família) do que é pedido e possibilidade do que vai pagar, a doutrina chama de binômio: necessidade e possibilidade. Hoje a coisa mudou, pois temos um trinômio que se fala em: necessidade, possibilidade e proporcionalidade.
Guarda e direito de convivência – guarda unilateral é somente para um dos pais. Da mesma forma que o outro pode contestar, e neste momento ele se defende, isso acontece porque é uma ação dúplice. Hoje em dia a guarda é a compartilhada, onde a residência será com A ou com B, pois o que é levado em consideração é os filhos. 
Alimentos para os filhos – cabe ao que não tem ainda a guarda o pagamento dos alimentos. O pagamento dos alimentos vai até ser necessário (súmula 358 do STJ - “o cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos”. – Ainda que a súmula fale de nos próprios autos, essa parte não é mais admitida, pois é necessário um revisional.), veremos isso em aula posterior. Para os filhos menores é incondicional, e a necessidade é presumida. 
A ação de alimentos ela não têm idade, os alimentos estão disciplinados a partir do artigo 1694.
Nome – artigo 1578 do CC/02, ainda prevê a ideia da culpa pelo fim da relação, isso hoje nem se fala sobre isso. Ele dizia que a pessoa foi culpada pelo fim do casamento, tínhamos duas consequências da culpa: primeiro perdia o direito de alimentos, e segunda culpa perde o direito de usar o nome do outro. Mas hoje isso não se tem mais, mas atenção quanto a este artigo, olhar bem os incisos.
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar:
I - evidente prejuízo para a sua identificação; - exemplo da Marta Suplici, ou uma famosa advogada que utiliza o nome do marido, no qual ela é super conhecida por este.
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida; - Se os filhos possuem somente os nomes do marido como sobrenome, a pessoa pode manter este nome.
III - dano grave reconhecido na decisão judicial.
§ 1 o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá renunciar, a qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome do outro.
§ 2 o Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome de casado.
Alienação parental – Lei 12318/2010 – é provocar um distanciamento do outro cônjuge que não tem tanto contato com os filhos. É fazer com que a criança ou adolescente repudie o outro. Foi introduzido por Richard A. Gardner. Veio para regulamentar essa situação e indentificar as hipóteses de afastamento.
Artigo 02 fala do que é alienação. - Art. 2o  Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 
Parágrafo único.  São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:  
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; - é desqualificar o outro. Fazendo a criança criar um distanciamento. 
II - dificultar o exercício da autoridade parental; - é o poder que os pais exercem sobre o filho, e aqui se impede que o outro possa impor limites, impedindo que o outro tem o poder sobre eles.

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