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Aula 1/Cartilha_Siconv.pdf O SISTEMA DE GESTÃO DAS TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS DA UNIÃO – SICONV COMO FERRAMENTA PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS FEDERAIS PELOS MUNICÍPIOS No cumprimento de seu papel institucional de desenvolvimento e coordenação do Sistema de Transferências Voluntárias da União – (Siconv), a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Pla- nejamento,Orçamento e Gestão (SLTI/MP) apresenta esta cartilha com o objetivo de revigorar a comunica- ção com os gestores municipais. Com esta ação, a secretaria deseja mostrar quais são os tipos de transferênci- as voluntárias disponíveis para a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, finan- ciados com recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. O Plano Plurianual (PPA) para o período 2012-2015, está estruturado em 65 programas Temáticos, dentre os quais destacam-se os seguintes: a) PROGRAMA: 2031 - Educação Profissional e Tecnológica b) PROGRAMA: 2015 - Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) c) PROGRAMA: 2012 - Agricultura Familiar d) PROGRAMA: 2052 - Pesca e Aquicultura A relação completa dos Programas do PPA pode ser acessada no endereço eletrônico www.planejamento.- gov.br. As orientações contidas nesta cartilha certamente contribuirão na captação de recursos federais disponíveis para a operacionalização dos programas por meio de convênios e contratos de repasse. Além disso, esta publicação visa demonstrar os requisitos necessários para a celebração dessas parcerias, orientando os gestores acerca das condições e procedimentos a serem observados quando da execução destes instrumentos de transferências voluntárias. É importante destacar que o conteúdo desta cartilha trata apenas das transferências voluntárias regulamentadas pelo Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, e pela Portaria Interministerial nº 507, de 24 de novembro de 2011, ou seja, convênios e contratos de repasse. QUAIS AS FORMAS DE TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DA UNIÃO AOS MUNICÍPIOS? Os repasses de recursos federais aos municípios podem ser efetivados de duas formas distintas: por meio das transferências obrigatórias e também por transferências voluntárias. TRANSFERÊNCIAS OBRIGATÓRIAS As transferências obrigatórias podem ser divididas em dois tipos: transferências constitucionais e transferências legais. Transferências Constitucionais : Transferências Legais : CONCEITO: São as correspondentes às parcelas de recursos arrecadados pelo governo federal e repassados aos municípios, conforme estabelecido na Constituição Federal. CONCEITO: são aquelas regulamentadas em leis específicas. EXEMPLOS: - Fundo de Participação dos Municípios (FPM) - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) - Dotações específicas em percentuais, para o Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. EXEMPLOS: - Fundo Nacional de Saúde - Fundo Nacional de Assistência Social - Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) Nesta cartilha, trataremos exclusivamente das transferências voluntárias, principalmente das modalidades convênio e contrato de repasse, conforme definições apresentadas a seguir: TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS Para melhor entendimento, pode-se afirmar que as transferências voluntárias compreendem os repasses de recursos aos municípios para a execução de programas e ações governamentais. Estas não podem decorrer de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. Os instrumentos utilizados nas transferências voluntárias para os municípios de que tratam o Decreto nº 6.170/2007 e Portaria Interministerial nº 507/2011, são: CONVÊNIO Parceria formalizada entre a União e o município para a execução de programa de governo. Envolve a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou realização de eventos, em regime de mútua cooperação, ou seja, quando há interesse recíproco entre as partes. CONTRATO DE REPASSE Instrumento por meio do qual a transferência voluntária dos recursos financeiros é realizada por instituição financeira pública federal, que atua como mandatária da União. Estas instituições são representadas pelo Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e Caixa Econômica Federal. O contrato de repasse vem sendo utilizado pelo governo federal predominantemente para a execução de programas sociais nas áreas de habitação, saneamento e infraestrutura urbana, esporte, bem como nos programas relacionados à agricultura. SAIBA QUEM SÃO OS CONCEDENTES E CONVENENTES CONCEDENTES Concedentes são os órgãos ou entidades da administração pública federal, direta ou indireta, responsáveis pe- las transferências dos recursos financeiros e pela descentralização dos créditos orçamentários destinados à execução do objeto do convênio. CONVENENTES Convenentes são os órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta, de qualquer esfera de governo, consórcio público ou entidade privada sem fins lucrativos, com os quais são pactuados a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, por meio da celebração de convênios e contratos de repasse. VOCÊ CONHECE O SICONV? Desde 1° de setembro de 2008, os convênios e contratos de repasse são operacionalizados no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv) , disponível na rede mundial de computadores, por meio do Portal de Convênios, que pode ser acessado no sítio eletrônico www.convenios.gov.br. O Portal de Convênios promove o encontro entre todos os atores envolvidos no processo de transferências voluntárias, dinamizando essa relação e oferecendo à sociedade transparência e controle social sobre a aplicação dos recursos públicos. O Portal também disponibiliza para o usuário outras ferramentas importantestais como manuais, relação da legislação aplicável, comunicados, informações de capacitação e boletins gerenciais. O Siconv é um sistema aberto à consulta pública que tem por objetivo permitir a realização dos atos e procedimentos relativos à formalização, execução, acompanhamento, prestação de contas e informações acerca de tomada de contas especial dos convênios, contratos de repasse e termos de parceria celebrados pela União. Para realizar estes procedimentos no Siconv o município deve estar credenciado e cadastrado. É importante esclarecer que a operacionalização das transferências voluntárias da União é realizada no Siconv e o sítio é a “porta” para o acesso ao sistema. Com a implantação do Siconv, a democratização na distribuição dos recursos públicos por meio das transferências voluntárias foi ampliada, visto que os órgãos responsáveis pela execução das políticas públicas que envolvem transferências de recursos devem publicar anualmente no Portal de Convênios a relação dos seus programas governamentais. Em contrapartida, os estados, o Distrito Federal, os municípios e as entidades privadas sem fins lucrativos têm a possibilidade do envio eletrônico de propostas, fato que, inegavelmente, proporciona a todos os proponentes igualdade de condições para pleitear os recursos federais destinados à execução de projetos e atividades de interesse comum, independente de filiação partidária. Por isso, o SICONV pode ser considerado um Sistema apartidário e democrático, na medida em que atende a todos os municípios sem distinções. O QUE É CREDENCIAMENTO NO SICONV? É um procedimento realizado diretamente no SICONV, com o preenchimento de um formulário digital disponibilizado na área de acesso livre. Após o credenciamento no SICONV, os proponentes receberão por e-mail o login e a senha para que tenham um acesso mais amplo ao sistema. Isto possibilitará o envio de propostas para os programas disponibilizados que aceitem proposta de proponentes não cadastrados. O QUE É CADASTRAMENTO NO SISTEMA? Após o credenciamento, deve-se proceder ao cadastramento do órgão ou entidade no Siconv. Esse procedimento habilitará os órgãos e entidades da administração pública e as entidades privadas sem fins lucrativos, que se interessem em firmar convênios em quaisquer áreas de atuação do governo federal, a apresentar proposta de trabalho ao órgão ou entidade concedente. COMO ATUALIZAR OS DADOS CADASTRAIS DO MUNICÍPIO NO SICONV? Considerando que o município já esteja devidamente credenciado e cadastrado, os novos gestores municipais ou seus representantes legais deverão procurar uma unidade cadastradora do Siconv. A lista está disponível, no Portal de Convênios, no link https://www.convenios.gov.br/portal/arquivos/UnidadesCadastradoras060309.pdf. É necessário levar a documentação exigida para atualizar os dados desse cadastro. O representante legal, responsável pela entrega dos documentos e das informações para fins de atualização de cadastro, deverá comprovar seu vínculo com o município, demonstrando os poderes para representá-lo neste ato, mediante apresentação dos seguintes documentos: I - cópia autenticada dos documentos pessoais do representante, em especial, Carteira de Identidade (CI) e Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) II - cópia autenticada do diploma eleitoral, acompanhada da publicação da portaria de nomeação ou outro instrumento equivalente, que delegue competência para representar o ente, órgão ou entidade pública, quando for o caso. O cadastramento tem validade de 1 (um) ano, contado a partir do dia de aprovação do cadastro pela unidade cadastradora, e deverá ter suas informações atualizadas ao longo deste período sempre que houver necessidade. COMO O MUNICÍPIO PODE TER ACESSO AOS RECURSOS DA UNIÃO? No Portal de Convênios, por meio do Acesso Livre, é possível consultar a lista dos programas disponíveis pelos órgãos e entidades da administração pública federal para a execução de projetos e atividades, cuja transferência de recursos financeiros será viabilizada por meio de convênios e contratos de repasse. Vale ressaltar que os programas possuem periodicidade anual e divulgação direta no Portal de Convênios onde são estabelecidas as regras, os critérios, o objeto, a qualificação da proposta e a definição da esfera administrativa que o programa atende. O município também poderá encontrar as informações sobre os programas federais diretamente no site dos órgãos concedentes e também no Portal Federativo, desenvolvido com o objetivo de agregar informações de interesse dos entes federados (www.portalfederativo.gov.br). É importante que o município interessado em obter recursos da União faça um estudo das reais necessidades locais definindo as áreas que demandam mais investimento e estabelecendo assim uma escala de prioridades. A partir desse levantamento, os gestores municipais terão condições de identificar os programas de governo disponíveis e as diretrizes para elaboração de proposta de trabalho com o objetivo de pleitear os recursos necessários. VEDAÇÕES À CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE Ao propor a celebração de um convênio ou contrato de repasse, o município deve ter por objetivo atender alguma necessidade de sua comunidade. No entanto, para garantir a efetividade do emprego dos recursos públicos, as normas vigentes impõem algumas restrições chamadas vedações, assim, não podem ser celebrados ou executados os convênios que: A execução de seu objeto envolver valores inferiores a R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou, no caso de execução de obras e serviços de engenharia, quando o repasse da União seja inferior a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais); Quando os limites de R$ 100.000,00 (cem mil reais) e R$ 250.000,00 (cem mil reais) não forem atingidos, o município poderá formar consórcio público com outros municípios que tenham as mesmas necessidades a fim de alcançar os limites estabelecidos pela legislação. A utilização dos recursos esteja em desacordo com o plano de trabalho ou tenha finalidade diferente da estabelecida no termo de convênio ou contrato de repasse, ainda que em situação de emergência; A realização de despesas com publicidade visem à promoção pessoal do gestor público; A realização de despesa ocorra em data anterior à vigência do convênio ou o pagamento seja efetuado em data posterior à vigência do convênio. INCLUSÃO DE PROPOSTA DE TRABALHO O procedimento ocorre após a divulgação dos programas pelos órgãos e entidades da administração pública federal e é feito pelos proponentes diretamente no Portal de Convênios. A condição mínima para a inclusão das propostas de trabalho é que os interessados estejam credenciados no sistema. A inclusão dos dados no Siconv consiste no preenchimento da descrição do objeto a ser executado; da justificativa em conformidade com os objetivos do programa; da indicação do público-alvo; da estimativa dos recursos do concedente e da contrapartida; de informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente; entre outros. CONTRAPARTIDA A contrapartida consiste em valor economicamente mensurável que será arcado pelo convenente como parte de suas obrigações no convênio. As regras de contrapartida são definidas pelos órgãos concedentes no momento da divulgação do programa no Siconv, onde os órgãos devem observar os limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO vigente, conforme o exemplo abaixo: α) entre 2% (dois por cento) e 4% (quatro por cento) para municípios com até cinquenta mil habitantes; b) 4% (quatro por cento) e 8% (oito por cento) para municípios acima de cinquenta mil habitan- tes localizados nas áreas prioritárias definidas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvi- mento Regional (PNDR) , nas áreas da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste(Sudene), da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Su- perintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco); c) 8% (oito por cento) e 20% (vinte por cento) para os demais. Fonte: Lei nº 12.708, de 17 de agosto de 2012 A contrapartida oferecida pelos Municípios deverá ser, exclusivamente financeira. O proponente deverá comprovar que os recursos relativos à contrapartida estão devidamente assegurados em lei orçamentária. PLANO DE TRABALHO O Plano de Trabalho consiste no detalhamento das informações constantes da proposta de trabalho aprovada e tem por finalidade orientar a execução das ações do convênio. Um Plano de Trabalho bem elaborado subsidiará a elaboração da prestação de contas, sendo considerada uma irregularidade grave celebrar convênios sem que o plano de trabalho tenha as metas a serem atingidas com a execução do objeto. Após a elaboração do Plano de Trabalho, este deverá ser encaminhado ao concedente por meio do Siconv . O concedente fará a avaliação do plano sob os aspectos técnico e jurídico. Com a implantação do Siconv, não é mais necessário que o município contrate escritório de consultoria para a elaboração do plano de trabalho, pois o sistema permite o preenchimento on line deste e o portal dispõe manuais explicativos que podem ser facilmente acessados no link https://www.convenios.gov.br/portal/manuais.html. O Plano de Trabalho orienta a execução de todo o convênio ou contrato de repasse. Além de facilitar a execução do convênio, um bom plano de trabalho estabelece parâmetros objetivos contrato para a correta elaboração da prestação de contas. CONDIÇÕES PARA A CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE O Município que pretende celebrar convênios ou contratos de repasse com a União deve atender aos requisitos estabelecidos no ordenamento jurídico vigente, tais como a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente, o Decreto nº 6.170/2007 e a Portaria Interministerial nº 507/2011. Dentre as condições que devem ser cumpridas, ressalta-se: - Observar os seguintes limites: dívida consolidada e mobiliária; operações de crédito, inclusive por antecipação de receita; inscrição em restos a pagar; despesa total com pessoal; As receitas das aplicações financeiras não podem ser computadas como contrapartida do convenente. - Cumprir os limites constitucionais relativos à educação e saúde; - Não estar inscrito no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados (Cadin); - Publicar regularmente o Relatório de Gestão Fiscal e o Relatório Resumido da Execução Orçamentária. COMO CELEBRAR CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE? Após a aprovação do Plano de Trabalho, o convênio ou contrato de repasse é formalizado entre as partes, sendo que o município deverá dar ciência da celebração ao conselho local ou instância de controle social da área vinculada ao programa de governo que originou a transferência, quando houver. O instrumento deverá conter cláusulas descrevendo os direitos e obrigações das partes, sendo indispensáveis àquelas dispostas no artigo 43 da Portaria Interministerial nº 507/2011, como por exemplo, o objeto, o cronograma físico-financeiro, a contrapartida, a vigência, dentre outros. LIBERAÇÃO DOS RECURSOS DA UNIÃO PARA OS MUNICÍPIOS A liberação dos recursos financeiros pelo concedente deve obedecer ao cronograma de desembolso previsto no plano de trabalho e estar de acordo com as fases ou etapas de execução do objeto. MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS E APLICAÇÃO NO MERCADO FINANCEIRO Os recursos, tanto os desembolsos da União quanto a contrapartida, serão depositados em conta específica e enquanto não forem utilizados na execução do convênio deverão ser aplicados no mercado financeiro, obedecidas as seguintes regras: a) em caderneta de poupança de instituição financeira pública federal, se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês; b) em fundo de aplicação financeira de curto prazo, ou operação de mercado aberto lastreada em título da dívida pública, quando sua utilização estiver prevista para prazos menores; RENDIMENTOS DE APLICAÇÃO FINANCEIRA Os rendimentos de aplicação financeira são aqueles obtidos pela aplicação dos recursos do convênio em caderneta de poupança ou fundo de aplicação financeira de curto prazo e poderão ser utilizados obrigatoriamente no objeto do convênio, estando sujeitos às mesmas regras e condições para prestação de contas. EXECUÇÃO DE CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE É a fase de realização das metas e etapas previstas no Plano de Trabalho aprovado. A fase de execução contempla também os processos de licitação, contratação e pagamento. É importante destacar que os dados das parcerias devem ser informados no Siconv em consonância com a execução das atividades previstas no convênio. Os municípios que receberem recursos da União estão obrigados a observar as disposições contidas na Lei Federal de Licitações e Contratos Administrativos. E para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o uso da modalidade pregão, nos termos da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, sendo utilizada preferencialmente a sua forma eletrônica. A inviabilidade da utilização do pregão na forma eletrônica deverá ser devidamente justificada pela autoridade competente do Convenente. Os pagamentos decorrentes das contratações e aquisições realizadas pelo município deverão, obrigatoriamente, ser efetuados no Siconv por meio da Ordem Bancária de Transferências Voluntárias (OBTV). O QUE É ORDEM BANCÁRIA DE TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA (OBTV)? A Ordem Bancária de Transferências Voluntárias - OBTV é um conjunto de funcionalidades do Siconv que proporciona maior transparência no processo de execução financeira dos convênios, contratos de repasse e termos de parceria. Concede, ainda, maior agilidade na prestação de contas, proporcionando melhor controle dos recursos públicos oriundos de transferências voluntárias da União. A OBTV é a nova forma de movimentação financeira da conta bancária específica do convênio. É por meio da OBTV que as despesas, pagamentos e aquisições com recursos do convênio são realizadas no Siconv, creditando diretamente o pagamento de bens e serviços na conta corrente dos fornecedores. PRESTAÇÃO DE CONTAS A prestação de contas é a última fase de um convênio ou contrato de repasse e tem por objetivo demonstrar a correta aplicação dos recursos do convênio ou contrato de repasse. Dessa forma, não basta o gestor afirmar que os recursos foram aplicados em benefício da comunidade ou que não desviou os valores recebidos. É necessário apresentar documentos que comprovem a correta aplicação dos recursos, na forma indicada pela legislação. A prestação de contas deverá ser encaminhada ao concedente por meio do Siconv, sendo que o prazo para apresentação é de até 60 dias contados após o encerramento da vigência ou da conclusão da execução do objeto, o que ocorrer primeiro. O prazo deve ser definido no convênio ou contrato de repasse. Nesse período estabelecido para a apresentação da prestação de contas, o município terá que devolver o saldo dos recursos não aplicados na execução do convênio ou contrato de repasse, incluídos os rendimentos decorrentes da aplicação financeira. O saldo financeiro deverá ser devolvido ao órgão ou entidade repassador dos recursos. O gestor municipal e sua equipe devem buscar informações sobre os convênios assinados, executados e em execução, e também sobre os assinados e não executados. A falta de prestação de contas ou a prestação insuficiente ou irregular pode caracterizar inadimplência do município, o que impede o recebimento de novos recursos da União por meio de convênios e contratos de repasse, bem como resulta na devolução pelo gestor municipal, com seu próprio patrimônio, dos valores impugnados. Compete ao novo prefeito apresentar as contas referentes aos recursos federais recebidos por seu antecessor, quando este não o tiver feito. Se não houver meios de efetivar a prestação de contas do antecessor, por exemplo, por falta de documentação exigível, ele deverá adotar as medidas legais visando o resguardo do patrimônio público, com a instauração da competente Tomada de Contas Especial - TCE, sob pena de co-responsabilidade. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL (TCE) A Tomada de Contas Especial é um processo devidamente formalizado, dotado de rito próprio, que objetiva apurar os fatos, identificar os responsáveis e quantificar o dano causado ao erário, com o objetivo de o seu imediato ressarcimento. A simples instauração da TCE enseja a inscrição do Município como inadimplente no Siconv, o que caracteriza a restrição ao recebimento de novas transferências de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União por meio de convênios e contratos de repasse. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL A CONVÊNIOS E CONTRATOS DE REPASSE As principais normas orientadoras das ações relacionadas ao processo de transferência voluntária de recursos da União a serem observadas e seguidas pelos gestores municipais são: a) Lei de Responsabilidade Fiscal • Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. b) Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente c) Lei Geral de Licitações e Contratos Administrativos • Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. d) Lei do Pregão • Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. e) Lei dos Consórcios Públicos • Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. e) Decreto do Pregão Eletrônico • Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005. f) Instrução Normativa da Tomada de Contas Especial. • Instrução Normativa TCU nº 71, de 28 de novembro de 2012. Atenção especial deverá ser dispensada aos normativos que dispõem e regulamentam a transferência de recursos da União mediante convênio e contratos de repasse, tais como: a) Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007 – dispõe sobre as normas relativas à transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse. b) Decreto nº 1.819, de 16 de fevereiro de 1996 – disciplina a transferência de recursos da União por intermédio de instituições e agências financeiras oficiais federais e dá outras providências. b) Portaria Interministerial nº 507, de 24 de novembro de 2011 – regulamenta o Decreto nº 6.170/2007. c) Instrução Normativa nº 6 de 27 de julho de 2012 - estabelece os critérios de utilização da Ordem Bancária de Transferências Voluntárias - OBTV do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV. d) Instrução Normativa nº 11, de 28 de novembro de 2012 - estabelece os critérios de concessão de acesso ao Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV. ONDE ENCONTRO A LEGISLAÇÃO? .convenios.gov.br/portal/legislacao É importante ressaltar que os instrumentos assinados sob a vigência da Portaria Interministerial nº 127, de 29 de maio de 2008, e que ainda estejam em fase de execução ou prestação de contas deverão observar as regras dispostas neste normativo. CONTATOS/ATENDIMENTO Dúvidas operacionais: Link: http://www1.serpro.gov.br/css/spekx/portal_dos_convenios.asp E-mail: css.serpro@serpro.gov.br Telefone: 0800 978 23 40 Dúvidas normativas(PI nº 507/2011): E-mail: convenios-normas@planejamento.gov.br Capacitações e t reinamentos: E-mail: treinamento.convenios@planejamento.gov.br Dúvidas referentes às senhas para acesso ao Sistema SICONV, dúvidas sobre Unidades Cadastradoras, perfil do órgão e do Usuário no Sistema, encaminhar e-mail para: E-mail: uc.convenios@planejamento.gov.br CONVÊNIO Aula 1/cartilha tcu convenios.PDF Negócio Controle Externo da Administração Pública e da gestão dos recursos públicos federais Missão Controlar a Administração Pública para contribuir com seu aperfeiçoamento em benefício da sociedade. Visão Ser reconhecido como instituição de excelência no controle e no aperfeiçoamento da Administração Pública. www.tcu.gov.br 4a edição Convênios e outros repasses dobra Tribunal de Contas da União República Federativa do Brasil Ministros Ubiratan Aguiar, Presidente Benjamin Zymler, Vice-Presidente Marcos Vinicios Vilaça Valmir Campelo Walton Alencar Rodrigues Augusto Nardes Aroldo Cedraz Raimundo Carreiro José Jorge Auditores Augusto Sherman Cavalcanti Marcos Bemquerer Costa André Luís de Carvalho Weder de Oliveira Ministério Público Lucas Rocha Furtado, Procurador-Geral Paulo Soares Bugarin, Subprocurador-Geral Maria Alzira Ferreira, Subprocuradora-Geral Marinus Eduardo de Vries Marsico, Procurador Cristina Machado da Costa e Silva, Procuradora Júlio Marcelo de Oliveira, Procurador Sérgio Ricardo Costa Caribé, Procurador Responsabilidade pelo Conteúdo Secretaria-Geral de Controle Externo Responsabilidade Editorial Secretaria-Geral da Presidência Instituto Serzedello Corrêa Centro de Documentação Editora do TCU Projeto gráfico, Diagramação e Capa Editora do TCU Endereço TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Secretaria-Geral de Controle Externo SAFS Quadra 4 Lote 1 Edifício Anexo I Sala 431 70.042-900 Brasília - DF (61) 3316 7322 Fax (61) 3316 7535 segecex@tcu.gov.br Ouvidoria 0800 644 1500 ouvidoria@tcu.gov.br Impresso pela Sesap/Segedam Ministros Augusto Nardes, Presidente Aroldo Cedraz de Oliveira, Vice-Presidente Valmir Campelo Walton Alencar Rodrigues Benjamin Zymler Raimundo Carreiro José Jorge José Múcio Monteiro Ana Arraes Auditores Augusto Sherman Cavalcanti Marcos Bemquerer Costa André Luís de Carvalho Weder de Oliveira Ministério Público Paulo Soares Bugarin, Procurador-Geral Lucas Rocha Furtado, Subprocurador-Geral Cristina Machado da Costa e Silva, Subprocuradora-Geral Marinus Eduardo de Vries Marsico, Procurador Júlio Marcelo de Oliveira, Procurador Sérgio Ricardo Costa Caribé, Procurador Brasília, 2013 Convênios e outros repasses 4a edição Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Ministro Ruben Rosa © Copyright 2013, Tribunal de Contas da União Impresso no Brasil / Printed in Brazil <www.tcu.gov.br> Permite-se a reprodução desta publicação, em parte ou no todo, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte e sem fins comerciais. Brasil. Tribunal de Contas da União. Convênios e outros repasses / Tribunal de Contas da União. – 4.ed. – Brasília : Secretaria-Geral de Controle Externo, 2013. 80 p. 1. Convênio. 2. Tribunal de Contas da União (TCU). I. Título ApresentAção Dando seguimento ao trabalho iniciado em 2003, apresentamos a quarta edição da publicação “Convênios e outros repasses”. Quatro anos se passaram desde a última edição, divulgada em 2009. Modificações na legislação e nas funcionalidades dos sistemas de registro dessas transações estavam a exigir versão mais atualizada da obra. A edição que ora lhes apresento traz algumas inovações adotadas na sistemática de controle em razão do advento do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv). Além disso, atualiza as normas e os procedimentos em relação ao tema, decorrentes da superveniência da Portaria Interministerial MP/MF/CGU 507/2011. A descentralização de recursos por meio de transferências voluntárias do governo federal tornou-se mais transparente com a implementação do Siconv em 2008, por intermédio do qual passou a ser obrigatório o registro de todos os atos relativos a convênios, contratos de repasse e termos de parceria. O desenvolvimento desse sistema foi impulsionado a partir de fiscalizações empreendidas pelo TCU no ano de 2006, que identificaram fragilidades nos controles das transferências voluntárias da União (Acórdão 788/2006 - Plenário). No mesmo ano foi expedida determinação ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para que fosse implementado sistema de informação, em plataforma web, que permitisse o acompanhamento de todos os repasses (Acórdão 2.066/2006-Plenário). O Siconv é um sistema ainda em desenvolvimento; várias funcionalidades foram implantadas depois do início de seu funcionamento e outras estão sendo implementadas. Merece destaque a implantação da Ordem Bancária de Transferências Voluntárias (OBTV), ocorrida em julho de 2012. Essa funcionalidade permite que todos os pagamentos sejam efetuados diretamente no Siconv para crédito na conta do fornecedor, registrando em tempo real as movimentações financeiras. Feitas as devidas atualizações, é com satisfação que coloco à disposição dos gestores e da sociedade esta publicação, que tem por objetivo o aperfeiçoamento da ação da administração pública, como bem destacaram o Ministro Ubiratan Aguiar e o então Presidente da Câmara dos Deputados, hoje Vice-Presidente da República Michel Temer, na apresentação e no prefácio da terceira edição, que faço questão de que permaneçam reproduzidos nesta edição. JOÃO AUGUSTO RIBEIRO NARDES Ministro-Presidente do TCU ApresentAção À 3ª edição É com imensa satisfação que apresento a terceira edição de uma das obras mais procuradas do Tribunal, a publicação “Convênios e outros repasses”. Editada, inicialmente, em 2003, com o objetivo de informar os principais agentes envolvidos sobre os procedimentos e as regras que disciplinam a aplicação de recursos públicos federais voluntariamente transferidos a estados, municípios, Distrito Federal e a organizações não-governamentais (ONGs), esta nova edição atualiza as normas e os procedimentos em relação ao tema, especialmente no tocante ao Portal de Convênios do Governo Federal. Imbuída do mesmo espírito que motivou sua edição inicial, a obra está escrita de forma simples, considerando o seu caráter eminentemente pragmático e o seu propósito de fornecer orientações objetivas aos gestores e evitar falhas e irregularidades na aplicação dos recursos. As transferências voluntárias realizadas mediante convênios e contratos de repasse constituem um robusto sistema de cooperação e atuação da União por intermédio de entidades dos demais entes da Federação e também de ONGs. Contribuir para a melhoria e o fortalecimento desse sistema é o objetivo subjacente desta obra como parte das ações do Programa de Capacitação de Agentes Públicos Estaduais e Municipais empreendido atualmente pelo TCU. Para facilitar a consulta pelos interessados, esta publicação traz, como a edição anterior, os endereços eletrônicos dos principais órgãos e entidades da administração federal que promovem transferência de recursos, bem como orientações sobre o acesso à jurisprudência do Tribunal acerca de convênios e outras formas de repasses e os endereços, correios eletrônicos e telefones de contatos do TCU em Brasília e nas Secretarias de Controle Externo nos estados. Por todas essas motivações, sinto-me honrado em colocar à disposição dos gestores e da sociedade mais esta publicação destinada a colaborar com o aperfeiçoamento da ação da administração pública. UBIRATAN AGUIAR Ministro-Presidente do TCU preFÁCio À 3ª edição O livro “Convênios e outros repasses”, editado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), é obra fundamental para quem tem a responsabilidade de administrar recursos públicos. Em primeiro lugar, por sua simplicidade. Em tom didático, o livro deixa claro o que pode e o que não pode ser feito pelos gestores. Foge do jargão tecnicista e apresenta os pontos mais importantes da legislação. A experiência acumulada pelo TCU mostra que muitas vezes os administradores públicos cometem irregularidades e sofrem punições por desconhecimento das normas, nem sempre por má-fé. Ao editar este livro, a Corte de Contas visa evitar que isso ocorra. “É melhor prevenir que remediar”, diz o dito popular. O Tribunal de Contas da União vai além. Percebe que informar é a melhor forma de prevenir. Ao agir dessa forma, exerce da maneira mais democrática a sua missão constitucional. Impedir o mau uso do dinheiro público é tão ou mais importante que punir os abusos. Como presidente da Câmara dos Deputados, orgulho-me de apresentar a terceira edição de “Convênios e outros repasses”. Trata-se de leitura obrigatória e tem seu lugar reservado na mesa de trabalho dos administradores mais prevenidos. MICHEL TEMER Presidente da Câmara dos Deputados sUMÁrio introdUção, 12 Conceitos e aspectos básicos, 15 Convênio, 17 Termo de parceria, 17 Contrato de repasse, 17 Partícipes, 17 Origem dos Recursos, 18 Fases do convênio, 19 Regulamentação, 20 O Siconv e o Portal de Convênios do Governo Federal, 20 Credenciamento e cadastramento no SICONV, 22 Órgão ou entidade pública:, 22 Entidades privadas sem fins lucrativos (ONGs):, 23 operacionalização do convênio, 25 Identificação das necessidades locais e definição de prioridades, 27 Conhecimento dos programas de governo, 28 Elaboração do Plano de Trabalho, 32 Projeto Básico e Termo de Referência, 35 Irregularidades e falhas mais frequentes na fase de proposição dos convênios verificadas pelo TCU, 37 Atendimento às condições para celebração, 38 No caso de municípios:, 41 No caso dos Estados e do Distrito Federal:, 41 Hipóteses de vedação de celebração, 44 Publicidade da celebração, 46 Execução financeira, 47 Conta bancária específica, 47 Pagamento de despesas, 48 Irregularidades e falhas mais frequentes na execução financeira dos convênios detectadas pelo TCU, 51 Execução física, 52 Procedimentos licitatórios, 52 Irregularidades e falhas mais frequentes encontradas pelo TCU em processos licitatórios, 54 Contratação com terceiros, 55 Irregularidades e falhas mais frequentes na contratação de terceiros detectadas pelo TCU, 56 Execução de contratos de obras, 57 Execução de contratos de bens e serviços, 58 A prestação de contas ao órgão repassador, 59 A prestação de contas à sociedade, 61 A Tomada de Contas Especial - TCE, 61 A fiscalização do tCU sobre convênios, 65 Jurisprudência do tCU sobre convênios, 69 onde encontrar o tCU, 73 12 ] Tribunal de Contas da União introdUção Esta publicação traz conceitos básicos sobre convênios, contratos de repasse e termos de parceria e orientações no tocante à regulamentação, aos procedimentos e às regras para obtenção, aplicação e controle dos recursos públicos federais transferidos por meio desses instrumentos, contemplando as mais importantes mudanças recentes na legislação e nos procedimentos que regem o assunto. Destinada, prioritariamente, aos administradores e agentes públicos estaduais e municipais, a publicação enfatiza os aspectos mais importantes de todas as fases de operacionalização do convênio, contrato de repasse ou termo de parceria, transmitindo orientações quanto ao que deve ser observado em cada uma dessas fases e chamando a atenção para as irregularidades e falhas mais frequentes em cada uma delas, de modo a contribuir para que os gestores dos recursos assumam atitudes preventivas em relação a essas ocorrências e adotem procedimentos capazes de efetivamente evitá-las. [ 13Convênios e Outros Repasses As transferências voluntárias realizadas mediante convênios, contratos de repasse e termos de parceria constituem um sistema de cooperação entre a União e as entidades governamentais dos demais entes da Federação, além das organizações não-governamentais, para execução de ações de interesse recíproco, financiadas com recursos do orçamento federal. Esse sistema de cooperação, no entanto, tem sido alvo de fundadas críticas quanto aos seus mais diversos aspectos. Considerando que a jurisdição do TCU abrange todos esses repasses, independentemente da esfera de governo onde se situa a entidade beneficiária, as orientações dessa publicação visam, precipuamente, a contribuir para a obtenção e boa aplicação dos recursos, mas também alertar em relação às ocorrências que o Tribunal considera ofensivas aos princípios básicos da boa gestão e que poderão implicar na irregularidade das contas. [ 15Convênios e Outros Repasses Conceitos e aspectos básicos [ 17Convênios e Outros Repasses Convênio É o acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos financeiros dos Orçamentos da União visando a execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação, e tenha como partícipes, de um lado, órgão da administração pública federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista, e, de outro, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos. termo de parceria Instrumento jurídico previsto na Lei 9.790/1999, para transferência de recursos para Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, com o objetivo de desenvolvimento e execução de atividades consideradas de interesse público. Contrato de repasse Instrumento administrativo usado na transferência dos recursos financeiros, por intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da União. A instituição que mais fortemente vem operando essa modalidade de transferência é a Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br). partícipes Os instrumentos jurídicos utilizados nas transferências de recursos orçamentários abrangem concedentes e convenentes, contratantes e contratados, assim definidos: Concedente: órgão da administração pública federal direta ou entidade da administração pública federal indireta, responsável pela transferência dos recursos financeiros ou pela descentralização dos créditos orçamentários destinados à execução do objeto do convênio. 18 ] Tribunal de Contas da União Convenente: órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta de qualquer esfera de governo, consórcio público ou entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a administração federal pactua a execução de programa, projeto, atividade ou evento mediante convênio. Contratante: órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta que pactua a execução de programa, projeto, atividade ou evento, por intermédio de instituição financeira federal (mandatária) mediante celebração de contrato de repasse. Contratado: órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta, de qualquer esfera de governo, com a qual a administração federal pactua a execução de contrato de repasse. origem dos recursos As dotações orçamentárias destinadas aos convênios, aos contratos de repasse e aos termos de parceria, são alocadas no Orçamento Geral da União (OGU) de duas maneiras: • Contemplação nominal do Estado, do município ou da ONG, por meio da proposta do Executivo ou de emenda ao Orçamento da União por deputado federal ou senador. Ao ser publicada a Lei do Orçamento, já haverá previsão dos recursos para a consecução do objeto proposto na emenda. A liberação dar-se-á de acordo com o planejamento do Poder Executivo, observadas as disponibilidades financeiras. • Não contemplação explícita, mas o programa orçamentário destina recursos para a região onde se localiza o pretendente e prevê a aplicação por meio de órgão ou entidade estadual, municipal ou não governamental (identifica-se essa previsão pelas seguintes modalidades de destinação: 30 – governo estadual, 40 – administração municipal, e 50 – entidade privada sem fins lucrativos). [ 19Convênios e Outros Repasses O acesso a esses recursos pelo interessado dá-se de duas formas: • Proposta ou projeto formulados pelo próprio interessado, diretamente ao ministério ou à entidade que disponha de recursos aplicáveis ao objeto pretendido. Após análise da necessidade e da viabilidade do objeto proposto, das informações cadastrais do proponente e da sua regularidade, o ministério ou a entidade poderá aprovar o convênio e liberar os recursos. • O ministério ou a entidade federal detectam as necessidades locais ou desejam implementar programas federais na região. Os municípios são, então, contatados para que efetivem sua participação no programa. Fases do convênio Normalmente, um convênio envolve quatro fases: • Proposição • Celebração/Formalização • Execução • Prestação de Contas Durante cada fase, é importante ficar atento à legislação sobre o assunto, a fim de evitar que o convênio ou a sua prestação de contas sejam rejeitados. Na seção Operacionalização do Convênio, serão comentadas cada uma dessas fases e seus respectivos procedimentos, com vistas à perfeita execução do convênio, do contrato de repasse ou do termo de parceria. 20 ] Tribunal de Contas da União regulamentação Os convênios celebrados até 14 de abril de 2008, sujeitam-se às disposições da IN/STN 01, de 1997, e suas alterações. A partir dessa data, as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios, contratos de repasse e termos de cooperação são as dispostas no Decreto 6.170/2007 (com dispositivos alterados ou acrescidos pelos Decretos 6.428/2008, 6.619/2008, 6.497/2008, 7.568/2011, 7.594/2011 e 7.641/2011) e na Portaria Interministerial 127, de 29 de maio de 2008 e suas alterações, dos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e do Controle e da Transparência. A IN/STN 01/97 não mais se aplica aos instrumentos celebrados sob a vigência da nova Portaria, conforme expressamente dispôs a Portaria Interministerial 342, de 5 de novembro de 2008. O Decreto 6.170/2007 também instituiu o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv) e o Portal de Convênios do Governo Federal (www.convenios.gov.br). Toda a regulamentação disponível a respeito do assunto encontra-se disponível no Portal. Em 28 de novembro de 2011 foi publicada a Portaria Interministerial 507/2011, dos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e do Chefe da Controladoria-Geral da União, vigente a partir de 1/1/2012, com exceção dos arts. 77 a 79 que entraram em vigor na data de sua publicação, segundo o disposto no art. 97. Esse normativo revogou expressamente a Portaria Interministerial 127/2008, passando a regular as transferências voluntárias. o siconv e o portal de Convênios do Governo Federal O Siconv é o sistema informatizado do Governo Federal no qual serão registrados todos os atos relativos ao processo de operacionalização das transferências de recursos por meio de convênios, contratos de repasse e termos de parceria, desde a sua proposição e análise, passando pela celebração, liberação de recursos e acompanhamento da execução, até a prestação de contas. As informações registradas no Siconv serão abertas à consulta pública na Internet, no Portal de Convênios do Governo Federal (www.convenios.gov.br). [ 21Convênios e Outros Repasses Com essas ferramentas, a União espera atingir maior agilidade e menores custos com os procedimentos necessários às transferências voluntárias de recursos federais. E mais, espera garantir maior transparência aos atos de gestão, pois o Portal possibilitará o acompanhamento pela sociedade de todo o processo, desde a apresentação da proposta pelo interessado até a análise, celebração e liberação de recursos pelo concedente, bem como a prestação de contas on-line da execução física e financeira, pelo convenente. Desde 1º de julho de 2008, o Portal de Convênios do Governo Federal foi disponibilizado e, a partir de 1º de setembro de 2008, terá início a obrigatoriedade de utilização do referido portal para a celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação de contas dos convênios firmados com recursos repassados voluntariamente pela União. A obrigatoriedade vale para todos os usuários do novo sistema: órgãos federais com programas passíveis de convênios, contratos de repasse e termos de parceria, bem como órgãos estaduais e municipais e ONGs que firmarem esses convênios e contratos com a União. Para facilitar a operacionalização do Portal de Convênios do Governo Federal, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, disponibilizou no endereço www.convenios.gov.br manuais voltados a todos os usuários do sistema. Não são registrados no Siconv os termos de cooperação, mediante os quais são ajustadas as transferências de crédito orçamentário entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou entidade da administração pública federal. A descentralização do crédito é realizada no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Credenciamento e cadastramento no siConV A partir de 1º de setembro de 2008, todo o processo de credenciamento, cadastramento e apresentação de propostas deverá ser realizado por intermédio do Portal de Convênios do Governo Federal. 22 ] Tribunal de Contas da União O credenciamento será realizado, pelo próprio interessado, diretamente no Siconv, no portal de convênios, que deverá incluir no mínimo as seguintes informações: • nome, endereço da sede, endereço eletrônico e número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), bem como endereço residencial do responsável que assinará o instrumento, quando se tratar de instituições públicas; e • razão social, endereço, endereço eletrônico, número de inscrição no CNPJ, transcrição do objeto social da entidade atualizado, relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com endereço, número e órgão expedidor da carteira de identidade e CPF de cada um deles, quando se tratar das entidades privadas sem fins lucrativos. Para validação e efetivação do cadastramento, que terá validade de 1 (um) ano, o órgão ou entidade pública ou privada sem fins lucrativos (proponente) deverá apresentar, no órgão ou entidade concedente ou nas unidades cadastradoras do Sicaf (sistema de cadastramento unificado de fornecedores federais) a ele vinculadas, os seguintes documentos: Órgão ou entidade pública: • cópia autenticada dos documentos pessoais do representante, em especial, Carteira de Identidade e CPF; e • cópia autenticada do diploma eleitoral, acompanhada da publicação da portaria de nomeação ou outro instrumento equivalente, que delegue competência para representar o ente, órgão ou entidade pública, quando for o caso. Entidades privadas sem fins lucrativos (ONGs): • cópia autenticada dos documentos pessoais do representante, em especial, Carteira de Identidade e CPF; • cópia autenticada da ata da assembléia que elegeu o corpo dirigente da entidade privada sem fins lucrativos, devidamente registrada no cartório competente, acompanhada de instrumento particular de procuração, com firma reconhecida, assinada pelo dirigente máximo, quando for o caso; [ 23Convênios e Outros Repasses • cópia do estatuto ou contrato social registrado no cartório competente e suas alterações; • relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com CPF; • declaração do dirigente máximo da entidade acerca da inexistência de dívida com o poder público e de inscrição nos bancos de dados públicos ou privados de proteção ao crédito; • declaração da autoridade máxima da entidade informando, para cada um dos dirigentes, se é membro do Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, do Ministério Público ou dirigente de órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera governamental, ou respectivo cônjuge ou companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade até o 2º grau; • prova de inscrição da entidade no CNPJ pelo prazo mínimo de três anos; • prova de regularidade com as Fazendas Federal, Estadual, do Distrito Federal, e Municipal e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, na forma da lei; e • comprovação do exercício nos últimos três anos, pela entidade privada sem fins lucrativos, de atividades referentes à matéria objeto do convênio, do contrato de repasse ou do termo de parceria que pretenda celebrar com órgãos e entidades da administração pública federal. Importante: o representante do órgão ou da entidade pública ou privada responsável pela entrega dos documentos e das informações para fins de cadastramento deverá comprovar seu vínculo com o cadastrado e poderes para representá-lo neste ato. Na primeira página do Portal dos Convênios, será divulgada relação de todas as entidades privadas sem fins lucrativos aptas a receber transferências voluntárias de recursos por meio de convênios e termos de parceria. [ 25Convênios e Outros Repasses operacionalização do convênio [ 27Convênios e Outros Repasses proposição do ConVÊnio Identificação das necessidades locais e definição de prioridades O início do processo de solicitação de verbas federais para aplicação em Estados e municípios se dá com a identificação das necessidades existentes na comunidade. A partir do conhecimento da realidade socioeconômica local é que se definem as áreas mais carentes que necessitam de maior atenção e ação mais imediata do Poder Público. Mesmo que o convenente (Distrito Federal, Estado ou município) disponha, em sua estrutura organizacional, de setor específico para a realização de estudos sobre a realidade socioeconômica local, convém ouvir a comunidade por meio de instituições, tais como sindicatos, associações de bairros e ONGs. Normalmente, as áreas que sempre demandam recursos são educação, saúde, saneamento, construção e recuperação de estradas, abastecimento de água, energia urbana e rural e habitação. A partir da seleção das áreas carentes, o interessado precisa estabelecer uma escala de prioridades dentre as necessidades detectadas. O projeto a ser implementado deve contemplar a ação mais urgente e eficaz dentro de determinada área carente. A escolha do segmento a ser atingido e do projeto a ser executado devem levar em conta, dentre outros aspectos, o impacto na comunidade, a relação custo-benefício, o valor do projeto e a disponibilidade de recursos próprios para arcar com a contrapartida. 28 ] Tribunal de Contas da União Conhecimento dos programas de governo Identificadas as carências e as prioridades locais, compete ao interessado buscar, no órgão ou na entidade apropriados, os recursos necessários para implementar o projeto desejado. Os recursos disponíveis no Orçamento da União são limitados, sofrem constantes contingenciamentos e estão sujeitos a cortes, segundo prioridades definidas pelo governo federal. Daí que a proposição de convênios, em áreas consideradas também prioritárias pelo governo federal, tem, naturalmente, mais chances de aprovação. É aconselhável, assim, que o gestor conheça os diversos programas federais existentes, em especial as exigências, finalidades e condições de participação. No Portal de Convênios são disponibilizados pelo Governo Federal todos os programas de transferências voluntárias de todos os órgãos federais com programas passíveis de convênios, contratos de repasse e termos de parceria. No Portal de Convênios são disponibilizados todos os programas de transferências voluntárias de todos os órgãos federais com programas passíveis de convênios, contratos de repasse e termos de parceria. Além do Portal de Convênios, que pode ser consultado no endereço www.convenios. gov.br, estão listados a seguir alguns endereços eletrônicos da internet que dão acesso direto a diversos programas, entidades e fundos do governo federal, relacionados por ministério. Ao acessar a página da internet, o interessado obterá informações sobre o objetivo desses e de outros programas, as exigências, as condições de participação, a legislação aplicável, os formulários para inscrição e outros dados. [ 29Convênios e Outros Repasses Ministério da Educação Endereço Eletrônico Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) www.fnde.gov.br Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) FUNDEB Ministério da Saúde Endereço eletrônico Assistência Farmacêutica (Farmácia Popular) Atenção Básica em Saúde (Programa Saúde da Família) www.saude.gov.br Assistência Hospitalar e Ambulatorial Especializada Fundo Nacional de Saúde (FNS) Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) www.funasa.gov..br Ministério da Cultura Endereço eletrônico Plano Nacional de Cultura (PNC) www.cultura.gov.br Programa Mais Cultura www.cultura.gov.br Ministério do Esporte Endereço eletrônico Programa Segundo Tempo www.esporte.gov.br Programa Praça da Juventude www.esporte.gov.br 30 ] Tribunal de Contas da União Ministério do desenvolvimento social e Combate à Fome Endereço eletrônico Programa Bolsa Família Brasil sem miséria www..mds.gov.br A Caixa Econômica Federal (CAIXA) é o agente financeiro de vários programas dos ministérios. Compete à Instituição celebrar contratos de repasse e fiscalizar a execução dos projetos. As obras oriundas de contrato de repasse constam de banco de dados denominado Obrasnet, acessível por meio do sítio www.obrasnet.gov.br ou www.caixa.gov.br. Ali podem ser obtidas informações sobre a execução físico-financeira e fotos dos empreendimentos. Os programas que contam atualmente com a participação da CAIXA são os listados a seguir, os quais podem ser consultados, também, no seguinte endereço eletrônico www.caixa.gov.br, opção Governo. Turismo, Patrimônio Histórico e Cultural Ação e Municipalização do Turismo Esporte e lazer na cidade Infra-estutura Turística (Prointur) Revitalização de Sítios Históricos Monumenta/BID Programas de Finalidade Turística Meio Ambiente e Saneamento Gestão de Recursos Hídricos Brasil Joga Limpo Drenagem Urbana Sustentável Resíduos Sólidos Urbanos Programa Saneamento para Todos Drenagem Urbana Sustentável Serviço de Água e Esgoto [ 31Convênios e Outros Repasses Projetos de Engenharia em Saneamento Básico Infraestrutura Hídrica Probio II Gestão Urbana e Infraestrutura Construção de Estabelecimentos Penais Fortalecimento da Gestão Municipal Urbana Prevenção e Resposta aos Desastres Naturais Habitação de Interesse Social Mobilidade Urbana Pró-Municípios Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais Intervenção em Favelas Apoio à Infra-estrutura Econômica e Social (PROES - AMAZÔNIA) Urbanização e Regularização de Assentamentos Programa de Gestão Urbana Metropolitana Pró-Transportes Pró-Infra Programa de Apoio ao Desenvolvimento Comunitário – Prodec Esporte e Lazer Melhores Práticas Inovação Tecnológica Sala das Prefeituras Programa de Financiamento das Contrapartidas do PAC Área Rural Projetos de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Agropecuário (Prodesa) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais (Pronat) Garantia Safra Programa Nacional de Crédito Fundiário Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) Caminho da Escola Habitação Programa Habitar Brasil BID 32 ] Tribunal de Contas da União Minha Casa Minha Vida Pró-Moradia Programa Morar Melhor Imóvel na Planta Habitação de Interesse Social CC FGTS – Operações Coletivas Políticas Sociais Bolsa Família Implantação de Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Natricional Cadastro Único Programa Leite Inclusão Digital Farmácia Popular Programas para Melhoria do Atendimento à Saúde Restaurantes Populares Públicos Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) Programas de Incentivo à Prática de Esportes Projovem Urbano Programa de Volta para Casa Elaboração do Plano de Trabalho O interessado em celebrar convênio, contrato de repasse ou termo de parceria deverá apresentar proposta de trabalho no Siconv, em conformidade com o programa e com as diretrizes disponíveis no sistema. Uma vez aceita, a proposta passa a denominar-se Plano de Trabalho, que é o documento por meio do qual o gestor define como o objeto do convênio, do contrato de repasse ou do termo de parceria que será realizado. O Plano de Trabalho será analisado quanto à sua viabilidade e à adequação aos objetivos do programa governamental e, no caso das entidades privadas sem fins lucrativos, será avaliada sua qualificação técnica e capacidade operacional para gestão do instrumento, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão ou entidade repassador dos recursos. [ 33Convênios e Outros Repasses A entidade privada sem fins lucrativos deverá executar diretamente a integralidade do objeto. A contratação de serviços de terceiros somente é admitida quando houver previsão no plano ou programa de trabalho ou em razão de fato superveniente e imprevisível, devidamente justificado, aprovado pelo órgão ou entidade concedente. Para fazer um Plano de Trabalho de convênio, entre em contato com o ministério ou a entidade repassadora, a fim de receber as instruções necessárias. Pesquise na internet e no Portal de Convênios do Governo Federal. A Proposta de Trabalho deverá conter, no mínimo: • razões que justifiquem a celebração do instrumento, ou seja, justificativa contendo a caracterização dos interesses recíprocos da proponente e do concedente, a relação entre a proposta apresentada e os objetivos e diretrizes do programa federal e a indicação do público alvo, do problema a ser resolvido e dos resultados esperados; • descrição completa do objeto a ser executado (ver exemplo a seguir). Objeto é o produto do convênio ou contrato de repasse ou termo de parceria, observados o programa de trabalho e as suas finalidades. • descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativamente, com definição das etapas ou fases da execução. Entende-se por meta a parcela quantificável do objeto e por etapa ou fase a divisão existente na execução de uma meta. • Previsão de prazo para a execução consubstanciada em um cronograma de execução do objeto, no respectivo cronograma de desembolso e no plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pelo concedente e da contrapartida financeira do proponente, se for o caso, com estimativa dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser realizado pelo concedente ou contratante e a contrapartida prevista para o proponente, especificando o valor de cada parcela e do montante de todos os recursos. • Informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente para a execução do objeto. 34 ] Tribunal de Contas da União Eventuais imprecisões ou irregularidades poderão ser resolvidas, devendo o proponente manifestar-se no prazo estipulado, pois a ausência de manifestação será entendida como desistência quanto ao prosseguimento do processo. A seguir, a título de exemplo, o adequado detalhamento de um plano de trabalho cujo objeto seja a capacitação de jovens para utilização de recursos básicos de informática (sistema operacional, aplicativos, internet e correio eletrônico), incluindo aquisição de equipamentos necessários à modernização do laboratório de informática do município. Exemplo de desdobramento do objeto em metas, etapas e fases. Meta Etapa/ Fase Especificação Indicador Físico Duração Unid. Qtde. Início Fim 1. Modernização do Laboratório Data Data (Etapa) 1.1 Aquisição de equipamentos Data Data (Fases) 1.1.1 Computadores 8Gb RAM, HD 2 TB Pç. 50 Data Data 1.1.2 Monitores de vídeo LCD 17” Pç. 50 Data Data 1.1.3 Impressoras laser monocromáticas Pç. 10 Data Data 2. Capacitação de Jovens Jovens 500 Data Data (Etapa) 2.1 Planejamento, elaboração de materiais, divulgação e matrículas Data Data (Fases) 2.1.1 Planejamento de aulas Planos 1 Data Data 2.1.2 Elaboração de material didático Apostilas 500 Data Data [ 35Convênios e Outros Repasses Meta Etapa/ Fase Especificação Indicador Físico Duração Unid. Qtde. Início Fim 2.1.3 Divulgação por rádio (vezes/dia) Avisos 10 Data Data 2.1.4 Matrículas do 1º período letivo Matrículas 250 Data Data Fonte: Dados exemplificativos. Projeto Básico e Termo de Referência Projeto básico é o documento por meio do qual o proponente deve caracterizar precisamente a obra, a instalação ou o serviço objeto do convênio, inclusive quanto sua viabilidade técnica, custo, fases ou etapas e prazos de execução. Deve ser elaborado com base em estudos técnicos preliminares e assegurar o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento. Quando o objeto do convênio, do contrato de repasse ou do termo de parceria envolver aquisição de bens ou prestação de serviços, o projeto básico recebe o nome de Termo de Referência, o que não altera a necessidade de o documento contemplar a descrição do bem ou serviço, o orçamento detalhado, a definição dos métodos e o prazo de execução do objeto. Tais instrumentos não se destinam a disciplinar a execução da obra ou do serviço (esse é o papel do projeto executivo), mas a demonstrar a viabilidade e a conveniência de sua execução. Devem ser apresentados antes da celebração do instrumento, sendo facultado ao concedente exigi-lo depois, desde que antes da liberação da primeira parcela dos recursos. É importante destacar que a autoridade competente do órgão ou entidade concedente pode dispensar, em despacho fundamentado, a apresentação de projeto básico nos casos de padronização de objetos. 36 ] Tribunal de Contas da União A padronização de objetos é o estabelecimento de critérios a serem seguidos nos convênios ou contratos de repasse com o mesmo objeto, definidos pelo concedente ou contratante, especialmente quanto às características do objeto e ao seu custo. O projeto básico ou do termo de referência deverá ser apresentado no prazo máximo de dezoito meses, incluída eventual prorrogação. Caso não seja entregue no prazo estabelecido ou receba parecer contrário à sua aprovação, o convênio, o contrato de repasse ou o termo de parceria deverá ser extinto. A aprovação do projeto básico implicará a adequação do plano de trabalho. A não apresentação do projeto no prazo leva à extinção do convênio, contrato de repasse ou termo de parceria O projeto básico pode ser dispensado no caso de padronização do objeto. Para calcular o custo do objeto proposto, o interessado deverá realizar prévias pesquisas de preços no mercado fornecedor dos produtos ou dos serviços pleiteados. Também poderá se valer de informações contidas em bancos de dados informatizados, pesquisas na internet, publicações especializadas e outras fontes. Para obter, por exemplo, informações sobre custos da construção civil, o interessado poderá consultar o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), desenvolvido e mantido pela CAIXA e disponível em sua página na internet, no endereço www.caixa.gov.br/, opção governo > Sinapi. Preferencialmente, a pesquisa de preços deverá envolver o mercado mais próximo ao Estado ou ao município convenente, espelhando os valores vigentes nas respectivas localidades. No entanto, nada impede a realização de pesquisa de preços com produtores ou fornecedores situados em outros locais. [ 37Convênios e Outros Repasses O gestor deve atentar para a fidedignidade e exatidão das informações contidas no plano de trabalho. Qualquer falha, inexatidão no projeto ou falsidade de informações implicará a não-celebração do convênio, motivo pelo qual exigências como previsão de contrapartida, correta contextualização da situação de necessidade, preenchimento adequado dos formulários específicos, apresentação de plano de trabalho consistente e completo devem ser observadas com bastante atenção. A exatidão das informações do plano de trabalho tem repercussão, também, na execução do convênio e na respectiva prestação de contas. A fiscalização dos órgãos federais de controle baseia-se nas informações do plano de trabalho para fixar critérios de avaliação do alcance das metas propostas. Subestimar ou superestimar as metas, os custos ou o cronograma de execução do objeto do convênio poderá trazer sérias consequências para o gestor do convênio. Em suma, para propor a celebração de convênio, o interessado deve atentar para as seguintes medidas: • Elaborar plano de trabalho (planejamento) de forma detalhada, precisa e completa, descrevendo suficientemente, de forma quantitativa e qualitativa, o objeto proposto, suas metas, etapas e/ou fases. • Estruturar orçamento realista do objeto programado. • Certificar-se da existência dos recursos de contrapartida. • Realizar previsão factível das fases do projeto e do prazo necessário para sua conclusão. Irregularidades e falhas mais frequentes na fase de pro- posição dos convênios verificadas pelo TCU • Plano de trabalho pouco detalhado. • Metas insuficientemente descritas, quantitativa e qualitativamente. • Caracterização insuficiente da situação de carência dos recursos. • Projeto básico incompleto e/ou com informações insuficientes. • Ausência de projeto básico. • Falta de comprovação da existência de contrapartida (orçamentária e financeira). • Orçamento subestimado ou superestimado. 38 ] Tribunal de Contas da União A ocorrência de falhas na fase de proposição pode acarretar a não-aprovação do convênio. Para não incorrer em falhas, é conveniente que o plano de trabalho seja consistente, baseado em pesquisas e consultas feitas à comunidade. Os órgãos e as entidades federais exigem, cada vez mais, que as informações do plano de trabalho contenham detalhamento e exatidão suficientes para a perfeita caracterização da necessidade de aplicação dos recursos. Outras informações sobre Plano de Trabalho e Projeto Básico podem ser encontradas em outras publicações deste Tribunal, como “Licitações e Contratos” e “Obras Públicas”, disponíveis no Portal TCU (www.tcu.gov.br), menu Publicações. CeLeBrAção/ForMALiZAção do ConVÊnio Atendimento às condições para celebração A LRF, a LDO e a legislação federal dispõem que Estados, Distrito Federal e municípios, para receberem transferências voluntárias, devem atender as seguintes condições: • Contas do exercício Enviar suas contas ao Poder Executivo Federal, nos prazos previstos, para consolidação nacional e por esfera de governo, relativas ao exercício anterior. Os Estados devem encaminhar suas contas até 31 de maio. Os municípios, até 30 de abril de cada ano, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado. • Relatório da execução orçamentária Publicar o relatório resumido da execução orçamentária até 30 dias após o encerramento de cada bimestre. [ 39Convênios e Outros Repasses • Relatório de gestão fiscal Publicar o relatório de gestão fiscal até 30 dias após o encerramento de cada quadrimestre. É facultado aos municípios com população inferior a 50 mil habitantes optar por divulgar o relatório de gestão fiscal semestralmente, até 30 dias após o encerramento do semestre. • Limites de gastos com pessoal Observar os limites de gastos com pessoal, verificados ao final de cada quadrimestre (caso os limites sejam ultrapassados, não havendo redução no prazo estabelecido e enquanto perdurar o excesso, o ente da Federação não poderá receber transferências voluntárias). • Regularidade na gestão fiscal Demonstrar a instituição, regulamentação e arrecadação de todos os tributos previstos nos artigos 155 e 156 da Constituição Federal. • Adimplência com a União Estar em dia com os pagamentos de tributos, empréstimos e financiamentos devidos à União. • Adimplência com outros convênios Estar adimplente com o dever de prestar contas no tocante a recursos anteriormente recebidos. • Limites constitucionais de aplicação em educação e saúde Cumprir os limites constitucionais de aplicação de recursos em educação e saúde. 40 ] Tribunal de Contas da União • Limites da dívida pública Observar os limites das dívidas consolidada e mobiliária, das operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em restos a pagar e da despesa total com pessoal (o Estado, o Distrito Federal ou o município ficará impedido de receber transferências voluntárias, se a respectiva dívida consolidada ultrapassar o limite que a ela corresponde ao final de um quadrimestre). Da mesma forma, assim ocorrerá uma vez vencido o prazo para retorno da dívida a seu limite – até o término dos três quadrimestres subsequentes e enquanto perdurar o excesso. • Contrapartida Estabelecer previsão orçamentária de contrapartida compatível com a capacidade financeira do convenente e de acordo com seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a qual poderá ser atendida por meio de recursos financeiros, ou de bens/serviços, se economicamente mensuráveis. Contrapartida é a parcela de colaboração financeira do convenente (Estado ou município) para a execução do objeto do convênio. Os limites de contrapartida e as hipóteses de redução são fixados nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para 2011 esses limites são os seguintes: [ 41Convênios e Outros Repasses No caso dos Estados e do Distrito Federal: Limites (mínimo e máximo)* Situações 5% (cinco por cento) e 10% (dez por cento) se localizados nas áreas prioritárias definidas no âmbito da PNDR, nas áreas da Sudene e da Sudam e na Região Centro-Oeste 10% (dez por cento) e 20% (vinte por cento) Para os demais. 2% (dois por cento) e 4% (quatro por cento) no caso de consórcios públicos constituídos por Estados, Distrito Federal e Municípios. *Vide hipóteses de redução desses limites no art. 36, § 2º, da LDO 2011. No caso de municípios: Limites (mínimo e máximo)* Situações 2% (dois por cento) e 4% (quatro por cento) para municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes. 4% (quatro por cento) e 8% (oito por cento) para municípios acima de 50.000 (cinquenta mil) habitantes localizados nas áreas prioritárias definidas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), nas áreas da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e na Região Centro-Oeste. 8% (oito por cento) e 20% (vinte por cento) Para os demais. *Vide hipóteses de redução desses limites no art. 36, § 2º, da LDO 2011. • Cadin Comprovar a inexistência de pendências pecuniárias junto ao Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). • Regularidade junto ao INSS e ao FGTS 42 ] Tribunal de Contas da União Apresentar o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) e a comprovação de regularidade quanto ao depósito das parcelas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). • Cadastramento no Siconv Atualizar o cadastro do convenente ou contratado no Siconv-Portal dos Convênios. • Plano de Trabalho Ter aprovado seu Plano de Trabalho. • Licença Ambiental Obter a licença ambiental prévia quando o convênio envolver obras, instalações ou serviços que exijam estudos ambientais. • Propriedade do imóvel Comprovar o exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do imóvel, ou da ocupação regular de imóvel, nos termos do § 1º, do art. 25, quando o convênio tiver por objeto a execução de obras ou benfeitorias no imóvel. • Observância dos limites de despesas comprometidos com as parcerias públicos- privadas Comprovar que as despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas limitam-se, no ano anterior, a 3% (três por cento) da receita corrente líquida do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos dez anos subsequentes não excederem a 3% (três por cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios. • Regularidade quanto ao pagamento de precatórios judiciais [ 43Convênios e Outros Repasses Apresentar o certficiado emitido pelo Cadastro de Inadimplentes do Conselho Nacional de Justiça (Cedin), acessável através do sítio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na internet. • Disponibilização de informações relativas à gestão fiscal do ente federado por meio eletrônico de acesso público • Não realização de operação de crédito com infração ao disposto no art. 33 da LC 101/2000 • Registro dos dados no Sistema de Informação sobre Orçamento Público em Saúde (Siops) no prazo establecido pelo Ministério da Saúde (art. 39 da LC 141/2012). A demonstração, por parte dos Estados, Distrito Federal e municípios e respectivas administrações indiretas, do cumprimento das exigências para a realização de transferência voluntária, deverá ser feita por meio de apresentação, ao órgão concedente, de documentação comprobatória da regularidade e, a critério do beneficiário, de extrato emitido pelo subsistema Cadastro Único de Exigências para Transferências Voluntárias para Estados e Municípios (CAUC), apenas com relação aos requisitos fiscais que estiverem espelhados no referido extrato. Além do atendimento às normas relativas à formalização e à celebração de convênios, o solicitante precisa atender também às exigências específicas do programa e do órgão ou entidade responsável pela transferência dos recursos. O Ministério da Saúde, por exemplo, disciplina suas normas específicas no “Manual de Cooperação Técnica e Financeira, por meio de Convênios” (www.fns. saude.gov.br) aprovado pela Portaria Ministerial 1.074, de 29 de maio de 2008. Esse manual contém todas as informações necessárias àqueles que desejam pleitear verbas, tanto no Ministério da Saúde, quanto na Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Pesquise nos sítios oficiais dos órgãos e entidades repassadores as normas específicas de cada um para a apresentação de propostas e a celebração de convênios, de contratos de repasse e de termos de parceria. Tais informações também deverão estar disponíveis no Portal de Convênios do Governo Federal (www.convenios.gov.br). 44 ] Tribunal de Contas da União Hipóteses de vedação de celebração A celebração de convênios e contratos de repasse nem sempre é permitida. A seguir, as principais hipóteses de vedação: • Entidade privada com dirigentes vinculados ao poder público É vedada a celebração de convênios com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como dirigentes membro do Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, do Ministério Público ou dirigente de órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera governamental, ou respectivo cônjuge ou companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade até o 2º grau. • Inadimplência com outros convênios É vedada a celebração de convênios com órgãos ou entidades, de direito público ou privado, que estejam em mora com outros convênios ou contratos de repasse celebrados com órgãos ou entidades da Administração Pública Federal. Torna-se fundamental, assim, que o gestor mantenha total controle sobre os convênios que gerir, seja no tocante à execução física e financeira do objeto, seja no que se refere ao cumprimento das obrigações assumidas com a assinatura do termo de convênio ou contrato de repasse, dentre as quais se destaca o dever de prestar contas da boa gestão dos recursos recebidos. É vedada a celebração de convênios com com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham, em suas relações anteriores com a União, incorrido em pelo menos uma das seguintes condutas: • omissão no dever de prestar contas; • descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria; • desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos; • ocorrência de dano ao Erário; ou [ 45Convênios e Outros Repasses • prática de outros atos ilícitos na execução de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria. • Convênios de valor inferior a R$ 100.000,00 ou, no caso de obras ou serviços de engenharia, inferior a R$ 250.000,00. É proibido celebrar convênios e contratos de repasse de valor inferior a R$ 100.000,00 ou, no caso de execução de obras ou serviços de engenharia, exceto elaboração de projetos de engenharia, de valor inferior a R$ 250.000,00. No entanto, para fins de alcance desses limites, os Estados, Distrito Federal e municípios podem formar consórcio público, seja sob a forma de associação pública, seja como pessoa jurídica de direito privado. O consórcio firmará o convênio com o repassador dos recursos e assumirá as obrigações decorrentes do instrumento assinado. As responsabilidades de cada ente integrante do consórcio, por sua vez, estarão explicitadas não apenas na documentação do convênio como também nas cláusulas do próprio contrato de consórcio público. Também admiti-se a celebração de convênios que englobe vários programas
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