APX1 Avaliação da Aprendizagem 2020 2 CEDERJ

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação Presencial (APX1) – 2020.2
DATA LIMITE DE ENTREGA – 03/10 ATÉ ÀS 10h
APX 1 – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Coordenadora: Profª Virgínia Louzada
QUESTÃO 1: Observe a imagem abaixo:
A partir da imagem, discuta o paradigma objetivista e suas implicações para a avaliação da aprendizagem.
Resposta:
	Quando pensamos em avaliação objetivista, associamos ao ator de medir o conhecimento do aluno, seja por meio de testes ou qualquer outro meio de avaliação. A principal característica desse método avaliativo é a preocupação com a objetividade, como o nome já diz, pois visa uma avaliação objetiva. Esse processo avaliativo propõe-se a atribuir uma certa qualidade ao que é avaliado. Assim, tem-se a expectativa de que pode-se avaliar, aprovar, aceitar ou recusar qualquer coisa em abono com determinados critérios ou escala de valores.
	No entanto, há críticas quanto a este tipo de avaliação, pois em primeiro plano os alunos são levados a aprender certos conhecimentos tidos como importante e, na prática basicamente só serve para classificar, excluir e discriminar o aluno. Além disso, existe um processo de alienação nessas práticas de ensino, aprendizagem e avaliação. Os produtos avaliativos na maioria das vezes são destituídos de sentido distantes da realidade e tendem a dificultar e impedir a consciência de problemas sociais e até políticos.
	Os dispositivos usados na avaliação são instrumentos de qualificação e medição de forma gradual, como os testes e provas que são preparados e aplicados com objetivo de confrontar se o aluno domina ou não determinadas competências e habilidades. De uma maneira geral, dizemos que as provas e testes podem ou não ser padronizados.
	Quando observamos a charge acima, o que vemos é a padronização no processo de avaliação. Nesses tipos de avaliações padronizadas, o objetivo é comparar o aproveitamento geral de uma determinada área de conhecimento. É preciso que esses testes sejam muito bem elaborados para que não haja distorção e sejam compatíveis com os níveis de dificuldade. Medir o desempenho é algo comum e uma necessidade para os programas de formação. O problema é que muitos dos processos avaliativos, visam exclusivamente, medir para classificar, hierarquizar, destinar ou desprezar os alunos para classes mais fracas.
	Cada aluno aprende de um jeito de acordo com o seu tempo. Por este motivo, o professor deve conhecer bem sua turma e as características de seus alunos para na hora da avaliação não ser injusto com ninguém, muito menos prejudicar um aluno. Existem vários métodos para que um professor possa avaliar seus alunos e não necessariamente o mesmo método é utilizado para todos. Na charge acima por exemplo, como um elefante subirá na árvore se ele não dispõe de habilidades físicas para tal? O macaco aqui em compensação teria uma grande vantagem na realização da atividade. Nosso papel de professor é levar as particularidades de cada aluno durante o processo avaliativo.
QUESTÃO 2: Observe a imagem abaixo:
Tradução: Como sabe que tenho uma dificuldade de aprendizagem? Talvez você tenha dificuldade de ensinar.
Pensando a prática da avaliação para a tomada de decisão, discuta a imagem, considerando a importância de se uma prática docente voltada o sucesso dos/as estudantes.
Resposta:
	Muitas são as discussões acerca do papel do professor nos processos de ensino aprendizagem e com isso falamos dos processos avaliativos também. O aluno é o centro da ação avaliativa e como já vimos, geralmente nesses processos de avaliação utilizamos testes e provas, que no geral atribui notas ou conceitos aos alunos, que no final os aprova ou reprova e assim, temos a discriminação e exclusão dos que não conseguiram atingir aos objetivos esperados.
	A avaliação está presente em todos os processos de aprendizagem não devendo ser utilizado apenas em testes e provas. Há uma preocupação muito grande acerca da disciplina dos alunos e no cumprimento do conteúdo didático, mas não há uma preocupação em saber se realmente o aluno aprendeu ou não o conteúdo desenvolvido em sala e no fim, se o aluno não atingiu os objetivos, há uma associação de que se ele não aprendeu foi porque é indisciplinado, desleixado, enfim, sempre associados à falta de vontade do aluno e nunca sobre os processos avaliativos e metodologias do professor.
	No processo de avaliação escolar só há julgamento sobre as condutas dos alunos comparadas com a expectativa que temos dessas condutas. Os critérios de avaliação, por esse motivo, precisam ser cristalinos, porém correspondendo às necessidades de ensino e aprendizagem. A qualidade do desempenho deixa a desejar em comparação ao desempenho global dos seus colegas da mesma série, que dominam bem as operações elementares.
	Quando analisamos a charge acima, vemos um aluno, crítico, ciente de suas dificuldades, porém não isentando o professor acerca de suas responsabilidades nesse processo de aprendizagem. Muitos professores, infelizmente, não conseguem administrar as dificuldades que uma sala de aula cheia provoca. Além disso, dar atenção especial a algum aluno é ainda mais complicado. O sistema de ensino é ainda muito homogêneo, porém formado por alunos tidos com “bons” ou “fracos”. Quando encontramos salas heterogêneas também observamos a separação dos bons e fracos.
	Já nos dizia Paulo Freire (1997) que ensinar não é apenas transmitir conhecimento, mas também precisa ser um testemunho vivido. Os professores, ao realizarem a avaliação, numa perspectiva mais técnica, são convidados a diagnosticar os problemas e as necessidades de aprendizagem dos alunos. Os professores também são levados a preocupar-se com a adequação dos seus procedimentos, estratégias e recursos, de forma que suas decisões sejam condizentes. No processo de ensino aprendizagem os professores necessitam estar atentos ao próprio processo identificando e prevendo problemas de funcionamento. Para isso, existem os diários, reuniões de equipe, entrevistas, análises de representações etc. com vistas a fundamentar as tomadas de decisão. Ao final do processo os professores os interpretam e expressam um valor. A avaliação, utilizada como auxílio para a tomada de decisão, também pode se prestar à reprodução das desigualdades sociais, bastando apenas que professores adéquem seus instrumentos de avaliação para que os resultados dos seus alunos estejam em conformidade com as expectativas de grupos ou classes dominantes.
	A implementação da LDB é um marco da educação em nosso país. Com ela, começamos a ver a escola com local onde as necessidades humanas precisam se atendidas e por isso, o trabalho pedagógico e os instrumentos de planejamento, metodologia e registro são tão importantes para a consolidação de ações docente voltada ação e reflexão.
	Luckesi (1998) fundamenta seus pensamentos em Gramsci e afirma que a escola deve agir para que cada cidadão possa se tornar governante e que a sociedade o coloque, ainda que abstratamente, nas condições gerais de poder fazê-lo. Pucci (2003) afirma que o processo de ensino aprendizagem e avaliação deve ser planejado e ordenado metodicamente pela ação e reflexão e ação. Assim, cabe aos professores diagnosticar quais conteúdos deixam de estar bem apreendidos, e quais aprendizagens estão insuficientes. 	
	É fundamental a adequação dos métodos de ensino voltado para as particularidades de cada aluno, para que ele possa compreender o conteúdo adequadamente e participar da sociedade como cidadão que conhece seus diretos e deveres, cientes de seu papel na sociedade. Assim, o professor deve trabalhar de forma mais dinâmica para que o aluno apreenda conceitos, e consiga assimilhá-los de forma concreta. Existem diversos obstáculos que influenciam na aprendizagem e cabe ao professor tentar superá-los. Como dizia Libâneo (1994), o professor deve se posicionar criticamente para explicitar o planejamentoescolar e o desenvolvimento de suas aulas para que possam estar conectadas a legislação e o contexto do aluno. O fracasso escolar é transferido de um agente para outro, e por isso o professor pode contribuir e muito para reduzir o fracasso escolar.
Referências bibliográficas:
- OLIVEIRA, Eloiza da Silva Gomes de. GAMA, Zacarias Jaegger. Métodos e técnicas e avaliação. v. 1. Rio de Janeiro. Fundação CECIERJ, 2014. p. 20-26, 31-38, 50-57, 62-73, 76-82, 146-155.
- O papel do pedagogo frente a aprendizagem e o processo de avaliação. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-papel-pedagogo-frente-a-aprendizagem-processo-avaliacao.htm. Acesso em: 01 de outubro de 2020.
- A importância da avaliação de aprendizagem como prática reflexiva. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-importancia-da-avaliacao-de-aprendizagem-como-pratica-reflexiva.htm. Acesso em: 01 de outubro de 2020.
- O papel do professor: repensando a prática pedagógica rumo a educação de qualidade. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/papel-professor-repensando-pratica-pedagogica-rumo-educacao-qualidade.htm. Acesso em: 02 de outubro de 2020.