Buscar

2_-_no_es_de_contabilidade

Prévia do material em texto

NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Didatismo e Conhecimento 1
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
CONCEITOS, FINALIDADE E OBJETIVOS. 
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. 
CONCEITO 
Contabilidade é a ciência que tem como objetivo observar, 
registrar e informar os fatos econômico-financeiros acontecidos 
dentro de um patrimônio pertencente a uma entidade; mediante a 
aplicação do seu conjunto de princípios, normas, técnicas e proce-
dimentos próprios.
OBJETIVOS
- Controlar o patrimônio das entidades
- Apurar o resultado das entidades
- Prestar informações sobre o patrimônio, sobre o resultado 
das entidades aos diversos usuários das informações contábeis.
Entidade é qualquer pessoa física ou jurídica detentora de um 
patrimônio. Modernamente as finalidades da Contabilidade são 
reunidas em duas:
- Planejamento - a informação contábil pode ser um forte 
suporte para o planejamento e, mais ainda, quando estabelecendo 
padrões, torna claras situações futuras.
- Controle - está ligado à análise das definições adotadas pela 
organização.
FINALIDADE
A finalidade da contabilidade é registrar, controlar e demons-
trar os fatos ocorridos no patrimônio, objetivando fornecer in-
formações sobre sua composição e variações, bem como sobre o 
resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial.
Essas informações são indispensáveis à orientação admi-
nistrativa, permitindo maior eficiência na gestão econômica da 
entidade e no controle dos bens patrimoniais. A contabilidade 
desempenha, em qualquer organismo econômico, o mesmo papel 
que a História na vida da humanidade. Sem ela não seria possível 
conhecer o passado nem o presente da vida econômica da entida-
de, não sendo também possível fazer previsões para o futuro nem 
elaborar planos para orientação administrativa.
OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
Os Princípios de Contabilidade representam a essência das 
doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante 
o entendimento predominante nos universos científico e profissio-
nal.
Nota: a partir de 02.06.2010, Os “Princípios Fundamentais de 
Contabilidade (PFC)”, citados na Resolução CFC nº 750/93, pas-
sam a denominar-se “Princípios de Contabilidade (PC)”, por força 
da Resolução CFC 1.282/2010.
Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido 
mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das En-
tidades.
São Princípios de Contabilidade:
I) o da ENTIDADE; 
II) o da CONTINUIDADE; 
III) o da OPORTUNIDADE; 
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Re-
solução CFC 1.282/2010) 
VI) o da COMPETÊNCIA; e 
VII) o da PRUDÊNCIA.
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como ob-
jeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a neces-
sidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo 
dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se con-
funde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de 
sociedade ou instituição.
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade conti-
nuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apre-
sentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta 
circunstância.
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensu-
ração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir 
informações íntegras e tempestivas.
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGI-
NAL
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que 
os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registra-
dos pelos valores originais das transações, expressos em moeda 
nacional.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimo-
niais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos 
seguintes fatores: 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores 
em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos 
se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data 
ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são re-
conhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não 
descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na 
data ou no período das demonstrações contábeis; 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela 
venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos 
valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se 
espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações 
no curso normal das operações da Entidade; 
Didatismo e Conhecimento 2
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presen-
te, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se 
espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da 
Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descon-
tado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja 
necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações 
da Entidade; 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, 
ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a 
isso, em uma transação sem favorecimentos; e 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder 
aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos regis-
tros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos 
valores dos componentes patrimoniais.
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
O Princípio da Competência determina que os efeitos das 
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que 
se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Pa-
rágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simulta-
neidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor 
valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PAS-
SIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas 
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o pa-
trimônio líquido.
OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA
A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória 
no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das 
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
Por exemplo, o princípio de competência, que exige o regis-
tro das receitas e despesas no período que ocorrerem, não pode 
ser substituído por adoção do regime de caixa (onde as receitas e 
despesas são registradas somente por ocasião de seu pagamento)
PATRIMÔNIO: FORMAÇÃO; 
COMPOSIÇÃO; ATIVO, PASSIVO 
E PATRIMÔNIO LÍQUIDO; FATOS 
CONTÁBEIS; VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
- RECEITA E DESPESAS: CONCEITO, 
CLASSIFICAÇÕES, REGIME DE 
CONTABILIZAÇÃO; 
PATRIMÔNIO 
Conjunto de bens, direitos e obrigações suscetíveis de 
avaliação econômica, vinculados a uma entidade ou pessoa física.
b. Bem – tudo aquilo que satisfaz as necessidades humanas e 
pode ser avaliado economicamente.
Classificação dos bens
● Bens tangíveis, corpóreos, concretos ou materiais – têm 
existência física, existem como coisa ou objeto.
● Bens intangíveis, incorpóreos, abstratos ou imateriais – não 
possuem existência física, porém representam uma aplicação de 
capital indispensável aos objetivos da empresa, e cujo valor reside 
em direitos de propriedade que são legalmente que são legalmente 
conferidos aos seus possuidores.
Exemplos de bens intangíveis: direitos sobre marcas, 
patentes, direitos autorais, ponto comercial, fundo de comércio, 
ações ou quotas do capital de outras empresas, etc.
c. Direitos – valores de propriedade da entidade que se 
encontram em posse de terceiros.
Exemplos: duplicatas a receber, clientes, contas a receber, 
dinheiro depositado no banco, aplicações financeiras, etc.
d. Obrigações: são dívidas ou compromissos de qualquer 
espécieou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de 
terceiros que se encontram em nossa posse (uso).
Exemplos: fornecedores, duplicatas a pagar, notas 
promissórias a pagar, impostos a recolher, contas a pagar, títulos a 
pagar, contribuições a recolher, etc.
e. Composição Patrimonial: o patrimônio é dividido em três 
partes.
1ª Parte – ATIVO (A) - parte positiva, composta de bens e 
direitos.
2ª Parte – PASSIVO EXIGÍVEL (PE) - parte negativa, 
composta das obrigações com terceiros.
3ª Parte – PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) ou SITUAÇÃO 
LÍQUIDA (SL) – parte diferencial entre o ativo e o passivo exigível. 
O patrimônio líquido representa as obrigações da entidade para 
com os sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença 
entre o valor dos bens e direitos (ativo) e o valor das obrigações 
com terceiros (passivo exigível).
Essa parte diferencial (PL/SL) é que vai medir ou avaliar a 
situação ou condição da entidade sendo, portanto, considerado 
como PASSIVO NÃO EXIGÍVEL.
f. Equação Fundamental do Patrimônio: PL/SL = A – PE 
Especificação da fórmula: PL = Patrimônio Líquido, SL = Situação 
Líquida, A = Ativo, PE = Passivo Exigível.
g. Representação Gráfica do Patrimônio
PATRIMÔNIO
ATIVO + PASSIVO (-)
Bens Exigível – Obrigações
Direitos PL/SL
TOTAL TOTAL
h. Situações ou Estados Patrimoniais
1. Situação favorável: ocorre quando A > PE, determinando 
PL > 0. Assim, A = PE + PL.
2. Situação plena ou propriedade total dos ativos: ocorre 
quando A > PE e PE = 0, determinando PL > 0. Assim, A = PL.
3. Situação nula ou de equilíbrio aparente: ocorre quando A = 
PE, determinando PL = 0. Assim, A = PE.
4. Inexistência de ativos: ocorre quando PE > A e A = 0, 
determinando PL < 0. Assim, PE = (PL).
5. Situação desfavorável: ocorre quando A < PE, determinando 
PL < 0.
Didatismo e Conhecimento 3
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
FUNÇÃO ECONÔMICA DA CONTABILIDADE: apurar o resultado (crédito)
Resultado
Diferença entre o valor das Receitas e o valor das Despesas (D)
O resultado pode ser:
Positivo ou Lucro - quando o valor das receitas é superior ao das despesas;
Negativo ou prejuízo – quando o valor das receitas é inferior ao das despesas;
Nulo – quando o valor das receitas é igual ao valor das despesas.
Receitas
São entradas de elementos para o ativo da empresa, na forma de bens ou direitos que sempre provocam aumento da situação líquida.
Despesas
É gasto incorrido para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As despesas podem diminuir o ativo ou aumentar o passivo, mas sempre 
provocam diminuições na situação líquida ou patrimônio líquido.
SISTEMA ORÇAMENTÁRIO
O Sistema Orçamentário é representado pelos atos de natureza orçamentária, tais como: previsão da receita, fixação da despesa, cance-
lamentos de créditos, descentralização de créditos, empenho da despesa.
No Sistema Orçamentário, é feita a comparação da receita prevista e da despesa fixada com as suas respectivas realizações, sendo obri-
gatória, a passagem por este sistema, dos fatos de arrecadação da receita e de Iiquidação o da despesa.
Resumindo, podemos apresentar os atos e fatos de natureza orçamentária, da seguinte forma:
ATOS DE NATUREZA ORÇAMENTARIA 
 Previsão da Receita
 Fixação da Despesa 
 Cancelamento de Créditos
 Descentralização de Créditos
 Empenho da Despesa
FATOS DE NATUREZA ORÇAMENTARIA
Arrecadação da Receita
Liquidação da Despesa
As contas pertencentes ao Sistema Orçamentário estão alocadas, dentro do Plano de Contas Único, nos grupos Ativo e Passivo Compen-
sados, representados, respectivamente, pelos subgrupos Execução Orçamentária da Receita e Execução Orçamentária da Receita, demons-
trando toda a execução da receita e pelos subgrupos Execução Orçamentária da Despesa, Execução Orçamentária da Despesa, demonstrando 
toda a execução orçamentária da despesa. 
Execução Orçamentária da Receita
As contas que controlam a receita orçamentária estão alocadas, no Plano de Contas Único, nos subgrupos 1.9.1.0.0.0.00.00 / 
2.9.1.0.0.0.00.00 - Execução Orçamentária da Receita. A receita prevista é aquela que foi estimada, ou orçada para o exercício.
São as receitas que se esperam arrecadar, por fonte de recurso, no exercício. Esta estimativa é feita, por tipo de receita e por fonte (ori-
gem) de recursos.
Resumindo, temos:
 
1.0.0.0.0.00.00-ATIVO 2.0.0.0.0.00.00 - PASSIVO
1.9.0.0.0.00.00-Ativo Compensado 2.9.0.0.0.00.00 – Pas. Compensado
1.9.1.0.0.00.00-Execução Orç. da Receita 2.9.1.0.0.00.00- Execução Orç. Receita
1.9.1.1.0.00.00 - Arrecad. Orç Nat. Receita 2.9.1.1.0.00.00 – Previsão Orç. Nat. Rec.
Didatismo e Conhecimento 4
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
1.9.1.1.1.00.00 =Receita a Realizar 2.9.1.1.1.00.00 = Prev. Inicial da Receita 
1.9.1.1.4.00.00 =Receita realizada 2.9.1.1.2.00.00 =Prev. Adicional da Rec.
 2.9.1.1.9.00.00 ‘= Anulação da Previsão
Os valores são registrados quando se faz a contabilização dos atos de natureza orçamentária (Previsão da Receita) e dos fatos (Arreca-
dação da Receita), que afetam o Sistema Orçamentário conforme faremos a seguir.
Contabilização doa Atos e Fatos de Natureza Orçamentária da Receita e 
Despesa
a) Atos de Natureza Orçamentária
Antes de fazermos os lançamentos, vamos relembrar o mecanismo de débito e crédito do Compensado.
Pela inscrição dos atos, no Compensado:
COMPENSAÇAO ATIVA
a COMPENSAÇÃO PASSIVA
Pela baixa dos valores inscritos:
COMPENSAÇAO PASSIVA
a COMPENSAÇÃO ATIVA
Partindo desse aprendizado, mostraremos a seguir, os lançamentos contábeis, referentes aos atos e fatos de natureza orçamentária:
a.1 ) Registro de Previsão Inicial:
 DÉBITO CRÉDITO
1.9.1.1.1.00.00-Receita a Realizar 2.9.1.1.1.00.00-Previsão Inicial a Receita
a. 2) Registro da Previsão Adicional:
 DÉBITO CRÉDITO
1.9.1.1.1.00.00 · Rec. a Realizar 2.9.1.1.2.00.00 – Prev. Adicional da Receita
 a.3) Registro de Cancelamento de Créditos:
 DÉBITO CRÉDITO
2.9.1.1.900.00 – Anulação da Previsão 1.9.1.1.1.00.00 - Receita a Realizar
 b) Fatos de Natureza Orçamentária
 b.1 ) Fatos Modificativos
Os fatos modificativos da arrecadação da receita são os referentes às Receitas Correntes, tendo como exceção àquelas, Receitas registra-
das, anteriormente, para cumprir o Princípio de competência, por se tratar de receitas já auferidas ou ganhas, ou seja, Dívida Ativa, Prestação 
de Serviços e Vendas de Bens ou Materiais a prazo que são fatos permutativos.
 DÉBITO CRÉDITO
1.1.1.1.2.01.02 – Bancos/Conta Única 4.1.y.y.y.yy.yy - Receitas Correntes 1
1.9.1.1.4.00.00 - Receita Realizada 1.9.1.1.1.00.00 - Receita a Realizar
 b.2) Fatos Permutativos
Os fatos permutativos da arrecadação da receita são os referentes às Receitas de Capitais, tendo as suas respectivas exceções, para 
cumprir o Princípio de Competência, por se tratar de receitas já auferidas ou ganhas, ou seja, Dívida Ativa, Prestação de Serviços e Vendas 
de Bens ou Materiais a prazo que são Receitas Correntes, mas representam fatos permutativos.
Didatismo e Conhecimento 5
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
 DÉBITO CRÉDITO
1.1.1.1.2.01.02 – Bancos/Conta Única 4.2.y.y.y.yy.yy - Receitas de Capital 1
5.1.3.x.x.xx.yy - Mutação Patrimonial ATIVO/PASSIVO
1.9.1.1.4.00.00 - Receita Realizada 1.9.1.1.1.00.00 - Receita a Realizar 
(1) - Exceção às Receitas Correntes, já auferidas ou ganhas e não recebidas, conforme explicado acima. (x ou y) - Classificação, de 
acordo com o Plano de Contas Único.
A despesa fixada é a dotação orçamentária autorizada, para cada unidade orçamentária, ou seja, é a autorização dada pelo Poder Legis-
lativo, para que as Unidades Orçamentárias dos Poderes da União realizem as despesas necessárias ao funcionamento dos serviços públicos.
 No orçamento, primeiro se faz a previsão da receita e depois a fixação da despesa. A fixação da despesa também pode ser chamada 
de previsão da despesa ou dotação orçamentária:
 No Plano de Contas Único, a despesa fixada e a executada são controladas nas contas, do Ativoe Passivo Compensados, nos sub-
grupos 1.9.2.0.0.00.00 / 2.9.2.0.0.00.00 - Execução Orçamentária da Despesa, conforme se relaciona a seguir:
1.0.0.0.0.00.00 ATIVO 2.0.0.0.0.00.00 PASSIVO
1.9.0.0.0.00.00 ATIVO COMPENSADO 2.9.0.0.0.00.00 PASSIVO COMPENSADO
1.9.2.0.0.00.00 Execução Orç. da Despesa 2.9.2.0.0.00.00 Execução Orç.da Despesa
1.9.2.1.0.00.00 Dotação Orçamentária 2.9.2.1.1.00.00 =Crédito Disponível
1.9.2.1.1.00.00 Dotação Inicial
1.9.2.1.1.01.00 =Crédito Inicial 2.9.2.1.2.00.00 =Crédito Indisponível .
1.9.2.1.2.00.00 Dotação Suplementar
1.9.2.1.2.01.00 =Supl. p/exc. do exerc 2.9.2.1.3.00.00 Crédito Utilizado
1.9.2.1.2.02.00 =Supl. p/Superávit Financeiro 2.9.2.1.3.01.00 = Crédito Emp. - A liquidar
1.9.2.1.2.03.00=Suplementaç0o Automática 2.9.2.1.3.02.00 =Crédito Emp. - Liquidado
1.9.2.1.3.00.00 Dotação Especial 2.9.2.2.0.00.00 Descentralização de Créditos
1.9.2.1.3.01.00 =Créd. Especiais Abertos 2.9.2.2.1.00.00 Descent. Externa de Créditos
1.9.2.1.3.02.00 =Créd. Especiais Reabertos 2.9.2.2.2.00.00 Descent. Interna de Créditos
1.9.2.1.4.00.00 Dotação Extraordinária
1.9.2.1.4.01.00 =Créd. Extraord. Abertos
1.9.2.1.4.02.00 =Créd. Extraord. Reabertos
1.9.2.1.9.00.00 =Dotação Cancelada /Remanejada
1.9.2.2.0.00.00 Descentralização de Créditos
1.9.2.2.1.00.00 Descent. Externa de Créditos
1.9.2.2.2.00.00 Descent. Interna de Créditos
Os valores são registrados nessas contas, quando se faz a contabilização os atos de natureza orçamentária (fixação, descentralização 
de créditos, cancelamentos de créditos e empenho da despesa) e dos fatos que afetam o sistema Orçamentário (Liquidação da Despesa – 2º 
estágio), conforme a seguir:
COMPENSADO
a) Atos de Natureza Orçamentária
Os lançamentos referem-se aos mecanismos de débitos e créditos do Compensado.
Pela inscrição dos atos, no Compensado:
COMPENSAÇAO ATIVA
a COMPENSAÇÃO PASSIVA
Pela baixa dos valores inscritos:
COMPENSAÇÃO PASSIVA
a COMPENSAÇÃO ATIVA
Partindo desse aprendizado, mostraremos a seguir, os lançamentos contábeis, referentes aos atos e fatos de natureza orçamentária, da 
despesa:
Didatismo e Conhecimento 6
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
 a.1 ) Aprovação do Orçamento - Lei Orçamentária
 
 DÉBITO CRÉDITO
1.9.2.1.1.01.00 - Crédito inicial 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
a.2) Aprovação dos Créditos Suplementares
 
 DÉBITO CRÉDITO
1.9.2.1.2.00.00 - Créditos Suplementares 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
 a.3) Aprovação de Créditos Especiais 
 
 DÉBITO CRÉDITO
1.9.2.1.3.00.00 - Créditos Especiais 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
 a.4) Aprovação dos Créditos Extraordinários
 
 DÉBITO CRÉDITO
1.9.2.1.4.00.00 - Créditos Extraordinários 2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível
 a.5)Cancelamentos de Créditos
 
 DÉBITO CRÉDITO
2.9.2.1.1.00.00 – Crédito Disponível 1.9.2.1.9.00.00 - Créditos Cancelados
 a.6) Descentralização de Créditos .
Quando apresentamos os lançamentos da descentralização de créditos, temos que mostrar os reflexos dos lançamentos, nas duas unida-
des envolvidas, ou seja:
UG1-Transferidora UG2- Recebedora
 
Na UG1-Transferidora dos Créditos:
 DÉBITO CRÉDITO
2.9.2.1.1.00.00–Crédito Disponível 2.9.2.2.0.00.00-Descent. Créd/Concedidos
 
 Na UG2- Recebedora dos Créditos:
 DÉBITO CRÉDITO
1.9.2.2.0.00.00-Descent. de Cred/Recebidos 2.9.2.1.1.00.00–Cred/Disponível 
b) Fatos de Natureza Orçamentária
 b.1 ) Fatos Modificativos
Os fatos modificativos da liquidação da Despesa, são os referentes às Despesas Correntes, a exceção da Despesas de aquisição de 
Materiais de Consumo, por representarem mutações patrimoniais e daquelas despesas pagas, antecipadamente, ou seja, Adiantamentos de 
Férias, Prêmios de Seguros, Adiantamentos a Fornecedores etc...
 DÉBITO CRÉDITO S/C
3.3.x.x.x.xx.xx - Despesas Correntes(1) (2) F
2.9.2.1.3.01.00-Cred.Emp.- A Liquidar 2.9.2.1.3.02.00-Cred.Emp. Liquidado 
 
 b.2) Fatos Permutativos
Os fatos permutativos da liquidação da Despesa são os referentes às Despesas de Capital, a exceção das Despesas de Aquisição de Mate-
riais de Consumo, por representarem mutações patrimoniais e daquelas despesas pagas, antecipadamente, ou seja, Adiantamentos de Férias, 
Prêmios de Seguros, Adiantamentos a fornecedores, classificadas como Despesas Correntes, mas que, representam fatos permutativos.
Didatismo e Conhecimento 7
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
 DÉBITO CRÉDITO S/C
3.4.x.x.x.xx.xx - Despesas Capital(1) (2) F 
ATIVO/PASSIVO 6.1.3.x.x.xx.xx – Mutação Patrimonial P
2.9.2.1.3.01.00-Cred. Emp.- A Liquidar 2.9.2.1.3.02.00 - Cred.Emp. Liquidado O
(x) - Classificação da Despesa, de acordo com o Plano de Contas Único;
(1) - Exceção feita, às despesas de aquisição de materiais de consumo conforme subitem b.1
(2) - A conta creditada deverá ser 1.1.1.1.2.01.02 - Bancos/Conta Única, quando a liquidação for concomitante com o pagamento e 
deverá ser uma “Obrigação”, quando o pagamento for a prazo.
 b.3) Registro da liquidação da despesa Inscritas em Restos a Pagar
DÉBITO CRÉDITO S/C
3.x.x.x.x.xx.xx - Despesas 2.1.2.1.6.01.02- Resto Pagar F
2.9.2.1.3.01.00-Cred. Emp.- A Liquidar 2.9.2.1.3.02.00- Cred. Emp. Liquidado O
SISTEMA DE COMPENSAÇÃO
O Sistema de Compensação é representado pelos atos praticados pelo administrador, que não afetam o Patrimônio, de imediato, mas que 
poderão vir a afetá-lo. e, também, pelas contas de controle, que interessam à administração, de um acompanhamento mais eficaz. 
Os principais atos registrados no Sistema de Compensação são:
 
CONTAS DE CONTROLE
●Execução da Programação Financeira
●Execução de Restos a Pagar
CONTAS REPRESENTATIVAS DOS ATOS POTENCIAIS
 
a) Títulos e Valores sob Responsabilidades (Caução, Depósitos Judiciais, Depósitos para Recursos, Cobrança, Comodato de Bens, 
Suprimento de Fundos).
b) Garantias (Avais, Fianças, Hipotecas).
c) Direitos e Obrigações Conveniados (Convênios, Acordos, ajustes).
d) Direitos e Obrigações Contratuais (Contratos)
Como se pode observar, o Sistema de Compensação, compreende, apenas, as contas com função específica de controle relacionada com 
as situações não compreendidas no patrimônio, mas que possam vir a afetá-lo, ou que necessitam de um acompanhamento mais eficaz por 
parte da administração.
As contas pertencentes ao Sistema de Compensação estão alocadas, dentro dos grupos Ativo e Passivo Compensados.
VARIAÇÃO PATRIMONIAL
CONCEITO
É a alteração de valor de qualquer elemento do patrimônio público por:
•	 alienação;
•	 aquisição;
•	 dívida contraída;
•	 etc...
 
 Resumindo: A Variação Patrimonial resulta de Incorporações e Desincorporações ou Baixas.
Didatismo e Conhecimento 8
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
TIPOS DE INCORPORAÇÕES, DESINCORPORAÇÕES OU BAIXAS
INCORPORAÇÃO:
É a agregação de novos elementos ao patrimônio público e podem originar-se de forma Ativa ou Passiva:
Ativa: Patrimônio Público
Passiva: Patrimônio Público 
Obs: A alteração do patrimônio público sempre se dará através das inclusões de novos elementos, positivamente ou negativamente.
DESINCORPORAÇÃO OU BAIXA
É a expressão utilizada para excluir, retirar ou desagregar elementos constantes no patrimônio público, e também podem originar-se de 
forma Ativa ou Passiva.
Ativa: Patrimônio Público
Passiva: Patrimônio Público
CONCLUSÃO: As Variações Patrimoniais podem ser classificadas em Variações Ativas ou Passivas.
VARIAÇÕES ATIVAS
EXEMPLOS: 
 Bens e Direitos do Ativo Permanente
 
Aumento do
Patrimônio
Líquido
 Obrigaçõesdo Passivo Permanente
GRUPOS DAS VARIAÇÕES ATIVAS
1. Resultantes da Execução Orçamentária
•	 são feitas ao final do exercício com base na Receita orçamentária Arrecadada.
•	 contabilização:
D – Receita arrecadada 
 
Sistema
Financeiro
C - Transferências Financeiras
D – Transferências Patrimoniais
 
Sistema 
Patrimonial
Didatismo e Conhecimento 9
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
C – Receita arrecadada
2. Mutações Patrimoniais
•	 são decorrentes de uma troca de Bens permutados entre elementos do ativo: numerário ($)
Ex: Aquisição de um Imóvel D - IMÓVEL
 ENTRA O BEM C – MUTAÇÃO ATIVA
 SAI O NUMERÁRIO
Pagamento de uma dívida
SAI A OBRIGAÇÃO D – DÍVIDA FUNDADA
SAI O NUMERÁRIO C – MUTAÇÃO ATIVA
•	 A Variação patrimonial permutativa ocorre em dois momentos distintos:
1º) Variação Passiva diminutiva, pela saída do numerário
2º) Variação Ativa aumentativa pela entrada do imóvel
•	 A incorporação de Bens ou desincorporação de obrigações por mutação ocorre no momento da liquidação.
3. Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária
•	 Não se originam da execução orçamentária
•	 São de decorrentes de:
1) Superveniências Ativas – Nascimento de animal D - SEMOVENTES
 C-SUPERV. ATIVA
 D - DÍVIDA
2) Insubsistência Passiva – Perdão de Dívida C – INSUB. ATIVA 
VARIAÇÕES PASSIVAS
EXEMPLOS: Obrigações do Passivo Permanente
Bens e Direitos do Ativo Permanente 
Diminui o
Patrimônio 
Líquido
GRUPOS DAS VARIAÇÕES PASSIVAS
1. Resultantes da Execução Orçamentária
a. são feitas ao final do exercício com base na Despesa Orçamentária realizada no exercício financeiro..
b. contabilização:
D – Transferências Financeiras 
C - Despesas diversas 
Sistema
Financeiro
D – Despesas Correntes / Capital
C – Transferências Patrimoniais 
Sistema 
Patrimonial
Didatismo e Conhecimento 10
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
2. Mutações Patrimoniais
a. são decorrentes de uma troca de Bens permutados entre elementos do ativo: numerário ($)
Ex: Alienação de um Imóvel D – MUTAÇÃO PASSIVA
 SAI O BEM C - IMÓVEL
 ENTRA O $
 Amortização de empréstimo concedido D – M. PASSIVA 
 SAI O DIREITO C - DIREITO 
 ENTRA O $
•	 A Variação patrimonial permutativa ocorre em dois momentos distintos:
1º) Variação Passiva diminutiva, pela saída do bem.
2º) Variação Ativa aumentativa pela entrada do numerário
3. Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária
•	 Não se originam da execução orçamentária
•	 São de decorrentes de:
 
1) Superveniências Passivas – Aumento do Dólar / aumento da Dívida 
 D - Superv. Passiva
 C - Dívida
2) Insubsistência Ativa – Morte de animal 
 D – Insubsistência Ativa
 C - Semoventes
RESULTADO PATRIMONIAL
 As Demonstrações das Variações Patrimoniais (DVP) têm como resultado o paralelo entre as Variações Ativas (VA) e as Variações 
Passivas (VP), onde, se o resultado é positivo, ou seja, VA > VP,. ocorre o chamado SUPERÁVIT; em contrapartida, se VA < VP, deparamo-
-nos com o chamado DÉFICIT. 
Dessa forma, a diferença do resultado do saldo patrimonial; do exercício em curso e o do exercício anterior, registrados nos respectivos 
Balanços Patrimoniais, deverá ser igual ao resultado patrimonial, positivo ou negativo, apurado nesta demonstração.
Análise das Principais Contas de Variação Patrimonial – Exercício.
•	 Aquisição de Bens
•	 Amortização da Dívida Passiva
•	 Amortização de Empréstimos
•	 Cancelamento de Restos a Pagar
•	 Construção de Bens Imóveis
•	 Doação de Bens por Terceiros
•	 Empréstimos concedidos
•	 Fabricação de Bens
•	 Inscrição da Dívida Ativa
•	 Receita Orçamentária arrecadada
•	 Cancelamento de Dívidas
•	 Nascimento de animais
•	 Redução da Dívida Fundada em decorrência da baixa do dólar.
Didatismo e Conhecimento 11
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS: 
DÉBITO E CRÉDITO; 
LANÇAMENTO CONTÁBIL – MECANISMO DO 
DÉBITO E DO CRÉDITO
Lançamento é o registro dos fatos contábeis (aqueles que 
provocam mudanças na composição do patrimônio da entidade), 
efetuados de acordo com o método das partidas dobradas. É feito 
em ordem cronológica e obedecendo a determinada técnica.
O lançamento é feito nas contas Patrimoniais, pertencentes 
ao grupo do ATIVO, PASSIVO EXIGÍVEL e PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO, e nas contas de Resultado, representadas pelas 
RECEITAS, e DESPESAS.
As contas de ATIVO, por terem saldo devedor, são aumentadas 
de valor por DÉBITO e diminuídas por CRÉDITO. As contas 
de PASSIVO EXIGÍVEL e de PATRIMÔNIO LÍQUIDO, por 
apresentarem saldo credor, são aumentadas de valor por CRÉDITO 
e diminuídas por DÉBITO. As contas relativas às RECEITAS e 
DESPESAS, por afetarem diretamente o PL, são, respectivamente, 
CREDITADAS (porque aumentam o PL) e DEBITADAS (porque 
diminuem o PL).
Passos para se Efetuar um Lançamento.
Dado um fato contábil, devemos seguir alguns passos para 
efetuar seu devido lançamento.
Exemplo: Compra de um veículo à vista em dinheiro no valor 
total de $ 1.000,00
1º passo – identificar as contas envolvidas no fato;
Caixa (valor em dinheiro)
Veículo (bem)
2º passo – identificar a natureza das contas, ou seja, a que 
grupos pertencem: Ativo (A); Passivo (PE); Patrimônio Líquido 
(PL); Receitas (R); ou Despesas (D).
Caixa – conta do Ativo (A)
Veículo – conta do Ativo (A)
3º passo – identificar o que o fato provoca sobre o saldo das 
contas, ou seja, se o saldo aumentará ou diminuirá; no caso:
Caixa (A) o saldo diminuirá (-);
Veículos (A) o saldo aumentará (+);
4º passo – efetuar o lançamento contábil segundo o método 
das partidas dobradas, com a utilização do quadro-resumo do 
mecanismo do débito e crédito, da seguinte forma:
DÉBITO = APLICAÇÃO DE RECURSO; CRÉDITO = 
ORIGEM DO RECURSO
Funções do Lançamento
Ao conjunto de lançamentos denomina-se ESCRITURAÇÃO. 
O lançamento é pois uma parcela da Escrituração, e, a semelhança 
desta apresenta duas funções:
Função Histórica
Consiste em narrar o fato contábil em ordem cronológica.
Função Monetária
Compreende o registro da expressão monetária dos fatos e seu 
agrupamento segundo a natureza de cada um.
Elementos
São 5 (cinco) os elementos de um lançamento:
1. Local e data – local da empresa e dia, mês e ano da 
ocorrência do registro.
2. Conta devedora – é a conta debitada. Vem sempre em 
primeiro lugar.
3. Conta credora – é a conta creditada, que vem acompanhada 
da preposição acidental “a”.
4. Histórico – é a narração do fato ocorrido, a qual deve 
ser resumida, mas exprimindo bem a operação. Não existe 
uniformidade de histórico, todavia, a praxe contábil é de que se lhe 
inicie com uma das seguintes expressões:
a. Pago – quando a conta credora for “Caixa”
b. Recebido – quando a conta devedora for “Caixa”
c. Valor ou Importe – quando o lançamento não envolver a 
conta Caixa. É o denominado LANÇAMENTO EXTRA-CAIXA.
5. Importância ou quantia – é o valor das operações expresso 
em unidades monetárias.
Didatismo e Conhecimento 12
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
CONTAS: CLASSIFICAÇÃO, FUNÇÃO E 
FUNCIONAMENTO; PLANO DE CONTAS, 
ESCRITURAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATOS; 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO; 
TEORIA DAS CONTAS
Teoria Personalista
Nesta teoria cada conta assume o papel de uma PESSOA no 
seu relacionamento com a empresa ou entidade. Assim, Caixa, 
Bancos, Duplicatas a Receber, Fornecedores, Capital, Receitas e 
Despesas, representam pessoas com as quais a entidade mantém 
relacionamento de débito e crédito.
Assim, podemos concluir que as obrigações (PE) e o Patri-
mônio Líquido (PL) são pessoas credoras (representam aquelas 
pessoas que têm a receber da sociedade), enquanto que os bens e 
direitos são pessoas devedoras em relação à sociedade.
Classificação – nesta teoria as contas podem ser:
Agentes Consignatórios – valores materiais e imateriais (são 
os bens da sociedade)
Agentes Correspondentes – representam os direitos e obri-
gações
Proprietário – são as contas do PL e suas variações inclusive 
receitas e despesas.
Teoria Patrimonialista
Esta teoria entende que o patrimônio é o objeto a seradminis-
trado; desta forma, esta teoria separa as contas que representam 
a situação estática (patrimônio ou A = PE + PL) das contas que 
representam a dinâmica da situação (receitas e despesas):
Contas Patrimoniais – representam a situação estática, ou 
seja, o Patrimônio (os elementos ativos e passivos), que são os 
bens, direitos, obrigações com terceiros (PE) e o Patrimônio Lí-
quido (PL).
Contas de Resultado – representam a situação dinâmica, as 
variações patrimoniais, ou seja, as contas que alteram o Patrimônio 
Líquido (PL), receitas e despesas e demonstram o 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
ATIVO CIRCULANTE 
O ativo circulante abrange valores realizáveis no exercício 
social subseqüente. Assim, por exemplo, uma empresa cujo exer-
cício social encerre em 31 de dezembro, ao realizar o encerramen-
to do exercício de 31 de dezembro de 2011, deverá classificar no 
Ativo Circulante todos os valores realizáveis até 31 de dezembro 
de 2012.
Na empresa cujo ciclo operacional tiver duração maior que o 
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá 
por base o prazo deste ciclo. 
ATIVO NÃO CIRCULANTE
São incluídos neste grupo todos os bens de permanência ex-
tensa, destinados ao funcionamento normal da entidade, assim 
como os direitos exercidos com essa finalidade.
O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgru-
pos:
Ativo Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Ativo Realizável a Longo Prazo
São classificáveis no Realizável a Longo Prazo contas da mes-
ma natureza das do Ativo Circulante, que, todavia, tenha sua reali-
zação concreta ou provável após o término do exercício seguinte, 
o que, normalmente, significa realização num prazo superior a um 
ano a partir do próprio balanço.
As despesas apropriadas após o exercício seguinte também 
são classificadas no Ativo Realizável a Longo Prazo.
Os direitos não oriundos de vendas, e adiantamentos ou em-
préstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acio-
nistas ou participantes no lucro da empresa, que não constituírem 
negócios usuais na exploração do objeto da empresa, serão classi-
ficados no Ativo Realizável a Longo Prazo.
 
Investimentos
 No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem 
ser classificadas as participações societárias permanentes, assim 
consideradas as importâncias aplicadas na aquisição de ações e 
outros títulos de participação societária, com a intenção de mantê-
-las em caráter permanente. 
Imobilizado
O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e direi-
tos necessários à manutenção das atividades da empresa, caracteri-
zados por apresentar-se na forma tangível (equipamentos, máqui-
nas, etc.). O imobilizado abrange, também, os custos das benfeito-
rias realizadas em bens locados ou arrendados (Bens de Terceiros).
Intangível
Os ativos intangíveis compreendem o leque de bens incor-
póreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com 
essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.
Trata-se de uma separação do ativo imobilizado, que, a partir 
da vigência da Lei 11.638/2007, que passa a contar apenas com 
bens corpóreos de uso permanente.
 
Como exemplos de intangíveis, marcas e patentes, softwares e 
o fundo de comércio adquirido.
Didatismo e Conhecimento 13
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Passivo – É o conjunto de obrigações, o passivo é o provedor 
da origens de recursos.
Passivo Exigivel a Curto Prazo
É parte do patrimonio de terceiros em poder da entidade, as 
dividas que contraiu.
- Obrigações com terceiros : compromisos assumidos com 
terceiros resultam em dividas, que se definem como valores de ter-
ceiros em poder de uma entidade. 
Exemplo: Contas a pagar e tributos a recolher, tais como, ti-
tulos a pagar, forncedores, empréstimos obtidos, impostos a reco-
lher, provisao para o imposto de renda dentre outras.
- Obrigações com os sócios: são os recursos de sócios aplica-
dos na empresa e que não possui previsão de retorno do patrimonio 
aos proprietários, constituem assim em obrigações não exigiveis, 
chamados de capital próprio.
Exemplo: Reservas e lucros (ou prejuizos) acumulados 
Plano de Contas
Dentro de uma visão abrangente, as contas fazem parte de um 
sistema contábil cujos objetivos do ponto de vista da Estrutura de 
uma Entidade Contábil tanto podem ser internos quanto externos, 
o que o torna de grande complexidade.
O primeiro passo para que as contas tenham como atender a 
maioria desses objetivos, é a de organizá-las em um Plano de Con-
tas (também conhecido como Quadro de Contas ou Estrutura de 
Contas). Antes do advento dos sistemas contábeis informatizados 
do tipo ERP, na qual se mesclam objetivos contábeis com adminis-
trativos, os Planos de contas eram elaborados para se possibilitar 
uma eficiente análise de contas, ou seja, utilizava-se o método car-
tesiano e racional da seguinte maneira:
As contas analíticas dividiam-se em contas analíticas propria-
mente ditas (subníveis de modalidade, elemento e item por exem-
plo) e contas de correntistas ou correspondentes (chamadas algu-
mas vezes de contas correntes);
As contas sintéticas agrupavam-se em diferentes níveis, tais 
como: Grandes Grupos de Contas, Grupo de Contas, Subgrupo de 
contas etc.
Tendo em vista a estrutura desenvolvida pela lei societária 
brasileira, um Plano de contas analítico poderia ter a seguinte es-
trutura de 1º nível:
•	 Código 1 - Ativo
•	 Código 2 - Passivo
•	 Código 3 - Patrimônio Líquido
•	 Código 4 - Receitas
•	 Código 5 - Custos
•	 Código 6 - Despesas e Outros Resultados
•	 Código 7 - Despesas pré-operacionais
•	 Código 8 - Contas de filiais
•	 Código 9 - Outras contas de controle e análise
A partir dessa codificação inicial (que pode variar de acordo 
com a entidade. Por exemplo, se a Entidade não for do tipo indus-
trial, pode-se mudar o código 5 para Despesas e o Código 6 para 
Outros Resultados), citamos como exemplo o código de uma conta 
patrimonial:
Conta 1211-0001, sendo que:
•	 Código 1 - Ativo
•	 Código 1.2 - Ativo Circulante
•	 Código 1.2.1 - Clientes
•	 Código 1.2.1.1 - Duplicata
•	 Código Extensão 0001 - (nome do cliente).
Exemplo de uma conta de resultados:
6111.0003:
•	 Código 6 - Despesas e Outros Resultados
•	 Código 6.1 - Despesas Administrativas
•	 Código 6.1.1 - Despesas de Pessoal
•	 Código 6.1.1.1 - Salários e remunerações
•	 Código Extensão 0003 - Horas extras
Com a adoção da escrituração digital para os livros comer-
ciais no Brasil a partir de 2008-2009 (SPED), foi elaborado um 
Plano de Contas Referencial que consiste no sistema De/Para, ou 
seja, a empresa deverá cadastrar o seu plano de contas próprio e 
ao mesmo tempo indicar quais as contas correspondentes no Plano 
de Contas Referencial. Com esses dados, pretende-se que a DIPJ 
- Declaração do Imposto de Renda Anual e o LALUR - Livro de 
Apuração do Lucro Real, passem a ser extraídos automaticamente 
pelo sistema.
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
O Código Civil Brasileiro - Lei 10.406/2002, a partir do artigo 
1.179, versa sobre a obrigatoriedade da escrituração contábil, para 
o empresário e para a sociedade empresária:
 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obri-
gados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, 
com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspon-
dência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o 
balanço patrimonial e o de resultado econômico.
 
§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno em-
presário a que se refere o art. 970.
 
A Lei é clara em dizer que o empresário e a sociedade empre-
sária estão obrigados e a única exceção é para o produtor rural e o 
pequeno empresário.
 Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação 
desta dispensa, o empresário individual caracterizado como mi-
croempresa na forma da Lei Complementar 123/2006 que aufira 
receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais).
 Desta forma, as empresas que não possuem as características 
para estarem inclusas na exceção, estãoobrigados a efetuarem a 
escrituração contábil.
 A escrituração contábil é composta pelo registro de fatos 
administrativos que alteram de forma qualitativa ou quantitativa 
o patrimônio e estes registros devem ser expostos através de de-
monstrações contábeis:
 Observe-se que o objetivo da contabilidade é o patrimônio, 
que é o conjunto de bens, direitos e obrigações, as variações desses 
itens e sua mensuração. Controlar o patrimônio não pode ser con-
siderado um luxo, mas uma necessidade.
Há ainda aspectos cíveis, comerciais e tributários, pois a escri-
turação regular comprova em juízo fatos cujas provas dependam 
de perícia contábil.
Didatismo e Conhecimento 14
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Não se deve confundir a escrituração contábil com simples 
registros de livros específicos (como, por exemplo, o livro caixa). 
A contabilidade, como ciência, utiliza-se de informações ad-
vindas de todos os setores da empresa, e não só da tesouraria. 
Entre os setores que geram informações relevantes, poderí-
amos destacar o faturamento, a produção (geradora de custos), a 
administração de recursos humanos (folha de pagamento e encar-
gos), o fiscal (apuração de impostos) e o financeiro (contas a pagar 
e a receber).
 A contabilidade deve escriturar toda a movimentação finan-
ceira, inclusive bancária, contendo a movimentação das contas: 
caixa, bancos conta corrente, bancos conta aplicações, numerários 
em trânsito, entre outras. 
O livro que contém o movimento dessas contas é o Livro Ra-
zão. No Livro Diário, registram-se (como o próprio nome esclare-
ce), todas as movimentações diárias relativas ao faturamento, rece-
bimentos, pagamentos, aplicações e transações bancárias e outros 
fatos contábeis.
 
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar que 
relaciona os saldos das contas remanescentes no diário. Impres-
cindível para verificar se o método de partidas dobradas está sendo 
observado pela escrituração da empresa.
Por este método cada débito deverá corresponder a um crédito 
de mesmo valor, cabendo ao balancete verificar se a soma dos sal-
dos devedores é igual a soma dos saldos credores.
Este demonstrativo poderá ser utilizado para fins gerenciais, 
com suas informações extraídas dos registros contábeis mais atu-
alizados. O grau de detalhamento do balancete de verificação de-
verá estar adequado a finalidade do mesmo. Caso o demonstrativo 
seja destinado a usuários externos o documento deverá ser assina-
do por contador habilitado pelo conselho regional de contabilidade 
(CRC).
Geralmente o balancete é disponibilizado mensalmente, ser-
vindo assim como suporte aos gestores para visualizar a situação 
da empresa diante dos saldos mensurados, sendo um demonstrati-
vo de fácil entendimento e de grande relevância e utilidade prática.
Exemplo de um Balancete de Verificação
Cia. Contabilidade Clara
Balancete Mensal de Verificação - ABR/2012
Contas Natureza Débito Crédito
Caixa
Bancos cta. Movimento
Duplicatas a Receber
Mercadorias
Imobilizado
Fornecedores
Empréstimos e 
Financiamentos
Capital Social
Lucros ou Prejuízos 
Acumulados
AC
AC
AC
AC
ANC
PC
PC
PL
PL
4800
10200
6000
9400
32000
-
-
-
-
-
-
-
-
-
17800
10100
28000
6500
Total 62400 62400
AC = Ativo Circulante
ANC = Ativo não Circulante
PC = Passivo Circulante
PL = Patrimônio Liquido
ESTRUTURA E ELABORAÇÃO DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: 
BALANÇO PATRIMONIAL, 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO; 
DEPRECIAÇÃO; PROVISÕES; RESERVAS;
Nesse tópico do edital, vamos conferir a Lei 6.404/76:
SEÇÃO III
BALANÇO PATRIMONIAL
GRUPO DE CONTAS
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo 
os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo 
a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da 
companhia.
§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente 
de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes 
grupos:
I – ativo circulante; e 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a lon-
go prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes 
grupos:
I – passivo circulante; 
II – passivo não circulante; e 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas 
de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, 
ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver 
direito de compensar serão classificados separadamente.
Ativo
 
 Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos reali-
záveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de 
recursos em despesas do exercício seguinte;
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis 
após o término do exercício seguinte, assim como os derivados 
de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas 
ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes 
no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na 
exploração do objeto da companhia;
III - em investimentos: as participações permanentes em ou-
tras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificá-
veis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da 
atividade da companhia ou da empresa;
Didatismo e Conhecimento 15
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto 
bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da compa-
nhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os 
decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefí-
cios, riscos e controle desses bens; 
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens 
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da 
empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação 
no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.
Passivo Exigível
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive 
financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, 
serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem 
no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem 
vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo 
único do art. 179 desta Lei. 
Resultados de Exercícios Futuros
Patrimônio Líquido
Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante 
subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que 
registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o va-
lor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor 
nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do 
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de de-
bêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de 
subscrição;
c) (revogada); 
d) (revogada). 
§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado 
da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capita-
lizado.
§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimo-
nial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obe-
diência ao regime de competência, as contrapartidas de aumen-
tos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do 
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos 
previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de 
Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o 
do art. 177 desta Lei. 
§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas 
constituídas pela apropriação de lucros da companhia.
§ 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço 
como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a ori-
gem dos recursos aplicados na sua aquisição.
Critérios de Avaliação do Ativo
Art. 183. No balanço, oselementos do ativo serão avaliados 
segundo os seguintes critérios:
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive deri-
vativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo 
circulante ou no realizável a longo prazo: 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destina-
das à negociação ou disponíveis para venda; e 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atu-
alizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao 
valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das 
demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; 
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos 
do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos 
em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou 
produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de merca-
do, quando este for inferior;
III - os investimentos em participação no capital social de ou-
tras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo 
custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis 
na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada 
como permanente, e que não será modificado em razão do recebi-
mento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonifica-
das;
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, dedu-
zido de provisão para atender às perdas prováveis na realização 
do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de 
mercado, quando este for inferior;
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de 
aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, 
amortização ou exaustão;
VI – (revogado); 
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incor-
rido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amor-
tização; 
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de lon-
go prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajusta-
dos quando houver efeito relevante. 
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor 
justo: 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço 
pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de 
realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e 
demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser 
alienados a terceiros.
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em 
um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória rea-
lizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado 
ativo para um determinado instrumento financeiro: 
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a ne-
gociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco 
similares; 
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para 
instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou 
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos 
de precificação de instrumentos financeiros. 
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobi-
lizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: 
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos di-
reitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda 
de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;
Didatismo e Conhecimento 16
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do ca-
pital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou 
comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de du-
ração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo 
legal ou contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente 
da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais 
ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise 
sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no 
intangível, a fim de que sejam: 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando 
houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades 
a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão pro-
duzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou 
 II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determi-
nação da vida útil econômica estimada e para cálculo da deprecia-
ção, exaustão e amortização. 
§ 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda 
poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o 
costume mercantil aceito pela técnica contábil.
Critérios de Avaliação do Passivo
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados 
de acordo com os seguintes critérios: 
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculá-
veis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resul-
tado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a 
data do balanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de pa-
ridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de 
câmbio em vigor na data do balanço;
III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no 
passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo 
os demais ajustados quando houver efeito relevante. 
Critérios de Avaliação em Operações Societárias 
Art. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, 
com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei, 
normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis à aquisi-
ção de controle, participações societárias ou negócios. 
CORREÇÃO MONETÁRIA
(REVOGADO PELA LEI Nº 7.730, DE 1989)
SEÇÃO IV
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS 
OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
discriminará:
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios ante-
riores e a correção monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela 
dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados 
apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, 
ou da retificação de erro imputável a determinado exercício ante-
rior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados de-
verá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e 
poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio 
líquido, se elaborada e publicada pela companhia.
SEÇÃO V
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discrimi-
nará:
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das ven-
das, os abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das merca-
dorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, de-
duzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras 
despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as 
outras despesas; 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e 
a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, adminis-
tradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos 
financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdên-
cia de empregados, que não se caracterizem como despesa; 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante 
por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão com-
putados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, indepen-
dentemente da sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos.
§ 2o (Revogado). 
SEÇÃO VI
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA E DO VALORADICIONADO 
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do 
caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: 
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorri-
das, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, 
segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: 
a) das operações;
b) dos financiamentos; e 
c) dos investimentos;
II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza 
gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que 
contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, 
financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da 
riqueza não distribuída. 
BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada 
a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada 
data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.
Didatismo e Conhecimento 17
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
O balanço patrimonial é constituído pelo ativo, pelo passivo e 
pelo Patrimônio Líquido.
a) O ativo compreende as aplicações de recursos representa-
das por bens e direitos;
b) O passivo compreende as origens de recursos representadas 
por obrigações;
c) O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da 
Entidade, ou seja, a diferença a maior do ativo sobre o passivo. 
Na hipótese do passivo superar o ativo, a diferença denomina-se 
“Passivo a Descoberto”.
As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos pra-
zos esperados de realização, e as contas do passivo são dispostas 
em ordem crescente dos prazos de exigibilidade, estabelecidos ou 
esperados, observando-se iguais procedimentos para os grupos e 
subgrupos.
Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Cir-
culante, desde que os prazos esperados de realização dos direitos 
e os prazos das obrigações, estabelecidos ou esperados, situem-se 
no curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.
Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, 
em grupos de Realizável e Exigível a Longo Prazo, desde que os 
prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obri-
gações estabelecidas ou esperados, situem-se após o término do 
exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.
Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior 
que o exercício social, a classificação no Circulante ou Longo Pra-
zo terá por base o prazo desse ciclo.
Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificado-
ras deverão ser apresentados como valores redutores das contas ou 
grupo de contas que lhes deram origem.
Os valores recebidos como receitas antecipadas por conta de 
produtos ou serviços a serem concluídos em exercícios futuros, 
denominados como resultado de exercícios futuros, na legislação, 
serão demonstrados com a dedução dos valores ativos a eles vin-
culados, como direitos ou obrigações, dentro do respectivo grupo 
do ativo ou do passivo.
Os saldos devedores e credores serão demonstrados separada-
mente, salvo nos casos em que a Entidade tiver direito ou obriga-
ção de compensá-los.
Os elementos da mesma natureza e os pequenos saldos serão 
agrupados, desde que seja indicada a sua natureza e nunca ultra-
passem, no total, um décimo do valor do respectivo grupo de con-
tas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos como “diversas 
contas” ou “contas correntes”.
As contas que compõem o ativo devem ser agrupadas, segun-
do sua expressão qualitativa, em:
I – Circulante: O Circulante compõe-se de:
a) Disponível: São os recursos financeiros que se encontram 
à disposição imediata da Entidade, compreendendo os meios de 
pagamento em moeda e em outras espécies, os depósitos bancários 
à vista e os títulos de liquidez imediata.
b) Créditos: São os títulos de crédito, quaisquer valores mobi-
liários e os outros direitos.
c) Estoques: São os valores referentes às existências de pro-
dutos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mer-
cadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros 
valores relacionados às atividades-fins da Entidade.
d) Despesas Antecipadas: São as aplicações em gastos que 
tenham realização no curso do período subseqüente à data do ba-
lanço patrimonial.
e) Outros Valores e Bens: São os não relacionados às ativida-
des-fins da Entidade.
II – Realizável a Longo Prazo: São os ativos, cujos prazos 
esperados de realização situem-se após o término do exercício sub-
seqüente à data do balanço patrimonial.
III – Permanente: São os bens e direitos não destinados à 
transformação direta e meios de pagamento e cuja perspectiva de 
permanência na Entidade ultrapasse um exercício. É constituído 
pelos seguintes subgrupos:
a) Investimentos: São as participações em sociedades além 
dos bens e direitos que não se destinem à manutenção das ativida-
des fins da Entidade.
b) Imobilizado: São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, 
utilizados na consecução das atividades fins da Entidade.
c) Diferido: São as aplicações de recursos em despesas que 
contribuirão para a formação do resultado de mais um exercício 
social.
As contas que compõem o passivo devem ser agrupadas, se-
gundo sua expressão qualitativa, em:
I – Circulante: São as obrigações conhecidas e os encargos 
estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se no 
curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.
II – Exigível a Longo Prazo: São as obrigações conhecidas 
e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, 
situem-se após o término do exercício subseqüente à data do ba-
lanço patrimonial.
As contas que compõem o Patrimônio Líquido devem ser 
agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em:
I – Capital: São os valores aportados pelos proprietários e os 
decorrentes de incorporações de reservas de lucros.
II – Reservas: São os valores decorrentes de retenções de lu-
cros, de reavaliação de ativos e de outras circunstâncias.
III – Lucros ou Prejuízos Acumulados: São os lucros reti-
dos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não compensados, 
estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido.
No caso onde houver Passivo a Descoberto, devido à sua ex-
cepcionalidade, a Entidade deverá modificar a forma habitual da 
equação patrimonial, apresentando, de forma vertical, o ativo di-
minuído do passivo, tendo como resultado o Passivo a Descoberto.
NOTAS EXPLICATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁ-
BEIS:
A publicação de Notas Explicativas às Demonstrações 
Financeiras está prevista no § 4º do artigo 176 da Lei 6.404/1976 
(Lei das S/A), adiante transcrito: 
 “as demonstrações serão complementadas por Notas 
Explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações 
contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial 
e dos resultados do exercício”.
 As Notas Explicativas visam fornecer as informações neces-
sárias para esclarecimento da situação patrimonial, ou seja, de de-
terminada conta, saldo ou transação, ou de valores relativos aos 
resultados do exercício, ou para menção de fatos que podem al-
Didatismo e Conhecimento 18
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
terar futuramente tal situação patrimonial, ou ainda, poderá estar 
relacionada a qualquer outra das Demonstrações Financeiras, seja 
a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, seja a De-
monstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
NOTAS PREVISTAS PELA LEI
§ 5o As notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das de-
monstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecio-
nadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis 
adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra 
parte das demonstrações financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas pró-
prias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para 
uma apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimo-
niais, especialmente estoques,dos cálculos de depreciação, amor-
tização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou 
riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização 
de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes 
(art. 247, parágrafo único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas 
avaliações (art. 182, § 3o ); 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as ga-
rantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou 
contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das 
obrigações a longo prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no 
exercício; 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1o); e 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício 
que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação 
financeira e os resultados futuros da companhia. 
§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do 
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será 
obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de 
caixa. 
§ 7o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, 
disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3o deste ar-
tigo. 
DEPRECIAÇÃO
 
Depreciação corresponde ao encargo periódico que determina-
dos bens sofrem, por uso, obsolescência ou desgaste natural.
 A taxa anual de depreciação de um bem, será fixada em função 
do prazo, durante o qual se possa esperar utilização econômica.
 A quota de depreciação a ser registrada na escrituração contábil 
da pessoa jurídica, como custo ou despesa operacional, será deter-
minada mediante aplicação da taxa de depreciação sobre o valor do 
bem em reais.
 Observe-se que o limite de depreciação é o valor do próprio 
bem. Desta forma, deve-se manter um controle individualizado, por 
bem, do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha de item do imo-
bilizado” para que o valor contabilizado da depreciação, somado ás 
quotas já registradas anteriormente, não ultrapasse o valor contábil 
do respectivo bem.
CÁLCULO DAS QUOTAS DE DEPRECIAÇÃO
 
Bens já Existentes no Patrimônio no Exercício Anterior
 
Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou 
perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
 Segundo a NBC T 19.5, é obrigatório o reconhecimento da 
depreciação, amortização e exaustão.
 A taxa anual de depreciação de um bem será fixada em da 
estimativa de sua vida útil ou prazo de utilização.
 A quota de depreciação a ser registrada na escrituração 
contábil da pessoa jurídica, como custo ou despesa operacional, 
será determinada mediante aplicação da taxa de depreciação sobre 
o valor do bem em reais.
 Observe-se que o limite de depreciação é o valor do próprio 
bem. Desta forma, deve-se manter um controle individualizado, 
por bem, do tipo “ficha do imobilizado” ou “planilha de item 
do imobilizado” para que o valor contabilizado da depreciação, 
somado ás quotas já registradas anteriormente, não ultrapasse o 
valor contábil do respectivo bem.
 
INÍCIO E TÉRMINO DA DEPRECIAÇÃO
 
A depreciação de um ativo começa quando o item está em 
condições de operar na forma pretendida pela administração, e 
cessa quando o ativo é baixado ou transferido do imobilizado.
 A depreciação não cessa quando o ativo torna-se obsoleto ou 
é retirado temporariamente de operação a não ser que o ativo esteja 
totalmente depreciado.
 
VIDA ÚTIL, PERÍODO DE USO E VOLUME DE 
PRODUÇÃO
 
Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a 
vida útil, período de uso e volume de produção de um ativo:
 a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliado com base na 
capacidade esperada ou na produção física do ativo;
b) o desgaste físico esperado, que depende de fatores 
operacionais, tais como o número de turnos durante os quais o 
ativo será usado, o programa de reparo e manutenção, inclusive 
enquanto estiver ocioso;
c) a obsolescência tecnológica resultante de mudanças ou 
aperfeiçoamentos na produção ou mudanças na demanda no 
mercado pelo produto ou serviço produzido pelo ativo; e
d) os limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, 
tais como datas de expiração dos respectivos arrendamentos, 
permissões de exploração ou concessões.
 
Observe que a legislação do imposto de renda fixa limites 
máximos de depreciação para os bens, constantes no anexo 1 da IN 
SRF 162/1998.
 
Exemplo:
 
Valor de Edificações da sede: R$ 105.000,00
Taxa anual de depreciação: 4%
Valor da Depreciação no ano: R$ 105.000,00 x 4% = R$ 
4.200,00
Valor da Depreciação mensal: R$ 4.200,00 : 12 meses = R$ 
350,00
Didatismo e Conhecimento 19
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
CONTABILIZAÇÃO
 
O registro contábil do encargo de depreciação será feito a dé-
bito de uma conta de custo ou despesa operacional e a crédito da 
conta redutora do ativo imobilizado intitulada depreciação acumu-
lada.
 
Exemplo:
 
Depreciação de R$ 10.000,00 de máquinas e equipamentos:
 
D – Depreciações (Custo ou Despesa Operacional – Conta de 
Resultado)
C - Depreciação Acumulada - Máquinas e Equipamentos 
(Ativo Imobilizado)
R$ 10.000,00
PROVISÃO
 
Provisão é uma reserva de um valor para atender a despesas 
que se esperam. A provisão visa a cobertura de um gasto já consi-
derado certo ou de grande possibilidade de ocorrência. 
As provisões representam expectativas de perdas de ativos ou 
estimativas de valores a desembolsar que, apesar de financeira-
mente ainda não efetivadas, derivam de fatos geradores contábeis 
já ocorridos. 
A partir do momento que essas perdas de ativos ou obrigações 
se tornam totalmente definidas, deixam de ser consideradas como 
provisões, como por exemplo: a provisão para férias se transforma 
em salários a pagar, a provisão para Imposto de Renda passa a ser 
Impostos de Renda a pagar. 
Além das citadas provisões de férias e do imposto de renda, 
temos outras provisões bastante comuns, como: para pagamento 
do 13º salário, participações dos empregados nos resultados da 
empresa, contribuição social sobre o lucro, etc. Tratam-se de des-
pesas que, ainda que não pagas, configuram-se como ocorridas, 
pelo princípio de competência contábil.
 
Exemplo:
 
Contabilização da provisão para participação dos empregados 
nos resultados da empresa:
 
D – Participação dos Trabalhadores nos Resultados (Conta de 
Resultado)
C – Participações nos Resultados – Empregados (Passivo Cir-
culante)
 
RESERVAS 
Por outro lado, as reservas representam a diferença entre o pa-
trimônio líquido e o capital, sendo resultantes de valores entregues 
pelos titulares do capital que não representam aumento de capital, 
ou representam acréscimos de valor de elementos do ativo, ou ain-
da se originam de lucros não distribuídos aos sócios ou acionistas. 
 RESERVAS DE CONTINGÊNCIA
 
Contingência é uma condição ou situação cujo resultado final, 
favorável ou desfavorável, depende de eventos futuros incertos. 
Em contabilidade essa definição se restringe às situações existen-
tes à data das demonstrações e informações contábeis, cujo efeito 
financeiro será determinado por eventos futuros que possam ocor-
rer ou deixar de ocorrer. 
De acordo com o artigo 195 da Lei nº 6.404/76, a assembleia 
geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar 
parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de 
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente 
de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. 
Nesse caso, a proposta dos órgãos da administração deverá 
indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de pru-
dência que a recomendem, a constituição da reserva. 
No exercício em que ocorrer a perda efetivamente, ou deixa-
rem de existir as razões que justificaram a sua constituição, efetua-
-se a reversão da Reserva para Contingências anteriormente cons-
tituída para a conta de Lucros Acumulados. 
A perda contingentedeve ser registrada sempre que:
 
1. for provável que eventos futuros e/ou a experiência passada 
venham a confirmar a diminuição do valor de realização ou de 
recuperação de um ativo ou a existência de um passivo; e
2. a perda puder ser razoavelmente estimada.
 
Ou seja, trata-se da possibilidade de ocorrência de eventos 
futuros, cuja estimativa possa ser prevista no presente. Se não há 
possibilidade de estimativa, mesmo que sua ocorrência seja prová-
vel, não se contabiliza qualquer reserva para contingências.
 Contudo, caso o montante envolvido não possa ser razoavel-
mente estimado, toda e qualquer informação relevante deve ser 
divulgada, pelo menos, em nota explicativa.
 Um exemplo de contingência futura seria o encerramento de 
atividades de uma filial, cuja possibilidade esteja sendo estuda-
da pela administração, que gerará pagamento de multas do FGTS 
por rescisões de contrato de trabalho. Neste caso, sugere-se que se 
efetive uma reserva de contingência, visando atender tal provável 
evento futuro, quantificando-o adequadamente com base nas esti-
mativas das multas a serem pagas aos trabalhadores, da seguinte 
forma:
 
D – Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)
C – Reservas para Contingências Futuras – Multas Rescisó-
rias Trabalhistas (Patrimônio Líquido)
OPERAÇÕES FINANCEIRAS: 
APLICAÇÕES FINANCEIRAS, 
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS, 
OPERAÇÕES COM DUPLICATAS; 
OPERAÇÕES FINANCEIRAS
CONCEITO
São operações realizadas pelas empresas com o objetivo de 
gerar recursos financeiros (dinheiro).
Modalidades
São diversas as modalidades das operações financeiras, des-
tacando-se:
Didatismo e Conhecimento 20
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
Aplicações Financeiras
Empréstimos Bancários
Operações com Duplicatas
Factoring
APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Aplicações de Liquidez Imediata
Essas aplicações correspondem, geralmente, a compras de tí-
tulos do governo, como, por exemplo, letras e bônus.
Tais títulos têm liquidez imediata porque a empresa pode res-
gatar o valor aplicado mais os rendimentos no dia em que desejar.
Os rendimentos correspondem à inflação ocorrida no período 
em que o dinheiro permaneceu aplicado, sendo geralmente basea-
da na variação dos títulos do governo.
Aplicações com Rendimentos Prefixados
Neste tipo de aplicação, a empresa fica sabendo, no dia da 
aplicação, o valor dos seus rendimentos, que correspondem à cor-
reção monetária prefixada mais juros.
Aplicações com Rendimentos Pós-Fixados
Neste tipo de aplicação, a empresa somente fica sabendo 
quanto ganhou com a operação no dia de seu resgate.
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
Empréstimos com Correção Monetária Prefixada
Neste tipo de empréstimo, a empresa sabe, no dia da transa-
ção, qual o montante dos encargos referentes à correção monetária 
incidente sobre a operação.
Empréstimos com Correção Monetária Pós-Fixada
Neste tipo de empréstimo, a empresa somente sabe qual o 
montante dos encargos referentes à correção monetária incidente 
sobre a operação no dia do vencimento.
OPERAÇÕES COM DUPLICATAS
Cobrança Simples de Duplicatas
Consiste na remessa de títulos aos bancos, os quais prestam 
serviços à empresa, cobrando-os dos respectivos devedores.
Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse dos títulos 
aos bancos, porém a propriedade continua sendo da empresa.
Para remeter os títulos ao banco, a empresa os relaciona atra-
vés de um borderô, ao qual anexa os respectivos títulos.
Desconto de Duplicatas
Consiste na transferência dos títulos ao banco, mediante en-
dosso. A empresa transfere ao banco o direito de recebimento dos 
títulos.
O valor do desconto é determinado em função do número de 
dias que faltam para que os títulos sejam liquidados.
Neste tipo de operação, a empresa endossante é responsável, 
coobrigada pela liquidação dos títulos descontados. Assim sendo, 
a responsabilidade da empresa somente desaparece quando do 
pagamento do título pelo devedor.
A operação é semelhante à cobrança simples, no que diz 
respeito à remessa dos títulos.
Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse e a 
propriedade dos títulos ao banco.
A empresa endossante desconta títulos e recebe do banco 
o valor nominal (constante dos títulos), suportando os juros 
correspondentes ao prazo que falta decorrer para o vencimento dos 
títulos negociados.
Caução de Duplicatas
Operação de empréstimo que a empresa efetua junto a um 
banco, na qual o banco exige que a beneficiada entregue-lhe títulos 
em garantia.
O valor dos títulos caucionados é sempre superior ao valor 
liberado. O banco poderá exigir a emissão de uma nota promissória 
no valor total do empréstimo.
É lavrado um contrato entre a empresa e o banco, onde ficam 
estabelecidos, pelo menos:
1. o valor do numerário que a empresa terá direito por um 
determinado período de tempo;
2. o valor de títulos que a empresa oferecerá ao banco, em 
cobrança caucionada, que, ao mesmo tempo em que representa a 
garantia da dívida assumida, é o termômetro para liberação do total 
do empréstimo;
3. o percentual que poderá sacar, o qual fica entre 70% a 80% 
dos títulos caucionados;
4. os encargos da empresa em relação ao contrato e aos títulos 
caucionados
Neste tipo de operação , a empresa transfere a posse e a 
propriedade dos títulos ao banco., a empresa transfere a posse e a 
propriedade dos títulos ao banco.
OPERAÇÕES COM MERCADORIAS: 
COMPRA, VENDA, AVALIAÇÃO DOS 
ESTOQUES: PEPS, UEPS, CUSTO MÉDIO; 
FATOS QUE MODIFICAM COMPRAS E 
VENDAS DE MERCADORIAS. 
MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO DE ESTOQUES
Existem diversos métodos para determinar o valor dos esto-
ques em determinada data, bem como o custo das mercadorias 
vendidas. Os principais e mais freqüentemente empregados são: 
PEPS, UEPS e CUSTO MÉDIO
Exemplo:
1. Compra a prazo de 1.000 unidades do produto “X” a $ 
10,00 cada.
2. Compra a prazo de mais 1.000 unidades do mesmo produ-
to a $ 15,00 cada.
Didatismo e Conhecimento 21
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
3. Venda de 1.000 unidades desse produto a $ 30,00 cada.
Pede-se: contabilizar a compra , a venda e apurar o lucro bruto.
P.E.P.S
Data Entrada Saída Saldo
 Quant. $ Unit. $ Total Quant. $ Unit. $ Total Quant. $ Unit. $ Total
01 1000 10 10.000 - - - 1000 10 10.000
 - - - 1000 10 10.000
02 1000 15 15.000 1000 15 15.000
 2000 25.000
03 - - - 1000 10 10.000 1000 15 15.000
U.E.P.S
DATA ENTRADA SAÍDA SALDO
 QUANT. $ UNIT. $ TOTAL QUANT. $ UNIT. $ TOTAL QUANT. $ UNIT. $ TOTAL
01 1000 10 10.000 - - - 1000 10 10.000
 - - - 1000 10 10.000
02 1000 15 15.000 1000 15 15.000
 2000 25.000
03 - - - 1000 15 15.000 1000 10 10.000
 
CUSTO MÉDIO
DATA ENTRADA SAÍDA SALDO
 QUANT. $ UNIT. $ TOTAL QUANT. $ UNIT. $ TOTAL QUANT. $ UNIT. $ TOTAL
01 1000 10 10.000 - - - 1000 10 10.000
 - - - 1000 10 10.000
02 1000 15 15.000 1000 15 15.000
 2000 12,50 25.000
03 - - - 1000 12,50 12.500 1000 12,50 12.500
Didatismo e Conhecimento 22
NOÇÕES DE CONTABILIDADE
EXERCÍCIOS
Inventário Periódico:
A indústria de Tecidos Nova Vida S.A., em 31/12/x1, apresen-
ta a seguinte situação em relação à gestão industrial do ano:
Estoques iniciais:
Matérias Primas 50.000
Produtos em elaboração 20.000
Compras de Matérias-Primas 250.000
Mão-de-Obra do pessoal da produção 280.000
Mão-de-Obra dos dirigentes da indústria 50.000
Gastos Gerais de Fabricação:
Aluguel da fábrica 80.000
Energia Elétrica 32.000
Depreciação 12.000
Outros GGF 9.000
Estoques Finais:
Matérias-Primas 65.000
Estoque de produtos em Elaboração 85.000
 
Elaborar o CSP para o período descrito acima.
Inventário Permanente:
A indústria de Tecidos Nova Vida S.A, apresenta a seguinte 
movimentação de estoques em 31/12/x1 :
1. Compra a prazo de 1.000 unidades do produto “X” a $ 
30,00 cada.
2. Compra a prazo de mais 1.000 unidades do mesmo produto 
a $ 40,00 cada.
3. Venda de 1.000 unidades desse produto a $ 60,00 cada.
4. Compra de 2.000 unidades do Produto “Y” a $ 40,00 cada
5. Compra prazo de 3000 unidades do produto “Y” a $ 50,00 
cada

Continue navegando