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AULA SUS para Tec. Enfermagem

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ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE
DOCENTE: MARIANE C. SUZARTE
UNIDADE 1
O QUE É SAÚDE?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde, não
apenas como a ausência de doença, mas como a situação de
perfeito bem-estar físico, mental e social.
Organização Mundial da Saúde (OMS), 1947 
VIII Conferência de Saúde (1986)
• Teve como tema , “Democracia é Saúde” e constituiu-se em fórum de luta
pela descentralização do sistema de saúde e pela implantação de políticas
sociais que defendessem e cuidassem da vida. Foi um momento chave do
Movimento da Reforma Sanitária e da afirmação da indissociabilidade entre
a garantia da saúde como direito social irrevogável e a garantia dos demais
direitos humanos e de cidadania.
• O relatório final da VIII CNS lançou os fundamentos da proposta do SUS.
FILME
Oitava: a conferência que auscultou o Brasil
O vídeo sobre a VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em
1986, conta, como entrevistados, com Christina Tavares,
funcionária histórica da comunicação da Fiocruz, que teve papel
central na divulgação midiática e popular da VIII CNS; Arlindo
Fábio de Sousa, atual superintendente do Canal Saúde e que fez
parte do comitê assessor da Oitava; Paulo Buss, atual diretor do
CRIS e o pesquisador da ENSP Ary Miranda também contam sobre
sua participação no comitê assessor e junto de Arlindo e Crhis
ajudam a traçar um panorama que vai desde formulação do
pensamento crítico da saúde coletiva, que leva à realização da
Oitava e à consequente criação do SUS, aos desafios atuais, diante
de um governo que não tem se comprometido com os ideias de um
sistema que garanta à população o direito a saúde, assegurado pela
Constituição de 1988. (Duração 00:23:13)
Relatório final da VIII CNS
Saúde, em sua concepção ampliada, é o resultado das condições de
alimentação, moradia, educação, meio ambiente, trabalho e renda,
transporte, lazer, liberdade e, principalmente, acesso aos serviços de
saúde.”
FONTE: Brasil, Conferência Nacional de Saúde, 8ª Relatório Final. Brasília: Ministério da Saúde, 1986
A VIII CNS (1986) foi um marco do processo de formulação de um novo modelo de saúde pública universal.
O HOMEM - SER BIOPSICOSSOCIAL + ESPIRITUAL
QUALIDADE DE VIDA
Resultante de adequação das condições
socioambientais às exigências humanas.
Saúde não é um “bem de troca”, mas um 
“bem comum”! (OMS, 1976)
• É um bem e um direito social, em que, cada um e todos possam ter
assegurados o exercício e a prática do direito à saúde, a partir da aplicação e
utilização de conhecimentos e tecnologias adequados às suas necessidades,
abrangendo promoção e proteção da saúde, prevenção, diagnóstico,
tratamento e reabilitação de doenças. Ou seja, deve-se considerar esse bem e
direito, como componente e exercício da cidadania, que é um referencial e
um valor básico a ser assimilado pelo poder público para o balizamento e
orientação de sua conduta, decisões, estratégias e ações.
CIÊNCIAS DA SAÚDE
• Refere-se a aplicação da ciência, tecnologia, matemática ou engenharia à
prestação de cuidados de saúde. Trata-se de um campo multidisciplinar, pois
a comunidade científica tem aprofundado os estudos da Saúde, Ciência e
Sociedade, a fim de explorar a relação entre saúde e doença em diversos
contextos sociais.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA OU HISTÓRIA 
NATURAL DA DOENÇA (HND)
Epidemiologia
• É o estudo da frequência e distribuição dos eventos de saúde e dos seus
determinantes nas populações humanas e a aplicação deste estudo na prevenção e
controle dos problemas de saúde. (BRASIL, 2010)
• Para Rouquayrol e Almeida-Filho (2003), é a “ciência que estuda o processo saúde-
doença na comunidade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das
enfermidades e dos agravos à saúde coletiva, propondo medidas especificas de
prevenção, de controle ou erradicação de doenças, fornecendo indicadores que
sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde”.
Objetivos da Epidemiologia
• Conhecer a situação de saúde da comunidade.
• Conhecer os fatores causais determinantes do mecanismo de produção das
enfermidades.
• Identificar os sujeitos aos riscos e as áreas prioritárias de ação.
• Orientar e colaborar no planejamento e na adoção de decisões.
• Gerar conhecimento facilitando a compreensão de saúde como um todo.
Relevância da Epidemiologia
• Enfoque em prevenção.
• Preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas
para a proteção e promoção da saúde da comunidade.
• Em Saúde Pública, é um instrumento para o desenvolvimento de políticas
no setor da saúde. Sua aplicação, deve levar em conta o conhecimento
disponível, adequando-o às realidades locais.
COMO EXPLICAR O SURGIMENTO DAS DOENÇAS?
Saúde-doença não são estados estanques, isolados, de causação aleatória
– não se está com saúde ou doença por acaso. 
Teoria Mística
• Justificava a doença como
fenômeno sobrenatural, todavia
foi superada pela teoria de que a
doença era um fato decorrente
das alterações ambientais no meio
físico e concreto em que o
homem vivia.
Teoria da Unicausalidade
• Essa concepção surgiu no final do século XIX, com
a medicina moderna, a partir do desenvolvimento da
clínica, e sustentou a teoria dos germes ou das
doenças infecciosas. Nesse período procurava-se,
para cada doença, o seu agente específico (em geral,
uma bactéria, vírus, protozoário ou fungo). Sua
aplicabilidade foi responsável pelo isolamento de
vários agentes microbianos, bem como definição das
formas de transmissão e prevenção e tratamento,
mediante uso de vacinas, antibióticos, isolamento e
quarentena.
Prevaleceu com os estudos de Pasteur (França), Kock, entre outros, com a descoberta dos micróbios (vírus e bactérias) e portanto, do 
Agente Etiológico.
Teoria da Multicausalidade
• Surgida, posteriormente, dentro da concepção dinâmica, que por sua vez,
procura explicar o aparecimento da doença a partir do desequilíbrio entre o
organismo e o ambiente, o qual traria alterações patológicas no homem. Pautada na
determinação da doença e não apenas a presença exclusiva de um agente, e
finalmente, uma série de outros estudos e conhecimentos provindos principalmente
da epidemiologia social. Admite-se que, este desequilíbrio pode ser causado por
vários fatores ou causas associadas. A idéia de multicausalidade propõe a existência
de um processo interativo e de equilíbrio entre três elementos (o agente, o homem e
o ambiente) – nos quais o surgimento de um desequilíbrio levaria à doença
O que é “condições de saúde e doença”
Definição: São as circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de
forma mais ou menos persistente, e que exigem respostas sociais dos
sistemas de atenção à saúde:
• reativas ou proativas
• eventuais ou contínuas
• fragmentadas ou integradas.
EUGENIO VILAÇA MENDES
História Natural das Doenças (Leavell e Clark)
Em 1965, conceberam esta ideia, resultando nas concepções dos níveis de prevenção primário, secundário e terciário.
É o curso da doença desde o inicio até sua resolução, na ausência de intervenção. Modo próprio de evolução da doença,
seguindo seu próprio curso, e responde à questão sobre como as doenças evoluem e se resolvem sem que sofra
intervenções.
Conjunto de processos interativos envolvendo as inter‐relações entre os
elementos quecompõema tríade epidemiológicadasdoenças.
Aspectos causais da doença e da manutenção da saúde
• MULTIFATORIAL Físico
Biológico
Social
PESSOAL X SOCIAL
Capacidade Individual: Físico/Mental
DOENÇA AGUDA DOENÇA CRÔNICA
As condições agudas são aquelas condições de saúde de
curso curto que se manifestam de forma pouco previsível e
que podem ser controladas de forma episódica e reativa e
exigindo um tempo de resposta oportuno do sistema de
atenção à saúde
Condições de saúde de curso mais ou menos longo ou
permanente que exigem respostas e ações contínuas,
proativas e integradas do sistema de atenção à saúde, dos
profissionais de saúde e das pessoasusuárias para o seu
controle efetivo, eficiente e com qualidade. Podem levar a
uma deterioração gradual da saúde.
Características do modelo de atenção: Reativo,
Episódico e Integrado
Causas múltiplas e complexas, evoluem gradualmente ainda
que possam manifestarem-se repentinamente e apresentar
momentos de agudização. Requer cuidado de longa duração.
Características do modelo de atenção: Proativa, contínua
e integrada.
Ex.: Febre, tosse Evoluem ao longo de todo ciclo de vida ainda que sejam 
mais prevalentes em idades mais avançadas
• Doenças transmissíveis de curso curto: influenza e
dengue; Doenças inflamatórias e infecciosas: apendicite e
amigdalite; Traumas
Podem comprometer a qualidade da vida (limitações
funcionais/incapacidades). Apesar de não serem a ameaça
mais imediata à vida constituem as causas mais comuns de
mortalidade prematura. Ex.: HAS, DM.
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
Conceitos de doença aguda, crônica e crônico-
degenerativa:
• Aguda - situação que se instala abruptamente, produz sinais e sintomas logo após a
exposição à causa, em um período determinado para sua recuperação. Pode ser decorrente
de processos crônicos (complicações e/ou sintomas) e/ou infecciosos;
• Crônica - são problemas de longo prazo, devidos à distúrbio ou acúmulo de distúrbios
irreversíveis, ou estado patológico latente; apresenta evolução prolongada e sua resolução
ocorre de maneira parcial;
• Crônico-degenerativa - são situações de evolução lenta e gradual, geralmente
assintomáticas, e não têm causa e/ou tratamento definidos. A assistência objetiva o controle
dos fatores desencadeantes. Ressalte-se que a questão social e ambiental é importante fator
de controle.
FINAL: Com a recuperação, deficiência ou óbito.
• INICIO: Com exposição de um hospedeiro susceptível a um agente causal.
• Há grupos que exigem ações e serviços de natureza e complexidade variada.
• O objeto do sistema de saúde deve ser entendido como as condições de saúde
das populações e seus determinantes, assim sendo o próprio processo de
saúde/doença, visando melhores estados e níveis de saúde dos indivíduos e das
coletividades, atuando articulada e integralmente nas prevenções primária,
secundária e terciária, com redução dos riscos de doença, sequelas e óbito.
• Para garantir a integralidade é necessário operar mudanças na produção do cuidado,
a partir da rede básica, secundária, atenção à urgência e todos os outros níveis
assistenciais.
Com base na identificação dos momentos específicos da HND têm 
sido estabelecidos diferentes níveis de intervenção em saúde. 
Níveis de Prevenção
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA TERCIÁRIA
• Promoção
• Proteção Específica
• Diagnóstico precoce
• Tratamento Adequado
• Limitação da incapacidade
Reabilitação
O modelo da HND, de Leavell & Clark, define períodos sequenciados para o
desenvolvimento de uma doença.
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO PERÍODO PATOGÊNICO
Antes do adoecimento Doença em curso
Com interesse dirigido para as relações suscetível-
ambiente
O interesse está nas modificações que se passam no 
organismo vivo. 
Fatores ambientais promovem estímulo à doença Patogênese precoce; Morte; Estado crônico; Invalidez
O nível de aplicação das medidas preventivas é o da
prevenção primária, feita por meio da promoção da
saúde e da proteção específica.
Diagnóstico precoce e tratamento imediato e a limitação
da incapacidade são medidas preventivas do nível
secundário. Já no terciário, reabilitação referente às
sequelas.
Rouquayrol et al. In: Rouquayrol. Epidemiologia & Saúde. 7.ed. p. 13-20.
Tríade Epidemiológica
AEROSSOL
TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA
AGENTE
QUÍMICO Tóxicos; Cáusticos; Venenos; Poluentes, etc.
FÍSICO Mecânicos; Térmicos; Ruídos; Radiação, etc.
BIOLÓGICO Vírus; Bactérias; Fungos; Vermes; etc.
HOSPEDEIRO
HOMEM Estado imune; Idade; Sexo; Hábitos; Genética; Raça; Nutrição; Profilaxia; 
Promiscuidade; etc.
AMBIENTE
FÍSICO Clima; temperatura; qualidade do ar; higiene; conforto; etc.
BIOLÓGICO Vetores
SOCIAL Interações Sociais; instabilidade familiar; etc.
OPAS. Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Módulo 2: Saúde e doença na população / OPAS. 
Brasília : Organização Pan-Americana da Saúde ; Ministério da Saúde, 2010
Deve-se identificar em qual dos estágios da
doença o indivíduo está para promover ações
adequadas, que contribuam efetivamente na
reabilitação e/ou proporcionem uma melhor
qualidade de vida. Este trabalho envolve toda a
equipe de saúde!
Estágios da Doença: 3 fases
PRÉ-PATOGÊNESE
INESPECÍFICA Condições gerais do indivíduo ou do ambiente que predispõem a uma ou várias
doenças
ESPECÍFICA A presença de fatores causais favorecem o aparecimento de uma doença. 
FASE CLÍNICA
PRECOCE Da situação anterior resultou uma doença cujos primeiros sinais e sintomas se
tornaram aparentes.
AVANÇADA A doença segue sua evolução, terminando com a morte, com a cura ou deixando 
sequelas. 
SEQUELAS
As sequelas ou consequências das doenças podem ser reparadas com
maior ou menor eficiência, permitindo a reabilitação do indivíduo.
PREVENIR DOENÇA – Em primeiro lugar!
As ações possíveis devem sempre seguir o objetivo de fazer com que o indivíduo não adoeça. E se adoecer, trabalhar ao 
máximo para que o mesmo se restabeleça e sem a presença de sequelas. 
1º Para melhorar condições de vida do indivíduo, requer reduzir agressões ambientais ao
mínimo, para contribuir com uma geração de indivíduos com melhor potencial genético,
diminuindo fatores de riscos externos.
2º Proteger o indivíduo contra agressões específicas (nutricional, ex.)
3º Identificar a doença e iniciar precocemente o tratamento.
4º Trabalhar com o indivíduo adoecido, com ações efetivas para a recuperação, sem sequelas
ou diminuir a incidência das mesmas.
5° Se o indivíduo foi surpreendido apenas no final da doença, gerando sequelas, as ações têm o
objetivo de recuperá-las o mais rápido possível.
• Conjuntos de ações de saúde, no âmbito
individual e coletivo, que abrange a
promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, a redução de
danos e a manutenção da saúde com o
objetivo de desenvolver atenção integral
que impacte na situação de saúde e
autonomia das pessoas e nos determinantes
e condicionantes de saúde das coletividades.
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção básica. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2012.
Atenção Primária à Saúde (APS) x Atenção Básica (AB)
• APS - Cenário de prática no
primeiro nível de assistência,
caracterizados pelas atividades
realizadas nas ESF e UBS.
• Primeiro nível de atenção dentro do
sistema (acesso de 1° contato)
•
• AB - É a política nacional brasileira
definida pelo Departamento de AB
vinculado ao MS.
Na perspectiva da ‘Saúde da Família’
• O conhecimento do processo saúde/doença e
da história natural da doença deve contribuir
para a redução de encaminhamentos
desnecessários a especialistas, com a definição
bem fundamentada quanto ao momento exato
para que eles ocorram.
Consoante a Política Nacional da Atenção Básica, , aprovada pela portaria 2.436
de 21 de setembro de 2017, os princípios e diretrizes, da Atenção Básica serão
orientadores para a sua organização nos municípios:
Considera-se que, a integralidade começa pela organização
dos processos de trabalho na atenção básica, em que:
• assistência deve ser multiprofissional
• operando por meio de diretrizes como a do acolhimento e vinculação de
clientela, e cabe a equipe se responsabilizar pelo seu cuidado.
• Este é exercido a partir dos diversos campos de saberes e práticas, em que se
associam os da vigilância à saúde e dos cuidados individuais.
Na atenção integral, todos os recursos disponíveis devem ser capazes de garantir o acesso às
diferentes tecnologias necessárias à assistência, conferindo maior resolutividade às ações, ao
intervir no nível de atençãoadequado à resolução do problema.
Trabalha-se com a imagem de uma linha de
produção do cuidado (da rede básica para os
diversos níveis assistenciais). Assim, é esperado
que as equipes de saúde da família sintam-se
amparadas sobre informações consistentes
sobre o estado de saúde da população por elas
assistidas, para que possam definir suas linhas
de cuidado com base no princípio da
integralidade.
UNIDADE 2
Panorama das condições de saúde no brasil
Como era a saúde brasileira antes do SUS?
Barbáries praticadas no hospital colônia no século XX
Saúde Pública nos tempos de Cabral
• Índios já tinham suas enfermidades, mas com a chegada dos portugueses,
houve agravamento nas condições de saúde, devido às “doenças de branco”.
Todavia, os índios não tinha imunidade para combatê-las, com isso, milhares
foram dizimados.
Durante os 389 anos de duração da Colônia e do Império, 
o que foi feito pela saúde no Brasil?
• Pouco ou nada foi feito com relação à saúde. Não havia políticas
públicas estruturadas, muito menos a construção de centros de atendimento
à população. Além disso, o acesso a tratamentos e cuidados médicos
dependia da classe social: pessoas pobres e escravos viviam em condições
duras e poucos sobreviviam às doenças que tinham. As pessoas nobres e
colonos brancos, que tivessem terras e posses, tinham maior facilidade de
acesso a médicos e remédios da época. Portanto, suas chances de
sobrevivência eram maiores.
A chegada da Família Real portuguesa ao Brasil (1808) 
• Criou necessidade da organização de uma estrutura sanitária mínima, para dar
suporte à estrutura de poder no RJ. Ainda que de forma incipiente, as intervenções
estatais na área da saúde se descolam paulatinamente da ação direta sobre o doente e
passam a focar mais a saúde, ou a preocupação em garantir a saúde dos sãos e
prevenir doenças. Em 1846, foi fundado o Instituto Vacínico do Império.
• Foram criadas as escolas de Medicina, o que trouxe mais qualidade e também mais
pretexto para o controle dos curandeiros: sem título acadêmico, ninguém poderia
curar, partejar ou ter botica. Isso não impedia que as epidemias se alastrassem, tais
como varíola, febre amarela, febre tifoide, sarampo e outros.
O refúgio no Brasil foi uma manobra do Príncipe-Regente, D. João, para garantir que Portugal continuasse 
independente quando foi ameaçado de invasão por Napoleão Bonaparte. 
Caridade, filantropia e saúde: 
o papel das Santas Casas de Misericórdia
• Investir na saúde para salvar a economia: baixa assistência à saúde causava
transtornos e tornava a situação mais instável do que o desejado. Havia alta
mortalidade, principalmente entre os escravos, sendo que em alguns momentos a
natalidade era menor do que a mortalidade entre eles.
• O Poder Público Municipal (PPM) tinha que cuidar da limpeza e, principalmente,
dos miasmas, além de regular a entrada de pessoas e produtos nos portos.
• Função: fazer cumprir as Ordenações Filipinas e cuidar dos miasmas, para evitar
males e contágios. Então, as Santas Casas cuidavam dos doentes, mas os
tratamentos eram praticamente os mesmos para todas as doenças, num repertório
limitado de procedimentos que incluíam, fundamentalmente, a sangria e a purga.
Nas últimas décadas, o setor da saúde brasileiro passou por grandes 
transformações em importantes aspectos: 
1. Demográfico
2. Epidemiológico
3. Tecnológico
4. Nutricional.
1. Transição Demográfica
• Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a esperança de vida dos
brasileiros tem aumentado gradativamente desde
1940, cuja média era de 45,5 anos. Atualmente a
expectativa de vida dos homens aumentou de 72,2
anos em 2016 para 72,5 anos em 2017, enquanto a
das mulheres foi de 79,4 para 79,6 anos. (IBGE,
2018). A melhoria das condições de vida em geral
trouxe maior longevidade à população.
• Em 1960, a média era de 6 filhos por
casal. Atualmente, é menos de dois
filhos por casal, bem abaixo da média
necessária para a reposição
populacional, o que aproxima o Brasil
dos países com as menores taxas de
fecundidade. Portanto, uma
impactante transição demográfica
está em curso no país.
O PERCENTUAL DE CRIANÇAS E JOVENS ESTÁ EM QUEDA. 
2. Transição Epidemiológica
• Esta também se faz presente como fator interveniente na saúde.
• Passado: doenças infecto parasitárias (desfecho rápido) - principais causas
de morte na população brasileira, chegando a 26% do total de mortes.
• Atualmente: as doenças crônico-degenerativas (como diabetes, hipertensão,
demências), os cânceres (neoplasias) e fatores externos (mortes violentas)
assumiram o papel de principais causas de mortalidade. O tratamento e a
reabilitação dos pacientes acometidos por essas doenças figuram entre os
responsáveis pelos altos custos do sistema de saúde.
3. Transição Tecnológica
• Na medicina atual, a tecnologia assume papel cada vez mais
significativo.
• A incorporação de novos artefatos é sempre bem-vinda, pois adiciona
qualidade aos tratamentos curativos ou paliativos, porém levanta algumas
discussões, por implicar altos custos e por trazer o perigo de relegar a
plano secundário a necessária humanização no tratamento dos
pacientes.
4. Transição Nutricional
• A questão da nutrição e dos tipos de
alimentos a ela relacionados proporcionou
mudança no padrão físico do brasileiro.
• Sobrepeso e obesidade contribuem para
perda da qualidade de vida e são a
porta de entrada para muitas doenças.
A prevalência da obesidade volta a crescer no Brasil, é o que aponta a Pesquisa de Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, do MS.
POLÍTICAS DE 
SAÚDE PÚBLICA 
NO BRASIL
FILME
A história da saúde pública no Brasil
– 500 anos na busca de soluções,
uma animação dinâmica e interativa
voltada para os jovens, mostra
trajetória marcada pelas diferenças
sociais e pela falta de prioridade nos
investimentos. (Duração 00:17:01)
Políticas Públicas de Saúde
• É o conjunto de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e
instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta
e indireta e das fundações mantidas pelo poder público.
O Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de
Promoção da Saúde, define a Promoção da Saúde:
• É uma estratégia de articulação na qual se confere visibilidade aos fatores
que colocam a saúde da população em risco e às diferenças entre as
necessidades, territórios e culturas presentes no Brasil, objetivando a criação
de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade, defendendo a
equidade e incorporando a participação e o controle social na gestão das
políticas públicas.
A OMS caracteriza como iniciativas de Promoção da Saúde os programas, as políticas
e as atividades planejadas e executadas de acordo com os seguintes princípios:
Concepção Holística As ações de promoção enfoquem o indivíduo como um todo.
Intersetorialidade Articulação de saberes e experiências no planejamento, ação conjunta de vários
profissionais.
Empoderamento e 
Participação Social: 
Constitui-se na inserção da participação da comunidade em conjunto com os
profissionais de saúde na eleição das prioridades na promoção da saúde.
Equidade Pressupõe a oferta de serviços de saúde de todos os níveis de acordo com a
complexidade que cada caso requeira, até o limite da capacidade do sistema.
Ações Multiestratégicas envolvimento de múltiplas disciplinas e criação de métodos e abordagens diferentes.
Sustentabilidade promover uma política de promoção da saúde que se constitua em um processo
contínuo, forte e autossustentável.
Grandes preocupações na saúde pública 
Doenças crônicas não transmissíveis ou doenças não transmissíveis (doenças
cardiovasculares, HAS, DM, cânceres, doenças renais crônicas e outras);
Doenças transmissíveis (AIDS, tuberculose, hanseníase, influenza, dengue e outras);
Fatores comportamentais de risco modificáveis (tabagismo, dislipidemias porconsumo
excessivo de gorduras saturadas de origem animal, obesidade, ingestão insuficiente de frutas e
hortaliças, inatividade física e sedentarismo);
Dependência química e uso crescente e disseminado de drogas lícitas e ilícitas
Causas externas (acidentes e violências em geral).
UNIDADE 3
Organização e estrutura da saúde no Brasil
Ministério da Saúde
• O setor governamental responsável pela administração, organização e
elaboração de planos e políticas públicas voltadas para manutenção da Saúde
pública em nosso país.
• Sua função é dispor de condições para a proteção e recuperação da saúde da
população, reduzindo as enfermidades, controlando as doenças endêmicas e
parasitárias e melhorando a vigilância à saúde, dando, assim, mais qualidade
de vida ao brasileiro.
Secretarias 
• Secretaria Executiva (SE)
• Secretaria de Atenção Primária a Saúde (SAPS)
• Secretaria de Atenção Especializada a Saúde (SAES)
• Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE)
• Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI)
• Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
• Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES).
Órgãos Vinculados ao Ministério da Saúde
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Autarquia. Tem função de controlar e regular a área sanitária de serviços
e produtos, sejam eles nacionais ou importados. Dentro desses serviços estão as áreas de medicamentos, alimentos, sangue,
saneantes e até mesmo os cosméticos.
ANS - Agencia Nacional de Saúde Suplementar. Agência reguladora, responsável pelo setor de planos de saúde. Sua missão
é promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive quanto
às suas relações com prestadores e consumidores, além de contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país.
FIOCRUZ - Fundação Osvaldo Cruz: Mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina. Sua
missão é produzir, disseminar e compartilhar conhecimentos e tecnologias voltados para o fortalecimento e a consolidação do
SUS e que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população brasileira, para a redução das
desigualdades sociais e para a dinâmica nacional de inovação, tendo a defesa do direito à saúde e da cidadania ampla como
valores centrais.
FUNASA – Fundação Nacional de Saúde: Busca promover a inclusão social, por meio da saúde, financiando projetos e
soluções para a prevenção e controle de doenças e agravos ocasionados pela falta ou inadequação nas condições de
saneamento básico em áreas de interesse especial, como assentamentos, remanescentes de quilombos e reservas extrativistas.
HEMOBRAS – Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia. Empresa pública que distribui aos
hemocentros, hospitais e centros de saúde do SUS, os medicamentos hemoderivados e recombinantes.
INCA – Instituto Nacional do Câncer : Órgão auxiliar do Ministério da Saúde cuja missão é promover o controle do câncer 
com ações nacionais integradas em prevenção, assistência, ensino e pesquisa.
Unidade 4
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde
pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão
arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso
integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS
proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A
atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um
direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde
com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.
• A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa 
entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. 
• A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços
de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os
serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das
vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica.
Estrutura do SUS
1. Ministério da Saúde (MS) Gestor nacional do SUS, formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e
ações, em articulação com o Conselho Nacional de Saúde. Atua no âmbito da
Comissão Intergestores Tripartite (CIT) para pactuar o Plano Nacional de Saúde.
Integram sua estrutura, como vimos: Anvisa, ANS, Fiocruz, Funasa, Hemobras,
Inca, além de diversos hospitais federais.
2. Secretaria Estadual de Saúde (SES) Participa da formulação das políticas e ações de saúde, presta apoio aos municípios em
articulação com o conselho estadual e participa da Comissão Intergestores Bipartite (CIB)
para aprovar e implantar o plano estadual de saúde.
3. Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Planeja, organiza, controla, avalia e executa as ações e serviços de saúde em articulação com
o conselho municipal e a esfera estadual para aprovar e implantar o plano municipal de
saúde.
4. Conselhos de Saúde Órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da
execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
HISTÓRICO E 
LEGISLAÇÃO DO SUS 
Linha de tempo
No governo militar foi criado o INPS 
(Instituto Nacional de Previdência Social).
• União de todos os órgãos previdenciários que
funcionavam desde 1930, o INPS passou a conceder
benefícios pecuniários e assistência médico-hospitalar aos
trabalhadores do setor privado e aos funcionários
públicos regidos pela CLT.
Regime Militar (1964-1985)
• Entre as diretrizes adotadas pelo INPS, destacou-se desde o início uma política de assistência
médica com prioridade para a contratação de serviços de terceiros e o convênio com empresas,
através do qual o INPS lhes devolvia parte de sua contribuição previdenciária desde que elas
assumissem os encargos de assistência médica a seus empregados.
1977 - Criação do Instituto Nacional de Assistência
Médica e Previdência Social (INAMPS)
• Criado pelo Regime Militar, ligado ao Ministério da Previdência e Assistência
Social, e fez parte do Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social
(SIMPAS).
• Este órgão foi o grande prestador da assistência médica e funcionava à custa
de compra de serviços médicos hospitalares, do setor privado.
• Atendimento para empregados formais e contribuintes da Previdência Social.
Ou recorriam ao sistema privado ou aos poucos serviços municipais, estaduais e de
instituições assistencialistas, como Santas Casas de Misericórdia ou hospitais universitários.
Pessoas desempregadas (7,1% da população, IBGE/1988): 
LEI ORGÂNICA DO SUS N° 8080/90
O INAMPS acaba extinto em 1993, pela Lei
nº 8.689, e suas competências transferidas às
instâncias federal, estadual e municipal
gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS),
criado pela Constituição de 1988, que
consagrou o direito universal à saúde e a
unificação/descentralização para os estados e
municípios da responsabilidade pela gestão
dos serviços de saúde.
• Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantiu-se o acesso
universal ao sistema público de saúde, sem discriminação.
• A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais,
passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a
vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e
a promoção da saúde.
Anteriormente (anos 70/80), o acesso a serviços públicos de saúde era direcionado aos trabalhadores
com carteira assinada ou aposentados.
Gestão 
• A descentralização da gestão do SUS, ofortalecimento do controle social em
saúde e a organização de práticas de saúde orientadas pela integralidade da atenção
são tarefas que nos impõem esforço e dedicação.
• Após a Constituição Federal de 1988, a União, os estados e os municípios passaram
a ser parceiros de condução do SUS, sem relação hierárquica. De meros
executores dos programas centrais, cada esfera de governo passou a ter papel
próprio de formulação da política de saúde em seu âmbito, o que requer
desprendimento das velhas formas que seguem arraigadas em nossos modos de
pensar e conduzir e coordenação dos processos de gestão e de formação.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais 
complexos sistemas de saúde pública do mundo!
• Abrange desde o atendimento para avaliação da pressão arterial (Atenção
Primária) até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral,
universal e gratuito para toda a população do país.
• Com a sua criação, proporcionou o acesso universal ao sistema público de
saúde, sem discriminação. A atenção à saúde é integral, e vai além dos
cuidados assistenciais, e é um direito de todos os brasileiros, desde a
gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida,
visando a prevenção e a promoção da saúde.
A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações 
quanto os serviços de saúde.
• A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa
entre os três entes da Federação: a União, os Estados e os municípios.
• Engloba a atenção primária, média e alta complexidades, os serviços urgência
e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias
epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica
Ministério da Saúde (MS) 
• Gestor nacional do SUS
• Ações do MS: formula, normatiza, fiscaliza, monitora e avalia políticas e
ações, em articulação com o Conselho Nacional de Saúde.
• Atua no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) para pactuar o
Plano Nacional de Saúde.
• Integram sua estrutura: Anvisa, ANS, Fiocruz, Funasa, Hemobras, Inca, além
de diversos hospitais federais.
• Secretaria Estadual de Saúde (SES)
A Atenção Primária à Saúde (APS), também conhecida no Brasil como Atenção
Básica (AB), da qual a Estratégia Saúde da Família é a expressão que ganha
corpo no Brasil, é caracterizada:
UBS x ESF
• As UBS’s são popularmente conhecidas como postos de saúde. São locais
onde o cidadão pode receber, gratuitamente, os atendimentos essenciais em
saúde da criança, da mulher, do adulto e do idoso, em odontologia, ter acesso
a medicamentos e outros atendimentos primários. Segundo o Governo
Federal, as Unidades Básicas de Saúde podem resolver em até 80% dos
problemas de saúde da população do território que ela é responsável e
promovem hábitos saudáveis de vida.
• ESF 
Conselho de Saúde
• A participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é
garantida por lei desde a Constituição Federal de 1988. As Conferências de
Saúde e os Conselhos de Saúde são instâncias colegiadas que oportunizam,
oficialmente, o exercício do Controle Social na construção das políticas de
saúde. No caso dos Conselhos de Saúde, sendo estes de caráter permanente e
deliberativo, tem importância fundamental no processo de democratização e
condução do SUS (BRASIL, 2013).
•
CONQUIS-
TANDO A 
EXCELÊNCIA
UBS OU POSTOS DE SAÚDE
As UBS’s são popularmente conhecidas como postos de saúde. São locais onde o cidadão pode receber, gratuitamente, 
os atendimentos essenciais em saúde da criança, da mulher, do adulto e do idoso, em odontologia, ter acesso a 
medicamentos e outros atendimentos primários. Segundo o Governo Federal, as Unidades Básicas de Saúde podem 
resolver em até 80% dos problemas de saúde da população do território que ela é responsável e promovem hábitos 
saudáveis de vida.
Etapa 2
Introdução
Etapa 3
Pratique muito
Necessitamos de desenhos organizacionais de atenção à saúde capazes de privilegiar, no
cotidiano, as ações de promoção e prevenção, sem prejuízo do cuidado e tratamento
requeridos em cada caso. Precisamos de profissionais que sejam capazes de dar conta
dessa tarefa e de participar ativamente da construção do SUS. Por isso, a importância de
um "novo perfil" dos trabalhadores passa pela oferta de adequados processos de
profissionalização e de educação permanente, bem como pelo aperfeiçoamento docente e
renovação das políticas pedagógicas adotadas no ensino de profissionais de saúde.
Visando superar o enfoque tradicional da educação profissional, baseado apenas na preparação do
trabalhador para execução de um determinado conjunto de tarefas, e buscando conferir ao
trabalhador das profissões técnicas da saúde o merecido lugar de destaque na qualidade da
formação e desenvolvimento continuado, tornou-se necessário qualificar a formação pedagógica
dos docentes para esse âmbito do ensino. O contato, o debate e a reflexão sobre as relações entre
educação e trabalho e entre ensino, serviço e gestão do SUS, de onde emanam efetivamente as
necessidades educacionais, são necessários e devem ser estruturantes dos processos pedagógicos a
adotar.
(BRASIL, 2003)
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da
Educação na Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. Profissionalização de
auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde do adulto, assistência clínica, ética profissional / Ministério da
Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde,
Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. - 2. ed., 1.a reimpr. - Brasília: Ministério da
Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.

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