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aula 2 A ÉTICA E O AMBIENTE PROFISSIONAL DO

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ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS 
CONTÁBEIS
A ÉTICA E O AMBIENTE PROFISSIONAL DO 
CONTADOR
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Conhecer a postura ética do contador no ambiente profissional.
2- Identificar as recomendações do código de ética do contador para o exercício da profissão.
3- Conhecer a Lei de Responsabilidade Fiscal e suas proposições.
4- Reconhecer as Competências, Habilidades e Atitudes dos Contabilistas exigidas pelo mercado de trabalho.
1 Introdução
O Código de ética Profissional do Contador Código dispõe sobre os padrões éticos de conduta para o exercício da
profissão da área contábil. Define a postura da forma de atuar no mercado, estabelecendo direitos e deveres do
profissional que atua nas atividades e ocupações no âmbito da contabilidade.
Por sua vez, serão vistos deveres e direitos do contabilista, baseados nas novas proposições do Código Civil
Brasileiro e as responsabilidades assumidas pelo Contador em função desta normativa. A Lei de
Responsabilidade Fiscal, decorrente da nova legislação, vem a corroborar com as responsabilidades do Contador
na esfera pública.
Serão vistas, também, os Conhecimentos, as Competências, as Habilidades e as Atitudes necessárias àqueles que
atuam no mercado de trabalho e de ocupações contábeis.
Nesta aula, serão visto, também, casos experienciais profissionais que o Código de Ética e o exercício da
profissão demandam.
Independente de qual sejam as classes profissionais, elas são caracterizadas pela ligação do trabalho exercido,
pelo conhecimento exigido e pela habilitação para o exercício da profissão. As relações existentes entre a moral
traçada e os vários campos de atuação da conduta humana buscam seguir objetivos, com a intenção de
estabelecer linhas ideais e valorativas da ética.
O Código de Ética visa o bem-estar da sociedade, de forma a garantir a franqueza dos procedimentos de seus
membros dentro ou fora de uma instituição. O Código de Ética também pode ser entendido como uma relação
das práticas de comportamento que são esperadas no exercício da profissão.
Conforme a CFC n° 803, de 10 de outubro de 1996 "em 1970, o Conselho Federal de Contabilidade, atendendo
determinação expressa no art. 10 do Decreto-Lei nº 1.040-69 aprovou perante a Resolução de nº 290 o Código
de Ética Profissional do Contabilista, que no decorrer de vinte e seis anos orientou como deveria ser a conduta
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ética do Contador no exercício de sua profissão, alterados no início de dezembro de 2010, os dispositivos do
Código de Ética Profissional do Contabilista (CEPC) - Resolução CFC n.° 803/96, por meio da Resolução CFC n.°
1.307/10.
As alterações que foram realizadas são decorrentes da mudança da Lei de Regência da classe (DL 9295/46).
Estas alterações são de diversos pontos, das quais a denominação, que passa a se chamar Código de Ética
Profissional do Contador. O Código de Ética se destina a todos os Profissionais da Contabilidade, assim
entendidos os Contadores e os Técnicos em Contabilidade.
O Código determina deveres do contabilista, com algumas alterações em relação ao Código anterior:
I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação
vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os
interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;
(Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço
público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os
Conselhos Regionais de Contabilidade;
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo;
IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa
que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a
obrigação a sócios e executores;
V – inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso.
VI – renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador,
a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos
não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;
VII – se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento
desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas;
Saiba mais
Assista ao vídeo “Entrevista de emprego”, de Justus, sobre postura ética, disponível em: 
.https://www.youtube.com/watch?v=EBX7z5hINN4&feature=related
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VIII – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão;
IX – ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja propugnando por remuneração
condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da
Contabilidade e seu aprimoramento técnico.
X – cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC; (Criado pelo Art. 5º, da
Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
XI – comunicar, ao CRC, a mudança de seu domicílio ou endereço e da organização contábil de sua
responsabilidade, bem como a ocorrência de outros fatos necessários ao controle e fiscalização profissional.
(Criado pelo Art. 6º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
XII – auxiliar a fiscalização do exercício profissional. (Criado pelo Art. 7º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09
/12/2010)
Destaque-se a exigência do cumprimento de Programas Obrigatórios de Educação Continuada, que antes não era
exigência do Código anterior.
2 A ética e o ambiente profissional do contador
Outra importante mudança, foi-se criar um artigo sobre O Profissional da Contabilidade, em relação aos seus
colegas contabilistas, observando as seguintes normas de conduta: (Redação alterada pela Resolução CFC nº
1.307/10, de 09/12/2010)
• abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras;
• abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para 
preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas 
condições que ditaram o referido procedimento;
• jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, que deles não 
tenha participado, apresentando-os como próprios;
• evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício profissional.
O Profissional da Contabilidade deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de conduta: (Redação
alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010 em seu artigo 11)
• prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especiais que justifiquem a sua 
recusa;
• zelar pelo prestigio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições; 
aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa;
• acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários profissionais;
• zelar pelo cumprimento deste Código;
• não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil;
• representar perante os órgãos competentes sobre irregularidades comprovadamente ocorridas na 
administração de entidade da classe contábil;
• jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe em benefício próprio ou para 
proveito pessoal.
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Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes: (Redação alterada pela Resolução
CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
I – ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional; (Redaçãoalterada pela Resolução CFC nº 1.307
/10, de 09/12/2010)
II – ausência de punição ética anterior; (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade. (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09
/12/2010)
§ 2º Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como agravantes: (Criado pelo Art. 25, da
Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
I – Ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do Profissional da Contabilidade;
(Criado pelo Art. 25, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
II – punição ética anterior transitada em julgado. (Criado pelo Art. 25, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12
/2010)
A transgressão de preceito do Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação
de uma das seguintes penalidades:
advertência reservada;
censura reservada;
censura pública.
Entre as mudanças, passaram a ser considerados a infração ética o não cumprimento dos programas de
educação continuada estabelecidos pelo CFC, a falta de comunicação de mudança no domicílio ou da organização
contábil, a falta de comunicação de fatos necessários ao controle e fiscalização profissional e a falta de auxílio à
fiscalização do exercício profissional.
Também foram incluídas novas condutas contrárias à ética profissional no Código, tais como apropriar-se
indevidamente de valores confiados à sua guarda, exercer a profissão demonstrando comprovada incapacidade
técnica e deixar de apresentar documentos e informações, quando solicitados pela fiscalização dos Conselhos
Regionais.
Com a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, as informações a respeito da situação financeira se tornam
de fundamental importância, por meio da utilização de dados da contabilidade e do orçamento, de forma a
elaborar um relatório gerencial que possibilite ao administrador, em qualquer época, ter conhecimento da
situação financeira no final do exercício e tomar decisões administrativas, quanto à consecução de gastos.
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Com isso, a contabilidade pública e seu exercício se tornam importantes, criando um grande mercado de atuação
para o contador, mas, ao mesmo tempo, colocando-o em constante controle profissional e necessidade de
atualização.
3 Um caso experiencial da atividade profissional contábil e 
o Código de Ética
:EXEMPLO
Como parte de seus serviços de contabilidade, você fornece serviços de planejamento financeiro para seus
clientes. Um de seus novos clientes (um casal de meia idade) pede-lhe para rever seu portfólio e fazer
recomendações para investir mais R$ 100 mil que atualmente têm em dinheiro. Ao rever sua carteira você nota
que o cliente diversificou o investimento entre renda fixa e renda variável. A parcela de capital da sua carteira é
fortemente ponderada (cerca de 35%), em um investimento com um gerente de dinheiro particular chamado
Bernardo Vadof. Esses valores superaram todos os outros investimentos de 3 a 4% ao ano. Quando você
pergunta ao cliente sobre o investimento, o casal diz que se sente com sorte, pois eles foram capazes de obter do
Sr. Vadof a aceitação de sua conta. Eles também lhe disseram que o Sr. Vadof foi presidente da NASDQ e tem um
histórico de mais de 25 anos de experiência. Você ao fazer a sua diligência, confirma as declarações de seu cliente
sobre o Sr. Vadof. Ele de fato tem um histórico de longo tempo na área e foi um dos fundadores da NASDQ. Ele é
considerado uma espécie de guru, mas com uma ênfase diferente.
Contudo, percebe que a rentabilidade é alta devido à sonegação ao fisco. Por sua vez, ao assumir o planejamento,
passará a ser responsável pelo não recolhimento dos valores devidos.
Ao refletirmos sobre o Código de Ética Profissional do Contador, em relação aos clientes, deve haver de sua parte
um tipo de conduta ética. Quanto ao Sr. Bernardo Vadof, seu colega, também. Em relação à categoria
determinada postura.
Para nos posicionar sobre o caso apresentado, precisaremos recorrer aos deveres do Contador:
Clientes
Art. 2º
I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada
toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas
Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou
empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais.
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IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual
circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou
lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores.
Colega de
Profissão
Art. 10º
II – abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha
desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que
permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento;
Art.9º Parágrafo único. O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não
induz nem justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de
normas éticas ou legais que regem o exercício da profissão.
Categoria de
Contabilistas
Art. 2º
I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada
toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas
Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou
empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais.
IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual
circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou
lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores.
4 Conhecimentos, Competências, habilidades e Atitudes do 
Contabilista
O novo milênio requisita profissionais cada vez mais capacitados para competir no meio profissional. O Atual
mercado de trabalho está cada vez mais exigente e requer de qualquer que seja o profissional qualificação. No
caso particular do profissional contábil, o perfil atual é de um profissional autêntico, criativo, prudente,
atualizado, correto, e possuidor de conhecimentos em várias áreas, procurando sempre estar em contanto as
diversas áreas da empresa e, sobretudo, ser um profissional ético.
Esse profissional deve mostrar clareza nos serviços prestados aos usuários da contabilidade, demonstrando o
seu diferenciado potencial às entidades e, que os serviços por ele prestados, atingem as expectativas de seus
clientes na área publica ou privada.
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Para que se crie esse perfil, é preciso estudar, se aperfeiçoar cada vez mais, para se adquirir conhecimentos.
Contudo, saber e deter a técnica na basta. É necessário desenvolver competências e um conjunto de habilidades,
que promovam um perfil de profissional empreendedor, criativo e preparado às mudanças que ocorrem no dia a
dia da profissão.
5 Educação continuada na formação do contador
O ato de educar traz de “dentro para fora” as potencialidades do indivíduo. Essa tarefa é iniciada quase sempre
no centro da família, com os exemplos dos pais, com os ensinamentos religiosos, sendo aperfeiçoada na escola,
onde o indivíduo apreenderá conhecimentos e habilidades científicos, técnicos ou humanos. Desse ponto de
vista, não há dúvidas de que o processo de ensino aprendizagem é contínuo, em virtude, principalmente, dos
avanços tecnológicos e científicos no atual modelo de sociedade do conhecimento, em um mundo globalizado e
intermediado pela tecnologia.
É imprescindível que o profissional da Contabilidade, mesmo tendo concluído sua graduação, atualize
constantemente seus conhecimentos por meio da educação continuada, para que não perca sua competitividade
e capacidade de acompanhar a evolução da técnica e dos conhecimentos que influenciam a profissão contábil.
No caminho da valorização do profissional contábil, faz-se necessário que ele desenvolvaestudos para conhecer
as necessidades dos usuários da informação contábil e que as assimile, pois só assim poderá alcançar qualidade
em seus serviços.
Portanto, durante a graduação, os futuros egressos dos cursos de Ciências Contábeis devem adquirir o espírito
do aprender a aprender, percebendo que o saber não se esgota nem se invalida, mas necessita de constante e
rápida de atualização.
Assim, já foi o tempo em que terminar o curso de graduação na área contábil bastava para se tornar apto ao
mercado. Hoje é preciso uma capacitação contínua e diversificada, pois a nova realidade de trabalho implica
formação polivalente e empreendedora. Nessa linha, o Conselho Federal de Contabilidade determina em suas
Resoluções a obrigatoriedade de um conjunto de atividades de educação.
Saiba mais
Veja o vídeo sobre competência, habilidades e atitudes, disponível em: https://www.youtube.
.com/watch?v=mEQA0lODEy0&feature=player_embedded
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6 Competências a desenvolver na formação do Contabilista
A noção de competência remete a situações para as quais é necessário tomar decisões e resolver problemas.
Assim, cada competência reunirá um conjunto de habilidades que, articuladas e em ação, se reverterão em
atitudes para buscar resultados.
Perrenoud afirma que possuir conhecimentos ou capacidades não significa ser competente. Diariamente,
pessoas que possuem conhecimentos ou capacidades não sabem utilizá-los convenientemente em uma situação
de trabalho.
Na atualidade, sabe-se que não há transferência automática de conhecimentos, mas que o conhecimento é
adequado pela realização de exercício e pela prática reflexiva. Só a experimentação é capaz da mobilização de
saberes, combinados para criar uma estratégia pessoal.
O papel da escola é fornecer os saberes e as habilidades básicas; contudo, cabe ao exercício da vida profissional a
tarefa de desenvolver competências. Muitos conhecimentos adquiridos na vida escolar permanecem inúteis no
dia-a-dia, pois os alunos não foram preparados para utilizá-los em situações concretas.
A formação da competência é conseguida por meio da escolaridade básica e a outra parte é conseguida por
outros meios.
A questão, conforme ensina Perrenoud (2002): é saber quais são as competências mais importantes a serem
desenvolvidas. Assim, cada área de formação encaminha ao desenvolvimento de um conjunto de habilidades, de
forma a alcançar as competências requeridas, mas também demanda um conjunto básico de habilidades
necessárias à vida, à cidadania e ao bem viver.
Sabe-se que uma parcela dos saberes disciplinares será útil ao aprofundamento de certas formações
profissionais. O acúmulo de saberes somente será útil se estes estiverem em consonância com a formação
profissional, contextualizando-os e exercitando-os, com vistas à solução de problemas e na tomada de decisões
nas organizações e na própria vida.
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As habilidades de ler, escrever e contar, trilogia que fundou a escolaridade obrigatória no século XIX, não está
mais à altura das exigências destes tempos modernos. A abordagem por competências busca demonstrar como a
escola deve mudar para aqueles que saem, ainda hoje, desprovidos das numero-sas competências indispensáveis
para viver melhor no século XXI.
As Atitudes são ações resultantes das habilidades. Pressupõem agir sobre a realidade, por isso, devem ser muito
bem pensadas e planejadas. Para que seus resultados sejam satisfatórios para a o próprio que promove a ação,
bem como ao grupo em que está inserido.
7 As competências requeridas na formação dos 
profissionais da área contábil
Competências de técnica:
• Domínio conceitual, funcional e operacional dos sistemas contábeis, aplicando consistente, integrada e 
adequadamente princípios, normas e políticas referentes às atividades desenvolvidas por entidades 
públicas e privadas;
• Compreender as questões técnicas da atividade contábil, suas relações e repercussões socioeconômicas 
e financeiras, no âmbito nacional e internacional, nos diferentes modelos de organização;
• Capacidade de planejar, implementar e manter sistemas contábeis de informações;
• Visão estratégica, crítica, reflexiva e holística da atividade contábil e suas interrelações;
• Percepção da necessidade de se manter informado e atualizado em virtude das constantes mudanças na 
sociedade e na tecnologia;
• Desenvolver atributos motivadores de liderança e de negociação, nas relações interpessoais e nas 
equipes multidisciplinares de trabalho.
Competências Comunicativas
• Realizar comunicação, e produzir opiniões, pareceres e arbitragens de forma lógica, fidedigna, clara e 
objetiva;
• Coletar, registrar, controlar e analisar dados contábeis e de produzir relatórios, agregando valor ao 
processo decisório;
• Dominar os códigos de várias linguagens: línguas, informática, gestos, trânsito, entre outras.
Competências Sociais e Éticas
• Agregar valor à sociedade, guardando sintonia com a realidade política, econômica e social;
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• Agregar valor à sociedade, guardando sintonia com a realidade política, econômica e social;
• Ser solidário e responsável com assuntos da comunidade e do grupo;
• Atuar, profissionalmente, na preservação da moral e dos bons costumes em sociedade;
• Realizar as atividades profissionais com respeito e postura ética;
• Exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que lhes são inerentes.
Competências Quantitativas
• Utilizar com desembaraço o raciocínio lógico-matemático, ferramental quantitativo e a tecnologia da 
informação;
• Compreender o significado dos números em relação à realidade social e profissional.
Competências Comportamentais 
• Ser criativo, proativo, empreendedor e comprometido.
• Saber se relacionar com pessoas, tanto no nível pessoal como profissional.
• Compreender e ouvir as pessoas.
• Saber trabalhar em Equipe.
• Buscar ser feliz na profissão exercida.
• Saber se relacionar e possuir uma rede de contatos – network.
8 Caso experiencial de um profissional da Contabilidade 
que atua em uma empresa particular multinacional
Ferdinand é funcionário da Empresa Larius do Brasil. Como contador sênior, ele é responsável pela
documentação contábil da empresa, desde o balanço até o pagamento de impostos em geral. Ele precisa
contratar um Contador Júnior, por meio de uma empresa de Recursos Humanos, mas necessita apresentar o
perfil do candidato. A empresa de RH solicita informações sobre as habilidades necessárias que o novo
profissional deva possuir.
Para auxiliar Ferdinand, devemos apresentar algumas habilidades que o novo contador necessita ter:
• Dominar de forma conceitual, funcional e operacional os sistemas contábeis. (Competência Técnica)
• Compreender as questões técnicas da atividade contábil (Competência técnica)
• Exercer com ética e proficiência as atribuições profissionais. (Competência Social ou Ética)
• Utilizar com desembaraço o raciocínio lógico-matemático. (Competência quantitativa)
• Ser criativo, proativo, empreendedor e comprometido (Competência Comportamental)
• Coletar, registrar, controlar e analisar dados contábeis e de produzir relatórios (Competência 
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Saiba mais
Assista ao vídeo com depoimento sobre formação e mercado de trabalho, disponível em: 
, e ao vídeo sobre a forçahttps://www.youtube.com/watch?v=YlEBbJaOWPw&feature=related
do trabalho em equipe e em grupo, disponível em: https://www.youtube.com/watch?
.feature=endscreen&NR=1&v=PnYUbaWe0hY
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• Coletar, registrar, controlar e analisar dados contábeis e de produzir relatórios (Competência 
Comunicativa)
• Dominar os códigos de várias linguagens: línguas e informática. (Competência Comunicativa)
• Saber se relacionar com pessoas, tanto no nível pessoal como profissional. (Competência 
Comportamental e Comunicativa)
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos:
• O Estágio suas definições e realizações.
• Estágio: um elo forte entre as instituiçõesuniversitárias e o mercado de trabalho.
• O Estágio como preparação profissional e campo de observação dos problemas das empresas.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Compreendeu a importância do Código de Ética do Contador e seus elementos.
• Identificou as mudanças ocorridas no Código de Ética, dando maior responsabilidade ao contador.
• Conheceu a Lei de Responsabilidade Fiscal sob a ótica da participação contábil para sua realização e a 
responsabilidade do Contador.
• Reconheceu os Conhecimentos, as Competências, as Habilidades e as Atitudes exigidas pelo mercado de 
trabalho e de ocupações do contador.
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Saiba mais
Regulamentação da Profissão, disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br
./legislacao/resolucaocfc560.htm
Conselho Federal de Contabilidade, disponível em: .https://cfc.org.br/
Código de Ética do Contador, disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc
./res803.htm
Competências, Habilidades e Atitudes, disponível em: https://www.youtube.com/watch?
.v=mEQA0lODEy0&feature=player_embedded
Dez dicas para fazer sucesso com Marketing Pessoal, disponível em: https://www.youtube.com
./watch?v=Nz0c0aK7A98&feature=related
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