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IMUNOLOGIA VETERINÁRIA FUNÇÕES DOS LINFÓCITOS T Função do linfócito T CD8: reconhecer células que estão infectadas e levar estas a morte, causando apoptose. Função do linfócito T CD4: envolve ativação de macrófagos, inflamação (esses efeitos envolvem muito a ação de citocinas) Os linfócitos T CD4 vão se dividir em perfis: Th1, Th2 e Th17. DESENVOLVIMENTO E FUNÇÕES DAS CÉLULAS T CD4+ EFETORAS Eles se desenvolvem a partir do 3º Sinal: citocinas. Esse terceiro sinal irá direcionar os linfócitos para o perfil Th1, Th2 ou Th17. Conforme a citocina do terceiro sinal, vai ocorrer a diferenciação para os diferentes perfis. Se a célula apresentadora de antígenos estiver expressando/liberando IL-12, interferon gama para aquele linfócito T, esse terceiro sinal vai causar nesse linfócito T a ativação do fator de transcrição chamado T-bet e este fará com que o linfócito se diferencie em uma célula chamada Th1 que produzirá citocinas específicas (IL-2 e IFN-γ). Se no momento da ativação do linfócito, essa APC estiver produzindo IL-4, o linfócito T ativará o fator de transcrição GATA3 que produzirá IL-4 e IL-5 (será uma célula Th2). Se aquele terceiro sinal for TGF-β ou IL-6, essas citocinas vão ativar o fator de transcrição RORγT que irá lá no núcleo causando a expressão das citocinas IL- 6 e IL-17. Assim, esse linfócito T recém ativado é do perfil Th-17. SUBGRUPO Th1: Após receber o terceiro sinal, irá se diferenciar em uma célula de perfil Th1 que expressa interferon Gama. A célula após ser ativada, ela vai se diferenciar, migrar para o tecido onde se está a inflamação onde encontra macrófagos que também estão tentando fagocitar e eliminar aquela bactéria. Porém, muitas vezes a fagocitose de macrófagos não ativados não é efetiva. Esse macrófago apresenta o mesmo peptídeo de origem bacteriana para o mesmo linfócito T lá no tecido e esse linfócito T ativará o macrófago através do mecanismo de produção de IFN-γ. Essa ativação se chama ativação clássica e esse macrófago se chama M1. SUBGRUPO Th2: Induzido principalmente em casos de contaminação por helmintos. A célula Th2 formada irá produzir IL-4 que é importante para a produção de IgE (pelos linfócitos B) que são reconhecidos por mastócitos (estes sofrem desgranulação) e eosinófilos (ativação). Ela será específica contra peptídeos do próprio helminto. A IL-5 também é importante para a ativação dos eosinófilos que quando são ativados eliminam seus grânulos em direção ao helminto e esses grânulos tóxicos vão causar a perfuração da parede dos helmintos facilitando a eliminação desse patógeno. Também são produzidas IL-4 e IL-13 que são importantes para a produção de muco intestinal e peristaltismo. Facilitando a eliminação do helminto através do TGI. Também fazem com que os macrófagos se ativem com uma forma alternativa (não-clássica; fibrose aumentada/reparação do tecido). SUBGRUPO Th-17: Importantes contra bactérias e fungos extracelulares e produzem IL-17 e IL-22. A IL-17 induz a leucócitos e células do tecido a produzirem quimiocinas e outras citocinas (TNF, IL-1, IL-6, CSFs) e recrutar neutrófilos (células mais presentes em uma inflamação do tipo Th-17). Assim ocorrerá inflamação e resposta de neutrófilos. A IL-22 também age no tecido e induz a síntese de peptídeos antimicrobianos (moléculas que tem potencial por si só de atuar contra microrganismos) chamados defensinas. Assim, a função de barreira é aumentada. FUNÇÕES DAS CÉLULAS T CD8+ EFETORAS Através do receptor T CD8 reconhecem no MHC-1 um peptídeo de origem viral, por exemplo, e essa interação também ocorre com o cofator CD8 e tem moléculas chamadas integrinas que ajudam nesse contato entre o linfócito T e a célula infectada. Essa sinalização ativará o linfócito T e fará com que ele elimine os seus grânulos citotóxicos que contêm perforinas que facilitam a entrada de granzimas para o citosol que ativam a apoptose. COOPERAÇÃO ENTRE CÉLULAS T CD4 e T CD8 NA ERRADICAÇÃO DE INFECÇÕES INTRACELULARES O macrófago fagocitou um microrganismo e tem alguns que continuam no endossomo e outras que escaparam para o citoplasma. O linfócito T CD4+ vai reconhecer o macrófago e ativá-lo através da citocina IFN-γ. Esse macrófago vai ficar bem eficaz em matar os microrganismos que estão dentro das vesículas endossomais. No entanto, as bactérias que estão fora das vesículas e no citoplasma não irão morrer. Vai ser necessária a ação do linfócito T CD8 que reconhecerá de forma específica, através do MHC-1, o macrófago e matará essas células infectadas.
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