Buscar

IMUNIDADE HUMORAL IMUNOLOGIA 10

Prévia do material em texto

IMUNOLOGIA VETERINÁRIA 
 
IMUNIDADE HUMORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os anticorpos são moléculas grandes que não conseguem 
passar para dentro da célula e por isso, só irão alcançar os 
microrganismos que estão no espaço extracelular. Os 
microrganismos que estão dentro da célula estão 
“escondidos”. 
BCR  Anticorpo conjugado com a membrana plasmática 
(sempre IgM ou IgD). 
 
RESPOSTA HUMORAL 
Linfócitos B se originam da medula óssea a partir do 
processo de hematopoiese. Maioria deles fica circulando 
pelo nosso corpo até ele encontrar um antígeno específico 
para seu BCR e sofrer ativação, se diferenciando em 
plasmócitos que secretam anticorpos. Os linfócitos B 
permanecem nos órgãos linfóides secundários, os 
anticorpos que se espalham até o local da infecção. Esses 
plasmócitos permacenem no órgão linfóide por um certo 
tempo e depois migram para a medula óssea. 
 
FASES DAS RESPOSTAS IMUNES HUMORAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IgM – primeiro anticorpo que se pode detectar no soro. 
Durante o processo de proliferação, pode ocorrer uma 
maturação da afinidade daquele anticorpo. Durante uma 
resposta humoral, a afinidade do anticorpo ao antígeno 
pode aumentar. Também pode originar células B de 
memória. 
ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS B 
Pode ocorrer por duas formas, através de antígenos 
protéicos ou polissacarídeos. Antígenos protéicos vão 
depender de células T auxiliar. Os antígenos polissacarídeos 
não vão depender de células T auxiliar. 
Antígeno protéico – t dependente: bastante eficiente pois 
tem a troca do isotipo, aumento da afinidade dos 
anticorpos, origina células B de memória e plasmócitos de 
vida longa. 
Antígeno polissacarídeo – t independente: mais fraca mas 
não menos importante. Corre contra bactérias 
encapsuladas, antígenos AB do sangue. Porém ocorre 
somente com IgM, não tem troca de isotipos, anticorpos 
com baixa afinidade e originam plasmócitos de vida curta. 
 
 
 
ATIVAÇÃO DE LINFÓCITO T DEPENDENTE 
 
 
 
 
SEQUÊNCIA DE EVENTOS NAS RESPOSTAS DE 
ANTICORPOS DEPENDENTES DE CÉLULAS T 
AUXILIARES 
Órgãos linfóides: A DC vai capturar o antígeno, ocorre o 
processamento intracelular (picotar aquela proteína), vai 
apresentar o peptídeo através do MHC-II para um linfócito 
T auxiliar (CD4). Em paralelo, lá na zona de células B dos 
órgãos linfóides, um linfócito B vai reconhecer um antígeno 
microbiano, endocitar, processamento intracelular dessa 
proteína e expressar o peptídeo microbiano através do 
MHC-II. A célula B vai migrar para a zona de célula T e vai 
apresentar um peptídeo microbiano para o linfócito T que 
vai reconhecê-lo através do TCR, isso vai ativar o linfócito B. 
 
APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS PELOS LINFÓCITOS B 
ÀS CÉLULAS T AUXILIARES 
 
 
 
O linfócito B através do seu BCR reconhece a proteína 
microbiana e a endocita, ocorrendo a via de 
processamento de antígeno (fusão com lisossomos) para 
apresentação através do MHC-II que ativa linfócito T CD4. 
Isso vai emitir um sinal para o linfócito T que faz com que 
ele produza citocinas específicas que vão estimular o 
linfócito B. Esses 3 sinais vão fazer com que o linfócito B 
prolifere, se diferencie e passe a produzir anticorpos. A 
classe de anticorpo vai depender da citocina que o linfócito 
T estiver secretando.  MECANISMOS DA ATIVAÇÃO DE 
LINFÓCITOS B MEDIADA PELAS CÉLULAS T AUXILIARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE TROCA DE ISOTIPO DE CADEIA PESADA 
DA IMUNOGLOBULINA (IG) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inicialmente passa a secretar IgM que independe de 
células T auxiliares. Já quando ocorre uma ativação 
dependente de células T auxiliares e essa célula 
estiver na mucosa, a célula B passa a produzir IgA. Se 
essa célula T estiver expressando interferon para a 
célula B, ela passa a produzir IgG. Se essa célula for 
dependente de célula T e esta estiver produzindo IL-4, 
a célula B passa a produzir IgE. 
 
RESPOSTA PRIMÁRIA DOS ANTICORPOS 
 
 
ELISA: possíveis resultados 
IgM- e IgG- 
 IgM+ e IgG- 
IgM+ e IgG+ 
IgM- e IgG+ 
 
 
 
 
 
RESPOSTA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DOS 
ANTICORPOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS EFETORES MEDIADOS POR 
ANTICORPOS 
 
 
 
NEUTRALIZAÇÃO DE MICRORGANISMOS E TOXINAS 
MICROBIANAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEM ANTICORPO: um determinado microrganismo, para 
entrar dentro da célula ele precisa de um receptor na 
superfície dela para se ligar e adentrar para o interior. Esse 
microrganismo se prolifera, mas para infectar células 
vizinhas precisa sair dessa célula. No momento que ele sai 
para o meio extracelular, na presença de anticorpo, os 
anticorpos se ligam a esse microrganismo o impedindo de 
infectar células vizinhas. 
 
COM ANTICORPO: anticorpo se liga ao microrganismo o 
impedindo de se ligar no receptor da célula. 
 
A neutralização pode acontecer também para toxinas 
microbianas: A toxina se liga ao receptor na superfície 
celular causando efeitos patológicos como a morte celular. 
Na presença de anticorpos, eles se ligam a toxina 
bloqueando a ligação desta com o receptor celular. 
Ex: imunização passiva com soro contendo anticorpos 
neutralizante contra veneno letal de cobras, aranha... 
 
 
OPSONIZAÇÃO E FAGOCITOSE MEDIADAS POR AC 
 
Opsonização: processo de cobertura de partículas 
para promover a fagocitose 
 
 
 
Opsonina: Molécula que faz opsonização. 
Ex.: anticorpos e moléculas do complemento 
 
2 anticorpos IgG ligados ao microrganismos e eles 
podem ser reconhecidos por receptores que os 
macrófagos possuem (FCγRI) e reconhecem a porção 
Fc dos anticorpos. Essa ligação estimula os 
macrófagos a fagocitar o microrganismo. Esses 
anticorpos agiram como opsoninas. 
 
CITOTOXICIDADE CELULAR DEPENDENTE DE 
ANTICORPO (ADCC) 
 
 
 
Pode ser mediada através de Células NK, macrófagos 
e neutrófilos 
Esse mecanismo ocorre na Hipersensibilidade do tipo 
II – (doença autoimune dependente de anticorpo) 
 
Célula infectada danificada que possui antígenos 
modificados que são reconhecidos por anticorpos. 
Algumas de nossas células como as NK, possuem 
receptores específicos (FCγRIII) que se ligam nesses 
anticorpos e lançam seus grânulos sobre aquela célula 
causando a eliminação/ morte dessa célula. 
 
 
 
ATIVAÇÃO DE MASTÓCITOS 
 
ELIMINAÇÃO DE HELMINTOS MEDIADA POR AC 
 
 
 
Ocorre somente através dos IgE. Tanto os mastócitos 
quanto os eosinófilos possuem receptores na sua 
superfície que reconhecem especificamente os IgE. O 
complexo anticorpo-antígeno do helminto vai ser 
reconhecido pelos mastócitos que se ativam nesse 
tecido e vão eliminar seus grânulos contendo 
citocinas, prostaglandinas, leucotrienos, histaminas e 
esses mediadores químicos vão causar o 
recrutamento (inflamação forte) de eosinófilos que 
também tem esses receptores de reconhecimento de 
IgE (estes já cobrindo os antígenos dos helmintos na 
luz do intestino). Os eosinófilos vão ir para a luz do 
trato gastrointestinal, reconhecer essas IgE na 
superfície dos helmintos e vão lançar seus grânulos 
contendo enzimas que perfuram a parede dos 
helmintos.

Continue navegando