07-CAP 2-AVALIAÇÃO A DISTÂNCIALivro Digital

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27/10/2020 Livro Digital - AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA
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AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM DURANTE A
PANDÊMIA
1 INTRODUÇÃO
É importante a continuidade da aprendizagem para os alunos dos diferentes níveis
escolares. E, neste momento, a ponte entre a escola e a família torna-se primordial
para que esse caminho possa ser trilhado com qualidade, trazendo os retornos
para crianças, jovens e adultos.
           
Quando pensamos em avaliação na escola, já sabemos do desa�o, pois temos
pessoas diferentes e com aprendizagens também diferentes. Quando voltamos
nossos olhares para o aluno de diferentes contextos econômicos e sociais, em
casa, tendo que aprender e fazer as avaliações com o apoio remoto dos docentes e
com o apoio presencial da família, este desa�o torna-se ainda maior.
Por meio de decisões governamentais, as escolas tiveram a necessidade de se
adaptarem rapidamente às aulas virtuais, pensando em conteúdos e avaliações
que atendessem o momento. Precisamos entender que a modalidade de ensino
continua a mesma. O que temos hoje, é uma especi�cidade devido a uma questão
sanitária de alcance mundial.
Capítulo 2
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criar questionário de autoavaliação das atividades ofertadas aos estudantes
no período de isolamento;
ofertar, por meio de salas virtuais, um espaço aos estudantes para veri�cação
da aprendizagem de forma discursiva;
elaborar, após o retorno das aulas, uma atividade de sondagem da
compreensão dos conteúdos abordados de forma remota;
Diante de tudo isso, �ca o questionamento que os professores se fazem: como vou
preparar os conteúdos e avaliações para que meus alunos consigam absorver e ter
uma aprendizagem signi�cativa? É para sanar esse questionamento que este
material se destina. Temos a consciência que os desa�os são enormes, mas
sabemos, também, de todas as possibilidades que os professores podem criar
para que o processo de ensino-aprendizagem se concretize.
           
Então, convidamos você, professor, para este aprofundamento na avaliação
durante e pós-pandemia. Vamos juntos!!
2 REFERÊNCIA AO PARECER CNE/CP Nº: 5/2020: AVALIAÇÃO NO CONTEXTO DA
SITUAÇÃO DE PANDEMIA
Importante destacarmos aqui o que estabelece o Parecer CNE/CP nº 5/2020,
aprovado em 28/4/2020, sobre as avaliações e exames no contexto da situação da
pandemia: sugere-se que as avaliações e exames nacionais e estaduais
considerem as ações de reorganização dos calendários de cada sistema de ensino
para o estabelecimento de seus cronogramas. É importante garantir uma avaliação
equilibrada dos estudantes em função das diferentes situações que serão
enfrentadas em cada sistema de ensino, assegurando as mesmas oportunidades a
todos que participam das avaliações em âmbitos municipal, estadual e nacional.
Neste sentido, as avaliações e exames de conclusão do ano letivo de 2020 das
escolas deverão levar em conta os conteúdos curriculares efetivamente oferecidos
aos estudantes, considerando o contexto excepcional da pandemia, com o objetivo
de evitar o aumento da reprovação e do abandono no Ensino Fundamental e
Médio. Sugere-se também que os sistemas de ensino desenvolvam instrumentos
avaliativos que possam subsidiar o trabalho das escolas e dos professores, tanto
no período de realização de atividades pedagógicas não presenciais como no
retorno às aulas presenciais, a saber:
Capítulo 2
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criar, durante o período de atividades pedagógicas não presenciais, uma lista
de exercícios que contemplam os conteúdos principais abordados nas
atividades remotas;
utilizar atividades pedagógicas construídas (trilhas, materiais
complementares etc.) como instrumentos de avaliação diagnóstica, mediante
devolução dos estudantes, por meios virtuais ou após retorno das aulas;
utilizar o acesso às videoaulas como critério avaliativo de participação através
dos indicadores gerados pelo relatório de uso;
elaborar uma pesquisa cientí�ca sobre um determinado tema com objetivos,
hipóteses, metodologias, justi�cativa, discussão teórica e conclusão;
criar materiais vinculados aos conteúdos estudados: cartilhas, roteiros,
história em quadrinhos, mapas mentais, cartazes; e
realizar avaliação oral individual ou em pares acerca de temas estudados
previamente.
3 AVALIAÇÃO NAS AULAS NÃO PRESENCIAIS 
Devemos reconhecer, primeiramente, todo o esforço que as escolas da Educação
Infantil, Fundamental ou do Ensino Médio estão /fazendo para dar continuidade ao
ano escolar. Em pouquíssimo tempo tudo mudou, viramos a chave e o ensino
precisou se adaptar ao modo on-line. Uma tarefa difícil e que exigiu uma rápida
adaptação de todos, escola, professores alunos e a família.
Essa adaptação, porém, nem sempre ocorre de modo tão natural, pois muitos são
os desa�os que temos no meio do caminho, como o acesso à tecnologia (sendo
um dos principais neste momento), a di�culdade dos professores com as novas
ferramentas, dos alunos (apesar da maioria estar inserido, nem sempre sabem
fazer o uso correto para o momento escolar) e, também, da família seja com a
tecnologia ou mesmo no acompanhamento das atividades, pois muitos deles,
estão trabalho de casa.
Os alunos estão sempre aptos a aprender, mesmo longe das escolas, então o
desa�o passa a ser como disponibilizar o conteúdo e avaliação para que eles
tenham interesse pelo estudo. Isso signi�ca que não somente o conteúdo é
importante, mas a didática passa a fazer uma diferença signi�cativa nesse
contexto (COUTINHO, 2020)
Capítulo 2
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Adote o lema “menos é mais”.
Trabalhe assuntos não essenciais como projetos.
Priorize a criatividade e a mão na massa.
Adapte a matriz de horário e o planejamento estabelecidos para o ano letivo.
Realize algumas atividades com a participação dos pais.
Ofereça uma “aprendizagem �exível” com videoaulas e outras atividades.
Planeje bem os momentos de interação.
Ofereça aulas mais curtas.
Juntos somos mais fortes e podemos fazer melhor.
Antes de iniciarmos a questão da avaliação em si, descrevo algumas dicas do que
podemos fazer neste momento. A autora traz para alunos de 6 a 10 anos, mas com
certeza podemos adaptar aos demais (COUTINHO, 2020):
Para saber mais, convido você a acessar o link a seguir, e fazer a leitura
completa do material: http://abed.org.br/arquivos/E-
book_Edu_COVID_Lara_Coutinho.pdf.
O ato de avaliar deve ser pautado na essência de buscar base para a aprendizagem do aluno
de forma contínua e, nesse sentido, Luckesi (2005. p. 118) afirma que:
A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar; por isso, contribui em todo o
percurso da ação plani�cada. A avaliação se faz presente não só na identi�cação da
perspectiva político-social, como também na seleção de meios alternativos e na
execução do projeto, tendo em vista a sua construção. Ou seja, a avaliação, como
crítica de percurso, é uma ferramenta necessária ao ser humano no processo de
construção dos resultados que plani�cou produzir, assim como é no
redimensionamento da direção da ação. A avaliação é uma ferramenta da qual o ser
humano não se livra. Ela faz parte de seu modo de agir e, por isso, é necessário que
seja usada da melhor forma possível.
Capítulo 2
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A partir desta perspectiva, temos uma postura que preza pelo diálogo e pela
re�exão do aluno. Busca por meio dos conteúdos uma análise crítica da realidade
que culminará numa avaliação voltada para o melhorar o desenvolvimento do
aluno, da aprendizagem e da crítica.
Como podemosavaliar nossos alunos nos diferentes níveis educacionais durante a
pandemia? Vamos responder a seguir. Para �car mais didático, segue idade e
séries escolares:
QUADRO 1 – NÍVEL X SÉRIE X IDADE
FONTE: Adaptado de <https://bit.ly/3is2m86>. Acesso em: 29 jun. 2020.
Um aspecto importante é que os professores devem pautar suas atividades em
formatos acessíveis, de fácil compreensão, pensando nos mais diferentes
contextos econômicos e sociais dos alunos. Ainda, é preciso observar as diretrizes
escolares e a legislação vigente.
Durante este momento de pandemia do Covid-19, com a oferta de atividades
escolares não presenciais, é importante que a avaliação seja planejada de forma a
assegurar as mesmas oportunidades a todos os estudantes. Vejamos, agora, a
avaliação para cada nível escolar.
3.1 EDUCAÇÃO INFANTIL (0 A 5 ANOS)
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Para a educação infantil (0 a 5 anos), a BNCC de 2017 trouxe algumas mudanças
importantes, e na nova organização do currículo coloca a criança como
protagonista no processo de ensino-aprendizagem. Além disso tem como aspecto
importante os seis direitos de aprendizagem que são: conviver, brincar, participar,
explorar, expressar e conhecer-se.  
Destaca-se como um aspecto importante, dentro do contexto avaliativo, que os
professores precisam atuar como observadores do cotidiano, planejando as
atividades, levando em consideração as intervenções do cotidiano, as
necessidades dos alunos e da turma. 
Para saber mais sobre a BNCC e o ensino infantil, acesso o link: 
<https://bit.ly/31CyeB1>.
Na Educação Infantil, níveis 0 a 3, as atividades não presenciais, bem como as
avaliativas devem ser pautadas em atividades lúdicas, com foco no
desenvolvimento da criança e de acordo com a fase vivenciada. Nessa fase, não é
obrigatório o cumprimento dos dias letivos, bem como não existe obrigatoriedade
de avaliação, conforme Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Lei nº
9394/96.
Como dica, acesse o link https://bit.ly/2ZxsOVf, nele é abordado o
contexto da literacia familiar, que é um conjunto de práticas e experiências
relacionadas à linguagem oral, escrita e leitura realizada pelos pais ou
responsáveis.
Essas atividades podem ser pautadas em atividades como brincadeiras, pinturas,
atividades que estimulem as sensações e os sentidos e atividades com a
participação dos pais ou responsáveis. Essas atividades podem ser enviadas às
escolas pela família por meio de registros fotográ�cos, relatos de observação e
�lmagem. Os professores devem acompanhar esses envios e veri�car a evolução
Capítulo 2
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Questionários de autoavaliação.
Veri�cação do conteúdo de forma discursiva.
Lista de exercícios.
Materiais vinculados aos conteúdos estudados: roteiros, história em
quadrinhos, mapas mentais, cartazes e outros.
Atividades disponibilizadas por meio de plataformas virtuais.
dos alunos e programar as próximas atividades visando ao desenvolvimento da
criança.
Na Educação Infantil, níveis 4 e 5, o contexto avaliativo deve assegurar à criança o
seu direito de progressão, sem retenção, independentemente do atingimento ou
não de objetivos de aprendizagem, conforme inciso I do artigo 31 da LDB nº
9394/96. Assim, o importante é viabilizar a oportunidade de diferentes atividades
para as crianças, fortalecendo o vínculo escolar e a continuidade dos estudos.
Ainda, é importante manter a rotina de estudos, tendo como norteamento a
realização das atividades que contribuam para identi�car/observar os avanços da
aprendizagem dos alunos. Como sugestões de avaliação na Educação Infantil,
sugere-se:
Cada escola tem sua organização quanto à disponibilização de conteúdo, mas é
importante que todas essas atividades tenham a devolutiva do professor para o
aluno e os pais ou responsável. Dessa forma, e com este acompanhamento, tem-
se também informações para o retorno das aulas, que veremos no próximo tópico.
3.2 ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
A avaliação no Ensino Fundamental e Médio devem seguir as especi�cidades legais
quanto à exigência das avaliações e de forma a veri�car a aprendizagem
progressiva do aluno. É importante considerar dentro do contexto atual os
diferentes instrumentos de avaliação para que favoreçam o acompanhamento e a
aprendizagem, incentivando o aluno na realização das atividades com a qualidade.
A avaliação por ser realizada por diferentes aspectos. A seguir são apresentadas
duas situações �ctícias para que o professor possa visualizar a dinâmica das
atividades não presenciais neste momento de pandemia. O primeiro exemplo é
com alunos com acesso à tecnologia e o segundo com alunos sem acesso à
tecnologia.
Exemplo 1: alunos com acesso à tecnologia
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Primeiramente, os alunos assistem às aulas virtuais que são disponibilizadas de
acordo com a quantidade de aulas presenciais. Eles podem assistir as aulas pela
televisão, celular ou computador, depende do acesso de cada um. Nesse contexto,
é importante que os alunos acompanhem as aulas virtuais para que possam se
apropriar dos conteúdos.
A partir das aulas assistidas, seguindo o calendário da aula na semana, os alunos
precisam resolver as atividades referente aquele conteúdo A presencialidade pode
ser acompanhada de acordo com a entrega da atividade de aprendizagem.
As atividades virtuais são lançadas de acordo com o cronograma das aulas virtuais
(em alguns casos a rede disponibiliza em outros o próprio professor grava e envia).
O professor pode atribuir nota para tais atividades acompanhando o desempenho
e a evolução de cada aluno. Podemos ter, neste exemplo, atividades obrigatórias
(valem nota) e atividades não obrigatórias (não valem nota, apenas como
atividades complementares, caso o aluno tenha disponibilidade de tempo para
realizar).
Atividades obrigatórias do livro didático: neste caso, os alunos realizam as
atividades no caderno, de acordo com os conteúdos estipulados pelo professor.
Como retorno, eles podem tirar foto e enviar ao professor pelo meio utilizado em
sua escola.
Outra forma importante de avaliação é por meio de fórum ou mural, quando a
escola disponibiliza este recurso. Isso incentiva a participação e interação, os
alunos podem postar as dúvidas e se sentirem mais acolhidos.
Os professores cujas escolas não têm um sistema on-line, podem desenvolver
atividades virtuais por meio do formulário do Google em docs.google.com, usando
uma conta de e-mail do Google. Neste formulário, é possível fazer questões
discursivas, objetivas, pequenos relatórios, enquetes, dentre outros. Após feito o
formulário, gera-se o link e envia-se aos alunos, sendo que este envio pode ser
feito por e-mail ou por WhatsApp, por exemplo.
Exemplo 2: alunos sem acesso à tecnologia
Primeiramente, os alunos fazem a leitura do roteiro de aula (uma vez que não
podem assistir aos vídeos) que são disponibilizadas de acordo com a quantidade
de aulas presenciais. Nesse contexto, é importante que os alunos leiam também o
Capítulo 2
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Projetos ou produtos: este formato tem como objetivo estimular a
criatividade dos alunos e a aprendizagem de uma maneira mais atrativas.
conteúdo do livro didático ou material de apoio disponibilizado pelo professor,
para que possam se apropriar dos conteúdos.
A partir da leitura do roteiro de aula e dos materiais impressos, seguindo o
calendário da aula na semana, os alunos precisam resolver as atividades referente
aquele conteúdo A presencialidade pode ser acompanhada de acordo com a
entrega da atividade de aprendizagemna escola.
As atividades impressas são lançadas de acordo com o cronograma das aulas. O
professor pode atribuir nota para tais atividades acompanhando o desempenho e
a evolução de cada aluno. Podemos ter, neste exemplo, atividades obrigatórias
(valem nota) e atividades não obrigatórias (não valem nota, apenas como
atividades complementares, caso o aluno tenha disponibilidade de tempo para
realizar);
Atividades obrigatórias do livro didático: neste caso, os alunos realizam as
atividades no caderno, de acordo com os conteúdos estipulados pelo professor.
Como retorno, eles podem entregar as atividades na escola para que o professor
retire e faça a correção.
Neste formato, todas as atividades são impressas na escola e retiradas pelo aluno
para a leitura e desenvolvimento das atividades. O aluno realiza as atividades em
casa, entrega na escola e a escola pode fazer um cronograma para que os
professores possam retirá-las e corrigi-las. Muito importante que seja dado o
retorno ao aluno. O professor pode fazer um pequeno relato com a devolução da
atividade na escola.
Como exemplos de aulas e conteúdos voltados para o Ensino
Fundamental e Médio, acesse o link:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/buscarAulas.html.
Essas avalições da aprendizagem podem ser de diferentes formatos. A seguir,
listamos algumas possibilidades:
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Podemos trabalhar com pesquisas, desa�os, elaboração de materiais como
mapa conceituais, resumos, cartazes, histórias em quadrinho, entre outros.
Avaliação discursiva: essas avaliações devem ser contextualizadas buscando
identi�car a aprendizagem conceitual do aluno. Pode ocorrer de forma
escrita, on-line ou impressa ou mesmo de forma oral feita de forma virtual.
Avaliação das atividades e engajamento: durante a aprendizagem devemos
considerar o esforço do aluno mesmo em atividades que não valem nota,
buscando incentivar a participação dos alunos.
Autoavaliação: dentro do contexto de atividades não presenciais, a
autoavaliação pode ser um instrumento importante para a análise e
aperfeiçoamento da autonomia do aluno.
Avaliações objetivas: essas avaliações devem ser contextualizadas e trabalhar
diferentes habilidades como interpretação de grá�cos, tabelas, raciocínio
lógico, dentre outros.
4 AVALIAÇÃO PÓS-PANDEMIA – RETORNO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS
Muito além de discutirmos a avaliação está a preocupação com as informações
que podemos tirar do processo avaliativo. Isso precisa ser trabalhado com o aluno
para que faça sentido e se tenha retorno.
           
Esse é o papel da avaliação diagnóstica. É o de recolher as informações e os gaps
de aprendizagem, para que possam ser trabalhados e reforçados de acordo com
cada aluno. E é este aspecto que se torna importante no retorno às aulas
presenciais. Quais os desa�os a serem vencidos pelos professores? Quais
conteúdos devemos trabalhar e aprofundar?
           
Fazer esta avaliação signi�ca que a escola e o professor estão tendo o cuidado com
a especi�cidade de cada aluno, mas não signi�ca, por outro lado, que as aulas não
presenciais não são e�cientes. Ressalta-se aqui que o contexto vivenciado da
pandemia, a velocidade de mudança na oferta da aula e conteúdo, a questão do
apoio familiar, acesso à tecnologia, dentre outros, podem in�uenciar a
aprendizagem do aluno. Assim, a avaliação, neste momento de retorno, deve ser
diagnóstica e não classi�catória (LUCKESI, 2005).
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Avaliação teórica do conteúdo estudado.
Atividades práticas com referência ao conteúdo estudado.
Observação dos alunos no desenvolvimento de novos conteúdos.
Diálogo contínuo entre estudantes, equipe pedagógica e professores para
avaliar a efetividade dos processos de ensino e aprendizagem com foco no
qualitativo e na apropriação dos conhecimentos.
           
Ainda, conforme nos mostra a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB) Lei nº 9394/96, avaliar deve servir de base para a aprendizagem do aluno,
tendo como aspecto principal o acompanhamento da sua aprendizagem durante o
período escolar. Em seu artigo 24, a lei traz que a avaliação deve ocorrer de modo
contínuo, buscando compreender a aprendizagem ao longo do tempo, ou seja,
deve ser vista de forma cumulativa quanto ao desempenho do aluno prezando por
aspectos qualitativos e os resultados de longo prazo.
No momento de retorno, para as atividades presenciais é preciso repensar o
processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, o processo avaliativo,
para que este, de fato, seja formativo. Todo o processo avaliativo durante as aulas
não presenciais deve servir de base para que o professor possa fazer a análise de
cada aluno, ou seja, essas avaliações devem ser o subsídio das ações pedagógicos
para o retorno das aulas presenciais.
Destacamos a importância do processo colaborativo entre os professores e a
equipe pedagógica para que se tenha um objetivo claro na avaliação e no retorno.
A equipe pedagógica e os professores devem ter a preocupação com os diferentes
contextos de cada aluno, para que a inserção da atividade presencial seja acessível
e equitativa.
Assim, os professores devem se pautar na avaliação diagnóstica como parte do
processo de avaliação de retorno, com a análise de todas as atividades
desenvolvidas no período de aulas não presenciais. Essas atividades diagnósticas
pautadas nos conteúdos durante as aulas não presencias podem ocorrer por meio
de:
Ainda é preciso atender os alunos que não conseguiram fazer as atividades on-line
ou impressas. Será importante, neste momento, que o professor retome os
conteúdos que são pré-requisitos para a continuidade dos conteúdos abordados,
isso em todos os níveis de ensino.  Nesse caso, a recuperação pode ser feita por
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Capítulo 1 
meio de estudos dirigidos com programação das atividades feitas durante a
pandemia, oportunizando o aluno a recuperar este conteúdo sem prejuízo em sua
aprendizagem.
Convidamos você, professor, a assistir ao vídeo Avaliações não
presenciais: desa�os e potenciais, disponíveis no link:
<https://www.youtube.com/watch?v=onc9gEXR4P0>.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos conteúdos apresentados, foi possível veri�car a importância da
avaliação dentro do contexto de pandemia e pós-pandemia. Alguns aspectos são
importantes como a necessidade de planejamento das aulas, apoio da equipe
pedagógica e da escola, para que os alunos possam, de fato, ter acesso aos
conteúdos e as avaliações.
Destaca-se que é preciso identi�car as necessidade e desa�os dos alunos e das
escolas, minimizando o impacto, neste momento, e estimulando a continuidade
dos estudos e vínculo escolar. Diferentes aspectos permeiam os níveis escolares e,
por isso, cada um deles traz suas especi�cidades e questões legais. É importante
que o professor esteja sempre pautado das diretrizes escolares e direcionamentos
pedagógicos.
Por �m, o momento de retorno às atividades presenciais, ao mesmo tempo que é
aguardado por todos, tem também as barreiras a serem superadas. É preciso
identi�car os gaps de aprendizagem e as especi�cidades de cada aluno. A
avaliação diagnóstica se mostra um caminho positivo para sanar essas questões
de aprendizagem.
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Daniele Lourdes Curto da Costa
Greisse Moser Badallotti
Capítulo 2