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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL 
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIRGÍNIA VIGANÓ 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caxias do Sul 
2015
 
2 
 
VIRGÍNIA VIGANÓ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado como 
parte dos requisitos para obtenção da 
aprovação na disciplina de Gestão de 
Resíduos Sólidos II do curso de 
Engenharia Ambiental. 
 
Prof. Msc. Geraldo Antônio Reichert. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caxias do Sul 
2015 
 
3 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Vista tridimensional do terreno com a modelagem da trincheira 
projetada. ......................................................................................................... 11 
Figura 2: Vista aproximada da modelagem da trincheira projetada. ................ 11 
Figura 3: Relações para seção semi-circular ................................................... 16 
Figura 4: Sistema de impermeabilização inferior. ............................................. 24 
Figura 5: Sistema de impermeabilização superior. ........................................... 24 
Figura 6: Modelo do equipamento compactador de resíduos. ......................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Estimativa geral do volume de resíduos sólidos no aterro sanitário. .. 9 
Tabela 2: Cubagens de corte e aterro. ..................................................................... 11 
Tabela 3: Valores do coeficiente de escoamento superficial. .............................. 14 
Tabela 4: Valores do coeficiente de rugosidade. ................................................... 15 
Tabela 5: Valores do coeficiente de rugosidade. ................................................... 17 
Tabela 6: Orçamento. ................................................................................................. 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................... 6 
2 MEMORIAL DESCRITIVO ....................................................................................... 7 
2.1 INFORMAÇÕES CADASTRAIS ......................................................................... 7 
2.1.1 CONTRATANTE ......................................................................................... 7 
2.1.2 EMPRESA CONTRATADA ....................................................................... 7 
2.2 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO E ÁREA PARA O ATERRO .................... 8 
2.3 ESTIMATIVA DA FUTURA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................... 8 
3 MEMORIAL TÉCNICO ........................................................................................... 10 
3.1 DIMENSIONAMENTO DAS TRINCHEIRAS DO ATERRO .............................. 10 
3.2 SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL ...................................................... 12 
3.2.1 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO PLUVIAL A SER DRENADA ............. 12 
3.2.2 DIMENSIONAMENTO DO CANAL DE DRENAGEM .......................... 15 
3.2.3 SISTEMA DE DRENAGEM ENTRE AS VALAS ................................... 16 
3.3 SISTEMA DE DRENAGEM DE LIXIVIADOS ................................................... 16 
3.3.1 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE LIXIVIADOS ................................. 16 
3.3.2 DIMENSIONAMENTO DOS DRENOS PARA O LIXIVIADO ............ 18 
3.3.3 VELOCIDADE MÉDIA DE PERCOLAÇÃO E NÚMERO DE 
REYNOLDS .......................................................................................................... 19 
3.3.4 ESPAÇAMENTO ENTRE OS DRENOS DE LIXIVIADO ................... 21 
3.3.5 DRENAGEM DE BIOGÁS ....................................................................... 22 
4 MÉTODO DE ATERRO ........................................................................................... 23 
5 SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO INFERIOR ............................................ 23 
6 OPERAÇÃO DO ATERRO ..................................................................................... 25 
6 ORÇAMENTO ........................................................................................................... 26 
7 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 28 
APÊNDICES ................................................................................................................. 29 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Os resíduos sólidos decorrentes das atividades humanas requerem 
práticas especificas para o seu manejo e destinação ambientalmente adequada. 
A intensa geração dos mesmos na atualidade está relacionada ao crescimento 
da população e à diversidade da composição dos bens de consumo oferecida 
pelo mercado. Estes fatores, associados à saúde da população e a legislação 
atual, tem induzido a busca de tecnologias que atendam um padrão de 
sustentabilidade econômica, ambiental, técnica e social, pois cabe ao município 
responsabilizar-se pela destinação final dos resíduos gerados pela população. 
A utilização de aterros sanitários para a destinação final dos resíduos 
sólidos urbanos apresenta-se como o método de tratamento e destino final mais 
utilizado em municípios de pequeno porte, visto que não demanda de tecnologias 
sofisticadas e ampla mão de obra. Segundo Reichert (2007), o tratamento e a 
disposição de resíduos no solo é um componente inevitável de qualquer sistema 
de gerenciamento de resíduos sólidos. 
Segundo a norma ABNT NBR 8419/1985, aterro sanitário é uma técnica 
de disposição de resíduos sólidos urbanos (RSU) no solo sem causar danos à 
saúde pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais. Este 
método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à 
menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com 
uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos 
menores, se for necessário. 
O seguinte projeto consiste no estudo realizado para a implantação de um 
Aterro Sanitário de Pequeno Porte (ASPP) no município de Teutônia - RS, 
composto pelo memorial descritivo e memorial técnico, incluindo os 
dimensionamentos em planta. Teutônia apresenta no seu projeto de aterro 
sanitário, uma forma de disposição final de resíduos sólidos urbanos no solo, 
mediante confinamento com material inerte, geralmente solo, segundo normas 
operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à 
segurança, minimizando os impactos ambientais. 
Pelo projeto ser de caráter acadêmico e pela ausência de informações 
referentes ao município e/ou a falta de compatibilidade das características 
 
7 
 
necessárias para instalação do aterro, alguns dados utilizados (planta 
topográfica, tipo de solo, declividade do terreno, etc.) serão de outras regiões, 
ou ainda, adotados. Porém, as informações encontradas no projeto serão 
consistentes e conforme os critérios exigidos para o ASPP. 
 
2 MEMORIAL DESCRITIVO 
 
O presente projeto apresenta uma alternativa para a destinação final dos 
resíduos sólidos urbanos de uma população de 28.000 habitantes, durante um 
período de 5 anos. Será apresentado o dimensionamento de um aterro sanitário, 
onde o acondicionamento dos resíduos será feito em trincheiras, de acordo com 
a estimativa de geração de resíduos da população do município de Teutônia - 
RS no período estipulado. 
 
2.1 INFORMAÇÕES CADASTRAIS 
2.1.1 CONTRATANTE 
 
Prefeitura Municipal de Teutônia, localizada na Av. Um Oeste, 878, Bairro 
Centro, CEP 95890-000, Teutônia - RS, telefone: (51) 3762-7700 e e-mail: 
prefeitura@teutonia.com.br. 
 
2.1.2 EMPRESA CONTRATADAViganó Engenharia Ambiental Ltda., localizada na Av. Júlio de Castilhos, 462, 
Bairro Centro, CEP 95012-000, Caxias do Sul - RS, telefone: (54) 3258-9858 e 
e-mail: engenharia@vigano.com.br; neste ato representada pela Eng. Ambiental 
Virgínia Viganó, CREA/RS 100.000, ART N.º 200.000. 
 
 
 
 
8 
 
2.2 ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO E ÁREA PARA O ATERRO 
 
A área pretendida para o aterro de resíduos sólidos urbanos está situada 
à noroeste do município de Teutônia no estado do Rio Grande do Sul. A gleba 
em questão apresenta características favoráveis a implantação do aterro como: 
acessos pavimentados; não se encontra próxima a aeroportos e lençol freático 
situado 6 m abaixo da trincheira escavada. O terreno possui área total de 16 há, 
conforme apresentado na Prancha 01 apresentada nos Apêndices deste projeto. 
2.3 ESTIMATIVA DA FUTURA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
Para o dimensionamento de aterro sanitário o principal parâmetro de 
projeto é a estimativa da geração futura de resíduos sólidos. 
Segundo Reichert (2007), a estimativa atual da geração de resíduos 
sólidos municipais pode ser obtida pela equação (01): 
 
�� = �� . ��� . �� (01) 
Onde: 
Go = geração de resíduos (kg/dia) 
Po = população total atual do município 
Gpo = geração per capita atual (kg/hab.dia) 
Co = cobertura atual dos serviços de coleta (%) 
 
Ainda, de acordo com Reichert (2007), a geração futura de resíduos 
sólidos pode ser calculada pela equação (02): 
 
�	 = 
�� �1 + ���	� . 
��� �1 + �����	� . ��	� (02) 
Onde: 
Gt = geração futura de resíduos após t anos (kg/dia) 
Gpo = geração per capita atual (kg/hab.dia) 
Po = população total atual do município (hab.) 
Yp = taxa de crescimento populacional (% a.a.) 
Yper = taxa de crescimento anual da geração per capita (%a.a.) 
 
9 
 
Ct = nível de cobertura de coleta no tempo t considerado (%) 
t = tempo considerado (anos) 
 
A população atual, Po, considerada neste estudo foi de 28.000 habitantes 
com um crescimento de meio por cento ao ano, ou seja, yp = 0,5%. Foi 
considerada uma cobertura de coleta em 100% no município e uma geração per 
capita inicial de resíduos de 0,7 kg/hab.dia com um aumento de 1% ao ano. 
Em relação a à compactação dos resíduos no aterro, esta foi estimada em 
0,6 t/m³ e para a cobertura final da trincheira projeta-se o equivalente a 15% do 
volume total do aterro. É importante destacar que o empreendimento em questão 
é projetado para uma vida útil de 5 anos, sendo que as obras de implantação do 
mesmo deverão iniciar no ano de 2015 se estendendo até 2019, quando se dará 
o início da operação. Na tabela 1 pode ser observada uma síntese dos das 
projeções acima mencionadas. 
 
Tabela 1: Estimativa geral do volume de resíduos sólidos no aterro sanitário. 
Ano 
População 
(habitantes) 
Geração 
per capita 
(kg/hab.dia) 
Cobertura de 
coleta (%) 
Geração 
futura (kg/d) 
Volume de RS compactados no aterro 
m³/d m³/ano Acumulado (m³) 
2015 28.000 0,7000 100 19.600,00 
2016 28.140 0,7070 100 19.698,00 
2017 28.281 0,7141 100 19.796,49 
2018 28.422 0,7212 100 19.895,47 
2019 28.564 0,7284 100 19.994,95 33,32 10.430,70 10.430,70 
2020 28.707 0,7357 100 20.094,92 33,49 10.482,85 20.913,55 
2021 28.851 0,7431 100 20.195,40 33,66 10.535,27 31.448,82 
2022 28.995 0,7505 100 20.296,38 33,83 10.587,94 42.036,76 
2023 29.140 0,7580 100 20.397,86 34,00 10.640,88 52.677,64 
Volume total do aterro (m³) - Considerando-se uma compactação de 0,6 t/m³ 52.677,64 
Volume total do aterro, incluindo-se 15% de material de cobertura (m³) 60.579,29 
Fonte: A autora (2015). 
 
Outras considerações importantes a salientar sobre a tabela 1 são 
elencadas abaixo: 
a) O volume diário de resíduos compactados no aterro (m³/dia) é obtido pelo 
produto da população (P0) com a geração per capita diária (Gp) e a 
 
10 
 
cobertura de coleta (Ct), todos divididos pela densidade (ou peso 
específico) adotada no projeto de 600 kg/m³; 
b) O volume anual (m³/ano) é calculado pelo produto do volume diário com 
os 313 dias/ano de coleta considerados, o que exclui os domingos; 
c) O volume total a ser considerado para dimensionamento do aterro 
sanitário deve considerar o material de cobertura, que Reichert (2007) 
sugere entre 10 a 20% do volume total. Para esse projeto serão 
considerados 15% a mais do volume total acumulado, totalizando os 
60.579,29 m³ calculados. 
 
3 MEMORIAL TÉCNICO 
 
A seguir, será apresentado o dimensionamento do aterro sanitário 
proposto para o Município de Teutônia - RS. 
 
3.1 DIMENSIONAMENTO DAS TRINCHEIRAS DO ATERRO 
 
A capacidade volumétrica calculada para a 
trincheira projetada é de 66.000 m³. Para uma geração média aproximada de 
870 m³/mês, no seu primeiro ano de operação, estima-se que a célula atenderá 
a demanda de geração de resíduos por 5 anos. Os cálculos para estabelecer os 
volumes estimados para o projeto foram baseados na Equação 03. 
 
� = ∑ �������� . ℎ� !" (03) 
 
Onde: 
� = volume aproximado da célula; 
#�$% = área da curva de nível; 
#� = área da curva de nível sucessiva; 
ℎ = diferença de altura entre as curvas. 
 
 
11 
 
Os volumes de corte e aterro foram obtidos com o auxílio do software 
AutoCAD Civil 3D. Na tabela 2 são apresentadas as referidas cubagens. O 
volume excedente de solo será de 10.563,81 m³. Esta parcela será útil na 
operação do aterro tendo em vista que para a cobertura dos resíduos durante a 
operação da trincheira projetada serão necessários aproximados 8.000 m³ de 
solo. 
Tabela 2: Cubagens de corte e aterro. 
Volume (m³) 
Corte 35.186,46 
Aterro 24.622,65 
Fonte: A autora (2015). 
 
As figuras 1 e 2 apresentam uma modelagem da trincheira 
escavada no terreno. 
 
Figura 1: Vista tridimensional do terreno com a modelagem da trincheira projetada. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: A autora (2015). 
 
Figura 2: Vista aproximada da modelagem da trincheira projetada. 
 
 
 
 
 
Fonte: A autora (2015). 
 
 
 
12 
 
3.2 SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL 
 
O objetivo da drenagem superficial é impedir a infiltração das águas 
provenientes de escoamentos de precipitações no aterro, diminuindo a geração 
de lixiviado. Além disso, evitar erosões nos taludes e nas vias de acesso do 
terreno. A água que escoar pelas canaletas, não exigirá tratamento. 
 
3.2.1 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO PLUVIAL A SER DRENADA 
 
Para o dimensionamento da rede de drenagem das águas pluviais foi 
utilizado o Método Racional, válido para pequenas bacias com áreas de até 50 
ha, Equação (04). 
 
& = �. '( . ) (04) 
 
Onde: 
Q= vazão a ser drenada na seção considerada (m³/s) 
C= coeficiente de escoamento superficial (% do V precipitado que escoa 
sup.) 
ic= intensidade de chuva crítica (m/s), (quanto t=tc) 
A= área da bacia ou sub-bacia de contribuição (m²) 
 
Para calcular o valor de ic é necessário calcular primeiramente o tempo 
de concentração tc, o qual corresponde ao tempo em que uma gota de chuva, 
que cai no ponto mais distante da bacia de contribuição, leva para chegar à 
seção considerada. Uma das maneiras é pela utilização da Fórmula da Califórnia 
Culverts Practice, Equação (05): 
 
*( = 57. -./0 1
",345
 (05) 
 
Onde: 
 tc= tempo de concentração (mim) 
 
13 
 
 L= comprimento do talvegue máximo da bacia (km) 
 H= altura máxima do perfil longitudinal do talvegue máximo (m) 
 Os valores de L e foram adotados conforme as características da área. 
Substituindo os valores na Equação (05), obtêm-se os seguintes 
resultados: 
 
*( = 57. 61,53
30 9
",345
 
*( = 24,58 ='>. 
 
 A intensidade da chuva crítica (ic) é a que causa maior vazão na seção 
considerada e tem duração igual ao tempo de concentração (t=tc). Para o valor 
da precipitação com duração de 60 minutos e período de retorno de 10 anos, já 
ocorrida, foi utilizado P(60,10) = 53,90471. Para determinação desta, utiliza-se, a 
Equação (06): 
 
'(�*( , ?� = - %	@1 . [�0,21 . ln�?� + 0,52� . �0,54 . *(",�5 − 0,50� . ��E",%"�] (06) 
 
Onde: 
ic= intensidade da chuva crítica (mm/min) 
tc= tempo de concentração (min) 
T= tempo de retorno (anos) 
P(60,10) = precipitação com duração de 60 minutos e período de retorno 
de 10 anos (mm), já ocorrida. 
 
O período de retorno adotado deve ser igual a vida útil do aterro, portanto 
será de 20 anos. Para a área de contribuição da bacia foi estimada uma área de 
40.000 m². Deste modo, substituindo os calores na Equação (06), o resultado 
obtido é de 1,77 mm/min ou 2,95 x 10-5 m/s. 
Para o cálculo da vazão a ser drenada, Equação (04), é necessário definir 
o coeficiente de escoamento superficial. Utilizando a Tabela 3, encontra-se o 
 
14 
 
valor de C. Para este, foi considerada área sem cobertura vegetal, solo argiloso 
e declividade > 7%, ou seja C=0,7. 
Tabela 3: Valores do coeficiente de escoamento superficial. 
 
Tipo de 
cobertura 
Solo arenoso Solo argiloso 
Declividade < 7% Declividade > 7% Declividade < 7% Declividade > 7% 
Áreas com matas 
0,20 0,25 0,25 0,30 
Campos 
cultivados 0,30 0,35 0,35 0,40 
Áreas gramadas 
0,30 0,40 0,40 0,50 
Solos sem 
cobertura vegetal 0,50 0,60 0,60 0,70 
 
Fonte: Adaptado de Rocca et al. (1993 apud REICHERT, 2007). 
 
Após obtidos os dados, foi determinada a vazão com o uso da Equação 
(04). 
& = 0,7 G 2,95 G 10$5 =I G 50.000 =² 
& = 1,03 =³I 
 
Assim, a vazão a ser drenada é de 1,03 m³/s. 
 Segundo Castilhos et. al. (2003), a velocidade no canal de drenagem 
superficial, a velocidade deve ficar entre 1 e 5 m/s. A partir de uma velocidade 
adotada de 3 m/s, calcula-se a área da seção do canal: 
) = &L 
) = 1,03 
=³I
3 =I
 
) = 0,34 =² 
 
Adotando uma canaleta meia-cana de concreto, tem-se uma área 
molhada de 0,3925 m². Conferindo a velocidade: 
 
 
15 
 
L = &) 
L = 1,03
=³I0,3925 =² 
L = 2,62 =/I 
 
3.2.2 DIMENSIONAMENTO DO CANAL DE DRENAGEM 
 
 Para o dimensionamento dos canais de drenagem, utiliza-se a Equação 
(07), de Chezy-Manning. 
 & = %� . #. OP
� 3Q . '% �Q (7) 
 
 
Onde: 
 Q= vazão (m³/s); 
 n= coeficiente de rugosidade das paredes do canal (tabelado); 
 S= seção molhada - Área da seção transversal ocupada pelo líquido (m²); 
 Rh= raio hidráulico da seção, S/Pm (m), onde Pm é o perímetro molhado; 
 i= declividade do canal (m/m) 
O coeficiente de rugosidade pode ser determinado através da Tabela 4. 
Como o material de revestimento será concreto, utilizou-se o valor de n = 0,013 
e a inclinação do canal será de 2%. 
Tabela 4: Valores do coeficiente de rugosidade. 
Material de revestimento do canal Coeficiente n 
Concreto 0,013 
Terra 0,025 
Brita 0,03 
Fonte: Adaptado de Rocca et al. (1993 apud REICHERT, 2007). 
 
 Considerando-se que para um canal de seção semi-circular são válidas 
as relações: 
) = RST4 e O = SU 
 
16 
 
 Correspondendo D a dimensão apresentada na figura 3, por meio de tais 
relações obteve-se o valor do diâmetro (D) de 500 mm para a seção do canal. 
 
Figura 3: Relações para seção semi-circular 
 
Fonte: Adaptado de Reichert, 2015. 
 
 A altura do canal foi determinada considerando-se a relação: 
ℎ = V2 
 
 Sobre este valor atribuiu-se uma margem de segurança de 20%, 
resultando em uma altura total de 350 mm. 
3.2.3 SISTEMA DE DRENAGEM ENTRE AS VALAS 
 
 Adotou-se um sistema de drenagem entre valas simples, constituído de 
um dreno de seção triangular, com 30 cm de profundidade. 
 
3.3 SISTEMA DE DRENAGEM DE LIXIVIADOS 
3.3.1 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO DE LIXIVIADOS 
 
Para determinação da vazão de lixiviado utilizou-se o Método Suíço, 
descrito por Rocca et al. (1979) apud Reichert (2007), sendo este aplicável a 
aterros sanitários menores e mais simples ou quando na falta de dados para 
aplicação dos modelos de balanço hídrico. A vazão pelo Método Suíço é descrita 
pela seguinte equação: 
 
& = %	 . � . ). W (08) 
 
17 
 
Onde: 
Q= vazão média de lixiviados (L/s) 
P= precipitação média anual (mm) 
A= área superficial de uma trincheira (m2) 
t= número de segundos em um ano (s) 
k= coeficiente que depende do grau de compactação dos resíduos 
 
Um dos parâmetros necessários para o cálculo de vazão de lixiviado é o 
fator K. Este, varia conforme o peso específico dos resíduos compactados no 
aterro. Quanto maior o grau de compactação, menor o valor de k (Tabela 5). 
 
Tabela 5: Valores do coeficiente de rugosidade. 
Peso específico dos resíduos no aterro K (adimensional) 
0,4 a 0,7 t/m³ 0,25 a 0,5 
Maior que 0,7 t/m³ 0,12 a 0,25 
Fonte: Adaptado de Rocca et al. (1993 apud REICHERT, 2007). 
 
O peso específico de resíduos no aterro, de 0,4 t/m3 (pouco compactado) 
reflete em um valor de k adimensional de 0,25. Para a precipitação média anual 
adotou-se o volume de 1.800 mm. 
O Método Suíço estima a vazão de lixiviados no aterro sanitário, e a 
vazão pode ser calculada de acordo com a equação (12), conforme a seguir. 
 
& = 131.536.000 IX>Y
× 1.800==X>Y × 9.750 =� × 0.25 
& = 0,14 [/I 
& = 1,39 G 10$U=3/I 
 
Esta vazão de lixiviado no aterro sanitário deverá ser coletada pelos 
drenos na base do aterro e destinada para a Estação de Tratamento de Lixiviado 
(ETL) do município de Teutônia-RS. 
 
 
18 
 
3.3.2 DIMENSIONAMENTO DOS DRENOS PARA O LIXIVIADO 
 
Os drenos de lixiviados que serão dimensionados no projeto são os 
chamados drenos cegos, ou seja, são drenos com seção sem tubo circular, 
somente com brita como meio drenante. A área da seção dos drenos de lixiviado 
foi determinada através da Lei de Darcy, Equação (09): 
 
\ = ]. ^. _ (09) 
 
Onde: 
Q = vazão de projeto para seção do dreno de lixiviado considerada (m³/s); 
K = coeficiente de permeabilidade do meio drenante; 
i = declividade do dreno no trecho considerado (m/m); 
A = área da seção transversal do dreno (m²) 
 
O sistema de drenagem no interior das valas será constituído de um 
dreno único localizado ao fundo da vala, em seu centro. O mesmo apresentará 
uma declividade de 2%, de modo a permitir melhores condições de escoamento 
do lixiviado (REICHERT, 2007), sendo que as valas deverão acompanhar a 
curvatura do terreno. 
O material de preenchimento do dreno deve ser feito preferencialmente 
com brita de rocha magmática (REICHERT, 2007). Deste modo optou-se pela 
adoção de brita n° 4 como material de preenchimento, sendo que esta apresenta 
de acordo com Rhodia (1991) apud Reichert (2007) um coeficiente de 
permeabilidade (K) de 0,80 m/s. 
Isolando-se A, obteve-se a área de seção transversal do dreno de 
lixiviado. 
 
_ = `, ab c `d$efa/gd, h c d, di 
_ = d, ddhj f² 
) = k 
 
19 
 
) = k × l 
) = k� 
k = m0,0087 =² 
k = 0,093 = 
Como a seção transversal do dreno calculada foi relativamente baixa, 
atribuiu-se a dimensão de 40 cm que corresponde à largura das conchas de 
escavação de retroescavadeiras. 
 
3.3.3 VELOCIDADE MÉDIA DE PERCOLAÇÃO E NÚMERO DE 
REYNOLDS 
 
 O regime de escoamento em drenos de brita verifica-se, em geral, na faixa 
de transição entre o regime laminar, onde vale a Lei de Darcy e o regime 
turbulento. Nesta faixa, o número de Reynolds situa-se entre 1 e 3.000, devendo-
se utilizar o modelo de Wilkins, segundo as Equações (10) e (11) abaixo: 
no = p.qgr�`$p� (10) 
s = ti, et × p × nod,t × ^d,te (11) 
Onde: 
 Rh= raio hidráulico do meio poroso considerado (cm); 
 p= porosidade da brita; 
 Ds= diâmetro equivalente (cm); 
 V= velocidade média de percolação (cm/s); 
 i= declividadedo dreno (m/m). 
 
Adotou-se um diâmetro equivalente (Ds) para brita n° 4 de 3,80 cm 
(ROCCA et al., 1993 apud REICHERT, 2007). Considerando-se também que a 
porosidade da brita varia de 0,4 a 0,5, adotou-se uma porosidade de 0,45. Deste 
modo, substituindo-se obteve-se o raio hidráulico: 
OP = u. Vv6�1 − u� 
 
20 
 
OP = 0,4 G 3,86�1 − 0,45� = 0,52w= 
 
Tendo o raio hidráulico calculado ficado próximo a 50 mm será utilizado 
um dreno de PVC com DN comercial de 75 mm por critérios de segurança. 
 
� = 52,45 × u × OP",5 × '",5U 
� = 52,45 × 0,45 × �0,52�",5 × �0,02�",5U = 2,05w=/I 
� = 2,05 w=I = 0,0205
=
I 
 
 É possível verificar que a velocidade de escoamento no dreno de brita 
ficou abaixo da velocidade máxima para canais com pedregulhos ou cascalho 
grosso, que é de 1,6m/s. 
 Também é necessário verificar se o número de Reynolds ficou dentro da 
faixa estabelecida acima. 
Então: 
O� = x y SzE y {�%$�� (12) 
em que: 
 Re= número de Reynolds; 
 V= velocidade média de percolação (cm/s); 
 Ds= diâmetro equivalente (cm); 
 δ= coeficiente de viscosidade cinemática (1,01 x 10-2 cm/s); 
 p= porosidade da brita. 
O� = � G Vv6 G |�1 − u� 
O� = 2,45 G 3,86 × 1,01 × 10$��1 − 0,45� 
O� = 279,33 
 
 De acordo com o cálculo acima, o número de Reynolds está na faixa 
estabelecida (1< Re < 3000). 
 
 
21 
 
3.3.4 ESPAÇAMENTO ENTRE OS DRENOS DE LIXIVIADO 
 
O espaçamento entre drenos foi calculado através da Equação (13): 
 
[ = � .P}á�√( .�����T�@ ��%$-��� �@ .√	��T��(1� (13) 
 
 
Onde: 
L = espaçamento entre drenos de lixiviado (m) 
hmax = altura máxima da lâmina de lixiviado entre drenos adjacentes (m) 
ø = ângulo de declividade entre os drenos (graus) 
c = constante adimensional 
 
A vazão específica pode ser calculada dividindo a vazão de lixiviado 
anteriormente calculada e a área da base do aterro: 
 
q = �� (14) 
q = 1,39 G 10$U=3/I9.750 m� = 1,43 G 10$4m/s 
 
 
Onde: 
Q = vazão utilizada para o dreno de uma trincheira (m³/s) 
A = área referente as dimensões de uma trincheira (m²) 
 
 A permeabilidade dos resíduos compactados no aterro apresenta grande 
variabilidade, sendo função do tipo de resíduo disposto, do grau de compactação 
inicial do aterro, da altura do aterro e do grau de estabilização e idade do aterro. 
No entanto, valores entre 10-3 e 10-4 cm/s são os mais comuns em aterros no 
Brasil e podem ser adotados para projeto. Então, assume-se K=10-4 cm/s. 
 
 
 
22 
 
w = �� (15) 
w = 1,43 G 10$4 =/I1 × 10$U = 1,43. 10$U 
 
 Assim, a seguinte a Equação (16) poder ser utilizada para calcular o 
espaçamento entre os drenos: 
 
� = i×d,adm`,ea.`d�e[� d,ddde`,ea.`d�e��`$� d,di`,ea.`d�e×md,ddde�`,ea.`d�e�] (16) 
[ = 93,2 = 
 
Como o espaçamento entre os drenos está acima da largura da trincheira 
projetada, optou-se pela adoção de um único dreno no centro da trincheira, 
localizado no fundo da mesma. 
3.3.5 DRENAGEM DE BIOGÁS 
 
De acordo com Reichert (2007), para o dimensionamento de drenos de 
gases em aterros de pequeno porte, normalmente adotam-se valores empíricos, 
visando assim manter baixas pressões e velocidades no interior dos mesmos 
sendo que, os diâmetros adotados variam de 50 a 100 cm, sendo preenchidos 
com brita 3, 4 ou 5. 
Deste modo, adotou-se drenos de biogás com 0,40 cm de diâmetro e um 
raio de influência de 25 m, preenchido com brita n° 4. 
O espaçamento entre os drenos foi determinado através da Equação 
(17): 
G = 2. � wYI30° (17) 
 
Onde: 
r = raio de influência 
x = espaçamento entre drenos 
 
 Substituindo-se em (22) 
G = 2 G 25 G wYI30° 
G = 43,30 = 
 
23 
 
Considerando-se que as trincheiras terão 130 m de comprimento, 
adotou-se três drenos de biogás por trincheira. Os drenos de biogás deverão ser 
construídos verticalmente, interligados com o dreno de lixiviado e, no centro da 
vala. Para contenção da brita que permitirá o escoamento do biogás será 
utilizado tela de alambrado, com o diâmetro definido de 40 cm. 
Para conexão do dreno ao queimador, junto a impermeabilização 
superior final de cada vala, deverá ser utilizado tubo de concreto com 0,30 m de 
diâmetro e 1 m de altura. Sobre o tubo de concreto, será inserido o queimador 
de gás, composto por de uma tubulação de ferro com 0,40 de diâmetro e 2,0 m 
de altura. O comprimento de 0,50 m do tubo de concreto deverá estar inserido 
na camada de impermeabilização superior, o restante do comprimento do 
mesmo deverá estar inserido no tubo de ferro. 
 
4 MÉTODO DE ATERRO 
 
Caracterizam-se como estruturas em formato de trincheira, estreitas e 
longas. O método em questão apresenta uma grande vantagem quanto ao solo 
escavado, na utilização para cobertura dos resíduos. 
 
 
5 SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO INFERIOR 
 
Com o objetivo de impedir a infiltração do lixiviado gerado e garantir o 
confinamento dos resíduos, impedindo a infiltração de poluentes no subsolo e 
aquíferos adjacentes, adotou-se um sistema de impermeabilização inferior 
composto, conforme exemplificado na figura 4, sendo o mesmo constituído de 
duas camadas sobrepostas de materiais diferentes, sendo uma camada de argila 
compactada mais uma camada de geomembrana sobreposta, com perfeita 
aderência entre as duas camadas. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Figura 4: Sistema de impermeabilização inferior. 
 
Fonte: Adaptado de Reichert, 2007. 
 
Optou-se pela adoção de uma camada de argila compactada de 60 cm 
de espessura e, considerando-se a resistência química, a intempéries, a tração 
e flexibilidade bem como a facilidade para implantação e reparos, além dos 
custos, optou-se por uma camada de geomembrana sintética de polietileno de 
alta densidade (PEAD) de 1,5 mm de espessura. O PEAD apresenta, de acordo 
com Rocca et al. (1993) apud Reichert (2007) resistência a óleos e solventes, 
baixa permeabilidade (1,4. 10-11 cm/s) a vapores de água e gás, bem como 
resiste a altas temperaturas e intempéries. 
Na figura 5 está descrito a composição da impermeabilização proposta. 
Para a impermeabilização superior, será apenas com a cobertura de solo e 
plantio de gramíneas. 
 
Figura 5: Sistema de impermeabilização superior. 
 
Fonte: Adaptado de Reichert, 2007. 
 
 
25 
 
6 OPERAÇÃO DO ATERRO 
 
 A operação do aterro sanitário é fundamental para o sucesso do 
empreendimento, minimizando quando operado de forma adequada os impactos 
sanitários e ambientais. O aterro projetado terá vida útil de 20 anos e o início de 
sua operação previsto para o ano de 2019. A estrutura do aterro sanitário 
apresentará também as seguintes instalações de apoio, que deverão ser 
monitoradas semanalmente: vias de acesso, cercas de isolamento, portaria com 
segurança, estruturas de apoio tais como banheiros e escritório e iluminação 
24h. 
 Os resíduos basculados na trincheira deverão ser cobertos diariamente 
com uma camada de 0,15 cm de solo do próprio local e compactados com o uso 
de um equipamento compactador da marca Bomag, modelo BC - RB (Figura 06) 
que deverá ser adquirido pelo município. 
 
Figura 6: Modelo do equipamento compactador de resíduos. 
 
 
 
 
Fonte: Komatsu, 2015. 
 
Quando a trincheira 1 apresentar 65% do seu volume preenchido, deverá 
ser dado início às obras de preparação da trincheira 2. Ao final da operação de 
cada trincheira deverá ser instalado um sistema de impermeabilização superior 
constituído de camada de argila compactada, solo e plantio de gramíneas, de 
modo a minimizar a infiltração de água da chuva e consequente geração de 
lixiviado, além de contribuir com o aspecto estético do local de minimizar a 
proliferação de vetores. 
 
26 
 
 Faz-se necessária a capacitação de todos os colaboradores envolvidos, 
de modo a minimizar os riscos ambientais e promover condições seguras de 
trabalhos aos mesmos. 
 
6 ORÇAMENTO 
 
 A Tabela 6 apresenta os custos relativos às etapas que envolvema 
trincheira 1. É importante ressaltar que os custos podem variar ao longo do 
tempo, necessitando uma atualização do presente orçamento, caso o início dos 
trabalhos seja postergado. 
 
Tabela 6: Orçamento. 
Orçamento Trincheira 1 
Etapas Unidade Custo unitário Quantidade Subtotal 
1 - Infra-estrutura 
Portaria m² R$ 450,00 20 R$ 9.000,00 
Escritório e outras instalações m² R$ 450,00 90 R$ 40.500,00 
Cercamento m R$ 25,00 1000 R$ 25.000,00 
Portão de veículo unidade R$ 900,00 2 R$ 1.800,00 
Poço de monitoramento unidade R$ 5.000,00 4 R$ 20.000,00 
Cortina Vegetal unidade R$ 10,00 2000 R$ 20.000,00 
Acessos internos permanentes m R$ 10,00 200 R$ 2.000,00 
Placas de sinalização m R$ 10,00 5 R$ 50,00 
Levantamento topográfico ha R$ 900,00 16 R$ 14.400,00 
Licença Prévia (LP) unidade R$ 1.133,89 1 R$ 1.133,89 
Subtotal R$ 133.883,89 
2 - Terraplanagem 
Corte m³ R$ 8,00 35187 R$ 281.496,00 
Aterro e taludamento m³ R$ 9,00 24623 R$ 221.607,00 
Licença de Instalação (LI) unidade R$ 3.094,19 1 R$ 3.094,19 
Subtotal R$ 506.197,19 
3 - Impermeabilização 
Geomembrana PEAD 2 mm 
(fornecimento e instalação) m² R$ 20,50 3000 R$ 61.500,00 
Drenagem pluvial externa - 
Meia cana de concreto DN 0,5 
m 
m R$ 20,00 2000 R$ 40.000,00 
Plantio de grama m² R$ 3,00 10000 R$ 30.000,00 
Subtotal R$ 131.500,00 
4 - Drenagem 
Drenagem de gases e lixiviado 
(brita nº5) m³ R$ 25,00 3000 R$ 75.000,00 
 
27 
 
Tubo PEAD 100mm rede 
lixiviado m R$ 4,00 370 R$ 1.480,00 
Tubo PEAD 200mm coletor 
lixiviado m R$ 7,00 255 R$ 1.785,00 
Drenagem pluvial - Meia-cana 
DN 500 mm m R$ 20,00 500 R$ 10.000,00 
Drenagem biogás tubos 
circulares de concreto - DN 
400 mm 
unidade R$ 300,00 3 R$ 900,00 
Subtotal R$ 89.165,00 
5 - Operação do aterro sanitário 
Monitoramento ambiental 
(análises fisico-químicas) mês R$ 400,00 12 R$ 4.800,00 
Queimadores de gás unidade R$ 1.200,00 3 R$ 3.600,00 
Trator de esteira marca 
Komatsu d61ex unidade 
R$ 
300.000,00 1 R$ 300.000,00 
Licença de Operação (LO) 1 R$ 2.659,02 1 R$ 2.659,02 
Subtotal R$ 318.960,00 
6 - Encerramento do aterro sanitário 
Plantio de grama m² R$ 3,00 10000 R$ 30.000,00 
Monitoramento ambiental 
(análises fisico-químicas) mês R$ 400,00 12 R$ 4.800,00 
Subtotal R$ 34.800,00 
7 - Mão de obra 
Operários e segurança e 
outros mês R$ 3.000,00 6 R$ 18.000,00 
Responsável técnico mês R$ 4.500,00 1 R$ 4.500,00 
Técnicos mês R$ 3.500,00 2 R$ 7.000,00 
Conservação de 
patrimônio/Água/Energia 
elétrica 
mês R$ 3.000,00 1 R$ 3.000,00 
Subtotal R$ 32.500,00 
Total Trincheira 1 R$ 1.247.006,08 
 
 
Fonte: A autora (2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
7 REFERÊNCIAS 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Aterros sanitários de 
pequeno porte - Diretrizes para localização, projeto, implantação, operação e 
encerramento. Rio de Janeiro: ABNT, 2010. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15849: Resíduos 
sólidos urbanos - Aterros sanitários de pequeno porte - Diretrizes para 
localização, projeto, implantação, operação e encerramento. Rio de Janeiro: 
ABES, 2010. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.896: Aterros de 
resíduos não perigosos - Critérios para projeto, implantação e operação. Rio de 
Janeiro, 1991. 
 
CIRILO, J.M.; COELHO, M. M. L. P.; BAPTISTA, M. B. Hidráulica Aplicada. Porto 
Alegre: ABRH, 2001. 
 
REICHERT, G.A. Projeto, Operação e Monitoramento de Aterros Sanitários. 
Manual. 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 APÊNDICES 
Engenharia Ambiental
Nov. 2015
Geraldo Reichert
01
1:4000
NORTE
V
Engenharia Ambiental
Nov. 2015
Geraldo Reichert
02
1:4000
NORTE
V
Planta da drenagem superficial
Engenharia Ambiental
Nov. 2015
Geraldo Reichert
03
1:2500
NORTE
V
Declividade de 2%
Detalhe 1
Detalhe 2
Detalhe 1
Escala 1:30
Detalhe 2
Escala 1:50
Planta da drenagem de lixiviados
Engenharia Ambiental
Nov. 2015
Geraldo Reichert
04
1:2500
NORTE
V
B
B'
A A'
Planta geometria trincheiras
Engenharia Ambiental
Nov. 2015
Geraldo Reichert
05
1:2500
NORTE
V

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