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REVISÃO TCE: lesão craniana causada por uma força física externa que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, comprometimento das habilidades sensório-motoras, perceptuais, cognitivas, comportamentais (psicossociais e vocacionais) e/ou emocionais LESÃO PRIMÁRIA •Fraturas •Contusões e lacerações da substância cinzenta •Lesão axonal difusa LESÃO SECUNDÁRIA •Hematomas intracranianos •Hipertensão intracraniana •Lesão cerebral isquêmica · Coma e Lesões cerebrais graves: pontuação =/< 8 · Lesões cerebrais moderadas: pontuação 9 a 12 · Lesões cerebrais leves: pontuação 13 a 15 Escala de Resultados de Glasgow: · Boa recuperação: Reintegração déficits leves · Incapacidade moderada: Independente em AVDs, limitação profissional · Incapacidade grave: Dependente em AVDs por deficits cognitivos ou fisicos · Estado vegetativo: Não responde a estímulos externos · Morte Quadro Clínico: · Comprometimentos Diretos: · Déficits cognitivos · Déficits Neuromusculares tônus anormal · paralisia/paresia · alterações sensoriais · ataxia · Déficits perceptivos · Déficits de deglutição/disfagia · Déficits de comunicação · Desinibição comportamental · Comprometimentos Indiretos: · Contraturas/ deformidades · Déficits de mobilidade · Úlceras de decúbito · Ossificação heterotópica · Diminuição da resistência física · Infecção · Pneumonia · TVP · Comprometimento da fala devido a traqueostomia. · Complicações decorrentes do imobilismo Alterações no comportameto, humor e personalidade: · Apatia · Impulsividade · Irritabilidade · Comportamento agressivo · Ansiedade · Depressão Fatores que influenciam os resultados após o TCE: · Estado pré-morbido; · Lesão primária: quantidade de dano imediato ao cérebro (local, contra-golpe, polar,LAD); Tratamento Fisioterápico: Os objetivos do tratamento são desenvolvidos através de um programa cognitivo-sensório-motor individualizado baseados em três fases da escala de nível de função cognitiva: · Fase Despertar (níveis I,II e III) · Fase Adequar (níveis IV, V e VI) · Fase Reorganizar (níveis VII, VIII, IX e X) Fase despertar (Níveis I, II e III) Nível I Sem resposta: O paciente parece estar em sono profundo e está completamente não responsivo a qualquer estímulo. Nível II Resposta generalizada: O paciente reage de modo inconsistente e não intencional aos estímulos de uma maneira não específica. As respostas são limitadas e freqüentemente iguais independente dos estímulos. As respostas podem ser alterações fisiológicas, movimentos grosseiros do corpo com ou sem vocalizações Nível III Resposta localizada: O paciente reage de modo específico,porém, inconsciente para os estímulo. As respostas estão diretamente relacionadas com o tipo de estímulo apresentado. Podem obedecer a comandos simples, tais como fechar os olhos ou apertar a mão, de uma maneira inconsistente e atrasada. Objetivos na Fase Despertar: · Aumento da função física e nível de alerta; · Redução do risco de comprometimentos indiretos; · Melhora do controle motor; · Manejo dos efeitos do tônus muscular; · Melhora do controle postural, · Aumento da tolerância à atividades e posições; · Melhora da integridade articular e mobilidade ou preservação de sua funcionalidade; Fase Adequar (Níveis IV, V e VI) Fase IV confuso – agitado: O paciente encontra-se em um estado de atividade aumentada. O comportamento é bizarro e não tem propósito com respeito ao ambiente imediato. Não discrimina entre pessoas e objetos: pode haver confabulação. A atenção grosseira para o ambiente é muito curta e a atenção seletiva geralmente é inexistente. O paciente não tem recordação (memória) recente nem assada. Fase V confuso- inapropriado: O paciente é capaz de responder a comandos simples de modo razoavelmente consistente. Contudo, com o aumento da complexidade dos comandos ou na falta de alguma estrutura externa, as respostas não intencionais, são aleatórias ou fragmentadas. Demonstra atenção grosseira ao ambiente mas se distrai facilmente e não tem habilidade de focar a atenção em uma tarefa específica. Em circunstâncias estruturadas, pode ser capaz de conversar em nível social automático por curto período de tempo. A verbalização é geralmente inapropriada e confabulatória. A memória está gravemente prejudicada, com freqüência, demonstra uso inapropriado dos objetos; pode desempenhar tarefas que tenham sido aprendidas previamente em condições estruturadas, mas incapaz e aprender novas informações. Fase VI Confuso – apropriado: O paciente apresenta comportamento dirigido para a meta, mas depende de estímulos externos ou instruções. Segue comandos simples de forma consistente e apresenta transferências para tarefas reaprendidas, como as dos cuidados pessoais. As respostas podem ser incorretas devido a problemas de memória, mas são apropriadas para situação. A memória passada apresenta mais aprofundamento e detalhada do que a memória recente. Objetivos na Fase Adequar: · Nível IV · Melhora da resistência física do paciente; · Manutenção da mobilidade e integridade articular; · Redução do risco de comprometimentos indiretos; · Aumento da tolerância às atividades. · Níveis V e VI · Aumento do desempenho na mobilidade funcional e nas AVDs; · Melhora da mobilidade, da marcha e do equilíbrio; · Aumento do controle motor e postural; · Melhora da resistência física do paciente; · Redução do risco de comprometimentos indiretos. Fase Reoganizar (Níveis VII, VIII, IX e X) Fase VII Automático- apropriado: O paciente parece apropriado e orientado dentro do ambiente terapêutico e domiciliar; passa pela rotina cotidiana automaticamente, porém, geralmente, se assemelhando a um robô. O paciente mostra mínima ou nenhuma confusão e tem recordação superficial das atividades. Apresenta transferência para novo aprendizado porém, a uma velocidade mais lenta. Em circunstâncias estruturadas é capaz de iniciar atividades sociais e recreativas; julgamento permanece comprometido. Fase VIII, IX e X Intencional-Apropriado: O paciente é capaz de recordar e integrar eventos passados e recentes percebendo e estando responsivo ao ambiente. Apresenta transferência para novo aprendizado e não precisa de supervisão depois das atividades terem sido aprendidas. Pode continuar apresentando uma habilidade diminuída em comparação com as habilidades pré-morbidas. O raciocínio abstrato, a tolerância ao estresse e o julgamento em emergências ou em circunstâncias não usuais estão comprometidos. Objetivos na Fase Reorganizar: · Aumento da habilidade para realizar tarefas físicas relacionadas com AVDs, reintegração na comunidade e no trabalho e atividades de lazer; · Melhora da mobilidade funcional; · Melhora do motor, postural e equilíbrio; · Aumento da capacidade de tratar dos próprios sintomas; · Aumento da força e resistência física; · Diminuição do nível de supervisão e assistência para desempenho das tarefas · Assistir o paciente na integração de habilidades cognitivas, físicas e emocionais. Fisioterapia · OBJETIVOS: · Conscientizar percepção corporal e postura · Trabalhar a plasticidade cerebral · Adequar a tonicidade · Facilitar e inibir reflexos · Estimular sensibilidade superficial e profunda · Alongar a musculatura retraída · Trabalhar as deficiências cognitivas · Tratar a incontinência · Treinar mudanças de postura até fase de marcha · TRATAMENTO FISIOTERÁPICO: · Método Bobath (inibe e facilita) e Kabat (facilita e inibe). · Posicionadores ( talas para prevenir padrão de reflexos, contraturas, eformidades, facilitar a deambulação; tutores. · Prancha ortostática · Transferências de peso (equilibra o tônus muscular) · Uso de polias, thera- band e halteres em padrões diagonais · Estimulação Elétrica Funcional · Estimulação sensitiva ( crioestimulação e tapping- pressão e deslizamento). · Estimulação da fala e cognição (exercícios de nomeação). · Recomendar o horário de ir ao banheiro · Exercícios sequenciados para memória · Treino da marcha inicialmente com o auxílio do fisioterapeuta e barras paralelas, tutores e talas, andadores, muletas e bengalas.
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