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VERIFICAÇÃO DE ACESSIBILIDADE DA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE PÚBLICO POR ÔNIBUS: UMA ANÁLISE ESPACIAL COM USO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS EM TRANSPORTES Rauenya da Silva Carvalho Pastor Willy Gonzales Taco Universidade de Brasília Programa de Pós-Graduação em Transportes RESUMO O presente trabalho consistiu na aplicação do SIG para verificação de acessibilidade em uma cidade metropolitana de Brasília(DF). Foi feita a caracterização das rotas de ônibus e condições de acessibilidade desenvolvidas pelas empresas de Transporte Público da cidade de Águas Lindas(GO). Foram utilizados alguns recursos tecnológicos, como o Google Earth e Street View para coleta de dados e uso de SIG - T para construção das rotas simuladas de acordo com os setores censitários do município. Constata-se que o objetivo foi alcançado, pois o serviço foi analisado e foi possível fazer as verificações e definir que as condições de acessibilidade ao transporte público na cidade não atingem todos os setores censitários. Destaca-se que é necessário colocar no centro dos debates no meio político sobre a estrutura de transporte dos usuários de ônibus da cidade. ABSTRACT The present work consisted of the application of the GIS to verify accessibility in a metropolitan city of Brasília (DF). The characterization of the bus routes and accessibility conditions developed by the Public Transport companies of the city of Águas Lindas (GO) was done. Some technological resources were used, such as Google Earth and Street View for data collection and use of GIS - T for the construction of simulated routes according to the census sectors of the city. It is noted that the objective was achieved because the service was analyzed and it was possible to make the checks and define that the conditions of accessibility to public transport in the city do not reach all census sectors. It should be noted that it is necessary to place at the center of the debates in the political arena about the transport structure of the city's bus users. 1. INTRODUÇÃO No mundo, o transporte público é considerado importante não somente para a mobilidade urbana, mas para as cidades de um modo geral. Ele forma, modela e dá contornos para as cidades, trazendo desenvolvimento. Além disso, o transporte público é o ente mais importante para a questão da redução de emissão de gases, da poluição sonora, enfim, vai além da função de levar uma pessoa de um lugar a outro. Promover o desenvolvimento da qualidade de vida e das pessoas por meio da evolução do transporte público coletivo, visando uma mobilidade mais eficiente, moderna e sustentável (NTU, 2019), são propósitos de programas de incentivo a mobilidade urbana por transporte coletivo por ônibus. Assim, o transporte público urbano por ônibus é um serviço primordial para a garantia da qualidade de vida nas cidades, pois promove a integração entre diferentes centros urbanos, além de exercer um importante papel social e econômico, uma vez que torna democrática a mobilidade, facilitando a locomoção das pessoas que não possuem automóveis ou não podem/querem dirigir (FERRAZ; TORRES, 2004). A acessibilidade no transporte público é um tema que ganhou bastante visibilidade nos últimos 10 anos. Isso não significa, no entanto, que as pessoas não enfrentem dificuldades para utilizar os ônibus e outros meios de transporte coletivo (NTU, 2005, adaptado). O transporte coletivo urbano passou a ser um meio de transporte de classe econômica de baixa renda, daqueles que não possuem recursos para adquirir outros meios individuais para cumprir um trajeto. E, o automóvel, em especial, passou a adquirir certo status econômico e social. Onde, “o principal desafio dos planejadores de sistema de transporte público é atrair cada vez mais os usuários do automóvel”, com isso poderia melhorar a mobilidade de uma cidade (TEIXEIRA; GUERINO FILHO; SOARES, 2013, adaptado). Para que seja possível essa melhora, é importante destacar o papel que prefeituras e operadores possuem ao se planejar um Sistema de Transporte Coletivo (STC) adequado aos seus usuários. Vê-se que a união para reverter esse cenário seja para discutir sobre a priorização do transporte coletivo, concentrando investimentos e ações que tenham foco nas pessoas e a estrutura que os mesmos irão utilizar. Como forma a auxiliar as questões de acessibilidade em um espaço urbano, a área de planejamento de transportes cria procedimentos, a partir dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) para analisar a infraestrutura do Sistema de Transportes (ST). Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) se baseiam em uma tecnologia de armazenamento, análise e tratamento de dados espaciais, não espaciais e temporais, capaz de gerar informações e que permitem projetar cenários e soluções rápidas e precisas para vários problemas, facilitando o processo de tomada de decisões em diversas áreas (SILVA, 1998). Nesse contexto, sua utilização na área de transportes – comumente chamado de SIG-T, destacando a parte de planejamento, é útil nos cadastros urbanos, gerência de pavimentos, planejamento urbano, análise de impactos ambientais, análise de acidentes, planejamento operacional de qualquer modo de transporte, controle do tráfego e muitas outras. O uso do SIG-T para planejamento e controle operacional de um STC, sob o enfoque da análise espacial, determina aplicações para resolução de problemas que abordam a roteirização de linhas de transporte, disponibilização de informações para os usuários e análise da estrutura física, como os pontos de paradas. Já que a ênfase da análise espacial é mensurar propriedades e relacionamentos, levando em conta a localização espacial do fenômeno em estudo de forma explicita (DRUCK et al., 2004), trabalhos sobre a utilização do espaço urbano, a partir do uso de sistemas de informações geográficas, influenciam nas diretrizes dos serviços da rede de transporte a serem analisados. Neste artigo pretende-se apresentar uma aplicação do SIG-T, sob o enfoque da análise espacial com desenvolvimento de estudos na área de transportes, com a utilização de método qualitativos através da pesquisa bibliográfica e estudo de caso para desenvolvimento de identificação operacional de roteirização das linhas e avaliação da acessibilidade do transporte público por ônibus em uma cidade que faz parte da Região Metropolitana do Distrito Federal. A estrutura para o desenvolvimento desse artigo divide-se em referencial teórico, metodologia, análise e discussão dos resultados e considerações finais. 2. REFERENCIAL TEÓRICO O trânsito é uma disputa pelo espaço físico que reflete uma disputa pelo tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos. É uma negociação permanente, coletiva e conflituosa do espaço, pois no trânsito, surgem conflitos de interesse de um grupo social contra outro. Assim, a posição que as pessoas se atribuem e ocupam na sociedade vai condicionar sua disputa pelo espaço através da eleição e uso de determinados meios de transporte (ARAÚJO; et al., 2011). O transporte coletivo é fundamental para a população e para o desenvolvimento das cidades (ANTUNES; et at., 2017). Ferraz e Torres (2004) discorrem sobre a importância do transporte urbano para o desenvolvimento econômico e social de uma cidade e, acrescentam que a mobilidade é um elemento balizador do desenvolvimento urbano. Araújo et al. (2011) destaca que o transporte coletivo é um serviço essencial nas cidades, pois democratiza a mobilidade, constitui um modo de transporte imprescindível para reduzir congestionamentos, os níveis de poluição e o uso indiscriminado de energia automotiva, além de minimizar a necessidade de construção de vias e estacionamentos. Segundo Vuchic (1981), o transporte urbano representa um serviço básico e um elemento importante nas cidades, pois possibilita a diversificaçãode atividades, a vitalidade econômica, social e condições ambientalmente seguras. Em geral, os grandes centros urbanos devem ser providos de sistemas de transporte que funcionem bem e que sejam atraentes para propiciar qualidade de vida, de modo a caracterizar tais áreas como “habitáveis” (DINIZ, 2017 p. 6). Para que a mobilidade do sistema de transporte seja perceptível, os serviços a serem prestados devem considerar sempre acessibilidade aos terminais, mobilidade e a conexão com outros tipos de transporte. Embora o transporte público seja um meio eficaz para promover a sustentabilidade, parte da população das cidades não o utilizam, pois, o planejamento inadequado da acessibilidade e mobilidade reduz o número de passageiros e aumenta a dependência por veículos particulares (MUNIZ et. al; WELCH; MISHRA, 2017;2013) 2.1. Acessibilidade Acessibilidade é um tema que, apesar de discutido desde o século XIX, foi retomado recentemente como um assunto de suma importância para o planejamento urbano, por ser um instrumento que possibilita identificar áreas com desigualdades na oferta de infraestrutura básica (GOTO, 2000) e por estar diretamente relacionado à qualidade de vida dos cidadãos (VASCONCELLOS, 2000). Segundo Padula (2008), a falta de planejamento e a falta de prioridade ao transporte público levam ao caos urbano nos transportes, ao surgimento dos chamados transportes “alternativos” (clandestinos ou não) e ao crescimento do número de automóveis (flexibilidade e disponibilidade), para quem pode arcar com os custos. Aumentam o número de veículos automotores em circulação, os congestionamentos e a poluição. Tendo como resultado: diminuir a qualidade de vida e reduzir a eficiência econômica. As cidades brasileiras, assim como as dos demais países em desenvolvimento, apresentam graves problemas de transporte e qualidade de vida. Queda na mobilidade e acessibilidade, degradação das condições ambientais, congestionamentos crônicos e altos índices de acidentes de trânsito já se tornaram rotina em muitas cidades. Essa situação decorre de muitos fatores sociais, políticos e econômicos, mas deriva também de decisões passadas relativas às políticas urbanas de transporte e trânsito (ROMÃO, 2002). De acordo com Santos (2000) (apud IPEA, 2006 p. 103), a acessibilidade ao sistema é determinada pela distância que os usuários devem percorrer desde sua origem até o ponto de embarque e do ponto de desembarque até seu destino. Quanto menor for essa distância percorrida, significa que há maior disponibilidade de linhas e, em consequência, maior cobertura geográfica, interligando de maneira mais efetiva os lugares e atendendo melhor a população. Segundo Ferraz e Torres (2004, p.102), acessibilidade está associada à facilidade de chegar ao local de embarque no transporte coletivo e de sair do local de desembarque e alcançar o destino da viagem. No caso do acesso ao sistema ser realizado a pé, importam a distância percorrida para iniciar e finalizar a viagem por transporte público e a comodidade experimentada nesses percursos, refletidas pelos seguintes fatores: condições das calçadas (suas larguras, se revestidas ou não e estado do revestimento), declividade do percurso, facilidade para cruzar as ruas existentes no trajeto, existência de iluminação pública (importante nas viagens noturnas), segurança pessoal no trajeto etc. Os sistemas de transporte coletivo são considerados acessíveis quando todos os seus elementos são concebidos, organizados, implantados e adaptados segundo o conceito de desenho universal, garantindo o uso pleno com segurança e autonomia por todas as pessoas (ARAGÃO; BRASILEIRO; SANTOS e ORRICO, 2000, apud ROMÃO, 2002). Assim, o contexto sobre acessibilidade no transporte público envolve fatores como a inclusão social: a mensuração dos valores tarifários à todas as pessoas e elementos adequados no sistema de transporte para as pessoas com deficiência, de acordo com o descrito no Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004, onde discorre acerca de como os sistemas de transporte coletivo são considerados acessíveis quando todos os seus elementos são concebidos, organizados, implantados e adaptados segundo o conceito de desenho universal, garantindo o uso pleno com segurança e autonomia por todas as pessoas. Dessa forma se torna amplo e uma área de pesquisa que necessita estudos para a discussão sobre as questões a serem melhoradas nas cidades para que o acesso ao sistema de transporte público possa ser mais adequado. 2.2 Transporte Público Coletivo em Regiões Metropolitanas A Lei nº 12.587/2012 trata a questão do transporte e da mobilidade em aglomerados urbanos e em regiões metropolitanas. É atribuição da União fomentar projetos em RMs, além de apoiar e estimular ações coordenadas e integradas entre municípios e estados nas áreas destinadas a políticas comuns de mobilidade urbana. A autonomia municipal é respeitada, sendo suas atribuições principais o planejamento, a execução e a avaliação da política de mobilidade, bem como a regulamentação dos serviços de transporte urbano, além da prestação, de forma direta, indireta ou por gestão associada, do serviço de transporte no seu território. No entanto, a Política Nacional de Mobilidade Urbana abre a possibilidade de os estados serem protagonistas no processo da gestão do transporte metropolitano, haja vista que estes podem delegar aos municípios a organização e a prestação dos serviços de transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano, desde que constituído consórcio público ou convênio de cooperação. Dessa maneira, o Estado repassa uma de suas atribuições ao consórcio, qual seja, a promoção e a integração dos serviços nas áreas que ultrapassem os limites de um município. (IPEA, 2015) O intenso processo de urbanização no Brasil gerou o fenômeno da metropolização, ocupação urbana que ultrapassa os limites das cidades e, consequentemente, o desenvolvimento de grandes aglomerações metropolitanas. Muitas vezes, a coordenação regional intraestadual tem ficado por conta dos próprios municípios, que se articulam em torno de uma questão por meio da formação de consórcios intermunicipais. “Os consórcios formalizam a cooperação intermunicipal com o objetivo de reunir esforços em torno de um problema cuja solução extrapola os limites de um município e atinge a dimensão microrregional ou regional” (ibid., pp. 14-15, apud CAD. METROP (2019) Caracterizada a relevância do transporte coletivo urbano em níveis sociais, econômicos e ambientais é necessário um diagnóstico sobre os padrões de qualidade apresentados por esse serviço essencial à população, os quais devem apresentar avaliações satisfatórias para que o usuário tenha um serviço que atenda as suas necessidades (RODRIGUES; SORRATINI, 2008). Os transportes coletivos (TC) no Brasil têm fundamental importância no cotidiano da população, já que representam, em muitos casos, o único meio de deslocamento entre residência e trabalho ou escola. Dentre os transportes coletivos, o ônibus é o meio mais utilizado, pela sua maior acessibilidade e pelo atendimento amplo aos desejos de destino da população (WEIGANG, et al., 2001). O TC é apontado como uma parte da solução para a melhoria da mobilidade das populações e para uma maior sustentabilidade nos territórios. O transporte coletivo tem importância fundamental dentro do contexto geral do transporte urbano, na medida em que é essencial para a população de baixa renda e, ao mesmo tempo, uma importante alternativa a ser utilizada como estratégia para redução das viagens por automóvel, contribuindo para a redução dos congestionamentos, da poluição ambiental, dos acidentes de trânsito e do consumo de combustível (RODRIGUES; SORRATINI, 2008). O Decreto nº 2.521 de 1998 define que “o transporte rodoviário interestadual semiurbanode passageiros é aquele que, embora mantenha características urbanas, transpõe os limites transfronteiriços das unidades federativas do Brasil”. Até 2013, as linhas interestaduais com extensão menor que 75 quilômetros eram classificadas como “transporte rodoviário interestadual semiurbano de passageiros”. Já em 2013, o Decreto nº 8.083 passa a utilizar a seguinte definição: “serviço de transporte público coletivo entre municípios de diferentes unidades federativas que possuam características de transporte urbano”. O cerne do problema é que a regulamentação das linhas que são assim classificadas é diferente da regulamentação das demais. A Resolução ANTT nº 4.770/2015, que regulamenta a Lei nº 12.996/2014, esclarece que o transporte semiurbano será delegado sob regime permissionário, enquanto o transporte não semiurbano será delegado por meio de autorização. Os passageiros podem ser transportados em pé, os veículos não acomodam bagagem e o controle de acesso se dá por meio de catraca (IPEA, 2018) Portanto, a atribuição para a prestação de serviço e bens do transporte coletivo semiurbano nos municípios é distinta para cada organização de território dos municípios, de acordo com suas diversas peculiaridades. Já que para provisão desses serviços, o papel do Estado domina as regras para o funcionamento do sistema de transporte. 2.3 SIG-T e Transporte Coletivo O usuário do TC por ônibus no Brasil, na grande maioria das vezes não sabe ao certo o horário em que deve chegar às paradas e nem os horários exatos dos ônibus. Nota-se, então, a evidente necessidade de um sistema de informações sobre horários, que beneficie o usuário de transporte urbano coletivo por ônibus (WEIGANG, et al., 2001). A partir desses aspectos, os sistemas de informações geográficas vêm como uma maneira para auxiliar a infraestrutura do TC. Para Ferraz e Torres (2004) o Sistema de Informações diz respeito à disponibilidade de informações sobre o sistema operado. Cidades de maior porte e com maior diversidade de modos de transportes requerem um Sistema de Informação mais detalhado e eficiente. O principal objetivo de um Sistema de Informações é tornar o processo de deslocamento de fácil compreensão e acesso. O transporte público urbano é estruturado por um conjunto de linhas, que são compostas pelas vias, pontos de paradas e por estações ou terminais. O arranjo dessas linhas é que determina a funcionalidade de todo o sistema do transporte coletivo e alguns fatores, tal como o tempo de viagem (NOZAKI et al, 2009). Por sua vez o tempo de viagem é influenciado pelo número total de paradas, que deve ser estabelecido de maneira criteriosa, a fim de tornar a linha mais acessível ao usuário. Se houver muitas paradas, o usuário se deslocará pouco a pé, entretanto a viagem ficará lenta. E se o número de paradas for menor, a viagem será mais rápida, mas o usuário terá que se deslocar mais a pé até chegar ao destino desejado. (OLIVEIRA, GONÇALVES E CURSI, 2009). Segundo Silva, Oliveira e Lima (2011), um sistema de transporte coletivo planejado otimiza o uso dos recursos públicos, possibilita investimentos em setores de maior relevância social e uma ocupação mais racional e humana do solo urbano. Por outro lado, os SIG vêm sendo bastante utilizados na gestão dos transportes coletivos por organismos públicos e privados. Uma aplicabilidade comum de um SIG em transporte é a roteirização de linhas de transporte coletivo. Envolve a fase de planejamento de viagens, a partir das informações da malha viária e dos veículos circulantes para que seja possível atender as necessidades da demanda de passageiros e da melhor maneira, respeitando as capacidades viárias. É crucial que informações como o itinerário, o traçado e a distância do percurso das linhas de ônibus estejam atualizados e em meios práticos, que facilitem a sua consulta. Mas, comumente, essas informações estão disponíveis somente em meios analógicos, muitas vezes desatualizadas, ou, quando em meios digitais, em formatos nada práticos (como “figuras” ou “texto”). Isso acaba dificultando as consultas, o controle, a fiscalização e, consequentemente, a gestão (MARTINS; OLIVEIRA; GUASSELLI, 2009). Dessa forma, o poder público determine para os gestores de transporte coletivo a utilização dessas ferramentas para que a população tenha acesso a essas informações, pois se caracterizam como ferramenta fundamental para geoprocessamento, disponibilização de informações com características espaciais do sistema de transporte público coletivo interurbano. 3. METODOLOGIA Para desenvolvimento desse trabalho, os passos da figura 1 foram estruturados e aplicados. A pesquisa utilizou métodos qualitativos por meio da pesquisa bibliográfica e caracterização da estrutura de transporte público de estudo de caso com a utilização de ferramentas SIG, em um trecho que envolve Águas Lindas-GO (cidade metropolitana do Distrito Federal) e Brasília- DF – considerando as linhas que saem da AL para a rodoviária do Plano Piloto. Figura 1 - Passos adotados na pesquisa do estudo de caso Fonte: Elaboração do Autor. 3.1 Coleta de Dados O procedimento de coleta de dados foi feito em diversas bases de dados. Primeiramente foi feito o levantamento das linhas de ônibus que fazem o percurso Águas Lindas (GO), onde foi percebível que apenas 2 empresas fazer as rotas para mais de 93 mil pessoas, consideradas População Economicamente Ativa (PEA), segundo a CODEPLAN (2019) p.49. Uma empresa é a União Transporte Brasília (UTB) conta com 45 linhas e a empresa Taguatur com cerca de 15 linhas1 e cobram o valor da passagem de R$ 7,00 para o trajeto Águas Lindas(GO)- Brasília(DF). Os arquivos em formato .kml (para ser visto no Google Earth) foram retirados dos sites: Sistema Estadual de Geoinformação (Dados do Município de Águas Lindas) para critérios comparativos com os dados de modelagem. A base de dados das malhas municipais e estaduais existentes do site do IBGE (https://www.ibge.gov.br/geociencias/downloads- geociencias.html). A malha territorial por setor censitário também foi retirada do site do IBGE(ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/) e do site Forest GIS (http://forest- gis.com/download-de-shapefiles/) arquivos de transporte da base cartográfica de 2017. Em seguida todas essas informações foram inseridas no ARCGIS para verificação de acessibilidade das linhas e pontos de paradas de acordo com os setores censitários. 3.1.1. Elaboração de Mapa de Linhas de Viagem As linhas e itinerários estão disponíveis nos sites das empresas e a partir dessas informações foi possível montar um arquivo com 20 linhas que fazem a rota de bairros de Águas Lindas (GO) para a rodoviária do Plano Piloto em Brasília (DF) ou vice-versa. Essa elaboração foi feita com o desenho de caminhos do Google Earth, como mostra a figura 2. 1 OBS: no site da empresa existem muitas rotas inativas, existe descrição de linhas que a empresa não faz mais, e faltam outras que é de responsabilidade dela. Figura 2 - Linhas e rotas de transporte coletivo - Águas Lindas(GO)/Brasília(DF) Fonte: Elaborado pelo autor. As linhas elaboradas para a pesquisa foram as seguintes: Tabela 1 - Linhas de ônibus de Águas Lindas (GO)-Brasília (DF) Nº ROTA Km Extensão 2004 Terminal Chiol X Rodoviária Plano Piloto via Estrutural 62,5 2008 Jardim Pérola 2 X Rodoviária Plano Piloto via Eixo Sul 60,3 2010 Jardim Pinheiro 2 X Rodoviária Plano Piloto via Eixo Sul 65,3 2012 Jardim Pinheiro 1 X Rodoviária Plano Piloto via Eixo Sul 64,7 2013 Jardim Pinheiro 1 X Rodoviária Plano Piloto via Estrutural 56,9 2015 Jardim Pinheiro 2 X Rodoviária do Plano Piloto via Eixo Sul 63,9 2016 Jardim Pinheiro 2 X Rodoviária Plano Piloto via Estrutural 56,0 2019 Rodoviária Plano Piloto X Pinheiro 1 e 2 via Eixo Sul 68,3 2043 Jardim ParaísoX Esplanada-Rodoviária via Estrutural 60,1 2045 Jardim Pinheiro 4 X Esplanada-Rodoviária via Estrutural 63,0 2061 Terminal Chiola X W3 norte-Rodoviária via Estrutural 76,7 2064 Jardim Guaíra X W3 norte-Rodoviária via Estrutural 63,0 2069 Jardim Pinheiro 2 X W3 norte-Rodoviária via Estrutural 72,0 2320 Terminal Chiola X Setor Gráfico via Estrutural 65,3 2321 Terminal Chiola X Guará 1 e 2-Rodoviária via EPTG 76,4 2361 Jardim Pinheiro 2 X SAAN-Noroeste-Rodoviária via Estrutural 61,5 2001 Royal Park – Rodoviária via Eixo 60,2 2044 Santa Lúcia X Esplanada via Estrutural 61,9 2090 Girassol X Rodoviária via Estrutural 66,0 2097 Girassol X W3 norte-Rodoviária via Estrutural 81,9 Fonte: Elaborada pelo autor. 3.1.2 Análise das Rotas e Pontos de Parada As características dos locais de parada estão relacionadas, principalmente, aos seguintes aspectos: sinalização adequada, calçadas acessíveis e dimensionamento suficiente para demanda local, proteção contra intempéries e aparência do local (Ferraz e Torres, 2004). O Distrito Federal possui uma base de dados robusta em relação aos pontos de paradas nas vias, então o quesito de acesso aos usuários pode ser considerado robusto e é disponibilizado para que seus usuários em alguns aplicativos, como o Moovit, possam consultar facilmente. Já o município de Águas Lindas, bem como o Estado de Goiás, ainda não possui esse tipo de ferramenta. Os pontos de paradas são, por vezes aleatórios, como se em casa rua ou esquina, existisse um ponto, prejudicando os usuários com o aumento do tempo de espera (pois quanto mais pontos de paradas, mais os motoristas param e esperam o embarque) e falta de localização confiável e segura para a espera do transporte. 3.1.3 Verificação das rotas nos setores censitários Durante a coleta de dados foi possível verificar que as rotas abordam diversos setores, mas não em todos os horários do dia. Algumas rotas circulam apenas no horário de pico na parte da manhã, logo usuários de alguns setores utilizam transporte alternativo (mototáxi, andar a pé ou de bicicleta) para chegar à BR 070 e conseguir embarcar em uma linha de transporte público. Como o município possui apenas 2 empresas de transporte coletivo, em determinados horários a demanda chega a superar a oferta, com isso o meio de transporte pode estar cheio logo no início da rota. Como é possível verificar na figura 5 e 6 os terminais e pontos de parada na BR são precários e possuem localização de fácil acesso, mas entre os bairros esse fato é considerado nulo, não existem pontos específicos, como mostra figura 7. Figura 3 - Setores Censitários de Águas Lindas(GO) Fonte: Elaborado pelo autor. Figura 4 - Rotas de Transporte Público Fonte: Elaborado pelo autor. Figura 5 - Ponto de Parada de Ônibus em Águas Lindas (GO) Fonte: Google Maps – Street View. Figura 6 - Terminais de Ônibus em Águas Lindas (GO) Fonte: Metrópoles e Google Street View. Figura 7 - Ponto de Parada em Águas Lindas (GO) Fonte: Google Street View. 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A tecnologia também é determinante para a melhoria da experiência dos usuários no transporte público. Baseados em informações seguras e em tempo real, aplicativos possibilitam planejar rotas e viagens, considerando não apenas o tempo de deslocamento, mas também as opções mais econômicas e sustentáveis. A tecnologia empodera os usuários e aumenta a transparência do setor. (NTU, 2016) Durante a coleta de dados foi perceptível as carências de informações precisas sobre o transporte público da cidade de Águas Lindas. Apenas a empresa UTB garante aos seus usuários informações sobre linhas, horários e itinerários de sua frota, o que mostra a preocupação de prestar um serviço adequado para a sociedade. Ainda há carência de dados atualizados das rotas prestadas pela empresa Taguatur, o que provoca uma lacuna no estudo, pois essas informações faltantes podem ser cruciais para determinar as condições de acessibilidade da população. Mesmo assim, para essa pesquisa foi possível observar que alguns bairros não são atendidos pela demanda de transporte coletivo, como mostra a figura 8. As linhas destacadas de cor preta são os setores censitários e as linhas coloridas são de transporte, os círculos em vermelho destacam as regiões que não possuem linhas de transporte público que façam rotas para Brasília (DF). O círculo em azul é uma linha de transporte público que faz parte da região de Cocalzinho(GO) e não Águas Lindas(GO), é um bairro chamado Girassol que possui rotas para o Distrito Federal. Figura 8 - Setores censitários e Linhas de Transporte Público Fonte: Elaborada Pelo autor. Durante a coleta de dados foi possível consultar a base de dados da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) para aspectos comparativos do presente estudo, mas também não conta todos os setores censitários, apesar de ser dividida por empresas do município. Figura 9 - Rota de transporte público semiurbano segundo o site ANTT da empresa UTB Fonte: Site ANTT. Figura 10 - Rota de transporte público semiurbano segundo o site ANTT da empresa TAGUATUR Fonte: Site ANTT. Percebe-se que as empresas possuem rotas extensas e circulam em grande parte do Distrito Federal, pelo menos nas vias principais. E que essas informações são mais precisas na base da ANTT, para a empresa Taguatur, mas deveria ser disponibilizado também como informativo para seus usuários. Já relacionado aos pontos de paradas, Águas Lindas não possui informações precisas e georreferenciadas, o que dificulta análises da linha do ônibus e se realmente circulam em ponto de paradas determinados. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo possibilitou caracterização das rotas de ônibus e condições de acessibilidade desenvolvidas pelas empresas de Transporte Público da cidade de Águas Lindas(GO). Foram utilizados alguns recursos tecnológicos, como o Google Earth e Street View para coleta de dados e uso de SIG - T para construção das rotas simuladas de acordo com os setores censitários do município. O uso de um Sistema de Informação Geográfica possibilitou a estruturação de uma base de dados georreferenciados que auxiliou na construção das análises deste trabalho. Com a conclusão da pesquisa, constata-se que o objetivo da mesma foi alcançado, pois o serviço foi analisado e foi possível fazer as verificações e definir que as condições de acessibilidade ao transporte público na cidade não atingem todos os setores censitários, e portanto, não atende completamente a uma parcela dos existente ou potenciais usuários. Fornecer condições dignas para acessibilidade faz com que usuários em potenciais passem a utilizar o transporte público mais comumente. Condições de acessibilidade são, não somente de acordo com a infraestrutura, mas também informações a serem prestadas aos usuários, como os itinerários e rotas, esse tipo de ferramenta pode ser elaborada com o uso de SIG-T. É necessário colocar no centro dos debates no meio político sobre a estrutura de transporte dos usuários de ônibus da cidade. Portanto, segue como sugestão para novos estudos, um diagnóstico mais detalhados de toda a infraestrutura de transportes para que seja possível incentivar o desuso do carro e diminuir congestionamentos nas vias brasilienses. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Araújo, Marley Rosana Melo de, et al. (2011). Transporte público coletivo: discutindo acessibilidade, mobilidade e qualidade de vida. Psicologia & Sociedade. 23, 2011, Vol. 2. Antunes, Mileny Gomes; Romeiro, Tamires Inauê Ogatta; Sigrist, Vanina Carrara. 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