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MODULO II - OBSTETRICIA

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ENFERMAGEM OBSTÉTRICA 
E GINECOLÓGICA 
MÓDULO II 
(40 horas/aula) 
SAÚDE DA MULHER 
As áreas de enfermagem materna, neonatal, infantil e mesmo 
saúde da mulher como um todo, a exemplo de outras modalidades de 
atenção à saúde, apresentam e acompanham as particularidades 
epidemiológicas, socioeconômicas, culturais e políticas de cada país 
e/ou região. 
Importante lembrar que, atualmente com frequência, a mulher se 
depara com várias responsabilidades que demandam seu tempo e 
atenção, como saúde dos pais, dos filhos, do parceiro, acumula ainda 
a responsabilidade de construir uma carreira profissional o que faz 
com que não raramente, diminua sua capacidade em dar atenção à 
própria saúde física e mental. 
É de fundamental importância que atualmente os serviços de 
saúde tenham programas específicos voltados para a saúde da mulher, 
e aqui se destaca o papel fundamental dos profissionais de 
enfermagem que usando seus conhecimentos e seu amor ao lidar com 
sua clientela, precisam auxiliar na satisfação de todas as necessidades 
nos cuidados de saúde, independente de qual momento a mulher se 
encontra no seu ciclo de vida. 
No Brasil, foi criado o PAISM (Programa de Atenção Integral a 
Saúde da Mulher), desenvolvido pela rede pública e que abrange 
diversos subprogramas que atingem a todas as áreas de saúde 
relativas ao sexo feminino e não somente o período gravídico. 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E DO 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
 
Sistema Reprodutor refere-se aos órgãos responsáveis pela 
produção da prole nos seres vivos. Nos seres humanos, no sexo 
masculino encontramos os espermatozoides, que são as células 
reprodutivas masculinas e o pênis, órgão que deposita os 
espermatozoides no interior da vagina. No sexo feminino encontramos 
os ovários que são as células reprodutivas femininas e um órgão, o 
útero, local onde se desenvolve o feto. É muito importante que os 
profissionais da área de enfermagem tenham um conhecimento 
adequado da anatomia e fisiologia dos sistemas reprodutivos feminino 
e masculino, para poder detectar alterações/afecções que possam vir 
acometê-los. 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA REPRODUTIVA FEMININA 
 
O sistema reprodutor feminino é composto por órgãos internos e 
externos. Os internos são estruturas que, de acordo com as influências 
hormonais específicas, desempenham funções que influenciam a 
fertilidade e a gravidez. Os órgãos internos são; vagina, útero, tubas 
uterinas (Trompas de Falópio) e ovários. Os externos são aqueles que 
compõem a vulva (significa “cobertura”) que é responsável pela 
proteção das aberturas vaginal e uretral, muito sensível ao toque, o 
que aumenta o prazer feminino durante a excitação sexual. A vulva é 
constituída por: monte de vênus (monte pubiano), grandes e 
pequenos lábios, clitóris, vestíbulo e períneo. 
Funções do sistema genital feminino: 
 Produzir gametas – ovócito; 
 Secretar hormônios sexuais; 
 Receber os espermatozoides; 
 Fornecer locais para fertilização, implantação e 
desenvolvimento embrionário e fetal; 
 Oferecer condições para o parto; 
 Prover nutrição do feto. 
ÓRGÃOS INTERNOS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: 
 
Vagina: é o canal, com dimensões entre 7.5 a 10 cm de 
comprimento, que recebe o pênis e o esperma ejaculado durante a 
relação sexual, funcionando ainda como uma via para saída do 
sangramento menstrual e do feto durante o nascimento. 
Útero: órgão muscular, com formato de pera, situado na parte 
superior da vagina, posteriormente a bexiga e anteriormente ao reto. 
É o local onde ocorre a menstruação, a implantação do ovo fertilizado, 
do desenvolvimento fetal durante a gravidez e do trabalho de parto. 
Em nulíparas mede cerca de 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura 
e 2,5 cm de espessura. Depois de uma primeira gestação o útero 
permanece aumentado e após a menopausa fica menor e atrofia. A 
parede uterina é composta por três camadas: endométrio (camada 
interna), miométrio (camada muscular média) e o perimétrio 
(camada externa serosa que recobre o corpo do útero). 
Anatomicamente o útero subdivide-se em três porções: fundo (porção 
convexa acima das trompas); corpo (porção central) entre o fundo e a 
cérvice; cérvice (também chamada colo do útero, porção que se abre 
na vagina). 
 a) Cérvice (colo): parte mais inferior do útero, que se abre na 
vagina e tem um canal que permite a passagem do esperma para o 
útero e saída do sangramento menstrual. O orifício externo da cérvice 
é uma pequena abertura oval e regular, antes do primeiro parto. Após 
o primeiro parto vaginal, esta abertura transforma-se em uma fenda 
transversa semelhante a lábios. O canal da cérvice possui glândulas 
secretoras de muco que torna impossível a penetração dos 
espermatozoides até que ocorra a ovulação. Quando esta ocorre, a 
consistência do muco muda , facilitando a mobilidade dos 
espermatozoides e provável fecundação. O muco secretado pela 
cérvice é capaz de acomodar os espermatozoides e mantê-los vivos 
por 2 a 3 dias. Estes podem se mover após pelo corpo, alcançar as 
tubas e fertilizar o óvulo. O canal do colo uterino é estreito demais 
para que o feto o atravesse durante a gravidez, porém durante o 
trabalho de parto o canal de parto se dilata , permitindo a passagem 
do feto 
 b) Corpo: órgão principal do útero, essencialmente muscular, 
que aumenta de tamanho para manter o feto durante a gestação. O 
endométrio passa por alterações ciclicamente, dependendo da 
variação dos níveis de hormônios secretados pelos ovários. Durante o 
ciclo menstrual é mais espesso (a espera de que chegue um óvulo 
fertilizado) e logo após a menstruação, é mais fino. Quando não ocorre 
gravidez, parte do endométrio descama, ocorrendo então o 
sangramento menstrual. Se houver fertilização, o embrião adere à 
parede do útero, processo conhecido como implantação. Ocorre então 
interrupção do sangramento menstrual durante aproximadamente 40 
semanas (período gestacional). No decorrer do trabalho de parto as 
paredes musculares do corpo se contraem para empurrar o feto 
através da cérvice para a vagina. 
Tubas Uterinas: (Também conhecidas como Trompas de 
Falópio), estrutura dupla, cilíndrica e oca medindo cerca de 5 a 7,5 cm 
estendendo-se desde as bordas superiores do útero em direção aos 
ovários. Cada tuba mede cerca de 7 a 10 cm de comprimento e mais 
ou menos 0,7 cm de diâmetro. As tubas tem forma de funil em sua 
extremidade, o que permite uma grande abertura para que o óvulo 
cais ao ser liberado do ovário. Internamente as tubas uterinas são 
revestidas por cílios que permitem movimentação. A fecundação 
comumente ocorre no interior das tubas uterinas uma vez que são 
responsáveis pelo transporte dos espermatozoides do útero em 
direção ovário e o óvulo até o útero. Se houver fertilização, as 
primeiras divisões celulares ocorrem no interior da trompa (a migração 
do ovo até o útero leva em torno de 7 dias). 
Ovários: par de glândulas localizado na cavidade pélvica abaixo 
e de cada lado do umbigo. Os ovários são responsáveis pela ligação 
entre os sistemas reprodutivo e de glândulas endócrinas, pois 
produzem os óvulos e secretam ciclicamente os hormônios femininos 
progesterona (mantém o endométrio e diminui a contratilidade do 
útero, estimulando o desenvolvimento das mamas e proporcionando 
nutrição para o feto) e estrogênio (responsável pelo desenvolvimento 
dos caracteres sexuais secundários e desenvolvimento dos órgãos 
genitais). 
ÓRGÃOS EXTERNOS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO: 
 
Monte pubiano: proeminência arredondada e elevada situada 
sobre a sínfise pubiana. A partir da puberdade, esta área é coberta por 
pelos pubianos que protegem a sínfise pubiana durante a relação 
sexual. 
Lábios: Grandes lábios: são comparáveis ao escroto no sistema 
reprodutor masculino. Eles contém glândulas sudoríparas e sebáceas 
após a puberdade esão cobertos por pelos e tem como função 
proteger a abertura vaginal. Pequenos lábios: localizados no interior 
dos grandes lábios, circundando as aberturas da vagina e da uretra. 
São muito vascularizados e com muitas terminações nervosas, 
lubrificam a vulva e enrijecem em resposta a estímulos por serem 
muito sensíveis. 
Clitóris: pequena massa de tecido erétil e rica em terminações 
nervosas, situado na junção anterior dos pequenos lábios. Acima e 
abaixo do clitóris, há pregas, cuja união acima do clitóris forma o 
chamado prepúcio, cobertura semelhante a um capuz sobre o clitóris. 
O clitóris é rico em vasos sanguíneos o que lhe confere uma coloração 
rosada. Assim com o pênis, é muito sensível ao toque, à estimulação e 
à temperatura, e pode tornar-se ereto. Apesar de seu pequeno 
tamanho, tem suprimento nervoso e sanguíneo abundante. 
Vestíbulo: área oval envolta pelos grandes lábios lateralmente. 
No vestíbulo encontramos a uretra, a vagina e dois pares de glândulas 
(Glândulas de Bartholin) que quando estimuladas secretam muco, 
lubrificando para a relação sexual. Em cada lada da uretra 
encontramos as glândulas de Skene, que secretam muco para manter 
a abertura úmida e lubrificada para a passagem da urina. 
Períneo: porção mais posterior dos órgãos reprodutivos 
femininos externos, localizando-se entre a vulva e o ânus. É 
constituído de músculo, fáscia e pele. Esta área pode sofrer laceração 
ou passar por incisão durante o parto (episiotomia) – e ser reparado 
por sutura posteriormente – para facilitar a passagem do feto. 
Mamas: órgãos acessórios do sistema reprodutivo feminino 
especializados na secreção de leite após o nascimento. Durante a 
gravidez a progesterona e o estrogênio produzidos pela placenta são 
estimulantes do desenvolvimento das glândulas mamárias, sendo que 
devido a essa intensa atividade hormonal as mamas podem dobrar de 
tamanho durante a gestação. Após o nascimento, com a queda rápida 
e brusca dos níveis dos hormônios placentários, a ação da prolactina 
(hormônio produtor de leite) deixa de ser inibida. Nos primeiros dias 
após o nascimento, acontece a secreção de líquido amarelo-escuro, o 
colostro, rico em minerais, proteínas e anticorpos maternos, com 
menos açúcar e gordura que o leite materno maduro. 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA REPRODUTIVA MASCULINA 
 
A exemplo do Sistema Reprodutor Feminino, o Masculino é 
composto por órgãos que tem como objetivo produzir um novo ser. 
Esses órgãos são responsáveis pela produção e manutenção dos 
espermatozoides (células sexuais masculinas), pelo transporte destas, 
juntamente com os líquidos de apoio, até o aparelho reprodutor 
feminino e também respondem pela secreção de testosterona 
(hormônio masculino). São eles: testículos (em número de dois), onde 
são produzidos a testosterona e os espermatozoides, o pênis, o 
escroto e os órgãos acessórios (epidídimo, ductos: deferente e 
ejaculatório, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e próstata). 
Os internos são os testículos, os ductos e os acessórios, os externos 
são o pênis e o escroto. 
Funções do sistema genital masculino: 
 Produção e transporte do gameta masculino; 
 Produção do hormônio responsável pelos caracteres sexuais 
masculinos: a testosterona; 
 Secreção de fluidos para formar o esperma (ou sêmen). 
ÓRGÃOS INTERNOS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO: 
Testículos: são glândulas sexuais masculinas (gônadas 
masculinas), responsáveis pela elaboração do espermatozoide, e estão 
situados sob o pênis. Os testículos são em número de 2 e estão 
contidos num receptáculo, o escroto, dividido em duas bolsas, cada 
uma contendo uma gônada. O Órgão é envolvido por um invólucro: a 
Nos testículos são túnica albugínea, que protege o tecido testicular. 
produzidos os espermatozoides, as células reprodutoras (gametas) 
masculinas, durante o processo chamado espermatogênese, além de 
diversos hormônios. 
 
 
 
Os epidídimos são dois tubos enovelados que partem Epidídimo: 
dos testículos. São responsáveis pela maturação e o armazenamento 
dos espermatozoides. Os epidídimos são canais alongados que se 
enrolam e recobrem posteriormente a superfície de cada testículo. 
Corresponde ao local onde os espermatozoides são armazenados.
https://www.todamateria.com.br/espermatozoide/
 
 Ductos Deferentes: o sistema reprodutor masculino contém 2 
tubos altamente musculares, ductos deferentes, que são dois 
constituída por fibras musculares lisas, que partem dos testículos, 
envolvem a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório. Possuem a 
função de transportar os espermatozoides em direção à uretra, além de 
serem responsáveis pela reabsorção daqueles que não foram expelidos. 
O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Ele 
passa pelas pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue 
sua trajetória pela cavidade abdominal, circunda a base da bexiga e 
alarga-se formando uma ampola. 
Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), 
atravessa a próstata, que nele descarrega o líquido prostático, e vai 
desaguar na uretra. 
O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido 
prostático, constitui o “esperma” ou “sêmen”. 
 
 
as vesículas seminais são formadas por Vesículas Seminais: 
duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. Sua função é 
produzir o "líquido seminal", uma secreção espessa e leitosa, que 
neutraliza a ação da urina e protege os espermatozoides, além de 
ajudar seu movimento até a uretra. 
O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina 
durante a relação sexual, evitando que os espermatozoides morram no 
caminho até os óvulos. 
 
masculina de tamanho similar a uma bola de Próstata: glândula 
golfe, localizada abaixo da bexiga urinária. É responsável por secretar 
substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os 
espermatozoides. Em geral tem o tamanho de uma noz e aumenta com 
a idade. Juntamente com as vesículas seminais, produz um "líquido 
prostático", uma secreção clara e fluida que nutre os espermatozoides. 
Esse líquido constitui a maior parte do volume do sêmen, secreção na 
qual os espermatozoides são expelidos durante a ejaculação. 
As Glândulas Bulbouretrais (Glândulas de Cowper) são duas 
estruturas pequenas do tamanho de ervilhas, que se localizam 
inferiormente à próstata. Secretam um líquido semelhante a muco, que 
é liberado mediante estimulação sexual e lubrifica a cabeça do pênis 
para prepara-lo para a relação sexual. 
A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema Uretra: 
urinário e ao sistema reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a 
próstata e o pênis (sua maior porção) até a ponta da glande, onde há 
uma abertura pela qual são eliminados o sêmen a urina. A uretra é 
comumente um canal destinado para a urina, mas, no aspecto da 
reprodução, é responsável por conduzir e expelir o esperma durante a 
ejaculação. Importante ressaltar que urina e esperma nunca são 
eliminados ao mesmo tempo graças à musculatura da bexiga, na 
entrada da uretra, que impede que isso ocorra. 
 
 
 
 
ÓRGÃOS EXTERNOS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO: 
o pênis é considerado o principal órgão do sistema Pênis: 
reprodutor masculino. O órgão cilíndrico é formado por dois tipos de 
tecidos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso, que envolve e 
protege a uretra. Na extremidade do pênis encontra-se a glande, onde 
é possível visualizar a abertura da uretra. Através do pênis são 
eliminados a urina (função excretora) e o sêmen (função reprodutora). 
O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o 
tecido cavernoso se enche de sangue, fazendo com que o pênis fique 
maior e duro (ereção), pronto para o ato sexual, geralmente levando à 
ejaculação (processo de expulsão do sêmen). 
A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para 
uma atividade sexual. Ela pode acontecer por diversos estímulosfisiológicos, por exemplo, quando a bexiga está cheia ou quando o 
homem tem um sonho à noite. 
 
 
 
 
 
 
Escroto: é uma bolsa de pele fina que envolve e protege os 
A bolsa escrotal tem a função de termo regulação, testículos. 
mantendo os testículos em uma temperatura geralmente em torno de 1 
a 3ºC abaixo da corporal. Um espermatozoide leva aproximadamente 
70 dias para ser produzido e não pode se desenvolver da maneira 
adequada se estiver na temperatura normal do corpo (para que sejam 
produzidos os espermatozoides, é necessário que estejam um pouco 
mais frios que a temperatura corporal). A bolsa escrotal é divida em 
duas câmaras e cada uma engloba um testículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÕES DOS APARELHOS GENITAIS E 
REPRODUTORES FEMININO E 
MASCULINO 
 
 
 
FEMININO MASCULINO 
 Produzir gametas – ovócito; 
 
Produção e transporte do 
gameta masculino; 
 
Secretar hormônios sexuais; 
 
Produção do hormônio 
responsável pelos caracteres 
sexuais masculinos: a testosterona; 
 
Receber os espermatozoides; 
 
Secreção de fluidos para 
formar o esperma (ou sêmen). 
 
Fornecer locais para fertilização, 
implantação, e desenvolvimento 
embrionário e fetal; 
 
 
Oferecer condições para o parto; 
 
 
Prover nutrição do feto. 
 
 
 
CICLO REPRODUTIVO FEMININO: 
O ciclo reprodutivo feminino é um processo complexo, e tem, por 
finalidade, a fertilidade e o nascimento. Compreende os ciclos ovariano 
e endometrial bem com suas alterações hormonais que os regulam e 
as alterações cíclicas nas mamas. Quando não ocorre a fertilização, 
ocorre a descamação do revestimento uterino (endométrio), 
resultando então na menstruação, que marca o início e o fim de cada 
ciclo menstrual. A primeira menstruação é a menarca e a cessação da 
menstruação é a menopausa. A perda média de sangue é de 20 a 80 
ml, o sangramento dura de 3 a 8 dias, e os ciclos variam de 21 a 36 
dias, sendo que o ciclo médio é de 28 dias. Quando a menstruação é 
irregular, deve-se suspeitar de ovulação irregular, estresse, doença, 
desiquilíbrio hormonal. 
 A menopausa define o fim da capacidade gestar. Normalmente é 
acompanhada por atrofias ovariana, uterina, das tubas uterinas e das 
mamas. Às vezes é assintomática ou com sintomatologia quase 
imperceptível, o faz com que as mulheres permaneçam com bom 
estado de saúde e ativas. Já outras mulheres apresentam sintomas 
vasomotores que acabam causando sensações de calor (“fogachos”, 
“calorões”), frio, transpiração, insônia, cefaleia, irritabilidade. 
 Os ciclos ovariano e endometrial ocorrem simultaneamente, e são 
divididos ao meio pela ovulação (quando o óvulo rompe seu folículo, 
deixa o ovário e entra na tuba uterina até chegar ao útero). A 
gestação ocorre se durante este trajeto houver o encontro com o 
espermatozoide que o fertilizará. 
Ciclo ovariano: a mulher nasce com 2 milhões de oócitos e na 
puberdade ainda estão presentes nos ovários, cerca de 400 mil 
porém folículos. O excesso é eliminado no decorrer dos anos férteis, 
somente 300 a 400 deles irão amadurecer durante o período de 
fertilidade da mulher. O ciclo ovariano acontece em 3 fases: folicular, 
ovulação e lútea. 
 a) Folicular: fase de crescimento e formação de óvulo maduro que 
dura aproximadamente 10 a 14 dias. É nessa fase que ocorre o 
espessamento do miométrio e do endométrio, que darão suporte 
para a implantação do ovo se houver gravidez. 
 b) Ovulação: o folículo maduro rompe-se e libera o óvulo maduro. 
Em um ciclo de 28 dias, isso ocorre em torno do 14º dia. O 
tempo de vida do óvulo é de cerca de 24 horas, e então morrerá 
se não encontrar o espermatozoide em seu percurso. Durante a 
ovulação há produção de um muco claro, elástico, e escorregadio 
pela cérvice, com o objetivo de facilita a passagem do 
espermatozoide. 
 c) Lútea: inicia na ovulação e ocorre até a fase menstrual do 
próximo ciclo. Neste período há uma crescente de progesterona, 
hormônio que auxilia a preparação do endométrio para a 
implantação do ovo. 
Ciclo Endometrial: acontece devido às alterações hormonais cíclicas. 
Neste ciclo também ocorrem 3 fases: proliferativa, secretória e 
menstrual. 
 a) Proliferativa: ocorre aumento das glândulas endometriais pelos 
crescentes níveis de estrogênio (aumenta a espessura do 
endométrio). Ocorre aproximadamente entre o 5º dia do ciclo 
menstrual até a ovulação. 
 b) Secretória: ocorre desde a ovulação até cerca de 3 dias antes do 
próximo período menstrual. Nesta fase há diminuição drástica do 
nível de estrogênio e aumenta substancialmente o de 
progesterona, tornando o endométrio mais espesso e 
vascularizado para facilitar a implantação do ovo. 
 c) Menstrual: ocorre isquemia com consequente rompimento das 
artérias endometriais, provocando a descamação do endométrio e 
eliminação do sangue no útero, uma vez que não houve 
fertilização. O começo do fluxo menstrual marca o final de um 
ciclo e o início de um novo. 
 
FECUNDAÇÃO/nidação 
 
 
Ovulação: 
Na puberdade, por estímulos hormonais, os folículos iniciam seu 
processo de amadurecimento. Mensalmente, apenas um folículo 
amadurece. O folículo que contém a célula-ovo imatura cresce e incha, 
formando uma protuberância na superfície do ovário. Dentro da célula-
ovo ocorre a divisão por meiose, que reduz pela metade seu material 
genético. Ao atingir o desenvolvimento máximo (por estímulos 
hormonais), o folículo de Graaf se rompe, dando saída ao óvulo. Esse 
processo é denominado ovulação. A célula reprodutora feminina 
(gameta) que resultou do processo da ovulação contém metade da 
informação genética necessária para produzir o ovo. 
 
Fase pós-ovulatória: 
Se o óvulo liberado durante a ovulação não for fecundado por um 
espermatozoide, ele morrerá depois de 12 ou 24 horas. Entre 14 mais 
ou menos 2 dias após a morte do óvulo, ocorre a descamação do 
endométrio (menstruação), dando inicio a um novo ciclo menstrual. 
Após a ovulação, o folículo rompido se transforma em corpo 
lúteo, cuja função é secretar hormônios. Se o óvulo morrer, o corpo 
lúteo regredirá, cessando a produção. Se o óvulo liberado durante a 
ovulação for fertilizado pelo espermatozoide, o ovo formado caminhará 
até o endométrio, onde irá se implantar, e o corpo lúteo vai se manter 
por mais algum tempo secretando os hormônios necessários durante a 
gravidez. 
Fecundação ou Fertilização é uma das etapas da reprodução 
sexuada, na qual as células sexuais ou gametas se unem originando o 
zigoto ou célula-ovo. 
 
 
O zigoto passa por muitas divisões celulares originando um 
embrião, que se desenvolverá formando um novo ser. A fecundação 
humana é o momento de encontro do espermatozoide com o óvulo. Em 
seguida o gameta feminino estará pronto para ser fertilizado pelo 
masculino e inicia-se o processo de formação do embrião. 
 
 
A fertilização e a implantação do embrião na parede do útero, 
que dá início à gravidez, constituem a concepção. 
 
O processo de fertilização envolve diversos aspectos até que seja 
formado o zigoto. Na relação sexual, os espermatozoides são lançados 
dentro do corpo da mulher e começam uma verdadeira maratona até 
chegarem ao óvulo. 
 
Inicia-se o fenômeno chamado fertilização com a fusão das 
membranas dos gametas, além da secreção dos grânulos corticais 
que formam barreira à entrada de outros espermatozoides. 
 Com a entrada do espermatozoide suas estruturas fundem-se 
ao óvulo. 
 Acontece a união dos conteúdos dos pronúcleos masculino e 
feminino. É nesse momento que é originado o zigoto, a primeira célula 
do novo ser. 
 
 
 
 
Essa etapa costuma ocorrer nas primeiras 24 horas após a 
entrada dos espermatozoides no útero. 
 A partir da formação do zigoto começa um processo de divisões 
celulares que originará muitas células. Essas segmentações ou 
clivagens do zigoto marcam o início do desenvolvimento embrionário.Quando chega a um estágio chamado blastocisto, o embrião 
poderá se implantar na parede uterina. 
 A primeira clivagem ocorre cerca de 24 horas após a fertilização, 
portanto no 2º dia após as relações sexuais e o blastocisto é formado 
entre o 4º e o 7ºdia. 
 
 
 
 
 
Nidação: ocorre quando há a implantação do blastocisto na 
parede do endométrio uterino, sendo o início da gravidez, caso 
contrário ele será eliminado junto com a menstruação. A nidação 
(aninhamento) ocorre por volta de 1 semana após fecundação. 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL: 
 
O zigoto é a primeira célula do novo ser. Ele se forma pouco 
depois do óvulo ser fertilizado pelo espermatozoide, quando os núcleos 
das duas células se fundem no processo chamado cariogamia. 
Em seguida, o zigoto passa por muitas divisões celulares 
(mitoses), originando muitas células que permanecem unidas e 
formarão o embrião. 
A divisão do zigoto, também chamada clivagem ou segmentação, 
origina inicialmente duas células chamadas blastômeros. 
Em seguida, os blastômeros de dividem novamente, formando 4 
células, depois 8 e assim segue até formar muitas células no estágio 
da mórula, assim chamada por se assemelhar a uma amora. 
A mórula passará por novas divisões formando o blastocisto, 
que se diferencia por apresentar uma cavidade interna (blastocela). 
Continua o desenvolvimento do blastocisto, que possui uma 
massa de células germinativas no seu interior, é chamado 
de embrioblasto, e irá se fixar na parede do útero. 
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Se tudo correr bem na implantação ou nidação do blastocisto, 
continuará o desenvolvimento do embrião e terá início a gravidez. 
Durante a gravidez, o desenvolvimento fetal é medido em 
número de semanas após a fertilização. A duração da gravidez é de 
aproximadamente 40 semanas, a partir do momento da fertilização. O 
desenvolvimento fetal compreende três estágios: pré-embrionário, 
embrionário e fetal. 
 Estágio Pré-embrionário: desde a fertilização até a 
segunda semana; 
 
 Estágio Embrionário: desde o final da segunda semana 
até a oitava semana; 
 
3ª semana: tem início o desenvolvimento do cérebro, da medula 
espinhal e do coração além do início do desenvolvimento do trato 
gastrintestinal e formação do tubo neural, que posteriormente 
torna-se a medula espinhal. Aparecem também os brotos das 
pernas e dos braços, e crescem para fora do corpo; 
4ª semana: o cérebro se diferencia; os botões dos membros 
crescem e se desenvolvem mais; 
5ª semana: o coração agora bate em ritmo regular. Aparecem as 
estruturas iniciais dos olhos e ouvidos, alguns nervos cranianos já 
são visíveis e os músculos inervados; 
6ª semana: tem início a formação dos pulmões; é estabelecida a 
circulação fetal, o fígado produz hemácias; há desenvolvimento 
adicional do cérebro; forma-se o esqueleto primitivo e o sistema 
nervoso central e ondas cerebrais são detectáveis; 
7ª semana: há retificação do tronco, formam-se os mamilos e 
folículos pilosos, os cotovelos e artelhos são visíveis, os braços e 
pernas movem-se; o diafragma é formado, observa-se a boca 
com lábios e botões dentários iniciais; 
 
 
8ª semana: rotação dos intestinos; características faciais 
continuam a se desenvolver; há término do desenvolvimento do 
coração e já se assemelha a um ser humano. 
 
 Estágio Fetal: desde o final da oitava semana até o 
nascimento. 
 
 
 
9 à 12ª semana: continua a diferenciação sexual; os brotos dos 
dentes de leite estão todos desenvolvidos; o sistema digestório mostra 
atividade; a cabeça tem quase metade do tamanho do feto; face e 
tronco estão bem formados; termina o desenvolvimento do trato 
urogenital; o fígado produz hemácias. A urina começa a ser produzida e 
excretada. O sexo do feto pode ser determinado na 13ª semana; os 
membros são longos e finos, os dedos bem formados; 
13ª à 16ª semana: na cabeça desenvolve-se cabelo fino 
denominado lanugem; a pele fetal é quase transparente; os ossos 
tornam-se mais rígidos e o feto faz movimentos ativos; o feto realiza 
movimentos de sucção com a boca; o líquido amniótico é deglutido; as 
unhas das mãos e dos pés estão presentes; o peso quadruplica e o 
movimento fetal é detectado pela mãe; 
 
 
17ª à 20ª semana: ocorre um rápido crescimento do cérebro; as 
bulhas cardíacas fetais podem ser auscultadas com estetoscópio; os 
rins continuam a secretar urina para o líquido amniótico; o verniz 
caseoso, uma película gordurosa branca, cobre o feto; aparecem 
sobrancelhas e cabelo; há depósito de gordura castanha para ajudar a 
manter a temperatura; os músculos estão bem desenvolvidos; 
 
 
21ª à 24ª semana: sobrancelhas e cílios bem formados; o feto 
apresenta o reflexo de preensão e reflexo de Moro; os alvéolos estão 
em formação nos pulmões; a pele é translúcida e vermelha e os 
pulmões começam a produzir surfactante; 
 
 
 
25ª à 28ª semana: o feto alcança comprimento de 37,5 cm; o 
desenvolvimento cerebral é rápido; as pálpebras abrem-se e fecham; o 
sistema nervoso controla algumas funções; as impressões digitais são 
estabelecidas; a formação do sangue desvia-se do baço para a medula 
óssea e geralmente o feto assume a posição de cabeça para baixo; 
 
 
 
29ª à 32ª semana: há rápido aumento da gordura corporal; 
aumenta o controle do sistema nervoso central sobre as funções 
corporais; ocorrem movimentos respiratórios rítmicos; os pulmões são 
se encontram totalmente maduros, e o feto armazena ferro, cálcio e 
fósforo; 
33ª à 38ª semana: os testículos encontram-se no escroto no feto 
do sexo masculino; a lanugem começa a desaparecer; há aumento da 
gordura corporal; as unhas alcançam a extremidade dos dedos das 
mãos; existem pequenos botões mamários nos dois sexos; a mãe supre 
o feto com anticorpos contra doenças; o feto é considerado a termo 
com 38 semanas; o feto preenche o útero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento fetal durante a gestação:

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