Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA KELVIN FRANKLIN ALMEIDA SILVA - 202000123588 LIBRAS? Que Língua é Essa? Capítulo 2- O surdo (FICHAMENTO) LAGARTO - SE 2020 GESSER, Audrei. O surdo. In: GESSER (org.), LIBRAS? Que Língua é Essa? São Paulo: Parábola Editorial, 2009, cap. 2. p. 45-62. O trabalho do autor neste capítulo baseia-se na terminologia utilizada para conceituar os surdos, na definição de silêncio e barulho, e enfoca também na identidade e cultura surda e na oralização (e a proposta de negação que esta traz para a língua de sinais), assim como outros questionamentos pertinentes. “É facilmente observável que, para muitos ouvintes alheios à discussão sobre surdez, o uso da palavra surdo pareça imprimir mais preconceito, enquanto o termo deficiente auditivo parece-lhes ser mais politicamente correto.” (p.45). “O termo surdo-mudo não é correto porque o surdo tem aparelho fonador, e se for treinado, ele pode falar.” (p.45). “[...] Não é apenas a escolha acertada de um termo que elimina os preconceitos sociais.” (p.46). “[...] A construção das identidades não depende de maior ou menor limitação biológica, e sim de complexas relações linguísticas, históricas, sociais e culturais.” (p.46). Por definição, barulho é ausência de silêncio. Para a cultura surda, no entanto, o barulho e o silêncio adquirem novas versões, o surdo “ouve com os olhos”, através de gestos, risos e expressões faciais e corporais, logo para ele, o silêncio é diferente. O som passa a ser uma convenção cultural (GESSER, 2009. p.48). A oralização é a arena de muitos sentimentos para a comunidade surda. Uma vez que historicamente houve diversas repressões contra a língua de sinais. Muitos não ouvintes, defendem que oralizar-se é sinônimo de negação da língua de sinais (GESSER, 2009. p.50-52) Os surdos têm identidade e cultura, assim como demais comunidades oralizadas. A cultura surda não é necessariamente distinguida dos ouvintes para marcar visibilidade (GESSER, 2009. p.53-55). Os surdos podem falar através da língua de sinais ou desenvolver sua oralidade. A língua de sinais não atrapalha na aprendizagem da língua oral. E, embora isso seja defendido por oralistas, o pensamento demonstra-se incorreto, uma vez que a incorporação da língua de sinais é essencial para assegurar condições propicias nas relações interpessoais e educacionais, entre elas o treinamento oralista (GESSER, 2009. p.55-58).