EXERCÍCIO DE COESÃO E COERêNCIA

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Aprimore a coesão e a coerência
Organização favorece a boa compressão dos seus textos
1. O movimento de retomada de informações e acréscimo de novas em um texto é fundamental para que o leitor lhe dê coerência. Enumere os parágrafos, recuperando esse movimento:
( ) Mas, de repente, antes de estender a mão até uma moeda que esta ali dando sopa, ao lado do câmbio, esse mesmo alguém que estava resolvido a dar esmola hesita. Pensa então que já é tempo de mudar de atitude. Ele sempre abasteceu os pedintes do sinal fechado, e isso por princípio, mas agora embatucou. Não é mais possível isso seguir assim, pensa em alguém. Atrás do mendigo , todo mundo sabe, existe o explorador de mendigo. Dar esmola não é caridade, e, ele conclui numa fração de segundo. Dar esmola, nessas condições, é alimentar uma rede de exploração que, como regra, recruta crianças e as afasta da escola. Se ninguém desse o troco a essa gente, ela iria buscar saída em outra prática, em outro lugar. Assim, o alguém dentro do carro decide não vai da moeda coisa nenhuma, e aumenta o volume do CD. De repente, ele viu a segunda face do mendigo – e essa face também era verdadeira.
( ) No semáforo de uma região paulistana em que o aluguel de um flat custa dez mil reais por mês, o mendigo se aproxima do vidro do automóvel e estende a mão. Ele não oferece amizade. Apenas pede esmola. Do lado de dentro do carro, alguém decide que é seu dever da uma moeda, uma ajuda mínima que seja, esse alguém enxerga a primeira face do mendigo.
( ) O mendigo, então , curva seus ombros aparentemente encarquilhados na direção do automóvel que está logo atrás, e faz menção de se afastar. Ele desiste. Ele é invisível. Ele é como ar que passa do lado de fora, não tem nome nem faz diferença. Diante da cena, o motorista abastado – é motorista por gosto, não por necessidade – abre o vidro e fala um “ei”, na falta de outra palavra. Rapidamente joga a moeda de 1 real sobre a palma da mão do homem, tingida pela fuligem, pelos pneus e pela fumaça. Ele vê, aí, a terceira face do mendigo. De que importa as teias de exploração? Aquele minuto preciso, aquele minuto único que o semáforo demora para ficar verde outra vez nunca mais voltará e nunca mais aquele ser humano que pediu ajuda baterá de novo à sua janela automotiva. Entre sim e o não, apesar de todos os senões, ele decide que vai, sim, dar esmola. A terceira face do mendigo é a expressão da verdade, como as duas outras. Elas se anulam reciprocamente, mas ela todas se afirmam como válidas, legitimas, pertinentes. Qual delas deve orientar a nossa conduta?
( ) Quem mais precisa de ajuda, nesse vasto mundão sem Deus, é o dono do automóvel. Ele não tem mais referências. Ele não sabe de si. Não sabe quem é, não sabe quanto vale. Ele não quer parecer bonito nem simpático para o mendigo. Ele não quer aparecer abandonado para o mendigo. No mais, nem de longe ele considera a hipótese de que o mendigo possa ajuda-lo – ele, acomodado diante da direção, uma direção que não pode conduzi-lo a ultrapassar suas próprias vacilações, não suportaria que o mendigo pudesse ajuda-lo. Por isso, não pode ver a quarta face do mendigo – a da verdade. Nem a quarta, nem a quinta, nem a sexta.
( ) É uma face verdadeira, quase pungente. Qualquer ser humano que se mova até os carros que passam para reclamar ajudam, não importam suas razões imediatas, mercê receber ajuda. Por tristeza, por desamparo, por despreparo, quem pede esmola há de ganhar um olhar que seja, uma palavra um alento, um trocado. Depois se pode discutir a política social de inclusão dos mais pobres, depois se pode tecer um arrazoado sobre dar a vara ou ensinar a pescar etc. Mas quem pede é um ser humano e o mínimo de compaixão exige que o pedido seja atendido com respeito. Portanto, a primeira face do mendigo é verdadeira.
BUCCI, Eugênio. “o mendigo de três faces – ou a verdade múltipla, contraditória e mutante.” in Revista Eletrônica Vida Boa, http:// www.vidaboabr.com.br/ colaboradores/26/90.html . Acesso em 13.06.11.
2. Com base no quadro, complete as lacunas com expressões que dariam sequência lógico-temporal ao texto.
	Por pouco tempo
	Durante muito tempo
	Nesse intervalo de tempo
	Hoje
	Ontem
	Amanhã
	Antes
	Agora
	Depois
_______________achava-se que cada gene trazia a receita para uma proteína que por sua vez, cumpria uma função especifica (cor dos cabelos, por exemplo). ____________, já se sabe que pedaços diferentes de genes se combinam para produzir novas proteínas: não dá mais pra falar em um só gene da inteligência.___________, então que sabemos que a ambiente influência a expressão do DNA, a ciência vai ter de voltar à sala de aula.
(NOGUEIRA, Salvador. “Os genes não definem nosso destino”. In Revista SUPERINTERESSANTE, Janeiro/2011). 
3. Estabeleça a coesão lexical, relacionado cada expressão ao parágrafo em que ela se adequa:
ProUni do ensino técnico
1) Há seis universitários no País para cada estudante de escola técnica. E o percentual de universitários entre jovens de 18 a 24 anos não é nada notável: 12%, contra a meta oficial de 33% em 2020.
2) _______________ põem em evidência a distorção na oferta dos dois tipos de ensino. Nos países desenvolvidos, a proporção é de três estudantes em universidades para cada aluno de curso profissionalizante.
3) _______________ Contribui para a escassez de mão de obra qualificada e favorece a evasão. Alunos sem perspectiva de cursar faculdade deixam o ensino médio para trabalhar, com salários baixos.
4) ________________ foi tema da campanha eleitoral de 2010. Agora, o governo federal lançou o Pronatec (programa nacional de acesso ao Ensino técnico). 
5) ________________ reúne e promete ampliar projetos já existentes, como o de expansão da rede técnica federal e de repasse de verbas para a expansão das unidades estaduais. A maior oferta de 3,5 milhões de bolsas para alunos de ensino médio e trabalhadores obterem formação técnica. O número equivale à meta dos 7 milhões de secundarista atuais.
(Folha de S. Paulo, 2/5/2011, fragmento)
a) A defasagem
b) O diagnóstico 
c) Tais cifras
d) O plano
4. Indique a alternativa que substituiria as expressões conectivas destacadas, estabelecendo coesão e mantendo as relações de sentido entre as orações:
	O terrorismo é anacrônico nos dias de hoje, há quem diga, mas agora dão sinais de obsolescência. Ainda assim, aquele se habilita a ter mais durabilidade. Quanto à hipocrisia, ela sempre disposta a seguir adiante, basicamente inalterada, com a expressão impávida de Buster Keaton. Eis o perigo, porque, de certa forma, uma alimenta o outro. Como a desigualdade social põe a fermentar os índices de criminalidade.
(CARTA, Mino. In http://www.caracapital.com.br/politica/o-terror-e-anacronico, captado em 13.5.11). 
a) Contudo, todavia, portanto, já que 
b) Todavia, porque, assim como, por isso
c) Entretanto, contudo, apesar disso, pois
d) No entanto, porém, contudo, assim
e) Porém, apesar de, logo visto que