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INTERPRETACAO DE TEXTOS - LISTA DE EXERCICIOS - #ExclusivoPD

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Prévia do material em texto

INTERPRETAÇÃO 
E COMPREENSÃO 
DE TEXTOS
Lista de exercícios
Esta é uma lista de exercícios exclusiva do Redação e Gramática Zica 
para você praticar nos seus estudos. Aproveite para aprimorar o seu 
conhecimento. Nas páginas a seguir, você terá uma lista de exercícios do 
qual poderá marcar a alternativa correta e na última página você terá todas 
as respostas corretas.
Bons estudos,
Profa. Pamba.
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1. (Fuvest) A civilização “pós-moderna” culminou em um 
progresso inegável, que não foi percebido antecipadamente, em sua 
inteireza. Ao mesmo tempo, sob o “mau uso” da ciência, da 
tecnologia e da capacidade de invenção nos precipitou na miséria 
moral inexorável. Os que condenam a ciência, a tecnologia e a 
invenção criativa por essa miséria ignoram os desafios que 
explodiram com o capitalismo monopolista de sua terceira fase.
Em páginas secas premonitórias, E. Mandel¹ apontara tais riscos. O 
“livre jogo do mercado” (que não é e nunca foi “livre”) rasgou o 
ventre das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos e 
uma carrada maior de milhões nos países pobres. O centro acabou 
fabricando a sua periferia intrínseca e apossou-se, como não 
sucedeu nem sob o regime colonial direto, das outras periferias 
externas, que abrangem quase todo o “resto do mundo”.
¹: Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante político 
belga.
2
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O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, 
para indicar que ela
I. foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição;
II. pertence ao jargão de uma determinada área do conhecimento;
III. contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor.
Considere as seguintes ocorrências de emprego de aspas presentes 
no texto:
A. “pós-moderna” (L. 1);
B. “mau uso” (L. 2);
C. “livre jogo do mercado” (L.6);
D. “livre” (L. 7);
E. “resto do mundo” (L. 9).
As modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas acima, 
verificam-se, respectivamente, em
❏ a) A, C e E;
❏ b) B, C e D;
❏ c) C, D e E;
❏ d) A, B e E;
❏ e) B, D e A.
3
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2. (ENEM) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, 
Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, 
azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José 
de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, 
tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, 
indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de 
jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até 
ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas 
desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será 
digitalizada.
História Viva, n.° 99, 2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e 
da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
❏ a) a digitalização dos textos é importante para que os leitores 
possam compreender seus romances.
❏ b) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante 
porque deixou uma vasta obra literária com temática 
atemporal.
4
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❏ c) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da 
digitalização, demonstra sua importância para a história do 
Brasil Imperial.
❏ d) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante 
papel na preservação da memória linguística e da identidade 
nacional.
❏ e) o grande romancista José de Alencar é importante porque se 
destacou por sua temática indianista.
3. (UERJ) “Todo abacate é verde. O incrível Hulk é verde. O incrível 
Hulk é um abacate.”
Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio errado 
ou inadequado que nos leva a conclusões falsas ou improcedentes.
O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, 
considerando que, da constatação de que todo abacate é verde, não 
se pode deduzir que só os abacates têm cor verde.
Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento:
❏ a) enumeração incorreta;
❏ b) generalização invertida;
❏ c) representação imprecisa;
❏ d) exemplificação inconsistente.
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4. (ENEM) A substituição do haver por ter em construções 
existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos 
processos mais característicos da história da língua portuguesa, 
paralelo ao que já ocorrera em relação à aplicação do domínio de ter 
na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica.
Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e 
discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra 
pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta 
e cinquenta do século XVI, encontram-se evidências, embora raras, 
tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos 
de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com 
concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” 
no século XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um 
conhecimento deficiente da língua. Há mais perguntas que 
respostas. Pode-se conceber uma norma única e prescritiva? É 
válido confundir o bom uso e a norma com a própria língua e dessa 
forma fazer uma avaliação crítica e hierarquizante de outros usos e, 
através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
CALLOU, D. A propósito de norma, correção e preconceito linguístico: do 
presente para o passado, In: Cadernos de Letras da UFF, n.° 36, 2008. 
Disponível em: www.uff.br. Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
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Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes 
contextos evidencia que
❏ a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa 
histórica.
❏ b) os estudo clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação 
e a mudança na língua.
❏ c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua 
fundamenta a definição da norma.
❏ d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada 
para os estudos linguísticos.
❏ e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão 
da constituição linguística.
5. (UEA) Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis:
E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a 
perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo 
cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas¹, soluços e 
sarabandas², acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, 
e faz-se o equilíbrio da vida.
(Quincas Borba, 1992.)
¹ polca: tipo de dança.
² sarabanda: tipo de dança.
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De acordo com o narrador,
❏ a) os erros do passado não afetam o presente.
❏ b) a existência é marcada por antagonismos.
❏ c) a sabedoria está em perseguir a felicidade.
❏ d) cada instante vivido deve ser festejado.
❏ e) os momentos felizes são mais raros que os tristes.
6. (ETEC) "Em um mundo marcado por conflitos em diferentes 
regiões, as operações de manutenção da paz das Nações Unidas são 
a expressão mais visível do compromisso solidário da comunidade 
internacional com a promoção da paz e da segurança.
Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, 
elas funcionam como instrumento para assegurar a presença dessa 
organização em áreas conflagradas, de modo a incentivar as partes 
em conflito a superar suas disputas por meio pacífico – razão pela 
qual não devem ser vistas como forma de intervenção armada."
Acesso em: 26.08.2016. Adaptado.
Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de 
operações de paz. Em 2004, foi criada pelo Conselho de Segurança 
da ONU a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti 
(Minustah).
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De acordo com o texto, essa missão foi criada para
❏ a) restabelecer a segurança e normalidade institucional do 
Haiti após sucessivos episódios de turbulência política e de 
violência, que marcaram esse país no início do século XXI.
❏ b) atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, 
que usavam mão de obra infantil nas minas onde esse minério é 
encontrado.
❏ c) combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, 
que a partir do Haiti distribuía drogas para todos os países da 
América Latina.
❏ d) acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois 
esse país era o principal responsável pela poluição ambiental 
no Caribe.
❏ e) extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que 
utilizava esse tipo de mão de obra nas plantações de soja e 
trigo.
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7. (Fuvest) A essência da teoria democrática é a supressão de 
qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de 
que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou 
sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação 
voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro 
que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores 
conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos 
campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá 
se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão 
desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em 
termos que os tornem acessíveis a todos.
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo 
“chamadas” indica que o autor
❏ a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise 
crítica da sociedade.
❏ b) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
❏ c) prefere a denominação “teoria social” à denominação 
“ciências sociais”.
❏ d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
❏ e) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.
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8. (PUC-SP) (...) 
Da garrafa estilhaçada, 
no ladrilho já sereno 
escorre uma coisa espessa 
que é leite, sangue... não sei. 
Por entre objetos confusos, 
mal redimidos da noite, 
duas cores se procuram, 
suavemente se tocam, 
amorosamente se enlaçam, 
formando um terceiro tom 
a que chamamos aurora.
(Carlos Drummond de Andrade)
No fragmento anterior, Carlos Drummond de Andrade constrói, 
poeticamente, a aurora. O que permite visualizar este momento do 
dia corresponde:
❏ a) a objetos confusos mal redimido da noite.
❏ b) à garrafa estilhaçada e ao ladrilho sereno.
❏ c) à aproximação suave de dois corpos.
❏ d) ao enlace amoroso de duas cores.
❏ e) ao fluir espesso do sangue sobre o ladrilho.
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9. (Fatec) Leia o texto para responder às questões.
O labirinto dos manuais
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, 
prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. 
Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para 
telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, 
decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as 
funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O 
manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto 
de instruções!
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só 
aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me 
chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o 
alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O 
único problema é que agora não consigo botar a campainha de 
volta!
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Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa 
minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e 
fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir 
cada instrução, página por página. Do que adianta ter um 
supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, 
minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá 
vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra 
e Paz*?
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o microondas ficou difícil. 
A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. 
Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E 
o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava 
um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em 
um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro 
dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A 
secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!
Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. 
Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para 
entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho 
realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a 
maioria das pessoas acaba fazendo!
(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)
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*Livro do escritor russo Liev Tolstói. Com mais de mil páginas e 
centenas de personagens, é considerada uma das maiores obras da 
história da literatura.
Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir 
corretamente que
❏ a) a leitura de obras-primas da literatura é atividade mais 
produtiva do que utilizar celulares e computadores.
❏ b) os manuais cujas diversas instruções os usuários não 
conseguem compreender e pôr em prática são improdutivos.
❏ c) a vendedora foi convincente, pois o narrador comprou o 
celular, embora duvidasse das qualidades prometidas pelo 
aparelho.
❏ d) o manual sobre computadores, ao contrário de outros do 
gênero, cumpria a promessa assumida nos dizeres impressos 
na capa.
❏ e) os jovens deveriam ensinar computação aos mais velhos, 
pois, dessa forma, estes últimos entenderiam as funções 
básicas do equipamento.
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10. (Unesp)
Texto 1
Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto 
não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência 
do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma 
mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar 
para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um 
sono, a morte seria um maravilhoso presente. […] Se, ao contrário, a 
morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade 
o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que 
poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos 
ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, 
havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria que 
fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e 
tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria 
então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? Que preço 
não seríeis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, 
Hesíodo e Homero?
(Platão. Apologia de Sócrates, 2000.)
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Texto 2
Ninguém sabe quando será seu último passeio, mas agora é 
possível se despedir em grande estilo. Uma 300C Touring, a versão 
perua do sedã de luxo da Chrysler, foi transformada no primeiro 
carro funerário customizado da América Latina. A mudança levou 
sete meses, custou R$ 160 mil e deixou o carro com oito metros de 
comprimento e 2 340 kg, três metros e 540 kg além da original. O 
Funeral Car 300C tem luzes piscantes na já imponente dianteira e 
enormes rodas, de aro 22, com direito a pequenoscaixões 
estilizados nos raios. Bandeiras nas pontas do capô, como nos 
carros de diplomatas, dão um toque refinado. Com o chassi mais 
longo, o banco traseiro foi mantido para familiares acompanharem 
o cortejo dentro do carro. No encosto dos dianteiros, telas exibem 
mensagens de conforto. O carro faz parte de um pacote de 
cerimonial fúnebre que inclui, além do cortejo no Funeral Car 300C, 
serviços como violinistas e revoada de pombas brancas no enterro.
(Funeral tunado. Folha de S.Paulo, 28.02.2010.)
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Confrontando o conteúdo dos dois textos, pode-se afirmar que:
❏ a) embora os dois textos transmitam concepções divergentes 
acerca da morte, eles tratam de visões concernentes à mesma 
época, a saber, a sociedade atual.
❏ b) sob o ponto de vista filosófico, não há diferenças qualitativas 
entre uma e outra concepção sobre a morte.
❏ c) os comentários do texto grego sobre a morte são coerentes 
com uma filosofia de forte valorização do corpo em detrimento 
da alma, e do mundo sensível sobre o mundo inteligível.
❏ d) o texto de Platão evidencia uma cultura monoteísta, 
enquanto que o segundo é politeísta.
❏ e) enquanto no primeiro texto transparece a dignidade 
metafísica da morte, no segundo sugere-se a conversão do 
funeral em espetáculo da sociedade de consumo.
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11. (ENEM)
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua 
parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens. “Os 
nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, 
observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de 
Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas 
mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no 
açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão.
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura 
por causa da gula, surge como marca da nova geração: a preguiça. 
“Cem por cento das meninas que participam do Programa não 
praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, 
que monitora o desenvolvimento emocional das voluntárias.
Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma 
rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é novidade que os 
obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, 
endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da 
Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os 
estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário 
atual as doenças que viriam na velhice já são parte da rotina deles. 
“Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”, 
exemplifica Claudia.
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. 
Acesso em: 28 jul. 2012 (adaptado).
18
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Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as suas 
condições de saúde, as informações apresentadas no texto indicam 
que
❏ a) a falta de atividade física somada a uma alimentação 
nutricionalmente desequilibrada constituem fatores 
relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os 
adolescentes.
❏ b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de 
carboidratos combinada com um maior consumo de alimentos 
ricos em proteínas contribuíram para o aumento da obesidade 
entre os adolescentes.
❏ c) a maior participação dos alimentos industrializados e 
gordurosos na dieta da população adolescente tem tornado 
escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o 
equilíbrio metabólico.
❏ d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os 
adolescentes advém das condições de alimentação, enquanto 
que na população adulta os fatores hereditários são 
preponderantes.
❏ e) a prática regular de atividade física é um importante fator de 
controle da diabetes entre a população adolescente, por 
provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica.
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12. (PUC-PR) […]
O menino ouviu a narrativa de um arqueiro que passou anos e anos 
treinando a arte do arco e flecha, até se tornar um especialista. Ao 
chegar a uma reunião com outros arqueiros, encontrou uma extensa 
parede com inúmeros alvos – e flechas cravadas bem no centro 
deles. O arqueiro ficou impressionado. Não acreditava que uma 
única pessoa havia feito aquilo. Era uma proeza. Uma multidão de 
flechas milimetricamente no centro dos alvos, quem realizou aquele 
feito? Havia um garotinho perto dos alvos e o arqueiro perguntou:
“Você sabe quem lançou essas flechas?”. E o garoto disse: “Sim, fui 
eu”. O arqueiro não conseguia acreditar. Como assim? Aquele 
garotinho era o responsável por tamanha façanha? Então o menino 
contou como fez aquilo: “Primeiro eu jogo a flecha e depois pinto o 
alvo ao redor”. […]
Disponível em: <http://observatoriodasjuventudes.pucpr.br/2015/07/28>. 
Acesso em: 13/06/17. (Excerto).
20
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Os ditados populares e provérbios têm a propriedade de sintetizar 
interpretações sobre fatos da vida cotidiana, geralmente ilustrados 
por narrativas que contêm quebras de expectativa. Considerando 
essas informações, o possível provérbio que melhor sintetiza o 
texto é
❏ a) não adianta chorar sobre o leite derramado;
❏ b) água mole em pedra dura tanto bate até que fura;
❏ c) cada macaco no seu galho;
❏ d) quem com ferro fere, com ferro será ferido;
❏ e) em terra de cego, quem tem um olho é rei.
13. (FAMERP)
[…] dia desses, uma equipe de reportagem de um canal por 
assinatura veio até minha casa para me entrevistar sobre a Era 
Vargas. O repórter que conduziria a conversa advertiu-me, antes de 
o operador ligar a câmera: “Pense que nosso telespectador típico é 
aquele sujeito esparramado no sofá, com uma lata de cerveja numa 
mão e o controle remoto na outra, que esbarrou na nossa 
reportagem por acaso, durante o intervalo de um filme de ação”, 
detalhou. “É para esse cara que você vai falar; pense nele como 
alguém com a idade mental de 14 anos.”
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Sou cortês, mas tenho meus limites. Quase enxotei o colega porta 
afora, aos pontapés. Respirei fundo e procurei ser didático, sem me 
esforçar para parecer que estava falando com o Homer Simpson 
postado ali do outro lado da lente. Afinal, como pai de duas crianças, 
acredito que há uma enorme distância entre o didatismo e o 
discurso toleirão, entre a clareza e a parvoíce.
(“A TV virou um dinossauro”. Folha de S.Paulo, 09.07.2017.)
Segundo o repórter, o telespectador típico
❏ a) tem dificuldade para entender a Era Vargas;
❏ b) é imaturo;
❏ c) é capaz de entender qualquer explicação;
❏ d) evita mudar de canal;
❏ e) busca informações históricas ao acaso.
14. (Unifesp) Enquanto fugia de caçadores, uma raposa viu um 
lenhador e lhe pediu que a escondesse. Ele sugeriu que ela entrasse 
em sua cabana e se ocultasse lá dentro. Não muito tempo depois, 
vieram os caçadores e perguntaram ao lenhador se ele tinha visto 
uma raposa passar por ali. Em voz alta ele negou tê-la visto, mas 
com a mão fez gestos indicando onde ela estava escondida.
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Entretanto, como eles não prestaram atenção nos seus gestos, 
deram crédito às suas palavras. Ao constatar que eles já estavam 
longe, a raposa saiu em silêncio e foi indo embora. E o lenhador se 
pôs a repreendê-la, pois ela, salva por ele, não lhe dera nem uma 
palavra de gratidão. A raposa respondeu: “Mas eu seria grata, se os 
gestos de sua mão fossem condizentes com suas palavras.”
(Fábulas completas, 2013.)
A moral mais apropriada para fechar a fábula seria:
❏ a) esta fábula pode ser dita a propósito de homens 
desventurados que, quando estão em situações embaraçosas, 
rezam para encontraruma saída, mas assim que encontram 
procuram evitá-las;
❏ b) desta fábula pode servir-se uma pessoa a propósito daqueles 
homens que nitidamente proclamam ações nobres, mas na 
prática realizam atos vis;
❏ c) esta fábula mostra que os homens desatentos prestam 
atenção nas coisas de que esperam tirar proveito, mas 
permanecem apáticos em relação àquelas que não lhes 
agradam;
❏ d) assim, alguns homens se entregam a tarefas arriscadas, na 
esperança de obter ganhos, mas se arruínam antes mesmo de 
chegar perto do que almejam;
❏ e) desta fábula pode servir-se uma pessoa a propósito de um 
homem frouxo que reclama de ínfimas desgraças, enquanto ela 
própria suporta, sem dificuldade, desgraças enormes.
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15. (Fuvest) 
- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não? 
- Esquece. 
- Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é 
"esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Mo diga. Ensines-lo-me, 
vamos. 
- Depende. 
- Depende. Perfeito. Não o sabes. 
Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o. 
- Está bem. Está bem. Desculpe. Fale como quiser. 
(L.F. Veríssimo, Jornal do Brasil, 30/12/94) 
O texto tem por finalidade 
❏ a) satirizar a preocupação com o uso e a colocação das formas 
pronominais átonas. 
❏ b) ilustrar ludicamente várias possibilidades de combinação de 
formas pronominais. 
❏ c) esclarecer pelo exemplo certos fatos da concordância de 
pessoa gramatical. 
❏ d) exemplificar a diversidade de tratamentos que é comum na 
fala corrente. 
❏ e) valorizar a criatividade na aplicação das regras de uso das 
formas pronominais.
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16. (PUC-SP) Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que 
tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem 
de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de 
contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua 
mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na 
velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o 
condecorava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de 
fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara - 
todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua 
tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não 
experimentara. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe 
absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe 
importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em que lhe 
contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em 
nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. 
Lembrou-se das suas causas de tupi, do folklore, das suas tentativas 
agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? 
Nenhuma! Nenhuma! 
Lima Barreto
 
O trecho acima pertence ao romance O TRISTE FIM DE POLICARPO 
QUARESMA, de Lima Barreto. Da personagem que dá título ao 
romance, podemos afirmar que: 
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❏ a) foi um nacionalista extremado, mas nunca estudou com 
afinco as coisas brasileiras. 
❏ b) perpetrou seu suicídio, porque se sentia decepcionado com a 
realidade brasileira. 
❏ c) defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e 
foi condenado à morte justamente pelos valores que defendia. 
❏ d) foi considerado traidor da pátria, porque participou da 
conspiração contra Floriano Peixoto. 
❏ e) era um louco e, por isso, não foi levado a sério pelas pessoas 
que o cercavam.
17. (Fuvest) 
Em nossa última conversa, dizia-me o grande amigo que não 
esperava viver muito tempo, por ser um "cardisplicente" 
- O quê? 
- Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio coração. 
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário. 
- "Cardisplicente" não existe, você inventou - triunfei. 
- Mas se eu inventei, como é que não existe? - espantou-se o meu 
amigo. 
Semanas depois deixou em saudades fundas companheiros, 
parentes e bem-amadas. Homens de bom coração não deveriam ser 
cardisplicentes.
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"- Mas se eu inventei, como é que não existe?" 
Segundo se deduz da fala espantada do amigo do narrador, a língua, 
para ele, era um código aberto, 
❏ a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso popular. 
❏ b) a ser enriquecido pela criação de gírias. 
❏ c) pronto para incorporar estrangeirismos. 
❏ d) que se amplia graças à tradução de termos científicos. 
❏ e) a ser enriquecido com contribuições pessoais.
18. (Fuvest) Ora, aí está justamente e epígrafe do livro, se eu lhe 
quisesse pôr alguma, e não me ocorresse outra. Não é somente um 
meio de completar as pessoas da narração com as idéias que 
deixarem, mas ainda um par de lunetas para que o leitor do livro 
penetre o que for menos claro ou totalmente escuro. 
Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha história 
colaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de solidariedade, 
espécie de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus 
trebelhos(*). 
Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a dama, o bispo e o 
cavalo, sem que o cavalo possa fazer de torre, nem a torre de peão. 
Há ainda a diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o 
poder da marcha de cada peça, e afinal umas e outras podem ganhar 
a partida, e assim vai o mundo. 
(Machado de Assis, Esaú e Jacó) 
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(*) Trebelhos: peças do jogo de xadrez. 
A intervenção direta do narrador no texto cumpre a função de 
❏ a) distanciar o leitor da articulação da história, evitando 
identificação emocional com as personagens. 
❏ b) despertar a atenção do leitor para a estrutura da obra, 
convidando-o a participar da organização da narrativa. 
❏ c) levar o leitor a refletir sobre as narrativas tradicionais, cuja 
seqüência lógico-temporal é complexa. 
❏ d) sintetizar a seqüência dos episódios, para explicar a trama 
da narração. 
❏ e) confundir o leitor, provocando incompreensão da seqüência 
narrativa.
19. (Fuvest) "A triste verdade é que passei as férias no calçadão do 
Leblon, nos intervalos do novo livro que venho penosamente 
perpetrando. Estou ficando cobra em calçadão, embora deva 
confessar que o meu momento calçadônico mais alegre é quando, já 
no caminho de volta, vislumbro o letreiro do hotel que marca a 
esquina da rua onde finalmente terminarei o programa-saúde do 
dia. Sou, digamos, um caminhante resignado. Depois dos 50, a 
gente fica igual a carro usado, todo o dia tem uma coisa dando 
errado, é a suspensão, é a embreagem, é o radiador, é o contraplano 
do rolabrequim, é o contrafarto do mesocárdio epidítico, a falta de
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serotorpina folimolecular, é o que mecânicos e médicos disseram. 
Aí, para conseguir ir segurando a barra, vou acatando os conselhos. 
Andar é bom para mim, digo sem muita convicção a meus 
entediados botões, é bom para todos." 
(João Ubaldo Ribeiro, "O Estado de S. Paulo", 06/08/95)
No período que se inicia em "Depois dos 50...", o uso de termos (já 
existentes ou inventados) referentes a áreas diversas tem como 
resultado: 
❏ a) um tom de melancolia, pela aproximação entre um carro 
usado e um homem doente. 
❏ b) um efeito de ironia, pelo uso paralelo de termos da medicina 
e da mecânica. 
❏ c) uma certa confusão no espírito do leitor, devido à 
apresentação de termos novos e desconhecidos. 
❏ d) a invenção de uma metalinguagem, pelo uso de termos 
médicos em lugar de expressões corriqueiras. 
❏ e) a criação de uma metáfora existencial, pela oposição entre o 
ser humano e objetos.
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20. (Fuvest) Por onde passava, ficava um fermento de 
desassossego, os homens não reconheciam as suas mulheres, que 
subitamente se punham a olhar para eles, com pena de que não 
tivessem desaparecido,para enfim poderem procurá-los. Mas esses 
mesmos homens perguntavam, Já se foi, com uma inexplicável 
tristeza no coração, e se lhes respondiam, Ainda anda por aí, 
tornavam a sair com a esperança de a encontrar naquele bosque, na 
seara alta, banhando os pés no rio ou despindo-se atrás dum 
canavial, tanto fazia, que do vulto só os olhos gozavam, entre a mão 
e o fruto há um espigão de ferro, felizmente ninguém mais teve de 
morrer. 
(José Saramago, Memorial do Convento) 
Aos outros dons extraordinários de Blimunda vem somar-se, no 
trecho citado, a capacidade de despertar inquietação, encantamento 
e atração erótica. No âmbito do livro, esse magnetismo da 
personagem representa simbolicamente 
❏ a) sua natureza pagã, infensa a considerações de ordem moral e 
social. 
❏ b) sua sexualidade híbrida, capaz de pertubar igualmente a 
homens e mulheres. 
❏ c) sua fidelidade apaixonada e sua clareza quanto aos valores 
essenciais. 
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❏ d) sua oposição radical à Natureza e seus vínculos com a 
Espiritualidade, de onde lhe vêm os poderes mágicoreligiosos. 
❏ e) seu caráter misterioso de mulher sem origem nem destino - 
o poder do Eterno Feminino.
21. (Fuvest) O Ministério da Fazenda descobriu uma nova esperteza 
no Instituto de Resseguros do Brasil. O Instituto alardeou um lucro 
no primeiro semestre de 3,1 bilhões de cruzeiros, que esconde na 
verdade um prejuízo de 2bi. Brasil, Cuba e Costa Rica são os três 
únicos países cujas empresas de resseguro são estatais. 
("Veja", 1/9/93, pág. 31) 
Conclui-se do texto que seu autor: 
❏ a) acredita que a esperteza do Instituto de Resseguros gerou 
lucro e não prejuízo. 
❏ b) dá como certo que o prejuízo do Instituto é maior do que o 
lucro alardeado. 
❏ c) julga que o Instituto de Resseguros agiu de boa fé. 
❏ d) dá a entender que é contrário ao fato de o Instituto de 
Resseguros ser estatal. 
❏ e) tem informação de que em Cuba e na Costa Rica os institutos 
de resseguros camuflam seus prejuízos.
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22. (Fuvest) De acordo com o ditado popular "invejoso nunca 
medrou, nem quem perto dele morou": 
❏ a) o invejoso nunca teve medo, nem amedronta seus vizinhos. 
❏ b) enquanto o invejoso prospera, seus vizinhos empobrecem. 
❏ c) o invejoso não cresce e não permite o crescimento dos 
vizinhos. 
❏ d) o temor atinge o invejoso e também seus vizinhos. 
❏ e) o invejoso não provoca medo nos seus vizinhos.
23. (Fuvest)
Folha - De todos os ditados envolvendo o seu nome, qual o que mais 
lhe agrada?
Satã - O diabo ri por último. 
Folha - Riu por último. 
Satã - Se é por último, o verbo não pode vir no passado. 
["O Inimigo Cósmico", Folha de S. Paulo, 03/09/95] 
Rejeitando a correção ao ditado, Satã mostra ter usado o presente do 
indicativo com o mesmo valor que tem em: 
❏ a) Romário recebe a bola e chuta. Gooool! 
❏ b) D. Pedro, indignado, ergue a espada e dá o brado de 
independência. 
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❏ c) Todo dia ela faz tudo sempre igual... 
❏ d) O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos 
catetos. 
❏ e) Uma manhã destas, Jacinto, apareço no 202 para almoçar 
contigo.
24. (Unitau) "Brás, Bexiga e Barra Funda"... tenta fixar tão somente 
alguns aspectos da vida trabalhadeira, íntima e cotidiana desses 
novos mestiços nacionais e nacionalistas". 
É dessa forma que Antonio de Alcântara Machado explica sua obra. 
Indique a alternativa que responde corretamente à nacionalidade 
referida pelo autor 
❏ a) aos ingleses. 
❏ b) aos italianos. 
❏ c) aos alemães. 
❏ d) aos portugueses. 
❏ e) aos índios.
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25. (Fuvest) "CLESSI (choramingando) - O olhar daquele homem 
despe a gente! 
MÃE (com absoluta falta de compostura) - Você exagera, Scarlett! 
CLESSI - Rett é indigno de entrar numa casa de família! 
MÃE (cruzando as pernas; incrível falta de modos) - Em 
compensação, Ashley é espiritual demais. Demais! Assim também 
não gosto. 
CLESSI (chorando despeitada) - Ashley pediu a mão de Melânie! 
Vai-se casar com Melânie! 
MÃE (saliente) - Se eu fosse você, preferia RETT (Noutro tom). Cem 
vezes melhor que o outro! 
CLESSI (chorosa) - Eu não acho! 
MÃE (sensual e descritiva) - Mas é, minha filha! Você viu como ele é 
forte? Assim! forte mesmo!" 
No trecho acima, as personagens de 'Vestido de noiva' subitamente 
se põem a recitar os diálogos do filme 'E o Vento levou'. No contexto 
dessa obra de Nelson Rodrigues, esse recurso de composição 
configura-se como: 
❏ a) crítica à internacionalização da cultura, reivindicando o 
privilégio dos temas nacionais. 
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❏ b) sátira do melodrama, o que dá dimensão autocrítica à peça. 
❏ c) sátira do cinema, indicando a superioridade estética do 
teatro.
❏ d) intertextualidade, visando a indicar o caráter universal das 
paixões humanas. 
❏ e) metalinguagem, visando a revelar o caráter ficcional da 
construção dramática
26. (Unitau) "A questão central da pedagogia é o problema das 
formas, dos processos dos métodos; certamente, não considerados 
em si mesmos, pois as formas só fazem sentido na medida em que 
viabilizam o domínio de determinados conteúdos. 
O método é essencial ao processo pedagógico. Pedagogia, como é 
sabido, significa literalmente a condução da criança, e a sua origem 
está no escravo que levava a criança até o local dos jogos, ou o local 
em que ela recebia instrução do preceptor. Depois, esse escravo 
passou a ser o próprio educador. Os romanos, percebendo o nível de 
cultura dos escravos gregos, confiavam a eles a educação dos filhos. 
Essa é a etimologia da palavra. Do ponto de vista semântico, o 
sentido se alterou. No entanto, a paidéia não significava apenas 
infância, paidéia significava cultura, os ideais da cultura grega. 
Assim, a palavra pedagogia, partindo de sua própria etimologia, 
significa não apenas a condução da criança, mas a introdução da 
criança na cultura.
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A pedagogia é o processo através do qual o homem se torna 
plenamente humano. No meu discurso distingui entre a pedagogia 
geral, que envolve essa noção de cultura como tudo o que o homem 
constrói, e a pedagogia escolar, ligada à questão do saber 
sistematizado, do saber elaborado, do saber metódico. A escola tem 
o papel de possibilitar o acesso das novas gerações ao mundo do 
saber sistematizado, do saber metódico, científico. Ela necessita 
organizar processos, descobrir formas adequadas a essa finalidade. 
Esta é a questão central da pedagogia escolar. Os conteúdos não 
apresentam a questão central da pedagogia, porque se produzem a 
partir das relações sociais e se sistematizam com autonomia em 
relação à escola. A sistematização dos conteúdos pressupõe 
determinadas habilidades que a escola geralmente garante, mas não 
ocorre no interior das escolas de primeiro e segundo graus. A 
existência do saber sistematizado coloca à pedagogia o seguinte 
problema: como torná-lo assimilável pelas novas gerações, ou seja, 
por aqueles que participam de algum modo de sua produção 
enquanto agentes sociais, mas participam num estágio 
determinado, estágio esse que é decorrente de toda uma trajetória 
histórica?" 
(SAVIANI, D. "A pedagogia histórico-crítica no quadro das tendências críticas 
da Educação Brasileira", adap. da fala em Seminário, Niterói, 1985). 
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Leia as frases a seguir: 
I. O saber sistematizado, elaborado e metódico está ligado à 
pedagogia escolar. 
II. O saber sistematizado, metódico e científico é transmitido às 
novas gerações através da escola.
III. Os conteúdos se sistematizam nas relações sociais, por isso não 
estão no cerne da pedagogia. 
IV. Os conteúdossistematizados são geralmente garantidos pela 
escola. 
V. O saber sistematizado deve ser assimilável pelos que tomam 
parte de sua produção. 
Indique a alternativa cujos itens fazem parte da indagação do autor 
do texto: 
❏ a) I, II, III, IV e V;
❏ b) I, II e III;
❏ c) IV e V;
❏ d) V;
❏ e) III.
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Texto para as questões 27 e 28: 
(Fuvest) Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também 
estar imóvel no meio dos céus. Ptolomeu dá argumentos 
astronômicos para tentar mostrar isso. Para entender esses 
argumentos, é necessário lembrar que, na antigüidade, 
imaginava-se que todas as estrelas (mas não os planetas) estavam 
distribuídas sobre uma superfície esférica, cujo raio não parecia ser 
muito superior à distância da Terra aos planetas. Suponhamos 
agora que a Terra esteja no centro da esfera das estrelas. Neste caso, 
o céu visível à noite deve abranger, de cada vez, exatamente a 
metade da esfera das estrelas. E assim parece realmente ocorrer: em 
qualquer noite, de horizonte a horizonte, é possível contemplar, a 
cada instante, a metade do zodíaco. Se, no entanto, a Terra estivesse 
longe do centro da esfera estrelar, então o campo de visão à noite 
não seria, em geral, a metade da esfera: algumas vezes poderíamos 
ver mais da metade, outras vêzes poderíamos ver menos da metade 
do zodíaco, de horizonte a horizonte. Portanto, a evidência 
astronômica parece indicar que a Terra está no centro da esfera de 
estrelas. E se ela está sempre nesse centro, ela não se move em 
relação às estrelas. 
(Roberto de A. Martins, Introdução geral ao Commentariolus de Nicolau 
Copernico) 
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27. O terceiro período ("Para entender esses... da Terra aos 
planetas.") representa, no texto, 
❏ a) o principal argumento de Ptolomeu. 
❏ b) o pressuposto da teoria de Ptolomeu. 
❏ c) a base para as teorias posteriores à de Ptolomeu. 
❏ d) a hipótese suficiente para Ptolomeu retomar as teorias 
anteriores. 
❏ e) o fundamento para o desmentido da teoria de Ptolomeu. 
28. Expressões que, no texto, denunciam subjetividade na 
apresentação dos fatos são: 
❏ a) parece também estar imóvel - dá argumentos - é necessário 
lembrar. 
❏ b) é necessário lembrar - imaginava-se - suponhamos. 
❏ c) imaginava-se - esteja - deve abranger. 
❏ d) tentar mostrar - suponhamos - parece realmente ocorrer. 
❏ e) parece realmente ocorrer - é possível contemplar - não se 
move.
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Texto para as questões 29 e 30: 
(Fuvest) Os principais problemas da agricultura brasileira 
referem-se muito mais à diversidade dos impactos causados pelo 
caráter truncado da modernização, do que à persistência de 
segmentos que dela teriam ficado imunes. Se hoje existem milhões 
de estabelecimentos agrícolas marginalizados, isso se deve muito 
mais à natureza do próprio processo de modernização, do que à sua 
suposta falta de abrangência. 
(Folha de S. Paulo, 13/09/94, 2-2)
29. Segundo o texto, 
❏ a) o processo de modernização deve tornar-se mais abrangente 
para implementar a agricultura. 
❏ b) os problemas da agricultura resultam do impacto causado 
pela modernização progressiva do setor. 
❏ c) os problemas da agricultura resultam da inadequação do 
processo de modernização do setor. 
❏ d) segmentos do setor agrícola recusam-se a adotar processos 
de modernização. 
❏ e) os problemas da agricultura decorrem da nãomodernização 
de estabelecimentos agrícolas marginalizados.
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30. No trecho "à persistência de segmentos que dela teriam ficado 
imunes.", a expressão teriam ficado exprime: 
❏ a) o desejo de que esse fato não tenha ocorrido. 
❏ b) a certeza de que a imunidade à modernização é própria de 
estabelecimentos agrícolas marginalizados. 
❏ c) a hipótese de que esse fato tenha ocorrido. 
❏ d) a certeza de que esse fato realmente não ocorreu. 
❏ e) a possibilidade de a imunidade à modernização ser 
decorrente da persistência de certos segmentos.
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Quantas questões conseguiu acertar? Veja abaixo as respostas para cada 
exercício. A seguir anote o seu resultado.
1. A
2. D
3. B
4. E
5. B
6. A
7. E
8. D
9. B
10. E
GABARITO
42
11. A
12. E
13. B
14. B
15. A
16. C
17. E
18. B
19. B
20. C
INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTOS
21. D
22. C
23. D
24. B
25. B
26. D
27. B
28. D
29. C
30. C
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Anote aqui seu resultado
Quantos exercícios você conseguiu acertar?
INTERPRETAÇÃO E 
COMPREENSÃO
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Prof. Pamba
Especializada em Língua Portuguesa, com mestrado em Comunicação e 
Semiótica, além de pós-graduada em Administração de empresas pela 
FGV (Fundação Getúlio Vargas) e Filosofia pela UNIFESP (Universidade 
Federal de São Paulo), cursou licenciatura e bacharelado em letras e 
literatura, com habilitação em tradutora, na Université Sorbonne - Paris e 
na Universidade Mackenzie - São Paulo.
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